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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIII Edição 37 Domingo, 15.09.2013 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Foi celebrada com festa, júbilo, harmonia e alegria a aula magna inaugural do Seminário Teológico Batista Catarinense. O pastor e professor Jonas de Oliveira foi empossado diretor, contando com o aval da diretoria da Convenção Batista Catarinense (pág. 12). Chegou mais um Seminário Batista no Brasil Silas Luiz e Aldair Gomes estiveram durante 42 anos em campo, anunciando que Jesus Cristo é o Salvador. Em julho, o Pr. Silas e sua esposa, Aldair, teoricamente se aposentaram. Mas não fecharam seus lábios, eles permanecerão no Chile, seu último campo missionário (pág. 11). A missão tem que continuar Oração, comunhão, alegria, despertamento missionário e adoção são algumas palavras que descrevem como foram os dois Acampamentos da Mulher Cristã. O tema “Mulheres doadoras de vida” foi trabalhado levando grandes desafios às mulheres, que receberam também conteúdo e ferramentas para trabalharem (pág. 09). Mulheres doadoras de vida

Jornal Batista - 37

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Leia o Jornal Batista desta Semana e fique por dentro de tudo que está acontecendo no meio Batista.

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1o jornal batista – domingo, 15/09/13?????ISSN 1679-0189

Ano CXIIIEdição 37 Domingo, 15.09.2013R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Foi celebrada com festa, júbilo, harmonia e alegria a aula magna inaugural do Seminário Teológico Batista Catarinense. O pastor e professor Jonas de Oliveira foi empossado diretor, contando com o aval da diretoria da Convenção Batista Catarinense (pág. 12).

Chegou mais um Seminário Batista no Brasil

Silas Luiz e Aldair Gomes estiveram durante 42 anos em campo, anunciando que Jesus Cristo é o Salvador. Em julho, o Pr. Silas e sua esposa, Aldair, teoricamente se aposentaram. Mas não fecharam seus lábios, eles permanecerão no Chile, seu último campo missionário (pág. 11).

A missão tem que continuar

Oração, comunhão, alegria, despertamento missionário e adoção são algumas palavras q u e d e s c r e v e m c o m o f o r a m o s d o i s Acampamentos da Mulher Cris tã . O tema

“Mulheres doadoras de vida” foi trabalhado levando grandes desafios às mulheres, que receberam também conteúdo e ferramentas para trabalharem (pág. 09).

Mulheres doadoras de vida

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2 o jornal batista – domingo, 15/09/13 reflexão

E D I T O R I A L

Cartas dos [email protected]

Eu tenho um Sonho

• Dia 28 de agosto de 2013 fez 50 anos em que o líder negro e pastor norte-ameri-cano, Martim Luther King, pronunciou o seu célebre dis-curso: “I have a dream”, “Eu tenho um sonho”. Este sonho era uma aspiração universal, em que ele próprio sonhava com a igualdade entre negros e brancos, a abolição do pre-conceito racial. Luther King morreu sem ver esse sonho realizado, quando um negro ocupa a Casa Branca.

De lá para cá o mundo mudou consideravelmente, todavia ainda continuamos tendo um sonho: de ver uma sociedade mais justa, um governo que não faça apenas promessas, mas que trabalhe em favor de uma nação mais justa e sem a corrupção, que

tanto destrói os poderes cons-tituídos e mancha a moral social, e desvia o alimento, a saúde e a educação dos menos favorecidos. Tenho um sonho, que um dia essa

nação não precise mais im-portar médicos brasileiros para tratar a saúde da nossa gente, mas que se possa dar condições aos nossos, a fim de que, eles próprios possam

nos tratar, porque eles estão entre os médicos mais com-petentes do mundo.

Mas também como pastor que sou, sonho com uma Igreja mais santificada. Cren-tes que tenham mais com-promisso com a causa do Mestre. Pastores que não façam apenas negociatas com o Santo Evangelho de Jesus, mas que cumpram fielmen-te o Ministério que lhes foi dado. Sonho com uma Igreja sempre vigilante esperando a volta do Senhor; pura, santi-ficada, como noiva ataviada para o encontro do noivo. Por tudo isso ainda continuo sonhado como Luther King. Um dia, meu neto, quem sabe, verá esse sonho reali-zado.

Pr. Eli Alexandre de OliveiraPIB em Iguaí, BA

A Campanha de Mis-sõe s Nac iona i s continua, e uma de suas pernas de

sustentação é a oração. Um ato de fé que aproxima o homem de Deus, num re-conhecimento da presença e grandeza do Pai. É através da oração que o povo de Deus o adora, se dedica, entrega seus pedidos e re-cebe respostas do Pai. Não se faz missões sem oração, é através da oração que o missionário é sustentado espiritualmente, é através da oração que o missionário caminha no sentido da von-tade de Deus. Sem oração não há missões.

Como fazer missões é uma ação contínua, diária, a ora-ção precisa ser diária tam-bém. Algumas pessoas gos-tam de falar, conversam com todos ao seu redor, mas se esquecem de conversar com o Pai Celeste, estão dispostas a discursar sobre qualquer assunto, entretanto, não estão disponíveis para conversar com Deus. Dona Odeth não é assim: num domingo de almoço em família a avó Odeth preparou a comida e começou a colocar na mesa, os netos rapidamente fizeram seu prato e começaram a de-vorar tudo. Até que alguém lembrou... “esquecemos de orar”. Sem demora a vovó

Odeth disparou: “não, não, podem continuar a comer meus filhos, porque eu faço a comida orando”. É claro que todos na mesa riram, mas entenderam muito bem a importância da oração. Dona Odeth ensinou que oração não são apenas momentos, mas uma ação constante na vida. A oração deve ser can-tada, escrita, falada, mas pre-cisa acontecer de maneira constante.

Outra senhora ensinou o ato de orar, por todas as pes-soas, aos seus filhos. Antes de dormir tinham que conversar com Deus, mas não podiam se esquecer de orar pelas prostitutas, pelos moradores

de rua, por aqueles que não tinham o que comer. Um dos seus filhos perguntou: “mas nós nem conhecemos todos eles, e eles também não nos conhecem”. “Mesmo assim eles existem e precisamos pensar neles”, disparou a mãe. Era através da oração que uma mãe ensinava seus filhos, ainda pequenos, a fazer missões.

Missões e oração estão sempre juntas, quem não está disposto a orar, não está disposto a falar de Jesus Cristo. Viva para glória de Deus através da oração. “E nos dedicaremos à oração e ao ministério da palavra” (Atos 6.4). (AP)

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTELuiz Roberto SilvadoDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOArina Paiva(Reg. Profissional - MTB 30756 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal.

DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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3o jornal batista – domingo, 15/09/13reflexão

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Enquanto é dia

Antes de curar um cego de nascença, Jesus decidiu dar--nos algum esclare-

cimento sobre as condições ideais para o estabelecimento do Seu Reino. “Convém que Eu faça as obras Daquele que Me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (João 9.4).

Em mais de uma vez Jesus enfatizou a importância de planejamento, de estratégia. No caso em pauta, a expres-são “enquanto é dia” pode significar “durante o período estabelecido por Aquele que me enviou”. Depois do perío-do estabelecido pelo Senhor para a proclamação da graça, o período estabelecido por Ele é o do Julgamento Final. Por outro lado, fazer as oras de Deus não nos garante o apoio e a aceitação pelos

outros. Logo depois de ter efetivado a cura do cego, Je-sus tornou-se alvo da ira dos religiosos, por ter desrespei-tado o sábado.

Cada um de nós, como cristãos, recebeu um talento individual e uma missão pes-soal. Dedicar este talento ao Senhor e cumprir a missão recebida é “fazer as obras”. Tudo isto, entretanto, tem que ser feito “enquanto é dia”. Nosso desafio constante é fazer do jeito do Senhor e no tempo do Senhor. Apesar de nossas maneiras humanas de iluminar “a noite”, Jesus usa o símbolo da noite, qual-quer noite, para nos ensinar que o tempo do Senhor deve ser levado a sério. O que quer que o Senhor tenha nos mandado fazer, Ele quer que usemos sua estratégia. Enquanto é dia.

Pastor Manoel de Jesus TheColaborador de OJB

Uma lei de 1990, voltou a discussão na Câmara dos Deputados, e essa

lei estipula como crime um pai que espanca e constrange os filhos. A lei tem uma série de conceitos indefinidos, e que a garotada já conhece, colocou os pais nas mãos dos filhos. Mesmo pais de fina educação, se chamar a atenção de um filho, corre risco de um processo judi-cial. Por exemplo, a palavra constranger, ela é ampla no significado.

Além do mais, num mo-mento em que os direitos in-dividuais são tão alardeados, pergunta-se: Que direito é esse que tira o direito de um pai educar um filho? Vamos mais um exemplo. Um pro-fessor dá nota zero por que o aluno não conseguiu acertar nenhuma questão. O profes-sor humilhou o aluno? Claro que uma nota zero humilha, mas o que o professor pode-ria fazer? Mentir dizendo que as questões estavam certas?

Vez por outra, surgem pro-gramas de debates na TV sobre a questão educacional dos filhos. É opinião para todas as direções, e não se chega a nenhuma conclusão. Lembro-me muito bem que a primeira palmada que levei de meu pai, foi quando lhe ameacei com uma faca. Eu ti-nha 2 anos de idade. Até hoje não guardo mágoa alguma. Tudo que ele fez por mim e minhas irmãs cobririam milhões de erros, caso ele os tivesse cometido.

O humano vive várias eta-pas na vida. É claro que um pai não iria dar um tapa num filho de 30 anos (me disseram que um italiano faz isso a um filho e ninguém acha errado), mas o ser humano passa por várias etapas na vida, com níveis diferentes de maturida-de. O que é correto fazer-se com ele numa fase da vida, não seria, obviamente corre-to fazer-se noutra.

A maioria dos pais gosta de ouvir falar em pegar leve com os filhos. Isso é muito mais cômodo. Vez por outra, per-cebo que, nos debates, surge alguém mencionando um texto bíblico que recomenda a vara, ou punição leve, e o ensino das Escrituras, para os filhos. O participante sofre um massacre.

Agora vamos ver se essa leveza para com o comporta-mento dos filhos está funcio-nando. Com funcionar não queremos dizer que estão fazendo nossos filhos uns santinhos, não. Estamos fa-lando em uma conduta, no mínimo, civilizatória. Eis o que está acontecendo. Com os recursos atuais, de comu-nicação rápida entre uma pessoa e outra, um grupo de adolescentes, dirige-se para um shopping, e, confor-me o combinado na mídia, aprontam um vandalismo no shopping. Desrespeito, furtos, quebra-quebra, tudo de mau acontece. Promoto-ria pública, delegados, Po-lícia Militar, juízes, Poder Municipal, todos se uniram para buscar uma solução. Não me lembro quando um acontecimento reuniu tantos poderes tão rapidamente. Os pais foram informados que a responsabilidade cairá sobre eles. Bem... eles mere-cem por terem sido tão tolos de acreditar que o humano, criado sem limites, redundará num anjinho. Agora pergun-tamos: Por que os defensores da plena liberdade aos filhos não resolvem os problemas para os pais que seguiram suas regras?

Educar filhos é transferên-cia de caráter, e, temos que, primeiro, começar a nos educarmos a nós mesmos. A primeira coisa que uma criança faz é a imitação. E

isso começa bem cedo. De 1 a 4 anos, já imaginou quanta coisa errada uma criança viu em nós, os pais? Um pai que sai do trabalho e para no bar por horas seguidas, está trans-mitindo o quê para os filhos? Transmitindo o sentimento de que eles pouco valem. Isso não se menciona nos debates sobre educação de filhos. De agora em diante, os pais que nunca viram o pe-rigo que estava surgindo com a Internet e com os celulares, vão gastar muito mais energia para controlar a maldade dos filhos. “Ah! Meu filho não tem maldade”. Tem maldade sim! Tem maldade genética, tem maldade de historicida-de, e maldade dada, ou seja, já nasceu com ela. Choro é reação de desconforto. E desconforto o que é? É quan-do me fazem aquilo que não gostei que me fizessem. Coi-sa boa é preciso ensinar, mas palavrão, por exemplo, nem é preciso ensinar. Há pais que fingem ingenuidade, vi-sando com isso comodidade. Isso é gravíssimo! A criança acredita na ingenuidade dos pais, e resulta em estímulo para as traquinagens da ado-lescência.

Agora concluiremos com uma perigosa profecia. A juventude que ficou saben-do como os adolescentes de Belo Horizonte estão agindo, logo começaram a copiar. Aí ninguém acreditará na segurança que os shoppings

passaram para a população, o que lhes favoreceu vertigino-so crescimento. Esse fato lem-bra-me um oficial russo, que prestando serviço em Angola, pediu uma Bíblia para um crente. O crente perguntou: “Por que o senhor quer uma Bíblia?” Eis a resposta que o oficial do Exército russo res-pondeu: “A Bíblia é o único

livro que nos dá uma conduta e regra moral correta”. De-pois de 70 anos de pregação ateísta, o resultado dessa pre-gação, empurrou o oficial em direção à Palavra de Deus. É só esperar! Isso também vai acontecer com os educado-res e comunicadores dessa liberalidade defendida e pra-ticada em nossos lares.

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4 o jornal batista – domingo, 15/09/13 reflexão

Pr. Vilmar PaulichenPIB Indaiatuba, SP

“Seu divino poder nos deu tudo de que necessitamos para a vida e para a piedade, por meio do pleno conhe-cimento daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude” (II Pe. 1.3).

Deus nos deu tudo o que precisamos para cumprirmos Sua vontade. Essa

vontade se chama evangeli-zação. Os recursos necessá-rios estão disponíveis, temos tudo o que precisamos para cumprir a missão. Se já rece-bemos todo o equipamento necessário, é perigoso ficar na “zona de segurança” (At. 1.8); importa cumprir a mis-são (Mt. 28.19), e apresentar bons resultados ao nosso Comandante (Mt. 25.15,20), entendendo que Sua paci-ência é motivo para o nosso emprenho (II Pe. 3.15).

Devemos tomar muito cui-dado para que a paciência de Deus, não seja a razão do nosso comodismo (Lc. 12.45,46). É melhor ser per-seguido por causa da Justiça, do que se acomodar por cau-sa do medo (Mt. 5.10-12). Antes de triunfar no céu, temos que batalhar aqui (Jd. 1.3). Nossa prioridade é evangelizar, crendo que Deus faz crescer a fé para batizar (I Cor. 3.6,7).

Existem recursos, mas falta prioridade; há pessoas, mas falta interesse da liderança; há consciência da vontade de Deus, mas falta obediência; há tempo, mas falta esforço. A missão é possível, mas se há “engrenagens enferru-jadas”, todo o sistema fica emperrado (Mt. 25.25).

Deus já nos deu tudo o que precisamos para cumprir a missão. Temos o Espírito Santo e vivemos por Ele (Gl. 5.16). Quem tem o Espírito Santo está pronto para evan-gelizar, e se não agir, será incomodado (II Tm. 4.2). Quem foi escravo do pecado não pode se calar (Rm. 8.15).

O que parecia impossível aconteceu. Deus nos salvou pela graça. Essa segurança tem que nos motivar a salvar os outros. É pecado julgar os outros pela aparência. Se

nos esquecemos quem nós éramos antes de Deus nos salvar, com certeza vamos julgar. Não julgue pela apa-rência, tornando as pessoas indignas de ouvir o Evan-gelho. Fale e não se cale. Nunca esqueça quem você era antes da salvação. Parecia impossível, mas Deus nos salvou (Ef. 2.8,9).

A missão é possível por-que a Bíblia é nossa luz (Sl. 119.105). Tem muita gente que não evangeliza por causa de um falso zelo da Palavra de Deus. Preferem “proteger” a Bíblia dos “hereges” do que falar que Deus os ama. Con-cluem que oferecer salvação aos incrédulos é tão inútil quanto oferecer diamantes aos porcos (Mt. 7.6).

A tentação de selecionar quem deve ser salvo impede identificar as ovelhas perdi-das (Lc. 15.7). A tentação de se calar porque a maldade aumenta (Mt. 10.28), impe-de o mundo de ver nossa capacidade de fazer o bem (Mt. 5.16).

Para realizar a missão, Jesus Cristo nos ensinou orar (Lc. 11.1-4). Mas orar com efici-ência é estar comprometido em cumprir a vontade de Deus aqui na terra, com a mesma intensidade e deter-minação com que é cumprida no céu (Mt.6.10). Para reali-zar a missão evangelizadora, Jesus Cristo fundou a Igreja. Através da Igreja o mundo deve saber a verdade, ou seja, que é maldito, está perdido e que não existe nenhum jus-to (Rm. 3.10); mas também deve saber que há esperança e salvação para todos que se arrependem (At. 3.19). A missão da Igreja é fazer Cristo penetrar a dureza do coração humano (Cl. 1.27). Essa obra, o Espírito Santo, através de nós (Jo. 16.8).

A missão é possível. Temos os recursos necessários e conhecemos o que é o amor (I Jo. 3.16). Temos a graça, a Bíblia, a oração, a igre-ja, o Espírito Santo. Se você é Igreja, não tenha medo. Cumpra a missão, mesmo desagradando alguns, tudo o que você fizer faça de boa vontade, visando agradar a Deus (Cl. 3.17). Para Deus tudo é possível. Você crê nisso? (Mt. 19.26).

Altemir FarinhasEspecialista em finanças pessoais, palestrante, professor e autor dos livros “CURA! Há Solução Para Sua Vida Financeira” e “Dinheiro? Pra que dinheiro?”. Vice Presidente Financeiro da ABRH-PR

Recebi um texto que fala sobre “Transfor-mações radicais no estilo de vida atual”.

Uma pergunta me chamou atenção “você está vendendo sua vida por dinheiro?” Te-nho observado que milhões estão vendendo preciosos

Cleverson Pereira do VallePastor da PIB em Artur Nogueira

Trabalhei durante 11 anos e 10 meses no Banco Bradesco S.A em São Paulo Capi-

tal, entrei como escriturário e sai como gerente de expan-são. Entre outras funções, fui caixa e recebia muitas notas de dinheiro, quase toda se-mana aparecia uma nota falsa

momentos por dinheiro.Mas como isso acontece?

Infelizmente muitos se dei-xam influenciar, o que neste caso significa que buscam incessantemente a aprovação dos outros. Dinheiro, roupas, títulos, grifes, cargos, posi-ções, carrões, mansões, tudo para dizer que “Eu sou o que aparento ser”.

É uma constante guerra in-terna, julgamentos, conflitos, nada é suficiente. Preste bem atenção, são as nossas esco-lhas que mudam tudo. Posso escolher ostentar e ser o que não sou. Posso racionalizar e planejar minha vida em

no meio das verdadeiras. Como identificar a nota fal-sa? Será que é preciso fazer um curso intensivo de como descobrir a nota que é falsa? Claro que não, basta conhe-cer a verdadeira. Quando co-nhecemos a nota verdadeira fica fácil saber qual é a falsa.

Não podemos viver enga-nados, se você conhece o que é verdadeiro, não fique com o falso. Não compre produtos falsificados, não

busca de uma vida melhor.“O passado é história, o

futuro é mistério, o presen-te é uma dádiva; é por isso que este momento chama-se presente”. Por que jogar fora essa dádiva, trocar o presen-te por um futuro incerto? A aprovação dos outros é grati-ficante mas não é tudo.

“Ai dos que descem ao Egito a buscar socorro, que se estribam em cavalos, e têm confiança em carros, porque são muitos, e nos cavaleiros, porque são poderosíssimos, mas não atentam para o San-to de Israel, nem buscam ao Senhor” (Isaías 31.1).

queira passar uma imagem irreal. Não viva iludindo a si mesmo. Infelizmente, temos presenciado o grande núme-ro de pessoas que vão à bus-ca do falso e não querem o verdadeiro, contenta-se com as migalhas e não querem o banquete.

No campo espiritual é a mesma coisa, com um agra-vante, a busca por um ser superior inexistente ou falso, leva-o a perdição eterna. Em II Coríntios 2.17 diz: “Porque nós não somos como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus”.

O que é falsificar a Palavra de Deus? É dizer o que ela não diz, é ensinar o que ela nunca ensinou. É formar dou-trina em cima de um único versículo e, sustentar aquilo como a única verdade. Saiba distinguir o falso do verdadei-ro, não seja levado por todo o vento de doutrina. Como eu sei que estão falsificando a verdade bíblica? Quando eu conheço a Deus pessoalmen-te e conheço à sua Palavra.

Conhecer a Palavra de Deus leva-me a descobrir o que não é a Palavra Dele. Então, não seja iludido por ninguém, estude à Bíblia, e viva segundo a sua vontade.

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5o jornal batista – domingo, 15/09/13

vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

Esopo foi um persona-gem quase mítico do século VI a.C. Pouco se sabe de sua vida,

mas ele é muito conhecido na literatura mundial devi-do às fábulas que escreveu. Uma delas é a do lagostim e sua mãe.

Diz a fábula:“ – Não andes de lado,

dizia a mamãe-lagostim a seu filho –, para de roçar as costas nas rochas úmidas.

– Mas, mamãe, aprendi com você: ande direito que também andarei”.

A lição moral da fábula é sobre o valor de ser o exem-plo para aqueles que nos se-guem. Como pais, ensinamos nossos filhos por meio das palavras, mas também com a nossa vida. Nossos filhos estão sempre a nos observar. Seja em casa, no trânsito, nos negócios e nos relacio-namentos humanos em geral.

Os educadores chamam esse tipo de aprendizado de observacional ou aprendiza-do por imitação, em que os pais atuam como modelos para os filhos. Estudos revela-ram que desde o nascimento somos modelos vivos para nossos filhos. Pesquisas reali-zadas com bebês com apenas 19 horas de nascidos mostra-ram que eles já são capazes de pôr a língua para fora, repetindo um gesto facial que veem um adulto realizar.

Nesse sentido, quando nos-sos filhos nos veem lendo a Bíblia, estamos ensinando--os sobre a importância da leitura da Palavra de Deus. Quando eles nos veem sendo gentis com outras pessoas, estão aprendendo ricas lições sobre o valor da gentileza. Quando nos veem alegres saindo de casa para os cultos dominicais, aprendem sobre a alegria de fazer parte de uma igreja.

Foi por isso que Paulo con-clamou o jovem Tito para

que fosse o exemplo para os mais jovens. Como pais e mães também somos con-clamados por Deus a sermos exemplos vivos para nossos filhos, pois tudo de bom ou de ruim eles estão a nos ob-servar e, o que é mais impor-tante, a nos imitar.

Acho interessante como Isaque imitou seu pai Abraão em alguns aspectos. Um de-les foi em relação à mentira. Abraão, diz a história bíblica, que mentiu a faraó ao dizer que sua esposa, Sara, era sua irmã. O mesmo aconteceu com Isaque, quando disse que Rebeca não era sua es-posa (Gn 12.14; 20; 26). Se Isaque imitou atitudes nega-tivas, o mesmo aconteceu com atitudes positivas. Os descendentes de Abraão o imitaram também na práti-ca da adoração. Na história familiar de Abraão vemos iniciativa de erguer altares a Deus (Gn 12,7; 8; 13.8; 22.1-14). Agora, preste atenção como este exemplo foi imi-tado por Isaque (Gn 26.5) e por seu neto Jacó (Gn 28.18; 33.20; 35.7).

Séneca, (4 a.C – 65 d.C) pensador e escritor romano, disse acertadamente quando escreveu: “O homem acre-dita mais com os olhos do que com os ouvidos. Por isso longo é o caminho através de regras e normas, curto e eficaz através do exemplo”. Jesus, nosso exemplo perfei-to, que viveu na época do pensador romano, afirmou: “Porque eu vos dei o exem-plo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.15).

Que atitudes nossos filhos e netos veem em nós? Esta-mos sendo bons exemplos de maridos? Bons exemplos de esposas? Bons exemplos de pais e filhos? Nossa atitude para com a igreja, para com o pastor e demais membros é digna de imitação?

reflexão

Pr. Araúna dos SantosVitória, ES

Não é muito difícil, hoje, o crescimen-to numérico das igrejas – comuni-

dades locais. Há disponíveis diversas estratégias e modelos de ‘Marketing Eclesiástico’, que motivam seus membros e influenciam a aceitação de novos adeptos. Há também o apoio de tecnologias de infor-mação e recursos eletrônicos que despertam o interesse das mentes ‘cibernéticas’ de nos-so tempo (‘kairós’), especial-mente a juventude. Os sons e as imagens estão em alta e não é impossível ‘montar um show’ de celebração que atraia alguma multidão de in-teressados em ‘curtir’ o áudio e ‘plugar’ o vídeo. Dá algum trabalho e consome recursos financeiros. Mas também dá resultado – a casa se enche de gente à procura de entreteni-mento. E ainda se pode contar com efeitos sonoros e visuais que complementam o esque-ma atrativo. E a igreja cresce, cresce, cresce. Mas, esse cres-cimento acontece baseado e influenciado por um modelo de igreja cujo foco, ao que pa-rece, não é, necessariamente, a pessoa de Jesus Cristo, mas a satisfação de seus membros e simpatizantes e a clientela das “bênçãos”.

A questão a ser considera-da, com seriedade, diante do quadro acima exposto é sua relação ou não com o modelo que Jesus Cristo deixou para sua igreja, segundo os rela-tos dos Evangelhos, de Atos dos Apóstolos e das cartas de orientações às igrejas pelos escritos de Paulo, Pedro e do Apocalipse de João. É interes-sante, por exemplo, notar que Jesus afirmou categórico: “Eu edificarei a minha igreja” (Mt 16) e trabalhou, pessoalmen-te, em favor desse propósito, pelo menos por três anos, ao final dos quais reuniu 120 se-guidores, discípulos, ao redor de si – a sua igreja. Apesar de ter curado muitas e muitas pessoas, libertado da opressão do Diabo centenas delas, ou milhares, alimentado mul-tidões, etc, etc, o resultado final de seu ministério terreno não foi, espetacularmente, re-compensado com milhares de comprometidos seguidores.

Enquanto atendia às ex-pectativas e interesses do ‘povão’ – em termos de sinais e milagres que impactavam os olhos e os ouvidos das gentes – milhares o procura-vam. Mas quando começou a ensinar e a exigir um novo modelo de vida em amor,

santidade e justiça – multi-dões dele se afastaram (João 6). Até mesmo alguns de seus discípulos enfraqueceram na fé e o abandonaram em momentos críticos (Mt 26). Ele não queria adeptos de sua mensagem simplesmente, ou de estilos de adoração; ele demandava por discípulos, seguidores de seu modo de viver, em comunhão e obedi-ência à vontade do Pai (João 4) – “Vinde a mim e Apren-dei de mim” (Mt 11.28-30; João 13). O mesmo padrão de agir, Jesus designou para os que nele cressem: “Aquele que crê em mim fará também as obras que eu tenho realiza-do” (João 14.12).

Diferentemente da atitude de Jesus, que não se preocu-pou em manter inconversos ao redor de si, pelo abranda-mento de suas mensagens e contextualização de seu mo-delo de vida (Jesus foi contra a cultura em diversos comporta-mentos), líderes eclesiásticos em nossos dias se desdobram em encontrar meios atrativos para multidões. Não se im-portam com as implicações, mesmo que esse proceder signifique a negação de prin-cípios fundamentais da “fé uma vez dada aos santos” (Jd 3), afastamentos do exemplo de vida de Cristo – nosso Mestre e Senhor – e de seus verdadeiros ensinos. Há uma tendência exagerada à acultu-ração em que estilos de vida e adoração e confraterniza-ção e participação social se confundem e promovem di-vergências e separações e até ‘carnalidades’ entre o povo que se chama povo de Deus, igreja de Jesus Cristo.

Não é questão de livrar-se da chamada ‘aparência do mal’, mas de ‘cortar o mal pela raiz’. Sem dúvida algu-ma, há diferenças entre o sal e o açúcar – embora, em apa-rência, os dois sejam iguais. É mais acentuada a diferença entre luz e treva, sendo que treva é, fundamentalmente, a ausência da luz. Então, é significativo que Jesus tenha afirmado: “Vós sois o sal da terra e a Luz do mundo” (Mt 5.13-16). A luz ilumina; o sal dá sabor. É a igreja que tem que influenciar o mundo, não apenas com sua men-sagem e celebrações, mas com seu modelo de vida que recebe de seu Senhor e Mestre. O mundo precisa ver e sentir Cristo na igreja e não a sua modernidade e pós-modernidade e contex-tualização e atualidade. É preciso influenciar o mundo – o ambiente social – com os valores cristãos vividos no

cotidiano de cada crente, de cada igreja. O que importa não é atrair pessoas para a igreja, fazendo-a crescer nu-mericamente, o que importa é atrair pessoas para Cristo, a fim de que elas – mediante o arrependimento dos pecados e a fé em Deus – experimen-tem o novo nascer e crescer como pessoas e indivíduos em Cristo – para a maturi-dade emocional e espiritual.

Este é o propósito da igreja – seu verdadeiro crescimen-to: Pessoas compartilhando Jesus, a partir de suas pró-prias vidas transformadas. E, a partir dessa experiência renovadora, testemunhar a fé ativa no amor dos ambientes familiares para os ambientes sociais mais amplos das vizi-nhanças, dos colégios e fa-culdades, das empresas e, da sociedade em geral. O fruto do Espírito, mencionado em Gálatas (5.22) precisa estar presente na vida da igreja, para testificar a presença de Deus em seus relacionamen-tos e atividades. Vale a pena ler e considerar, à luz do ensino bíblico, os livros in-dicados: “Amizade, a Chave para a Evangelização” (de Jo-seph Aldrich, Editora Mundo Cristão) e, sobre discipulado: “A Grande Omissão” (de Dallas Willard, Editora Mun-do Cristão).

Pense nisto! É através do discipulado que a igreja local cresce, substancialmente. A igreja não é, apenas, ajun-tamentos de pessoas. Cada membro, ou, pelo menos a maior parte deles, precisa levar a sério seu relaciona-mento pessoal com Deus, por meio de Sua Palavra e Oração, em práticas diárias, sob a ação do Espírito Santo. Como ato contínuo vêm a vivência da comunhão frater-nal (que não deve ser confun-dida com confraternização) e o testemunho do evangelho, primeiro em ações depois em palavras. Ser e fazer dis-cípulos precisa ser a caracte-rística de cada crente, cada membro da igreja, para que ela cresça de forma saudável e consequente. Crescimento numérico se faz por novos adeptos.

De modo peculiar, cresci-mento espiritual se faz por novos discípulos de Cristo, que não anseiam por bênçãos mas por um relacionamento de amor com Deus que resul-ta em ajustamento pessoal e social. E é real que a adoração em espírito e em verdade é fruto e manifestação desse crescimento e ajustamento espiritual com Deus e com os homens.

Fé cristã, igreja e sociedade

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6 o jornal batista – domingo, 15/09/13 reflexão

SABEDORIA PARA HOJEPASTOR LÉCIO DORNAS

Metanoia X Paranoia (1/3)cristã, acaba sendo por ela contaminada.

A constatação dessa reali-dade triste e pesada acerca do que a igreja de Jesus se tornou, sem desconsiderar--lhe a humanidade, e as ma-zelas a ela inerentes, sempre está presente nas preocupa-ções, orações e produção intelectual de todos os que estão envolvidos na tarefa de cuidar do rebanho do Se-nhor. A questão é entender de forma satisfatória como esse quadro se formou e se mantém. Heagle oferece a resposta numa só palavra: paranoia.

De alguma forma o conta-to das pessoas com o culto, a mensagem, a influência e a convivência na igreja evangélica, muita vez ao invés de ensejar e propor metanoia, acaba induzindo à paranoia. Assim, no lugar de mudar a mente como ex-periência de arrependimento e conversão, as pessoas têm sua mente confundida com tanta forma predominando sobre o conteúdo, tanto mo-

Decolando

Despertei para o assunto a partir da seguinte citação feita por Brennan

Manning, em seu livro ‘A as-sinatura de Jesus’, do escritor e psicoterapêuta america-no John Heagle: “O oposto da conversão é aversão. O outro lado da metanoia é a paranoia. A paranoia é nor-malmente compreendida em termos psicológicos. É carac-terizada por medo, suspeita e fuga da realidade. A paranoia resulta comumente em ela-boradas alucinações e auto ilusão. No contexto bíblico a paranoia implica mais do que em desequilíbrio emocional ou mental. Ela diz respeito a uma atitude de ser, uma pos-tura do coração. A paranoia espiritual é uma fuga de Deus e do nosso verdadeiro eu. É uma tentativa de escapar da responsabilidade pessoal. É a tendência de evitar o custo do discipulado e buscar uma rota de fuga das exigências do evangelho. A paranoia

de espírito é uma tentativa de negar a realidade de Jesus de tal modo que racionaliza-mos nosso comportamento e escolhemos nosso próprio caminho” (p. 99).

De repente foi como se uma peça de um quebra--cabeças gigantesco caísse do céu, encaixando-se de forma mágica e maravilhosa, dando um sentido imediato a tudo, possibilitando expli-cação ao, até então, inex-plicável; calor e cor ao, até então, imperceptível; razão e esperança ao já descarta-do. De uma hora para outra na minha mente o contexto patogênico da igreja local, tão marcado por doenças da alma, da mente e do cora-ção, bem como aquelas que se alojam nos relacionamen-tos e tanto os prejudicam, migrando mesmo para a realidade eclesiástica mais ampla e, partir daí, para o mundo; num contraponto maligno à sua missão de ser sal da terra e luz do mundo: a sociedade, que deveria ser impactada pela comunidade

vimento tomando o lugar da reflexão sadia e tanto senti-mentalismo sobrepondo-se à fé genuína e íntegra. As pessoas são laçadas pela pa-ranoia, e aí fogem do Deus verdadeiro, delas mesmas, do discipulado e da comu-nhão saudável com um cor-po redimido.

Metanoia produz quebran-tamento, integridade e verda-de; paranoia gera sentimen-talismo, falta de caráter e dú-vida. Metanoia desdobra-se em fidelidade, humildade e disciplina; paranoia milita na linha da displicência, orgulho e falsidade. Dá para sentir como é difícil e o quanto é dura a realidade paranoica da igreja evangélica contempo-rânea? E o mais grave é que toda paranoia se dá debaixo da aureola da religiosidade e de uma pseudo vida cristã. Tudo sob o signo do viver evangélico e da cidadania eclesiástica que, de certa forma, alivia a consciência e alimenta a fantasia do que já gosta de fugir de si mesmo e da realidade à sua volta.

Como disse Heagle, racio-nalizam seu pensamento e escolhe seu próprio caminho.

Brennan Menning diz que “cada um de nós vive uma tensão entre a metanoia e a paranoia”, e conclui que “nenhum de nós está imune à sedução de um discipu-lado falsificado”. É muito importante esta direção, pois nos aproxima ainda mais de uma realidade da qual não temos como fugir, ainda que o desejemos. Refiro-me à necessidade da igreja resgatar a integridade de sua mensa-gem, a autenticidade do seu culto, a responsabilidade de seu discipulado e a lumino-sidade do seu testemunho. É por aqui que caminho a partir daqui.

(Veja a continuação na edi-ção do dia 29/09)

*Gerente do Ministério Brasileiro da Sociedade

Bíblica Americana e Coordenador da Equipe Ministerial da Primeira

Igreja Batista Brasileira em Orlando, na Florida – EUA

SâmiaMissionária da JMM no Oriente Médio

Ora sendo Jesus Cristo o único Senhor e Rei so-berano, e, come-

çando a Missão em Deus e convergindo para ele mes-mo, então, somos parte dos seus propósitos eternos para levar sua salvação aos ho-mens que de antemão ele escolheu para herdarem a vida eterna.

A atitude correta na obra missionária, em conformida-de com as verdades reveladas na Palavra de Deus, deve ser:

Humildade diante daquele que nos chamou sabendo que ele é o autor da salvação. Assim, não está em nossas mãos o destino final de cada vida, mas é tarefa do Espírito Santo convencê-los do pe-cado, da justiça e do juízo. Somos apenas parceiros de Deus na Missão que é dele;

A centralidade da Missão envolve comunhão perfeita e permanente com Deus.

Viver a prática do Evange-lho requer também com-preendê-lo e buscá-lo de forma racional, ainda que não desprovido de emoções inerentes a vida de quem é adorador e está em união com o seu Senhor;

A obra missionária deve ser feita de joelhos e na to-tal dependência do Espírito Santo. Excluir a direção e controle do Espírito Santo do ministério é cair em ativismo e egocentrismo, mesmo em função da própria obra. Essa seria, portanto, uma atitude de idolatria;

Devemos ter uma vida de retidão moral e ética cristã re-velando ao mundo de forma visível a presença de Deus entre os homens;

Jesus é a Boas Novas e a única verdade. De forma alguma, devemos fazer qual-quer tipo de união sincrética, ou reducionista da Palavra de Deus. Jamais esvaziar Jesus do seu conteúdo, ou negar que ele existiu dentro do tempo (Kairós) e na história geral;

Seguir os passos do mestre: A Missão deve ser feita sob a cruz. Saber que fazer a vontade de Deus implica di-retamente em lutas, persegui-ções, e quem sabe perigos, dores, e até morte pelo nome de Cristo Jesus;

Temos que ter o compro-misso de denunciar o peca-do, para que pecadores se arrependam; proclamar o perdão em nome de Jesus; fazer discípulos. Também preparar lideranças autócto-nes, para assumirem o traba-lho local;

Ao pregar para um mundo caído e sem Cristo, não nos cabe uma atitude triunfalista. Apesar de sermos instrumento de Deus devemos reconhecer nossa imperfeição e fraqueza humana. Além disso, nem sempre a missão desemboca em vitórias na perspectiva dos homens, mas para os planos divinos tudo está se cumprin-do, mesmo diante das adversi-dades e intempéries na causa missionária;

Estando na missão que o Senhor Jesus nos confiou,

sob o signo da cruz, temos que ter comunhão com os demais irmãos no Campo, Agência (Junta) e Igreja em uma atitude de submissão e amor cristão;

A missão deve ser sempre kerigmática (proclamação das Boas Novas), porém não excludente da prática das boas obras que Deus de an-temão preparou para nós (Ef. 2.10). O Evangelho deve ser apresentado de forma inte-gral e em todas as dimensões da vida humana, em atos de justiça e misericórdia con-forme descrito na Palavra de Deus (Ap. 19. 7,8);

Jamais devemos pregar a mensagem do Evangelho sem considerar a cosmovisão do povo ou menosprezando a importância da contextu-alização da mensagem. A pregação do Evangelho deve ser sempre feita de forma cristocêntrica, relevante e aplicável, caso contrário, nossa pregação será etnocên-trica e antibíblica;

A obra salvífica de Cristo tem caráter eterno, portan-

to, o cristianismo é mais do que levar pecadores para o céu apontando a redenção num plano futuro, mas é a integralidade entre a presente era e o porvir. Então, trazer o Reino de Deus em toda sua amplitude para o agora, atra-vés do ministério que Deus nos confiou, visa também à glorificação do Filho hoje e até o final dos tempos.

“Havendo Deus outrora fa-lado muitas vezes, de muitas maneiras, aos nossos pais, pelos profetas, hoje nos fala pelo Filho. A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem de sua pessoa, e sustentando e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação de nossos peca-dos, assentou-se à destra da majestade nas alturas; feito tanto mais excelente do que anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? Eu lhe serei por Pai, E Ele me será por Filho?”(Hb. 1.1).

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7o jornal batista – domingo, 15/09/13missões nacionais

Pr. L. Roberto SilvadoPresidente da CBB

Muitos anos atrás uma tribo primi-tiva tinha o cos-tume de eleger

um rei por 7 anos. Durante o seu reinado ele teria auto-ridade para fazer tudo o que desejasse. Mas ao fim dos 7 anos o rei era morto para que um novo rei fosse escolhido. Não sei se você pode acredi-tar nisso, mas muitos homens estavam dispostos a trocar a vida por 7 anos de poder e boa-vida.

Você está surpreso? Por incrível que pareça, hoje em dia muitas pessoas são ainda mais tolas. Elas são capazes de trocar sua alma eterna pe-los prazeres passageiros deste mundo. Alguns cultivam um pecado por muitos anos e não desejam abandoná-lo.

Embora o Senhor lhes ofereça vida eterna pela fé eles estão dispostos a perder a vida eter-na e a alegria da salvação por causa de algum pecado aqui da terra. Que escolha ruim!

Viver apenas para ganhar alguma coisa nesta vida é a garantia de perder muito na eternidade.

Mais uma campanha mis-sionária inicia e os batistas brasileiros irão afirmar: Eu e você podemos dizer VIVO PARA A GLÓRIA DE DEUS, porque desejamos proclamar para todo o nosso Brasil que “… Ele morreu por todos…” (II Co 5.15a).

Quando Jesus estava pen-durado na cruz muitos di-ziam que ele deveria descer. Muitos dos presentes insis-tiam em que se Jesus des-cesse da cruz, aí sim creriam nele! Você já se perguntou por que Jesus não desceu da cruz? “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi le-vado ao matadouro; e, como ovelha, muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca” (Isaías 53.7). Ainda bem que Jesus não desceu da cruz, mas escolheu com-pletar a obra para a nossa salvação!

É precisamente porque Jesus não desceu da cruz que nós cremos nele e esta grande demonstração de amor faz com que “… os

que vivem não vivam mais para si…” (II Co 5.15b). Que desafio, olhar o próximo com os olhos de Cristo. Este é um dos maiores desafios para qualquer pessoa que vive na nossa sociedade, que estimula o egocentris-mo. Uma história muito interessante aconteceu em uma escola de enfermagem. O professor aplicou uma prova e os alunos respon-deram rapidamente a todas as questões até chegar à última, que era: “Qual o primeiro nome da mulher que faz a limpeza da esco-la?” Isso parecia uma piada. Sobre esta pergunta uma das alunas disse:

– Eu já tinha visto a tal mu-lher várias vezes. Ela era alta, cabelo escuro, lá pelos seus 50 anos, mas como eu ia saber o primeiro nome dela?

Ela entregou o teste deixan-do essa questão em branco e um pouco antes de a aula terminar, outro aluno per-guntou se a última pergunta do teste ia contar na nota. “Absolutamente”, respondeu o professor. “Na sua carreira, você encontrará muitas pes-soas. Todas têm seu grau de importância. Elas merecem sua atenção mesmo que seja com um simples sorriso ou um simples ‘alô’”. A mesma aluna relatou depois:

– Eu nunca mais esqueci essa lição e também acabei

aprendendo que o primeiro nome dela era Dorotéia.

Quando vivemos para a glória de Deus aprendemos a chegar ao coração das pes-soas com o amor de Cristo. Nosso desafio é ir por todo o Brasil para levar a men-sagem de que Jesus é “…aquele que por eles morreu e ressuscitou” (II Co 5.15b). Somos desafiados por Deus a fazer isto no nosso trabalho,

na escola e na universidade e com os nossos parentes e vizinhos. Eu e você seremos muito bem-sucedidos se o princípio bíblico for aplica-do: “Portanto, quando vocês comem, ou bebem, ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (I Co 10.31). Quem vive assim poderá dizer com alegria no coração VIVO PARA A GLÓ-RIA DE DEUS!

Vivo para a glória de Deus

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No DVD da campanha conheça mais deste e de outros projetos que têm levado a mensagem redentora de Cristo em nosso país. No site www.missoesnacionais.org.br/campanha você encontra os vídeos, informações e dicas para melhor desenvolver a campanha em sua igreja.

Redação de Missões Nacionais

Nas palavras de nos-so presidente no texto anterior, “Vi-ver apenas para

ganhar alguma coisa nesta vida é a garantia de perder muito na eternidade”. Com esta consciência, missioná-rios e voluntários abrem mão de seus planos meramente terrenos para investir suas vidas em algo que apresente rendimentos para além des-ta vida. Também com esta consciência, outros milhares de irmãos investem também seus recursos financeiros

para que muitos tenham suas histórias transformadas aqui mesmo nesta terra, mas ga-nhem também a certeza da vida eterna.

Veja que testemunho ma-ravilhoso de um menino que joga futebol, no projeto Novos Sonhos, na capital paulista, coordenado pela missionária Joana Machado Rodrigues. Num certo dia, ele desabafou tudo que sentia para os voluntários do proje-to. “Ele chorava e gritava em desespero que queria morrer; que não queria ter nascido; que não conhece seu pai; sua mãe passa todo o dia fora de casa; sua irmã lhe bate e

expulsa de casa; que nunca teve aniversário; que ele é um lixo; um burro, que não sabe ler direito; que ninguém o ama e que não queria mais viver. Chegou a exclamar que Deus não existia e que Deus era o Diabo.

Não sabíamos o que fazer em meio a tanto desespero e revolta de uma criança. Percebemos o quanto aquela criança estava sendo opri-mida pelo Diabo e oramos por ela. Após a oração Deus fez algo maravilhoso. Aque-la criança que há poucos instantes falava que Deus não existia, ainda chorando muito, nos falou que não

conhecia Jesus e que queria convidá-lo a morar em seu coração. Ele fez a sua ora-ção sozinho. Só ele e Deus, e disse: ‘Jesus, eu não te conheço, mas entra no meu coração, cuida da minha família e de mim, não me deixa sozinho mais não, quero Te conhecer’.

Deus fez o maior milagre naquela manhã, Ele salvou aquela criança que queria morrer! Almoçamos com ele e ele criou uma música para Deus junto com o tio Diego. A letra da música diz: ‘Senhor Deus, me ajude a sorrir. Você me faz feliz como sempre quis. Quando

eu precisei de Você o Senhor me ajudou. Na melhor hora o Senhor me levantou, do chão me tirou. Do chão me tirou, do pecado me lavou. Quando estava triste, Você me alegrou. Senhor, Te peço: fica no meu coração. Não me deixe ficar sozinho não’.”

Essa e muitas outras crian-ças precisam muito de suas orações. Para que possamos continuar levando Jesus à vida delas, é necessário que todos invistam na expan-são desta obra. Invista em missões. Invista em transfor-mação de vidas. Seus rendi-mentos serão recolhidos na eternidade.

Investimento de alta rentabilidade

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Willy RangelRedação de Missões Mundiais

Sete batismos. Os nú-meros recentes tes-tificam o empenho e amor dos nossos

missionários na Itália para anunciar Cristo. Em meados de agosto, os missionários Luiz Claudio Marteletto e João Caio Bottega realizaram os batismos de cinco novos irmãos da Igreja Batista Ága-pe e da Missão em Padova. Segundo os missionários, foram batizadas uma italiana, uma albanesa, uma ucra-niana, uma nigeriana e um adolescente italiano filho de brasileiros. A cerimônia de batismos aconteceu no Lago Santa Cruz, a 60 quilômetros de Treviso.

“Após o culto da manhã, grande parte da igreja se dirigiu ao local dos batismos levando seus lanches para um piquenique. Um culto ao ar livre chamou a aten-ção dos banhistas e também durante os batismos, em uma tarde de testemunho do Evangelho”, destaca o Pr. Marteletto.

Em Bréscia, o casal Luiz Carlos e Sandra Moreira compartilha que dois italia-nos se decidiram pelo batis-mo após passarem pelo dis-cipulado. Os jovens italianos Alessandro e Graziano foram

Marcia PinheiroRedação de Missões Mundiais

Da união entre um ex-Embaixador e uma ex-Mensagei-ra do Rei, muitas

vidas foram alcançadas para Cristo. Silas Luiz e Aldair Gomes estiveram durante 42 anos em campo, anunciando que Jesus Cristo é o Senhor e Salvador.

Missões Mundiais muito tem a agradecer pelos inú-meros frutos que este casal produziu para o Reino: igre-jas organizadas, vidas salvas para Cristo, discipulados, ba-tismos… Momentos em que puderam se dirigir a Deus em oração e agradecer pelo Seu amor, fidelidade e infinita misericórdia.

Em julho, o Pr. Silas e sua esposa, a irmã Aldair, teo-ricamente se aposentaram. Mas não fecharam seus lá-bios para proclamar que só em Cristo há salvação. Eles permanecerão no Chile, seu último campo missionário.

batizados pelo Pr. Luiz Car-los no Lago de Garda, o maior da Itália. O Pr. Luiz Carlos conta que Alessandro aceitou a Cristo durante uma viagem à Venezuela, para ver a família da esposa.

“Retornando à Itália, pro-curou uma igreja através da internet. Encontrou a Igreja Batista de Bréscia e passou a frequentá-la. Por causa do seu interesse pela Palavra de Deus, come -çamos a fazer o curso de discipulado na casa dele, e foi em uma dessas ocasiões que ele tomou a decisão de ser batizado”, destaca o Pr. Luiz Carlos.

O crescimento espiritual de Alessandro é evidente. A família dele estava presente ao batismo e participou do culto celebrado às margens

Os planos que têm para a aposentadoria parecem mais audaciosos que os que ti-nham quando chegaram à Bolívia, o primeiro campo missionário deles, em janeiro de 1971.

“Decidimos dedicar toda nossa vida, junto aos nossos filhos e netos, ao campo”, diz o Pr. Silas Gomes.

Eles foram sondados para pastorear uma igreja chilena, mas no momento se dedicam a falar de Jesus para pesso-as que nunca entraram em uma igreja evangélica. Silas e Aldair também prosseguem com o projeto SOS Suicidas, que desenvolveram enquan-to missionários de carreira na cidade de Antofagasta. Eles trabalham para que o projeto vire uma fundação, autorizada pelo Ministério da Justiça do Chile. Outra forma de ajudar ao próximo que pretendem continuar de-senvolvendo é a de visitação a enfermos.

O Pr. Silas se diz grato a Deus por ter chegado aos 69 anos de idade com muito

do Lago de Garda. Grazia-no, o segundo a ser batiza-do, foi pela primeira vez à igreja em Bréscia a convite do filho mais novo dos mis-sionários.

“Graziano passou a fre-quentar os cultos com grande interesse pela palavra do Senhor, perguntando se seria possível ter um estudo mais aprofundado para conhecer o Evangelho. Foi assim que começamos a fazer disci-pulado com ele”, conta o missionário.

O Pr. Luiz Carlos diz que na terceira lição Graziano es-tudou a salvação, compreen-deu o que aquilo significava e orou entregando sua vida a Cristo.

“Por essa razão, ele obe-deceu a Jesus e foi batizado. Graziano continua crescendo

fôlego para continuar anun-ciando Cristo. Foram 16 anos na Bolívia, e desde 1987 no Chile. Muitas vitórias, mas também muitas lutas, como a citada pela irmã Aldair. Ela recorda o susto que passaram quando, no período em que atuavam próximo aos rios bo-livianos, uma doença quase lhes tirou a filha, na época com apenas 6 anos. Nesse lugar isolado, sem estrutura hospitalar, os missionários chegaram a duvidar se aquele era mesmo o campo onde deveriam atuar. Mas Deus devolveu a saúde daquela criança, e a família pôde seguir com seu ministério naquela região inóspita.

Eles sabiam que nesse lu-gar, longe de tudo e de todos, Deus estava atendendo à multidão de crentes brasi-leiros que intercediam por aquele trabalho, pela salva-ção das poucas vidas que es-tavam por lá, mas que como quaisquer outras são muito importantes para o Pai.

“Agradecemos às pessoas, igrejas e empresas que atra-

no conhecimento da palavra do nosso Senhor”, destaca o missionário.

Nossos missionários pre-cisam constantemente que você ore por eles. E pedem

vés do Programa de Adoção Missionária (PAM) partici-param fielmente do nosso sustento no campo ao longo dessas décadas. Peço para que Deus abençoe a cada um”, declara o pastor.

Como missionários de longa carreira, Silas e Al-dair testificam que vale a pena investir a vida na obra missionária. E citam um tre-

oração para que os novos irmãos em Cristo continuem com fome e sede da Palavra de Deus e venham a ser ins-trumentos do Senhor para a salvação de muitos.

cho daquele hino que diz, “compensa servir a Jesus por amor”. Nossos amados mis-sionários encorajam aqueles que já receberam o chamado para o campo a seguirem com fé, pois são testemunhas de que “para aquele que chama, Deus também provê tudo, principalmente da sua presença, inspiração, alimen-to e saúde”.

Batismos são frutos do trabalho missionário na Itália

Missionários Marteletto e Bottega com irmãos batizados Pr. Luiz Carlos Moreira (ao centro) batiza Graziano e Alessandro

Pr. Luiz Carlos Moreira batiza Alessandro

Missionária Aldair e Pr. Silas Gomes permanecerão no Chile após aposentadoria

A missão tem que continuar

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12 o jornal batista – domingo, 15/09/13 notícias do brasil batista

“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças” (Eclesiastes 9.10).

Dia 28 de setembro é o dia do psicó-logo e o Depar-tamento de Ação

Social traz a experiência de uma psicóloga que, por 15 anos, atuou na Assistência da Prefeitura do Rio de Janeiro. Marcia Passarelles é membro da Primeira Igreja Batista de Campo Grande e coopera com a Junta de Ação Social da Convenção Batista Cario-ca como psicóloga.

“Em meados da década de 90, iniciava eu, juntamente com a política de execução e proteção à infância, em situação de vulnerabilidade social na cidade do Rio de Janeiro. Conquistar aquele lugar era um desafio, já que na época, não havia esse lu-gar na Assistência - o lugar do psicólogo. Percebi que teria de trilhar um longo caminho

Jonas de OliveiraDiretor do Seminário Teológico Batista Catarinense

No dia 05 de agos-to de 2013, cele-bramos com festa, júbilo, harmonia e

alegria a aula magna inaugu-ral do Seminário Teológico Batista Catarinense, locali-zado à Rua Gisela, 1.528, Jardim Bela Vista, São José, SC. Deu-se o brado de vitó-ria dos batistas catarinenses, com a Aula Magna inaugural do lançamento histórico do Seminário Teológico Batista Catarinense. A programação foi dirigida pelo pastor Josse-mar Santos de Oliveira, dire-tor executivo da Convenção Batista Catarinense, dando as boas vindas a todos os presentes, orando em seguida e procedendo com a congre-gação o cântico do hino 12 do cantor cristão, lendo em seguida o Salmo 98, sendo executada uma oração pela missionaria Lívia Rita Klava. O momento musical inspira-tivo foi dirigido pela equipe de louvor da Igreja Batista do Alto do Aririu, dirigida pelo pastor Pedro Solonca Junior, e abrilhantou a solenidade, o grupo Prisma, da Igreja Batista do Barreiros, em São José, SC.

Foi dada uma palavra de saudação pelo pastor Klaus Peter Friese, da PIB da Ilha,

para me constituir naquele lugar (um lugar sem lugar) ainda em construção. Seria uma utopia? Pois não havia referências, diretrizes em ter-mo de gestão, nem proposta metodológica, mencionando o papel e as atribuições do profissional de psicologia em políticas públicas.

Então... Que clínica era aquela? Que lugar era aque-le? O que eu trazia era a informação de uma subje-

em São Francisco do Sul, di-retor de educação da Conven-ção Catarinense, que falou da alegria deste momento histó-rico que há décadas (1943-2013) era esperado a funda-ção ou organização do STBC. Após foi apresentado como preletor oficial o pastor Paulo Solonca, professor e pastor da PIB de Florianópolis, SC, considerado como decano da obra batista catarinense, que ministrou sobre a experiên-cia da conversão e chamada de Paulo em Atos 9.10-19. E deixou como mensagem que: “os seminaristas possam estar incluídos na visão e experiên-cia bíblica da chamada divina para o santo ministério da Palavra e seu devido preparo emocional, físico, psicológi-co, moral e espiritual, para assumir os desafios da obra em Santa Catarina, que urge proclamar a sua independên-cia e crescimento junto com o Reino de Deus”.

Em seguida o pastor e pro-fessor Jonas de Oliveira é empossado, constando com o aval da diretoria da CBC representada pelos pastores Alessandro e Jair (presiden-te emérito da mesma), bem como demais colegas pre-sentes. O pastor e professor Jonas de Oliveira é oriun-do da cidade de São Paulo, onde ali estudou Teologia na Faculdade Teológica Batista

tividade que se tratava so-mente no consultório, para atender o indivíduo; não o coletivo; tampouco, para os que estavam em situação de vulnerabilidade social (crianças, adolescentes e fa-mílias). Mas o desafio estava posto, e eu o aceitei. Então, descobri um novo olhar, no-vos sentidos e indivíduos, no extremo do sofrimento psíquico, social e emocional, com as marcas não só na alma, mas também no corpo. Quantas incertezas! Como não cair nas ciladas impostas pelo cenário social da época? Como não ocupar o lugar de juiz, julgando as famílias, as mães que não conseguiam maternalizar seus filhos; ou de educador para “educar” as crianças nos abrigos; ou ain-da de assistente social para assistir socialmente a “todos” que, também sem lugar vêm pedir assistência? Enfim, ci-ladas que foram impostas pela interdisciplinaridade. Logo, este também era o de-

em São Paulo, cursando o bacharel (1985) e mestrado (2006), concluindo sua conva-lidação pelo MEC, em 2012. Pastoreou a PIB de S. Miguel Paulista, SP; a PIB do Retiro em Volta Redonda; e a PIB do Jardim das Oliveiras, São Paulo. Junto com ele tomou posse sua esposa Jacinta da Silva de Oliveira, pedagoga aposentada, nos cargos de se-cretária e bibliotecária, ambos assumindo seus respectivos cargos como voluntários.

Em sua palavra o diretor enalteceu a visão ampliada da Convenção Batista Catarinen-se na abertura do Seminário, e agradeceu a Deus e aos ba-tistas catarinenses pelo apoio recebido e a oportunidade de servir na obra missionária. Foram apresentados em segui-da 21 alunos que farão parte da primeira turma dos cursos básico e médio em teologia. No próximo ano haverá a instalação dos seguintes cur-sos: o Avançado em Teologia (antigo Bacharel), com espe-cialização em Educação Cristã e Missões, o ministério de Louvor e Artes (antigo Musica Sacra), liderança cristã, plan-tação de Igrejas, e curso de capacitação continuada para pastores e líderes. Espera-se um contingente ainda maior de alunos para o próximo semestre de 2014, em função desses novos cursos.

safio: trabalhar em equipe, construindo minha identi-dade, tentando assegurá-la também, já que a lógica da interdisciplinaridade deixava muitos confusos sobre quem ocupava o lugar de quem. Que paradoxal construção: encontrar um sentido nessas intervenções!

Mas o sentido foi encontra-do. Atuei e participei de no-vos tempos, acompanhando a implantação dos guardiões, dos Conselhos de Direitos (Cmdca), Conselhos Tutela-res; também na implantação das Casas Lares, da descen-tralização dos Juizados e Promotoria da Infância, na construção do Plano Nacio-nal de Convivência Familiar e Comunitária; na imple-mentação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e dos centros de Referência de Assistência Social (CRAS), e de Referência Especiali-zado de Assistência Social (CREAS); e do mais notável dos prêmios: a Adoção como

Foi feita a oração de posse pelo pastor Pedro Solonca, e após novas inspirações musicais, foram apresentados os novos alunos e professores presentes que estão creden-ciados para ministrarem au-las para os cursos. São eles: Jonas de Oliveira, Fernando Coelho, Jossemar Santos de Oliveira, Alessandro, Eliezer, Klaus, Weber, Pedro Solon-ca, Stam, Jonas Edison da

uma coisa possível, antes da criança deixar de ser crian-ça - um marco na história da política pública da infância do Rio de Janeiro.

Nessas intervenções, des-cobrir o papel e lugar do psicólogo, intervir positi-vamente naquele universo; mediando, singularizando, amenizando, escutando ati-vamente ao usuário; auxilian-do-o a encontrar também um sentido e a ressignificar sua história e encontrar também o seu lugar; como ser singular e social, criança, adolescen-te, indivíduo, como família, ou como pais (biológicos ou adotivos).

Esta foi uma experiência intensa, sentida, vivida, so-frida, partilhada e motivada. Uma experiência, de fato, bem sucedida: constituir-me no lugar onde, inicialmente, num determinado momen-to, escolhi estar - o lugar do psicólogo numa grande escola chamada Assistência Social.”

Silva, Fabio Oscar de Lima, que fizeram o curso de ca-pacitação e credenciamento fornecido pelo Seminário no dia 06 de julho, ministrado pela professora Ana Nice e Filipe Ivo, ambos do Instituto Haggai de Liderança. A inau-guração foi encerrada pelo pastor Jossemar com oração e bênção apostólica, e no final houve um coquetel oferecido pelo Seminário inaugurado.

Departamento de Ação Social da CBB

História para encorajarPsicólogo na Assistência

Marcia Passarelles

Chegou mais um Seminário Batista no Brasil

Primeiro dia de aula da primeira turma do Seminário

Pastor Pedro Solonca ora na posse do pastor Jonas de Oliveira

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OBITUÁRIO

13o jornal batista – domingo, 15/09/13notícias do brasil batista

Elildes Junio Macharete FonsecaPastor da PIB Bairro São João, RJ

No dia 22 de julho de 2013, aos 95 anos de idade, o Pr. Ednézer Faria

foi para a sua morada perma-nente: o lar celestial.

Convertido aos 16 anos de idade, na Igreja Batista em Óleo (Glicério), o adolescente Ednézer foi batizado pelo Pr. Isaque Martins e encaminha-

Elildes Junio Macharete FonsecaPastor da PIB Bairro São João, RJ

O dia 4 de agosto de 2013 marcou profundamente a família Fonseca,

tão acostumada com domin-gos festivos de cultos ao Se-nhor e almoços concorridos.

Mirian Pessanha MafraColaboradora de OJB

Contemplo a foto de minha mãe aqui na sala de minha resi-dência num porta

retrato especial com detalhes em madrepérola digno de va-lorizar toda sua beleza. Para mim ela era realmente linda! Esperávamos que chegasse ao centenário, mas o Senhor achou por bem convocá-la no dia 23 de julho de 2013, com seus 99 anos e dois meses.

do ao seminário aos 20 anos, sendo consagrado ao Ministé-rio Pastoral aos 34 anos.

Nas lides ministeriais, o Pr. Ednézer deixa a marca de um desbravador, um verdadeiro gigante na plantação de igre-jas. Algumas igrejas têm o honroso registro do seu nome como primeiro pastor, como, por exemplo, a PIB em Parque Lafaiete (baixada fluminense) e a 3ª IB em Cabo Frio.

Na região litorânea flumi-nense, o Pr. Ednézer pasto-reou várias igrejas. Dentre

Esse domingo foi diferente, porque nele vovó Conceição, aos 88 anos de idade, foi festejar no céu. Após alguns dias de internação, Deus, que sempre é perfeito e justo em tudo o que faz, decidiu concluir as lides terreais de Maria Gomes da Fonseca, a vovó Conceição, nome de solteira, pelo qual era mais conhecida.

Maria Gomes da Fonseca nasceu no dia 21 de maio de 1925 e foi batizada no dia 16 de abril de 1939 na Igreja Batista da Lage de Macaé, pelo Pr. Assis Ca-bral. Casou-se com Leôncio

Durante toda sua traje-tória de vida ela deixou exemplos dignos de serem imitados. Conforme escre-veu o apóstolo Paulo, em I Coríntios 11.1: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo”. Para ela, mais importante que ser membro de uma igreja, era ser cristã. Desenvolveu mui-tas atividades em diversas áreas, como: professora da Escola Bíblica Dominical (EBD), presidente da Socie-dade Feminina Missionária

as merecidas homenagens que recebeu, uma delas veio da PIB em Suruí (Magé), conferindo-lhe o título de Pastor Emérito, no dia 15 de março de 1997. Na história da PIB no Bairro São João (São Pedro da Aldeia), o Pr. Ednézer Faria tem um lugar todo especial, pois foi o seu primeiro pastor efetivo, além de retornar à sua membresia, permanecendo nela até o fim da sua carreira terrena.

O culto de gratidão a Deus pela vida do Pr. Ednézer,

Xavier da Fonseca Filho no dia 23 de junho de 1943, com quem caminhou até o último dia de sua vida, jun-tamente com os 9 filhos, 2 filhas, noras, genros, netos e bisnetos.

Depois de algum tempo na região serrana de Macaé, meus avós vieram residir em São Pedro da Aldeia, tornan-do-se membros fundadores da Igreja Batista em Boa Vis-ta. Anos mais tarde, residindo em Cabo Frio, vovó Con-ceição tornou-se membro fundador da Terceira Igreja Batista, onde vinha servindo por longos anos.

(MCA); mas o ministério que ela abraçou e exerceu, enquanto teve condições de andar, foi o da visitação. Através dele abençoou mui-tas vidas. Serviu também, durante vários anos, como diaconisa da Primeira Igre-ja Batista em Juiz de Fora (MG), da qual recebeu o certificado de Diaconisa Emérita, que ela fazia ques-tão de dizer para seus netos e bisnetos que era o seu “di-ploma”. Mas tenho certeza de que muito mais do que

acontecido na tarde do dia 23 de julho de 2013, foi emo-cionante. O templo da igreja estava repleto. A maioria das igrejas por onde o saudoso obreiro passou esteve repre-sentada, além da presença de vários pastores.

Ao Senhor damos honra e louvor pela vida e ministério do Pr. Ednézer Faria. E pedi-mos aos batistas brasileiros que continuem a interceder pelas suas filhas, genros, netos e bisnetos, que sen-tem grande saudade, mas,

Certa vez, numa conver-sa sobre vida cristã, minha avó fez algumas declarações inesquecíveis. Uma delas foi a citação do seu texto prefe-rido: “A mulher sábia edifica sua casa; a insensata, porém, com as mãos a derruba” (Pro-vérbios 14.1). Lembro-me, como se fosse hoje, de uma vez quando eu (ainda crian-ça) e ela estávamos voltando de um culto e, falando sobre sua família, expressou: “vivo numa família feliz”.

O culto de gratidão, acon-tecido no dia 5 de agosto de 2013, na Terceira Igreja Ba-tista em Cabo Frio (Pr. Tércio

isso o Senhor tem reservado para sua serva: o galardão por todo trabalho que ela realizou, fazendo jus à re-cepção do Senhor a quem serviu fielmente, registrada em Mateus 25.23: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu Senhor”.

Aos quatro anos de idade, D. Cenyra aprendeu com o seu avô o estribilho do Hino 85 do Cantor Cristão: “O sangue de Jesus me lavou,

por certo, maior tem sido o consolo divino.

Resende de Paula), foi um momento único de profundo louvor e gratidão. As mui-tas lágrimas se misturavam aos sorrisos inevitáveis pelas lembranças tão agradáveis. Templo lotado de familiares e amigos, além de vários pastores presentes.

Não há palavras para agra-decer a Deus a bênção da convivência com vovó Con-ceição, uma serva de Jesus, que amava a igreja e fez de tudo para conduzir os seus nos caminhos do Senhor. A Ele a glória e a gratidão pelo consolo presente em toda a família.

me lavou; O sangue de Jesus me lavou, me lavou; Alegre cantarei louvores ao meu Rei, A meu Senhor Jesus que me salvou”. Com este cântico, ela evangelizou muitas pes-soas e agora está cantando no grande coral celestial.

Você conheceu Dona Cenyra?

Vovó Conceição descansa nos braços do Senhor

Pr. Ednézer Faria, um gigante na plantação de igrejas

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14 o jornal batista – domingo, 15/09/13 notícias do brasil batista

Francisco Bonato PereiraPastor e membro do Conselho Editorial

A Primeira Igreja Ba-tista de Caicó co-memorou o 30º aniversário com

cultos em ação de graças e Conferências Evangelísticas, proferidas pelo pastor Edmil-son Lemos (PIB Agrestina, PE) sob o tema “PIB Caicó, uma Igreja proclamadora e solidá-ria”, quando rendeu graças a Deus por sua existência e pe-los homens e mulheres que foram resgatados do pecado por sua instrumentalidade. A Igreja toda se mobilizou para receber os amigos e os ir-mãos do bairro Paraíba, onde está localizada, e de toda a cidade de Caicó. O templo esteve repleto de crentes e de ouvintes sedentos das Boas Novas do Evangelho durante estas celebrações.

A programação incluiu, além da Exposição da Pa-lavra Sagrada, pelo pastor Edmilson de Lemos, nos dias 22 e 23 de fevereiro, quando desafiou a Igreja a permane-cer como uma Agência do Reino de Deus proclama-dora da Palavra Sagrada e solidária no seu ambiente, cânticos congregacionais e a apresentação de músicas especiais por grupos da PIB Caicó (Coral das Mulheres Cristãs em Ação), pelo Coro Maná da Assembleia de Deus em Caicó e os cantores evan-gélicos Chaguinhas do Sax (de Currais Novos, RN) e Zé Carlos (de Acari, RN).

O culto do dia 24 de feve-reiro (domingo), a PIB Caicó foi desafiado pela mensagem do Rev. Fabio Guilhermino, pastor titular da Igreja, a ser uma Igreja proclamadora e solidária, servindo de ins-trumento na construção de relacionamentos saudáveis na família e na sociedade e, refletindo na vida dos seus membros a vida de Cristo, nosso mestre e Senhor.

O histórico da PIB de CaicóOs primeiros cristãos batis-

tas a chegarem à cidade de Caicó, no semiárido nordes-tino do Rio Grande do Norte na década de setenta, foram o pastor Rui Barbosa e sua esposa, missionários da Junta Missões Nacionais, enviados para plantar uma igreja na cidade. O pastor Rui Barbosa esteve lançando a semente do Evangelho durante um ano, quando foi transferido pela JMN para outro cam-po. O segundo obreiro, tam-bém enviado pela JMN foi

o pastor Exéquias Cerqueira Santos, que continuou a pre-gar o Evangelho e colheu os primeiros frutos, quando pessoas se converteram a Je-sus Cristo. As conversões e os batismos foram se sucedendo até ultrapassar três dezenas, quando o grupo começou a ser preparado para ser orga-nizada em Igreja e quando alugou um prédio na cidade,

para uso como templo.A PIB de Caicó foi orga-

nizada a 18 de fevereiro de 1983, sendo o Concí-lio formado pelos pastores Exéquias Cerqueira Santos (presidente), Enoque Barbosa da Silva (secretário) e Jose Evilazio Resende Ivo (exami-nador), e mais oito pastores batistas da região, represen-tando treze igrejas batistas.

Emitido o parecer favorável do Concílio seguiu o culto de organização da Igreja, quan-do o pastor Antônio Martins da Silva fez a leitura do Pacto das Igrejas Batistas, o pastor Otoniel Marques proferiu a mensagem, o pastor José Ribamar de Miranda fez a entrega da Bíblia e o pastor Antônio Teixeira a oração consagratória.

A PIB Caicó, durante o pastorado de Exéquias Cer-queira Santos, adquiriu um amplo terreno no bairro Paraíba, onde construiu o templo e as demais depen-dências, onde até hoje se reúne e cultua ao Deus da Seara. O pastor Exéquias Santos, após dezoito meses, transmitiu o pastorado ao Rev. Manoel Messias Alen-car Rangel, que a dirigiu por um ano. O Rev. José Ribamar de Miranda assu-miu o pastorado no dia 4 de dezembro de 1987, dirigin-do a construção do templo, pastoreando a Igreja por onze anos, deixando-a para atender ao chamado para outro campo (IB Macaíba).

O pastor Juarez Nobre as-sumiu o pastorado da PIB Caicó, levando a Igreja a construir a casa pastoral e o edifício de educação religio-sa, além de uma reforma que ampliou o templo, deixando--o com o aspecto atual. A PIB Caicó, no seu pastora-do, plantou e organizou a Igreja Batista na centenária cidade de Timbaúba dos Batistas. Após treze anos o pastor Juarez Nobre Santos despediu-se da Igreja, enten-dendo haver concluído seu ministério na Igreja.

A PIB Caicó, dirigida inte-rinamente pelo pastor Eude Figueiredo, Secretário Geral da Convenção Batista Norte--Riograndense, empossou o Rev. Fabio Guilhermino da Silva no seu pastorado a 7 de julho de 2012, de forma festiva, na presença dos 120 membros e de pastores e membros de Igrejas da Re-gião.

O atual obreiroA PIB Caicó (RN) atual-

mente é pastoreada pelo Rev. Fabio Guilhermino da Silva, pernambucano da ci-dade de Vicência, Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil (PE), consagrado ao ministério pastoral em julho de 2011, para servir no pastorado adjunto da centenária IB Siriji (PE), onde assumiu o pastorado titular e serviu até maio de 2012. Fabio Guilhermino também tem formação de Técnico em Contabilidade pelo CERU, Vicência (PE). Missionário da Convenção Batista de Per-nambuco (CEVAM). Casado com Crisnayane Tavares Costa da Silva (janeiro de 2010), o casal tem uma filhi-nha, Pérola Vitória Tavares Costa da Silva, de um ano e quatro meses.

PIB Caicó (RN) celebra o Jubileu de Pérola de serviço ao Senhor

Membros da PIB Caicó com o Pr. Fabio Guilhermino

Pr. Fabio Guilhermino e Pr. Edmilson Lemos

Templo da PIB Caico, RN

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15o jornal batista – domingo, 15/09/13ponto de vista

Roberto Torres HollandaColaborador de OJB, desde 1951

“Tudo vale a pena, se a alma não é pequena” (Fer-nando Pessoa)

A visita do papa Fran-cisco ao Brasil, em julho de 2013, foi bem recebida pelo

povo, e bem articulada entre o serviço de relações públi-cas do Vaticano e a mídia internacional. José dos Reis Pereira diria: “Roma est sem-per eadem” (Roma é sempre a mesma), enquanto Isaltino Gomes Coelho Filho obtem-pera: “c’est la même chose” (é a mesma coisa).

O papa Francisco chegou precedido de uma espessa e escura nuvem de escândalos. Em fevereiro, escrevemos que, “desde o início do sé-culo XXI, a Igreja Católica Romana tem estado sujeita a escândalos sexuais e finan-ceiros” (OJB, 03 mar 13). Agora, descobrimos que, no meio século (1965-2013) decorrido depois do encerra-mento do 2º Concílio Ecumê-nico Vaticano (1962-1965), e até a renúncia de Bento XVI, outros escândalos mais graves vieram à tona.

Giovanni Montini (papa Paulo VI, 1963-1978), no-meou Michele Sindona (que em 1986 foi condenado á pri-são perpétua) como assessor financeiro do Vaticano. Nos 33 dias de seu pontificado, Albino Luciani (papa João Paulo I, 1978) esboçou o de-sejo de investigar os negócios do Vaticano; teve morte pre-matura. Karol Wojtyla (papa João Paulo II, 1978-2005) tentou fazer uma faxina na Cúria Romana, mas sofreu um atentado. Então, resolveu dar voltas pelo mundo.

Joseph Ratzinger (papa Bento XVI, 2005-2013) foi “alertado” pelo arcebispo Carlo Maria Viganó, em 2011 governador da Cidade do Vaticano e atual núncio apostólico nos EUA, sobre a atuação de um maquiavélico quinteto (Paul Marcinkus, Licio Gelli, Roberto Calvi, Michele Sindona e Enrico De Pedis), que desde a dé-cada de 70 interferia nos interesses financeiros do Vaticano. Em 2006 todos estavam mortos ...

Dados biográficos desses mafiosos podem ser encontra-dos na internet: en.wikipedia.org . Eles fazem-nos lembrar

Alexandre VI (1492-1503) com seus parentes, os papas Xisto IV (1471-1484) e Ino-cêncio VIII (1484-1492), o banqueiro Médici e o pregador Girolamo Savonarola, retrata-dos no DVD “Os Bórgias”. O conteúdo da carta de Viganó foi publicado em 2012 pelo jornalista Gianluigi Nuzzi, em seu livro “Sua Santitá – Le carte segrete di Benedetto XVI” (Sua Santidade – As cartas se-cretas de Bento XVI).

A correspondência con-fidencial entre Bento XVI e seu secretário particular, Paolo Gabriele, vazou no chamado escândalo “Vati-leaks”, que provavelmente levou Ratzinger à renúncia. Os documentos vazados po-deriam intimidar os agentes da corrupção na Santa Sé; intimidaram?

Recentemente, o jornalista Andreas Englisch publicou o livro “Franziskus – Zeichen der Hoffnung” (Munich: Ber-telmann, 2013), traduzido como “Francisco – o Papa dos Humildes” (São Paulo: Universo dos Livros, 2013), no qual demonstra como “corrupção, intrigas, trai-ções, segredos e revelações escandalosas compõem os obscuros bastidores por trás da renúncia”.

Francisco, durante sua permanência no Brasil, foi amplamente elogiado por sua simpatia, modéstia e ho-nestidade. Depois da visita, Francisco está avaliando a reforma que poderá ser feita na milenar instituição religio-sa. Em abril, alinhamos 21 pontos de reforma; alguns in-teressam exclusivamente aos católicos, e aos que preten-dem abraçar o Catolicismo.

1 – A IgrejaEstudamos a história da

Igreja, e constatamos que ela sempre foi refratária às refor-mas, e ansiava pelo fortaleci-mento de sua estrutura (OJB, 14 abr 13). Temos dúvida quanto à força de Francisco para realizar qualquer refor-ma dogmática; constituições conciliares (1870 e 1965) e encíclicas papais (1896 e 1964) confirmam Sirício (bispo de Roma, 384-399), de que a Igreja de Roma ti-nha supremacia sobre todas as igrejas.

2 – A infalibilidade papalAs constituições de 1870

estabeleceram este dogma; seria necessária a convoca-ção de um Concílio.

3 – Os ConcíliosO Concílio de Constança

(1414-1418) foi o único que adotou a ideia da reforma da Igreja Católica Romana. O Concílio de Latrão (1512-1517) pouco antes da eclo-são da Reforma Protestante, condenou as teses sobre a

superioridade do Concílio sobre o Papa. O papa Leão X, em 1516, declarou: “O pon-tífice romano tem autoridade sobre todos os concílios”.

4 – A Cúria RomanaNo mesmo Concílio de

Latrão, houve tentativas

frustradas de reforma da corte papal. Desde 1908 tem sido mantida sua or-ganização interna. Para reformar a Igreja e a Cú-r i a Romana , F r anc i s co terá de usar toda a sua incontrastável e secular autoridade.

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dequias foideportado

Jesus (Ap 19:16)

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cavalo noxadrez

Chefe dospastoresde Saul

(I Sm 21:7)Cláudio (?),filósofo emédicoromano

Descan-sar, eminglês

Esportistacomo

RodrigoPessoa

RelaçõesPúblicas(abrev.)

Antigo instru-

mento decordas

InquéritoPolicialMilitar(sigla)

Partículaneutra do

átomo(símbolo)

Emissoraestatalitaliana(sigla)

Sulcodeixado

pela rodado carro

Em, emfrancês

General ca-nanita mor-to por Jael(Jz 5:26)

Tangente(símbolo)

Deusa egípcia damaternidade e da

fertilidade

Molhoácido pa-ra saladasRaivosa

O que tepertence

Tábua de (?), iguariacom defu-

madosfatiados

Gordurasde porco

Bêbada

(?) Célia, cantora de“Unge-me”Benévolo

Homena-gem

Cordeiro,em inglês

Siga!

Batalha-rão contrao dragãojunto com

Miguel(Ap 12:7)

502, emromanosAlgunshomens

O que as mulheresbabilônicas seriam,

em Isaías 13:16Suplica a Deus

Condição daquelesque se compadecem

dos humildes (Pv 14:21)

Poemalírico

Celebraçãocomunalperiódicadas igre-jas evan-gélicas

o

2/en. 4/lamb — rest. 6/doegue — galeno — ginete — sísera.

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