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NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959 JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA Nº 146-147 - JUL-AGO-SET-OUT - 2011 XVII Congresso Internacional da SBO Participar das comemorações dos 90 anos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia só depende de você O ex-Hotel InterContinental Rio, agora Royal Tulip Rio de Janeiro, depois de comprado pelo grupo BHG, sediará o XVII Congres- so Internacional da SBO, quando serão comemora- dos os 90 anos da entidade. O tema oficial do encontro é “O Olho na 3ª Ida- de”. A população brasileira está envelhecendo e o Congresso Internacional é o fórum apropriado para conhecer a experiência dos países europeus, que já convivem com está realidade há mais tempo. A comissão organizadora enfatiza a importância dos sócios quitarem a anuidade de 2012 logo no início do ano para garantir a gratuidade na taxa de inscrição. O objetivo é oferecer a todos a chance de participar de um evento que vai ficar na História da Oftalmologia, explica Aderbal Alves Jr., presidente da SBO. -A receptividade entre os convidados internaci- onais é muito boa. O Rio desperta curiosidade en- tre os que ainda não conhecem a cidade, que passa por um momento de revitalização econômica e so- cial. Para os que já vieram ao Rio, a oportunidade de voltar se apresenta como uma das melhores for- mas de unir prazer com trabalho. PÁGINA 3 A partir de agora, logomarca vai divulgar 90 anos Esta é a logomarca dos 90 anos da SBO. Todos documentos, im- pressos, material de papelaria emi- tidos pela Sociedade, trarão o selo com a marca, desenvolvida a partir da tipologia Broadway™ (1928), criada pelo engenheiro e designer norte-americano Morris Fuller Benton, inventor de 252 famílias de fontes. Meio branca, meio negra, uma fonte com a cara do Brasil da década de 1920, quando o país se moder- niza, é lançada a Semana de Arte Moderna, Pixinguinha e seu grupo Oito Batutas fazem furor em Paris e só voltam para as comemorações do centenário da Independência. Broadway é sinônimo de glaumour, alegria, celebração, bem o clima dos 90 anos da SBO. VI Congresso Nacional; encontro da confraternização e alegria Os participantes do VI Congresso Naci- onal da Sociedade Brasileira de Oftalmolo- gia foram unânimes nos elogios às comissões organizadora, científica e social, que logra- ram realizar “um evento enxuto”, sem dis- cursos longos na abertura, nem uma fila in- terminável de homenageados. A execução do Hino Nacional pelo flautista do conjunto Nosso Canto (Samba & Choro) também foi elogiada. A opção minimalista já estava presente na composição da mesa da sessão solene de abertura, que teve Aderbal Alves Jr., presi- dente da SBO, Oswaldo Travassos e Marcus Safady, vice-presidentes da SBO, Miguel Burnier, da Universidade McGill, de Mon- treal, Canadá, convidado internacional, Paulo Augusto de Arruda Mello, presidente do CBO, Renato Brito de Alencastro Graça, re- presentante do Cremerj, Miguel Ângelo Padilha, representando o Colégio Brasileiro de Cirurgiões, e Sérgio Fernandes, represen- tante do CFM. A escolha de apenas três homenageados - Augusto Duarte, Edna Almodin e Milton Ruiz Alves- buscou valorizar a entrega do tí- tulo de Sócio Honorário da SBO, intenção compreendida pelos homenageados. Edna Almodin, que fez seu curso de residência no Rio antecipou a volta de uma viagem ao exte- rior para estar presente. EDITORIAL, PÁ- GINAS 4 , 5 Abhay Vasavada, referência mundial em catarata pediátrica Centenário do prof. Hilton Rocha na Seção Brasil Atendendo a convite de Fernando Trindade, do conselho editorial do JBO, o indiano Abhay Vasavada, agra- ciado com a prestigiosa Medalha Binkorst, no último congresso da ASCRS, é o entrevistado do International Corner. Ele discorre so- bre os principais fatores que devem ser analisados na cirurgia de catarata infantil, tema de sua conferência an- tes de receber a Medalha Binkorst. PÁGINA 15 Alexandre Pereira, no pódium, comanda com humor a sessão de abertura do VI Congresso Nacional, onde durante três dias predominou sempre o espírito de confraternização e alegria entre os participantes Em primeiro plano, Liane Rezende mostra sua versatilidade no samba, acompanhada de Aderbal Alves Jr, Mário e Ana Motta, João Sobreira e Valéria Homem, durante a happy hour no estande da SBO Dia 23 de dezembro, prof. Hilton Rocha, uma referência para a oftalmo- logia brasileira, completaria 100 anos. As festividades já começaram e se es- tenderão até 2012, quando deve ser lançado um livro sob a coordenação de Nicomedes Ferreira, escolhido pela longa relação profissional e de ensino, que manteve com o professor no Hos- pital São Geraldo. PÁGINA 14 Fotos Fotográfos Associado

JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA - … · tos conhecidos tocando saxofone, ou violino, ou cantando “My way” me-lhor que Frank Sinatra, e nos surpre-endemos com novos tenores,

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Page 1: JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA - … · tos conhecidos tocando saxofone, ou violino, ou cantando “My way” me-lhor que Frank Sinatra, e nos surpre-endemos com novos tenores,

NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA

RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959

JORNAL BRASILEIRO

DE OFTALMOLOGIANº 146-147 - JUL-AGO-SET-OUT - 2011

XVII Congresso Internacional da SBOParticipar das comemorações dos 90 anos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia só depende de você

O ex-Hotel InterContinental Rio, agora RoyalTulip Rio de Janeiro, depois de compradopelo grupo BHG, sediará o XVII Congres-

so Internacional da SBO, quando serão comemora-dos os 90 anos da entidade.

O tema oficial do encontro é “O Olho na 3ª Ida-de”. A população brasileira está envelhecendo e oCongresso Internacional é o fórum apropriado para

conhecer a experiência dos países europeus, que jáconvivem com está realidade há mais tempo.

A comissão organizadora enfatiza a importância dossócios quitarem a anuidade de 2012 logo no início doano para garantir a gratuidade na taxa de inscrição. Oobjetivo é oferecer a todos a chance de participar deum evento que vai ficar na História da Oftalmologia,explica Aderbal Alves Jr., presidente da SBO.

-A receptividade entre os convidados internaci-onais é muito boa. O Rio desperta curiosidade en-tre os que ainda não conhecem a cidade, que passapor um momento de revitalização econômica e so-cial. Para os que já vieram ao Rio, a oportunidadede voltar se apresenta como uma das melhores for-mas de unir prazer com trabalho.

PÁGINA 3

A partir de agora,logomarca vai

divulgar 90 anosEsta é a logomarca dos 90 anos

da SBO. Todos documentos, im-pressos, material de papelaria emi-tidos pela Sociedade, trarão o selocom a marca, desenvolvida a partirda tipologia Broadway™ (1928),criada pelo engenheiro e designernorte-americano Morris FullerBenton, inventor de 252 famílias defontes.

Meio branca, meio negra, umafonte com a cara do Brasil da décadade 1920, quando o país se moder-niza, é lançada a Semana de ArteModerna, Pixinguinha e seu grupoOito Batutas fazem furor em Parise só voltam para as comemoraçõesdo centenário da Independência.

Broadway é sinônimo deglaumour, alegria, celebração, bemo clima dos 90 anos da SBO.

VI Congresso Nacional; encontroda confraternização e alegria

Os participantes do VI Congresso Naci-onal da Sociedade Brasileira de Oftalmolo-gia foram unânimes nos elogios às comissõesorganizadora, científica e social, que logra-ram realizar “um evento enxuto”, sem dis-cursos longos na abertura, nem uma fila in-terminável de homenageados. A execução doHino Nacional pelo flautista do conjuntoNosso Canto (Samba & Choro) também foielogiada.

A opção minimalista já estava presentena composição da mesa da sessão solene deabertura, que teve Aderbal Alves Jr., presi-dente da SBO, Oswaldo Travassos e MarcusSafady, vice-presidentes da SBO, MiguelBurnier, da Universidade McGill, de Mon-

treal, Canadá, convidado internacional, PauloAugusto de Arruda Mello, presidente doCBO, Renato Brito de Alencastro Graça, re-presentante do Cremerj, Miguel ÂngeloPadilha, representando o Colégio Brasileirode Cirurgiões, e Sérgio Fernandes, represen-tante do CFM.

A escolha de apenas três homenageados -Augusto Duarte, Edna Almodin e MiltonRuiz Alves- buscou valorizar a entrega do tí-tulo de Sócio Honorário da SBO, intençãocompreendida pelos homenageados. EdnaAlmodin, que fez seu curso de residência noRio antecipou a volta de uma viagem ao exte-rior para estar presente. EDITORIAL, PÁ-GINAS 4 , 5

Abhay Vasavada,referência mundial

em catarata pediátrica

Centenário doprof. Hilton Rocha

na Seção Brasil

Atendendo a convite de FernandoTrindade, do conselho editorial doJBO, o indiano Abhay Vasavada, agra-ciado com a prestigiosa MedalhaBinkorst, no último congresso daASCRS, é o entrevistado doInternational Corner. Ele discorre so-bre os principais fatores que devemser analisados na cirurgia de cataratainfantil, tema de sua conferência an-tes de receber a Medalha Binkorst.PÁGINA 15

Alexandre Pereira, no pódium, comanda comhumor a sessão de abertura do VI CongressoNacional, onde durante três dias predominousempre o espírito de confraternização e alegriaentre os participantes

Em primeiro plano, Liane Rezende mostra suaversatilidade no samba, acompanhada deAderbal Alves Jr, Mário e Ana Motta, JoãoSobreira e Valéria Homem, durante a happyhour no estande da SBO

Dia 23 de dezembro, prof. HiltonRocha, uma referência para a oftalmo-logia brasileira, completaria 100 anos.As festividades já começaram e se es-tenderão até 2012, quando deve serlançado um livro sob a coordenaçãode Nicomedes Ferreira, escolhido pelalonga relação profissional e de ensino,que manteve com o professor no Hos-pital São Geraldo. PÁGINA 14

Fotos Fotográfos Associado

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

*Ricardo Japiassú

Sucesso do VI CongressoNacional da SBO é de todos

Confira ............................................... 2

Editorial .............................................. 2

XVII Congresso Internacional

da SBO. ............................................. 3

VI Congresso Nacional da SBO ....... 4-5

Oft@lmonline ..................................... 6

Opinião .............................................. 9

Uaderj ................................................ 9

FeCooeso .......................................... 10

Perícia na Oftalmologia ..................... 12

Fórum do Cremerj ............................. 12

Fique Por Dentro da SBO ................. 13

Inauguração do consultório de lentes.. 13

PÁGINA PÁGINA

Seção Brasil ...................................... 14

International Corner .......................... 15

Três depoimentos femininos ............ 16

Fundo de Olho .................................. 19

Projeto residência em Foco .............. 19

Conta-Gotas ...................................... 21

JBO Pergunta .................................... 22

Filiadas à SBO .................................. 22

Conta-Gotas ...................................... 21

Tempo e Memória ............................. 25

Olho Vivo ........................................... 26

Calendário de Eventos

Oftalmológicos .................................. 26

2

* Tesoureiro da SBO

Tempo e Memória aborda a criaçãodo JBO, que em 2012 completa 25 anos

Tudo que é bom dá trabalho, nãoé mesmo? Pois é. O VI Congresso Na-cional da Sociedade Brasileira de Of-talmologia deu muito trabalho, comoprovavelmente todos os anteriores.Mas quando tudo termina, a sensa-ção de dever cumprido e o carinhode todos os colegas são indescritíveis.

Como descrever a felicidade deum residente, que apresenta um casoclínico de um paciente examinado pro-vavelmente num ambulatório cheio deimperfeições, mas que é elogiado eaplaudido por uma plateia de quase100 oftalmologistas, sejam colegas desua residência ou nomes respeitadosda oftalmologia brasileira? Esse foi oFórum dos Residentes, uma grata sur-presa pelo nível científico e de audi-ência no nosso congresso. Parabénsaos residentes e aos seus preceptores!

Como agradecer aos colegas de ou-tras especialidades, endocrinologistas, clí-nicos, dermatologistas, advogados, eco-nomistas, analistas de sistemas, que dis-pensaram um tempo precioso de suasvidas para compartilhar conosco umpouco de suas enormes experiências,cada um em sua área de interesse, to-das interessando a nós, oftalmologistas?

Como elogiar os palestrantes, prin-cipalmente aqueles vindos de fora doRio de Janeiro, que engrandecem nos-sos conhecimentos, difundem infor-mações por todo o país, e voltam todoano, para nos enriquecer, para se nu-trirem de oftalmologia, e para com-partilhar momentos de reencontro queficam para sempre na lembrança?

Como não ficar satisfeito com amaior participação de novos sóciosdos últimos 10 anos? Um aumento dequase 1000% em relação ao últimoano, impulsionado por medidas taiscomo o sócio residente e o incremen-to de benefícios, como os novos links

do portal da sociedade, científicos esociais. É a renovação de conceitos eidéias!

Como não aplaudir de pé um gran-de sucesso deste congresso, a happyhour “Você é show na SBO”, ondepresenciamos a confirmação de talen-tos conhecidos tocando saxofone, ouviolino, ou cantando “My way” me-lhor que Frank Sinatra, e nos surpre-endemos com novos tenores, canto-ras de axé, e, principalmente, comuma mestre de cerimônias digna deOscar !!!

Tudo isto realizado com o suor eesforço de uma equipe abnegada ecoesa, que é a diretoria da SBO, tendoà frente a figura marcante e carismáticade seu presidente, e dos funcionáriosdessa instituição, verdadeiros apaixona-dos pela Casa do Oftalmologista Bra-sileiro. Casa que este ano brilhou mui-to, pois o estande da Sociedade estavasimplesmente lindo e ao mesmo tem-po aconchegante, verdadeiro porto se-guro para novos e antigos amigos.

E, ano que vem, chegamos aos 90anos! Mas o presente quem ganha évocê, sócio, que terá inscrição gratui-ta no XVII Congresso Internacionalda Sociedade Brasileira de Oftalmo-logia, para o qual já estamos nos pre-parando, com um programa científi-co de nível mais elevado ainda e comfestividades que marcarão época, sem-pre dentro da responsabilidade fiscal,assinatura da atual gestão. Contamoscom o apoio de todos os sócios paraque o brilho deste evento seja a larga-da para as comemorações dos 100anos da SBO, em 2022!

Parabéns a todos nós e até ano quevem!

O Jornal Brasileiro de Oftalmolo-gia (JBO), que completa 25 anos em2012, é o tema abordado por João Diniznesta edição de Tempo e Memória. “Tes-temunha ocular” da gestação do jornal,criado por Flávio Rezende assim queassumiu a presidência da Sociedade Bra-sileira de Oftalmologia, João Diniz des-taca também o papel importante do ex-presidente Sérgio Fernandes, primeiroresponsável pelo jornal.

Criado inicialmente para ser a parte

política da Sociedade, divulgando infor-mações de interesse dos associados, ao lon-go desses 25 anos o JBO foi ampliandosua linha editorial. Hoje, juntamentecom o site e o Facebook da SBO, o JBOoferece um conteúdo variado, buscandoir ao encontro daquilo que interessa aooftalmologista, além da parte profissio-nal. Atualmente, o JBO também dá voza colegas que não têm outra canal paraexpressar suas opiniões e ideias.

PÁGINA 25

A partir de 2012, Soblec/SBOtreinarão residentes para adaptar lentes

No dia 26 de agosto, foi inauguradona sede da SBO o consultório para o ensi-no de lentes de contato para residentes deoftalmologia, que começa a funcionar noinício de 2012. O consultório, resultadode uma parceria com a Soblec (SocieadeBrasileira de Lentes de Contato , Córneae Refratometria) é o segundo e insere-seno Polo de Ensino do Instituto Soblec.

A inauguração contou com a presençade Tania Schaefer, presidente da Soblec nosbiênios 2007-2009 e 2009-2011, que tam-bém colabora na seção Opinião desta edi-ção do JBO, abordando a “A importânciados consultórios para ensino de lentes decontato a residentes”. PÁGINA 13

Ubirajara Moulin, Paulo Ricardo de Oliveira,José Guilherme Pecego, César Lipener, TaniaSchaefer e Juliana Bohn Alves César nainauguração do consultório para o ensino delente de contato

Cultura Médica se prepara para lançarseu milésimo livro de medicina

Diretor da Editora Cultura Médica, EzequielFeldman é o entrevistado do JBO Pergunta. Prestesa lançar o milésimo livro sobre medicina, tendo jápublicado 199 sobre ofalmologia, Ezequiel destacaa importância de seu irmão Luiz, já falecido, na cri-ação da Editora. Explica também o que é o GrupoEditorial Nacional, da qual a Cultura Médica fazparte desde 2007, que reúne editoras consagradascom a Guanabara Koogan, Santos, LTC, ForenseUniversitária, AC Farmacêutica, EPU e Roca.

PÁGINA 22Ezequiel Feldman

Perícia na Oftalmologia, nova colunado JBO vai alternar com A Visão da Justiça

A partir deste número o JBO inau-gura uma nova coluna Perícia na Oftal-mologia, que será publicada alter-nadamente com A Visão da Justiça. A novacoluna não tem um responsável fixo, estáaberta à colaboração de peritos, sócios daSBO. Os interessados devem enviar suassugestões para o [email protected] com telefo-ne e celular para contato.

Ruth Cytrnbaum Cwaigenberg, sóciada SBO, membro fundador do InstitutoBrasileiro de Peritos Judiciais (Ibramep)e associada à Sociedade Brasileira de Peri-tos Médicos inaugura a nova coluna de-fendendo que a consulta oftalmológica

Nota da redação: Por uma falha na digitação, na edição 145, o JBOpublicou incorretamente o nome da professora Alexandra Prufer de Araújona reportagem sobre a Liga Acadêmica de Oftalmologia.

deve ser obrigatória sempre no examemédico para o trabalho.

Baseada na análise de 217 processosem oftalmologia, em varas acidentárias,da qual participou como perita do juízo,Ruth verificou que apenas uma “insig-nificante minoria (8 casos) foram rele-vantes. Em todos eles, as lesões, comonubéculas, não causaram a baixaacuidade visual e sim os vícios de refra-ção não corrigidos. Houve, portanto,indução a erro de interpretação de causax efeito, o que não ocorreria se o oftal-mologista selecionasse o tipo de arma-ção e a filtração e coloração necessárias acada tipo de ocupação. PÁGINA 12

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“Um congresso para ficar na História”Presidente da SBO Aderbal Alves Jr. promete um evento à altura dos 90 anos da entidade

SBO comemora 90 anosde olho no futuro do país

XVII Congresso Internacionalda Sociedade Brasileira de Oftalmologia

Em 2012 a Sociedade Bra-sileira de Oftalmologiacompleta 90 anos e as co-

memorações terão seu ponto altono XVII Congresso Internacio-nal, que será realizado de 28 a30 de junho do próximo ano,no Royal Tulip Rio de Janeiro,ex- Hotel InterContinental Rio,tendo como tema “O Olho na3ª Idade”.

Sem querer antecipar todaprogramação científica e socialdo evento- “faz parte de todacomemoração o elemento sur-presa”, o presidente da Socieda-de Brasileira de OftalmologiaAderbal Alves Jr. promete queserá “um congresso para ficar naHistória”, confirmando a pre-sença de palestrantes das Socie-dades de Oftalmologia da Ar-gentina, Paraguai, Espanha,França, Itália e Portugal.

Segundo ainda AderbalAlves Jr., há possibilidade tam-bém da participação de oftalmo-logistas alemães, ingleses e nor-te-americanos, dependendo deacertos nas agendas dos convi-dados. O presidente da SBO espera di-vulgar os nomes dos palestrantes no má-ximo até janeiro de 2012. “Quanto às fes-tas, só posso adiantar que repetiremos aHappy Hour “SBO Você é Show”, suces-so no VI Congresso Nacional.

Adquirido pelo grupo internacionalBHG, o Royal Tulip Rio de Janeiro é oquarto hotel da rede na cidade e 36º no

Com as obras, a estimativa é de que duplique a capacidadedo Centro de Convenções do Royal Tulip Rio de Janeiro

Quando a Sociedade Brasileira deOftalmologia foi fundada, em 6 de se-tembro de 1922, o Brasil contava commenos de 18 milhões de habitantes, amaioria vivendo no campo, e os jovenspredominavam. Políticas de saúde e deeducação apenas começavam a ser dis-cutidas.

Hoje o Brasil tem 190.732.694habitantes, segundo o último censo doIBGE, a maioria vivendo em re-giões urbanas. E, embora aindaseja alto o índice de mortalidadeinfantil, graças às melhorias naárea de medicina, maisinformações e me-lhores condi-ções de vida,os brasileirosestão viven-do mais.Enquantono começoda década de1990 a expectativade vida era de 66anos, em 2005, elasaltou para 71.

- Enfrentar este desafioexige uma visão 20/20, porisso a SBO escolheu “O Olhona 3ª Idade” como tema do seuXVII Congresso Internacionalde Oftalmologia. Catarata,

retinopatia diabética, degeneraçãomacular relacionada à idade e glaucomasão doenças oculares que, geralmente,acometem as pessoas depois dos 60 anos.Mas a vida estressante, má alimenta-ção, tabagismo, álcool, entre outrosfatores, estão antecipando estas doen-ças, que serão abordadas de formamulticêntrica durante o evento, afir-mou Aderbal Alves Jr.

- Estes problemas são o preço quepagamos por vivermos mais quenossos avós. Mas vamos mostraros novos recursos médico-oftalmológicos, que permitem que

mantenhamos muito das condi-ções físicas da juventude. Não

somos eternamente jovem comoa SBO, mas podemos viver de

uma maneira muitomelhor, aumen-

tando nossaexpectativade vidasaudável e

para isso, oscuidados com os olhos são funda-

mentais. A troca de experiênciacom colegas europeus, que já con-

vivem há mais tempo com o pro-blema do envelhecimento da

população, certamente bene-ficiará o especialista brasi-leiro.

A localização privilegiada do Royal Tulip Rio de Janeiro, em frente à praia de São Conrado, é um dos trunfos da SBO para atrair palestrantes internacionais. O mar e a montanha: síntese da cidade

país. Até o início de 2012 receberá R$25 milhões de investimento emmelhorias e modernização. As diárias se-guirão o patamar das praticadas pela an-tiga gestora. O Royal Tulip Rio de Ja-neiro, cinco estrelas, deve representar30% dos negócios da empresa na cidade,informou Pieter van Voorst Valder, pre-sidente do grupo BHG.

Fotos Divulgação

28 a 30 de junho de 2012

Royal Tulip Rio de Janeiro

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia4

Alguns dos melhores momentos do VI Congresso NÉ lugar comum a afirmação de que imagens falam mais do que mil palavras. Nas fotos destas d

O estande da SBO- A Casa do Oftal-mologista Brasileiro, no VI Congresso Nacional foi elogiado por todos

os participantes do evento, alcançando o ob-jetivo da comissão organizadora e social: ofe-recer um ponto de encontro e confraterniza-ção, troca de ideias e discussão de problemasque afligem a especialidade.

Como bem definiu um dos participan-tes, “funcionou como a casa da gente, umporto seguro, com hora para tratar de proble-mas relevantes e hora para se divertir”, o queaconteceu durante a happy hour “SBO Vocêé Show”, quando oftalmologistas de todas asgerações revelaram talentos insuspeitos.

Apresentaram-se na happy hour, entreoutros: Oswaldo Travassos (flauta), A. Duarte(violino), Eduardo Kestelman (saxofone),Ciro Tomas Machado e Bráulio Motta (vio-lão e canto), Liane Rezende, André PereiraSoares Maia, Eduardo Cunha, EvaristoNardelli, JJ, João Sobreira, Andréa Barbosa,Raul Vianna, Mário Monteiro (canto) eDemócrito Jonathas Azevedo (canto e com-posições de sua autoria).

- Congresso tem que ter boa programa-ção científica e muita confraternização, o quenão faltou ao VI Congresso Nacional, reali-zado de 14 a 16 de julho, no HotelInterContinental Rio, na opinião do presi-dente da SBO, Aderbal Alves Jr.

- Conseguimos unir à parte científica,abrangendo praticamente todas as áreas daespecialidade, com destaque para ossimpósios sobre Diabetes, o tema oficial doencontro, a homenagem a Augusto Duarte,nosso estimado A. Duarte, Edna Almodin eMilton Ruiz Alves, e a entrega do 39º Prê-mio Varilux, numa sessão de abertura sim-ples, mas significativa.

- Acho que alcançamos nosso objetivo:todas as palestras e simpósios dentro do horá-rio, cerimônia de abertura com poucos e cur-tos discursos, sob a condução do nosso “mes-tre de cerimônias”, o sócio Alexandre Perei-ra. No coquetel, o som do conjunto NossoCanto (Samba & Choro),que também ani-mou a happy hour.

No estande da SBO, com a galeria de presidentes, organizadapor João Diniz, ao fundo, em pé, Mário Motta e JacquelineCoblentz, sentados, e Ricardo Japiassú, repassando CasosClínicos de Retina- Grupo de Retina do Rio de Janeiro

Durante a happy hour, um grupo animado deoftalmologistas e residentes brinca detrenzinho ao som de marchinhas de carnavaltocadas pelo Grupo Nosso Canto

Sempre concorrido, o coffee-break nos intervalos daprogramação científica, oportunidade também para visitar osestandes dos expositores

Eduardo Cunha, à direita, interpreta “My Way” carro-chefe do seu repertório, combacking vocal de Mário Monteiro e Raul Vianna. À direita, Valéria Homem, impagávelmestre de cerimônias da happy hour, conta piadas com Cléber Godinho

Homenageados da SBO

Ganhadores do 39º Prêmio Varilux

A tradicional parceria com a SociedadeBrasileira de Administração em Oftalmolo-gia (SBAO), que promoveu dois cursos espe-ciais foi outro destaque do evento. Outroponto importante foi a consolidação da par-ceria da SBO com a Sociedade Brasileira deLentes de Contato, Córnea e Refratometria(Soblec), que no dia 14/7, promoveu noBarraShopping o Dia Nacional de Orienta-ção ao Usuário de Lentes de Contato. Semesquecer o apoio dos expositores, principal-mente os principais patrocinadores: Allergan,Varilux, Alcon, Hoya, Bauch + Lomb eNovartis.

Edna Almodin recebe a placade Flávio Rezende

Milton Ruiz Alves e Aderbalde Albuquerque Alves

Augusto Duarte com sua“madrinha” Valéria Homem

RenatoAmbrósio Jr.,premiado na

CategoriaMaster e

Incentivo àPesquisa compresidente da

Essilor,Thomas

Bayer

Simoni MilaniBrandão,premiada nacategoriaSênior, com odiretor demarketing daEssilor,Charles-EricPoussin

Homenageados do 39º Prêmio Varilux

A Essilor Brasil também homenageou a comissão julgadora do 38º Prêmio Varilux: EduardoMarback (BA), Eduardo Cunha (SP) e Miguel Hage (PA), diploma e placa foram entregues porAderbal Alves Jr., Charles- Eric Poussin e Thomas Bayer, respectivamente

Luiz Carlos Portes e Aderbal Alves Jr. comAndré Portes, coordenador do melhor TemaLivre, que recebeu o Prêmio Celso Paciello

A endocrinologista Solange Travassos,presidente da União das Associações deDiabéticos do Estado do Rio de Janeiro

Tadeu Cvintal, presença certa nos eventosda SBO, fala sobre catarata diabética noSimpósio de Afecções Oculares no Diabetes

Mário Nagao e Gilberto dos Passos,coordenadores do Simpósio AfecçõesOculares no Diabetes

Fotos Fotográfos AssociadoMarcelo Ambe

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Jaleco com o monogramabordado da SBO, lançadodurante o VI CongressoNacional, exposto no estande

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so Nacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologiadestas duas páginas, a alegria, emoção e confraternização de participantes do encontro de julho

Durante o XVII Congresso Internacional daSociedade Brasileira de Oftalmologia, realizado emjunho de 2011, a Comissão Científica convidou oprofessor Rogério Mugnaini para proferir palestrasobre indicadores bibliométricos com ênfase no fa-tor de impacto e a avaliação da produção científicapara o corpo editorial da RBO e membros da dire-toria da SBO.

O professor Rogério Mugnaini é graduado emestatística pela Universidade Estadual de Campinas,mestre e doutor e Ciência da Informação, sendoatualmente professor doutor do curso de graduaçãoem Gestão de Políticas Públicas da Escola de Artes,Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo.

Segundo Arlindo Portes, diretor de publica-ções da SBO o fator de impacto (índice bibliométrico)calculado pela instituição Thomsom Reuters é pu-blicado anualmente no Journal Citation Reports®

(JCR®). No dia 29 de junho de 2011 foi publicadoo fator de impacto de 89 periódicos brasileiros nalista da JCR Science Edition.

O fator de impacto da Revista Brasileira deOftalmologia (RBO) foi de 0, 176. Este fator deimpacto é calculado como o número de citações quea revista recebeu nos últimos dois anos de outrosperiódicos indexados na mesma base divididos pelonúmero de artigos publicados pelo periódico.

A importância deste índice é que a especialida-de cirúrgica oftalmologia está incluída na área deMedicina III pela Coordenação de Aperfeiçoamentode Pessoal de Nível Superior (Capes). A Diretoriade Avaliação da Capes classifica os periódicos destaárea em sete níveis: A1,A2,B1,B2,B3,B4,B5 e C.O nível A1 é o maior e o C é o menor.

Uma determinada revista científica só é inclu-ída nos quatro estratos superiores da área MedicinaIII se tiver fator de impacto medido no JCR®. Estão

Fator de impacto no Journal Citations Reports®

da Revista Brasileira de Oftalmologia em 2010

classificados como B2 os periódicos que possuíremfator de impacto entre 0,1 e 1,34. Apenas doisperiódicos brasileros conseguiram fator de impactomaior do que 1,34 e portanto ficaram no nível B1nesta área. Eles são a revista Clinics e o InternationalJournal of Urology.

A RBO estava classificada antes da indexação noISI Web of Science/JCR® no nível B4 (nível corres-pondente a indexação de periódicos na base Scielo) eagora poderá subir de nível (caso os critérios semantenham) para B2. Isto implica que se um autorpertencente a um programa de pós-graduação emoftalmologia enviar um trabalho e este for publica-do na RBO, ele pontuará mais perante a Capes, oque contribui para aumentar o nível de qualidadede seu programa de pós-graduação perante esta ins-tituição. Avaliações cujos resultados indiquem pro-dução intelectual de nível alto favorecem a obtençãode recursos por parte de organizações de fomento apesquisa seja para o curso ou para o pesquisador.

Prof. Rogério Magnaini, de São Paulo, apresentaos indicadores bibliométricos para revistascientíficas no curso para editores da RBO

Público confere os últimos lançamentos emlentes de contato no estande da Bausch +Lomb, um dos mais amplos

Estande da Hoya onde houve vários sorteios,próximo ao da Sociedade Brasileira deOftalmologia

Estande da Essilor, ponto de referência paracongressistas e palestrantes, que marcamencontro com amigos de outros estados no local

Estande da Allergan, uma das principaispatrocinadoras do VI Congresso Nacional daSociedade Brasileira de Oftalmologia

Depois de apresentar sua palestra, MiguelBurnier, da Universidade McGill, Montreal,Canadá, toma um café no estande da Alcon

Johnson & Johnson também participou da feirade expositores no Centro de Convenções doHotel InterContinental Rio

5Julho - Agosto - Setembro - Outubro - 2011

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia6

Filha da guerra fria, no Brasil, a internet começa em 1991Priscila Sebba*

Você checa seus e-mails todos os dias?Você lê jornal pela internet? Você “reencon-trou” amigos de infância em redes sociais? Sea resposta for sim, então você está usufruindodas vantagens que a internet trouxe aos nos-sos dias para o uso pessoal. Mas você já seperguntou de onde veio esta ideia?

De fato a rede interligada começou comaplicações de maior relevância, para fins es-tritamente militares. Por volta de 1960, naépoca da chamada guerra fria, a competiçãoentre a então União Soviética e os EstadosUnidos gerou uma corrida tecnológica e fo-ram feitos investimentos astronômicos para“chegar na frente”.

Como o governo dos Estados Unidos pre-via um ataque russo às suas bases militares,com o objetivo de coletar informações sigi-losas de extrema importância, o que poderiafragilizá-lo e colocá-lo em desvantagem, foicriado um sistema de comunicação que per-mitia que a rede funcionasse mesmo com adestruição de uma ou mais máquinas. As-sim, se o Pentágono fosse atingido as infor-mações armazenadas não seriam perdidas.

Desenvolvido em 1969, este sistema cha-mado ARPANet (Advanced ResearchProjects Agency Network), a princípio in-terligou universidades e instituições de pes-quisa e militares. Neste começo, a internetpossuía poucos recursos, mas foram sendo so-mados o e-mail, a transferência de arquivos

(FTP) e o acesso desessões de hosts eum simples serviçode chat.

O ataque daUnião Soviéticanão chegou a acon-tecer, mas o Depar-tamento de Defesanorte-americanodava início ao mai-or fenômenomidiático de todosos tempos. Em ape-nas quatro anos,atingiria cerca de50 milhões de pes-soas. Apenas para parâmetros de comparação,a eletricidade (1873), por exemplo, atingiu50 milhões de usuários depois de 46 anos deexistência. O telefone (1876) levou 35 anospara atingir esta mesma marca. O automóvel(1886), 55 anos. O forno de micro-ondas(1953), 30 anos. A televisão (1926), 26anos. O rádio (1906), 22 anos. Omicrocomputador (1975), 16 anos. O celu-lar (1983), 13 anos.

Nesta época, o sistema ainda não tinhacunho comercial e foi somente na década de80 que passou a ser utilizado o termo internet,cuja expansão se dá a partir da década de 90.

Em 1991, portanto há apenas 20 anos, a

Rede Nacional deEnsino e Pesquisas(RNP), criada em1989 pelo Ministé-rio da Ciência eTecnologia (MCT),com o objetivo deconstruir umainfraestrutura derede internet naci-onal para a comu-nidade acadêmica,trouxe-a para o Bra-sil.

Em 1992, o ci-entista inglês TimBerners-Lee desen-

volve a Word Wide Web, Rede de AlcanceMundial, chave de reconhecimento dainternet, basicamente um meio de processartextos. E o número de servidores na rede atin-ge 1 milhão. Neste mesmo ano, as imagenscomeçam a ser mais acessíveis, com a criaçãodo Mosaic, o primeiro navegador da internet.

Mas foi apenas em 1995 que o governobrasileiro resolveu fornecer conectividade aprovedores de acesso comercial; conexões eramfeitas junto à RNP e mais tarde com aEmbratel.

Nesta fase a internet cresceu e apareceu,houve uma contínua progressão desde entãode enormes proporções, vários recursos foram

sendo agregados, aumentando suaconectividade, rapidez, importância social ecomercial.

A “rede” controla e vê tudo. Se você estáfora da rede, você está fora do mundo. O“mundo virtual “ mistura-se ao “mundo real“ e lhe é determinante.

Para ter uma ideia da importância eco-nômica atual da internet no Brasil, sites decomércio eletrônico foram acessados por 29,7milhões de pessoas , dos quais 25,4 milhõesnavegaram em sites de varejo.

Em 2010 existiam 43,3 milhões de usu-ários de internet ativos no país; um cresci-mento de 13,2 % em relação a outubro de2009. O Brasil detém o quinto lugar nomundo, perdendo somente para China , Es-tados Unidos, Japão e Índia.

A história de internet se mistura com osavanços tecnológicos, e se muitas pessoas afir-mam conseguir viver sem ela, estão engana-das quanto à penetração deste sistema na so-ciedade civilizada atual. A internet é umavanço irreversível. A pergunta agora é atéquando essa rede vai crescer? Quando vaisurgir a necessidade de ser reinventada? Apri-morada? Será substituída? Mas isso já é outrahistória...

*Membro da Comissão da Internet da SBO,médica oftalmologista especializada

em retina

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9Julho - Agosto - Setembro - Outubro - 2011

A Soblec tem por missão atuar no en-sino médico de refratometria, córnea, eda adaptação de lentes de contato, capaci-tando um número crescente de médicosoftalmologistas para atender cada vez me-lhor todos os pacientes. Criar oportuni-dades em pesquisas e possibilitar o estu-do minucioso de suas diversas áreas deatuação para melhorar as condições desaúde ocular da população brasileira tam-bém é objetivo da entidade.

Coerente com esses princípios, há 40anos a Soblec promove cursos e congres-sos, o que tornou o país um dos maispreparados para atender à saúde ocular dapopulação de forma correta. Somos hojemais de 5 mil sócios, oftalmologistas quepraticam a adaptação de lentes de contatopor todo o Brasil. No entanto, muito aindaprecisa ser feito, principalmente a partirda legislação atual, respaldada pela Reso-lução nº 1.965/2011 do Conselho Fede-ral de Medicina, que normatiza a questãodas lentes de contato definindo claramen-te que a adaptação da lente de contato éum procedimento médico, integral eintransferível.

A responsabilidade dos médicos oftal-mologistas que prescrevem e adaptam len-tes de contato é enorme, principalmente

Título;

porque a legislação brasileira não contem-pla a definição correta da lente de contatocomo um insumo do trabalho médico epor isso ela é confundida com lentes deóculos por sua finalidade de correção óti-ca, menosprezando o fato de seu umaortese em contato direto com o olho, oque traz implicações diretas de compro-metimento da saúde ocular, quando suaadaptação não é submetida a critériosmédicos de indicação.

A Soblec entende que para conseguirresolver as dificuldades legislativas, asquais permitem a venda indiscriminadado insumo médico da lente de contato,temos que ocupar os espaços por meiodo aprimoramento do trabalho médicoda adaptação de lentes de contato e pelacriação de uma cultura popular baseadano conhecimento verdadeiro dos benefí-cios e dos riscos de adaptação das lentesde contato.

Atenta às necessidades de formaçãodos residentes, que não têm acesso a essetipo de aprendizado, a Sociedade Brasi-leira de Lentes de Contato, Córnea eRefratometria, por meio do InstitutoSoblec de Educação, criou um projetoque visa levar às 94 residências brasi-leiras, oficiais ou não, condições para o

aprimoramento a curto, médio e longoprazo do ensino da Adaptação de Lentesde Contato.

A criação dos Polos de Ensino do Ins-tituto Soblec de Educação teve seu inícioem Belo Horizonte, no dia 21 de agostopassado, no Instituto Hilton Rocha, me-recidamente, pois este projeto foi ideali-zado pelo colega Cléber Godinho e porisso leva seu nome. No dia 26 de agosto,foi inaugurado o projeto piloto na sede daSBO. Mais oito polos serão instalados emFlorianópolis, Joinville, Londrina, SãoPaulo, Fortaleza, Natal e Goiânia.

Estes pólos vão contar com um pro-grama completo teórico e prático de for-mação em adaptação de lentes de contato,compreendendo, além do conhecimentoem refratometria e córnea, um consultó-rio de oftalmologia completo e equipado.Trabalho hercúleo, para o qual contamoscom a contribuição de parceiros tradicio-nais da Soblec: J&J, B+L, Vision CareCiba-Alcon, Mediphacos e SoloticaOptolens, que suberam compreender amagnitude deste feito.

*Presidente da Soblec gestão2007-2009/ 2009-2011, vice-presi-

dente na gestão 2011-2013

Tania Schaeffer*

Importância dos consultórios para ensinode lentes de contato a residentes

Oftalmologistasjá atendem os

pacientes da UaderjO Projeto Oftalmologista Amigo do

Jovem com Diabetes, iniciativa da Uniãodas Associações de Diabéticos do Estadodo Rio de Janeiro (Uaderj), que conta como apoio da SBO, já está agendando con-sultas com os oftalmologistas que se ca-dastraram para atender gratuitamente cri-anças, adolescentes e adultos jovens debaixa renda, portadores de DiabetesMellitus.

Cada oftalmologista atenderá até doispacientes diabéticos por mês, depois deser contado pela secretária da Uaderj, quefunciona na Av. Nossa Senhora deCopacabana, 788/608 CEP 220551-001(telefax: 2547-1577). O e-mail da enti-dade é [email protected] E o sitewww.unidospelacriancadiabetica.com.brwww.uaderj.org

Segundo a endocrinologista SolangeTravassos, presidente da entidade, as con-sultas serão sempre agendadas através dasassociações de diabéticos. Não haverá pro-cura espontânea do paciente no consultó-rio do oftalmologista. Durante a consul-ta, o oftalmologista deverá preencher oformulário de avaliação, que será encami-nhado ao consultório do especialista oufornecido pelo paciente. Após o preenchi-mento, o formulário deverá ser enviadopara a Uaderj por fax ou e-mail.

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia10

Consultas Consultas Honorários MédicosPlano Coletivo Plano Individual

2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 0 2 0 1 1 2 0 1 0 2 0 1 1

Petrobras - 01/09/10-01/09/11 8 0 , 0 0 8 0 , 0 0 8 0 , 0 0 8 0 , 0 0 Cbhpm - 15% 3ª Ed. Cbhpm -12,50%pj = 44,00 pj = 60,00 pj = 44,00 pj = 60,00

Unimed-Rio - 01/08/10-01/09/11 5 7 , 0 0 6 2 , 0 0 5 7 , 0 0 6 2 , 0 0 Cbhpm +10% 4ª Ed. Cbhpm +15%

Amil - 01/08/10-01/09/11 5 7 , 0 0 6 0 , 0 0 5 7 , 0 0 6 0 , 0 0 0 , 4 4 0 , 4 6( 5 , 2 6 % ) ( 5 , 2 6 % ) ( 4 , 5 5 % )

Bradesco - 01/09/10-01/09/11 5 2 , 6 0 5 6 , 0 0 4 9 , 5 0 5 6 , 0 0 Aumento de 5% Aumento de 5%( 5 , 6 2 ) ( 6 , 4 6 % ) ( 7 , 1 4 ) ( 1 3 , 8 2 % ) valores anteriores valores anteriores

honorários diferentes

Golden Cross - 01/08/10-01/08/11 5 2 , 5 0 5 5 , 7 0 5 2 , 5 0 5 5 , 7 0 0 , 4 4 0 , 4 6( 5 % ) ( 6 % ) ( 5 % ) ( 6 % ) ( 4 , 5 5 % )

Sul América - 01/09/10-01/09/11 5 2 , 0 0 5 4 , 0 0 4 9 , 0 0 5 4 , 0 0 Aumento de 5% Aumento de 7%( 5 , 6 9 % ) ( 3 , 7 0 % ) ( 6 , 5 2 ) ( 9 , 2 5 % ) valores Anteriores Valores honorários

diferentes

Furnas 01/09/10-01/10/11 5 0 , 9 7 5 7 , 2 3 5 0 , 9 7 5 7 , 2 3 CH = 0,46 4ª Ed. 4ª Ed CBHPM( 7 , 7 5 % ) ( 1 2 , 2 9 % ) ( 7 , 7 5 % ) ( 1 2 , 2 9 % ) CBHPM

Caixa Econômica 4 7 , 0 0 5 2 , 0 0 4 7 , 0 0 5 2 , 0 0 CBHPM -15% 3ª Ed. Cbhpm -12,50%Federal 01/09/10-01/08/11 ( 6 , 8 1 % ) ( 9 , 6 1 % ) ( 6 , 8 1 % ) ( 9 , 6 1 % )

Correios 01/09/10-01/09/11 4 7 , 0 0 5 2 , 0 0 4 7 , 0 0 5 2 , 0 0( 6 , 8 1 % ) ( 9 , 6 1 % ) ( 6 , 8 1 % ) ( 9 , 6 1 % ) Cbhpm -15% 3ª Ed. CBHPM -12,50%

Cassi 01/09/10-01/08/11 4 7 , 0 0 5 2 , 0 0 4 7 , 0 0 5 2 , 0 0 CBHPM -15% 3ª Ed. CBHPM -12,50%( 6 , 8 1 % ) ( 9 , 6 1 % ) ( 6 , 8 1 % ) ( 9 , 6 1 % )

BNDES-FAPES 01/09/10-01/08/11 4 7 , 0 0 5 2 , 0 0 4 7 , 0 0 5 2 , 0 0 BCbhpm -15% 3ª Ed. Cbhpm -12,50%( 6 , 8 1 % ) ( 9 , 6 1 % ) ( 6 , 8 1 % ) ( 9 , 6 1 % )

Geap 01/08/11 4 4 , 0 0 5 0 , 0 0 4 4 , 0 0 5 0 , 0 0 (3ª Ed. Cbhpm -12,50%). 1,25A partir de A partir de

fev/2012 - 54,00 fev/2012 - 54,00

Assim 01/09/10-01/08/11 4 3 , 0 0 5 0 , 0 0 4 0 , 0 0 5 0 , 0 0 0 , 4 0 0 , 4 4( 7 % ) ( 1 4 % ) ( 7 , 2 5 % ) ( 2 0 % ) ( 1 1 % )

Medial 01/09/10-01/09/11 4 5 , 4 0 5 0 , 0 0 4 5 , 4 0 5 0 , 0 0 0 , 3 2 0 , 3 6( 1 0 , 1 3 % ) ( 1 0 , 1 3 % ) ( 1 2 , 5 0 % )

Dix 01/09/10-01/09/11 4 0 , 0 0 5 0 , 0 0 4 5 , 2 0 5 0 , 0 0 0 , 4 4 0 , 4 6( 1 3 , 8 % ) ( 2 5 % ) ( 1 0 , 6 1 % ) ( 4 , 5 5 % )

Propostas das operadoras

Valores de consultase honorários médicosvariam por convênios

A FeCooeso, através da Cooeso RJ, di-vulgou os últimos valores de consultas e ho-norários médicos, negociados pelo Conse-lho Regional de Medicina do Estado do Riode Janeiro (Cremerj), pela Sociedade Médi-ca do Estado do Rio de Janeiro (Somerj) epelas sociedades de especialização, junto àsoperadoras de planos de saúde.

As reuniões, realizadas na sede doCremerj contaram sempre com a presençade representantes da Sociedade Brasileirade Oftalmologia, Gilberto dos Passos eSérgio Fernandes, também membros daCâmara Técnica de Oftalmologia.

Segundo João Fernandes, assessor daFeCooeso e da Cooeso RJ, a oftalmologiaé uma das especialidades com maior pre-sença nas reuniões no Cremerj e tambémnas reuniões em nível nacional. A novatabela atende a algumas das reivindica-ções encaminhadas em junho passado, en-tre as quais, a equiparação dos planos co-letivos e individuais.

O JBO publica ao lado para orienta-ção dos associados, a tabela com os valo-res, que variam conforme a operadora:

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11Maio - Junho - 2011

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia12

Da relação entre o trabalho e as doen-ças advindas ou agravadas por ele, surgiua medicina do trabalho. Nesta especiali-dade, o médico trabalha junto ao enge-nheiro e o técnico na prevenção de aciden-tes e na saúde ocupacional obedecendo àsnormas regulamentadoras.

A norma regulamentadora NR6 esta-belece e normatiza o equipamento de pro-teção individual (EPI) para os olhos e aface em quatro tipos de óculos: a) óculospara proteção dos olhos contra impactosde partículas volantes; b) óculos para pro-teção dos olhos contra luminosidade in-tensa; c) óculos para proteção dos olhoscontra radiação ultravioleta; d) óculos paraproteção dos olhos contra radiaçãoinfravermelha.

Todos sabemos que para quem possuiuma refração da qual é dependente ficainviável o uso de óculos de proteção sem adevida correção óptica. Na prática, o tra-balhador para não se esforçar e na impos-sibilidade de superpor os óculos de pro-teção individual aos óculos de uso cotidi-ano, ele opta em ficar somente com seusóculos, desprezando o EPI.

Consulta oftalmológica deve ser sempreobrigatória no exame médico para o trabalho

Ruth Cytrnbaum Cwaigenberg*

Este fato, somado ao desconhecimen-to da refração atualizada e a falta deobrigatoriedade do exame oftalmológicorotineiro e periódico por lei, geram me-nor produtividade e aumentam o risco deacidentes no trabalho, além de acarreta-rem despesas com processos jurídicoscíveis, trabalhistas e previdenciários.

Partindo desta premissa, decidi rever217 casos de processos judiciais em oftal-mologia, em vara acidentária, nos quaisparticipei como perita do juízo. Destes,apenas uma insignificante minoria (8 ca-sos) foram relevantes.

Tirando uma conclusão apressada podeparecer que são todos “espertos”. Porém,em uma análise mais criteriosa todos ha-viam se acidentado no trabalho várias ve-zes, porém, as lesões como nubéculas nãocausaram a baixa acuidade visual e sim osvícios de refração não corrigidos. Foramentão induzidos a erro de interpretação decausa x efeito.

O objetivo deste artigo é chamar aatenção para este problema junto à classeoftalmológica e as nossas sociedades de es-pecialidades e sub para cobrarmos a in-

clusão da obrigatoriedade do exameoftalmológico do trabalhador anualmenteno exame médico. Este exame deverá serrealizado por oftalmologista. Nós oftal-mologistas devemos selecionar o tipo dearmação que possa conter a refração devi-da e a filtração e coloração necessárias acada tipo de ocupação.

Com esta nova conduta ganharão asempresas funcionários mais eficientes, me-nos acidentes e menos processos. O tra-balhador sofreria menos acidentes e au-mentaria a sua eficácia diminuindo o seuesforço visual.E a classe oftalmológica te-ria mais um nicho de trabalho, amplian-do a sua atuação na prevenção de doençasoculares, até mesmo a cegueira. Os tribu-nais reduziriam o número de processos ea máquina pública judiciária eprevidenciária seriam menos utilizadas re-duzindo os gastos públicos.

*Sócia da SBO, membro funda-dor do Instituto Brasileira dos

Médicos Péritos Judiciais (Ibramep)e associada a Sociedade Brasileira de

Péritos Médicos

Cremerj promove em 5/11 último Fórum deOftalmologia de 2011

A Câmara Técnica de Oftalmologia doConselho Regional de Medicina do Estado doRio de Janeiro (Cremerj), que tem como res-ponsável o conselheiro Sérgio Fernandes e comocoordenador Marco Antônio Alves, encerra nopróximo dia 5 de novembro sua programaçãode 2011. Durante todo o ano foram realizadosdiversos encontros, sempre sob a denominaçãoDúvidas e Controvérsias em Oftalmologia,como o sobre neuro-oftalmologia.

O último Fórum da Câmara Técnica deOftalmologia do Cremerj tem a colaboração deseis residentes dos Serviços de Oftalmologia doInstituto Benjamin Constant, Hospital Fede-ral de Bonsucesso, Santa Casa da Misericórdia,Oculistas Associados, Hospital da Piedade eHospital dos Servidores do Estado, respectiva-mente Bernardo Teixeira Lopes, Hellen RamosSilva, James Valeixo, Natalia Perim, PaschoalJosias de Oliveira Junior e Pedro Alves Lopesda Motta.

Celso Marra, Raul Vianna, Mário Monteiro (SP),Sérgio Fernandes, Samuel Cukierman, Gilbertodos Passos, Paiva Gonçalves e KássieCagrim no Fórum sobre Neuro-Oftalmologia

Cremerj

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13Julho - Agosto - Setembro - Outubro - 2011

Ensino de lentes de contato na SBOCurso de lentes de contato Soblec/SBO para residentes prevê aulas práticas e teóricas

No dia 26 de agosto foi inauguradona sede da SBO o consultório para oensino de lentes de contato a resi-

dentes de oftalmologia, projeto em parceriacom a Soblec. Idealizado por CléberGodinho, através do Instituto Soblec deEducação, o consultório deve começar a fun-cionar no início de 2012.

Durante a inauguração, o presidente daSBO, Aderbal Alves Jr., destacou a impor-tância da iniciativa, que beneficiará todos osresidentes da especialidade, já que os Servi-ços de Oftalmologia não oferecem condiçõespara a prática da prescrição e adaptação delentes de contato. Ele também ressaltou aimportância da iniciativa por propiciar avalorização da refração.

Corroborando as declarações de AderbalAlves Jr., o presidente da Soblec, para 2011-2013, César Lipener, acrescentou em seu dis-curso que, embora parte importante da refra-ção, as lentes de contato são ignoradas pelamaioria dos residentes, mais preocupados emdominar técnicas cirúrgicas. “Eles só come-çam a valorizar a refração cinco a dez anosapós o término da residência”.

Presidente da Sociedade Brasileira de

Cléber Godinho, idealizador do projeto, Aderbal de Albuquerque Alves,César Lipener, Tania Shaefer, Aderbal Alves Jr.,Juliana Bohn Alves eUbirajara Moulin no laboratório de lentes de contato da SBO

Antes de de detalhar o Polo de Ensino do Instituto Soblec de Educaçãoe falar sobre a parceria com a SBO, Tania Shaefer homenageou todosos ex-presidentes da entidade que presidiu durante quatro anos

Lentes de Contato, Córnea e Refratometriade 2007 a 2009 e de 2009 a 2011, TaniaSchaefer traçou um breve histórico dos 40anos da entidade, lembrando a importânciade cada gestor desde sua fundação. Ela con-firmou que, além do projeto piloto na sededa SBO, mais sete pólos serão instalados em

Florianópolis, Joinville, Londrina, São Pau-lo, Fortaleza, Natal e Goiânia. O objetivo éatender aos 94 Serviços de Oftalmologia exis-tentes no país.

A inauguração do Polo de Ensino doInstituto Soblec de Educação na SBO con-tou com a presença de inúmeros oftalmolo-

gistas, além da diretoria das duas sociedades.Ex-presidente da SBO, autor do livro refe-rência sobre refração, Aderbal deAlbuquerque Alves foi um dos que estive-ram presentes, assim como A. Duarte, sempreconvidado a falar sobre o tema em congressose simpósios.

Novos Serviços participam das Sessões Extraordinárias

Jacqueline Provenzano do Cepoa com AugustoDuarte antes do início da 3ª SessãoExtraordinária da SBO

Depois da apresentação do Serviço do HMP,foto reunindo professores e residentes com oex-chefe,Yoshifumi Yamane

Apresentação de Miguel Ângelo Padilha, cujoServiço estreou este ano na programação dasSessões Extraordinárias

Realizadas sempre na última quinta-feira do mês, no auditório da SBO, as Ses-sões Extraordinárias têm estado mais con-corridas com a participação de novoss Ser-viços de Oftalmologia e clínicas, como odo Hospital da PM em Niterói, HospitalNaval Marcílio Dias, Hospital de OlhosSanta Beatriz e MP Oftalmologia, deMiguel Ângelo Padilha.

Da 3ª Sessão Extraordinária, no dia 26de maio, participaram o Hospital deIpanema, o Centro de Estudos e Pesqui-sas Oculistas Associados (Cepoa) e o Hos-pital da PM em Niterói. JaquelineProvenzano do Cepoa, EduardoLaboissière, do Hospital de Ipanema, eJoão Império Meyrelles, do Hospital daPM de Niterói prestigiaram o evento.

Foram apresentados os seguintes Te-mas Livres: Retinopatia Serosa Central-Elohim Nogueira (Hospital de Ipanema),Crosslink: Solução para Ceratocone?-Fernando Luiz Medeiros (Cepoa) eRetinopatia Hipertensiva- Rafael Marinho(HPM-Niterói). Casos Clínicos: GlaucomaNeovascular- Vivian Laboissière (Hospitalde Ipanema), Tumores Metastáticos: Ór-bita e Intraocular- Renata Valdetaro (Cepoa)e Osteoma de Coróide- Paula Marco deSouza Ferraz (HPM-Niterói).

No dia 28 de julho, a 4ª Sessão Extra-ordinária reuniu os Serviços de Oftalmo-logia do Hospital Municipal da Piedade(HMP), Hospital Naval Marcílio Dias(HNMD) e Hospital de Olhos SantaBeatriz (HOSB), chefiados por SérgioMeirelles, Renato Souza Cruz e BrunoNovaes, respectivamente.

Os Temas Livres versaram sobreOclusão Combinada de Artéria e Veia Cen-tral da Retina Secundária e Uso deAnfetaminas- Armando Magalhães(HOSB), Conduta em Paciente com Ân-gulo Oclusível- Sérgio Meirelles (HMP),e Degeneração Macular Relacionada à Ida-de e Uso de Lucentis-Nadyr Damasceno.

Casos Clínicos: Oclusão de Veia Centralda Retina Secundária à Doença de Coats-José Carlos Pires (HOSB), GlaucomaCortisônico Infantil- Eduardo Buscacio(HMP) e Hipóteses Diagnósticas-SorayaHorowitz (HNMD).

A 5ª Sessão Extraordinária, realizadano dia 25 de agosto de 2011, reuniu osServiços de Oftalmologia MP Oftalmo(MPO), Instituto Brasileiro de Oftalmo-logia (Ibol) e Hospital Miguel Couto, che-fiados por Miguel Ângelo Padilha,

Oswaldo Moura Brasil e Sansão Kac.Miguel Ângelo Padilha apresentou o pri-

meiro Tema Livre- Complicações em Cirur-gia de Catarata. A seguir Letícia Rielo deMoura (Ibol) e Marcelo Jarczun Kac (HMC)abordaram: Conduta Atual nos Melanomasde Coróide e Tonometria de Contorno Dinâ-mico: Princípios, Vantagens e Desvantagens.Casos clínicos: Glaucoma em altohipermétrope- Diogo Lucena (MPO), Reti-na- André Soares Maia (Ibol) e Glaucoma-Gustavo Matias Hüning (HMC).

Oswaldo Ferreira Moura Brasil, Maria VitóriaMoura Brasil, Oswaldo Moura Brasil e, nasegunda fila, Paulo Nakamura, do Ibol

Fotos Alex Marques

SBO promoveCurso de Pesquisa

ClínicaNo dia 6 de agosto, a Sociedade

Brasileira de Oftalmologia promo-veu o Curso de Pesquisa Clínica,com isenção de taxa de inscrição paraos sócios quites com a anuidade de2011.

Coordenado pelo presidenteAderbal Alves Jr. e por MárioMotta e Ricardo Japiassú, o cursocontou com palestra do consultorcientífico da Novartis, RogérioFurquim Mauad. Foram aborda-dos os seguintes tópicos: O que épesquisa clínica, condução dos es-tudos clínicos, termo de consen-timento informado, fármaco vigi-lância, orçamento, como proporum estudo clínico.

Nova seçãono site daSociedade

Os sócios da SBO já podem anun-ciar oportunidades de trabalho,aprendizado e pesquisa no link Ban-co de Oportunidades, na área do mé-dico do site (www.sboportal.org.br).Os interessados podem entrar emcontato pelo [email protected] as informações divulgadas nestaárea são de responsabilidade exclusi-va do sócio interessado em postar asinformações.

Fotos Marcelo Ambe

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia14

Eventos em todo o Brasil celebram desde o início do ano o centená-rio de nascimento do criador do primeiro curso de doutorado em oftal-mologia do Brasil, cujo legado extrapola sua terra natal, Minas Gerais.

Em Belo Horizonte, onde desenvolveu sua vida profissional,no dia 13 de dezembro às 20 horas, na Associação Médica de

Minas Gerais, haverá a solenidade comemorativa oficial.Nicomedes Ferreira, que manteve ao longo de sua vida profí-

cua relação profissional e de ensino com o prof. Hilton Rocha, é ocoordenador das comemorações, que se estenderão até 2012, como lançamento de um livro.

Oftalmologia brasileira festeja centenário de Hilton RochaSBO cede fotos raras de seu arquivo iconográfico para livro a ser lançado em 2012

Prof. Hilton Rocha, Nicomedes Ferreira (terno claro), Henderson Almeida esua esposa, Maria Helena, em 1970, nas comemorações dos 50 anos defundação do Hospital São Geraldo

Da esquerda para a direita, na fila do refeitório do Hospital São Geraldo,Márcio Guimarães (BH), Evaristo Nardelli (Goiânia), Nicomedes Ferreira,e Dirceu Chamone (BH)

A foto clássica do prof. Hilton Rocha,com a beca da Academia de Medicinade Minas Gerais

Nascido em Cambuquira, sul de Minas, Hilton Rocha completaria 100anos no próximo dia 23 de dezem-

bro. Graduado em Medicina pela Universi-dade Federal de Minas Gerais aos 22 anos,desde cedo se destacou pelo trabalho em proldos mais humildes, destituídos de recursospara um bom atendimento oftalmológico.Essas atividades culminaram com a criaçãoda fundação que leva seu nome.

Hilton Rocha, que morreu em 23 de maiode 1993, aos 81 anos, teve também impor-tante atuação no ensino da especialidade:criou a primeira residência médica em oftal-mologia de Minas Gerais (1959) e o primei-ro curso de doutorado em oftalmologia doBrasil (1970). Oftalmologista pioneiro narealização de transplantes de córnea, contri-buiu para que a especialidade no Brasil atin-gisse nível internacional.

Para comemorar o centenário de nasci-mento do prof. Hilton Rocha várias home-nagens estão programadas para este final deano, estendendo-se até 2012, quando serálançado um livro com quatro seções: uma dedepoimentos de colegas oftalmologistas, a

segunda, de artigos e discursos das diversasentidades médicas das qual participou ati-vamente, a terceira sobre Hilton Rocha e aSociedade Brasileira de Oftalmologia, com acolaboração de João Diniz, e a quarta seçãotrará seus discursos preferidos, uma síntesede seus pensamentos e sua filosofia da medi-cina, da oftalmologia e de vida.

“Espero concretizar o sonho do livroem homenagem àquele a quem devo mi-nha formação Moral, Cidadã, Médica eOftalmológica” explica NicomedesFerreira, coordenador das comemorações docentenário, escolhido por sua longa rela-ção profissional e de ensino com o prof.Hilton Rocha.

Segundo Nicomedes Ferreira, seu primei-ro contato com o professor foi de aluno degraduação. Suas fantásticas aulas deixavamsaudades em todos os acadêmicos e delas nun-ca esqueceu. Terminado o curso de gradua-ção em 1962, Nicomedes foi ser no mesmoano assistente do prof. Nello de MouraRangel, na cadeira de Histologia eEmbriologia da Faculdade de Medicina daUFMG.

-Em 1968, extinta a cátedra, com o quenunca me conformei, tive de procurar ou-tro caminho na medicina. Sabia apenas daraula, ainda não tinha clinicado e agora oque fazer? Procurei então o prof. Hilton,que me recebeu de braços abertos, pedin-do a ele o ingresso no curso de pós-gradu-ação. Ele, rigoroso nos ditames do ensino,me disse que aceitaria com todo o prazer eagrado se eu passasse no concurso de resi-dência. Lá fui eu estudar as cadeiras bási-cas, após oito anos de formado, para tentarser aceito na oftalmologia. Tirei o últimolugar no concurso, mas tirei o 1º ao finalde dois anos de pós-graduação, quando fuiorador e saudei o nosso paraninfo, o gran-de prof. Luiz Eurico Ferreira, em março de1971.

Destacando o amor do prof. Hilton Ro-cha pela Sociedade Brasileira de Oftalmolo-gia e pelo Jornal Brasileiro de Oftalmologia,Nicomedes Ferreira informou que as come-morações reúnem cinco entidades: AcademiaMineira de Medicina, onde o homenageadoocupava cadeira de membro fundador e foiorador oficial durante anos; Faculdade de

Medicina da UFMG, onde foi catedrático de1942 a 1981; Associação Médica de Brasi-leira, que presidiu; Associação Médica deMinas Gerais, da qual foi duas vezes presi-dente; e Fundação Hilton Rocha, a meninados seus olhos.

No dia 13 de dezembro, Dia de SantaLuzia, protetora dos olhos, de quem o prof.Hilton Rocha era devoto, haverá solenidadecomemorativa na Associação Médica de Mi-nas Gerais, às 20 horas, seguido de um co-quetel.

Cinco oradores, cada um dispondo de 15minutos, falarão na ocasião: Ricardo Rocha,oftalmologista, filho do prof. Hilton, emnome da família; prof. Nassim Calixto, peloHospital São Geraldo, abordará as atividadesda residência e do curso de pós-graduação;Elisabeto Ribeiro Gonçalves representará aFundação Hilton Rocha; prof. João AmilcarSalgado, da Associação Médica de MinasGerais, discursará pela Faculdade de Medi-cina e pelo Centro de Memória da UFMG.Encerrando as palestras, Nicomedes Ferreira,representando a Academia Mineira de Me-dicina.

Fotos de arquivo pessoal Nicomedes Ferreira

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Abhay Vasavada, Medalha Binkorst no congresso da ASCRSReferência mundial em catarata pediátrica, Abhay sonha em implementar as pesquisas sobre catarata

Abhay R. Vasavada*

15Julho - Agosto - Setembro - Outubro - 2011

JBO- You re-cently won the dis-tinguished and cov-ered BinkhorstMedal in the lastASCRS meeting inSan Diego, USA.What this representsin your internation-ally acclaimed ca-reer?

Abhay R. Vasava-da - To receive Binkhorst Gold Medal was likea dream to me. I never had imagined myself asa recipient of this honour. In my career, this isthe ultimate recognition I could receive. But,this has made me more conscious of myresponsabilities as an educator, academician andclinician. It has become a stimulus for me todevelop / evolve myself as a better human be-ing. It has made me more determined to sharemy knowledge, skill and wisdom.

JBO-Before receiving the BinkhorstMedal you delivered an extraordinarylecture on Pediatric Cataract. Could youplease, highlight the most importantpoints regarding the management of pe-diatric cataract, like : minimum age forsurgery (unilateral and bilateral); tech-nique of cataract removal; handling theposterior capsule; age limit for IOL im-plantation; type of IOL; postoperativecontrol etc.

AV- Pediatric cataract is the most com-mon cause of treatable childhood blindness,accounting for 5–20% of blindness in chil-dren worldwide. Pediatric cataract surgery isa complex issue best left to surgeons that arefamiliar with its long-term complications andlengthy follow-up. Treatment is often diffi-cult and tedious and requires a dedicated teameffort, the most important members beingparents. The timing of treatment is crucial tothe visual development and successful reha-bilitation of children. Managing pediatriccataract poses important problems related totechnical aspects of surgery, changing refrac-tion and functional outcome. However, withrefinements in surgical techniques, improvi-sation in quality and designs of intraocularlenses (IOLs) as well as amblyopia regimes,both technical and functional outcomes ofpediatric cataract surgery are improving.

We follow a model for pediatric cata-ract management that has withstood the testof time in our experience.

Teamwork: First and foremost, it is im-perative to realize that the surgeon alone doesnot suffice. Building a team that can dealwith all the aspects of pediatric cataract man-agement is very essential. Here, the role of adedicated pediatric co-ordinator cannot beoveremphasized. They are a vital link inmaintaining communication with the par-ents. And of course, parents play a very cru-cial role in the ultimate outcome.

Timing of surgery: The key question is,exactly when is the surgery safe to under-take? Operating a unilateral cataract at 4weeks & a bilateral cataract at 6 weeks can beconsidered optimal.

Special considerations in pediatric cataractsurgery: The surgeon should strictly adhereto the principles of the closed chamber tech-

nique, such as valvular incision, injectionof viscoelastic before removing any instru-ment from the eye, bimanual irrigation–as-piration and two-port anterior vitrectomy.

Anterior capsule management: The an-terior capsule in children is very elastic, andtherefore it may be difficult to perform acontrolled manual continuous curvilinearcapsulorhexis (CCC). However, it remains agold standard for resistance to tearing andshould be accomplished whenever possible.The shape, size and edge integrity of ante-rior capsulotomy are very important for long-term centration of the IOL High-viscosityviscoelastic agents and trypan blue dye areuseful adjuncts in pediatric surgery.

Lens material is removed with bimanualirrigation / aspiration using modest vacuum,aspiration flow rate and bottle height.

Management of the posterior capsule andanterior vitreous face: The most frequent andsignificant problem following pediatriccataract surgery is Visual Axis Obscuration(VAO). Maintenance of a clear visual axisremains a high priority when planning man-agement of the posterior capsule in theamblyogenic age range. An important ques-tion that remains is when should the poste-rior capsule be left intact? The consensus isto perform posterior continuous curvilinearcapsulorhexis (PCCC) with anteriorvitrectomy in children under 6–7 years orin children who have poor cooperation forprobable Nd:YAG capsulotomy. PCCC with-out anterior vitrectomy was found to be apreferred approach in children above 7 yearsor for those who cooperate for Nd:YAG lasercapsulotomy at a later time. Like ACCC,manual PCCC remains a gold standard forperforming posterior capsulotomy. The com-mon practice is to carry out posteriorcapsulotomy before IOL implantation if thelimbal approach is used. If the pars planaapproach is used, however, posteriorcapsulotomy and vitrectomy should be per-formed after IOL implantation.

Limited anterior vitrectomy has also be-come an integral part of our surgical proto-col in younger children. The use of triamci-nolone has helped us ensure the adequacy ofvitrectomy. Limbal or pars plana approachmaybe preferred for vitrectomy.

Intraocular Lens (IOL) implantation: Pro-viding a stable & child friendly optical cor-rection is a very important aspect of the vi-sual rehabilitation. While aphakic glassesare a consideration in bilateral cataracts, theyare extremely cumbersome and provide acompromised vision. Contact lens use is anexpensive option and often impractical, inmany parts of the world. It is also largelydependent on the parents’ compliance. Inmy experience, IOL implantation remainsthe best option for achieving an optimalvisual performance in children.

Primary IOL implantation has become apreferred approach in children above 2 years.However, IOL implantation is still ques-tioned in children under 2 years as these eyesare most susceptible to intense PCO and ex-cessive uveal inflammation.

To answer this question, at our centre weconducted a prospective randomized con-trolled trial on children below 2 years of

age. 30 children with bilateral cataracts, re-ceived primary IOL implantation while 30were left aphakic. In the aphakic group,patients were given glasses or contact lens.All the 120 eyes were followed up for 4years postoperatively.

Visual axis obscuration was comparablein both the groups. But, we found that sec-ondary glaucoma was more common in theaphakic eyes. Visual performance of thepseudophakic eyes, depicted in LogMARhere, was significantly better than that ofthe aphakic eyes.

IOL fixation, material and size are im-portant determinants of immediate andlong-term outcome. In-the-bag fixation isthe most preferred site of IOL implantation.Presently, pediatric cataract surgeons world-wide favor the use of hydrophobic acrylicIOL material. With the hydrophobic acrylicmaterial, PCO sets in at a later stage and thevisual axis obscuration produced is less se-vere and therefore it is less amblyogenic.

Postoperative follow-up: Since the wholeidea is to provide a good visual stimulus,there needs to be a standardized follow-upprotocol at regular intervals. ExaminationUnder Anesthesia (EUA) remains themainstay. It enables a battery of evaluationsat each visit, including detailed anterior andposterior segment evaluation, intraocularpressure measurement, measuring biometricparameters of the eye – axial length, cornealdiameter, keratometry, performing gonios-copy and ultrasound biomicroscopy (UBM).The purpose is to identify every potentialproblem so that we can tackle it well in time& appropriately.

However, these patients often come fromlower socioeconomic strata and cannot comefor repeated follow-ups. In our setup, we of-fer subsidized surgeries and sometimes evenprovide financial aid for travel so that par-ents keep bringing their children for regu-lar examinations.

We have also set up a culture, where thepediatric co-ordinator would periodicallycall to make sure that our advised therapywas properly followed and when they cometo our clinic, each child receives gifts.

JBO - Could you please let us knowsomething about your institution inAhmedabad, India, your research projectsand your thoughts about the surgical cor-rection of presbyopia.

AV - I am currently the director ofRaghudeep Eye Clinic (REC) and IladeviCataract and IOL Research Centre (ICIRC).

In 1984, I started my practice as a smallprivate clinic, Raghudeep Eye Clinic, inAhmedabad, India. As I took up cataract as asubspeciality, Raghudeep Eye Clinic becamewell-known as a Cataract Speciality Centrewhere we dealt with all types of cataracts inboth adults and children. We also became atertiary referral centre for pediatric cataractsall over India. Over the years we have alsoadded Glaucoma and Cornea Managementto our armamentarium. Presently,Raghudeep Eye Clinic is a 100-strong orga-nization that is recognized as an eyecare cen-tre of international standards. Our missionis to provide state - of - the- art eye care to thesociety and contribute to scientific advances

in ophthalmology by sharing clinicalknowledge and experience. A dedicatedteam of ophthalmologists, anesthetists, sci-entists and paramedics are committed to-wards the progress of the institute.

I also started a PhacoemulsificationTraining Program in 1989. At RaghudeepEye Clinic, we have trained over 100 oph-thalmologists in India and around 50 oph-thalmologists from various countries, includ-ing, USA, Switzerland, Indonesia,Macedonia, Bangladesh, Nepal, Pakistan,China.

I established the Iladevi Cataract & IOLResearch Centre (ICIRC) in 1991. Thiscenter is dedicated to basic and clinical re-search related to various aspects of the lensand other common eye diseases. We havemore than 130 publications in peer-re-viewed journals. ICIRC is recognized by theDepartment of Science and Technology,Government of India.

ICIRC is uniquely positioned as a re-search facility. Being associated with a flour-ishing ophthalmic practice there is a con-stant source of patients for various researchproblems / issues. This provides an unparal-leled advantage to conduct both clinical andbasic research simultaneously.

Various research projects have been car-ried out in collaboration with Indian agen-cies ( like the Department of Science andTechnology- Govt of India, Indian Councilof Medical Research, Centre for Cellular andMolecular Biology, Indian Institute of Man-agement) as well as International Agencies (like Creighton University, Omaha, USA,University of East Anglia, UK, Uleval Uni-versity Hospital, Norway, ASCRS Founda-tion, USA).

In India, research is relatively poorly sup-ported. Therefore I have been supporting andexpanding research by a private initiative.

Ultimately, my dream is to create andleave behind a world class, state-of-the-artresearch facility for the society.

JBO-How about pastimes ?AV-I like being outdoors with nature. I

go out walking in the countryside. Often Ijoin friends for trekking or trip to moun-tains. When indoors I watch cricket (a sportsomewhat similar to baseball) or listen toIndian music. I also like being in water andlove snorkeling.

JBO - You have been to Brazil acouple of times. What were your impres-sions?

AV - I have been to Brazil 3 times andwould like coming back to this beautiful coun-try. There is so much to explore in Brazil. Na-ture is very generous there and I have enjoyedquite a few spots. But probably the most like-able are the people of Brazil and the friends Ihave made. The hospitality and friendship havebeen outstanding. I thoroughly enjoy the foodand the dance parties as well!

*Primeiro oftalmologista indiano a sedeclarar especialista em catarata, dirige oRaghudeep Eye Clinic, em Ahmedabad,Índia, onde desenvolve pesquisas com o

objetivo de estabelecer um mapa genético,que permita estabelecer um perfil dos

pacientes com catarata precoce.

Dr. Abhay R. Vasavada é um dos maiores nomes da oftalmologia daatualidade. Em sua instituição em Ahmedabad, Índia, desenvolve trabalhode repercussão internacional em várias áreas de nossa especialidade.

Tem participação garantida, como convidado especial, nos mais impor-tantes congressos internacionais de oftalmologia, onde tem recebido inúme-

ras distinções. No último congresso da ASCRS, em San Diego, por exemplo,recebeu a prestigiosa Medalha Binkhorst após proferir palestra magna sobrecatarata pediátrica, área na qual é referência mundial.

Com sua tradicional serenidade e gentileza atendeu prontamente ao nossoconvite para participar do International Corner desta edição.

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia16

A longa jornada para abraçar a oftalmologiaDistância dos grandes centros, oposição familiar ou masculina não foram empecilhos profissionais

Meu nome éLuciene Barbosa deSousa, sou médicaformada em 1987pela UniversidadeFederal de Goiás,com especialidadeem oftalmologiapela UniversidadeFederal de São Pau-lo- Escola Paulistade Medicina. Fizmeu mestrado edoutorado pelamesma Universida-de e atualmente souprofessora afiliada

da Unifesp, professora da pós-graduação no De-partamento de Oftalmologia da mesma Univer-sidade; presidente internacional e do escritórioBrasil da Associação Pan-Americana de Bancode Olhos ; coordenadora de Ensino do Banco deOlhos de Sorocaba e diretora médica do mesmobanco de olhos.

Para uma mulher que saiu do interior dopaís para fazer uma especialização em São Paulo,acho que consegui bastante!!! Mas não pensemque foi fácil! Ninguém me influenciou para esco-lher a área médica. Minha mãe é advogada emeu pai, engenheiro. Tenho médicos na família,mas foi por gostar de ajudar, de tratar, de tirar osofrimento, foi que resolvi ser médica.

Durante o curso de medicina, somente duasáreas me encantavam: oftalmologia e ginecolo-gia. Buscando uma qualidade de vida melhor,com mais tempo para família, optei pela oftalmo-logia: doce ilusão!!! Hoje tenho menos tempo doque meus amigos ginecologistas! Mas não consi-go me ver fazendo outra coisa na vida! Eu vivo,respiro oftalmologia. Tenho imenso prazer ematender o paciente, ensinar o residente e estagi-

Como faço par-te de um grupo queestá começando ase aposentar, creioque este depoi-mento tem umpouco de História.

Quando termi-nei o curso científi-co (era o nome naépoca do 2° grauvoltado para a áreada saúde e ciência)desejava fazer me-dicina, mas a famí-lia se opôs porquenão “era carreira

para mulher”. Somente os homens eram conside-rados “confiáveis” para tal mister.

Quando Joviano Rezende, que já era meuoftalmologista desde os meus seis anos de ida-de, tornou-se a pessoa mais importante na mi-nha vida e estimulou-me a estudar para o vesti-bular, eram passados 14 anos desde a minhasaída do colégio. E foi muito duro voltar a estu-dar tantas matérias, mas a minha decisão esta-va tomada e, assim, aos 30 anos, iniciei minhavida acadêmica.

Quando terminei a faculdade de medicina,sou da primeira turma da Souza Marques, quasemetade do corpo discente era constituída de mo-ças, mas apenas eu e um outro colega, radicadoem Mato Grosso, optamos por oftalmologia.

Escolher oftalmologia foi fácil, apesar degosta muito de cardiologia, neuro e nefrologia.Retina foi a especialidade que me atraiu aindaque fosse considerada o “patinho feio”, pois osresultados nas décadas de 1960 e 1970 erammuito discretos e sofridos tanto para o pacien-te, quanto para o médico. Credito minha esco-lha ao desafio que a especialidade apresenta-

Nascida e cri-ada em Belém(PA), filha de co-merciante ataca-dista, com negóci-os no interior doestado, nada na fa-mília levava a suporque eu e uma dasminhas irmãs serí-amos médicas. Mastodos meus irmãosse formaram e meuspais sempre nos es-timularam nos es-tudos, a ponto da

minha mãe ficar morando mais tempo em Belémpara nos acompanhar.

Fiz o curso primário, ginasial e científico noColégio Moderno, instituição laica modelo noEstado, onde fui colega e amiga de infância dairmã do Dr. Joaquim Marinho de Queiroz que,na época em que terminei a faculdade, era assis-tente do prof. Hilton Rocha e, nas suas idas aBelém, por sermos de famílias amigas, influen-

va, sobretudo há 40 anos, quando eram poucosos meios semiológicos e terapêuticos disponí-veis nesta área. No entanto, meu interesse e acorrelação clínica com o paciente me ofereci-am um campo amplo e intrigante.

Não houve uma reação discriminatória coma minha atuação, mas provavelmente era obser-vada com certa surpresa, uma vez que naquelaépoca, era a única mulher operando descolamentode retina, utilizando o antigo fotocoagulador dexenônio e depois o laser de argônio. Revendo osprogramas dos congressos não me recordo de outramulher oftalmologista que fizesse incursões nes-sas áreas. Parece que fui precursora.

Atualmente, a oftalmologia é muito procu-rada pelas mulheres e nos congressos da Socieda-de Brasileira de Retina e Vítreo encontro umnúmero bastante elevado de colegas atuando oudesejando se especializar nesta área.

Tenho um carinho especial pela SociedadeBrasileira de Retina e Vítreo. Participei comJoviano na formulação das bases da entidade equanto à Sociedade Brasileira de Oftalmolo-gia, considero minha segunda casa. Comecei afrequentá-la antes de formada, ainda na sededa Rua México, assistindo sessões científicas,consultando a biblioteca, acompanhando as di-retorias e os acontecimentos que marcaram aevolução da especialidade, inclusive com a vi-sita de ilustres professores europeus e norte-americanos. A comunicação com os serviços deoutros países era lenta, dependia de viagensnossas ou deles até nós, pois a internet, e-mailse Facebook eram desconhecidos. Hoje em diaa facilidade de aprendizado é extraordinária ea nossa oftalmologia, apesar de todos os per-calços que enfrentamos em décadas anterio-res, nunca ficou aquém da internacional. Te-nho uma enorme alegria pela oportunidade deter vivido todas essas fases da evolução da nos-sa especialidade.

ário. A oftalmologia é uma especialidade perfei-ta: seja clínico e/ou cirúrgico, rica em tecnologiae o mais encantador, é caracterizada por deta-lhes, exige muita atenção às pequenas coisas.

No início da residência os primeiros desafi-os: decidir se iria ficar na Unicamp ou na Unifesp.Estava no ônibus, voltando para o hotel em Cam-pinas, quando decidi que iria ficar na Unifesp,apesar do risco de perder a vaga se não conse-guisse manter média 7 no curso básico. Meconscientizei que o que estava me mantendo naUnicamp era o medo de não conseguir nota! Vencieste medo! Era a única mulher em uma turma de11 residentes!!! Todos gente fina, mas muuuuitomachistas!!! Era uma luta para conseguir fazercirurgias. Mas como sempre fui teimosa, termi-nei o curso e estou lá até hoje!

Depois veio o mestrado e doutorado, comum fellow nos EUA, em 1994.. Outra novaexperiência para a goiana do Césio!! A Unifesp éum vício quase tão importante como a oftalmolo-gia. Nunca consegui sair d a academia e isso fezcom que eu fosse convidada a coordenar o serviçode residência do Hospital Oftalmológico deSorocaba. Concorri com um colega do sexo mas-culino e venci! Consegui outro desafio: montarum serviço de excelência em ensino e assistênciaoftalmológica.

Ser mulher me ajudou??? Na realidade achoque sim! Fui criada para ser dona de casa, mãe defamília, boa esposa, mas sempre com a orienta-ção que precisava saber para cobrar, deveria serhumilde, sempre respeitar o outro, ser resignadamas não acomodada, ou seja, ser uma mulherforte! E acho que isso fez com que eu conseguisseenfrentar todos os obstáculos !

Não tenho filhos e acho que é por isso quevivo a oftalmologia tão intensamente. Meushobbys, pois os tenho apesar da paixão pela oftal-mologia, são a leitura e cinema, depois de medivertir com meus sobrinhos.

ciou-me a olhar para a oftalmologia, como possí-vel especialidade médica a seguir,e até hoje umamigo muito querido!.

Assim, tão logo terminei a Faculdade deMedicina e Cirurgia da Universidade Federal doPará, candidatei-me a uma vaga para residênciaem oftalmologia na Universidade Federal deMinas Gerais, Hospital São Geraldo, Serviço doProf. Hilton Rocha, onde fiquei dois anos e meio.Era a única residente mulher. Minha turma con-tava com os Drs Eduardo Menezes, Lúcio deAlmeida ,além dos Seniors, Drs. Mário AntônioMartins, João Eugenio Gonçalves de Medeiros,Arthur Brêda e Emyr Soares. Foi um períodomaravilhoso, deixei Belo Horizonte chorando.Nunca vou esquecer a imagem do prof. HiltonRocha e de todos os amigos e colegas do SãoGeraldo, acenando para mim no aeroporto!.

Retornando a Belém em 1964, trabalhei como Dr. Mário Antônio Martins, também ex-resi-dente do Hospital São Geraldo. E em 1967 funda-mos, juntamente com o Dr. Aracy Barreto, cate-drático de oftalmologia da Universidade Federaldo Pará, e um grupo de otorrinolaringologistas, aCasa de Saúde Santa Lúcia.

Nesta época e durante muito tempo daminha vida profissional toda a clínica era cons-tituída por pacientes particulares que, alémdos honorários devidos, ainda presenteavamseus médicos em datas tradicionais. Com oadvento dos convênios, o panorama mudou. E,na minha opinião, piorou tanto para o médico,que se tornou refém dos convênios e planos desaúde, como para os pacientes, que já não po-dem contar com a atenção que todo médicogostaria de poder dar.

Em 1989, vim para o Rio por razões familia-res, até porque minhas três irmãs (Maria Lúcia,cirurgiã plástica, Maria da Glória, dentista, eMaria Jesuína, advogada) já moravam aqui (ape-nas meu irmão, José Octávio, engenheiro, conti-nua em Belém). Trabalhei no Inamps, na Super-visão e depois no Hospital do Andaraí. Paralela-mente continuei com as atividades particularesno consultório de minha irmã, a cirurgiã plásti-ca, falecida precocemente, Maria Lúcia JateniFigueiredo, mãe da minha sobrinha Dra. ValériaJateni, também oftalmologista, que trabalha como Dr. Almir Ghiaroni.

Também exerci atividades profissionais no

COE, a convite da Dra. Rosana Resende, grandee querida amiga, com quem tenho a honra decontinuar colaborando no seu consultório no SMO(Serviços Médicos Oftalmológicos), clínica do Dr.Samuel Cukierman, ex-presidente da SBO.

Devo a meus pais, Sebastião Abrahão Jatenie Odette Franco Jateni, assim como à minhainesquecível tia e madrinha, Hilda Franco, todoo apoio e incentivo para chegar até aqui. E doponto de vista profissional, ao prof. Hilton Ro-cha. Belo Horizonte foi minha segunda casa elá tenho grandes e queridos amigos, inesque-cíveis até hoje, como Nassim Calixto, RaulSoares, Paulo Galvão, Christiano Barsante, EnioCoscarelli. E outros mais atuais, como FernandoTrindade, Nicomedes Ferreira, Lúcio deAlmeida, Lucia Ventura Urbano, RaquelDantas, Elisabeto Ribeiro Gonçalves, Eduar-do Soares,Cleber Godinho, HendersonAlmeida, entre tantos outros que me perdoemse esqueço de mencionar,alguns já falecidos.Nãoposso deixar de mencionar a querida amiga D.Sinvalina Neves, administradora do HospitalS. Geraldo na época, e inesquecível para todosos ex - residentes.

Com a publicação de mais três depoimentos, desta vez de médicas que tiveramde vencer barreiras geográficas, familiares e culturais, o JBO encerra a série quehomenageia a ascensão feminina na especialidade, iniciada praticamente nadécada de 60.

Luciene Barbosa de Sousa (SP), cujo “vício” é a Unifesp, onde atualmente é profes-sora afiliada; Liane Rezende (RJ), que só pode estudar medicina 14 anos depois determinar o curso médio; e Maria de Nazareth Jateni, de Belém, radicada há 20 anos noRio, residente do prof. Hilton Rocha, no Hospital São Geraldo (MG), dão um pouco da

Única mulher no meio de 11 residentes:“todos gente fina, mas muuuuito machistas!!!”

A oposição da família adiou o sonhode estudar medicina por 14 anos

A influência do prof. Hilton Rocha foi decisiva para a vida profissional

Liane RezendeLuciene Barbosa de Sousa

Maria de Nazareth Jateni

dimensão da longa jornada percorrida por cada uma.Criada para ser dona de casa, mãe de família, boa esposa, Luciene Barbosa de Sousa

saiu de Goiás para se realizar em São Paulo, onde encontrou sua família: a oftalmologia.Liane Rezende teve em Joviano de Rezende o apoio que sua família negara por nãoachar a medicina “uma carreira para mulher”. E Maria de Nazareth Jateni, prima docirurgião Adib Jatene, contou com o apoio da família para estudar medicina, mas

viveu a experiência de recém-formada sair de sua cidade natal em 1964 para fazer resi-dência em Belo Horizonte, numa turma da qual era a única mulher.

Fotos de Arquivo Pessoal

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19Julho - Agosto - Setembro - Outubro - 2011

Reunindo os residentes e staffs do Hos-pital Universitário Pedro Ernesto da Uerj,Hospital Clementino Fraga Filho da UFRJ,Hospital Universitário Gaffrée e Guinle daUnirio, Hospital Central da Aeronáutica(HCA), Hospital da Piedade da UGF, Hos-pital Federal dos Servidores do Estado (HSE),Instituto Benjamin Constant, Oculistas As-sociados e Hospital Federal da Lagoa, foi re-alizado no dia 21 de junho passado, no Porcãode Ipanema, o encerramento do Projeto Re-sidência em Foco 2011

No Projeto, cada uma destas instituiçõesfoi representada por dois residentes, que apre-sentaram casos clínicos inéditos do Setor deGlaucoma de cada Serviço. Foram premia-dos individualmente os seis primeiros resi-dentes e a soma da nota da dupla represen-

Projeto Residência em Foco premiacasos clínicos inéditos de glaucoma

tante premiou o Serviço vencedor. O 1º lugarfoi para Ricardo Pimenta da Uerj; o 2º paraBernardo Lopes, do Instituto BenjaminConstant; o 3º lugar coube a Paschoal deOliveira, do Hospital da Piedade; o 4º ficoucom Fábia Crespo, do HUGG; Ester Doca,do HCA, tirou o 5º lugar; e Bruno Esporcate,da UFRJ, o 6º. A premiação ao Serviço ven-cedor foi para o Hupe da Uerj.

Aderbal Alves Junior, presidente da SBO,entregou as premiações, ressaltando a importân-cia da iniciativa da Merck & Sharp Dohme(MSD) de criar o Projeto. Esteve presente àpremiação, a comissão julgadora formada porRiuitiro Yamane, Mara Fontes, Ana ElisaCoimbra, Juliana Avelar e Joyce Ajuz., além dosmoderadores Diogo Lucena, Joana de Farias,Maria Vitória Moura Brasil e Taly Ajdelsztajn

Ladeados pelosrepresentantes daMSD, FernandoPereira e RicardoRocha, e porMarcelo Kac e LuizPaulo (staff deglaucoma do Hupe),Aderbal Alves Junior,presidente da SBO,e Ricardo Pimentel,do Serviço vencedor

Essilor Brasil, uma das 100 melhoresempresas para se trabalhar em 2011

Bausch+Lombapresenta nova

tecnologia para lentesA Bausch + Lomb lançou nova gera-

ção de lentes de silicone hidrogel da linhaPureVision, a PureVision 2®, por meiodo Programa Pure Vision Experience, queoferece ao médico e ao usuário de lente decontato a possibilidade de testar gratui-tamente o produto. Para participar, omédico deve fazer seu cadastro com a equi-pe de vendas da empresa. Cada médicopode indicar até cinco usuários de lentesde contato.

Mais uma vez a Essilor Brasil foi elei-ta uma das 100 melhores empresas parase trabalhar no ranking da consultoraGreat Place to Work Institute (GPTW),única instituição internacionalmente re-conhecida neste tipo de avaliação.

A pesquisa, realizada através da análi-se de questionários e visitas com entre-vista pessoal, avaliou o índice de confian-ça dos funcionários com o ambiente detrabalho e as melhores práticas de gestãode pessoas, considerando quesitos comocredibilidade, respeito, imparcialidade,orgulho e camaradagem.

Melhor Visão:o novo site

Carl Zeiss VisionCerca de 200 milhões de pessoas em

todo o mundo usam lentes da Carl ZeissVision, de acordo com estimativa da em-presa, que conta com aproximadamente10.400 funcionários em mais de 30 paí-ses trabalhando para melhorar a visão dosseus clientes. Um dos líderes na fabrica-ção de produtos ópticos, a Carl ZeissVision não só desenvolve lentes para ócu-los, mas também fabrica dispositivos demedição e ferramentas para diagnóstico.

GPTW entrega placa a Thomas Bayer,presidente da Essilor Brasil

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia20

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21Julho - Agosto - Setembro - Outubro - 2011

Ex-Ministro da Saúde, José Temporãoprestigia homenagem a Roberli Bicharra

Diretora do Hospital Federal da Lagoa, aoftalmologista Roberli Bicharra Pinto, foihomenageada com a Medalha Tiradentes, hon-raria máxima da Assembleia Legislativa doEstado do Rio de Janeiro, por indicação dadeputada Aspásia Camargo. A homenagem éo reconhecimento do trabalho de quem sem-pre valorizou o serviço público.

Além do ex- Ministro da Saúde, José Go-mes Temporão, responsável pela indicação deRoberli para a direção do Hospital Federal daLagoa, a cerimônia contou com a presença de

inúmeras autoridades e membros da equipedo Hospital Federal da Lagoa, como a direto-ra médica Adriana Proença, e funcionários.

Em seu discurso de agradecimento, Roberlidestacou a importância do trabalho em equi-pe, “conheço cada cantinho do Hospital, casafuncionário”, afirmou ao ressaltar ainda a im-portância do apoio da família: do marido oftal-mologista, Mizael Augusto Pinto,, chefe doServiço de Oftalmologia do Hospital Federalda Lagoa, e dos quatro filhos, um também of-talmologista, e o carinho da neta, Ana Clara.

Roberli Bicharra Pinto com o ex-Ministro JoséGomes Temporão e a deputada estadual,historiadora e pesquisadora Aspásia Camargo

Nas escadarias do Palácio Tiradentes, a famíliade Roberli, vendo-se ao lado da deputadaAspásia Camargo, Mizael Augusto Pinto

Remo Susanna Jr. e Clementino Fraga Filhohomenageados pela Abrag no Dia do Médico

A presidente da Associação Brasileira dosAmigos, Familiares, e Portadores deGlaucoma (Abrag), Isis Penido, homenageouo prof. Remo Susanna, patrono da entidadedesde 2010, por ocasião do Dia do Médico,oferecendo um coquetel em sua residência.Na ocasião também foi homenageado o prof.Clementino Fraga Filho, que impedido decomparecer foi representado por seus filhos,Clementino Fraga Neto e Eduardo Fraga.

Prof. Remo Susanna Jr. e sua equipe, quedesenvolveu o programa EDP (Early DiagnosticProgram) para o diagnóstico do glaucoma, jáusado na Europa, Estados Unidos e Austrália,será homenageado em março de 2012 pela So-ciedade Americana de Glaucoma com oInternational Scholar Award por sua contri-buição à pesquisa sobre a doença.

Compareceram ao coquetel o presidenteda Sociedade Brasileira de Oftalmologia,Aderbal Alves Jr., Mário Motta, ex-presiden-

Remo e Christianne Susanna com a placa dahomenagem ao trabalho pela prevenção doglaucoma e os cuidados dispensados aosportadores da doença

Ana e Mário Motta, Isis Penido, Juliana eAderbal Alves Jr. após a entrega da placa aoprof. Remo Susanna Jr., sempre presente noscongressos da SBO

Teresa e Gilberto dos Passos, chefe doServiço de Oftalmologia do Hospital Federaldos Servidores do Estado, com Isis Penido,presidente executiva da Abrag

te, e Gilberto dos Passos, chefe do Serviço deOftalmologia do Hospital Federal dos Ser-vidores do Estado (HSE), onde funciona asede da Abrag, que tem ainda no conselhoconsultivo Andréia Zin e Milton Ruiz Alves,vice-presidente do CBO.

Aperfeiçoamento em retina e vítreocom treinamento em simulador cirúrgicoCom lotação es-

gotada já na pri-meira semana deinscrições e fila àespera de eventuaisdesistências, o 1ºCurso de Aperfei-çoamento em Reti-na e Vítreo da Esco-la Médica de Pós-Graduação da PUC-RJ, ministrado porFlávio Rezende Fi-lho, nos dias 7, 8 e9 de outubro, ofe-receu aos partici-pantes uma oportu-nidade inédita: co-nhecer um pouco do aparelho de cirurgiavirtual para treinar alunos/residentes, desen-volvido por uma empresa alemã.

Segundo Flávio Rezende Filho, o equi-pamento, já adotado em 140 instituições deensino espalhadas na Europa e Estados Uni-dos, é um simulador cirúrgico de realidade

Ao fundo Flávio Rezende Filho e Flávio Rezende, durante o 1º Curso deAperfeiçoamento em Retina e Vítreo, quando oftalmologistas e residentesde todo o país tiveram a primeira experiência com um simulador cirúrgicode retina, até o momento adotado apenas na Europa e Estados Unidos

Marco Antônio Rey de Faria assume presidênciado CBO durante XXXVI Congresso Brasileiro

Marco Antônio Rey de Faria, professorda Universidade Federal do Rio Grande doNorte, assumiu a presidência do ConselhoBrasileiro de Oftalmologia no dia 7 de se-tembro, durante o XXXVI Congresso Brasi-leiro de Oftalmologia, realizado em PortoAlegre, que reuniu mais de 6 mil oftalmolo-gistas do Brasil e do exterior.

A programação científica do evento com-preendeu mais de 1.600 apresentações, queabrangeram todos os aspectos da especialida-de nos vários graus de profundidade reque-ridos pelos diferentes interesses dos congres-sistas presentes, segundo a comissão executi-va, presidida por Italo Mundialino Marcone Jacó Lavinsky.

Mesa solene daabertura do XXXVICongresso Brasileirode Oftalmologia, noCentro deConvenções daFederação dasIndústrias do Estadodo Rio Grande do Sul,que contou com apresença dossenadores Ana AméliaLemos (PP) e PedroSimon (PMDB)

Aprovados três professores no concursopara a Universidade Estadual do Amazonas

No grupo, entre outros, a Banca Examinadoraformada por Eduardo Damasceno,SebastiãoCronemberg e Suzana Matayoshi

Theodomiro Garrido Neto, JulianaTorres Garrido e Jefferson Augusto Ri-beiro, de Manaus (AM) foram aprovadosnas provas para professor de oftalmologiada Universidade Estadual do Amazonas,nos dias 15, 16 e 17 de agosto passado.

A banca examinadora, presidida porSebastião Gronemberg (Universidade Fe-deral de Minas Gerais-UFMG) contoucom a participação de Eduardo Damasceno(Universidade Federal Fluminense-UFF)e Suzana Matayoshi (Universidade do Es-tado de São Paulo-USP).

No dia 29 de julho passado, o médico e ex-deputado esta-dual Germano Bonow, várias vezes secretário de saúde e do meioambiente, assumiu a direção do Museu de História da Medicinado Rio Grande do Sul, mantido pelo Sindicato dos Médicos doRio Grande do Sul. Ele sucede à historiadora Juliane Serres.

O Museu, que possui em seu acervo objetosoftalmológicos do início da prática da especialidade no Bra-sil, comemora cinco anos de fundação em 2011. Além de játer promovido 12 mostras, o Museu de História da Medicinado Rio Grande do Sul atende crianças em ações educativas.Mais de 30 municípios receberam sua exposição itinerante.

Para Germano Bonow a prioridade de sua gestão é consoli-dar os projetos iniciados, aumentar o acervo e o espaço físico doMuseu, que já está pequeno para abrigar todas as atividades.

Fotos Alerj

AFundação do Rim Francisco Santino Filho, instituição voluntária sem fins lucrativos,que tem por objetivo promover a melhoria da qualidade de vida de crianças e jovens

portadores de doenças renais no Estado do Rio de Janeiro, necessita de apoio para continuardesenvolvendo seus projetos. Conheça a Fundação acessando o site www. fundacaodorim.org.brO e-mail é [email protected] A sede da entidade é na Rua Real Gran-deza, nº 139 Salas 605/606 Botafogo- Rio de Janeiro-RJ Cep: 22281-0333. Telefones: (21)2286-8037/ 9978-2911.

virtual para cirurgias de catarata e retina, se-melhantes aos simuladores de voos, usadospor pilotos de aviação.

As aulas do 1º Curso de Aperfeiçoamen-to foram ministradas no Instituto de Diag-nóstico e Terapia Ocular (IDTO),emBotafogo (RJ).

Fotos Marcelo Borgogino

João M

atto

s

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Fotos divulgação

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia22

Ezequiel Feldman, entrevistado desteJBO Pergunta, conta um pouco da traje-tória da Editora Cultura Médica, funda-da há 45 anos, hoje parte do Grupo Edi-torial Nacional (GEN), que reúne as con-sagradas editoras Guanabara Koogan, San-tos, LTC, Forense, Método, Forense Uni-versitária, AC Farmacêutica, EPU e Roca.

Jornal Brasileiro de Oftalmologia-Como surgiu a Editora Cultura Médica?

Ezequiel Feldman- A Editora Cultu-ra Médica foi fundada em 11 de março de1966, quando eu e meu irmão, Luiz Feldman(in memoriam), resolvemos concretizar umvelho sonho de editar livros médicos. Nos-so primeiro livro, lançado em 1969, foi “De-sidratação na Clínica, Pediatria e Cirurgia”,do prof. Júlio Martins Barbosa.

JB- Quantos livros sobre Medici-na a Editora Cultura Médica já edi-tou? A oftalmologia é a principal es-pecialidade dela?

EF- Nossa editora já ultrapassou 935títulos editados no transcorrer de nossos45 anos de existência. Esperamos alcançarmil em breve. Somente em oftalmologiacompletamos este ano 199 títulos.Nossoinício na especialidade foi em 1989, quan-do nosso falecido irmão Isaac Feldman nosprocurou perguntando se tínhamos inte-resse em dar continuidade ao seu trabalhona especialidade, na qual tinha grandesamigos e professores, contatados para es-

Editora Cultura Médica caminhapara 1000º lançamento em medicina

crever livros para uma nova BibliotecaBrasileira de Oftalmologia (BBO).

JBO- Qual é a tiragem média decada publicação?

EF- A tiragem média de cada publi-cação varia de 500 a 1.500 exemplares,dependendo do tema.

JBO- Qual o livro mais vendido atéhoje?

EF- O livro mais vendido na área ge-ral de medicina é “Manual do ExameClínico”,de Fernando Bevilacqua ecoautores. Na área da oftalmologia tive-mos três livros que foram: “Glaucoma Per-guntas e Respostas”, de Remo Susanna Jre Robert N. Weinreb et al- editado emportuguês, espanhol e inglês; “NervoÓptico no Glaucoma”, de Remo SusannaJr., Felipe A. Medeiros et al., editado emportuguês e inglês; e a “Série de Oftal-mologia Brasileira”, tendo Milton RuizAlves como coordenador.

JBO- O que é o Grupo EditorialNacional?

EF- Formado oficialmente no segudosemestre de 2007, o Grupo Editorial Na-cional (GEN) reúne as já consagradas edi-toras Guanabara Koogan, Santos, LTC,Forense, Método, Forense Universitária,AC Farmacêutica, EPU e Roca, sua últi-ma aquisição.

O objetivo do grupo é prover o maiscompleto conteúdo educacional para as

áreas científica, técnica e profissional(CTP). Com sede no Rio de Janeiro e sãoPaulo e representantes em diversas capi-tais do Brasil, o GEN oferece catálogo commais de 2.800 títulos. Suas obras torna-ram-se essenciais na formação acadêmica eno aperfeiçoamento de várias gerações deprofissionais e estudantes de administra-ção, direito, enfermagem, engenharia, fi-sioterapia, medicina, nutrição, odontolo-gia, entre outros.

JBO- Qual é a razão da parceria coma Guanabara Koogan?

EF- A parceria com a GuanabaraKoogan se justifica, pois permite sinergiana distribuição e marketing dos lança-mentos. Pela nossa editoria, temo umaequipe editorial formada há 18 anos.

JBO-Fora sua dedicação á Editora,o que você faz nas suas horas livres?

EF- Meus hobbys preferidos são dan-ça, esportes, família, sou tricolor e sóciodo Clube Monte Sinai, do qual tenho otítulo de grande benemérito e já fui pre-sidente, além de ter ocupados diversoscargos de diretoria. Sempre gostei de po-lítica clubística.

Não poderia encerrar esta entrevista semprestar homenagem a três guerreiras daEditora Cultura Médica, duas tricolores euma rubro-negra: Eliane Feldman, SandraC. Feldman e Claúdia Valéria de Paula, quesempre me aturam no dia a dia.

No dia 29 de setembro passado, aSociedade de Oftalmologia do Ama-zonas (SOA) realizou o evento cientí-fico Tratamentos do Glaucoma e Avan-ços da Catarata, com a participação deWalton Nosé e Larissa Pedroso, de SãoPaulo, no Da Vinci Hotel.

Promovida pela diretoria que as-sumiu a Sociedade em 17 de dezem-bro de 2010 e cujo mandato estende-se até 2012, a sessão científica reuniua “nata da oftalmologia amazonense”,de acordo com o presidente Dennisde Souza Ramos. Outros eventos dogênero já estão sendo programados in-formou o presidente.

A diretoria para 2011-2012 daSOA está assim constituída; presiden-te- Dennis de Souza Ramos, vice-pre-sidente- Theodomiro L. Garrido Neto,primeiro secretário- Paulo Roberto M.da Silva, segunda secretária- HelenaMota de Oliveira, primeiro tesourei-ro- Luiz Carlos Havas, segundo tesou-reiro- Leonardo Bastos Bivar.

A Sociedade de Oftalmologia doAmazonas também informou o fale-cimento de João Alfaia,pai do associ-ado Ranieri Alfaia, no dia 2 de no-vembro último.

SOA promovecurso de glaucoma

e de catarata

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25Julho - Agosto - Setembro - Outubro - 2011

SBOTempo e Memória

João Diniz

História do Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO)Em 1986 inscreveram-se duas chapas para

concorrer às eleições na SBO para os cargos dadiretoria, conselho consultivo e conselho fis-cal para o biênio 1987–1988. As duas cha-pas concorrentes tinham entre suas metas acriação de um jornal. Foi eleita a chapaencabeçada pelo prof. Flávio Rezende.

Após sua posse, o novo presidente criouo Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO),convidando Dr. Sérgio Fernandes (presiden-te da SBO no biênio 1995-1996), para ser oresponsável pelo Jornal, que a seguir esco-lheu alguns colaboradores: Drs. CláudioHumberto S. Ramalho, Eliezer Benchimol,e Evaldo Campos.

A ideia da criação do JBO era para que ojornal fosse a parte política que o presidenteimprimiria em sua gestão, bem como a partesocial, e um canal de comunicações que a SBOofereceria aos seus associados. Na época o papelda impressão tinha que ser aquele papel tradi-cional usado em jornais que circulavam emnosso país. O tamanho do jornal foi em forma-to tablóide (29 cm x 42cm), que permaneceaté hoje. E o primeiro número circulou com 4páginas. Foram criadas algumas seções fixas. Apartir dos números 6 e 7 foi acrescentada a se-ção Humor Aquoso. Dr. Eliezer Benchimolconcebeu o logotipo do JBO (registrado noDepartamento de Propriedade Industrial).

O jornal era feito com fotos dos congres-sos que os Drs. Flávio Rezende e SérgioFernandes participavam, bem como algunsmembros da diretoria. As matérias eram de-senvolvidas por eles, principalmente pelo Dr.Sérgio Fernandes. Editorial, Fique de Olhona Notícia, Calendário Oftalmológico foramas seções do primeiro número. A parte admi-nistrativa e algumas seções, como Calendá-rio de Eventos, Convênios com Empresas, Bi-blioteca, eram feitas por mim, João Diniz.

Após juntar todas as notícias, Dr. SérgioFernandes classificava as notícias por ordem deimportância; esta tem que ser na 1ª página, estana 2ª , etc. Após as matérias escolhidas, umfuncionário, Luis Glioche, fazia a transcriçãodas matérias num sistema que se chamava na

época de Ventura. Eu levava todo material parao jornal Gazeta Mercantil, na rua atrás da RuaMarechal Floriano (perto da Central do Bra-sil), e o João (chefe da oficina do jornal) fazia adiagramação e imprimia o jornal. Saí de lá al-gumas vezes às 2 ou 3 horas da madrugadapara que o JBO ficasse pronto a tempo.

O tempo foi passando, o jornal foi me-lhorando, passou a sair com 6, depois com 8páginas, até chegar às 20, 24 ou 28 páginasatuais. Foram criadas outras seções. E a partirdo número 23 (janeiro-fevereiro de 1990),o JBO passou a abrigar anúncios de empre-sas. Em 1993, na presidência do prof. MorizotLeite Filho, a partir do número 39 (abril-maio de 1993), o JBO passou a ter um jorna-lista responsável, Luiz Marchesini, que edi-tava, diagramava, e o levava para rodar naTribuna da Imprensa. À época, foram cria-das outras seções como Você Sabia?, Filiadasda SBO, Boas de Ver, Compra e Venda, Bi-blioteca da SBO, Videoteca da SBO, Convê-

nio da SBO, Espaço Aberto. A partir do nú-mero 40 a logo do JBO passou a ser impressoem azul. A partir do número 45 o JBO pas-sou a ser impresso em cores.

Ao assumir a presidência em 1995, Dr. Sér-gio Fernandes trouxe o jornalista, caricaturistae chargista Mem de Sá (Ferdinand TeixeiraMendes),que fazia a arte, infelizmente já fale-cido. E também Eleonora Monteiro, que é ajornalista responsável atual. O jornal tomouum impulso muito grande, melhorando o pa-pel, outras seções também foram criadas, comoOlho Vivo, Conta-Gotas, Opinião, Fundo deOlho, Entrevistas, Memória Viva, Tempo eMemória, Coffee Break, Ponto e Contraponto,A Visão da Justiça, JBO Pergunta,Oft@lmonline, Informativo da FeCooeso/Coeeso, Confira, Na Estante, Seção Brasil,International Corner, Fique por Dentro da SBO.

O sistema utilizado em computação grá-fica foi melhorado. À medida que o tempofoi passando, e com a competência daEleonora Monteiro, que hoje edita, pratica-mente escreve o jornal de ponta a ponta, re-visa, confere, faz tudo, o JBO ganhou outradimensão. Na parte de editoração gráfica temo Marco Antonio Pinto, responsável peladiagramação, orientado pela Eleonora. Atu-almente, a SBO conta esporadicamente comuma valiosa contribuição, de um extraordi-nário profissional do jornal O Globo (ilus-trador das principais colunas daquele jor-nal). Chama-se Marcelo, marido de nossa jor-nalista Eleonora Monteiro, isto cobrandouma fortuna, ou seja, nada!

O JBO hoje tem uma linguagem clara eobjetiva, abrangendo todas as áreas da oftal-mologia. Nossos congressos são bem divulga-dos. Através do JBO o associado tem uma ideiamuito boa do que a SBO oferece, uma exce-lente divulgação das atividades científicas nãosó da Sociedade, mas também de outras enti-dades, além de um bom conteúdo cultural. Éum jornal bastante dinâmico.

A publicidade, supervisionada por mim,está a cargo do contato publicitárioWestinghouse Carvalho.

Flávio Rezende, que presidiu a SBO de 30/4/1987 a 11/1990, criou o Jornal Brasileiro deOftalmologia (JBO) em 1987

Sérgio Fernandes responsabilizou-se peloJBO desde sua criação até o final de suagestão como presidente da SBO, em 1997

Fontes: Livros de Atas da SBO, Revista Brasileira de Oftalmologia, Jornal Brasileiro de Oftalmologia, arquivos iconográficos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

Marco Antonio Pinto, responsável pelaeditoração eletrônica, e Eleonora Monteiro,editora do JBO, que em 2012 completa 25 anos

Marcelo Ambe

Fotos de Arquivo SBO

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Rua São Salvador, 107Laranjeiras

Rio de Janeiro - RJCEP 22231-170

Tel. (21) 3235-9220Fax (21) 2205-2240

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DIRETORIABiênio 2011-2012

PresidenteAderbal Alves Jr.

Vice-presidente RJMarcus Vinicius Abbud SafadyVice-presidentes regionais

Roberto Abdalla MouraLeon Grupenmacher

Osvaldo Travassos de MedeirosAlípio de Souza Neto

Secretário Geral:Gilberto dos Passos

1º Secretário:Armando Crema2º Secretário:

Marco Antônio AlvesTesoureiro:

Ricardo Miguel JapiassúDiretor de Cursos:

André PortesDiretor de Publicações:

Arlindo PortesDiretor de Biblioteca:

Renato Ambrósio Jr.Conselho Consultivo:

Aderbal de Albuquerque AlvesAcácio Muralha Neto

Mário Motta (RJ)Miguel Ângelo Padilha (RJ)Oswaldo Moura Brasil (RJ)

Sérgio Fernandes (RJ)Conselho Fiscal:

Efetivos:Eduardo Henrique Morizot Leite (RJ)Ricardo Lima de Almeida Neves (RJ)

Sérgio Meirelles (RJ)Suplentes:

Mário Nagao (RJ)Octávio Moura Brasil (RJ)

Sansão Kac (RJ)

Jornalista Responsável:Eleonora Monteiro - M.T. 12574

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Aderbal Alves Jr.Arlindo PortesEdna Almodin

Fernando TrindadeJuliana Bohn Alves

Marco Antonio AlvesMário Motta

Miguel PadilhaOswaldo Moura Brasil

Ricardo JapiassúJoão Diniz

Marcelo DinizEditoração Gráfica:

Sociedade Brasileira de OftalmologiaResponsável: Marco Antonio Pinto

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Responsável: João DinizTel.: 3235-9220

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

Para divulgar eventos científicos oftalmológicos no Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO), envie as

informações para a SBO, na Rua São Salvador, 107 - Laranjeiras - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22231-170 -

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XVII Congresso Internacional daSociedade Brasileira de Oftalmologia

De 28 a 30 de junho de 2012,Royal Tulip Rio de Janeiro

Tema Oficial: O olho na 3ª idadeSites: www.sboportal.org.br

www.interevent.com.br

Sinbos

De 17 a 19 de novembro de 2011, Sinbos(Simpósio Internacional de Córnea), pro-movido pelo Banco de Olhos de Sorocaba,no Centro Administrativo de Banco deOlhos, Sorocaba (SP).Informações: (15) 3212-7838www.bos.org.br//sinbos

XXXIII World OphthalmologyCongress 12th International Con-gresso of the Middle East Africa

Council of Ophthalmology

De 16 a 20 de fevereiro de 2012, XXXIIIOphthalmogical Congress, 12thInternational Congress of the Middle EastAfrica Council of Ophthalmology, emAbu Dabi., Emirados Árabes Unidoswww.woc2012.orge-mail: [email protected]

ASCRS

De 20 a 25 de abril de 2012, Congres-so da ASCRS, em Chicago, Illinois, EUA.www.ascrs.org.

XVIII Congresso Norte-Nordestede Oftalmologia

De 27 a 29 de abril de 2012, XVIII Con-

A coluna Olho Vivo é exclusiva para os associadosda SBO. Para anunciar enviar o texto para a Soci-edade Brasileira de Oftalmologia ou pelo fax (21)2205-2240 ou e-mail: [email protected] [email protected]. A publicação é gra-tuita. Os anúncios devem ser concisos e cominformações precisas. A SBO não se responsabi-liza pelas informações divulgadas, que devem serconferidas pelas partes interessadas.

Oportunidade para oftalmologista(DF)-Hospital Oftalmológico Pacini Netoem sua expansão abre vagas para oftalmolo-gistas interessados em fazer parte do seu cor-po clínico em Brasília. Interessados devemenviar currículo a/c Sra. Natalia Pacini Hos-pital Oftalmológico Pacini SEP-Sul Quadras715/915 Lotes A e B- Brasília- DF. E-mail:[email protected] Telefone(61) 3214-4777.

Oftalmologista em Pernambuco-Fundação Altino Ventura contrata dois of-talmologistas (preferência casal) para aten-dimento em Salgueiro ou Arcoverde, respec-tivamente a cerca de 500 km e 250 km deRecife, com dedicação exclusiva e contratode 36 meses.Paga-se R$ 18.000,00 mensaisbrutos por oftalmologista. Maiores informa-ções falar com Dr. João Alixandre. Telefones(81) 9904-3875/ 9997-6852/ 3302-4300R-329. E-mail: [email protected]

Oftalmo para São Gonçalo (RJ)- CEMIDiagnóstico, Rua Rodrigues Fonseca, 338-Bairro Zé Garoto, São Gonçalo (RJ) buscaoftalmologista para preencher horário deatendimento em consultório de grande mo-vimento de pacientes. Pagamento ao profis-sional no dia do atendimento. Horários dis-poníveis de 2ª a 6ª feira, das 8 às 12 horas.Falar com Fabio Carvalho, telefone (21)2606-3016/ 9873-4945.

gresso Norte-Nordeste de Oftalmologia, noBahia Othon Palace Hotel, em Salvador (BA).

Informações: (71) 3011-9797e-mail: [email protected]

35º Simpósio InternacionalMoacyr Álvaro-SIMASP

De 8 a 10 de março de 2012, 35ºSimpósio Internacional Mocyr Álvaro-SIMASP, em São Paulo. E-mail:[email protected]

IV Jornada de OftalmologiaHospital São Rafael

Dias 16 e 17 de março de 2012, noHospital São Rafael, em Salvador, Bahia,IV Jornada de Oftalmologia Hospital sãoRafael.http://www.ceosr.com.br/jornadae-mail:[email protected]

Page 27: JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA - … · tos conhecidos tocando saxofone, ou violino, ou cantando “My way” me-lhor que Frank Sinatra, e nos surpre-endemos com novos tenores,
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