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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 24 Domingo, 14.06.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Pastor David Malta foi para os braços do Senhor Faleceu no último domingo, dia 07 de junho de 2015, o pastor David Malta Nascimento, que completou 96 anos no dia 22 de maio, data em que também foi internado e diagnosticado com pneumonia. Baiano de nascimento e carioca de coração, David Malta foi pastor da Igreja Batista de Barão da Taquara - RJ por 42 anos e 10 meses, até 1998. Formado em Direito, Filosofia e Teologia, prestou grandes serviços à Causa do Reino de Deus por meio da denominação Batista, exercendo diversas funções na liderança denominacional, como reitor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil de 1972 a 1983. Dessa conceituada instituição de Ensino Teológico, em que também se formou, recebeu o título de Reitor Emérito. Pastor David Malta foi uma referência para os Batistas brasileiros. A Convenção Batista Brasileira, em nome dos Batistas de todo o Brasil, agradece a Deus por sua vida, seu empenho e legado deixado a nós. Rogamos a Deus que o Senhor conforte a família enlutada. Na próxima edição faremos uma publicação especial em homenagem a vida desse grande ícone Batista. Segundo domingo de junho Dia do Pastor

Jornal Batista nº 024-2015

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A edição desta semana faz uma homenagem aos pastores, com diversos textos que abordam o chamado pastoral e levam a refletir sobre a missão de pastorear vidas. O periódico deste domingo traz também, na página 07, a matéria completa sobre a inauguração da Cristolândia Criança, em Guarulhos - SP.

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Page 1: Jornal Batista nº 024-2015

1o jornal batista – domingo, 14/06/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 24 Domingo, 14.06.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

Pastor David Malta foi para os braços do Senhor

Faleceu no último domingo, dia 07 de junho de 2015, o pastor David Malta Nascimento, que completou 96 anos no dia 22 de maio, data em que também foi internado e diagnosticado com pneumonia.

Baiano de nascimento e carioca de coração, David Malta foi pastor da Igreja Batista de Barão da Taquara - RJ por 42 anos e 10 meses, até 1998. Formado em Direito, Filosofia e Teologia, prestou grandes serviços à Causa do Reino de Deus por meio da denominação Batista, exercendo diversas funções na liderança denominacional, como reitor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil de 1972 a 1983. Dessa conceituada instituição de Ensino Teológico, em que também se formou, recebeu o título de Reitor Emérito.

Pastor David Malta foi uma referência para os Batistas brasileiros. A Convenção Batista Brasileira, em nome dos Batistas de todo o Brasil, agradece a Deus por sua vida, seu empenho e legado deixado a nós. Rogamos a Deus que o Senhor conforte a família enlutada. Na próxima edição faremos uma publicação especial em homenagem a vida desse grande ícone Batista.

Segundo domingo de junho

Dia do Pastor

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2 o jornal batista – domingo, 14/06/15 reflexão

E D I T O R I A L

Ser Pastor“Que os homens nos con-siderem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus” (I Co 4.1).

No segundo domin-go de junho cele-bramos o Dia do Pastor, ou melhor,

é o dia em que, entre tantos outros, separamos como Ba-tistas para celebrar gratidão a Deus por aqueles que acei-taram o chamado dEle para o exercício do ministério pastoral.

Ninguém ingressa nesse ministério sem que tenha a sua vontade direcionada, trabalhada e persuadida para o mesmo. Esse direciona-mento da vontade é fruto da chamada de Deus; isto é fator decisivo para o ministério da

Palavra. Se alguém caminha em uma direção contrária a essa, pode até um dia, através de uma Igreja, ser submetido a um concílio examinador, ter as celebrações de uma consagração pastoral, mas não o será pastor. O atendi-mento ao chamado pastoral não é uma decisão fácil, não é uma decisão sem renúncia, sem crises, mas uma decisão que transforma profunda-mente a forma de atuar.

A Declaração Doutrinaria da Convenção Batista Bra-sileira diz no capítulo 11 sobre o ministério da Palavra, que “Todos os crentes foram chamados por Deus para a salvação, para o serviço cristão, para testemunhar de Jesus Cristo e promover o Seu Reino, na medida dos talen-

tos e dos dons concedidos pelo Espírito Santo. Entretan-to, Deus escolhe, chama e separa certos homens, de ma-neira especial, para o serviço distinto, definido e singular do ministério da Sua Palavra. O pregador da Palavra é um porta-voz de Deus entre os homens. Cabe-lhe missão semelhante àquela realizada pelos profetas do Velho Tes-tamento e pelos apóstolos do Novo Testamento, tendo o próprio Jesus como exemplo e padrão supremo”. Sem a convicção inabalável da in-cumbência divina, ninguém deve entrar no serviço mi-nisterial. Com a certeza da sua vocação, a experiência do poder do Evangelho em sua vida, amor ao povo e o desejo ardente de servir

como embaixador de Cristo, o pastor terá prazer no estudo das Escrituras, no preparo dos sermões para a orientação de conforto espiritual do seu povo e o desenvolvimento da sua igreja no cumprimento da missão.

Celebramos a Deus neste domingo por todos os que têm atendido ao chamado de Deus para o ministério e vida pastoral. Deus os abençoe mais e mais a cada dia. Por isso, nesta data, rendemos graças ao Senhor por todos os que foram chamados, ouvi-ram a voz de Deus, aceitaram o desafio e vivem intensamen-te a vocação de ser pastor.

Sócrates Oliveira de Souza,diretor-executivo da

Convenção Batista Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

PUBLICAÇÃO DOCONSELHO GERAL DA CBBFUNDADORW.E. EntzmingerPRESIDENTEVanderlei Batista MarinsDIRETOR GERALSócrates Oliveira de SouzaSECRETÁRIA DE REDAÇÃOPaloma Silva Furtado(Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ)

CONSELHO EDITORIALCelso Aloisio Santos BarbosaFrancisco Bonato PereiraGuilherme GimenezOthon AvilaSandra Natividade

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REDAÇÃO ECORRESPONDÊNCIACaixa Postal 13334CEP 20270-972Rio de Janeiro - RJTel/Fax: (21) 2157-5557Fax: (21) 2157-5560Site: www.ojornalbatista.com.br

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DIRETORES HISTÓRICOSW.E. Entzminger,fundador (1901 a 1919);A.B. Detter (1904 e 1907);S.L. Watson (1920 a 1925);Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940);Moisés Silveira (1940 a 1946);Almir Gonçalves (1946 a 1964);José dos Reis Pereira (1964 a 1988);Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002)

INTERINOS HISTÓRICOSZacarias Taylor (1904);A.L. Dunstan (1907);Salomão Ginsburg (1913 a 1914);L.T. Hites (1921 a 1922); eA.B. Christie (1923).

ARTE: OliverartelucasIMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Cartas dos [email protected]

Temos uma estrutura, mas será que temos um sistema?

Graça e paz!Vi com alegria e esperança

o artigo “Temos uma estru-tura, mas será que temos um sistema?”, do pastor Lourenço, pois no históri-co administrativo da nossa denominação somam-se su-cessivos fracassos: editora falida, convenções inefica-zes, faculdades às moscas, associações sem sentido e sem atuação, organismos de departamentos fora da reali-dade, etc.

Na minha opinião, essa incapacidade administrativa se dá pelo simples fato da ausência de administradores. Todas as organizações são conduzidas por pastores que, por sua vez, são fiscalizados por comissões de ovelhas, ou seja, sem poder de fisca-lização. Qualquer que ouse

questionar é imediatamente abafado em nome da “har-monia”, é o ou não pastor Lourenço?!

A primeira ação seria defi-nir a real importância, ação e responsabilidade de cada organização, corajosamente encerrando as atividades da-quelas sem sentido e depois definindo uma governança corporativa para cada uma das remanescentes. A gover-nança corporativa é um tema da moda nas organizações e seu objetivo é implementar uma metodologia de admi-nistração que esteja acima dos gostos e ingerências de pessoas. Respondendo a per-gunta do final do artigo, eu topo o desafio, pastor Lou-renço!

Rafael Duarte, pastor da Igreja Batista

em Parque Jandaia – Carapicuíba – SP

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser en-caminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

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3o jornal batista – domingo, 14/06/15reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Parece um contrassenso, mas é verdade. O amor é perturbador. Gera reações descontroladas

e contraditórias em muitas pes-soas. Os que nunca receberam amor, não sabem amar. Têm dificuldades em expressar o amor genuíno. Sentem-se cons-trangidos quando veem alguém expressando amor sem esperar recompensa ou reconhecimen-to. Pessoas que amam pelo simples prazer de amar. Pouco importa se o objeto amado vai compreender ou retribuir com a mesma intensidade. Importante é expressar amor e vê-lo gerando frutos que trans-cendem o momento presente. Pessoas que não receberam amor, que não foram educa-das em um ambiente de amor, são frias e egoístas. Aguardam sempre o pipocar do ódio, as agressões infantis, os resultados negativos com seus devastado-res frutos. Como são infelizes, não conseguem amar e acredi-tar no amor.

A ausência do amor gera a inveja com seu veneno mortal. Veneno que mata, não o inve-jado, mas o invejoso. É a velha fábula do sapo que desejava ser igual ao boi. Após inspirar ar e mais ar, explodiu. O “plof” do estouro não alterou a calma do boi, que pastava lentamente à

beira do lago. Aliás, o boi des-conhecia a existência do sapo. O mesmo ocorre com o inve-joso. Morre envenenado com a acidez da inveja e ninguém comparece ao funeral.

Conheço pais que invejam os filhos obedientes e estudiosos dos outros. Ficam aguardan-do quedas ou deslizes que comprovem que ninguém consegue gerar e educar fi-lhos equilibrados. Precisam da desgraça alheia para justificar seus fracassos. Há membros de igrejas invejosos. Aguardam a derrocada ou escândalos com a presença da polícia para jus-tificar seu ódio ao trabalho que a igreja vizinha desenvolve. Desconhecem a verdade que a Igreja é una. Embora local, com suas peculiares características, todas integram o Corpo de Cristo. Amadas pelo Senhor, com ministérios diferenciados, a buscar o mesmo objetivo: glorificar a Cristo. Quando uma igreja fracassa no exercício do ministério que lhe foi confiado, o Reino de Deus, na sua totali-dade, sofre os resultados negati-vos. Por isso, criticar uma igreja porque fracassou em algum momento, ou realiza ministério não padronizado com a nossa “aprovação” significa ausência de amor. Ficar aguardando e torcendo por seu fracasso é ar-

timanha maligna., que dá certo na vida dos que desconhecem o amor de Cristo, jamais no viver do salvo.

Conheço pastores e líderes que se regozijam com o fracas-so de um colega de ministério. Sentem-se superiores. Coita-dos! Desconhecem a sublime verdade bíblica que adverte: “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia” (I Co 10.12). Quem já está prostrado não tem mais aonde cair. Mas o que está em pé basta um empurrãozinho de satanás, e a queda ocorre. O orgulhoso e o que desconhece a primazia do amor é alvo fácil do inimigo. Quando um ministro fracassa, nós, pastores, fracassamos um pouco com ele. Talvez tenha lhe faltado um amigo. E este amigo poderia ter sido eu, e não fui. Deixei de cumprir o meu dever. Portanto, fracassei duas vezes. Por não ajudá-lo a não cair e por regozijar-me com sua queda. É a mesma situação de uma igreja receber membros feridos das refregas do inimigo; significa ótimo ne-gócio. É fácil encher o aquário com pescado alheio. Difícil é pescar. Mais difícil ainda é auxiliar os feridos, pensar-lhes as feridas e reintegrá-los no aprisco original. Tal proceder exige amor em dobro. Mas, a

sugestão do inimigo atua ao contrário. Vamos organizar uma “nova” igreja. Alimentar o ódio. Crescer. Expandir o “rei-no”, não de Deus, mas o reino humano, que desconhece o fruto do verdadeiro amor.

Sair da igreja para outra, em vez de solucionar as dificulda-des de relacionamentos é mais prático. Postar-se à distância es-perando o incêndio é cômodo e até covardia. Não há necessi-dade de perdão. Não se exige amor. A vaidade e a maldade humana tudo justifica. Igrejas abortivas ou nascidas por fór-ceps não estão nos planos do Senhor para o Seu Reino. Basta um dissidente e você tem uma “nova” igreja. No processo normal do amor aos perdidos uma nova igreja exige maior dedicação e consagração.

O amor é perturbador. Exige renúncia. Capacidade de dar--se. De chorar as misérias do irmão, inclusive, a sua inca-pacidade de amar e devolver amor. Lamentar, sem condenar ou julgar os “erros” do passado, requer amor em dobro. Crer na supremacia do amor de Deus, que perdoa sempre, restaura e acolhe com o abraço fraterno o pródigo que volta, exige expe-riência com Cristo.

Jamais critique os que tentam amar, até mesmo quem não de-

seja ser amado. Não se delicie com as desgraças dos que fra-cassaram. Não fique a espreita de novas hecatombes. Não se delicie com a desgraça dos que naufragaram na caminhada cristã. Caíram nas artimanhas do inimigo. Desviaram-se e foram desviados. Estão feridos, Arruinados espiritualmente. Sem alento e sem coragem para reingressar no Reino de Deus. Carecem de amor. Não amor de palavras, amor de braços cruzados ou até mesmo sem braços, mas do amor empatia, que se identifica com o objeto amado. Capaz de descer às sar-jetas do fracasso para soerguer o que sobrou do objeto amado.

Quando a sociedade e o governo nos acenam com a etiqueta do fracasso, convictos que nas possíveis e incontáveis crises dos esforços humanos experimentaremos tragédias insolúveis, precisamos mudar o foco. Temos um desafio: Viver o amor em toda a sua intensidade. Comprovar pela força do amor constrangedor de Cristo, como relata II Corín-tios 5.14, que somos vitoriosos. Somos mais do que vencedores pela força invencível do amor, segundo Romanos 8.37. Você é convidado a vivenciar esse amor que perturba, que jamais falha.

O amor perturba

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4 o jornal batista – domingo, 14/06/15

GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Por que precisamos diminuir?

reflexão

“Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas” (Jo 3.20).

Jesus não economizou elogios quando descre-veu João Batista e sua missão. Ele foi classifica-

do como o maior de todos os profetas. À vista deste con-texto de avaliação do valor espiritual do precursor é de suma importância o ponto de vista do próprio João Batista, no que se refere ao Cristo: “É necessário que Ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.20).

Quando o Senhor vocacio-nou o Batista, fez-lhe reve-lações que foram essenciais para seu ministério de “ni-velar o caminho do Senhor”. Por isso, João Batista tinha certeza de que sua prega-ção não deveria focalizar sua pessoa, mas a Pessoa de Jesus. Fazer menos do que isso seria negar sua missão.

Ele tinha tudo para causar um impacto até maior do que o profeta Elias. Ao transferir para Jesus toda a importância da sua pregação, o filho de Zacarias realmente preparou sua geração para receber a mais importante pessoa da história cósmica da criação: o Messias.

A lógica espiritual seguida por João Batista não poderia ser mais realista e funcional, no contexto de um discípulo de Jesus. Ela é completamente contrária à estratégia de sata-nás, quando convoca seus mi-nistros, entre os discípulos de Jesus: “Se me adorares, tudo será teu” (Lc 4.7). Quantos líderes religiosos chegaram à fama e à riqueza, simples-mente fazendo o contrário de João Batista. Quando nós crescemos e Cristo é diminu-ído, desviamos do caminho do Senhor almas humildes e sinceras. Cristo prometeu pu-nição para aqueles que assim procedem (Lc 17.1-2).

Israel Silva, colaborador de OJB, membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro

Ó pastor divino que estais no céuEscuta o rogo destes Teus pastoresQue estão na terra evangelizandoProcurando almas distantes de TiPois muitas ovelhas vêm se afastandoDo Teu grande rebanho aqui neste mundoSaindo do aprisco e do Teu redilEstão preferindo correr o riscoDe serem apanhadas pelo lobo arisco Estão precisando da Tua ajudaPara ir na frente para procurá-lasPois creem em Ti com toda firmezaE porque bem sabem que Tua IgrejaNão pode perder quem já conheceuA Tua palavra de libertaçãoQue está contida na Bíblia SagradaE que fora de Ti não há salvação...Não as deixe sós; dá-lhes teu apoioElas são Teu trigo e não mais o joioForam separadas para Te serviremMas, infelizmente, foram enganadasPelo inimigo e saíram da Tua estradaPorque fraquejaram na Sua féMande Teus anjos para ajudá-losA reencontrá-las onde estiveremE que elas, Pai, não desesperem E em Ti confiem se Te invocarem

E quiserem Pai voltar para casaPara Te louvarem como antigamente...Esses teus pastores são vasos de ouroQue foram por Ti mui bem cuidadosPor Ti separados para o Teu serviçoSei que eles sabem do seu compromissoEvangelizar, curar os doentesExpulsar demônios em Teu santo nomeMui fortalecidos nessa fé que peçoQue muito aumentes nos seus corações...Dá-lhes as palavras; tua direçãoComo antigamente davas aos teus profetasComo a Isaías; também a João, o evangelista;Jeremias; EzequielColoque em suas bocas as brasas do céuAquele livrinho com gosto de melFaça com que digam com sinceridade:Eis-me aqui Senhor; envia-me a mim!Reforça Senhor Teus ensinamentosOs que estão contidos na Bíblia Sagrada;No Novo Testamento:Mateus 4.18-22; 7.15-23; 10; 21; 18 a 22; 23 e 24; 28.16-20; Lucas 5.1-11; 6.12-16; 8.1-15; 9. 1-9; 10.1-24; 21.5-37; João 10.1-21; 15; I Pedro 4.12-19; 5.1-12;No Velho Testamento: Ezequiel 34.Faça o Senhor Pastores de Deus; cheios de unçãoPara lhes falar e trazê-las - De Volta Para a Congregação – dos Santos!

Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

Gosto de ler sobre a vida de grandes líderes. Ultima-mente estou len-

do sobre o estilo de liderança de Steve Jobs. Já li sobre Jack Well (Ex CEO da General Electric). Encomendei o livro “Sonho Grande”, que conta a história de sucesso de três executivos brasileiros: Jorge Paulo Lemann, Beto Sucupira e Marcel Teles. Enfim, em todas as histórias de grandes executivos uma expressão sobressai: sonhar grande.

Esses grandes líderes são homens e mulheres visio-nários, não têm uma visão míope, mas enxergam muito bem, têm visão de futuro. Outra característica de gran-des líderes é o investimento em treinamento de novos

líderes. Steve Jobs gostava de trabalhar com os melhores, ele investia nos melhores. Sabia que o retorno para as suas empresas era certo e garantido.

Quando lemos nas Escritu-ras a história de José - filho de Jacó -, descobrimos que ele foi um grande líder. José foi governador de todo o Egito e sua característica era a sua fidelidade a Deus.

Líderes cristãos precisam viver como José. Aprende-mos muito com a sua história de vida. José sempre prospe-rou porque o Senhor era com ele. Grandes líderes tementes a Deus farão toda a diferen-ça. Vale a pena investir em causas sociais, projetos que devolvem a dignidade das famílias. Líderes sem ousa-dia, sem determinação, sem convicção, não chegarão a lugar algum.

Rogério Araújo (Rofa), jornalista, diácono da Igreja Batista Neves - São Gonçalo - RJ

Pastor segundo o cora-ção de Deus exerce seu ministério com os olhos voltados

para os irmãos à sua frente e em volta, sem desviar-se do alto de onde vem a força, o poder e a graça divina para sua vida.

Pastor segundo o coração de Deus não convence nin-guém pela força, mas pela autoridade derramada dos altos céus sobre sua vida.

Pastor segundo o coração

de Deus não toma nenhuma decisão por razões pessoais, mas somente depois de con-sultar e entender a vontade do Sumo Pastor: Jesus Cristo.

Pastor segundo o coração de Deus é um canal de bên-çãos do Senhor por onde elas passam, deixando um rastro de dádivas divinas em si mesmo e em suas ovelhas.

Pastor segundo o coração de Deus não se importa com os rendimentos financeiros que receberá e, sim, os espi-rituais que têm valor muito maior.

E como o próprio Jesus disse: “Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida

pelas ovelhas” (Jo 10.11). E o nosso Deus disse no Antigo Testamento: “Eu vos darei pastores segundo o meu co-ração, que vos apascentem com ciência e inteligência” (Jr 3.15).

No segundo domingo de junho, Dia do Pastor, lem-bremos de todos os pasto-res que, ontem ou hoje, nos exortam, consolam e afagam. É um ótimo momento para meditar sobre como está o nosso relacionamento com o Senhor, que é o nosso Pastor e nada nos deixa faltar. Para-béns aos pastores pelo dia! Que Deus revista-os de Suas bênçãos, sabedoria e graça.

Pastores de Deus

Grandes líderes

Pastor segundo o coração de Deus

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5o jornal batista – domingo, 14/06/15reflexão

dinheiro é raiz de todos os males; e alguns nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mes-mos se atormentaram com muitas dores” (I Tm 6.7-10). Em I Coríntios temos: “Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o Evangelho que vivam do Evangelho” (I Co 9.14). Viver do Evange-lho é viver dignamente, não construir, ou fazer fortunas. A verdade é que quem deseja as riquezas desse mundo não podem ser verdadeiros pastores. 3) - Não como do-minadores. Naqueles dias e nos dias atuais, quantos são “obreiros da iniquidade”, ar-rogantes, verdadeiros ditado-res, “donos de igrejas”, com verdadeiros e gigantescos conglomerados de massas humanas que não sabem discernir a mão esquerda da

que não estão obedecen-do aos ensinos da Palavra, como recomenda o apóstolo Paulo em Colossenses 4.17 e II Coríntios 6.3-4. Quan-do ocorrer esses casos, essa questão deve ser levada pela igreja em oração para que o Senhor da Obra tome as providências necessárias. Em vez de se formar grupos para comentários e murmurações, a igreja deve formar grupos sinceros de oração e, desta forma, Deus disciplinará o pastor da maneira adequada, corrigindo ou removendo-o.

Não se deve idolatrar o pastor, porém, é preciso lem-brar-se de Davi que temeu ir de encontro a Saul porque ele era ungido de Deus. Davi clamou ao Senhor entregan-do-lhe a causa e Deus mesmo deu a sentença de Saul.

Sustentar o pastor em ora-ção é missão de uma igreja forte, abençoada e santa. O inimigo de nossas almas é adversário de Deus e os pas-tores são alvo constante dos seus ataques. Paulo sentiu necessidade de ser reforça-do em oração e pediu que a igreja orasse por ele para que a Palavra de Deus fosse forte na sua boca. Feliz o pastor que possui um ministério de intercessão que está orando

direita, sem entendimento bíblico profundo; muitos es-tão como ovelhas sem pastor, completamente dominados por falsos profetas.

Mas, pastores integralmen-te submissos a Cristo e segun-do o coração de Deus devem ser modelos de vida no amor, na alegria, na humildade, no zelo, na gratidão e no des-prendimento, verdadeiros ministros e despenseiros de Cristo, de acordo com I Co 4.1-2, sabendo que o prêmio maior é o reconhecimento do Pastor Supremo, que dará o justo galardão. Pensemos nisso. E parabéns, queridos pastores, por mais um ano de vida sempre com a presença constante do Pastor e Bispo das nossas vidas. Que o Se-nhor nos ajude sempre nessa caminhada gloriosa.

enquanto ele está no púlpito transmitindo a Palavra. Na história de Moisés o povo de Israel estava em batalha e Moisés no alto da montanha mantinha os braços estendi-dos em direção ao exército. Quando os seus braços fica-vam cansados e ele os arria-va, o exército começava a ser derrotado; quando ele os erguia, o exército começava a vencer. Dois jovens, por-tanto, seguravam os braços de Moisés e o exército de Israel era vitorioso. A igreja deve possuir um ministério de intercessão para orar fir-memente pelo pastor e não para criticá-lo.

Não temos dúvidas de que estamos vivendo os dias do fim. Precisamos ter igrejas fortes, santas, comprometi-das com a Palavra de Deus e inimigas do pecado. Preci-samos de pastores íntegros, humildes, comprometidos com a Verdade; pastores que preparem suas igrejas para se encontrar com o Senhor.

Não gastemos o nosso tempo com reclamações, murmurações. Antes, desen-volvamos a prática de uma vida de oração, intercessão e comunhão, e teremos igrejas fortes e pastores segundo o coração de Deus.

Levir Perea Merlo, pastor da Primeira Igreja Batista em Belo Jardim – PE

“Pastoreai o re-banho de Deus que há entre vós, não por

constrangimento, mas es-pontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ga-nância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifes-tar, recebereis a imarcescível coroa da glória” (I Pe 5.2-4).

É fácil, mas, ao mesmo tempo, extremamente difícil falar sobre o tema: Pastores integralmente submissos a Cristo. Em várias partes do Antigo Testamento temos

Mariélia Fernandes, educadora religiosa, membro do Conselho da UFMBB

A prática da mur -muração tem sido comum na vida de muita gente. Nor-

malmente as pessoas são re-clamadoras, murmuradoras, inconformadas. Reclamam de tudo: do frio, do calor, da chuva, do trânsito, estão sempre insatisfeitas. O pensa-mento geral é que ser crítico é ser atual, bem informado, inteligente. É certo que não podemos ser “Maria vai com as outras”, ou não ter opinião própria; porém, reclamar de tudo é desagradar a Deus, o qual espera que sejamos gratos em todas as situações. “Em tudo dai graças...” (I Ts 5.18).

No meio evangélico um tipo de murmuração muito comum é a prática de recla-mar do pastor ou líder que está à frente da igreja. Moisés é o exemplo de um líder que sofreu muito com as críticas e murmurações do povo que estava sob sua direção.

Durante a travessia do povo de Israel no deserto, todos os problemas que ocorriam como: falta de água, falta de

registros de alerta contra os falsos obreiros. O capítulo 34 de Ezequiel fala sobre os pastores infiéis de Israel, não se tratava de cuidadores de animais, mas de sacerdotes ou líderes religiosos com responsabilidade sobre vidas. No entanto, o Senhor senten-cia: “Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas e as farei repousar, diz o Senhor Deus” (Ez 34.15). Nos tempos de Jesus não era diferente, e Ele alerta: “Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores” (Mt 7.15).

Pela Graça de Deus temos as coordenadas bíblicas de um autêntico pastor servo do Senhor Jesus Cristo. O texto de I Pedro 5.1-4 e tantos ou-tros nos dá o parâmetro para

comida ou doenças, a culpa era lançada sobre Moisés. Até mesmo Miriam e Arão, seus irmãos, que conheciam toda a história de Moisés, desde o seu nascimento e o seu milagroso resgate das águas do Nilo, e que tam-bém testemunharam dire-tamente os acontecimentos e as maravilhas que Deus realizou através das mãos dele, foram capazes de se le-vantar contra o líder fazendo críticas e comentários nega-tivos. No entanto, Moisés era realmente um homem escolhido por Deus para a tarefa que lhe fora confiada. Em todo tempo demonstrou fidelidade e intimidade com o Senhor, todavia, quanto aos seus murmuradores e críticos já conhecemos qual foi o resultado final .

É muito perigoso levantar comentários maldosos con-tra os pastores. A Palavra de Deus nos orienta em Hebreus 13.17 a zelar por eles. Há igrejas em que são formados grupos para falar mal do pas-tor. Muitas famílias cristãs desenvolveram um hábito muito negativo. Mal saem do culto e ao chegar a suas casas sentam-se à mesa para fazer a refeição, sendo que o prato de entrada é a vida do pastor.

definir um pastor segundo o coração de Deus: 1) - Desem-penha a Obra do Senhor não por constrangimento (obri-gação), mas de boa vontade, ou seja, com grande alegria, com muita gratidão e, acima de tudo, com espontaneida-de, como o Senhor deseja. 2) - Não faz a Obra de Deus por torpe ganância. Vejamos o alerta para verdadeiros pastores, registrado em I Ti-móteo: “Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora os que que-rem ficar ricos caem em ten-tação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afo-gam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao

Isso faz com que as crianças e adolescentes aprendam a não respeitar o pastor e não aceitar os seus ensinos, mes-mo que este pastor seja um homem de Deus, que use o seu tempo em meditação da Palavra; que passe tempo em comunhão e oração buscan-do sabedoria para conduzir o seu rebanho; que seja um homem realmente escolhido por Deus para o desempenho do seu ministério; homem com autoridade na Palavra porque não fala segundo o seu intelecto ou interesse pessoal, mas falam com a autoridade do Espírito Santo de Deus.

Uma igreja que murmura contra o seu pastor é uma igreja que não cresce nem em número, nem em espiri-tualidade. É uma igreja que abre as portas para a atuação do diabo, porque se torna maledicente, murmurado-ra, causadora de intrigas e confusões. Estas práticas não agradam a Deus e tudo o que não Lhe agrada é prato cheio para satanás.

É certo que existem pas-tores que não estão dando bom testemunho, não estão agindo como verdadeiros ministros de Deus e precisam ser corrigidos. São homens

Pastores integralmente submissos a Cristo: pastores

segundo o coração de Deus

Não fale mal do pastor

Page 6: Jornal Batista nº 024-2015

6 o jornal batista – domingo, 14/06/15 reflexão

Elide Falcão Machado e Enilda Falcão Lins, filhas

No dia 13 de junho do presente ano, o pastor Silas Alves Falcão, nosso pai,

completaria 100 anos. Ele nas-ceu em 13 de junho de 1915. Não poderíamos deixar passar em branco essa data tão sig-nificativa para nós, em que nossos corações se enchem de gratidão a Deus pela vida dele, pelo exemplo que ele foi de esposo dedicado e de pai amo-roso e zeloso, que sabia muito bem exercer o sacerdócio do lar, nos deixando o precioso legado da Palavra de Deus, que frutificou e, até hoje, frutifica na vida dos filhos, netos e bis-netos. Hoje, toda a sua família serve a Jesus poque ele, tão cuidadosamente e com toda diligência nos apresentou, para honra e glória de Deus. Quan-tas saudades nós sentimos dos nossos cultos domésticos, toda a família reunida. Lições de vida que nós guardamos até hoje e que nos preocupamos em passar para nossos filhos, netos e bisnetos. Ele era um homem de oração. Várias ve-zes tivemos a oportunidade de encontrá-lo em seu gabinete, de joelhos, orando. Era um ho-mem manso, e um conselheiro sempre disposto a ajudar, não só aos seus filhos, mas, a todos que estivessem necessitando de uma palavra amiga.

O pastor Silas Alves Falcão formou-se em teologia pelo Seminário Teológico Batista

do Norte do Brasil (STBNB) e também fez o Curso de Letras Clássicas, na Faculdade de Filosofia Manoel Nóbrega, em Recife - PE. Foi consagrado ao ministério em 06 de setembro de 1937, aos 22 anos de ida-de. Pastoreou várias Igrejas no Nordeste do Brasil, no estado de Pernambuco, da Paraíba, Ceará e Alagoas. No interior de Pernambuco ele pastoreou Igrejas em São Jose de Serigy e Arco verde; na Paraíba, a Pri-meira Igreja Batista de Campina Grande; no Ceará, a Primeira Igreja Batista em Fortaleza; em Sergipe, a Primeira Igreja Ba-tista de Aracaju e, em Maceió, a Igreja Batista do Farol. Ele era um pregador conhecido e muito querido nesses lugares em que pastoreou e nos lugares em que fazia conferências. Os seus sermões eram fortes e elo-quentes. Com sua mansidão, ele sabia também ser firme na sua posição de servo do Deus Altíssimo. O pastor Silas Alves Falcão também se destacou como escritor. Ele publicou vários livros: “Meditações em Filipenses”, “Meditações em Colossenses”, “Visão Perfeita da Vida” e “Panorama do Ve-lho Testamento”, Volume I e II.

Era um pastor dinâmico e de visão. Fundou as Igrejas Batista em Patos, no sertão da Paraíba e a Igreja Batista em Currais Novos, no sertão do Rio Grande do Norte. Em Recife, pastoreou a Igreja Ba-tista da Encruzilhada, hoje denominada Igreja Batista Be-lém. Na área educacional se

Sônia de Medeiros Pinto, membro da Segunda Igreja Batista em Limeira - SP

Um bom pastor,A exemplo do próprio Cristo,Possui um coração de amor.De outro modo, como poderia acolher...Ouvir, ensinar, compreender...?Como poderia doar, perdoar...Perceber para abraçar?Demonstrar qualquer doçuraAo velho e à criança,Ainda que muitas vezes a vida seja dura?

Por isso, Senhor, sou tão grataPelo pastor Adeilson,Para quem trago este poemaTecido com minha ternura.

Lamento que o tempo esculpaVagas formas de distância;Mas será imarcescívelEm minh’alma sua lembrança.

Não tem a mão encolhidaPor causa de preconceitos;Generoso, o bem partilha Com as gentes, mesmo as que “não têm jeito”.Por ser semelhante a JesusEnsina que o amor deixa ir,No entanto, busca incessante.Quanto em suas palavrasNo trato com todos, no gesto, A ação do Oleiro se mostra.

Evidência de graça, ele sabe,Tem a tantos abençoadoPorque o Bom PastorEscolhe vasos de barro.

Recebeu esse tesouroE em seu ministério executaSuave, constante, A tessitura marcante De um coração de pastor.

José Alberto Drummond Borges, filho do pastor Fernando Machado Borges

Neste dia dedicado aos pastores, vale relembrar uma ex-periência minha,

vivida em 1974 para celebrar esta relação de amor e amiza-de entre pastores como Hum-berto Viegas Fernandes e al-gumas de suas ovelhas, como eu experimentei. Certamente, através deste texto, muitos poderão agradecer a Deus por terem conhecido pastores que fizeram a diferença.

Era julho de 74, o clima era muito frio, a cidade muito grande, desembarcava em São Paulo um jovem carioca, nos seus 20 anos, meio assustado, meio nervoso, mas cheio de sonhos, cheio de planos. A noiva, a família, os amigos, a Igreja, sua vida, tudo havia fi-

cado para trás. Seu desejo, sua meta, seu objetivo apertavam o seu peito: voltar, nunca mais!

Como seria essa nova vida? Como seria viver livre e sozi-nho? Era o filho caçula, o me-nor dos irmãos, protegido por todos, enfim, o reizinho. Não estava acostumado a tomar decisões. Sentiu-se perdido e olhou ao redor. As pessoas passavam correndo e ninguém percebia que ele estava só.

Trabalhou como um louco, trabalhou, trabalhou, e todo fim de semana viajava para o Rio, para reencontrar sua gente, fosse de carro, avião, trem noturno ou cometa. Foi vivendo essa vida, mas não estava contente.

Quase um ano depois, sem querer esperar, convenceu sua noiva, resolveu se casar. A data escolhida foi 19 de julho. Já não mais viajar, co-meçar outra vida. Sua família

destacou como professor do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, do Seminário de Educação Cristã, além de ter sido também professor do Colégio Americano Batista, e do Colégio Batista Alagoano, quando exerceu a função de diretor. Foi um dos fundadores do Colégio Batista Santos Du-mont em Fortaleza, assumindo a direção do mesmo.

Casou-se com Elze Andrade Falcão, que cursou a Escola de Trabalhadoras Cristãs, hoje denominada de Seminário de Educação Cristã. Era uma grande ajudadora no seu mi-nistério. Tiveram cinco filhos: Elcy, Elide, Euler, Edelweiss e Enilda. Silas ficou viúvo, vin-do posteriormente a casar-se com a professora Zenathe Mo-rais Feitosa. Desse casamento nasceram dois filhos: Silas e Silvano.

Finalmente, temos a dizer que ele era um pai, marido, e avô exemplar. Homem manso e humilde, e que se parecia com Jesus. Homem segundo o coração de Deus. Viveu o que pregava: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gl 2.20).

Em 09 de dezembro de 1968, com apenas 53 anos, Deus convocou nosso amado pai para estar com Ele lá na glória. Saudades, papai! Um dia nos encontraremos lá na casa do Pai!

em São Paulo o recebeu com amor, mas faltava algo mais, mantinha-se o vazio que, às vezes, crescia, transformando--se em dor.

Faltaria o seu pai, conse-lheiro e amigo, companheiro fiel, seu exemplo maior? Um pastor de ovelhas, do rebanho querido, faltaria o seu ombro, seu carinho e amor? Sim; era esse o vazio. Ele havia perdido a melhor referência de alguém que, de forma suave, exer-cia, desde quando menino, a maior influência.

Desistir, ou lutar e vencer? Decidir, ou ser maduro e cres-cer? Ir em frente, caminhar,

conquistar? Ou voltar, reto-mar seu lugar? Percebeu o seu erro ao lutar, solitário. Sem ao menos orar, esqueceu que o Deus de seu pai, que o Deus da história. Poderia, pela misericórdia, conceder--lhe a vitória.

Aí clamou a esse Deus de Abraão, suplicou um caminho de paz e de luz, pois lembrou que é promessa divina, proferi-da e assinada, com seu sangue, pelo próprio Jesus!

A resposta de Deus não tar-dou como sempre ocorre, pois a quem clama com sincerida-de, Ele sempre socorre. Deus lhe deu, através do seu primo, uma Igreja, um pastor: Hum-berto Viegas Fernandes, que durante muitos dias felizes, sempre foi muito mais que um amigo. Fez-me sentir como um filho, deu-me um ombro e também seu amor. Adotou minha esposa, meus filhos,

como sua família, a quem quer muito bem. Mas a vida quis levá-lo para longe, me fazendo perdê-lo também.

Mas o tempo passou e, ago-ra, 30 anos após, Deus na sua vontade perfeita devolveu nosso anjo para nós. Ao come-morar os 45 anos do seu pas-torado, apesar de não ser sua ovelha e de não estar ao seu lado, quero aqui declarar meu orgulho, minha satisfação, meu amor, pois Humberto, você será sempre, como um pai, meu amigo e pastor!

E o mais importante de tudo e que me traz muita paz é que eu tenho certeza de não perdê--lo jamais, pois, se agora não estamos juntos, se a distância se interpõe entre nós, é só uma questão de tempo e oportuni-dade, pois na glória viveremos felizes, toda a eternidade!

Parabéns meu pastor, meu amigo!

Homenagem ao pastor Silas Alves Falcão

Coração de pastor

Pastor Humberto Viegas Fernandes: 45 anos pastoreando ovelhas!

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7o jornal batista – domingo, 14/06/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

“As drogas não vencerão as crianças do nosso país”.

Motivados por este desa-fio, os batistas brasileiros, através da Junta de Missões Nacionais, inauguraram a primeira Unidade Cristolân-dia Crianças, em Guarulhos - SP. O culto de celebração, que foi transmitido ao vivo, contou com a presença da liderança batista, irmãos de diversos estados e autorida-des públicas. “Deus mandou a Igreja Batista para nos aju-dar. A semente está sendo lançada em Guarulhos, uma experiência nova que, com certeza, trará benefício à nossa cidade. Neste espaço, a criança encontrará lar, ca-rinho e o amor que ela ainda não encontrou”, declarou Sebastião Almeida, prefeito de Guarulhos, destacando os resultados que a cidade já alcançou com a Missão Batista Cristolândia.

O presidente da Conven-ção Batista Brasileira, pastor Vanderlei Marins, falou sobre a importância das ações de compaixão e de não ficar-mos indiferentes diante das necessidades do próximo. “Dou graças a Deus porque nós, batistas, somos movidos à compaixão e desejamos ser instrumentos para abençoar vidas”.

Louvando e expressando a liberdade que agora vivem, integrantes do Coral da Cris-tolândia São Paulo e alunas

do balé do Projeto Novos Sonhos também fizeram parte da programação. “Estamos imbuídos na luta contra as drogas e elas não vencerão as crianças do nosso país. Hoje é um momento histórico para todos os batistas brasileiros, pois estamos vivendo um fru-to do trabalho da sociedade e do mover de Deus. Nossa gratidão ao Senhor, às auto-ridades, às igrejas e a cada parceiro que ama esta obra”, agradeceu pastor Fernando Brandão, diretor-executivo da JMN.

Ressaltando a história de trabalhos desenvolvidos por Missões Nacionais com crian-ças e adolescentes, Anair Bragança, gerente-executiva de Ação Social da JMN, apre-sentou as ações estratégicas e os serviços de apoio espi-ritual e psicossocial que se-rão desenvolvidos. Também destacou as fases, custos e necessidades do Projeto para que ele aconteça. “Esta é a primeira etapa do processo em que fortaleceremos vín-culos com as crianças e as famílias delas. Queremos ver

crianças transformadas pelo poder de Deus aqui neste lugar”, afirmou. A equipe de missionários, profissionais e voluntários que trabalhará na Cristolândia Criança e será coordenada pela missionária Joana Machado, foi apresen-tada e consagrada ao Senhor. São vidas que se colocam a disposição e na linha de frente deste grande desafio.

Durante o culto, doutor Iberê de Castro, juiz da Vara e da Infância da Juventude de Guarulhos, que solicitou à de-nominação batista a abertura de uma unidade Cristolândia para atender crianças do mu-nicípio, foi homenageado pelas alunas do Projeto Novos Sonhos e recebeu do pastor Vanderlei Marins, presidente da CBB, e do pastor Sócrates Oliveira, diretor-executivo da CBB, uma placa de gratidão pela preocupação e compro-metimento com a dignidade das crianças do nosso país. “O que se faz hoje é fun-damentalmente um sopro de vida para essas crianças. Eu agradeço o empenho de todos que estão aqui e este é

o primeiro de muitos outros passos que daremos juntos”, declarou doutor Iberê.

Cristolândia Criança

A Unidade nasceu da visão de homens inspirados por Deus e contará com o apoio de especialistas como psicó-logos e assistentes sociais, além do acompanhamento espiritual dos nossos missio-nários. Será um projeto pio-neiro no trabalho de recupe-ração de crianças que estão

envolvidas com o consumo de drogas no município. Os batistas somam esforços com a Vara da Infância e da Juven-tude e demais autoridades do município para abençoar as crianças do nosso país.

Para nós é uma honra fazer parte da mudança que muitas pessoas do Brasil viverão por meio deste Projeto. Seja você também um parceiro desta grande obra e contribua com um futuro de salvação, so-nhos e esperança de crianças do nosso Brasil.

Cristolândia Criança é inaugurada em Guarulhos - SP

Descerramento de Placa na Cristolândia Criança Prefeito de Guarulhos – SP - foi homenageado pela diretoria executiva da Convenção Batista de São Paulo

Líderes batistas, irmãos de diversos estados e autoridades públicas estiveram presentes na inauguração da Cristolândia Criança

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8 o jornal batista – domingo, 14/06/15 notícias do brasil batista

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Convenção Batista BrasileiraMissão: “Viabilizar a cooperação entre as igrejas batistas no cumprimento de sua missão como comunidade local”

Rio de Janeiro, 20 de maio de 2015

Às

Igrejas Batistas filiadas à Convenção Batista Brasileira

Prezados irmãos,

Com muita alegria a Convenção Batista Brasileira, por seu Diretor Executivo, Pr. Sócrates Oliveira de Souza, vem através deste comunicado prestar algumas informações importantes na área de EDUCAÇÃO RELIGIOSA.

Em primeiro lugar, agradecemos as inúmeras correspondências, e-mail e telefonemas que temos recebido das Igrejas de todos os estados, dando conta de como estão sendo atendidas. Ainda estamos aperfeiçoando muitas áreas para alcançar a excelência no atendimento de todas as Igrejas.

Ao longo dos anos, a Convenção vem atuando de forma intensa no cumprimento da sua missão, que inclui entre outras produzir o conteúdo de nossa literatura e publicá-lo para atender às Igrejas em todo o Brasil, visando o crescimento e fortalecimento de todos os crentes.

Como os irmãos sabem, estamos vivenciando algo muito especial e singular na forma da produção e distribuição de toda nossa literatura através da CONVICÇÃO EDITORA, a editora da CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA.

A partir do dia 01 de junho de 2015, já estarão disponíveis mais uma nova série do material completo para a ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL que contempla todas as faixas etárias, na edição do aluno e professor, com planos de aula para dinamizar o estudo da Bíblia, indicação de recursos visuais, metodologia e outras informações que vão auxiliar o professor no desempenho de sua missão.

Estas são as revistas com as suas respectivas idades:

• BRINCANDO – para criancinhas de 0 a 2 anos de idade (na edição do professor)

• CRESCENDO – para crianças de 3 e 4 anos (edição do aluno e do professor)

• CAMINHANDO – para crianças de 5 e 6 anos (edição do aluno e do professor)

• APRENDENDO – para crianças de 7 e 8 anos (edição do aluno e do professor)

• VIVENDO – para pré-adolescentes de 9 a 12 anos (edição do aluno e do professor)

• DIÁLOGO E AÇÃO – para adolescentes de 12 a 17 anos (edição do aluno e do professor)

• ATITUDE – para jovens de 18 a 35 anos (edição do aluno e do professor)

• COMPROMISSO – para adultos a partir de 36 anos (edição do aluno e do professor)

• REALIZAÇÃO – para terceira idade, a partir de 60 anos (edição do aluno, podendo usar a edição do professor de Compromisso)

Além destas revistas para a EBD, a CONVICÇÃO EDITORA também edita revistas especiais para a liderança da igreja nas áreas específicas como:

• ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA – para o pastor e administrador da igreja

• LOUVOR – para quem lidera a música na igreja

• EDUCADOR – para educadores religiosos e diretores de organizações da igreja

Os irmãos podem agora mesmo fazer o seu pedido de literatura que preparamos especialmente para serem trabalhadas nos próximos meses do 3º Trimestre de 2015.

A mais recente informação é que agora as Igrejas podem adquirir e escolher diretamente no site da CONVICÇÃO EDITORA – www.conviccaoeditora.com.br. Onde os irmãos encontrarão todas as condições de aquisição.

Para mais informaçõesE-mail: [email protected].: 21 2157-5567 - 0800 009 5599

Agradecemos as orações, o apoio e a confiança que temos recebido de todas as Igrejas e lideranças e nos colocamos ao inteiro dispor no que for necessário.

Em Cristo,

Sócrates Oliveira de SouzaDiretor Executivo

Convenção Batista Brasileira

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10 o jornal batista – domingo, 14/06/15 notícias do brasil batista

Equipe de comunicação da CBM - Redação de Litza Alves

Em mais uma data me-morável, a Convenção Batista Mineira (CBM) recebeu na manhã do

dia 28 de maio representan-tes das convenções e líderes que participaram de uma reunião com o presidente da Convenção Batista Brasileira, pastor Vanderlei Marins. O encontro foi transmitido pela Rádio CBM e pela TV Batista, que está em fase de teste.

Com cânticos e oração do pastor Roberto Macharet foi iniciado o momento solene. Conduzido pelo pastor Mar-cio Santos, secretário-geral da CBM, o pastor Vanderlei

Ilton Flores, pastor da Primeira Igreja Batista Leta em Bozano - RS

Você já participou do aniversário de alguma Igreja com 120 anos de atividades ininter-

ruptas? Pois bem, os irmãos e irmãs, aproximadamente 300, que estavam na Linha 11, em Bozano – RS, no dia 29 de março deste ano, reunidos sob a lona de circo do Acampamento Batista Pioneiro (ABP), instalada no pátio da Igreja, participaram com muito entusiasmo de um culto muito especial.

No mês de junho de 2014 aconteceu a primeira reunião de planejamento para o culto e festa do aniversário de 120 anos da Igreja Batista Leta da Linha 11. Surgiram então as primeiras ideias, os preparati-vos, a escolha da data, como fazer e o que fazer. Ao longo dos nove meses seguintes, através de muita oração e tra-balho, foi tudo sendo prepara-do com muito carinho, e toda

Marins fez a entrega de uma placa ao pastor Arlécio Fran-co Costa, em homenagem aos 30 anos de ministério à frente da Igreja Batista do Barro Preto e pelos anos em que exerceu o cargo de pre-sidente da CBM.

Após a veiculação do vídeo de Missões Estaduais e os desafios do estado mineiro foram convidados, pelo pas-tor Marcio, a tomar lugar à mesa os pastores José Renê Toledo, diretor- executivo da OPBB / MG; Nilton Antônio de Souza, diretor-executivo da Convenção Carioca; Só-crates de Oliveira, diretor--executivo da CBB; Valdo Romão, diretor-executivo de SP; Edgar Barreto, secretário da CBB; Fernando Brandão,

Igreja se empenhou muito para que esse grandioso dia acontecesse. Sabíamos que Deus estava cuidando de cada detalhe, porque queríamos que tudo saísse perfeito para honra e glória do nosso Deus.

No dia 29 de março do cor-rente ano, em torno de 300 pessoas estiveram presentes, louvando e prestando culto ao nosso Deus por todos esses anos em que a Igreja semeou a Palavra do Senhor, transfor-mando vidas e fazendo a dife-rença na linha 11 do município de Bozano (antigo distrito de Ijuí – RS), onde está localizada.

O prelúdio ao som de violi-no e violão, tocados por Ma-teus Bigolin e João Bigolin, que são pai e filho, levou os presentes a entrarem em cli-ma de reverência no início do culto. A saudação de abertura foi feita em leto pelo irmão Reinaldo Arais, que é descen-dente de imigrantes, traduzida pela irmã Lisiane Flores. O pastor Ilton Flores deu conti-nuidade ao culto, enfatizando

diretor-executivo de Missões Nacionais; professor Valseni Braga, diretor-geral do SBME e o presidente da CBB, pastor Vanderlei Marins.

Marins iniciou o pronun-ciamento expressando gra-tidão a Deus, aos colegas e à CBM pela oportunidade, e expôs algumas diretrizes que serão a base de sua gestão nos próximos anos. “Acredi-tamos que a obra batista não pode ser feita de maneira dicotômica, cada um fazendo sua parte. Precisamos enten-der que o trabalho de Deus é realizado por Deus e por nós de forma conjunta”, declarou o presidente.

De acordo com o pastor Vanderlei, para que a Con-venção Batista Brasileira seja

a tamanha alegria que a Igreja estava em receber a todos, e dirigindo a programação.

Tivemos a participação da Associação dos Batistas Letos do Brasil, que encantou a to-dos com duas lindas músicas cantadas em leto. Na mesma oportunidade, o pastor Benja-min Keidann, que é o presidente da referida associação, cantou com sua esposa uma música acompanhada de gaita (acor-deom). Após, ele fez um relato da história da Igreja, lembrando fatos desde sua fundação com os Pioneiros Letos chegando à localidade, suas dificuldades iniciais, e a fé dos seus primeiros membros que, acima de tudo, nunca esmoreceram, sendo que os frutos estão sendo colhidos ainda hoje, através dos descen-dentes dos primeiros membros, que estão espalhados por todas partes do Brasil.

Contamos também com a presença de várias Igrejas irmãs, que mandaram seus representantes, dos quais mui-tos deram sua palavra no mo-

relevante é necessário in-vestir em algumas áreas, das quais ele destacou a Ação Social, que é realizada de forma eficaz pelos batistas, no entanto, não é dada a pu-blicidade devida para que o trabalho seja conhecido.

Ele destacou também como um dos principais objetivos de sua gestão, investir em comunicação, interligando as convenções do país. Segun-do o presidente, no último encontro em Gramado, uma equipe foi organizada para trabalhar estratégias com o desejo de tornar possível essa realidade e, para isso, nomeou o pastor Marcio San-tos como coordenador deste trabalho no Brasil. A expec-tativa é que, até setembro, a

mento do culto, enfatizando a importância da Igreja no meio em que ela está, e sua trajetó-ria tão significativa até então, alcançando os 120 anos.

O quarteto da PIB de Ijuí participou apresentando as músicas com vozes abençoa-das, e ministrando o momento de louvor a todos os presentes.

A mensagem do culto foi trazida pelo pastor Samuel Esperandio que, em nome da Convenção Batista Pioneira do Sul do Brasil, saudou aos presentes e entregou ao pastor Ilton o “Livro do Centenário”, intitulado “Os Pioneiros: 1910 – 2010”, como presente à Igreja em lembrança pela data e pelo fato de ser parte signifi-cativa da história ali escrita. Foi usado o texto de Mateus 16. 18-19, dizendo que a Igreja prevaleceu até hoje, sendo o passado muito importante pela história que fez, mas que temos que olhar o futuro, sem-pre pensando no que Deus quer para nossas vidas, pois “O nosso futuro é maior que

rádio e a TV da CBB estejam em pleno funcionamento.

Ele falou ainda sobre o planejamento que atenda as demandas de Educação Religiosa e da formação te-ológica única no Brasil para padronizar a forma de ensino e acabar com o liberalismo praticado por algumas insti-tuições. Por último, o pastor Vanderlei enfatizou a urgên-cia de buscar diálogo com a juventude e concluiu dizendo que é necessário trabalhar a sinergia entre as convenções estaduais, palavra que foi reforçada pelo pastor Mar-cio, que acrescentou o termo simbiose, fazendo alusão ao cuidado maternal e desafian-do os batistas a se dedicarem com amor a esta grande obra.

o nosso passado”.Para encerrar o culto, tive-

mos a participação especial com mais um louvor liderado por equipe local. Após a ce-lebração, todos se dirigiram ao ABP para confraternização com um saboroso churrasco gaúcho.

Foram momentos de muita comunhão e de reencontros, que se estendeu quase até o final da tarde. Todos puderem ver a exposição de fotos que foi montada relatando, através das imagens, um pouco da história da Igreja.

Deixamos aqui registrado nosso mais profundo senti-mento de gratidão, primeira-mente a Deus, que nos presen-teou com um dia maravilhoso; aos membros que incansavel-mente trabalharam, e a todos os presentes que fizeram desse dia um dia tão especial. Com certeza todos partilharam de nossa alegria e puderam ver e sentir que “...Grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres” (Sl 126. 3).

Primeira Igreja Batista Leta em Bozano - RS - completa 120 anos de história

Créditos das fotos: Daniel de Almeida Fotografias.

Presidente da CBB visita BH e lança desafio aos Batistas

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11o jornal batista – domingo, 14/06/15missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Em um clima de muita gratidão a Deus, Mis-sões Mundiais formou mais uma turma de

missionários. Em breve, esses 13 novos obreiros seguirão para os campos. Eles foram comissionados em um culto realizado no dia 30 de maio na Igreja Batista Itacuruçá, na Tijuca, bairro na zona norte no Rio de Janeiro.

A participação dos missio-nários em todos os momentos foi uma das marcas do culto, que contou com a presença de familiares, amigos e membros de suas igrejas de origem.

“Estamos aqui para agrade-cer ao Senhor pelas grandes coisas que Ele tem feito no nosso meio, agradecer tam-bém pela conclusão do curso de capacitação missionária e para juntos louvar e glorificar a Deus pelos momentos em que estivemos juntos”, declarou o novo missionário Yan, na

Ael Oliveira, pastor, missionário da JMM na Ásia

“Após vários anos resistindo à vo-cação ministe-rial e depois de

atingir estabilidade financeira, ter quatro filhos e ter a tranqui-lidade de uma vida confortável, não pude mais lutar contra a convicção da vocação. Com essa convicção e muitos me chamando de louco, parti com a família para o seminário e nunca mais olhei para trás”.

“Um dia amanhecemos com a despensa quase vazia, quatro crianças para alimentar e só o café da manhã para servir. Não nos restava nada a fazer além de orar. A hora do almoço se aproximava e o coração aper-tava. Sem muita pretensão, mas na esperança de uma solução, saí de casa e, alguns metros depois, encontrei um diácono que, um tanto sem jeito, me cumprimentou e disse que não sabia o motivo, mas sentiu que Deus o havia mandado ir ao supermercado

abertura do culto. “Temos a certeza de que o Senhor que nos sustentou até aqui conti-nuará nos sustentando hoje e sempre”, acrescentou.

A mensagem foi trazida pelo pastor Luiz Sayão, da Igreja Batista Nações Unidas, em São Paulo, e reitor do Seminário do Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB), no Rio de Janeiro. Ao citar a passagem bíblica de Marcos 6.30-44, na qual é relatado o milagre da multiplicação de pães e peixes para alimentar a multidão, o pastor Sayão destacou o ver-sículo 34: “E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles…” (Mc 6.34) e, dirigindo-se aos novos missionários, disse que o povo de Deus deve ser sensível às necessidades das pessoas.

“Vocês serão fonte de bên-çãos para as pessoas com quem conviverão”, disse o pastor Sayão aos novos missio-nários. “Deus faz questão que as boas novas aconteçam por meio de indivíduos, porque a

comprar mantimentos e levar para a minha família”.

“Meu filho, hoje você vai dormir no nosso quarto, uma irmã veio da tribo indígena para tratamento médico. Pre-cisamos hospedá-la”.

“Durante essa campanha de missões, o desafio da nossa família será entregar o dízi-mo e dos outros 90%, vamos entregar 70% para a obra mis-sionária”.

“Acabei de voltar de uma viagem ao interior do Mara-nhão. Viajamos 6 horas de carro, 4 horas de barco e mais 3 horas de trator. Chegamos a um vilarejo para celebrar a ceia e um culto evangelístico. Deus é bom! Várias pessoas se entregaram a Cristo. O desafio e as dificuldades são grandes, mas Deus segue fiel!”.

“Meu filho, enviar você e sua esposa para o campo mis-sionário é a realização de um sonho”.

As frases e histórias resumi-das acima são do meu pai, o pastor José Oliveira dos Reis (atualmente pastor da Igreja

Obra do Senhor começa na sua vida e no seu coração”, acrescentou.

Em um sermão de tom acon-selhador, o pastor Sayão con-cluiu explicando que o pro-blema daquele momento dos discípulos, a quem Jesus tinha dito “Dai-lhes vós de comer”, era lidar com a multidão que teriam que alimentar, a ponto de eles não se importarem com as pessoas que lá estavam.

“A dor da multidão não al-cança os discípulos, e se os alcança, não mexe com eles”, explicou. “Porém o maior desa-fio é manter o coração de amor, misericórdia e sensibilidade por esse povo que Deus quer que vocês venham a alcançar”, concluiu.

O momento do comissiona-mento foi conduzido pelo pas-tor Guy e Helena Key, missio-nários da International Mission Board (IMB, agência missioná-ria da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos).

Antes da entrega dos certi-ficados e oração de comissio-

Tabernáculo Batista, em São Luís - MA) e me vieram à men-te sem muito esforço quando me sentei para pensar sobre a influência pastoral na minha caminhada missionária.

Essas memórias estão vivas em meu coração e moldaram minha visão e amor pela mis-são. Muitas dessas histórias foram ouvidas na mesa do café da manhã, nas conversas com outros pastores amigos, nas reuniões de oração. É verdade que na época eu não dava a devida atenção ou entendia completamente o peso das mesmas, pois comecei a ouvi--las desde minha infância. A compreensão veio depois de entender a vocação de Deus para minha vida e decidir dei-xar uma universidade fede-ral para ir ao seminário; ou quando fiquei sem lugar para morar e vi o Pai respondendo a minha oração levantando irmãos para abençoar minha vida e oferecerem suas casas; ou ainda, quando já no campo missionário, eu e minha espo-sa vimos uma amiga ucraniana

namento, o pastor Guy Key destacou alguns pontos de aconselhamento aos missioná-rios, como flexibilidade consi-go mesmo, que ir para outro país não significa que deixou de amar sua própria nação e povo, entre outras dicas. Tam-bém ressaltou a importância de continuar com o coração aber-to para aprender coisas novas, uma vez que essa, segundo o pastor Guy, é uma das turmas mais receptivas a novidades, e que isso ajudará bastante os no-vos missionários nos campos.

Em seguida, o pastor Guy se dirigiu às igrejas dos missio-nários representadas no culto, destacando algumas respon-sabilidades que passam a ter a partir do envio dos obreiros para o campo. Oração, corres-pondência com os missioná-rios, visitas ao campo, participa-ção no sustento são os pontos levantados pelo pastor Guy, que lembrou da importância de continuar orando para que outras pessoas possam respon-der ao chamado de Deus e

sem ter para onde ir e ofere-cemos abrigo em nossa casa por tempo indeterminado; ao não vacilar em aceitar diversos desafios financeiros em prol do Reino. Diante dessas situ-ações, tenho clareza de que aqueles exemplos e histórias de fé da minha infância estão enraizados como profundos ensinos do agir de Deus na vida daqueles que se entregam em obediência à vocação dEle em suas vidas, daqueles que decidiram pagar o preço de abraçar a vocação pastoral.

É comum entre filhos de pas-tores ou de missionários, ter-se um grande temor de seguir os passos sofridos e penosos dos nossos pais. Sabemos das dores, lutas, angústias e do preço que nossos pais pagam ou pagaram. Ao mesmo tem-po, refletir sobre os ministérios dos nossos pais é lembrar--se de vitórias, exemplos de superação, milagres e das vi-das transformadas por Deus por meio da vida de nossos “paistores”. Hoje eu e minha esposa estamos no Sudeste

também cumprir o ide de Jesus.Para a oração de comissio-

namento, todos os pastores presentes foram à frente e im-puseram as mãos sobre os novos missionários, que se alinharam à frente no púlpito após receberem os certificados de conclusão do treinamento da JMM.

Um casal da nova turma de missionários fez a oração final em uma língua falada na Papua Nova Guiné, o primeiro campo da JMM na Oceania.

E você também já pode ser um parceiro de Missões Mun-diais adotando nossos novos missionários. Para saber como interceder e contribuir com o ministério dessa nova turma, entre em contato com nossa Central de Atendimento nos telefones 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades). O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, exceto feriados, sempre das 7h às 19h (horário de Brasília).

da Ásia tendo o privilégio de compartilhar da graça dEle a povos de outras línguas, bem como compartilhar com famí-lias de obreiros da terra nosso testemunho como filhos de pastores. Alguns líderes locais também já foram abençoados com as histórias dos nossos pais e nossos pastores. Algo muito comum de ouvirmos dos nossos irmãos na Ásia é: “Que desafio crescer em uma família pastoral, mas que grande privilégio poder crescer testemunhando dos milagres e graça de Deus no dia a dia, não é mesmo?”. Sim, é um grande privilégio poder crescer em uma família pastoral, um grande privilégio e uma gran-de escola ministerial.

Louvamos ao Senhor pelas vidas de tantos servos fiéis, que seguem combatendo o bom combate, firmes na Pala-vra, marcados pelas santas ci-catrizes do ministério pastoral e, acima de tudo, que seguem firmes por amor e obediência ao Pastor de suas vidas e Se-nhor de suas vocações.

Novos missionários da JMM são comissionados

DNA de pastor

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12 o jornal batista – domingo, 14/06/15 notícias do brasil batista

Aunir Carneiro e José Carlos, pastor, missionário local, respectivamente

A Igreja Batista Me-morial de Macaé – RJ, que tem como pastor presidente o

doutor Aunir Pereira Carnei-ro, voluntariou no dia 30 de maio de 2015 alguns irmãos para multiplicar o amor de Cristo através da compaixão e graça na Cristolândia Cen-tral do Brasil - RJ, onde foram realizados trabalhos sociais como: corte de cabelo, ba-nho nos moradores de rua ou dependentes químicos, assistência na distribuição de alimentos, entre outros.

O mais importante foi quando a Palavra de Deus foi esplanada através de mui-to louvor, pois houve que-brantamento de coração, e almas foram convertidas ao Senhor Jesus. Segue a lis-ta dos voluntários da Igreja Batista Memorial de Macaé: Aslan Jones, Eleilton, Gilçara Carvalho, Glauber Almeida, Leandro Cardoso, Lívia La-bre, Marcelo Alves, Maria Carolina, Marianna Rangel, Pedro Paulo, Patrícia Moura, Raquel Rosas e Thalys Souza.

A Igreja Batista Memorial de Macaé - RJ demostra com este ato o carinho e amor pelas almas perdidas.

Multiplique!

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OBITUÁRIO

Pastores e familiares perderam uma grande amiga e irmã

13o jornal batista – domingo, 14/06/15ponto de vista

José Albino de Oliveira, pastor da Primeira Igreja Batista Inhapim - MG

“Aquele, porém, que conti-nuar firme até o final será salvo” (Mt 24.13).

No dia 04 de maio de 2015 o Senhor chamou para o descanso eterno

o nosso querido irmão Clau-dionor Martins de Moura, mais conhecido como “Sô Nego”. Nosso querido irmão viveu 79 anos aqui na terra, deixando muitos amigos por onde passou. Por muitos anos foi político influente

Sergio Paulo Pinheiro Der Torossian, filho

Em 17 de abril 2015 faleceu Noemy Pi-nheiro Der Toros-s ian. Sua his tór ia

começou com um grande diferencial, pois era filha do pastor Emidio José Pi-nheiro que, com seu “jeito Pinheiro de ser”, em apro-ximadamente 1930, em busca da poesia, música e de entender o significado de Deus em sua vida, aden-trou de batina (padre na época) em uma igreja evan-gélica e, ali, para saciar seu coração, se libertou da religiosidade, idolatria, dogmas e amarras.

Se não bastasse, Noemy casou-se com João Der Torossian, f i lho de Gre-

na cidade de Inhapim, re-presentando a comunidade de Pedra Bonita (distrito de Inhapim). Deixou saudades na sociedade, na Igreja e na família.

Servo do Senhor Jesus, homem que tinha prazer em servir em qualquer circuns-tância, uma pessoa do povo que dedicou sua vida a aju-dar os necessitados. Serviu ao Senhor Jesus por muitos anos, e deu testemunho de vida cristã, como membro da Igreja Batista em Pedra Bonita.

Eu, pastor José Albino de Oliveira, tive o privilégio de pastoreá-lo por 14 anos. Ti-

gório e Rosa, na época, membros Primeira Igreja Batista de São Paulo, cuja família sempre teve sua casa aberta a todos os pas-tores, missionários e imi-grantes armênios. Depois mudaram-se para Presiden-te Prudente. Aprendeu des-de cedo a viver na alegria, na tristeza, na fartura e na necessidade. Lá permane-ceram na Primeira Igreja Batista (pastor Isaias), onde foi superintendente da Es-cola Dominical, líder das Mensageiras do Rei, entre outros. Depois de 17 anos mudou para Santos, onde permaneceram membros da Primeira Igreja Batista de Santos.

Toda sua trajetória foi mar-cada por lealdade, proteção, respeito, defesa aos pastores,

vemos um ótimo relaciona-mento como pastor e ovelha. No dia 03 de maio, domin-go, um dia anterior a sua

extremo cuidado com seu esposo e familiares.

Quando presenciava in-justiças e injúrias logo saia em defesa deles. Grandes nomes sempre tiveram mui-to carinho por ela, como por exemplo: doutor Tertu-liano, pastor Irland, Isaias, Daniel Burt, Marcos Rea-der, Eliseu Chimenes, Ari-dio, Paulo, Cesar Thome, Domingos Gioia, The, Li-sanias e seu filho adotivo Edy Rene.

Com ela aprendemos que problemas, sof r imentos e frustações são parte da vida e que não é possível evitá-los, mas, sim, sofrê--los com sabedoria. Deixa seu marido João Der Toros-sian, três filhos, sete netos, três bisnetos e muitas sau-dades.

morte, fui visitar uma de nos-sas Congregações na zona rural em Jerusalém (distrito de Inhapim), que pertence a Primeira Igreja Batista de Inhapim e, no momento em que estava saindo da Igreja com a Kombi da mesma, o irmão Claudionor se apro-ximou e disse que gostaria de acompanhar-me naquela pequena viagem, o que me alegrou muito e atendi pron-tamente o seu pedido.

Por onde passamos vi-sitando os irmãos fomos muito bem recebidos e to-dos ficavam alegres com a presença do “Sô Nego” comigo. No momento do

culto na Congregação, ao meio dia, estávamos felizes em uma grande celebração, onde sentimos o agir de Deus em nosso meio. No final, após a mensagem que preguei sobre perseverança, pedi que dois irmãos oras-sem ao Senhor, foi quando o nosso irmão Claudionor fez uma linda oração de jú-bilo, encerrando assim: “Se-nhor, eu quero perseverar até o fim”. No outro dia ele foi chamado para junto do Pai, para o descanso eter-no preparado para aqueles que perseveram até o fim. A Deus toda honra e toda glória.

Irmão Claudionor perseverou até o fim

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14 o jornal batista – domingo, 14/06/15 ponto de vista

Fico impressionado com pastores que saem por aí caçan-do modelos, formas

e métodos de crescimento da Igreja. Buscam novidades como os filósofos atenienses da Grécia antiga. Homens mais preocupados em encher o templo, do que pastorear o rebanho e cuidar amoro-samente do povo de Deus. Eles estão mais centrados na multiplicação de mem-bros e religiosos do que na pregação do Evangelho de Cristo, poder de Deus para a salvação de todo o que crê, que produz nascidos de novo, regenerados para fazerem toda a diferença no mundo, de acordo com Romanos 1.16. Alguns têm se tornado especialistas em garimpar modelos dos mais diversos. Aliás, iniciam um modelo, vão atrás de outro mais interessante. De modelo em modelo deixam o povo perdido.

Há uma concorrência entre líderes, de quem faz mais e melhor, quem produz mais e enche mais o santuário. Na verdade, estão mais focados no crescimento quantitati-vo do que no crescimento qualitativo. Mais voltados para os números do que com a santificação dos crentes, sem a qual ninguém verá o

Ângela Garcia Pedrosa, membro da Primeira Igreja Batista no Barreiro – BH

Sou feliz por ter nas-cido em uma família que me ensinou o me-lhor caminho que eu

poderia seguir: o caminho de Deus. Aprendi a como ser uma cristã fiel pelo exem-plo dos meus pais, inclusive quero agradecê-los e dizer o quanto me orgulho de ser filha deles. Obrigada!

Nos meus quase 19 anos vivi muitas experiências que vocês não imaginam. Decidi seguir a Cristo ainda muito nova. Agora, mais velha, posso dizer que compreendi, de fato, o porquê de eu estar aqui e o porquê de a Igreja existir.

Eu toco teclado no minis-tério de música da Igreja há sete anos e, no ano de 2014, eu vivi algo diferente nessa tarefa. Isso está relacionado a questões espirituais; percebi

Senhor, segundo Hebreus 12.14. Considero com muita preocupação os modelos pragmáticos, absolutamente mais comprometidos com os resultados “bem-sucedidos” do que com o testemunho genuíno do Evangelho. Há pastores que fazem um “tour” pelas igrejas que estão “bom-bando”, produzindo resul-tados fantásticos. Quando estes pastores se encontram o assunto é sobre a quantidade de membros que suas igrejas possuem. Contam cabeças e deixam de se regozijar na mudança dos corações.

Há até igrejas que vendem o “know-how”, suas técni-cas, sua tecnologia de cres-cimento espantoso e rápido. Vendem livros, revistas, CDs, vídeos, material infantil, etc. Seus líderes são convidados e bem pagos para “conta-rem” o segredo do “sucesso”. Os caçadores de modelos e formas são ávidos por tecno-logias novas de crescimento da Igreja. Investem ou levam suas igrejas a investirem em congressos, conferências e se esquecem de sua comu-nidade com suas caracte-rísticas peculiares. Ficam olhando o campo dos outros e se esquecem do seu cam-po, sua comunidade, suas necessidades, sua realidade tupiniquim. Esses pastores

o quanto minha vida espi-ritual, meu relacionamento com Deus pode influenciar outras vidas.

Hoje consigo enxergar uma guerra espiritual claramente, luz contra trevas. O quanto o inimigo fica furioso quando as coisas que fazemos para Deus vão para frente, funcio-nam e atingem pessoas que antes andavam na escuridão.

Depois de participar de muitos projetos missionários e de orar muito, eu comecei a ter essa percepção diferen-te das coisas. Tudo mudou. Quando estou no púlpito, no momento do louvor pos-so ver os rostos de cada um, posso ver a adoração, o bri-lho nos olhos das pessoas, o amor que elas têm em estar na presença de Deus, mas também posso ver o desâni-mo, o desamor.

Na minha Igreja, ultima-mente, eu vejo frieza nos olhares, desânimo, desespe-ro. Não vejo luz nas pessoas

geralmente não estudam com profundidade as Escrituras, pregam mensagens light e são especialistas em fazerem o povo rir. São bons comuni-cadores de piadas, estórias, ilustrações e se esquecem do alimento mais importante que é a Bíblia, de que é ne-cessário lê-la, interpretá-la e aplicá-la no dia a dia.

Como pastores, precisamos estudar com seriedade a Pa-lavra de Deus, os dicionários bíblicos, enciclopédias bí-blicas, léxicos, comentários saudáveis; meditarmos na le-tra dos hinários antigos e ou-tras fontes de conhecimento bíblico-teológico; pregarmos a Palavra de Deus no poder do Espírito Santo, na total dependência do Pai; orarmos pela Igreja diariamente e co-nhecermos profundamente o povo de Deus, que Ele remiu com o Seu sangue e nos deu o privilégio de pastorear. As orientações de Paulo aos pastores de Éfeso são uma joia do cristianismo autên-tico, como descreve Atos 20.17-38. O apóstolo exorta os pastores a terem cuidado do rebanho, a se prepararem para enfrentar os lobos, os heréticos e todos os que ata-cam e depredam os remidos do Senhor Jesus Cristo.

Voltemos o nosso coração para o crescimento qualita-

e confesso que vendo isto de cima do altar, eu sinto um pesar sobre minha vida, sinto como se estivesse cap-tando os maus olhares e lutando contra isso. Lutando para que meus pensamentos se conectem apenas em Deus e que a Glória dEle em minha vida seja maior que esses sentimentos, e que eu possa passar isso para as pessoas que estão frias lá embaixo.

Deus não está morto! Mas, sinto que a Igreja a qual per-tenço está morta. Uma Igreja que não adora, que não ama os perdidos, que não se im-porta com os caídos pelas calçadas ao redor do templo onde se reúnem, que critica os planos que Deus tem para Igreja, que não ora, que não tem interesse em estudar a bíblia na EDB, mas que adora uma discussão, que só fica no “eu não concor-do”, mas não faz nada para mudar, que massacra pes-

tivo da Igreja. Busquemos nas Escrituras os exemplos de crescimento equilibrado. Aprendamos com Jesus e os apóstolos como cuidar do povo de Deus, como promo-ver a comunhão e a expres-são da fé em Cristo Jesus. Alimentando muito bem o rebanho com a Palavra de Deus, veremos as ovelhas se reproduzindo de forma fantástica. O Senhor não se agrada quando queremos implantar modelos rasos e largos. O que Ele deseja ver-dadeiramente é que nós te-nhamos o estilo de vida do Seu Filho Jesus, de acordo com o que diz Efésios 5.1-2. Não podemos negociar a nossa convicção na ação do Espírito Santo. Não pode-mos substituir a operação do Espírito Santo por métodos meramente pragmáticos. O Senhor requer de nós um pastoreio amoroso, sincero, digno, despido de interesses financeiros, despidos de sta-tus e pódio. Nós, pastores, devemos ser mansos, humil-des e amorosos como Jesus. Ele exige de nós fidelidade na exposição da Sua Palavra. Aprecio muito o ensino de Paulo aos irmãos em Corin-to: “Eu plantei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimen-to” (I Co 3.6). O crescimento da Igreja não é competência

soas, que não sabe acolher, que magoa líderes e famílias inteiras, que não tem espiri-tualidade, que não ouve a voz de Deus, que pensa nos próprios prazeres, que não ama o próximo, que fofoca, que age com falsidade por traz, que falta sinceridade, que tem donos, mas se es-quecem que o dono da Igre-ja é Jesus, que não respeitam autoridades, que não sabem sorrir para as pessoas, nem se quer abraçá-las, que não apoia o pastor, que discrimi-na os pobres, que fica cheia de soberba, que não sabe se diminuir para que Deus cresça, está morta.

Enfim, são muitos proble-mas e, claro, somos huma-nos, pecadores errantes, mas, não podemos aceitar que uma Igreja que diz ser de Cristo viva “morta” dessa forma.

Precisamos olhar pra Cristo porque quando olhamos pro Autor da nossa fé tudo isso

humana, mas ação exclusi-vamente de Deus em nosso testemunho. Essa é a verdade bíblica.

Precisamos orar, trabalhar duro e depender totalmente de Deus, pois Ele é respon-sável pelos resultados. O crescimento equilibrado, na-tural da Igreja, é resultado de uma parceria bem-sucedida: Deus, seus líderes e suas Igrejas. Há muitos pastores de igrejas pequenas que são humilhados por obreiros de igrejas maiores e megaigre-jas. Vivemos um tempo de pragmatismo, narcisismo, consumismo, estilismo e eli-tismo por parte de muitos líderes. Formam o grupo dos “bem-sucedidos” e se esque-cem dos seus companheiros de ministério. Tenho pena desta gente. Homens sem nenhuma sensibilidade, vol-tados para empreendimentos religiosos que os projetam como modelo de gigantismo e sucesso. Considero que o nosso tempo é um tempo de reflexão sobre os caminhos pelos quais estamos trilhan-do. À luz do ministério do Espírito Santo precisamos examinar o nosso pastora-do, nossa liderança e nossa prática. Reflitamos: Estamos glorificando o nosso Deus nos ministérios que recebe-mos dEle?

cai, tudo isso desaba, não fica nada para contar história, todos esses problemas que vemos com olhos carnais, com os olhos da fé somem e enxergamos somente os campos que precisamos sair para colher. Quando deixa-mos nossas próprias vontades começamos a ver qual é a vontade de Deus e tudo que é humano se vai. Toda sober-ba se vai. Todo desamor se vai. Só sobra espaço para o que é bom.

Hoje eu não sei até quan-do eu e minha família per-maneceremos aqui, mas sei que eu ainda acredito em mudanças, eu ainda acre-dito que Jesus transforma, eu ainda acredito na união do povo de Deus, eu ainda acredito no amor.

Eu acredito em transforma-ção de vidas. Eu acredito no meu pastor. Eu acredito que somos capazes. Eu acredito na união. Deus não está mor-to, aviva a Igreja do Senhor!

Pastores caçadores

Um desabafo da filha de um pastor

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15o jornal batista – domingo, 14/06/15ponto de vista

Desde a ed ição an te r io r de s t a Coluna (Edição 21 – 24/05/15)

discutimos neste espaço um tema que vem mobilizan-do a sociedade brasileira: a prática do abortamento. Estimativas mais pessimistas dão conta de que, todos os anos, até 4 milhões de jovens e mulheres praticam a interrupção forçada da gravidez neste país. Se o abortamento se constitui na interrupção da vida, é natu-ral que a primeira questão a se colocar seja: quando, afinal, se inicia a vida? A resposta, necessariamente, deve contemplar abordagens médicas, psicológicas, jurí-dicas e teológicas.

Temos as teorias genético--desenvolvimentistas: (a) te-oria da nidação, isto é, a vida se origina quando o ovo (óvulo já fecundado) se implanta na cavidade intrau-terina; (b) teoria da organo-

Romario Rende, membro da Primeira Igreja Batista de Teresópolis - RJ

Salmos 23.1-6 e Mateus 6.9-13(Compilação, adaptação e edição baseadas nas passa-gens acima).

Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, san-tificado seja o Teu

nome; venha o Teu Reino, seja feita sempre a Tua von-tade, assim na terra como no céu; aquilo que precisamos hoje nos dá; porque o Senhor é o meu Pastor, nada me faltará.

Tranquilizas-me e guia-me serenamente por caminhos de paz. Acalma a minha alma e me conduzas através da jus-

gênese, isto é, ocorre com a formação dos órgãos vitais do novo ser. Antes disso, portanto, não haveria vida – apenas um conjunto de te-cidos; (c) teoria da formação dos rudimentos do sistema nervoso e sinais vitais como circulação sanguínea, ondas celebrais etc.

Teorias concepcionistas que podem ser compreendi-das em dois sentidos como teoria da singamia e teoria da cariogamia: a vida se inicia com a fertilização do óvulo pelo espermatozoide. A contar da fusão das cé-lulas germinais (masc/fem) há uma continuidade na manutenção da identidade genética por toda a vida do indivíduo - zigoto–mórula–blastócito. Essa transforma-ção é auto impulsionada e autogovernada pelo próprio embrião. Da fertilização (es-permatozoide + óvulo) até zigoto (concepção), quando há a identidade genética, há

tiça, por amor do Teu nome. E perdoa-nos as nossas falhas, assim como nós perdoamos aos que falham conosco. Exalte o Teu nome na minha vida na presença dos meus inimigos, encha-me de tantas bênçãos de maneira tal que meu cálice transborde.

E não nos permita cair em tentação, mas livra-nos do mal; porém, ainda que eu andasse pelo vale da som-bra da morte, não temeria mal algum, porque Tu estás comigo; a Tua correção e a Tua proteção me consolam. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na Casa do Senhor para sempre. Porque Teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre, amém.

cerca 12 horas de lapso de tempo entre a fertilização e a concepção. Assim, es-tas duas teorias focalizam: singamia, a fertilização, e a cariogamia a concepção. Se entendermos que o ser passa a existir após ter uma iden-tidade, então, aceitaremos a cariogamia.

Ainda há a abordagem psicossocial com a teoria da afetividade, e aqui o iní-cio da vida somente ocor-re quando o ser é aceito e amado por seus semelhan-tes. Mas, neste sentido, um questionamento é inevitável: o que seria daquelas pessoas geradas a partir de uma ges-tação inesperada ou mesmo fruto de um ato adulterino? Neste caso, não seriam con-siderados como seres vivos? O que seria também dos não amados?

Já do ponto de vista teoló-gico e filosófico, a alternativa adotada sobre a origem da alma ou vida espiritual de-

terminará se o abortamento é lícito, embora um materia-lista, por exemplo, não venha a se preocupar com isso. Assim, em termos gerais, é possível considerar três alter-nativas: o pré-existencialismo de Platão, segundo o qual a alma de uma pessoa já existia desde a criação do mundo, antes mesmo dela nascer; o criacionismo, preconiza-do por Jerônimo, Pelágio e Calvino, entre tantos outros, para quem a alma é criada por Deus para cada pessoa ex-nihilo, isto é, Deus criaria uma alma para cada corpo que é gerado; e o traducia-nismo, defendido por pen-sadores cristãos como Ter-tuliano e Lutero, que afirma que a alma é originada por propagação natural. Assim, essa transmissão seria um processo orgânico, de modo que a alma seria adquirida no momento da concepção, assim como acontece com o código genético. Neste

caso, a posição médica acima da cariogamia estaria mais compatível com este modo de pensar.

Em geral, o abortamento não poderá ser admitido por quem aceita o traducianis-mo, pois isso seria interrom-per uma vida já iniciada des-de os primeiros momentos em que o espermatozoide se encontra com o óvulo. Particularmente, tenho mais facilidade em aceitar o tradu-cianismo/cariogamia, pois, do ponto de vista teológico, é a alternativa que menos dificuldade traz em relação à doutrina da degeneração to-tal da raça humana. Embora não seja uma alternativa que resolva todos os dilemas teo-lógicos, é a que mais atende às questões teológicas do cristianismo.

Na próxima edição, inicia-remos o tratamento dos argu-mentos filoabortistas, isto é, os argumentos favoráveis ao abortamento. Até lá.

OBSErvATórIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Pai Nosso, o Senhor é o

meu Pastor

Abortamento (2) - Quando se origina a vida?

Myrtes Mathias (In Memoriam)

Ser pastor é oferecer o barquinho da própria vida para Jesus usar, para que o mundo, sofredor e aflito, possa do Pastor bendito encontrar a bênção de sorrir, cantar.

Ser pastor é ser escolhido, para levar a Grande Comissão. É ser abençoado, submisso, forte, é não temer a morte, é ser outro Simão.

Ser pastor é ter o privilégio, o grande privilégio dado por Jesus: Levar a paz onde existe guerra,

Levar riqueza aos pobres da terra onde há choro, o riso, onde há trevas, a luz.

Ser pastor é ser humilde e santo, imitando o Mestre, o Divino Pastor; é dar pelas ovelhas, sua própria vida, é morrer na lida, é morrer de amor.

Ser pastor é receber a graça de aqui no mundo a todos ajudar, e, enfim, vencida a última carreira, encontrar feliz, na hora derradeira, o Mestre e as ovelhas na praia de outro mar

Ser pastor

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