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NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959 JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA Nº 159 - SET-OUT - 2013 XVIII CONGRESSO INTERNACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA C om a presença já confirmada de con- vidados da França, Itália, Portugal, Canadá, Estados Unidos, Argentina, Paraguai e Chile, o XVIII Congresso In- ternacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia promete repetir o sucesso dos eventos anteriores pela abrangência do programa científico tendo como tema “Oftalmologia com foco no paciente”, aposta o presidente Marcus Safady. O cenário para esse intercâmbio de idéias, afirma, não poderia ser melhor: a Barra da Tijuca, ontem um imenso areal, hoje o bairro que mais cresce no Rio de Janeiro, epicentro dos Jogos Olímpicos de 2016. Os participantes do congresso da SBO poderão confirmar esse crescimento, desfrutando do conforto do Centro de Convenções do Windsor Bar- ra Hotel, em frente à praia, mas próxi- mo das principais atrações da região. EDITORIAL E PÁGINA 3 Mais novo símbolo do crescimento da região da Barra da Tijuca e da Zona Oeste do Rio de Janeiro: com seus mais de 300 metros de extensão, a ponte estiada melhora o trânsito especialmente nas Avenidas Ayrton Senna e Abelardo Bueno. Atualmente funcionam apenas duas pistas, mas futuramente ela vai ligar a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim Assembleia ordinária e apresentação do Relatório Anual 2013 Encontro já conta com a presença de palestrantes de oito países F ixada em R$ 590,00, mas com desconto de 5% para quem pagar até 17 de fevereiro de 2014, o pagamento da anuidade da SBO ga- rante a inscrição gratuita no XVIII Congresso Internacional. O valor da anuidade foi decidido em assembleia geral ordinária, realizada no dia 21 de novembro de 2013, no Auditório Sanderson do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janei- ro (Cremerj). Após a assembleia, prof. Fernando Trindade, de Belo Horizonte, apresentou o Rela- tório Anual 2013: “Cirurgia de catarata, atualiza- ção e casos complexos”. PÁGINA 7 Ricardo de Almeida Neves, Carlos Fernando Ferreira, Marcelo Diniz, Marcus Safady e Gilberto dos Passos com Sérgio Fernandes, de camisa branca Leia na Sessão Brasil, “Cirurgia de catarata atualização e casos complexos”. Página 11 Após apresentar sua palestra, prof. Fernando Trindade com o diploma, conferido pela SBO, por sua participação na apresentação do Relatório Anual de 2013 Fotos Alessandro Mendes Divulgação

JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA cobrar também para a saúde pública! Os avanços científicos de nossa especialidade já colocaram por ter-ra muitos conceitos tidos como pe-renes

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Page 1: JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA cobrar também para a saúde pública! Os avanços científicos de nossa especialidade já colocaram por ter-ra muitos conceitos tidos como pe-renes

NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIARECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959

JORNAL BRASILEIRO

DE OFTALMOLOGIANº 159 - SET-OUT - 2013

XVIII CONGRESSO INTERNACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA

Com a presença já confirmada de con-vidados da França, Itália, Portugal,

Canadá, Estados Unidos, Argentina,Paraguai e Chile, o XVIII Congresso In-ternacional da Sociedade Brasileira deOftalmologia promete repetir o sucessodos eventos anteriores pela abrangênciado programa científico tendo como tema“Oftalmologia com foco no paciente”,aposta o presidente Marcus Safady.

O cenário para esse intercâmbio deidéias, afirma, não poderia ser melhor:a Barra da Tijuca, ontem um imensoareal, hoje o bairro que mais cresce noRio de Janeiro, epicentro dos JogosOlímpicos de 2016. Os participantes docongresso da SBO poderão confirmar essecrescimento, desfrutando do conforto doCentro de Convenções do Windsor Bar-ra Hotel, em frente à praia, mas próxi-mo das principais atrações da região. EDITORIAL E PÁGINA 3

Mais novo símbolo do crescimento da região da Barra da Tijuca e da Zona Oeste do Rio de Janeiro: com seus mais de 300 metros de extensão, a ponteestiada melhora o trânsito especialmente nas Avenidas Ayrton Senna e Abelardo Bueno. Atualmente funcionam apenas duas pistas, mas futuramenteela vai ligar a Barra da Tijuca ao Aeroporto Internacional Tom Jobim

Assembleia ordinária e apresentação do Relatório Anual 2013

Encontro já conta com a presençade palestrantes de oito países

Fixada em R$ 590,00, mas com desconto de5% para quem pagar até 17 de fevereiro de

2014, o pagamento da anuidade da SBO ga-rante a inscrição gratuita no XVIII CongressoInternacional.

O valor da anuidade foi decidido em assembleiageral ordinária, realizada no dia 21 de novembrode 2013, no Auditório Sanderson do ConselhoRegional de Medicina do Estado do Rio de Janei-ro (Cremerj). Após a assembleia, prof. FernandoTrindade, de Belo Horizonte, apresentou o Rela-tório Anual 2013: “Cirurgia de catarata, atualiza-ção e casos complexos”.

PÁGINA 7

Ricardo de Almeida Neves, Carlos Fernando Ferreira, MarceloDiniz, Marcus Safady e Gilberto dos Passos com SérgioFernandes, de camisa branca

Leia na Sessão Brasil, “Cirurgia de catarata atualização e casos complexos”. Página 11

Após apresentar sua palestra, prof. Fernando Trindade com odiploma, conferido pela SBO, por sua participação naapresentação do Relatório Anual de 2013

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

Marcus Safady*

Por que “Oftalmologiacom foco no paciente”?

2

A evolução da oftalmologia, queme permitam o lugar-comum, saltaaos olhos. A partir da segunda meta-de do século XX, ela se beneficiou detal número de avanços técnico-cientí-ficos que, até para o especialista comanos de atividade, muitas vezes é di-fícil manter-se atualizado. Não é à toa,que contamos atualmente com maisde 15 subespecialidades.

No caso dos oftalmologistas maisjovens, os avanços técnico-científi-cos têm um fascínio especial. Elessão da geração high-tech: games,computadores, notebooks, tablets,smartphones, etc. fazem parte doseu cotidiano.

Entretanto, o ponto principal doexercício da medicina, e a oftalmológicanão foge à regra, é a relação médico-paciente.É o paciente o foco de qual-quer consulta médica. Os avançostecnológicos devem ser sempre em be-nefício dele, objetivando o melhor re-sultado para a boa saúde do indivíduo.

Fascinados pelo arsenal médico-técnico científico, preocupados em nãoficar obsoletos, ultrapassados,esquecemo-nos muitas vezes destesimples e eterno binômio: médico-pa-ciente.

Os recentes acontecimentos, taiscomo o projeto “Mais médicos” e amanutenção do veto presidencial aoartigo que tornava ato privativo domédico a prescrição de órteses epróteses oftálmicas, certamente fo-ram um choque para nós, oftalmo-logistas. Fomos obrigados a sair denossa torre de marfim! Mas é com asbatalhas perdidas que revisamos oserros cometidos e aprendemos. E agrande lição deste ano de 2013 é que

PÁGINA PÁGINA

Confira ............................................ 2

Editorial .......................................... 2

XVIII Congresso Internacional

da Sociedade Brasileira

de Oftalmologia .............................. 3

Dicas da SBO ................................ 4

Ligas de Oftalmologia ..................... 14

Fique Por Dentro da SBO ............... 7, 8 e 14

Seção Brasil ................................... 11

Filiadas à SBO ............................... 11

Tempo e Memória ........................... 13

Conta-Gotas ................................... 15 e 17

Fundo de Olho ................................ 18

Calendário de Eventos ................... 18

Apenas um ano mais novo que a SBO,Tito de Abreu Fialho continua clinicandoSobrinho de José Antonio de Abreu Fialho, idealizador e um dos

fundadores da SBO, professor Tito de Abreu Fialho, que completou 90anos no dia 30 de dezembro de 2013, é entrevistado por João Diniz naseção Tempo e Memória, inaugurando uma série com depoimentos deoftalmologistas que fazem parte da história da especialidade.

Professor adjunto da UFRJ por 42 anos, ele chefiou osServiços de Oftalmologia dos Hospitais Carlos Chagas, AlbertSchweitzer e Olivério Kramer de 1952 a 1977. Período emque pode acompanhar a evolução da oftalmologia e convi-ver com grandes professores.

Com invejável disposição, prof. Tito de Abreu Fialhocontinua clinicando no antigo consultório da família, naRua 7 de Setembro, 88-6º andar, no Rio de Janeiro, às se-gundas, quartas e sextas. Também escritor e trovador, ele é membro emérito da Acade-mia Brasileira de Médicos Escritores. PÁGINA 13

Dicas para não cair na malha fina:SBO mostra que o leão é manso

Declaração de imposto de renda é sempre motivo de dor decabeça, se não bastasse a mordida do leão, na última hora desco-bre-se que estão faltando documentos e a possibilidade de cairna malha fina é mais um transtorno.

Para ajudar os sócios da SBO, Vitor Marinho, diretor do Gru-po Asse, há 40 anos assessorando profissionais da área dasaúde, explica os cuidados para não cair na malha fina naseção Dicas da SBO, que a cada edição do JBO trará infor-mações importantes na área contábil. Acompanhe e colecio-ne os artigos, certamente irão ajudá-lo. PÁGINA 4Vitor Marinho

Um tema que dá liga: congregaçãodos acadêmicos de medicina

Tal como em outras especialidades, aoftalmologia também caminha para teruma liga acadêmica nacional com o obje-tivo de proporcionar mais espaço na gra-duação para a especialidade. Para expor aproposta da SBO, André Portes, secretáriogeral da Sociedade e idealizador do proje-to, participou do IX Interligas do Estadode São Paulo, que reuniu 160 estudantesde medicina do 1º ao 6º ano de algumasdas mais importantes faculdades paulistas.

O IX Interligas foi presidido por JulianaMika Kato, aluna do curso de graduação daFMUSP , que participou do I Simpósio eEncontro de Ligas Acadêmicas de Oftalmo-logia, realizado em Foz do Iguaçu, durante oVII Congresso Nacional da Sociedade Brasi-leira de Oftalmologia, em junho de 2013. OII Simpósio será realizado no Rio, no XVIIICongresso Internacional. PÁGINA 14

Os organizadores do IX Interligas: na fileira decima, Gabriel Murad (EPM),Danilo Lira (UMC),Ronald Junior (Unimes), Alex Haruo Higashi(USP) e Marina Gracia (ABC). Fileira do meio,Thiago Watanabe (FMJ),Liara Hirota (FCMSC),Thais Tanios e Bárbara Ruiz(Unimes). Na fileiradebaixo, Margarida Almeida Prado (ABC), JulianaMika Kato (FMUSP), Paula Canello Velasco(UMC) e Marina Conti (EPM)

Para Marcus Safady, artigo da Folha de São Paulorevela desinformação sobre oftalmologia

Artigo publicado no jornal Folha deSão Paulo, um dos mais conceituados dopaís, assinado pelo colaborador HélioSchwastsman, defendendo a atuação deoptometristas para universalizar o atendi-mento oftalmológico, provocou justa rea-ção dos sócios e foi prontamente rebatidopelo presidente da SBO, Marcu Safady.

A carta respondendo ao articulista e opróprio artigo estão na seção Fique Por Den-

tro da SBO. Para Marcus Safady, o artigopublicado na Folha de São Paulo reflete ograu de desinformação geral sobre a práticamédico-oftalmológica, inclusive sobre as ra-zões pelas quais a população brasileira nãotem recebido o atendimento que merece. Oproblema, como escreve, é de gestão gover-namental, “que nos últimos anos não tem va-lorizado as carreiras públicas dos profissio-nais da área da saúde”. PÁGINA 8 não podemos esquecer nosso papel

social. É mostrando à população aimportância do exame oftal-mológico, que só pode ser feito porum médico oftalmologista, que po-demos resgatar nossa credibilidade,vilipendiada pelas autoridades. Pre-cisamos buscar junto à população oapoio para nossa atuação, cobrandoconcursos para mais oftalmologistaspara o sistema público de saúde, in-vestimentos em infraestrutura, e me-lhores condições salariais. Na edu-cação pública, há anos abandonada,já começam a surgir os primeiros en-saios de mudança. Vamos cobrartambém para a saúde pública!

Os avanços científicos de nossaespecialidade já colocaram por ter-ra muitos conceitos tidos como pe-renes em outros tempos. Hoje es-ses avanços levam a uma reavaliaçãoda prática oftalmológica, que im-plicam até na fusão de sub-especialidades. As mudanças econô-micas também têm um papel im-portante nessa reavaliação. Contu-do, nenhuma mudança oureavaliação pode passar por cima darelação médico-paciente.

Por estas razões e por ser umaentidade democrática, pluralista,que reúne oftalmologistas de todoo Brasil e de praticamente todas assubespecialidades, a Sociedade Bra-sileira de Oftalmologia realizará de24 a 26 de julho de 2014, no Cen-tro de Convenções do Windsor BarraHotel, seu XVIII Congresso Inter-nacional tendo como tema:

“Oftalmologia com foco nopaciente”.

* Presidente da SBO

Tito de Abreu Fialho

Luiz Claúdio Santos de SouzaLima, do Hospital Antonio Pedro

5ª e 6ª Sessão Extraordináriareúnem 6 Serviços do RioStaff da Policlínica Botafogo, Hospital Universitá-

rio Antonio Pedro (UFF), Hospital Pedro Ernerto(Uerj), Hospital Universitário Clementino Fraga Fi-lho (UFRJ), Hospital Gaffrée e Guinle (Unirio) e Clí-nica de Olhos Octávio Moura Brasil apresentam temaslivres e discutem casos clínicos. PÁGINA 14

Divulgação

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3Setembro - Outubro - 2013

Barra da Tijuca, o novo Rio de JaneiroBairro/cidade recebe de 24 a 26 de julho de 2014 o XVIII Congresso Internacional da SBO

Em 1º de março de 2015, a cidadedo Rio de Janeiro comemora 450anos de fundação. Desde 1565

muita água rolou debaixo da ponte: foicapital federal, cidade-estado(Guanabara), voltou a ser capital, agorado Estado do Rio de Janeiro, mas sempremanteve sua áurea, destacando-se no ce-nário brasileiro e internacional pelas suasbelezas naturais, topografia única.

A junção do mar com as montanhas,as curvas sinuosas, tão bem descritas naarquitetura de Oscar Niemeyer, e agorado francês Christian de Portzamparc, cujaCidade das Artes já vem ocupando o lu-gar de um Theatro Municipal na região,fazem da visita ao Rio de Janeiro umaexperiência imperdível.

Cada região da cidade tem sua histó-ria, agora estendida para a Barra da Tijuca,espaço natural para a realização de even-

tos como o XVIII Congresso Internacio-nal da Sociedade Brasileira de Oftalmo-logia, de 24 a 26 de julho de 2014, noCentro de Convenções do Windsor Bar-ra, que sedia 11 entre 10 dos mais impor-tantes congressos da cidade.

Tendo como tema “Oftalmologia comfoco no paciente”, o XVIII Congresso In-

ternacional será realizado após o encer-ramento da Copa do Mundo, cujo jogodecisivo é no Rio de Janeiro. “Esperamosque a vitória seja do Brasil, assim tere-mos mais motivos para confraternizar”,torce o presidente da SBO, MarcusSafady, lembrando que no dia seguinteao encerramento do Congresso, realiza-

se a Maratona do Rio ( 42 km, começan-do no Recreio dos Bandeirantes e termi-nando no Aterro do Flamengo), além dasprovas de 21 km ( início na Barra daTijuca) e dos 6 km da Family Run (feitadentro do Aterro do Flamengo). “Para asduas primeiras dá para assistir de cama-rote da varanda do Windsor Barra Ho-tel, um dos hotéis já reservados para hos-pedagem dos congressistas”. É progra-ma para toda a família.

Para o presidente Marcus Safady, otema do evento “Oftalmologia com focono paciente”, sintetiza a preocupaçãoda Sociedade com a relação médico-pa-ciente, hoje, mais do que nunca, umaprioridade, principalmente com os re-centes episódios que tanto desgaste cau-saram aos médicos brasileiros. “Os con-gressos da SBO têm por diretriz apluralidade, e o XVIII não vai fugir àregra. Receberemos de braços abertos,com a hospitalidade que é a nossa mar-ca registrada, os oftalmologistas maisexperientes, assim como os mais jovens.A Oftalmologia é uma só, o oftalmolo-gista um só. A subespecialidade éconsequência dos avanços técnico-cien-tíficos, que nunca podem se sobreporàs necessidades do paciente que nosprocura”, destaca, prometendo que oprograma científico está sendo elabo-rada dentro deste foco.

Erguido no cruzamento dos dois grandes eixos traçados por Lucio Costa para a Zona Oeste carioca, a Cidade das Artes, projeto do arquiteto francês Christian de Portzamparc, um apaixonado pelo Rio,homenageia o modernismo brasileiro e mudou a Barra da Tijuca. Onde conviviam, entre o mar, as lagoas e as montanhas, arranha-céus e casas, shoppings e áreas de lazer, existe agora um complexocultural. Nova sede da Orquestra Sinfônica Brasileira, a Cidade das Artes já rivaliza com o Theatro Municipal na programação cultural

Windsor Barra Hotel, cujoCentro de Convençõesabrigará o XVIII CongressoInternacional da SBO, ficaem frente à praia,na Av. Lucio Costa, 2.630

Fotos divulgação

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia4

Em 2014, novidades na declaração de renda de pessoafísica, cujo prazo de entrega começa dia 6 de março

RECORTE E GUARDE�

NÚMERO 2

Preparação antecipadapara evitar erros

A organização da documentação é amelhor maneira de evitar erros e cair namalha fina. No decorrer do ano, tudo quese referir ao IR, arquive em uma pasta,porque se não receber o informe anual,poderá ser feito pelos mensais. Não dei-xe para cima da hora. Envie ao seu conta-dor, que adiantará a declaração, ficandosomente a pendência para encerrar etransmitir.

Documentos necessáriosInformes de rendi-

mentos do empregador,livro caixa, extrato ban-cário em 31 de dezem-bro com aplicação fi-nanceira, informes derendimentos de ges-toras e corretoras (parainvestidores), recibos eNFS de gastos com saúde eplano saúde. Devem cons-tar o beneficiário dos ser-viços, exigência que aRFB tem feito, educação

do titular e dependente até 24 anos cur-sando nível superior, PGBL e VGBL, INSSempregada doméstica, comprovantes dealuguel pagos ou recebidos, transaçõespatrimoniais e ganho de capital, comprae alienação de bens móveis e rendas variá-veis. Informações do cônjuge, que ajudama justificar a evolução patrimonial. Se nãooptar pelo modelo simplificado poderá de-duzir também pensão alimentícia homo-logada judicialmente,

No ano de 2013 mais de 700 mil pes-soas ficaram na malha fina por divergên-

cia de informações. Após a entregado IR 2014, com o código de

acesso e senha, poderá verifi-car se a declaração foi pro-cessada sem pendência.Isto é de imediato após aentrega.

Se estiver em malha finae a RFB estiver certa, deve-

rá retificar e recolher a dife-rença, evitando que pague uma

multa de 75% após o débito sercorrigido pela Selic.

Vitor Marinho - presidente do GrupoAsse: [email protected]

O prazo para a entrega do formulário do Imposto de Rendacomeça em 6 de março, logo depois do Carnaval, estendendo-se até 30 de abril. Com as mudanças em 2014 toda a atençãoé pouca, alerta Vitor Marinho, presidente do Grupo Asse, quehá 40 anos prepara cerca de 700 declarações de seus clientesPJ e PF (livro caixa).

A grande novidade, acrescenta, é a declaração pré-preenchi-da, disponível apenas para os contribuintes que possuem certi-ficado digital, cerca de 1 milhão de contribuintes de todo o país.O número equivale a apenas 3,8% dos 26 milhões de pessoasfísicas que entregaram declaração em 2013. Veja abaixo as prin-cipais recomendações de Vitor Marinho.

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5Maio-Junho - 2013

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia6

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7Setembro - Outubro - 2013

Teste do reflexo vermelho e detecção de des-vios oculares no primeiro ano de vida, testes deacuidade visual na pré-alfabetização, exameoftalmológico completo na idade adulta, controleda saúde ocular na terceira idade. Todos nós sabe-mos a importância desses exames nessas faixas deidade. Porém, na prática, isso não acontece.

Entretanto, o censo IBGE-2010, revela quea maior deficiência física relatada pela popula-ção é a visual.

Como explicar tal resultado? Certamente aresposta é composta de varias partes.

Uma delas, seria a falta de informação dasociedade. Campanhas de divulgação à popula-ção, demonstrando os benefícios que um exameoftalmológico realizado pelo medico oftalmolo-gista podem trazer, certamente trariam resulta-dos.

Outra explicação seria o pouco acesso aoatendimento oftalmológico pelo SUS. Hoje,

Prezados Colegas,Em 10 de outubro próximo, será rea-

lizado o Dia Mundial da Visão.É importante que a oftalmologia bra-

sileira se mobilize , no sentido de divul-gar a importância do exame oftal-mológico, nas diferentes faixas etárias.

A informação à população é um pon-to importante para disseminar o concei-to de que o exame com o médico oftal-mologista garante desde um bom desen-

volvimento da visão, quando realizado nainfância e, uma prevenção eficaz contradoenças oculares e sistêmicas, quando re-alizado na idade adulta.

Apesar do momento conturbado queestamos vivendo pelas recentes decisõesdo governo federal e do congresso nacio-nal, não podemos abandonar nossas con-vicções e deveres , que têm como objeti-vo final oferecer uma melhor saúde ocu-lar à população brasileira.

Devemos continuar nosso trabalhocom esse objetivo, apesar dos obstáculos.

O Dia Mundial da Visão é uma boaoportunidade para mostrar a todos quesomos presentes, atuantes e capazes.

Abaixo, segue um texto que pode ser uti-lizado livremente em suas áreas de atuação.

Um grande abraço,Marcus Abbud SafadyPresidente da SBO

menos de 20% dos municípios brasileiros con-tam com assistência pública em oftalmologia.Numericamente somos mais que suficientes paranossa população de 200 milhões de habitantes.Segundo a OMS, como somos 17.000 oftalmo-logistas , poderíamos atender a uma populaçãode perto de 300 milhões de habitantes. Temosuma distribuição urbana que acompanha a dis-tribuição geral da população brasileira, hoje pre-dominantemente urbana. A solução , sabemosbem, é um maior volume de investimento nasaúde publica, com aumento da rede de atendi-mento nos grandes centros e valorização da car-reira pública para profissionais da área de saúde.Alem disso, o credenciamento por parte do SUSda maior quantidade possível de médicos/clinicasoftalmológicas, hoje presentes em aproximada-mente 80% dos municípios brasileiro, melhora-ria , em muito, a assistência em saúde ocular paraa população brasileira.

Os argumentos para sensibilizar as autorida-des competentes são vários. Desde os sociais, de-monstrando as melhorias na vida dos pacientesatendidos, até os econômicos, que mostram osimpactos financeiros do diagnóstico tardio de al-gumas patologias evidenciáveis por um exameprecoce, como o diabetes, o glaucoma, a catarata,a degeneração macular senil e tumores, entre ou-tras. Se pensarmos em relação à correção visualdas ametropias, a causa mais frequente de consul-tas oftalmológicas, vemos nitidamente a impor-tância do exame.

Vários artigos científicos mostram asconsequências da não correção de erros refrativosna infância e na idade adulta. Sabemos que amaior causa de baixa de acuidade visual são oserros refrativos do olho. Entretanto, sabemostambém que várias patologias provocam tam-bém essa queixa. Só um exame oftalmológicocompleto, é capaz de definir o diagnóstico e

efetivo tratamento.É bom lembrar que em alguns casos, a utili-

zação de lentes corretoras pode melhorar o sin-toma da baixa de acuidade visual em casos ondepatologias locais e/ou sistêmicas são a causa doproblema, como na miopia de índice no diabe-tes e na hipermetropia causada pela retinopatiaserosa central. Isso mostra a total contra-indica-ção de aquisição de óculos prontos por parte dospacientes, assim como a realização de um exameoftalmológico que não seja feito por um oftal-mologista.

Cabe a nós, em nosso trabalho do dia adia, assim como aos orgãos representativos daoftalmologia brasileira, a tarefa de divulgar es-ses dados da maneira mais intensa possível.Temos, na prática, todas as condições de pro-mover uma saúde ocular eficaz em nosso país.Uma maior sensibilização por parte do poderpúblico, tornaria possível o projeto.

A importância do exame oftalmológico

Assembleia Ordinária e apresentação do Relatório AnualApós assembleia, que fixou os valores das anuidades para 2014, conferência de Fernando Trindade

Por mala direta e pelo site, SBO divulga comunicado alusivo à data

Marcus Safady, tendo à esquerda, MarceloDiniz, secretário executivo da SBO, dão início àassembleia de prestação de contas

Aprovada por unanimidade, a prestação decontas e os valores das anuidades para o anode 2014, fixadas em R$590,00

À direita, Fernando Trindade, antes daapresentação do Relatório Anual, com OswaldoMoura Brasil e Marcus Safady

Vídeo de um dos casos de utilização de lentecustomizada apresentado por Fernando Trindadeno Relatório Anual

A partir da esquerda, Mário Motta, Sérgio Fernandes, Celso Marra, Ricardo Japiassú, Oswaldo Moura Brasil e Carlos Fernando Ferreira, durante adiscussão sobre o valor da anuidade de 2014. Sócios em dia com a anuidade de 2014 não pagam inscrição para o XVIII Congresso Internacional da SBO

Com a presençade vários ex-presi-dentes da SBO, en-tre os quais CelsoMarra, OswaldoMoura Brasil, Sér-gio Fernandes, Car-los Fernando Fer-reira, Luiz CarlosPortes e MárioMotta, membros daatual diretoria, as-sociados, destacando-se a participação danova geração de oftalmologistas, a Socie-dade Brasileira de Oftalmologia realizouno dia 21 de novembro de 2013 SessãoOrdinária para apreciação e análise dascontas de 2013, fixação do valor da anui-dade a ser paga pelos sócios titulares em2014. Em seguida houve apresentação doRelatório Anual sob o tema “Cirurgia decatarata, atualização e casos complexos”

pelo prof. Fernando Trindade, de BeloHorizonte.

Depois de aprovada a prestação decontas do primeiro ano de sua gestão àfrente da SBO, o presidente MarcusSafady submeteu ao auditório a suges-tão de anuidade a ser cobrada em 2014,aprovada por unanimidade, após deba-te em que vários participantes sugeri-ram valor mais elevado. Os valores apro-

vados para - sócio titular: R$590,00 quepodem ser pagos com uma das seguintesopções: desconto de 5% (R$560,00) parapagamento no boleto bancário até 17/2/14; pagamento integral (R$590,00) noboleto bancário entre 18/2/14 a 24/3/14.

Para sócio aspirante e corresponden-te, a anuidade é R$472,00: desconto de5% (R$448,00) até 17/2/14; pagamentointegral (R$ 472,00) entre 18/2/14 a 24/

3/14. Ambos comboleto bancário.

Para sócio resi-dente, a anuidadede é R$324,50:desconto de 5%(R$308,00) parapagamento noboleto bancário até17/2/14; pagamen-to integral (R$324,50) no boleto

bancário entre 18/2/14 a 24/3/14.Todos os pagamentos podem ser fei-

tos através de cartão de crédito em até 4parcelas na página www.sboportal.org.br.

A assembleia ordinária e apresentaçãodo Relatório Anual, seguida de um co-quetel, foi realizada no Auditório JúlioSanderson do Cremerj, cedido gratuita-mente, graças à colaboração do conselhei-ro Sérgio Fernandes.

Comunicado é subsídio para que a população saiba a importância do médico-oftalmologista

Fotos Alessandro Mendes

VEJA O QUE FOI FEITO PELA SOCIEDADE NO DIA MUNDIAL DA VISÃO: 10 DE OUTUBRO 2013

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia8

No final de setembro, os oftalmologistasbrasileiros foram surpreendidos com um artigopublicado no jornal Folha de São Paulo, no qualo articulista defende a opinião de que não ha-veria razão para que médicos prescrevam ócu-los para crianças, atividade que poderia ser fei-ta por optometristas.

A SBO recebeu cartas e e-mails de sóciosindignados, muitos cobrando atitudes extremas,acusando o articulista de estar servindo a inte-resses de terceiros etc. A liberdade de expressãoé um direito assegurado pela Constituição Bra-sileira, assim como o de resposta, do qual se va-leu o presidente Marcus Safady ao enviar a cartaabaixo para autor do artigo, transcrito abaixo:

Resposta ao Sr. Hélio Schwartsman,autor do texto reproduzido mais abaixo,publicado no jornal Folha de São Paulo,em 28-09-2013

Sr . Hélio,Primeiramente , temos a dizer que o exa-

me de refração ocular para prescrição de óculosem crianças é um dos capítulos mais importan-tes da oftalmologia, por sua complexidade eimportância social. Importante causa de baixa

de visão na infância, a hipermetropiaanisometrópica (onde existe diferença de grauentre os dois olhos), só é detectada através deum exame que necessita, para sua exatidão, douso de drogas que só podem ser utilizadas pormédicos. É um exame que deve ser realizadoaté os 6 anos de idade para garantir um bomdesenvolvimento da visão da criança.

A oftalmologia brasileira tem como tradiçãoa realização de campanhas de triagem em escola-res de todo o país, contribuindo para a erradicaçãoda baixa visão por problemas refrativos. Vale lem-brar que são programas permanentes e cada vezmais realizados. Sem podermos deixar de frisarque, no momento do exame de refração ocular,ser possível, para o médico oftalmologista detec-tar outras alterações oculares e sistêmicas que, des-cobertas precocemente, podem ser tratadas commuito mais sucesso.

Como vemos, sua afirmação de que “Não hárazão, por exemplo, para que médicos prescre-vam óculos para crianças”, é totalmente equivo-cada e vai de encontro a conceitos já estabeleci-dos pela comunidade científica internacional, quemostram a importância do exame de refração

ocular na infância, realizado por médicos, na pre-venção da ambliopia, que é o nome técnico dadoa esta baixa de visão. Vários estudos demons-tram o quão difícil é para uma criança conseguirum bom desenvolvimento social e intelectual,quando portadora de deficiência visual. A Soci-edade Brasileira de Oftalmologia vem a públicoregistrar sua indignação frente a seu artigo, quepode confundir a população e prejudicar o tra-balho que vem sendo realizado.

A força de uma divulgação jornalística,principalmente em um veículo do nível da Fo-lha de São Paulo, é muito grande. É nossa opi-nião que assuntos dessa natureza deveriam sermelhor estudados antes de opiniões serem emi-tidas.

A medicina brasileira esta preparada paracumprir seu papel perante a sociedade brasilei-ra com toda a segurança. Não se admite , nosdias de hoje , que o Brasil adote um modeloque signifique um retrocesso aos padrões atu-ais. Toda nossa população merece uma medici-na de ponta, que não precisa necessariamenteser cara ou de difícil acesso. Basta o governoimplantar políticas de saúde pública eficazes ,

com planos de desenvolvimento globais emtodas as regiões do país, valorizando as carrei-ras públicas dos profissionais da área de saúde,que podemos atingir ótimos níveis assistenciais.E, refuto, com toda a segurança para a popula-ção, fato que o senhor diz não ser importanteem seu artigo: “mesmo sob o risco de reduzirum pouco a segurança.

"Não, Sr. Hélio. Todo brasileiro e toda bra-sileira merecem uma assistência de saúde comtoda segurança. Se as pessoas envolvidas nogerenciamento de nosso sistema de saúde nãoconseguem criar um modelo que responda po-sitivamente ao item "segurança", estamos nocaminho errado. O país que desejamos criar edeixar para as próximas gerações deve ser pau-tado no melhor. E temos condições para isso.

A medicina brasileira esta preparada. E aSociedade Brasileira de Oftalmologia esta à suadisposição para o informar com mais detalhessobre o assunto.

Cordialmente,Marcus Abbud SafadyPresidente da SBO

Artigo publicado no jornal Folha de São Paulo: desinformação ou má fé?

Articulista defende atuação de optometristas para “levar saúde para todos” (sic)Publicado no jornal Folha de São Paulo,

em 28-09-2013, sob o título:

NOVOS TEMPOS

SÃO PAULO - Não dá para afirmar queseja despropositada a decisão do Supremo Tri-bunal Federal de dar aos réus do mensalão to-das as possibilidades recursais previstas em lei.O que dá, sim, para discutir é se nosso marcolegislativo não é absurdamente pródigo em re-

cursos.Minha impressão é que, a exemplo do que

aconteceu com a medicina, o direito foi atrope-lado pelos novos tempos e nem percebeu.

Se, até algumas décadas atrás, ainda davapara insistir em modelos que procuravam má-xima segurança, com médicos conduzindo pes-soalmente cada etapa dos processos diagnósti-co e terapêutico e com advogados podendoapelar, agravar e embargar nas mais variadasfases do julgamento, isso está deixando de ser

viável num contexto em que se pretende ofere-cer medicina e justiça para uma sociedade demassas.

Aqui, seria preciso redesenhar os sistemas,fazendo com que o cidadão só fosse para a Jus-tiça ou para o hospital quando alternativas quedessem conta dos casos mais simples tivessemse esgotado.

Não há razão, por exemplo, para que mé-dicos prescrevam óculos para crianças ou paraque divórcios e heranças não litigiosos passem

por juízes e advogados.É perfeitamente possível e desejável utili-

zar outros profissionais, como optometristas,enfermeiros, cubanos, tabeliães, notários e me-diadores para ajudar na difícil tarefa de levarsaúde e justiça para todos.

Íntegra do conteúdo do artigo NovosTempos no site da SBO:

http://www.sboportal.org.br/destaque.aspx?id=19

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9Maio-Junho - 2013

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11Setembro - Outubro - 2013

Casos raros e desafiadores na cirurgia de catarataOlhos alto míopes, reabilitação estética e catarata transitória, temas do Relatório Anual 2012 da SBO

Atualmente são realizadas no mundo 19 milhões de cirurgias decatarata: 3 milhões nos Estados Unidos, 4 milhões na Europa, 5 milhõesna Índia e 1 milhão na China, um pouco mais do que o total brasileiro,onde em 2012, segundo os últimos dados disponíveis foramcontabilizadas 888.912 pelo SUS. Números muito aquém do que serianecessário, principalmente em países como a Índia, China e Brasil.

Esses números foram destacados pelo prof. Fernando Cançado Trin-dade no início de sua apresentação “Cirurgia de catarata, atualização ecasos complexos” no Relatório Anual da Sociedade Brasileira de Oftal-

mologia, no dia 21 de novembro passado, no Auditório Júlio Sandersondo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj).

Membro da Comissão de Relações Internacionais da atual diretoriada SBO, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Catarata e ImplantesIntraoculares (1994-1996), um dos oftalmologistas brasileiros maispremiados no exterior, prof. Fernando Trindade apresentou uma sériede casos raros, alguns verdadeiramente desafiadores, como destacoudurante sua conferência, encerrada com uma homenagem a Mário Nagao,diretor da SBO no biênio 2011-2012, falecido no início de 2013.

Fernando CançadoTrindade*

O primeirocaso foi o de umpaciente nano-of-tálmico mono-cular, de 42 anos,com comprimentoaxial de 16.57mm, portador decatarata branca,i n t u m e s c e n t e ,com inúmerassinéquias posteri-ores, que impossi-

bilitavam dilatação pupilar, câmara ante-rior muitíssimo rasa, da ordem de 0.85 mm,com glaucoma descontrolado. FernandoTrindade chamou atenção para os cuida-dos e detalhes cirúrgicos frente à difícil si-tuação como esta, assim como a importân-cia da implantação de uma única lenteintraocular customizada, de alto poderdióptrico (54 D), dentro do saco capsular,o que levou à notável reabilitação visualdeste paciente, assim como ao controle dapressão intraocular sem medicação.

A seguir mostrou vários casos de ca-tarata em olhos alto míopes, que foramsubmetidos à implantação de vários tiposde lentes fácicas em passado remoto.

Destacou o caso pitoresco de uma pa-ciente submetida à implantação de lentefácica de câmara anterior, por ocasião deuma visita do Dr. Charles Kelman,idealizador da lente, na sua clínica, em BeloHorizonte, em maio de 1996. Devido àovalização pupilar tal lente foi substituí-

da por outra lente fácica de câmara poste-rior pouco menos de dois anos após suaimplantação. Quinze anos após esta subs-tituição, a paciente retorna com catarataem formação neste olho e com história decirurgia de descolamento de retina comresultado favorável. A cirurgia da cataratafoi então realizada, implantando-se lentedobrável de três peças de acrílicohidrofóbico de - 2.0 dioptrias, reabilitan-do-se de forma definitiva a visão desta pa-ciente, e encerrando, assim, a verdadeirasaga cirúrgica a que ela foi submetida.

Mostrou também um caso muito in-teressante de reabilitação puramente es-tética em uma jovem paciente de 22 anos,

portadora de leucocoria monocular devi-do à catarata congênita, onde foi implan-tada uma prótese customizada extrema-mente fina, com espessura de 0,2 mm, dePMMA preto, na câmara posterior, semextrair a catarata branca parcialmentereabsorvida. O resultado final deste pro-cedimento - com poucas descrições naliteratura – foi magnífico, “revelandouma pupila estética e funcionalmentemuito parecida com a do olhocontralateral normal, o que causou enor-me satisfação na paciente”.

A seguir, foi mostrado caso raro de ca-tarata transitória em ambos os olhos de umpaciente de 13 anos de idade, após crise

de hiperglicemia, que o levou também aum quadro de hipermetropização. Com anormalização da glicemia em duas sema-nas, as opacidades subcapsulares posteri-ores centrais desapareceram por completoem ambos os olhos, como ficou bem docu-mentado no vídeo apresentado. Com a re-gressão da catarata e da hipermetropização,a visão do paciente voltou a ser normal.

Fernando Trindade também mostroucasos semelhantes na literatura em adultos,assim como na medicina veterinária, em cães,salientando a importância do conhecimentoda existência dessa situação para evitar in-dicação de cirurgia desnecessária.

Terminando sua apresentação mostroucaso de uma paciente de olho único, por-tadora de catarata nuclear e polar poste-rior, com astigmatismo irregular devidoàs inúmeras cicatrizes corneanas perifé-ricas em decorrência de grave acidenteautomobilístico ocorrido há três décadas.

Abordou as dificuldades no cálculo ena escolha da lente intraocular mais ade-quada para estes casos, assim como deta-lhes cirúrgicos para melhorar avisualização intraocular na presença detransparência corneana insatisfatória,além dos cuidados para lidar com catara-ta polar posterior.

*Membro da Comissão de RelaçõesInternacionais da SBO, professor deOftalmologia da Universidade Federalde Minas Gerais (1973-2008) e mem-bro do International IntraocularImplant Club

Através de assembleia ordinária rea-lizada em 29 de agosto de 2013, foiempossada a nova diretoria da Associa-ção Sul-matogrossense de Oftalmologia(Asoft), tendo como presidente ElsonYamasato.

Segundo o presidente, a principalmeta da sua diretoria, eleita para o biênio2013-2015, é unificar a classe em tornodo objetivo comum de promover o exer-cício pleno da oftalmologia, lutando con-tra o exercício ilegal da medicinaoftalmológica no Mato Grosso do Sul,promovendo o crescimento ético e cien-tífico, e a saúde ocular da população.

ASOFT – Biênio 2013/2015Diretoria/Comissões e Conselho

Presidente: Elson Yamasato1º Vice: Roberto Paione Gasparini2º Vice: Marco Antonio Bonini FilhoVice-presidentes regionais:Três Lagoas: Marco Antonio BonniDourados: José Hubert Catelan

Aquidauana: Marcelo Hitoshi NakamitoNova Andradina: Edmilson de SouzaCavalcanteCorumbá: Isabel Cristina L. da CostaJardim: José Maria Calazans RamosCassilândia: Sergio TanakaPonta Porã: James Leitum1º Secretário: Henrique Marini Ferreira2º Secretário: Bianka Yukari NakaseYamasato Katayama1º Tesoureiro: Luiz Fernando TarantaMartins2º Tesoureiro: José Angelo BarbieriComissão Científica: Álvaro H. HIlgert,Lizabel V. Barbosa Gemperli, BeogivalWagner Lucas Santos, Marco AntonioBonini Filho, Luiz Fernando TarantaMartins, Christina Veloso RebelloHilbert, José Eduardo Prata Cançado,Bianka Yukari Nakase YamasatoKatayama, Daniel Nogueira. Comissãode Campanha: Ana Maria Junqueira,Lauro Corsi, Edgar Zanin Junior, EdgarZanin, Alberto Arakaki, Vanessa Olivei-

ra Barbieri, Daniela Barbosa Gemperli,Mauricio Sakai, Maria Cristina M.Tokuyama. Comissão Social: RicardoYutaka Ota, João Rocino G. de Menezes,Sueli Sugui, Tania B. Salum, CarlaAlbertina Martins Almeida, MarceloAlbuquerque Santana, Eliane A. BarrosMongenot Leal. Comissão de Defesa deClasse: Marcos Rogerio PIccinin, JavanOttoni Coimbra, Ajax de Oliveira Leite,Aisa Haidar Lani, Fabio YamasatoYonamine, Eduardo Lacerda, AntonioEduardo Pereira. Comissão de Convêni-os e Honorários Médicos: Luiz Alexan-dre Lani, José Eduardo Prata Cançado,Álvaro H. Hilgert, Renata Cesário Cha-ves, Jânio Carneiro Gonçalves, Ana Clau-dia Alves Pereira, Lizabel Vieira B.Rodrigues. Conselho Consultivo: JoséEduardo Prata Cançado, Beogival WagnerLuca Santos, Sebastião Eloy Pereira,Christiana Veloso Rebello Hilgert,Lizabel V. Barbosa Gemperli, Jânio Car-neiro Gonçalves

Elson Yamasato, preside Associação Sul-matogrossense

Caso de catarata subcapsular posterior, bilateraltransitória, em paciente diabético de 13 anos,em crise hiperglicêmica

Regressão total da catarata subcapsularposterior em ambos os olhos, 2 semanas apósa normalização da glicemia

Arquivo pessoal

Dia 10/2 terminaprazo para inscriçãono Festival de Filmes

Os interessados em participar doFestival de Filmes do XIII CongressoInternacional de Catarata e CirurgiaRefrativa têm até 10 de fevereiro parase inscrever. Os curtas-metragens emportuguês, inglês ou espanhol devemter no máximo oito minutos de dura-ção e podem concorrer em uma das cin-co categorias: Catarata, Refrativa, Espe-cial, Complicações em Catarata eRefrativa e Educacional.

Cada categoria tem sua respectivapremiação, mais o Prêmio Revelação e oGrande Prêmio SBCR. A divulgação dosvencedores será no dia 3 de abril, durante oXIII Congresso. Para maiores informaçõesconsulte www.cataratarefrativa2014.com.br/festival-de-filmes

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13Setembro - Outubro - 2013

SBOTempo e Memória

João Diniz

Tito de Abreu Fialho completa 90 anos clinicando

João Diniz- Como era o ensino da oftal-mologia na época que seu tio fundou a So-ciedade Brasileira de Oftalmologia? Comoera montar um consultório naquela época?

Tito de Abreu Fialho- Apesar da cultu-ra e dedicação dos mestres que antecederam aoprofessor José Antonio de Abreu Fialho, taiscomo Hilário de Gouveia, Pires Ferreira, Guedesde Mello e outros, segundo sempre ouvi dizer,era precário o ensino da oftalmologia. A apare-lhagem não era suficiente, a oftalmoscopia esta-va engatinhando com o recente surgimento dooftalmoscópio. As lâmpadas de fenda não pos-suíam boa iluminação e as cirurgias eram restri-tas, deixando muito a desejar. Mas era na épocao melhor que havia. O esforço daqueles abnega-dos mestres, entretanto, sempre concorria paramelhorar a situação do paciente. Para citar umsó exemplo, a cirurgia de catarata se constituíaem quase uma aventura: incisão córneo-escleralda câmara anterior (180 graus) com retalhoconjuntival (a faca de Graefe era usada), extraçãodo cristalino e fechamento rápido com a reposi-ção dos tecidos e a oclusão, por meio de curati-vo, de ambos os olhos. Daí para frente, a imobi-lidade do paciente era fator primordial, e ele per-manecia assim em decúbito dorsal por uma se-mana ou mais: sutura não se fazia. Somente maistarde é que chegaram as agulhas e os fios.

O progresso, no entanto nunca para e, en-tão, José Antonio de Abreu Fialho, já na cáte-dra da Faculdade de Medicina, vai ao melhorcentro oftalmológico da época, em Viena, Áus-tria, onde pontificava o mestre até hoje reco-nhecido, E. Fuchs. Lá se aprimora e volta ins-talando em seu Serviço na Faculdade muito doque lá fora observara, prestando desta formagrande utilidade ao ensino e ao doente. Mes-mo assim, a especialidade era procurada porpoucos. Fialho instituiu o curso e o aproveita-mento do mesmo era obtido com o atestado defrequência, muito embora advogasse ele queuma pequena prova devesse ser realizada paracomplementar tal objetivo.

Vieram aperfeiçoamentos em aparelhos elé-tricos (lâmpadas de fenda e oftalmoscópios).Antes, usava-se muito o oftalmoscópio de Folin(espelho côncavo com orifício central e lupa de+13D) para a oftalmoscopia indireta, depoisveio o oftalmoscópio direto (May), assim pordiante. Com o aperfeiçoamento do instrumen-tal cirúrgico e do material para suturas, as ci-rurgias de catarata, que inicialmente não sesuturava, passaram a ser realizadas com um pon-to (esclerocorneano central em “U”, com três,cinco, sete e até nove pontos córneo-escleraisdevido às seda virgem e outros materiais).

Muito mais tarde, o ensino básico da oftal-mologia no curso médico compreendia a abor-dagem de temas que fossem de interesse para ointernista, o obstetra, o pediatra, etc. visandosempre a conexão do oftalmologista com os di-

versos ramos da medi-cina, encantando-ocom a visão do fundode olho, tendo comoobjetivo mostrar maiso normal para que ele(aluno ou não especi-alizado), impossibilita-do de fazer o diagnós-tico, suspeitando deanormalidade, enca-minhasse o doente.

JD-Como era oensino da oftalmo-logia em 1950,quando o senhor seformou pela Escolade Medicina e Ci-rurgia do Rio de Ja-neiro? Quais eramas maiores dificul-dades para ensinar eaprender?

TAF- Em 1950 quando cursei a Escola deMedicina e Cirurgia àquela época, do Rio deJaneiro, do Institituto Hannemaniano do Bra-sil, atualmente parte da Unirio, sob a orientaçãodo Mestre Antonio Paulo Filho, e aqui rendouma homenagem especial ao seu maior assisten-te àquela época e depois seu sucessor na cátedrade Oftalmologia daquela Escola, a pessoa queprimeiro, oficialmente me falou dos olhos, inici-ando-me em seus estudos: - o grande professorAntonio Giardulli, a oftalmoscopia largamentepraticada era mais a indireta e depois é que se iacomplementar o exame com a direta, comoftalmoscópios binoculares e outros. A ortópticaia se desenvolvendo tornando-se praticamenteespecialidade dentro da especialidade.

Não parando a ciência, surgiu a crio-extra-ção do cristalino com crio- extratores variandodo gelo seco ao gás, alternando a extração con-forme o cirurgião desejasse entre a alça de Snellen,a pinça de Arruga, ou a crio. O objetivo era sem-pre a extração intracapsular. Era de ver a satisfa-ção estampada na face do operador quando aofim da cirurgia podia dizer: mais uma intra! Umpseudo drama era a rutura capsular que provo-cava, para extração dos fragmentos, atos que mui-tas vezes não terminavam satisfatoriamente.

Como mudam os tempos e os conceitos!Hoje, na ordem do dia, está a extraçãoextracapsular programada! E mais: a introdu-ção de uma lente pré-determinada no local daextraída, dando mais conforto ao paciente noato cirúrgico, que se tornou mais rápido, nopós- operatório, quer imediato como tardio, naacuidade visual, muitas vezes dispensando grauadicional (em substituição aos óculos grossosnas lentes usadas pelos operados, ou nas lentesde contato), proporcionando em verdade o ob-jetivo principal: sempre o melhor. A

microcirurgia hoje éassunto diário.

Em 1951, junta-mente com o professorSylvio de Abreu Fialhoe seu assistente, prof.Sylvio de Campos, par-ticipei, assistente vo-luntário que era naque-la ocasião, na ClínicaOftalmológica da Fa-culdade de Medicinado Rio de Janeiro, quefuncionava na 1ª Enfer-maria do Hospital daSanta Casa, de uma ci-rurgia de ceratoplastiapenetrante em pacien-te portador de leucomacentral, a qual à épocafoi transmitida, em umprograma de televisão( a extintaTV Tupi).

As cirurgias refrativas foram surgindo comsuas técnicas se sucedendo visando sempre, cadavez mais o benefício do operado e a tranquilidadedo operador. As fotocoagulações com suas indi-cações precisas, os lasers, tudo sempre visando omelhor resultado.

As maiores dificuldades para ensinar e apren-der podem ser resumidas deste modo: O cursobásico de Medicina não pode, de modo algum,formar especialistas. Forma, sim, Médicos! En-tão, ao fim do curso, o recém- formado tem umconhecimento maior de Clínica Médica (a baseda Medicina), daquilo que todo o Médico preci-sa saber independente da especialização que pro-cure. Também, pequenos atos de cirurgia estãoao seu alcance. Depois... aí, sim: começa a espe-cialização, que atualmente se prolonga por doisou três anos. É então que se vai formando o es-pecialista. Mas é preciso não exagerar comsubespecializações, muito embora cada capítuloda especialidade mereça uma atenção extraordi-nária. Diria agora – o olho não é só retina, ou sómúsculos, nem apenas córnea; assim, o oftalmo-logista tem que ter conhecimento do fato emgeral ainda que, por vezes, haja necessidade deencaminhar um paciente para outro colega quese dedique mais àquela parte.

Foi assim pensando, em termos de médi-cos que, durante meu curso, vaguei por quasetodas as especialidades, quer nas MaternidadesEscola da UFRJ, em Laranjeiras, e de São Cris-tóvão, da Escola de Medicina e Cirurgia, quernas Clínicas Médicas da Santa Casa (com os pro-fessores Silva Mello e René Laclette), como naPoliclínica Geral do Rio de Janeiro, na ClínicaMédica (prof. Pedro Nava) e Oftalmologia (prof.E. A. Caldas Brito), onde tive a oportunidadede ver em ação quer examinando, assim comonas cirurgias, entre outros, os doutores e pro-

fessores Nilo de Castro, Nelson Monteiro deCarvalho, Werther Leite de Castro, JoaquimLouzada, Pedro Moacyr de Aguiar, José LuizNovaes, Lauro Frota, Jesuino de Aragão, AlmirBarroso. Com os Drs. Waldemiro Duarte eTulio Ramos aprendi por quatro anos a reali-zar cirurgias de dacriocistorrinostomias, quasesempre desprezadas tanto pelos oftalmólogoscomo pelo otorrinos. Na Santa Casa, outrosprofessores encontrei: Amelio Tavares, AmelioTavares Filho, Werther Duque Estrada, MarinoLorena Martins e, no finalzinho da carreira,Alfred Neurauter e Mário Góes, além do mes-tre Octávio Rego Lopes. Ainda na Policlínica,Fernando Gabriel de Andrade e Guido Ferrari.E na Santa Casa, prof. Raul Fernandes (RN), ointernacional mestre Arruga, além de outros,que vinham à faculdade para aulas, palestrasou visitas. Vi-os examinar, vi-os em cirurgia,vi-os debater casos, escutei-os em aulas. O meujuízo ia observando e adotando o procedimen-to que me parecia melhor.

Nos Serviços que tive a oportunidade de diri-gir, quer no Hospital Carlos Chagas como noAlbert Schweitzer ou no Olivério Kraemer, o aten-dimento ao doente era a primazia de par com oensino. Comigo lá estiveram: prof. José B.Goulart, prof. Morizot Leite Filho, Lélia Tozzatto,João Alberto S. Fernandes, Arlindo MarquesLima, coronel Edson Stravale (depois chefe doServiço de Oftalmologia do Hospital Central doExército), Expedido Geraldo e outros.

Hoje as pós-graduações, residências emestrados, além de doutorados, se multiplicame aí vai a facilidade de melhor ensino e melhoraprendizagem.

Inegavelmente a tecnologia revolucionou acirurgia com a contribuição dos exames que pro-porciona: a paquimetria, a ecobiometria, umadando a espessura da córnea, outra informandoo índice de lente para colocar na cirurgia, oautorrefrator orientando a refração ocular, subs-tituindo e muito a retinoscopia ou a antigaesquiascopia, etc. A ecografia, a angiorretinografiafluoresceínica, o mapeamento da retina, isto tudosonho de ontem, realidade de hoje...

JD- Na sua opinião, como a SBO cola-borou para o desenvolvimento da oftalmo-logia brasileira?

TAF- A SBO mais colaborou para o de-senvolvimento da oftalmologia brasileira peloseu pioneirismo, seu espírito de união entre osoftalmologistas, pelo progresso e atualização epelo ensino. Parabéns, portanto, SBO!

Em tempo: No livro “Sociedade Brasileira deOftalmologia- 90 Anos de História”, por errode revisão não colocamos o nome do Dr.Raimundo Braga Fernandes, a quem apresen-tamos nossas desculpas, na relação dos alunosque fizeram o Curso de Pós-Graduação da SBO.

Fontes: Livros de Atas da SBO, Revista Brasileira de Oftalmologia, Jornal Brasileiro de Oftalmologia, arquivos iconográficos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

Criada inicialmente para narrar fatos relativos à história da SBO, apartir deste número do JBO, a coluna Tempo e Memória passa a publicartambém, entre outros assuntos, entrevistas e depoimentos de oftalmolo-gistas. E não poderíamos começar sem entrevistar prof. Tito de AbreuFialho, único oftalmologista da família Abreu Fialho ainda em atividade.

José Antonio de Abreu Fialho, idealizador e um dos fundadores da Soci-edade Brasileira de Oftalmologia (6/9/1922), da qual foi o primeiro presi-dente, teve um filho oftalmologista (prof. Sylvio de Abreu Fialho, catedráticode Oftalmologia da Faculdade Nacional de Medicina da Universidade doBrasil, que também presidiu a SBO), dois netos oftalmologistas (José Anto-

nio e Luiz Alfredo), todos falecidos, além do sobrinho Tito de Abreu Fialho.Com 90 anos completados no dia 30 de dezembro de 2013, portanto tem

apenas um ano menos que a SBO, Tito de Abreu Fialho continua atendendo seuspacientes no antigo consultório da família, hoje sob a direção da Dra. Renata deFreitas Gonçalves, na Rua 7 de Setembro, 88-6º andar, Rio de Janeiro.

Nascido no Rio de Janeiro, Tito de Abreu Fialho foi professor ad-junto da UFRJ durante 42 anos e chefiou os Serviços de Oftalmologiados Hospitais Carlos Chagas, Albert Schweitzer e Olivério Kramer de1952 até 1977. É também escritor, membro emérito da Academia Bra-sileira de Médicos Escritores.

No consultório, onde atende às segundas,quartas e sextas, prof. Tito trabalha sob o olharde José Antonio de Abreu Fialho, um dosfundadores da SBO e seu primeiro presidente.À direita, retrato de seu primo, Sylvio de AbreuFialho, que também presidiu a SBO

Arquivo

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Cadastro nacionalde ligas acadêmicas

de oftalmologiaSessões Extraordinárias e reunião do Clube da Lente de Contato

Regis-Pacheco durante a apresentação do temalivre “O endotélio no transplante de córnea”,destaque da 5ª Sessão Extraordinária

Tania Schaefer na abertura da reunião do Clubeda Lente de Contato para os coordenadores doRio, realizada no auditório da SBO

Com a participação dos Serviços deOftalmologia da Policlínica Botafogo,Hospital Universitário Antônio Pedro daUFF (Huap-UFF) e Hospital Universitá-rio Pedro Ernesto da Uerj (Hupe-Uerj),foi realizada a 5ª Sessão Extraordinária daSBO, no dia 26 de setembro de 2013. Asessão foi presidida por Ricardo deAlmeida Neves, vice-presidente da SBO-RJ e chefe do Serviço da Uerj.

Foram apresentados dois temas livres:“Divergência vertical dissociada ehiperfunção dos músculos oblíquos. As-pectos maiores” e “O endotélio no trans-plante de córnea”, respectivamente porLuiz Cláudio Santos de Souza Lima(Huap-UFF) e Luiz F. Regis-Pacheco(Hupe-Uerj).

A apresentação dos casos clínicos es-teve a cargo de Rodrigo Morizot (Policlí-nica Botafogo), Thomas de Freitas MelloGesualdo (Huap-UFF) e Pedro HenriqueLargura (Hupe-Uerj), que mostraram“Distrofia de Cogan”, “Nistagmo e trata-mento cirúrgico” e “Esclerose bilateral empaciente com Neuro-Behçet”, respectiva-mente.

Também presidida por Ricardo deAlmeida Neves, a 6ª Sessão Extraordiná-ria da SBO reuniu os Serviços do Hospi-tal Universitário Clementino Fraga Filhoda UFRJ (HUCFF-UFRJ), chefiado porAntonio Luiz Zangalli, Hospital Gaffréee Guinle da Unirio (HUGG-Unirio)-Giovanni Colombini, e Clínica de OlhosOctávio Moura Brasil.

No próximo XVIII Congresso Inter-nacional da SBO, um dos destaques daprogramação para o jovem acadêmico demedicina será o II Encontro Nacional deLigas Acadêmicas de Oftalmologia, cujaprimeira edição transcorreu durante o VIICongresso Nacional.

Segundo André Portes, secretário geralda SBO e coordenador do I Encontro e dopróximo, a Sociedade quer montar um ca-dastro nacional das ligas acadêmicas de of-talmologia, incentivando a criação de novas,sempre com o objetivo de proporcionar maisespaço na graduação para a especialidade,promovendo a congregação científica e so-cial de profissionais e alunos.

Realizado no dia 21de setembro de 2013,na Faculdade de Medicina da USP, o IX Inter-ligas do Estado de São Paulo, presidido porJuliana Mika Kato, aluna da graduação daFMUSP, contou com a participação de 160estudantes de medicina do 1º ao 6º ano. Fa-zem parte da comissão organizadora as Fa-culdade de Medicina da USP, Escola Paulistade Medicina da Universidade Federal de SãoPaulo, Faculdade de Medicina do ABC, Uni-versidade Metropolitana de Santos, Faculda-de de Medicina de Jundiaí, Faculdade de Me-dicina da Santa Casa, Universidade de SantoAmaro e Universidade de Mogi das Cruzes.

Na ocasião, convidado pela comissãoorganizadora, André Portes falou sobre“Interligas Nacional da SBO”. O eventoteve várias palestras teóricas e aulas prá-ticas de microcirurgia oftalmológica.

Na 6ª Sessão, os temas livres apresen-tados foram: “Azoor”, por Márcio MorteráHUCFF-UFRJ), “Endotelite herpética”,por Gustavo Amorim Novaes (HUGG-Unirio), e “Catarata e óleo de silicone”,por Eduardo Damasceno (Clínica de OlhosOctávio Moura Brasil.

Beatriz Lopes Moura Brasil (HUCFF-UFRJ/ Clínica de Olhos Octávio MouraBrasil) apresentou caso clínico sobre“Linfoma não Hodgkin-Comprometimen-to ocular”, enquanto Raquel de OliveiraCañelas (HUGG-Unirio), “Baixa acuidadevisual por alteração do polo posterior”.

Reunião do Clube da Lente de ContatoNo auditório da sede da Sociedade

Brasileira de Oftalmologia, no dia 5 deoutubro passado, foi realizada reunião doClube da Lente de Contato, cujo objetivo

é promover e ampliar o número de cida-des e profissionais envolvidos com a adap-tação da lente de contato.Foram entre-gues as caixas de provas para os coorde-nadores do Rio.

A reunião foi aberta pela coordenadoranacional do Clube da Lente de ContatoSoblec, Tania Schaefer, vice-presidente-PR da SBO, e contou com a participaçãode Cléber Godinho, um dos idealizadoresdo projeto. Tania Schaefer explicou que oClube entra em nova fase, ressaltando aimportância das reuniões periódicas, umavez que apesar da Resolução CFM 1.965,de 2/3/11, que torna a indicação, adapta-ção e acompanhamento de lentes de con-tato atos médicos exclusivos eintransferíveis, “ainda vemos inúmerascomplicações por adaptações fora de con-sultórios médicos”, frisou.

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Com mais de 5 mil membros dequase 100 países, a European Societyof Cataract and Refractive Surgeons(ESCRS) realizou seu XXXI Congres-so de 5 a 9 de outubro de 2013, emAmsterdam, Holanda, ocasião em quequatro brasileiros foram premiados.

Fernando Trindade e RonaldoBadaró, de Minas Gerais, foram pre-miados com o 1º lugar em duas cate-gorias de vídeos, respectivamente,Casos Especiais e Inovador.“Customize me”, sobre lentesintraoculares personalizadas, deu o 1ºPrêmio na categoria Casos Especiais aFernando Trindade. Ronaldo Badaró

Jornada discute novas técnicas de cirurgiaplástica órbito-palpebral e das vias lacrimais

Oftalmologia brasileira brilhano XXXI Congresso da ESCRS

recebeu o lº lugar na categoria Inova-dor por “RKology”, sobre sutura decórnea para hipermetropia apósceratomia radial.

Isaac Ramos, de Alagoas, foi pre-miado com o lº lugar na categoriaPôsteres de Cirurgia Refrativa pelo tra-balho que identifica o risco para de-senvolver ectasia após Lasik, realizadocom base em dados tomográficos eachados clínicos.

Renato Ambrósio Jr., do Rio de Ja-neiro, presidente da Sociedade Brasi-leira de Cirurgia Refrativa, ficou emterceiro lugar na categoria Vídeo Edu-cacional.

Com a presença de Aaron Fay, profes-sor da Universidade de Harvard, realizou-se nos dias 4 e 5 de outubro a Jornada deAtualização 2013, evento promovido pelaClínica de Olhos Holanda de Freitas- Cam-pinas (SP), no Hotel Vitória de Indaiatuba.

Especialista em Plástica Ocular-ViasLacrimais, tema da Jornada, Aaron Fayrealizou cirurgias ao vivo, usando a téc-nica por ele desenvolvida, empregando olaser de argônio por via intracanicular.

Para a Jornada de Atualização 2014,João Alberto Holanda de Freitas informouque o tema será Glaucoma e o convidadointernacional já confirmado é Felipe A.Medeiros, de San Diego, Califórnia (EUA).A Jornada será realizada também no Ho-tel Vitória de Indaiatuba (SP), nos dias 11e 12 de outubro de 2014.

Da direita para a esquerda, Ronaldo Badaró, Fernando Trindade, de Minas Gerais, e RenatoAmbrósio Jr., do Rio de Janeiro, três dos quatro brasileiros premiados no XXXI Congresso daESCRS, realizado em Amsterdam

Com ótimafreqüência, naavaliação de JoãoAlberto Holanda deFreitas, Jornada deAtualização 2013emPlástica Ocular-ViasLacrimais reuniuespecialistas detodo o país, comoHelcio Bessa, doRio de Janeiro, decamisa branca, àesquerda

Aaron Fay, da Universidade de Harvard, depois dascirurgias ao vivo, com João Alberto Holanda deFreitas, diretor da Clínica de Olhos Holanda de Freitas

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Almir Ghiaroni e Luiz Roberto Londresautografam na Livraria Travessa Leblon

A Associação Brasileira de Amigos, Fa-miliares e Portadores de Glaucoma (Abrag-RJ) e Centro Brasileiro Pró-Vida, de recu-peração de anomalias craniofaciais, promo-veram no dia 21 de novembro de 2013, naLivraria Travessa- Shopping Leblon (RJ),noite de autógrafos prestigiada por médi-cos, intelectuais e empresários. A renda foi

Isis Penido, presidente da Abrag-RJ, com LuizRoberto Londres, Rawlson de Thuin, ex-conselheiro cultural da Embaixada da França,radicado no Brasil, e Almir Ghiaroni

Bebel e Paulo Niemeyer, idealizador do Institutodo Cérebro (RJ), inaugurado em 2013, centro dereferência em neurocirurgia no Brasil, com IsisPenido, presidente da Abrag-RJ

revertida para as duas entidades.Luiz Roberto Londres, diretor da Clí-

nica São Vicente (RJ), lançou seu livro “Sin-tomas de uma época” e o oftalmologistaAlmir Ghiaroni, conselheiro da Abrag-RJ,relançou “Elos invisíveis”, cuja primeiranoite de autógrafos, em 2012, na mesmaLivraria Travessa, foi recordista de vendas.

Oswaldo Moura Brasil doa coleçõesde revistas oftalmológicas para SBO

A Sociedade Brasileira de Oftalmologia agradece a Oswaldo Moura Brasilpela doação de coleções das principais revistas oftalmológicas internacionais paraa Biblioteca Evaldo Campos. Embora hoje cada vez mais as consultas possam serfeitas on-line, muito especialistas, estudantes dos cursos de Residência Médica epesquisadores/autores de trabalhos científicos preferem a consulta das revistasem papel.. A doação de Oswaldo Moura Brasil permite disponibilizar mais deum ou dois exemplares por número das revistas aos interessados.

Assembleia Legislativa de Minas Geraishomenageia 30 anos do Hospital de OlhosO Hospital de Olhos Dr. Ricardo Gui-

marães foi homenageado pela AssembleiaLegislativa de Minas Gerais no dia 17 deoutubro de 2013 em reconhecimento ao tra-balho realizado desde sua fundação em 1983.

Na cerimônia, que contou com a pre-sença do vice-prefeito de Belo Horizon-te, Délio Malheiros, os presentes pude-ram acompanhar uma breve história doHospital, antes da entrega da placa, quedestaca, entre outros fatos, o pioneirismoda instituição no tratamento daneurovisão, sendo o único da AméricaLatina a tratar a Síndrome de Irlen.

Márcia e Ricardo Guimarães com a placacomemorativa, na homenagem da AssembleiaLegislativa de Minas Gerais

Projeto Olhos de Águia da FundaçãoAltino Ventura atenderá 50 pacientes

A Fundação Altino Ventura (PE), atra-vés do Centro de Reabilitação Menina dosOlhos, promoveu no dia 30 de setembropassado, o Projeto Olhos de Águia. A ini-ciativa contou com uma palestra sobremiopia com o oftalmologista BernardoCavalcanti, Projeto Cão-Guia com ArturMendonça.

Com a iniciativa, cuja novidade em2013 foi o Projeto Cão-Guia, a Funda-ção Altino Ventura tem por objetivopromover a disseminação de conheci-mentos e experiências nas áreas de de-ficiência visual, múltiplas deficiênciase síndromes, através de equipemultidisciplinar.

O público-alvo são os pacientes por-tadores de deficiências visuais, múltiplasdeficiências e síndromes, atendidos no

Da esquerda para a direita, oftalmologistaBernardo Cavalcanti, fonoaudióloga EriadnesGomes, Ketyanne Barros, instrutora de Braille,o cão Simba, psicóloga Alzeni Jovina Gomes eGilvana Gomes, também fonoaudióloga

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João Carlos Lacerda

Centro de Reabilitação Visual e/ou Múl-tiplas Defiências. A previsão é que sejamatendidos 50 pacientes.

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Rua São Salvador, 107Laranjeiras

Rio de Janeiro - RJCEP 22231-170

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DIRETORIABiênio 2013-2014

PresidenteMarcus Vinicius Abbud Safady (RJ)

Vice-presidentesElisabeto Ribeiro Goncalves (MG)Fabíola Mansur de Carvalho (BA)

João Alberto Holanda de Freitas (SP)Ricardo Lima de Almeida Neves (RJ)

Tania Mara Cunha Schaefer (PR)Secretário Geral

André Luis Freire Portes (RJ)1º Secretário

Sérgio Henrique S. Meirelles (RJ)2º Secretário

Giovanni Colombini (RJ)Tesoureiro

Gilberto dos Passos (RJ)Diretor de Cursos

Arlindo José Freire Portes (RJ)Diretor de PublicaçõesNewton Kara-Junior (SP)

Diretor de BibliotecaArmando Stefano Crema (RJ)

Conselho ConsultivoMembros Eleitos

Jacó Lavinsky (RS)Paulo Augusto de Arruda Mello (SP)

Roberto Lorens Marback (BA)Conselho Fiscal

EfetivosFrancisco Eduardo Lopes Lima (GO)

Leiria de Andrade Neto (CE)Roberto Pedrosa Galvão (PE)

SuplentesEduardo Henrique Morizot Leite (RJ)

Jorge Alberto Soares de Oliveira (RJ)Mizael Augusto Pinto (RJ)

Jornalista Responsável:Eleonora Monteiro - M.T. 12574

[email protected]@sboportal.org.brConselho Editorial:

Marcus Vinicius Abbud SafadyNewton Kara-Junior

Arlindo PortesJoão Diniz

Marcelo DinizEditoração Gráfica:

Sociedade Brasileira de OftalmologiaResponsável: Marco Antonio Pinto

DG 25341RJPublicidade:

Responsável: João DinizTel.: (21) 3235-9220

E-mail: [email protected]@sboportal.org.br

Contato publicitário:

Westinghouse CarvalhoTel.: (11) 3726-6941 / 99274-0724

E-mail: [email protected]ção: Bimestral

Impressão: Stamppa Grupo Gráfico

Os artigos assinados são de responsabilidadeexclusiva de seus autores e seu conteúdo nãorepresenta, obrigatoriamente, a opinião do JBO.A SBO não se responsabiliza nem endossa aqualidade dos serviços e produtos anunciadosnesta publicação.Qualquer reclamação deverá ser feita diretamen-te ao fabricante ou ao prestador de serviços.É permitida a reprodução de artigos, desdeque citada a origem.

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EXPEDIENTE

Sociedade Brasileirade Oftalmologia

JORNAL BRASILEIRODE OFTALMOLOGIA

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

Para divulgar eventos científicos oftalmológicos no Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO), envie as informaçõespara a SBO, na Rua São Salvador, 107 - Laranjeiras - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22231-170 -

Tel. (21) 3235-9220 - Fax (21) 2205-2240 - e-mails: [email protected] - [email protected] o calendário completo no site da SBO

24 a 26 de julho de 2014

Hotel Windsor Barra

Informações:

www.congressosbo.com.br

www.sboportal.org.br

37º Simpósio InternacionalMoacyr Álvaro-SIMASP

De 13 a 15 de fevereiro de 2014,37º Simpósio Internacional Moacyr Ál-varo-SIMASP, no Maksoud Plaza Ho-tel, em São Paulo (SP). Informações:(11) 5084-4246/ [email protected]

XIII Simpósio Internacionalde Atualização em Oftalmologia

de Maringá

De 20 a 22 de março de 2014, XIIISimpósio Internacional de Atualizaçãoem Oftalmologia de Maringá, no Ho-tel Bristol, em Maringá (PR). Informa-ções; (44) 3221-8100metró[email protected]

XX Congresso Norte-Nordestede Oftalmologia

De 27 a 29 de março de 2014, XXCongresso Norte-Nordeste de Oftal-mologia, na Fábrica de Negócios, emFortaleza (Ceará).Informações: (85) [email protected]

XII Congresso Internacional deCatarata e Cirurgia Refrativa

IX Congresso Internacional deAdministração em Oftalmologia

De 2 a 5 de abril de 2014, XII Con-gresso Internacional de Catarata e Ci-rurgia Refrativa e IX Congresso Inter-nacional de Administração em Oftal-mologia, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro (RJ).www.cataratarefrativa2014.com.br

XXXIV InternationalCongress of Ophthalmology

29th Asia-PacificAcademy of Ophthalmology

118º Encontro Anual da SociedadeJaponesa de Oftalmologia

De 2 a 6 de abril de 2014, XXXIVInternational Congres ofOphthalmology, 29th Asia-PacificAcademy of Ophthalmology e 118ºEncontro Anual da Sociedade Japone-sa de Oftalmologia, no Hotel Imperi-al, em Tóquio (Japão)[email protected]

39º Congresso da SociedadeBrasileira de Retina e Vítreo

De 8 a 12 de abril de 2014, 39ºCongresso da Sociedade Brasileira deRetina e Vítreo, no Royal Palm Plaza,em Campinas (SP)www.retina2014.com.br

5ª Jornada Paulista de Oftalmologia

De 10 a 12 de abril de 2014, 5ª Jorna-da Paulista de Oftalmologia, em Ribei-rão Preto (SP). Informações:www.jornadapaulistadeoftalmo.com.br

Congresso da ASCRS

De 25 a 29 de abril de 2014, Con-gresso da ASCRS, em Boston,Massachusetts (EUA).www.ascrs.org

Encontro da Association forResearch in Vision andOphthalmology- ARVO

De 4 a 8 de maio de 2014, Encon-tro da ARVO, em Orlando, Flórida(EUA). www.arvo.org/am/

120° Congresso da SociedadeFrancesa de Oftalmologia

De 10 a 13 de maio de 2014,120° Congresso da Sociedade Fran-cesa de Oftalmologia, no Palais desCongrès de Paris, em Paris (França).www.sfo.asso.fr - [email protected]

XXII Congresso Internacionalde Oculoplástica

De 15 a 17 de maio de 2014, XXIICongresso Internacional deOculoplástica, em Búzios, Estado doRio (Brasil). www.sbcpo.org.br/

12º Congresso Internacional daSociedade Italiana de Oftalmologia

De 21 a 24 de maio de 2014, 12ºCongresso Internacional da SociedadeFrancesa de Oftalmologia, em Milão(Itália).www.congressisoi.com

Johnson & Johnsonem contagem regressiva

Patrocinadora oficial e exclusiva naárea de cuidados com a saúde na Copa doMundo, a Johnson & Johnson planeja ini-ciativas inéditas em contagem regressivapara o evento. As iniciativas serãodivulgadas no lançamento oficial do pro-grama, em fevereiro de 2014. A empresa,segundo Holly Means, vice-presidente deCorporate Equity da Johnson & Johnson,

manterá o apoio aos voluntários e equi-pes médicas da FIFA, coroadas de sucessodurante a Copa das Confederações em2013.

Zeiss tem novo siteA Zeiss lançou seu novo site padroni-

zado com as filiais do mundo todo, pro-porcionando maior interatividade, fácilnavegação e com mais notícias. Divididopor segmentos, o site também tem agen-

da atualizada de congressos, eventos, cur-sos e workshops. Na parte reservada parafalar sobre a empresa, conta com as divi-sões: Sobre a Empresa, Carreira, onde épossível enviar CV para a área de RH damultinacional) e Contato. A seção Mer-cado está dividida em Indústria, Pesqui-sa, Medicina e Consumidores. O Portfóliofoi separado em Microscopia, TecnologiaMédica, Metrologia Industrial,,Tecnologias e Semicondutores.

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