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Nome na Casa de Cultura, nome em prêmios literá- rios... Dinorath do Valle (foto), uma das mais ilus- tres moradoras da Boa Vista, agora é nome de escola no Jardim São Mar- cos. Conheça um pouco da história desta escritora, jornalista, professora, ro- teirista de cinema na pági- na 9, e no relato de Mo- ema, filha de Dinorath do Valle, exclusivo para o Boa Vista-Parque, na página 2. Dinorath, Dinorath Edson Carolino, o Edinho, (foto) passou a infância e adolescência no Par- que Industrial e deixou o bairro para realizar seu sonho: ser musicoterapeu- ta. Há 15 anos morando em Londres, ele voltou a Rio Preto para dividir com crianças da periferia um pouco da sua grande experiência, conhecida em várias partes do mun- do. Ele conta a sua histó- ria de vida na página 8. Edinho, a história de um vencedor Meses de junho e julho com boas atrações para os moradores da Boa Vista e vizinhança. A festa junina da Basílica começa no dia Quermesse e música clássica na Basílica 25 e se estende até 4 de julho. No interior da igre- ja, a população poderá ver parte da programação do Festival. Página 12 UBS do Parque é recordista em dengue História e números do Parque e da Boa Vista Segundo os últimos da- dos fornecidos pela as- sessoria de imprensa da secretaria municipal de Saúde, a UBS do Parque Industrial continua líder Saiba um pouco da his- tória destes dois tradicio- nais bairros de Rio Preto, através das informações de Secundino Fernandes, (foto) técnico da secretaria municipal de Planejamen- to. Você sabia que a Boa Vista já foi chamada de Santo Antônio? Página 4. no registro de casos de dengue confirmados na cidade. O bairro respon- de por cerca de 13% das pessoas contaminadas em Rio Preto. Página 5. CONFIRA OS CLASSIFICADOS NA PÁGINA 11

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impresso feito na aptagraf, situada em rio preto são paulo

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Page 1: jornal boa vista

Nome na Casa de Cultura, nome em prêmios literá-rios... Dinorath do Valle (foto), uma das mais ilus-tres moradoras da Boa Vista, agora é nome de escola no Jardim São Mar-cos. Conheça um pouco da história desta escritora, jornalista, professora, ro-teirista de cinema na pági-na 9, e no relato de Mo-ema, filha de Dinorath do Valle, exclusivo para o Boa Vista-Parque, na página 2.

Dinorath, DinorathEdson Carolino, o Edinho, (foto) passou a infância e adolescência no Par-que Industrial e deixou o bairro para realizar seu sonho: ser musicoterapeu-ta. Há 15 anos morando em Londres, ele voltou a Rio Preto para dividir com crianças da periferia um pouco da sua grande experiência, conhecida em várias partes do mun-do. Ele conta a sua histó-ria de vida na página 8.

Edinho, a história de um vencedor

Meses de junho e julho com boas atrações para os moradores da Boa Vista e vizinhança. A festa junina da Basílica começa no dia

Quermesse e música clássica na Basílica25 e se estende até 4 de julho. No interior da igre-ja, a população poderá ver parte da programação do Festival. Página 12

UBS do Parque é recordista em dengue

História e números do Parque e da Boa Vista

Segundo os últimos da-dos fornecidos pela as-sessoria de imprensa da secretaria municipal de Saúde, a UBS do Parque Industrial continua líder

Saiba um pouco da his-tória destes dois tradicio-nais bairros de Rio Preto, através das informações de Secundino Fernandes,

(foto) técnico da secretaria municipal de Planejamen-to. Você sabia que a Boa Vista já foi chamada de Santo Antônio? Página 4.

no registro de casos de dengue confirmados na cidade. O bairro respon-de por cerca de 13% das pessoas contaminadas em Rio Preto. Página 5.

CONFIRA OS CLASSIFICADOS NA PÁGINA 11

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Nossa casa na Boa Vista

São José do Rio Preto têm lugares com perfil e car-acterísticas tão próprias, que se confundem com a história da própria cidade. Os bair-ros Boa Vista e Parque In-dustrial, sem dúvida, en-quadram-se neste conceito.A Boa Vista, um dos mais antigos bairros de Rio Preto possui pontos de referência inconfundíveis como a Ba-sílica, o Bispado, o Instituto Monsenhor Gonçalves, a Santa Casa, a praça da Caixa D”Água e entre muitos out-ros. O Parque Industrial, bem mais jovem, porém não me-

Curti, dono do cinema da cidade. O supermercado Pastorinho apareceu depois.Tenho vivo na memória o dia da nossa mudança de volta para a casa reformada e pronta. Revivo o chei-ro de casa nova, moderna e linda. Grande. Eu sentada na janela da frente pensava orgulhosa e feliz: tinha um quarto só para mim. Vi-zinha da escola,podia acordar mais tarde e chegar antes que o portão fechasse, vantagem também para a minha mãe, que foi professora de desenho no Instituto Estadual Monsenhor Gonçalves por mais de 30 anos e lecionava todos os períodos, de segunda a sábado. Em 1970 minha mãe plantou uma árvore na calçada em frente de casa. Hoje é uma árvore enorme que convida os

nos importante, destaca-se no nosso perímetro urbano pelo vigor do seu comércio localizado principalmente na av. Cenobelino de Bar-ros Serra, Oswaldo Aranha e Campos Sales. Os trilhos da estrada de ferro, com seus barracões, são marcos do que chamamos Rio Preto Paulista.A partir de agora, os mora-dores destes dois bairros têm no jornal BOA VISTA-PARQUE um canal de comunicação que vai destacar notícias geradas pelo interesse deste público leitor: a historia, a memória, os avanços na área sócio-

econômica. As atividades de lazer, cultura e entreteni-mento também fazem parte do nosso projeto editorial. O mais importante: o jornal será o porta-voz das reivindica-ções dos moradores que mui-tas vezes não conseguem ser ouvidos pelo poder público.Chegamos! Agradecemos a confiança e apoio em nós depositados, para que pos-samos prosseguir. Esta edição que você lê agora é o primeiro passo de uma longa caminhada que es-tamos apenas começando.Os Editores

“Eu não troco a Boa Vista por nenhum

outro bairro da cidade”

A primeira casa em que a minha mãe morou na Boa Vista, foi alugada em 1953 e ainda existe, hoje é uma loja que fica na esquina da av. Constituição com a rua Ma-rechal Deodoro da Fonseca.Um ano depois minha mãe comprou a nossa casa na rua Jorge Tibiriçá, do senhor Vilanova. Ele tinha aca-bado de construir casas idênticas no quarteirão inteiro (ainda exis-te uma preservada). Foi a primeira e única casa própria da família, moramos aqui desde 1954. Dez anos depois muda-mos para uma casinha de alu-guel na rua Prudente de Moraes, perto da av. Baddy Bassit. Moramos lá enquanto nossa casa passava por uma grande reforma, projeto do con-ceituado engenheiro Percy Gandinni, estilo anos 60, com muitos palpi-tes e soluções brilhantes da minha mãe. Foi uma reforma cara e lon-ga, o dinheiro curto nos obrigou aesperar três anos e meio viven-do apertados na pequena casa de aluguel, que não existe mais. Tem-pos difíceis. Nosso vizinho era o

pedestres a tomar fôlego na subida e aproveitar sua sombra nos muitos dias de sol quente. Ela adorava essa árvore. Nosso quintal de terra é um paraíso, goiabeira, bananei-ra, pitangueira, pássaros livres e muitas lembranças. Tudo preserva-do. Também já teve um abacateiro, amoreira, limoeiro e uma parrei-ra de uvas que o meu pai plantou seguindo tradição Armênia. Até a minha adolescência apanhei muita

uva, comi geléia e inesquecíveis charutinhos das folhas de uva que minha mãe preparava aos domingos.Nossa casa permanece do jeitinho que a minha mãe deixou naquele triste dia 1º de maio de 2004. Nós, filhos, não tiramos nada do lugar. Meu irmão Luiz Alberto vol-tou a morar aqui. Eu vivo em São Paulo há 30 anos e venho a Rio Pre-to com frequência. Fomos criados nesta casa, temos boas lembran-ças. Nos últimos anos o barulho dos carros descendo a rua aumentou bas-tante, mas a recompensa é ouvir a música do sino da Basílica tocando de hora em hora, que algumas vezes o padre substitui por gravação, não entendo porque - fica aqui o meu protesto. De casa também escutamos o sinal de chamada para a aula no Monsenhor Gonçalves, lembrança viva dos tempos que estudamos lá. Passa longe, mas ouvimos diaria-mente o apito do trem, que não é mais para passageiros, infelizmente.Muitos vizinhos não moram mais aqui, mas ainda restam alguns que assistiram a gente crescer. Rio Pre-to cresceu, e eu não troco a Boa Vista por nenhum outro bairro da ci-dade. Talvez porque, para mim, Boa Vista tem o jeito de Rio Pre-to, com a igreja, a escola e principalmente a nossa casa que mantém forte presença da minha mãe, Dinorath do Valle.

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Álbum Ilustrado da Comarca de Rio Preto

Del

alat

a-2010

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Em entrevista ao Boa Vista-Parque, Secundino Fernan-des da Silva Neto, técnico em demografia e urbanismo da secretaria municipal de Planejamento Estratégico, forneceu os detalhes neces-sários para que o leitor sai-ba a origem e as principais características do bairro:

“Em área doada por Luiz Antonio da Silveira (um dos fundadores de Rio Preto) para a formação do Patri-mônio de Nossa Senhora do Carmo, surgiu no início do século passado, o primeiro bairro urbano da cidade, que em princípio recebeu a denominação de “Santo An-tonio”, posteriormente pas-sou a chamar-se Boa Vista.Em 1911, na gestão do então prefeito Adopho Guimarães Correia, o en-genheiro Ugolino Ugolini, criador da planta cadas-tral da cidade já previa a expansão da cidade pe-los lados da Boa Vista.

O bairro fica localiza-do na região centro oeste da cidade, com delimitação em qua-drilátero esquemati-zado pela rua Osvaldo Aranha, rua São João, avenida Bady Bassitt e Rua Independência.

Outras Informações:

Atualmente, a Boa Vista é integrada de áreas ur-banas como Vila Curti, Vila Córdula, residencial Boa Vista, Vila Diva, Vila Maria e Vila Mafalda, que são considerados pelos moradores como região do Bairro da Boa Vista.”

No começo, a Boa Vista se chamava Santo AntônioORIGEM DO BAIRRO

A Basílica se impõe no cenário da Boa Vista

Delalata-2010

O Parque já fez parte da Fazenda PiedadeORIGEM DO BAIRRO

Secundino: memória dos bairros da cidade

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uzi

Rio Preto Paulista

O bairro localiza-se, em parte de terras da antiga “Fazenda Piedade”, re-gião também conhecida como “Rio Preto Paulis-ta”, devido à existência da estação de cargas da EFA-Estrada de Fer-ro Araraquarense, hoje ALL.. As terras eram de propriedade da família de Antonio Lopes dos Santos que implantou no local, em duas eta-pas, o loteamento que

deu origem ao bairro “Par-que Industrial”. A primeira etapa ocorreu em 1950, na gestão do então prefeito José de Castro Rosa, quan-do foi loteada uma área de 672.605,00 m² e a segun-da etapa, que foi o prolon-gamento do bairro, ocorreu em 1954, durante a ges-tão do prefeito Philadel-pho Gouveia Neto, quan-do foi loteada uma área de área de 558.274,00 m². Localizado na região

centro norte da cidade, o bairro tem sua delimita-ção demarcada pela Rua Jacinto Honório de Mello, trilhos da ferrovia, rua Ca-pitão Faustino de Almei-da e rua Osvaldo Aranha, confrontando-se com Vila Esplanada, Boa Vista e Jardim Canaã. Apesar de não constaram do total da área do bairro Parque In-dustrial, os loteamentos da Vila Cap. Luiz Pinto de Mo-rais, da Vila Tonello e da

Vila Zilda, se encontram ilhados nesta delimita-ção e são considerados pela maioria dos mora-dores destes loteamen-tos como parte da região do Parque Industrial.

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Pelos últimos boletins divul-gados pela Vigilância Sanitá-ria de Rio Preto, é na UBS do Parque Industrial que se regis-tra o maior número de casos de dengue, proporcionalmen-te a outras regiões da cidade.Ali, onde a população não só do Parque, mas da Boa Vis-ta, Vila Curti, Alto Rio Preto, Esplanada, é atendida, foram confirmados cerca de 1500 casos da doença, o que re-presenta 13% do geral re-gistrado na cidade (12695 pessoas contaminadas)Desse total 53 casos são de febre hemorrágica do dengue (FHD), 96 casos de dengue com complicações (DCC) e o restante dengue clássico, como informa a assesso-ria de imprensa da secre-taria municipal de Saúde.Segundo Luciano Louren-ção coordenador da Vigilân-cia Epidemiológica, foram registradas dez mortes no município em decorrência da doença, sendo quatro por fe-

Parque é recordista em casos de denguePREOCUPANTE

bre hemorrágica e cinco por dengue com complicações. Um outro óbito por dengue com complicações tam-bém foi registrado no mês de janeiro, mas a mulher teve os primeiros sintomas da doença em dezembro de 2009. Portanto, epidemio-logicamente, o caso é com-putado para o ano passado. Uma das vítimas,moradora do Parque, cujo caso mere-

ceu destaque nos jornais da cidade, foi a dona de casa Selma Farah, Ela tinha 74 anos, sofria de doença pul-monar crônica e dependia de oxigênio há oito anos.Revoltados, parentes da ví-tima acusaram a prefeitura de negligência. A prefeitu-ra por sua vez, diz que vem tentando fazer a sua parte e pede a colaboração da po-pulação, sem a qual, a epi-

UBS do Parque Industrial: recordista em casos de dengue em Rio Preto

Paciente tenta marcar consulta em UBS

Prefeitura deixa de agendar

A partir de agora, o agen-damento de consultas médicas em Rio Preto só pode ser feito pesso-almente nas UBS -Uni-dades Básicas de Saúde, em qualquer dia da sema-na e durante o horário de funcionamento do PostoO secretário de Saúde, José Victor Maniglia de-sativou o serviço de agen-damento pelo telefone 0800, que funcionou com muitas críticas da popula-ção, durante cinco anos. Quando surgiu, o serviço prometia prazo mínimo de uma semana entre o contato e a confirmação.Pela vontade de Maniglia, o agendamento de con-sultas por telefone já te-

ria sido desativado desde o ano passado. Segundo pesquisas realizadas pela Saúde de Rio Preto, ape-nas 30% dos usuários que ligavam conseguiam seu objetivo. Durante o período pesquisado (de 3 a 9 de maio), das 7542 consultas disponíveis nas 13 UBS que utilizavam o 0800, 1226 foram reservadas pelos pacien-tes, sendo que apenas 360 foram marcadas.Com o fim do 0800, que não funcionava, a população agora pode-rá enfrentar filas nas UBS, com a esperança de que o tempo perdi-do seja compensado com o acesso à Saúde.

demia não vai ser vencida.José Victor Maniglia, secretá-rio de Saúde diz que “ ações para combater a doença no município, continuam a ser realizadas os bloqueios me-cânicos (visita em domicílio para busca ativa de cria-douros) feito por agentes de saúde em parceria com os bolsistas do programa Fren-tes de Trabalho e os blo-queios químicos, por meio de

nebulização de inseticida”. A assessoria do secretário disse ao Boa Vista-Parque, que “continuam as ações de coleta de material inservível pela Cooperativa de Carro-ceiros em terrenos baldios e linhões, fiscalização em pon-tos estratégicos (floricultu-ras, cemitérios, borracharias, entre outras) e fiscalização em imóveis especiais (locais de grande circulação de pes-soas como faculdades, hos-pitais, empresas, indústrias).

consultas pelo 0800

VOLTA AO COMEÇO

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Rio Preto já vive o clima da CopaRUMO AO HEXA?

Promoções no comércio, bandeiras nas casas, bares e restaurantes enfeitados nas cores verde e amarela. .. a cidade já se prepara para torcer para a Seleção

canarinho; muitos, torcen-do o nariz para Dunga.A rotina da cidade será quebrada, horários de funcionamento do servi-ço público serão adapta-

dos, mesmo na iniciativa privada a tendência é da indústria e do comércio, liberarem seus funcio-nários para que possam acompanhar os jogos.

O Fórum de Rio Preto vai funcionar das 9h às 14h, no dias 15 e 20 de junho. No dia 25, das 14h às 19h. As repartições públicas es-taduais fecharão às 14h, quando o jogo da Seleção

começar às 15h30 e fun-cionam a partir das 14h, quando o jogo for às 11h. A prefeitura de Rio Preto deve seguir o mesmo esquema de horários acima. Os serviços considerados essenciais per-

manecerão funcionando.O Poupatempo, por exemplo, continuará com funciona-mento normal durante os jogos.Os servidores vão com-pensar as folgas com uma hora de trabalho extra por dia.

Confira o que muda nos jogos do Brasil

Page 7: jornal boa vista

Futebol é tema de exposição de artistas plásticos no ShoppingRUMO AO HEXA?

Como o futebol mexe com todo mundo, os ar-tistas de Rio Preto tam-bém entram no clima de Copa do Mundo. Pelo menos 15 artistas plás-ticos já selecionam seus quadros para a exposição “Craques da Pintura no País do Futebol” A

Quadro de Daniel Firmino retrata “parti-da” entre Diário da Região e Bom Dia.

mostra poderá ser vista no Rio Preto Shopping Center, no período de 14 de junho a 11 de julho.Entre os artistas sele-cionados estão, Araguai Garcia, Edgar Di Oliveira, Maria Helena Curti, Dan-iel Firmino, Orlando Fuz-inelli e Reasilvia Toscano.

Page 8: jornal boa vista

Edinho, do Parque Industrial para Londres... para o mundoDETERMINAÇÃO

DA REDAÇÃO

Vivendo há mais de 15 anos em Londres, Edison Carolino, o Edinho, volta a Rio Preto pelo menos uma vez por ano para rever parentes e amigos. E quando isso acontece, como em abril último, ele recarrega energia revi-vendo os bons tempos de infância e adolescência

Edinho Carolino comanda apresentação de alunos no Teatro do SESI de Rio Preto

passados na rua Dom Pe-dro I, entre a Prudente e a Pedro Amaral. No bair-ro, ele teve uma vivência saudável, jogando bola em campo de terra; fa-zendo amigos, aprenden-do solidariedade com os vizinhos: “colocávamos as cadeiras à noite na cal-çada pra bater papo, con-tar e ouvir causos, lembra ele Vizinho doente era vi-

Rifa de carneiro bancou a viagemO dinheiro para a passa-gem e estadia na Inglater-ra, tornou-se o problema para Edinho:”uma aluna do Conservatório doou um car-neiro, que foi rifado entre amigos e vizinhos, com a ajuda da minha mãe Jaira”Com 24 anos de idade e o inglês ainda capen-ga, ele deixou o Parque, para ficar um mês no ex-terior e realizar o sonho. Acabou ficando. Edinho recorda: “fui atrás do meu sonho e consegui realizá-lo, com muito sacrifício, estudando e trabalhando”Hoje, Edinho tem uma vida profissional estabilizada,

com clínica de musicoterapia montada e trabalho reconhe-cido não só na Inglaterra, mas também na França e Bélgica. Há um ano e meio, a ONU- Or-ganização das Nações Unidos precisava de alguém que mos-trasse um trabalho “diferente”, além da abordagem meramen-te pedagógica,com crianças especiais. Edinho foi indicado pela BBC de Londres, onde presta serviço. Durante 30 mi-nutos, via satélite, o ex-mora-dor do Parque mostrou para o mundo, os avanços do inglesi-nho Luke, síndrome de Down, que dos três aos noves anos foi estimulado pela música do rio-pretense. “Hoje ele toca

e compõe em vários rítmos”Grato a Rio Preto pelas con-quistas sucessivas na vida profissional, Edinho, sempre que volta, procura retribuir o que recebeu: dá cursos gra-tuitos para alunos da APAE e, na última passagem por aqui, realizou o workshop, “Música com Sucatas”, para 80 alunos do programa Fa-miliaridade da secretaria mu-nicipal de Assistência Social.Ao final do curso, as crian-ças se apresentaram no Te-atro do SESI, que estava lotado. Os aplausos foram divididos com o professor Edinho, com o recado de uma delas: ”Você merece”

sitado diariamente pelos mais próximos. Na falta de sal, óleo, era só pe-gar emprestado e devol-ver, é claro” recorda e ri.Vendo que futebol não era sua praia Edinho ain-da tentou o vôlei, fazendo parte da equipe do colégio Antonio de Barros Serra, onde estudou:”íamos a pé jogar no ginásio Na-talone, molecada diver-

tida, íamos cantando, mas vitórias em qua-dra não eram muitas”Edinho sabia que tinha talento para a música, mesmo assim tentou a faculdade de psicologia. Ao mesmo tempo estuda-va piano clássico no Con-servatório Carlos Gomes. De aluno a professor foi um passo. Para juntar música com psicologia

não demorou muito tem-po. Decidiu que seria mu-sicoterapeuta, que usaria a música como estímulo para ajudar na recupe-ração de crianças com necessidades especiais.Definida a meta, Edi-nho partiu para a reali-zação do sonho. Desco-briu que Londres era o centro para o aperfeiço-amento que precisava.

Crianças da periferia de Rio Preto participam de workshop na sede da AABB, estimuladas pelo músicoterapeuta Edson Carolino

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Dinorath do Valle ganha homenagem: agora é nome de EscolaMORADORA ILUSTRE

Em vida, ela foi uma das intelectuais mais versáteis de Rio Preto, um verdadei-ro furacão de criatividade. Na Boa Vista, bairro que escolheu para viver, na rua Jorge Tibiriçá, ela encon-trou a tranqüilidade neces-sária para produzir as obras que repercutiram no Brasil e no exterior. A casa, pro-jetada por ela nos mínimos detalhes, é preservada até hoje, seis anos após a sua morte, como conta Moema do Valle Kuyumjian , sua fi-lha, em artigo na página 2.Professora, jornalista, escritora, roteirista de cinema, enfim, uma gran-de incentivadora da cultu-ra rio-pretense, Dinorath do Valle é nome da Casa de Cultura e empresta seu nome ao prêmio literá-rio criado pela Academia Rio-pretense de Letras.Agora, ela passa a ser lembrada também como professora, uma de suas principais atividades: só no Instituto Monsenhor Gonçalves, ela ensinou, durante 30 anos, várias gerações de rio-pretenses.Através de Projeto de Lei, proposto pelo deputado Vaz de Lima (PSDB), aprovado pela Assembléia Legisla-tiva e sancionado pelo go-vernador Alberto Goldman, a nova escola construída pelo governo do estado, localizada no Jardim São

DA REDAÇÃO Marcos, passou a se cha-mar “EE Profª Dinorath do Valle”. Familiares e amigos aguardam a data em que a homenagem vai se dar oficialmente em Rio Preto.Como professora, Dinorath também lecionou na Es-cola Ezequiel Ramos e Al-berto Andaló. Seus conhe-cimentos foram passados, através de cursos organiza-dos pelo MEC, para alunos de 12 cidades brasileiras.Dinorath não escreveu li-vros somente para o público adulto:pesquisadora da lin-guagem infantil, ela dedicou várias obras ao aprendizado e ao incentivo à leitura de crianças e jovens, como: Arte Infantil na Escola Pri-mária, Desenho Decorativo e Ornamental, Totó Piruleta e o Menino do Povo; História

de Rio Preto para CriançasDinorath do Valle, uma vida toda dedicada à criação in-telectual, tirava das obser-vações atentas ao cotidiano de Rio Preto, histórias, es-critos, contos, romances. Ser reconhecida por uma manifestação popular, o Carnaval, talvez tenha sido uma de suas maiores ale-grias em vida. Com enredo de Romildo Sant’Santanna, letra e música de João Negrão e Vicente Serro-ni, a Escola Unidas da Boa Vista desceu a ave-nida, no início da década de 90, cantando, “É hoje, na avenida iluminada/A Unidos empolgada vem pra te homenagear/Tu és rosa sem espinho, poesia e carinho/Mulher caipira de se admirar”

Dinorath, no alpendre de sua casa, da Jorge Tibiriçá, em 1973...

... que é preservada até hoje pelos filhos

Dinorath começou a escrever e a ga-nhar prêmios aos 17 anos , o primeiro foi da extinta rádio Rio Preto. Não parou mais. Sua produção literária foi premia-da em várias partes do país, atravessan-

do fronteiras, chegou a Portugal e Cuba.Seu romance “Pau Bra-sil” recebeu o prêmio Casa de Las Américas, em Havana, em 1982.: É dela também os li-vros de contos O Ves-tido Amarelo (1976) e Idade da Cobra Las-

Produção invejávelcada (1982). Dinora-th teve contos publi-cados em antologias, como Margarida no Castelo, Os Objetos, Manga Manga, João da Moita e Canguçu.

“Quero permanecer neste mundo em meus escritos, se resistirem

ao tempo.” (Dinorath do Valle 1926-2004)

Pau Brasil”, obra premiada no exterior

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INSCRIÇÕES EM JUNHO

Inaugurada em abril pelo ministro da Previdência So-cial, Carlos Eduardo Gabas, a nova agência do INSS está localizada em local estratégico, na rua Delega-do Pinto de Toledo (740), esquina com a rua Gene-ral Osório. A nova agência torna-se mais acessível aos moradores da Boa Vista e do Parque e aos moradores da região Norte, pois a rua

Parque ganha nova Agência da Previdência SocialDelegado Pinto é um dos principais corredores que ligam o Centro à aquela região da cidade. O novo serviço diminuiu em mui-to a demanda de serviços da agência localizada na av. Bady Bassitt, onde fun-ciona a Gerência Executi-va da Previdência Social. A nova agência ocupa uma área construída de 1600 m2 e está equi-

pada com novos equipa-mentos de informática, mobiliário, dispositivo de segurança e acessibilidade para deficientes e idosos. Além dos moradores de Rio Preto, também são atendi-dos na agência segurados de mais 15 municípios vizi-nhos. O horário de atendi-mento ao público é das 7 às 17h. A APS oferece todos os serviços previdenciários.

Os alunos da rede estadu-al, a partir da 6ª série, e das escolas técnicas podem aprender espanhol, francês e italiano sem pagar nada, no Centro de Estudos de Línguas (CEL). Também há curso de inglês com conteúdo dife-renciado das aulas normais. Trata-se de uma ação do Go-verno de São Paulo com foco na melhoria da qualidade do ensino oferecido aos jovens.As aulas acontecem na EE Monsenhor Gonçalves, rua Presciliano Pinto, 940, Boa Vista (foto). São mais de mil alunos matriculados, com aulas à tarde, à noite e aos sábados de manhã. As ins-crições podem ser feitas nos meses de junho e dezembro.

Aluna procura informações sobre curso gratúitoMais informações, pelo fone:

32352435

Aprenda idiomas de graça

Nova Agência, na Delegado com a Gal. Osório

OUTRA OPÇÃO

COR E SEXO

Censo-2010 pergunta sobre opção sexualA partir de 1º de agosto, os recenseadores do IBGE vi-sitarão todos os 58 milhões de domicílios do país, para revelar um novo retrato da sociedade brasileira, por meio de um amplo conjun-to de informações demo-gráficas, socioeconômicas e habitacionais. A parte da pesquisa que investiga as relações familiares ganhou este ano nove novas per-guntas, incluindo a de côn-juge do mesmo sexo. De acordo com o IBGE, a per-gunta sobre união homos-sexual já havido sido feita na contagem censitária de 2007, mas nunca em um Censo completo, que acon-tece apenas a cada dez

anos. Outra novidade do Censo 2010 é que a per-gunta de cor e raça será feita a todos os brasileiros, e não apenas na pesquisa por amostra. A pesquisa do censo é feita para todos os brasileiros com um questio-nário básico. O questioná-rio completo é feito apenas na pesquisa por amostra, aplicado em parte da po-pulação. Em 2010, por-tanto, todos os brasileiros responderão se são branco, preto, amarelo, pardo ou indígena o que, segundo o IBGE, permitirá pela pri-meira vez o detalhamento geográfico da composi-ção étnica da população.Fonte:IBGE

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A Sert-Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho está oferecendo para Rio Preto e 20 cidades da região, cerca de 1500 vagas de emprego no mer-cado formal de trabalho.O mercado de trabalho de

Secretaria oferece mais de mil vagasOFERTAS DE EMPREGO

Rio Preto está com vagas abertas para trabalhadores de várias áreas, entre elas: promotor de vendas, ajudan-te de motorista, vendedor de comércio varejista, eletricis-ta de manutenção eletroele-trônica; costureira de peças

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sob encomenda; empregada doméstica, pintor de estru-turas metálicas, manicu-re, servente de obras, etc. Em Rio Preto, os interes-sados devem procurar o PAT-Posto de Atendimen-to ao Trabalhador, na rua

Boa Vista, 666 (foto), e Poupatempo, em fren-te ao Mercado Municipal.Quem tem acesso a com-putador pode pesqui-sar nos sites: www.em-prego.sp.gov.br e www.emprego.sp.gov.br /pat .

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COR E SEXO

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Basílica tem sertanejo e música clássica em junhoUma das mais tradicio-nais e concorridas Fes-tas Juninas de Rio Preto é realizada pela Basílica de Nossa Senhora Con-ceição Aparecida, com barracas típicas, lei-lões e muita diversão.Segundo calendário divul-gado pela secretaria da Igreja, a Festa Junina des-te ano acontece nos dias 25,26 e 27 de junho; e nos dias 2,3 e 4 de julho.Este ano, o público terá duas grandes atrações,a dupla Divino e Doni-zete, no dia 26 de ju-nho; e o cantor, Alis-son, no dia 3 de julho.Mais informações, pelo

fone 32312050

PIPOCA E PIANO

Orquestra, coral, camerata...A versão 2010 do Festival de Música Clássica de Rio Preto, que acontece entre 28 de junho e 4 de julho já definiu a programação que o público poderá ver gra-tuitamente este ano. Dez espetáculos, incluindo con-certos da Orquestra Filar-mônica do Brasil e Orques-tra Sinfônica do Festival compõem a programação.As apresentações estão marcadas para o Teatro Municipal, Teatro do SESI, Escola Pública Assaoc e Igreja Basílica. Duas das dez atrações programadas

ainda não tem locais definidos pela organização do Festival (secretaria municipal de Cul-tura e empresa Accessorizze).A atração confirmada para a Basílica acontece no dia 30 de junho, às 20h30, com concerto de coro e orquestra com Sheilla Minatti, Ariadne Vocci, Coral Memphis, Na-taniel Badue, Camerata do Festival de Música de Rio Preto e maestro Paulo Vieira Mais informações sobre o Festival de Música Clássica de Rio Preto - Temporada 2010, podem ser obtidas no site: www.festivalemusica.com.br