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Jornal de Marília e Região www.redebrasilatual.com.br nº 3 Julho de 2012 DISTRIBUIçãO GRATUITA MARÍLIA Campanha Juntos Somos Mais quer salvar Igreja Matriz Pág. 7 GARçA A SÉ E A FÉ PT promete usar as redes sociais da internet na campanha Pág. 2 ELEIçãO 2012 ONDA VIRTUAL Alerta máximo: duas mortes suspeitas são registradas na cidade Pág. 6 SAúDE GRIPE SUÍNA AGRICULTURA Agrotóxicos contaminam os alimentos, a terra, a água e o ar. E matam Pág. 4-5 O BRASILEIRO MORRE PELA BOCA Pautado pelo diálogo, Toffoli põe ordem na casa e governa para todos PREFEITURA UM BOM COMEçO

Jornal Brasil Atual - Marilia 03

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Garça saúDe eleição 2012 onda virtual gripe suína Pág. 4-5 nº 3 Julho de 2012 Pág. 7 Pág. 6 Pág. 2 PT promete usar as redes sociais da internet na campanha www.redebrasilatual.com.br a sé e a fé Campanha Juntos Somos Mais quer salvar Igreja Matriz Distribu ição Jornal de Marília e Região Alerta máximo: duas mortes suspeitas são registradas na cidade

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Jornal de Marília e Região

www.redebrasilatual.com.br

nº 3 Julho de 2012

DistribuiçãoGratuitamarília

Campanha Juntos Somos Mais quer salvar Igreja Matriz

Pág. 7

Garça

a sé e a fé

PT promete usar as redes sociais da internet na campanha

Pág. 2

eleição 2012

onda virtual

Alerta máximo: duas mortes suspeitas são registradas na cidade

Pág. 6

saúDe

gripe suína

aGricultura

Agrotóxicos contaminam os alimentos, a terra, a água e o ar. E matam

Pág. 4-5

o brasileiro morre Pela boca

Pautado pelo diálogo, Toffoli põe ordem na casa e governa para todos

Prefeitura

um bom começo

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2 Marília

expediente rede Brasil atual – Marília e regiãoeditora gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Enio Lourenço revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman telefone (11) 3295-2800tiragem: 15 mil exemplares distribuição gratuita

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jornal on-line

eDitorial

A mudança a cidade já sentiu. O novo prefeito Ticiano To-ffoli, do PT, assumiu o cargo e já tornou visível o compromis-so a que, aparentemente, está submetido: o de oferecer a todas as comunidades – do Centro à periferia – as melhorias que uma cidade do tamanho da nossa tem condições de oferecer, quando se está no poder para servir à população e não para servir-se dela. Pautados no diálogo, os cem primeiros dias de sua administração puseram ordem na casa e acenderam uma velha lâmpada apagada há tanto tempo: a do fim do túnel. Em Garça, a turma também resolveu se juntar para dar luz a quem já estava praticamente destruído. Com um almoço no Clube da Terceira Idade, dezenas de fiéis lançaram a campanha Jun-tos Somos Mais para salvar o prédio da Sé.

Porém – e infelizmente –, há uma coisa feia pra burro acontecendo no campo brasileiro: nossa agricultura está se utilizando demais de agrotóxicos que, como mostra a repor-tagem que é capa desta edição, contaminam os alimentos, a terra, a água e o ar. E trazem muitos problemas para a saúde humana, chegando até a matar. É isso. Boa leitura!

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em discussão as reivindicações Pauta que será enviada aos banqueiros sai em agosto

bancários

Bancários da base de Ma-rília, composta por 1.100 pro-fissionais de 17 cidades da re-gião – 500 deles de Marília –, participaram dia 1º de junho, em São José do Rio Preto, de encontro que discutiu uma série de reivindicações da ca-tegoria. Agora, as propostas serão debatidas na Conferên-cia Interestadual, em julho. E só na Conferência Nacional, em agosto, a pauta que será entregue à Fenaban (Federa-ção Nacional dos Bancos) es-tará definida, dando início às

negociações. A data-base dos bancários é dia 1º de setembro.

Segundo o presidente do Sin-dicato dos Bancários de Marília, Edilson Julian, foram tratados temas como a segurança, a saúde e o plano de aposentadoria dos

bancários. Ainda não existe um índice de reposição salarial de-finido. No ano passado, a cate-goria promoveu greve de 21 dias antes de entrar em acordo com os bancos. Os bancários tiveram reajuste de 9% nos salários, con-quistando ganho real de 1,5%. O piso da categoria passou de R$ 1.250 para R$ 1.400, com aumento de 12%. A PLR (Par-ticipação nos Lucros e Resul-tados) teve reajuste de 27%, passando de R$ 1.100 para R$ 1.400. A cesta básica, de R$ 700, aumentou 9%.

Pt organiza militância virtualO uso das redes sociais na campanha política paulista

eleições 2012

O Partido dos Trabalha-dores (PT-SP) promove a Oficina de Redes Sociais e ensina os filiados a usar as redes sociais na militância virtual. Em maio, a região conheceu a nova ferramen-ta, na Fundação Educacional de Assis. Adolfo Fernandez, blogueiro, coordenador do Núcleo de Militância em Ambientes Virtuais (MAV), e Roberto Araújo, bloguei-ro, publicitário focado em marketing político e comuni-cação democrática alternati-va, integram a equipe petista.

Segundo Fernandez, as oficinas discutem legisla-ção, estratégia e campanha eleitoral. “O debate político

é uma marca petista. E, hoje, tudo começa nas redes, depois ganha a opinião pública” – dis-se. Para ele, as redes sociais terão papel fundamental nas eleições e farão um contrapon-to aos grandes veículos. “Com a rede não se ganha uma elei-

ção, mas sem ela pode-se perdê-la” – afirma. Em dois meses, mais de 500 pessoas foram atendidas pelo grupo de trabalho. Aparecido Luiz da Silva, secretário de Co-municação do PT, acha que o caminho é o da inovação. O objetivo é criar um canal direto de comunicação. Por isso, o partido modernizou o portal, a revista Linha Direta e sua mala direta, as newslet-ters. “A gente envia mensa-gem de texto (SMS) para os celulares, convidando os militantes para as atividades. O mesmo vale para as redes sociais. Temos páginas no Facebook, no Twitter e no Orkut” – conclui Aparecido.

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3Marília

100 dias: toffoli melhora cidade com poucos recursosÉ visível para as comunidades os avanços em diversos setores da Prefeitura

aDministração

No dia 13 de junho, com-pletaram-se 100 dias da admi-nistração do prefeito Ticiano Toffoli à frente do Executivo de Marília, período em que a cidade – para a maioria das pessoas – melhorou. “Foi ado-tado um choque de gestão, pautado no diálogo e na trans-parência” – diz o prefeito. Com situação financeira difí-cil, dívidas e problemas com fornecedores, o jeito foi con-ter gastos e priorizar os servi-ços essenciais. Mais: mostrou-se como o dinheiro do cidadão é gasto com responsabilidade.

Em março, os fornecedores foram chamados e as dívidas em atraso foram renegocia-das. Os serviços terceiriza-dos foram revistos. Ainda em

março, o trabalho de tapa-buraco, sinalização de solo e recapeamento foi retomado. Com isso, a Prefeitura passou a usar mais a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Marília (Codemar), uma empresa da cidade. Foram re-capeadas as Ruas Rinópolis, Marino Casadei, Araraquara, São José e Sorocaba. As obras de pavimentação da alça de acesso do Marília Shopping também foi entregue em mar-ço. O dispositivo viário de Pa-dre Nóbrega – passarela e via-duto – ficou quase concluído, restando apenas fazer o pai-sagismo. O local recebeu ilu-minação, sinalização e novo sistema de drenagem, que o deixou mais seguro para quem

segue viagem ou o utiliza para entrar no distrito. Também houve a atuação direta da Pre-feitura nos bairros periféricos, em especial nas favelas – na área conhecida como Linhão, na Zona Norte –, e junto a mo-radores em submoradias na Zona Leste.

Já abril foi o mês da reto-mada de obras de Saúde e Edu-cação. “Governar é priorizar, e nada mais justo que a gente prosseguir com obras que aten-dem à população. A Prefeitura retomou a reforma do Berçário Nossa Senhora da Glória (Mon-te Castelo), da Emei (Escola

Municipal de Educação Infan-til) Sambalelê (Monte Caste-lo) e as obras de conclusão da reforma e ampliação da USF (Unidade de Saúde da Família) do distrito de Dirceu” – co-menta Toffoli. Ainda em abril, a Prefeitura reativou a oficina da Garagem Municipal, para que ela volte a manter a frota municipal. Outras ruas recape-adas foram a 16 de Setembro, a Hércules Galetti e a Salvador Salgueiro. Também tiveram melhorias viárias as Ruas Ben-jamim Ribeiro, Gaspar de Le-mos, Thomaz Alcalde, Ângelo Mazeto, Mauá, Mem de Sá e Maranhão. Também foi lança-do o Mutirão de Serviços, que realiza a manutenção em toda a cidade, em sistema de rodízio.

o trabalho da força tarefa Dividida pelas quatro

macrorregiões da cidade – sul, norte, oeste e leste –, a força-tarefa de mais de 100 trabalhadores capinou, lim-pou galerias e bueiros, reca-peou, tapou buracos, sinali-zou o solo e podou árvores. O reparo nas redes de água e esgoto foi concentrado numa semana – de segunda a sábado –, dando maior efi-ciência aos serviços.

“O modelo vai até o fim do ano, pois a força-tarefa traz melhorias imediatas. Foram atendidas em maio as comunidades da Zona Sul, do Jardim Continental e adjacências, e da Zona Norte, do Jardim Primavera.

A Zona Oeste vai receber agora o Mutirão de Serviços, a partir do Jardim Teruel. “Os mora-dores desses bairros já notam a diferença e veem que a Prefei-tura realiza serviços e muda a paisagem, dando mais qualidade de vida aos cidadãos” – afirma

Toffoli, que acompanha o tra-balho das equipes e ouve as reivindicações dos morado-res. Além do Mutirão, outras equipes do Daem (Departa-mento de Água e Esgoto de Marília) e Codemar realizam serviços pontuais pela cidade.

Prefeitura em ação Toffoli retomou a obra do poço profundo da Cascata, na

Zona Leste de Marília, que agora precisa de equipamentos eletromecânicos para a captação e distribuição de água na rede de abastecimento do Daem. A vazão do poço gira em torno de 220 mil litros por hora.

Foram iniciadas as obras para a construção do Berçário da Vila Barros, na Rua Salvador Salgueiro, na Zona Norte

No primeiro dia de junho, Toffoli anunciou a economia de R$ 6,558 milhões durante o 3º aniversário do DOMM (Diário Oficial do Município de Marília) e do Portal da Transparên-cia. No mesmo dia, o portal da Prefeitura na internet passou a trazer dados sobre os trabalhos de recuperação da malha viária do município, com fotos de como era e como ficou após a exe-cução do trabalho. Estão lá a empresa que realizou o serviço e o valor do investimento empregado na melhoria.

A Prefeitura retomou as obras de construção da Emei-Creche do Jardim Califórnia, ao lado da entidade Amor de Mãe.

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aGricultura

a morte pela boca: o perigo que vem do campo Agrotóxicos contaminam os alimentos, a terra, a água e o ar. E até matam Por Cida de Oliveira

Estudos coordenados por Wanderlei Pignati, professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso, mostram que, além de pessoas e animais, a terra, o ar, a chuva, as águas e até o leite materno estão contaminados por agrotóxicos nas cidades de Rio Verde e Campo Verde. Ele conta que, das 232 amostras de água de poços artesianos, 83% continham pesticidas. O mesmo ocorreu com 56% das amostras de água de chuva recolhidas nas escolas: 25% apresentavam pelo menos dois tipos de vene-no, como o endossulfam – que será proibido a partir de julho.

Os agroquímicos usados para compensar a terra maltra-tada e exaurida e matar ervas daninhas e insetos permane-cem nos alimentos e causam doenças. Estudos científicos feitos pelos fabricantes no de-senvolvimento dos produtos, constatam os prejuízos à saúde.

A pesquisadora Raquel Ri-gotto, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, conta que há intoxicações agudas que sur-gem logo após as pulverizações, sinalizadas por dor de cabeça, náusea, alergia, ardor na pele, no nariz e até convulsões, coma e morte. E há os efeitos crônicos pelo acúmulo de veneno no or-ganismo, afetando quem planta e quem consome. “Causam al-terações hormonais, no fígado e rins, abortos, malformações congênitas, câncer de tireoide,

O leite de 62 mães que partici-param do estudo continha uma substância derivada do DDT, proibido em 1985 para a agri-cultura, e 76% tinha endossul-fam. Algumas das mães tiveram filhos com malformações con-gênitas. No sangue de traba-lhadores rurais havia o dobro de resíduos de glifosato em re-lação ao de moradores da zona urbana. Segundo Pignati, outras pesquisas no Estado apontam maior incidência de câncer nos municípios onde há maior pul-verização. Os dados respaldam a luta de movimentos sociais e sindicatos, que já resultou em ações do Ministério Público.

recorde nefasto os (muitos) prejuízos à saúde

O Brasil é o maior consu-midor mundial de agrotóxi-cos. Em 2010, foi comercia-lizado mais de 1 milhão de toneladas, cerca de 5 quilos por habitante. A triste lide-rança começou entre 2001 e 2008, quando as vendas pas-saram de US$ 2 bilhões para mais de US$ 7 bilhões. No mesmo período, a área culti-vada por alimentos aumentou só 4,59%. “Os lucros seguem para as matrizes no exterior. Nós ficamos com as doenças e o impacto ambiental” – diz

o agricultor Cleber Folgado, da coordenação da Campanha Permanente contra os Agrotó-xicos e pela Vida.

As lavouras de soja, milho e algodão colocam Mato Grosso como o maior consumidor de agrotóxicos do País. O veneno é pulverizado por aviões, igno-rando limites de córregos, bei-ras de rio e quintais das casas, conforme determina o Minis-tério da Agricultura. Depois, o vento e as chuvas espalham o veneno para os lençóis freá- ticos.

de mama, leucemia, distúrbios cerebrais e comportamentais, como tentativas de suicídio”– esclarece Raquel, que estuda os impactos das pulverizações

aéreas na chapada do Apodi, no Ceará. Há aumento de casos de câncer, mas a pesquisadora diz que a subnotificação esconde os números reais.

a anvisa e o veneno Das 2.488 amostras colhidas em 2010 pela Agência Na-

cional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 37% estavam livres de veneno, em 35% havia resquícios dele em doses inferiores à permitida e em 28%, havia sinais de substâncias proibidas.

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Segundo a Anvisa, 59,9% das amostras apresentaram pelo menos um tipo de veneno e 23,3%, ao menos dois. Em uma porção de morango havia seis diferentes tipos de agrotóxicos e em uma de pimentão, sete. Entre os venenos mais encon-trados estão o carbendazim, o clorpirifós, o metamidofós e o acetato. Das 694 porções insa-tisfatórias, 30% continham so-bras de componentes ativos que não deveriam ser usados porque estão em processo de reavalia-

o risco do uso de agrotóxico nas lavouras do brasil

ção toxicológica. “A mandioca, o milho e a soja, base da indús-tria de muitos alimentos, ainda não são analisados porque o processo é complexo e caro” –

afirma Luiz Cláudio Meirelles, gerente-geral de toxicologia da Anvisa.

Segundo Meirelles, “à luz do conhecimento científico

atual, há limites para o uso seguro de agrotóxicos, mas isso pode mudar. Há 30 anos, substâncias hoje sabidamente cancerígenas, como o BHC (hexabenzeno de cloro) e o DDT (dicloro-difenil-tricloro--etano), eram liberadas”.

A presença de resíduos aci-ma do limite seguro decorre de seu uso abusivo. Lavar os alimentos em água corrente re-tira uma parte deles, presente na casca e nas folhas. Alguns agrotóxicos são absorvidos

pelos tecidos internos da plan-ta e, se não forem degradados pelo metabolismo do vegetal, serão ingeridos. Segundo Ro-sany Bochner, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fio-cruz) e coordenadora do Siste-ma Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sini-tox) a toxidez dessas substân-cias supera a dos medicamen-tos. “Enquanto o agrotóxico mata três a cada 100 intoxica-dos, os medicamentos matam um a cada 200.”

“Produtos são piores que os da década de 1960”Pesquisadora da Fiocruz

em Recife e professora de Medicina da Universidade de Pernambuco, Lia Giraldo da Silva Augusto afirma que os

malefícios dos agrotóxicos são denunciados desde a década de 1960. Os produtos daquela épo-ca, os organoclorados, foram substituídos pelos fosforados,

ainda piores. “As intoxicações são mais intensas porque esses produtos não atacam apenas as pragas que se deseja elimi-nar.” Outra questão é a falta de

estudos sobre os danos causa-dos pelo acúmulo de pequenas quantidades. “Prevalece ainda a ideia de que os agrotóxicos só trazem problemas agudos.

O que mais preocupa, em ter-mos de segurança alimentar, é justamente essa exposição crônica, que se confunde com outras causas de doenças.”

agroquímicos se beneficiam com redução de impostosNo final de 2011, a Co-

missão de Seguridade Social da Câmara aprovou relatório sobre o uso de agrotóxicos. De acordo com o texto do relator João Carlos Siqueira (PT-MG), esses produtos são beneficiados pela redução de ICMS, isenção de IPI e de recolhimentos para o PIS/Pasep e Cofins. Há ainda be-nefícios estaduais, como no Ceará, onde a isenção chega a 100%. Já a produção agroe- cológica, com métodos al-ternativos para o controle de pragas e doenças, não tem incentivos.

Em Linhares, no Espí-rito Santo, os familiares de Ana Cristina Soprani e Elias Alves dos Santos deixaram para trás a monocultura do

café praticada por mais de duas décadas. Nos últimos 12 anos, eles se organizaram para voltar a uma produção diver-sificada. Recuperaram o solo degradado e frequentaram cursos de agroecologia. Hoje produzem feijão, milho, man-dioca, café, banana, laranja, abóbora, quiabo, jiló, maxixe, mamão e coco verde, além de doces e pães caseiros. Eles co-mercializam 1.600 quilos de alimentos toda semana. “Não queremos selo para agregar valor à nossa produção, mas oferecer o alimento saudável que está na nossa mesa” – diz Ana Cristina.

Em Nova Santa Rita (RS), a Cooperativa dos Trabalha-dores Assentados da Região de Porto Alegre comercializa

arroz branco, integral e par-boilizado. A safra do ano está prevista em 280 mil sacas. São 417 famílias, de 16 assen-ta-mentos, cultivando 3.993 hec-tares de arroz ecológico. Para o produtor Emerson José Giaco-melli, essas famílias poupam o meio ambiente de agressões

químicas. “O arroz tradicio-nal utiliza inseticida, adubo, fertilizante e ureia, que conta-minam a água dos arrozais e, depois, os córregos para onde correm.” Outro diferencial é o preço, mas as famílias con-trolam desde a produção das sementes até a distribuição, e

os produtores vendem mais barato e têm melhor renda.

Para a agrônoma Nívia Regina da Silva, do Movi-mento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), é possível alimentar toda a população sem agrotóxicos, mas isso exige mudanças no campo: o fim da concentra-ção de terra, da monocultura de produtos para exportação e do uso de sementes modi-ficadas, fertilizantes e pes-ticidas. “A luta do pequeno agricultor que produz ali-mentos é enorme. Ele com-pra sementes que, por causa da presença de agroquími-cos, brotam uma única vez. Se não mudarmos essa for-ma de produção, teremos um país doente.”

mandioca: sem avaliação toxicológica

a família de ana e elias: agricultura com manejo correto

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autoridades sanitárias alertam para gripe suína

Pessoas com sintomas devem evitar aglomerações

E avisam que houve duas mortes suspeitas e muitas internações com sintomas da doença

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O comerciante Júnior Volpe Rocha, 31 anos, e o garçom Mi-guel de Francisco Celestino, 32 anos, morreram após vários dias internados no Hospital de Clíni-cas, sob suspeita de serem por-tadores da gripe suína, a H1N1. Apesar de apresentarem quadro típico, a causa da morte será confirmada com laudo do Ins-tituto Adolf Lutz. Nas últimas semanas ocorreram oito inter-nações com sintomas semelhan-tes. Na Santa Casa, uma mulher ficou vários dias na Unidade de

Terapia Intensiva (UTI), mas se recuperou e recebeu alta.

Nos casos suspeitos de gri-pe H1N1, a Vigilância Epide-miológica passa a informação à equipe de saúde da área onde reside o paciente. Os bairros Alto Cafezal, Castelo Branco e São Miguel, de onde surgiram os casos suspeitos, são alvo de ações de controle por parte da Secretaria Municipal da Saúde, conforme preconiza o Ministé-rio da Saúde – os agentes pro-curam as pessoas que tiveram

contato íntimo e prolongado com os pacientes para avalia-ção clínica e verificam a vaci-nação de quem apresenta risco de gripe, como as crianças até dois anos, idosos de mais de 60 anos, gestantes e doentes crô-nicos. Nos últimos três anos, foram confirmados 109 casos de gripe suína em Marília, com seis mortes, todas em 2009. De janeiro a junho deste ano, a Se-cretaria de Estado da Saúde re-gistrou 69 casos dos três tipos de gripe existentes.

A supervisora de Vigi-lância Epidemiológica de Marília, Rachel Santana, diz que a chegada do inverno fa-vorece a transmissão de do-enças respiratórias. Segundo ela, as pessoas têm de ficar atentas aos sintomas como febre superior a 38 ºC, tosse, dores musculares e nas arti-culações, irritação dos olhos, fluxo nasal e dificuldade de respirar associada a dor de

transmissão, em vários países. Com o adoecimento de muitas pessoas ao mesmo tempo e a vacinação em massa no ano se-guinte, a cadeia de transmissão foi interrompida.

A OMS considera sazonal a gripe causada pelo H1N1. No Brasil, a partir de 2011, o com-ponente H1N1 foi incorporado à vacina utilizada nas campa-nhas nacionais de vacinação contra gripe, cujo público-alvo

são as populações mais vul-neráveis às complicações por doença, ou seja, crianças de 6 meses a menores de 2 anos, os idosos (60 anos ou mais) e as gestantes. Os antigripais Tamiflu e Relenza, utilizados contra a gripe aviária, são efi-cazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais realizados pelo Centro de Controle de Doenças dos Es-tados Unidos.

dicação. “Os sintomas da gripe duram até cinco dias. Porém, se houver persistência no agrava-mento dos sintomas, a doença pode evoluir para uma Síndro-me Respiratória Aguda Grave (pneumonia, por exemplo), com necessidade de internação” – esclarece. Rachel conta que, em 2009, o vírus H1N1 foi res-ponsável pela pandemia – epi-demia de proporções globais, sem interrupção da cadeia de

cabeça. Na presença de alguns desses sintomas, a pessoa deve procurar atendimento na unida-de de Saúde, e evitar a autome-

leishmaniose: doença atinge três cães na cidadeO Instituto Adolfo Lutz con-

firmou, em junho, três casos de Leishmaniose Visceral Canina (LVC). O anúncio foi feito por técnicos que vieram a Marília treinar equipes para diagnosti-car a doença. A leishmaniose é uma infecção não contagiosa, causada por parasitas, que afe-ta animais e seres humanos. Há dois tipos de leishmaniose: a te-gumentar ou cutânea e a Leish-

maniose Visceral Americana, a LVA. O vetor é o mosquito-palha ou birigui, que transfere o para-sita Leishmania ao se alimentar de sangue de animais infectados e de pessoas ou animais sadios. Os principais receptores nas áre-as silvestres são as raposas e ca-chorros do mato, e nas cidades, o cão doméstico.

No ser humano, o tipo cutâneo caracteriza-se pela

formação de feridas na pele. Podem ocorrer lesões em mu-cosas. Já a LVA, forma mais severa da doença, caracteriza-se por acometer vários órgãos internos, entre eles o fígado e o baço. No cão hospedeiro do parasita, há crescimento exa-gerado das unhas, emagreci-mento, aumento do volume do abdome, lesão em torno dos olhos e na ponta das orelhas.

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não à leishmaniose: com flávia noronha, da tV fama

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Para salvar a matrizAlmoço lança Juntos Somos Mais

Garça

No domingo, 20 de maio, foi lançada a campanha Juntos Somos Mais, com o objetivo de arrecadar fundos para a re-forma da Igreja Matriz de São Pedro, de Garça, interditada no final do ano passado de-vido a problemas estruturais. Foi a primeira ação da cam-panha que une empresários, entidades e a comunidade ca-tólica no esforço de arrecadar R$ 500 mil até o fim do ano. A reforma prevê, na fase ini-cial, a demolição das pesadas lajes do teto, principal cau-sa do comprometimento da igreja, que ameaça desabar. Depois será feita nova cober-tura, com estruturas metálicas de alumínio e revestimento acústico, que vai deixar o teto 80% mais leve.

Supervisionado pelo pá-roco da São Pedro, Evan-

chuva gera prejuízoQualidade do grão também é afetada

café

A chuva que caiu na região preocupa os cafeicultores de Marília, pois ela atrasou a co-lheita. Dados da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral apontam que junho terminou com 150 milímetros de chuva, índice três vezes maior do que a média histórica do período.

Levantamento da Coopera-tiva dos Cafeicultores de Ma-rília (Coopemar) aponta que mais de 700 produtores con-tabilizam prejuízos – a região possui mais de um milhão de pés de café plantados. Para

François Guillaumon, presi-dente da Coopemar, com as precipitações, a qualidade dos grãos, já comprometida pela estiagem de dezembro, piora. Apesar disso, a produção de 400 mil sacas de 60 kg está mantida. Mas o café vale me-nos. “A saca de café é vendi-da a R$ 350; há um ano, valia R$ 520. “O preço estava ruim no mercado internacional, de-vido à crise na Europa. Ago-ra, com a baixa qualidade dos grãos, o valor tende a diminuir ainda mais” – diz ele.

dro César Batista Ribeiro, o grupo começou a distribuir os carnês de 12 parcelas, de valor que varia de R$ 20 a R$ 200 para quem vai con-tribuir mensalmente para as obras da igreja. O grupo pre-tende também realizar even-to, como leilão de gado e outros artigos, que deverá ser realizado em setembro, além de um show musical, com um nome de destaque no cenário artístico, provavelmente no mês de dezembro.

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foto síntese – Garça

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suDoku

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

Vale o que Vier

Horizontal – 1. Situado na periferia 2. Curso natural de água doce; Espécie, classe 3. Ou, em inglês; Deus do sol da mitologia egípcia; Grande fatia, pedaço 4. Calçado grosseiro de madeira; Sigla do Acre; 5. Abreviação para Oxigênio Dissolvido; Parte do corpo que une a cabeça ao tronco 6. Que foi disposto em zonas; Nhandu 7. Ar, em inglês; Primeira nota musical 8. Aptidão do ser humano de aplicar conhecimentos na execução de uma ideia; Recipiente usado para se beber líquidos 9. Via; Que tem voz melodiosa 10. Dois em algarismos romanos; Antes de Cristo; Meio de transporte formado por vários vagões rebocados por uma locomotiva 11. Momento final glorioso de um desfile

Vertical – 1. Denominação comum de organismos microscópicos e unicelulares 2. Terreno aberto junto a uma moradia; Barbosa, famoso jurista brasileiro; 3. Sigla de Rondônia; Comentário escrito relativo a um texto 4. Alimento no fundo da panela; Sigla do Amapá 5. Pano com que se lustram móveis; Centro de Controle Operacional 6. Energia Atômica; Counter Strike; Trombeta usada pelos índios bororos em ritos religiosos ou fúnebres 7. Mamífero de pele grossa, cabeça grande, com um ou dois chifres na testa e patas com três dedos em cada casco 8. Instituto de Energia Atômica; Onda Média; Cada intervalo entre as moléculas do corpo 9. Aqueles que praticam caça 10. Que não reflete nem permite a passagem de luz; Cidade do Japão, vizinha a Tóquio

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Palavras cruzadas

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