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Foto: Pamela Borges Caraguá Capital Internacional Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo Centro Universitário Módulo Ano 4 | Edição 15 | Maio de 2013 www.modulo.edu.br/antenado do Voo Livre

Jornal Antenado #15

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Jornal produzido pelos alunos de Jornalismo do Centro Universitário Módulo.

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CaraguáCapital Internacional

Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo Centro Universitário Módulo

Ano 4 | Edição 15 | Maio de 2013 www.modulo.edu.br/antenado

do Voo Livre

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EDITORIAL

xpediente O JORNAL ANTENADO É PRODUZIDO PELOS ESTUDANTES DE JORNALISMO DO CENTRO UNIVERSITÁRIO MÓDULO - ANO 4 - EDIÇÃO 15 - MAIO DE 2013.

Coordenador do Curso de Jornalismo: Profº. Dr. Gerson Moreira Lima ([email protected]) - MTB 10.552Professora Responsável por esta edição: Ms. Bruna Vieira Guimarães ([email protected]) Diagramação: Jessyca Biazini Revisão: Profº. Dr. Gerson Moreira Lima e Profº. Ms. Paulo Rogério de ArrudaRepórteres: Alexander Cesar, Bárbara Mello, Bruna Rodrigues, Éder Felipe Maciel, Glaucia Von Zastrow, Helena Custódio, Janaína Fukai, Jéssica Amparo, Millena Hermes, Natasche Annunciato, Pamela Borges e Tamires de Almeida.Tiragem: 6 mil exemplares (Gráfica Lance!) Distribuição: Escolas do Ensino Médio de Caraguatatuba, São Sebastião, Ilhabela, Ubatuba e bancas de jornal.Redação: CENTRO UNIVERSITÁRIO MÓDULO – CAMPUS MARTIM DE SÁ – Av. Mal. Castelo Branco, s/nº - CEP 11.662-700 - Caraguatatuba/SP. Tel. (12) 3897-2008 www.modulo.edu.br/antenado

E2 |Maio de 2013

A o realizar a cobertu-ra jornalística do III Encontro Regional de Irmandades e Ce-lebrações do Divino

Espírito Santo, nos últimos dias 13 e 14 de abril, os alunos do curso de Jornalismo do Centro Universitário Módulo colocaram em prática as lições aprendidas em sala de aula. Os estudantes fazem a cobertura deste Encon-tro que abre as festividades do Divino em Caraguá, desde a pri-meira edição.

Aprendendo ‘na prática’Com supervisão do profes-

sor Paulo Rogério de Arruda, os alunos Alexander Cesar, Bárbara Mello, Bruna Rodrigues, Eder Felipe Maciel, Glaucia Von Zastrow, Jéssi-ca Amparo, Millena Hermes, Natas-che Anunnciato e Pamela Borges, do 1º ao 7º semestres participa-ram das atividades do Encontro. “Eles vivenciaram os imprevistos da profissão. Fizeram entrevistas com participantes, produziram no-tícias, fotografias e postaram tudo no blog da Catedral. Foi bem pro-dutivo”, explicou o professor.

Leia alguns trechos da cobertura jornalística feita pelos alunos. Con-fira o material completo em http://catedraldodivino.blogspot.com.br/

A novidade do Encontro deste ano foi a participação da ir-mandade de Laranjal Paulista que utiliza o “Trabuco”, espécie de espin-garda que anuncia o Império. Marco Zelo explica que o artefato de 200 anos era utilizado por pessoas que andavam ao redor dos rios para es-pantar os animais. “Hoje é usado para avisar as pessoas do horário de almoço e quando se chega ao local da festa religiosa”.

A festa contou comfieis devárias cidades e também moradores locais como Emoegina Barbosa que disse que levantar o Mastro do Di-vino é como sentir o Espírito Santo emseucoração.Emocionada,ficoufeliz com a quantidade de crianças no Encontro. O devoto Adevair de Souza, deSantoAntôniodaAlegria, refle-tiu sobre este importante momento para fortalecer a Cultura do Divino Espírito Santo na região do Litoral Norte Paulista.

A Festa do Divino tem características diferentes em al-gumas cidades do Estado de São Paulo. Em Mogi das Cruzes, por exemplo, doa-se licor de rosas para que o festejo começar. São especificidades que tornam a fes-ta única de lugar para lugar. No bairro Freguesia do Ó, na cidade de São Paulo, a festa acontece há 192 anos na igreja local. De acor-do com Maria Lúcia, a festa deste ano acontece de 10 a 14 de maio.

Em Ubatuba, de acordo com o folclorista Fabio Gato, é preservada a Romaria que per-corre bairros da cidade durante quatro meses. A Romaria sai do bairro Tabatinga, em Caraguá e segue até a divisa com Paraty. As cantorias na Festa do Divino em Ubatuba são feitas pelas seguintes folias de reis: Folia de Ubatuba, Ligeirinho, dos Mor-tos e de São Sebastião. A folia do Martírio de Cristo somente é cantada na capela.

O prato (afogado) começou a ser preparado às 4h da manhã de domingo por cerca de dez volun-tários. Segundo o cozinheiro Bened-ito Claro de Almeida, foram doados 130 kg de carne, 40 kg de mandioca e 60 kg de arroz. A festa do Divino Espírito Santo de Caraguá acontece du-rante 51 dias, entre a Páscoa e o domingo de Corpus Christi. As atividades realizadas são as de visitação às casas com oração e apresentação de músicas dos foli-ões. Para finalizar, os grupos são acolhidos com o pouso, quando é oferecida alimentação e um lugar para descansar durante a noite.

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Outro piloto local é Eduardo Vi-vian que há 13 anos tem o ‘hobby’ de voar. Ele lembra com orgulho que ficou em primeiro lugar nos Jogos Regionais de 2008, quando a competição aconteceu em Cara-guá. Inclusive, ele diz que a cidade já sediou etapas do campeonato brasileiro de voo livre em 2002 e 2003, bem como este ano, nos dias 20 e 21 de abril último, sediou o Campeonato Open de Aniversário de Caraguá. “Gosto de participar de festivais pelo Brasil afora”, finaliza.

Tamires de [email protected]

Caraguatatuba não é apenas a capital do voo livre no Litoral Norte Paulista. Pra-ticantes do esporte

e turistas vindos do Canadá, Estados Unidos e Europa fre-quentam a terceira rampa mais antiga do Brasil, no Morro San-to Antônio, onde pilotos saltam de parapente e asa delta todos os dias, dependendo apenas das condições climáticas e do vento.

Com 325 metros de altura, o Morro Santo Antônio é palco dessas aventuras desde a déca-da de 1970. Na época, o acesso para chegar à rampa ‘natural’ era de terra batida. Hoje, com a estrada asfaltada, os pilotos levam seus alunos com os pró-prios carros, além de a Prefeitu-ra ter construído uma segunda rampa de cimento.

Giordano de Almeida é um dos pioneiros da cidade. Come-çou a voar em 1979 e se tornou

do voo livre

Serviço Voo duplo de parapente = R$ 150,00 (preço médio) Agendamento com pilotos na Área de Pouso, na Praia do Centro de Caraguá. Decolagem na rampa do Morro Santo Antônio. Curso de parapente = R$ 1.500 (preço médio) 20 aulas teóricas e práticas

3| Maio de 2013

ESPORTE

Caraguatatuba se torna referência internacional devido à crescente procura de turistas estrangeiros atraídos por uma das

primeiras rampas de voo livre do Brasil

o terceiro piloto profissional de Caraguá. Atualmente, mora no Canadá, onde administra sua es-cola de voo, e sempre vem para cá no verão passar férias e fazer seus alunos praticarem o esporte também em Caraguá. Ele é sócio e proprietário de uma loja de equi-pamentos de voo em Caraguá.

Giordano integra a Associa-ção Caraguatatuba de Voo Livre (ACVL) que foi criada pelos pilo-tos para disciplinar a prática do voo na cidade. A sede fica na Área de Pouso, na Praia do Centro, onde turistas encontram pilotos, agendam voos e assinam termo se responsabilizando em respei-tar as regras de segurança duran-te o voo.

Dos 120 pilotos associados, 80% são locais e 20% vêm de ou-tra região praticar o esporte no litoral. Eles se revezam para levar os turistas à rampa no Morro San-to Antônio, e ali, dão as instruções do primeiro voo. O esporte pode ser praticado a partir dos 14 anos.

O piloto Silvio Ramos pratica voo livre há 16 anos. Ele aprovei-tava as folgas do trabalho para voar em Caraguá. Após a morte do seu instrutor, começou a en-sinar voo livre, primeiramente de forma voluntária. Depois que viu a demanda crescer, comprou seu equipamento, criou uma es-cola de voo e passou a dar aulas profissionalmente. É credenciado pela Associação Brasileira de Voo Livre e Associação Brasileira de Parapente.

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Capital internacional

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TURISMO

Pamela [email protected]

Autêntico retrato da cidade

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O Morro Santo Antônio proporciona a vista panorâmica mais bela de Caraguá,atraindo esportistas, turistas, comerciantese namorados apaixonados

Caraguatatuba, principal cidade do Litoral Norte, oferece aos turistas e moradores uma opção de passeio diferencia-

da no Morro do Santo Antônio, o principal “cartão postal” da cidade. A belíssima paisagem de um azul infinito do canal que inter-liga as ci-dades vizi-nhas de São S e b a s t i ã o e Ilhabela leva as pes-soas a ca-minharem 1,8 quilômetro para chegar ao topo do Morro que abriga um monumento em ho-menagem ao santo padroeiro.

Uns sobem de carro ou moto e levam 10 minutos para che-gar ao topo, outros preferem o contato com a natureza e fa-zem o trajeto a pé em cerca de 40 minutos. Para os ‘caminhan-

tes’ é recomendável usar rou-pas leves, sapatos confortáveis e não esquecer de levar a gar-rafa d’água. Nos dias de chuva, a atenção deve ser redobrada.

A caminhada, geralmente, é praticada pelos amantes da natureza que aproveitam o momento para respirar ar puro

e movimen-tar o corpo. Os espor-tistas são a t r a í d o s pelo voo de asa delta e paraglider

-cerca de 400 voos por mês-, como confirma o piloto Samuel de Oliveira, coordenador da ACVL (Associação Caraguata-tuba de Voo Livre).

O Jornal Antenado este-ve recentemente no Morro Santo Antônio e entrevistou alguns frequentadores. Va-mos conhecê-los.

O Comerciante

| Maio de 2013

Jorge Luís Rodrigues, 45 anos, há quatro vendendo água, refrigerante e salgadi-nhos no Santo Antônio. Du-rante a semana, Jorge traba-lha na construção civil e nos finais de semana e feriados, ele e sua esposa vendem re-frescos no Morro.

“Sou ambulante cadas-trado na Prefeitura e pago a licença para vender bebi-

das e salgadinhos. Quero fazer curso de manipulação de alimentos para produzir lanches naturais e salgados”, revela Jorge que também se preocupa com a limpeza do local e, por isto, leva sa-cos plásticos e recolhe o lixo produzido. “É importante preservar a natureza e evitar a poluição visual deste car-tão postal”, considera Jorge.

NÃO É PERMITIDO SUBIR O MORRO DE BICICLETA,

ÔNIBUS E VAN( )

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Equipe de TV

Instrutor de voo

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Nilton Ricardo de Lima trabalha e se diverte. Pra-tica voo livre há 20 anos e atua como instrutor. Na temporada de verão, ele sobe o Morro todos os dias para levar turistas a prati-car voo livre e, em poucos minutos, se vê novamen-te na praia, finalizando o voo na Área de Pouso. Os praticantes recebem uma máquina fotográfica em-

O passeio é conhecido pela paisagem panorâmica e praticado diariamente por jovens, adultos, crianças, grupo de amigos, casal de namorados e idosos. Para não excluir ninguém da família, alguns ainda levam seus animais de estimação.

Casal apaixonado

A auxiliar de desenvolvi-mento infantil, Vanessa Cris-tina dos Santos, 25 anos, e seu namorado, o eletricista José Roberto Moreira de Souza, 25 anos, subiram o Morro à procura de um lugar românti-co e sossegado. O passeio foi prometido por ele para come-

Frequentadora assíduaHá aqueles que chegam ao

morro a trabalho. A equipe da TV Litoral escolheu o local para fazer uma reportagem sobre esportes nas alturas. O repórter Donizete Machado praticou e divulgou o espor-te com muito entusiasmo e motivação.

morar um ano de namoro e ela adorou a vista, mesmo tendo medo de altura. Eles tiraram fotos e assistiram à decola-gem dos praticantes de voo livre. “A sensação é única. Dá até aquele gelo na barriga”, conclui o casal que mora em Ubatuba.

A professora Carol Men-des, 28 anos, é veterana em subir o Morro Santo Antônio. Faz isso desde criança e por isto conhece a estrada “como a palma da mão”. Gosta de convidar amigos e familiares para acompanhá-la na subida e todos os anos participa da caminhada penitencial que acontece no dia 13 de junho, dia de Santo Antônio.

Recentemente, Carol le-vou o noivo para conhecer o local. No caminho, foram presenteados com a aparição de um bicho preguiça e um tucano. “Quando estou aqui em cima, fico reconhecendo os principais prédios da cida-de. O local me traz paz. Fico horas olhando a imensidão do mar”, afirma.

prestada para registrar os momentos de adrenalina.

“O voo de paraglider pode durar de 10 minutos a 3 horas, dependendo da direção e da intensidade do vento”, explica Nilton. “Adolescentes podem pra-ticar se os pais assinarem o termo de responsabilida-de. Em Caraguá, de cada 10 praticantes, sete são mu-lheres”, confirma.

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8 Todos os dias eles são vistos nas ruas. Alguns os confundem com mendigos e os olham com desprezo; outros, valorizam o trabalho dos catadores de materiais recicláveis que ajudam a cidade a ficar mais limpa e ordenada.

MEIO AMBIENTE

Helena Custó[email protected]

A bela e cruel vida dos catadores de materiais recicláveis

F ica difícil viver num bairro onde o lixo se acumula em ruas e terrenos baldios. Para

mudar o cenário encontrado em bairros de Caraguá e de tantas ou-tras cidades, reunimos histórias de “catadores de latinhas”, como são conhecidos os trabalhadores que atuam com reciclagem na região.

A vida da aposentada Maria do Amparo Muniz, 91 anos, não tem sido fácil. Mesmo após sofrer dois derrames em menos de dois anos, continua suas andanças atrás de lati-nhas pelas ruas da Massaguaçu. Des-de 2003, ela usa o dinheiro da venda das latinhas para comprar remédios para ela e o marido, com quem é ca-sada há mais de 50 anos. “Há meses não vendo minhas latas. Quero que fiquem mais valorizadas. Estão pa-gando apenas R$ 2,20 o quilo (cerca de 60 latas)”, revela.

Maria do Amparo supera as difi-culdades de saúde advindas da ida-de avançada como diabete, pressão alta, colesterol, labirintite, sinusite e, com o sorriso no rosto, passa de casa em casa recolhendo materiais recicláveis. Muitos dos moradores a conhecem como “Filinha” e já sepa-ram as latas em sacos plásticos para facilitar sua vida.

Não muito longe dali, no mesmo bairro, a catadora Nativa Estevan, 63 anos, recolhe latinhas há 18 anos para ajudar nas despesas de casa, já que mora com duas filhas e dois ne-tos. “Antes, pegava de tudo. Agora,

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com problema de saúde, recolho latas e plásticos”, conta.

Para Benedito Emílio Duarte Fi-lho, 42 anos, a reciclagem rendeu-lhe crescimento profissional. Quando começou, há 15 anos, utilizava uma bicicleta como meio de transporte. Atu-almente, usa um carro para reco-lher materiais nos bairros da região norte e centro da cidade. “Estava sem fazer nada. Andava nas ruas e via es-ses materiais jogados. Então comecei a recolher, vender e estou nesse tra-balho até hoje”, relata.

Duarte chegou a ter quatro fun-cionários, mas por não ter condições de cumprir com as exigências legais, teve que dispensá-los e se desfa-zer do terreno onde armazenava os

materiais. “Hoje, traba-lho sozinho e não deixo acumular os reciclados para não

ter problemas”, esclarece. “Separo os materiais e levo para o destino. O restante, as firmas autorizadas vêm buscar”, detalha.

O catador lembra, com tristeza no olhar, o preconceito que já sofreu

devido a esse trabalho. “Pessoas re-clamam quando procuro os materiais recicláveis nas lixeiras. Recolho o que pode ser reutilizado e fecho o saco novamente”. Ele vende as latinhas por R$ 2,00 o quilo; o plástico, R$ 0,40 Kg; o ferro, R$ 0,23 Kg, e o pape-lão e vidro saem por R$ 0,12 Kg.

Coleta seletiva - Há três anos, Caraguatatuba conta com a parce-ria da ONG (Organização Não Go-vernamental) Maranata Ecologia, nos serviços de coleta seletiva no município. A secretária adjunta de Meio Ambiente, Maria Inez Fazzini Biondi, confirma que um convê-nio existiu de 2010 até fevereiro de 2012 e hoje a parceria é para o

EM CARAGUATATUBA, 60% DO LIXO URBANO

PODEM SER RECICLADOS( )Fo

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Maria do Amparo, 91 anos, recolhe latinhas e usa o dinheiro da venda para comprar remédios para ela e o marido.

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“O objetivo é educar a população e conscientizar para a importância de re-ciclar. Conseguimos fazer isso porque está na moda ser sustentável. Meu receio é que voltem a jogar lixo em terrenos de vizinhos”, de-sabafa a coordenadora da Maranata, Maria das Mer-cês Serra.

A ONG, por meio da par-ceria com a Prefeitura, em-prega sete pessoas, entre catadores, separadores e prensadores, que recebem cerca de R$ 800 mensais pelo trabalho de oito horas diárias. Há contratos com empresas de fora que dão o destino correto aos mate-riais.

O bairro da Massagua-çu é o que mais recicla na cidade. “As crianças e os idosos se preocupam com a reciclagem. As escolas vêm conhecer nosso tra-

uso do espaço da Central Munici-pal de Triagem e do Caminhão Co-letor. Em parceria, desenvolvem o Projeto Recicla Caraguá que visa promover ganho ambiental com a inclusão social e adequar o municí-pio à Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Em Caraguatatuba, 60% do lixo urbano coletado são recicláveis. “É possível investir em separação para atingir a meta de 15% dos resíduos até o final de 2013 e, pro-gressivamente, chegar à separação total”, propõe Maria Inez, confir-mando que a vigilância sanitária também tem cadastro de centrais das triagens particulares, além da construção da Central de Triagem de Resíduos Recicláveis no bairro Pegorelli, que está em fase final de construção.

8 SatisfaçãoCícera Lauriano da Silva, 32

anos, está há quase dois anos na Maranata e se diz satisfeita. “Trabalhava debaixo de sol e de chuva. Acabava o dia em con-fusão, já que um queria ganhar mais que o outro. Agora ganho igual a todos”, confirma.

Para Gracelina Grafanassi Gomes, 42 anos, na época que recolhia os materiais nas ruas, levava xingos e olhares de discriminação. “Agora, recebo salário direitinho”, comemora.

Maranata Ecologia

A coordenadora da Maranata, Maria das Mercês Serra.

balho e as crianças acabam surpreendendo os pais com frases de conscientização sobre o destino adequado do lixo caseiro”, revela Ma-ria das Mercês. No entanto, não são todos que isolam o lixo orgânico dos materiais recicláveis. “Em 2014, será lei cada pessoa ter que dar conta do seu lixo de forma adequada”, finaliza.

Benedito Emílio conseguiu comprar um carro para recolher os recicláveis .

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Prática de exercício nas academias “ao ar livre” pode prevenir dores na coluna e nos joelhos

QUALIDADE DE VIDA

Janaína [email protected]

Em um ano, nove academias de ginástica para a terceira idade foram instaladas nas regiões norte, sul e centro de Caraguatatuba

8 Locais com academias ao ar livre em CaraguáPraça Diógenes Ribeiro de Lima (lado da praia, próximo a quadra de tênis e da pista de skate) no Centro

Praça Olaria no Novo Sistema Viário

Cremi - Centro de Referência da Melhor Idade no Jardim Jaqueira

Massaguaçu na Rua Benedito Francisco de Paula

Praia das Palmeiras no Quiosque 41

Praça do Entreposto de Pesca no Porto Novo

Praça Av. Brasil no Sumaré

Praça do Teatro Mário Covas no Indaiá

Condomínio Mar Verde na Mococa

como a capacidade de respiração, o equilíbrio e a coordenação motora nos movimentos que envolvem as gran-des massas musculares”, confirma e aponta outro benefício, a preservação da mobilidade articular, que diminui as dores na coluna e nos joelhos.

A professora enfatiza que os exer-cícios físicos devem ser realizados sempre com orientação de um profis-sional de Educação Física, para que a postura durante a atividade seja cor-rigida, o volume e a intensidade dos exercícios sejam controlados.

A manutenção dos equipamentos de ginástica fica por conta da Secreta-ria Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência e do Idoso (Sepedi). O uso das academias ao ar livre é gratui-to, 24 horas, e incentiva o convívio so-cial por meio do uso coletivo de equi-pamentos que oportunizam a prática regular de atividade física.

O aposentado Valdeci Dantas de Araújo, 69 anos, frequenta a Praça do Idoso, cinco vezes por semana. Ele pratica os exercícios tranquilamente e volta para casa feliz da vida. “Faço os exercícios dentro das minhas pos-sibilidades. Quando chego mais cedo, aproveito para praticar natação na praia Martim de Sá. Aqui também faço novos amigos”, conclui Valdeci.

A prática de exercícios físicos traz benefício para a saúde do idoso, melhora a quali-

dade de vida e propicia maior longe-vidade. Em Caraguatatuba, a primeira academia de ginástica da terceira ida-de acaba de completar um ano e está localizada na Praça Diógenes Ribeiro de Lima, no Centro. O local passou a ser conhecido como Praça do Idoso e foi construído em parceria com o Go-verno do Estado de São Paulo.

Os equipamentos das academias ao ar livre simulam o surfe duplo, ca-minhada individual, além de rotação vertical dupla, alongador, pressão de pernas duplo, barra para alongamen-to e barra de apoio dos membros superiores. Portadores de necessida-des especiais também podem usar os equipamentos para exercícios especí-ficos. Na Praça do Idoso, há profissio-nais supervisionando a execução das atividades, nos períodos das 8h às 11h e das 16h às 18h, de 2ª a 6ª feiras.

A professora de Educação Física Tatiane Calve, doutoranda em Ci-ências do Movimento Humano pela Universidade Cruzeiro do Sul, expli-ca que os exercícios realizados nos equipamentos trabalham a muscula-tura corporal de forma globalizada, melhorando força e flexibilidade. “A postura corporal é favorecida, assim

Mais informações na Sepedi:

(12) 3897-7043

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