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NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA RECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959 JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA Nº 161 - JAN-FEV - 2014 Um Rio de sol, de céu, de mar e com muita oftalmologia aguarda vocês C onfira a Grade do Programa Preliminar do XVIII Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, cujo tema oficial é “Oftalmologia com Foco no Paciente”. Já está confirmada a presença de palestrantes internacionais de nove países (Argenti- na, Chile, Paraguai, Uruguai, Estados Unidos, França, Itá- lia, Portugal e Líbano), além dos principais nomes da of- talmologia brasileira, que vão debater temas das princi- pais subespecialidades. No dia 23/7, haverá o Curso de Biomicroscopia, com Fernando Oréfice, e a já tradicional Tarde com Cléber Godinho, curso de adaptação de len- tes de contato. Os Simpósios Internacionais serão no dia 25/7. Grade do Programa Preliminar e mais informações nas quatro páginas do Encarte 1 XVIII CONGRESSO INTERNACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA Visitem o site: www.congressosbo.com.br Uma das sete maravilhas do mundo por votação popular, o Cristo Redentor, é um ícone do Brasil, reconhecido internacionalmente. É este Cristo Redentor, de braços abertos, cantado em prosa e verso por Tom Jobim e outros compositores, que aguarda os participantes do XVIII Congresso Internacional da SBO

JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIAPÁGINA 4 Oftalmologia brasileira perde Jorge Pereira e Dr. Jorginho O Brasil detém vários recordes negati-vos, e um dos mais lastimáveis é o do

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NOTICIÁRIO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIARECONHECIDA DE UTILIDADE PÚBLICA PELA LEI Nº 936 DE 15/09/1959

JORNAL BRASILEIRO

DE OFTALMOLOGIANº 161 - JAN-FEV - 2014

Um Rio de sol, de céu, de mar e commuita oftalmologia aguarda vocês

Confira a Grade do Programa Preliminar do XVIIICongresso Internacional da Sociedade Brasileirade Oftalmologia, cujo tema oficial é “Oftalmologia

com Foco no Paciente”. Já está confirmada a presençade palestrantes internacionais de nove países (Argenti-na, Chile, Paraguai, Uruguai, Estados Unidos, França, Itá-lia, Portugal e Líbano), além dos principais nomes da of-talmologia brasileira, que vão debater temas das princi-pais subespecialidades. No dia 23/7, haverá o Curso deBiomicroscopia, com Fernando Oréfice, e a já tradicionalTarde com Cléber Godinho, curso de adaptação de len-tes de contato. Os Simpósios Internacionais serão no dia25/7. Grade do Programa Preliminar e mais informaçõesnas quatro páginas do Encarte 1

XVIII CONGRESSO INTERNACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE OFTALMOLOGIA

Visitem o site: www.congressosbo.com.br

Uma das sete maravilhas domundo por votação popular, o Cristo

Redentor, é um ícone do Brasil,reconhecido internacionalmente. É

este Cristo Redentor, de braçosabertos, cantado em prosa e verso

por Tom Jobim e outroscompositores, que aguarda os

participantes doXVIII Congresso

Internacional da SBO

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

Marcus Safady*

A saúde ocularem risco no Brasil

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As tentativas de ocupar nossa fun-ção de únicos profissionais habilita-dos por lei para realizar o exame derefração ocular no Brasil continuam.

Frequentemente tomamos conhe-cimento de situações irregulares, nasquais o exame é realizado por pessoasnão médicas, em um claro enfren-tamento da lei.

Alguns aspectos podem explicar ocrescimento desses fatos.

A incapacidade do poder públicode suspender esses atendimentos e pro-cessar os responsáveis de acordo comas leis vigentes esbarra no fato de queas equipes de vigilância sanitaria sãoinsuficientes para fazer frente a todasas demandas delas exigidas.

O governo federal, por sua vez,mostrou, com a decisão de vetar o ar-tigo que classificava a prescrição delentes oftálmicas como ato médico emagosto passado, admitir que ele sejarealizado por não médicos.

A estratégia é simples.Uma vez que não consegue

disponibilizar para a população umatendimento eficaz em oftalmologia,resultado da falta de investimentos emsaúde pública, o governo faz “vistagrossa” para o atendimento irregular oque , na opinião governamental, aliviaas pressões pelo grande número de exa-mes oftalmológicos em espera, confor-me o SISREG. Sem nenhuma preocu-pação com o exame precário que é rea-lizado nessas situações e com asconsequências que podem advir.

O prejuízo é da população brasi-leira, que não recebe um serviço cor-reto e fica no risco de ter doenças quepoderiam ter sido diagnosticadas pre-cocemente pelo exame oftalmológicocompleto, tais como glaucoma, dia-betes, hipertensão arterial, doenças

PÁGINA PÁGINA

Confira ............................................ 2

Editorial .......................................... 2

Fique Por Dentro da SBO ............... 3

Opinião ........................................... 4

Fique de Olho - Questões

tributárias, contábeis e fiscais na

área de Saúde ................................ 6

Instituto Ver e Viver ........................ 7

Fique de Olho - Seguros

para oftalmologistas ....................... 8

Filiadas à SBO ............................... 7, 9 e 15

Tempo e Memória ........................... 17

Necrológio ...................................... 18

Conta-Gotas ................................... 18, 21 e 22

Calendário de Eventos ................... 22

Olho Vivo ........................................ 22

inflamatorias , para citar apenas al-gumas. Todas com grande potencialde cegueira.

A solução, todos sabemos, inclu-sive o governo, passa pela contrataçãode médicos e outros profissionais desaúde, a abertura de novos postos deatendimento pelo país, pelacontratação de serviços privados paraatender o SUS, além de melhorias nascondições de trabalho das instalaçõesatuais. Mas essa não é a prioridadedo governo.

De nossa parte, temos que con-tinuar a realizar o bom trabalho quea oftalmologia brasileria realiza. So-mos quantitativamente suficientespara atender à população. Podemosmelhorar nossa distribuição geográ-fica , mas isso só virá com odesnvolvimento global das áreashoje carentes de atendimento mé-dico. O programa Mais Médicos ,um paliativo com fins eleitorais,como todos sabemos, serve mais aogoverno que à população. Se toda averba utilizada para o programa fos-se investida no programa Saúde daFamilia, talvez os resultados fossemmelhores. E haveria condições tam-bém para pagar profissionais brasi-leiros.

É importante que cada um denós, aproximadamente 17 milmedicos oftalmologistas, seja ummensageiro dessa realidade. É impor-tante que a população seja informa-da dos benefícios, para ela, de umexame oftalmológico completo reali-zado pelo médico oftalmologista.

Dessa maneira, poderíamos pen-sar em um Brasil onde a saúde ocu-lar da população estará garantida.

* Presidente da SociedadeBrasileira de Oftalmologia

Osvaldo Travassos: interesse pelosfenômenos visuais começou cedo

Professor titular de Oftal-mologia da Universidade Fede-ral da Paraíba, inventor doOTMStereotest, adotado em clí-nicas no Brasil, França, Portu-gal e Estados Unidos, OsvaldoTravassos de Medeiros, é o en-trevistado desta edição na seçãoTempo e Memória.

Movido pela curiosidadedesde que desmontou um binó-culo aos 7 anos de idade e des-cobrir que em uma das lentes viaos objetos tornarem-se maiorese em outra, pareciam diminuirde tamanho, Osvaldo Travassosacha que é desta época que co-meçou seu interesse pela visão.É um dos poucos inventores brasileirosna área oftalmológica.

Precursor do uso de óculos 3D em suaaulas muito antes da atual safra de filmesusando esta tecnologia, ele é também um

Com o auditório usando os óculos 3D, Osvaldo Travassosapresenta uma de suas aulas sobre refração em um doscongressos da SBO

permanente preocupado com os problemasde refração, preconizando a adoção obriga-tória em nível federal, do exameoftalmológico em crianças na matrícula ini-cial do ensino fundamental. PÁGINA 7

Espírito crítico é indispensávelna busca de artigos na internet

Com o artigo “Atualização médi-ca continuada por meio da análisecrítica da literatura”, Newton Kara-Junior, diretor de publicações daSBO, aborda na coluna Opinião o co-nhecimento mínimo necessário porparte do leitor para avaliar critica-

mente artigos científicos dis-ponibilizados pela internet. Esse foium dos temas abordados noSimpósio de Pesquisa Clínica em Con-junto com a RBO, no recente XXCongresso Norte-Nordeste de Oftal-mologia. PÁGINA 4

Oftalmologia brasileira perdeJorge Pereira e Dr. Jorginho

O Brasil detém vários recordes negati-vos, e um dos mais lastimáveis é o do nú-mero de acidentes nas estradas. No dia 15de fevereiro passado, dois oftalmologistas,Jorge Pereira Dias da Silva (67 anos) e Jor-ge Augusto Siqueira Silva (29 anos), pai efilho, engrossaram essa triste estatística. Ocarro deles foi atingido pela carroceria deuma carreta na estrada entre Lambari eCaxambu (MG), quando se dirigiam a tra-balho para a cidade de Três Corações.

O acidente chocou a comunidade

oftalmológica. Jorge e Dr. Jorginho, comocarinhosamente era chamado JorgeAugusto, queridos por todos, tinham clí-nicas no Rio de Janeiro, Niterói e Minas.Não há palavras para essa barbárie prati-cada por mais um motorista dirigindoacima da velocidade permitida, que saiuileso do acidente. O JBO, solidário na dorda família, dedica uma página ao necro-lógio de ambos. Uma última homenagem,escrita por Camilo Lins e JacquelineProvenzano. PÁGINA 18

No site da SBO, link oferece informaçõestributárias, contábeis, fiscais e de seguros

Fique de Olho é o novo link do siteda SBO (www.sboportal.org.br) , que per-mite acessar o site do Grupo Asse, espe-cializado em questões tributárias,contábeis e fiscais, e o site da Segna, deseguros, com benefícios exclusivos para

oftalmologistas sócios da SBO.O JBO também publica as seções es-

peciais: Fique de Olho- Questões tribu-tárias, contábeis e fiscais, e Fique deOlho- Seguros para oftalmologistas. Pá-ginas 6 e 8

Depois de testar programa piloto, Instituto Ver e Viver entra em ação

Em parceria com a Sociedade Brasilei-ra de Oftalmologia e o Lions Clube, a equi-pe do Instituto Ver e Viver já está levandoacesso a exames oftalmológicos e entregan-do óculos no Estado do Rio de Janeiro.

O Instituto Ver e Viver, uma iniciati-va da Essilor, tem por objetivo criar ascondições para que a população de baixarenda possa ter acesso à saúde visual eadquirir os primeiros óculos com lentes

corretivas a preços acessíveis.Testado com êxito no ano passado, o

programa é uma iniciativa social que pre-tende alcançar todo o país, onde cerca de20% da população apresenta deficiênciavisual, prejudicando a produtividade, deacordo com levantamento do VisionImpact Institute, primeira organizaçãomundial dedicada a questões sócio-econô-micas relacionadas à visão. PÁGINA 17

Arquivo SBO

Início do ano, início das atividades acadêmicasAulas do curso de pós, Sessões Extraordinárias e curso de lentes lotam auditório da SBO

L. F. Régis-Pacheco, Tania Schaeffer, TelêmacoBoldrin e Ari de Souza Pena, na segunda fila,durante aula de Cléber Godinho

Marcus Safady, presidente da SBO, anfitrião doencontro da Soblec, com a presidente TaniaSchaeffer e Cléber Godinho

Aderbal Alves Jr, do Serviço de Oftalmologia doHospital Federal dos Servidores do Estado,durante a 7ª Sessão Extraordinária da SBO

As atividades acadêmicas da SBO pra-ticamente só começaram em março devi-do ao carnaval em 2014 ser mais tarde.

No entanto, já no dia 4 de fevereiro, teveinício o período letivo para os 26 alunos do2º ano do Curso de Pós-Graduação LatoSensu da Faculdade de Medicina da Uni-versidade Estácio de Sá em parceria com aSociedade Brasileira de Oftalmologia.

No dia 7 de março, os 18 residentes do3º ano reiniciaram as aulas e em 10 de mar-ço começaram as aulas do 1º ano, reunin-do um total de 26 residentes. Com dura-ção de três anos, as aulas teóricas são mi-nistradas no auditório da SBO. Para 2014há 70 alunos cursando a pós-graduação.

Com a participação dos Serviços de Of-talmologia do Hospital Federal deBonsucesso, Hospital Federal dos Servido-res do Estado e Instituto Benjamin Constant,no dia 27 de março, teve início o programadas Sessões Extraordinárias de 2014 da So-ciedade Brasileira de Oftalmologia, realiza-das sempre na última quinta-feira do mês,às 20 horas, também no auditório da sede,na Rua São Salvador, 107.

A reunião de 27 de marçocorrespondeu à 7ª Sessão, as demais obe-decem ao seguinte cronograma: Dia 25/5- 8ª Sessão Extraordinária: Serviços deOftalmologia do Hospital UniversitárioPedro Ernesto (Hupe-Uerj), Hospital da

Polícia Militar-Niterói (HPMN) e Centrode Estudos e Pesquisas Oculistas Associ-ados (Cepoa); Dia 26/6-9ª Sessão Extra-ordinária: Hospital Municipal da Pieda-de, MP Oftalmo e Instituto Brasileiro deOftalmologia (Ibol);10ª Sessão Extraor-dinária: Policlínica Botafogo, HospitalUniversitário Antonio Pedro (HUAP) eHospital Federal da Lagoa; 11ª SessãoExtraordinária: Hospital UniversitárioClementino Fraga Filho (HUCFF-UFRJ),Clínica de Olhos Octávio Moura Brasil eHospital Universitário Gaffrée e Guinle(HUGG-Unirio); 12ª Sessão Extraordi-nária: Hospital Naval Marcílio Dias,Hospital de Olhos Santa Beatriz e Santa

Casa da Misericórdia, 1ª Enfermaria (Dr.Paiva Gonçalves Filho).Instituto Soblec

A Sociedade Brasileira de Oftalmologiacedeu seu auditório no dia 15 de março paraencontro do polo de ensino do Rio do Insti-tuto Soblec, ocasião em que residentes em of-talmologia, junto como seus preceptores, as-sistiram à aula de Cléber Godinho sobre len-tes de contato do básico ao avançado O en-contro, que reuniu as residências do HospitalMunicipal da Piedade, Hospitais Federais deBonsucesso e dos Servidores do Estado,UFRJ,Uerj e Instituto Benjamin Constant, contoutambém com a presença de Tania Schaeffer,presidente do Instituto Soblec.

Além de explicar a origem do projetode ensinar a adaptação de lentes de contatoaos médicos residentes da especialidade,Cléber Godinho também deu seu testemu-nho pessoal da importância que foi para suaformação o estímulo recebido para aprimo-rar seus conhecimentos na contatologia.

Após a aula, foi realizada a Prova Saberpara os residentes do 2º e 3º anos, com oobjetivo de mensurar e ter elementos paraaprimorar o intercâmbio do conteúdo aca-dêmico, segundo o coordenador LuizFernando Régis-Pacheco, que também es-teve à frente das atividades e discussões decondutas em mesa constituída por todosos preceptores das residências associadas.

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3Janeiro - Fevereiro - 2014

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia4

A maneiramais barata,acessível econfiável de se

adquirir conhecimentos médicos é pormeio de revisão da literatura em bancosde dados eletrônicos, disponibilizadospela internet. Neste sentido, faz-se neces-sário um conhecimento mínimo por par-te do leitor para avaliar criticamente ar-tigos científicos, a fim de evitar basear suaprática clínica em informações que pos-sam não representar a verdade.

É importante considerar que as publi-cações nem sempre expressam correta-mente a verdade científica. Existem ní-veis de valores de estudos. Por exemplo,um trabalho retrospectivo é menosconfiável do que um ensaio clínicorandomizado, que, por sua vez, apresentaum valor científico menor do que umametanálise, que é o tipo de publicação noqual os resultados mais se aproximam daverdade científica daquele momento, poisa maneira com que a hipótese foi testadaé mais precisa, sofrendo, em teoria, me-nor influência de outros fatores que po-deriam falsear os dados. Assim, devemosmensurar o valor da informaçãopublicada, considerando o desenho de

cada estudo.É importante considerar também a

validade do artigo, que é o grau de con-formidade com a verdade. A ValidadeExterna refere-se à possibilidade de seaplicar os resultados em diferentes reali-dades (generalização). Por exemplo, umartigo que identifique as barreiras para oacesso à cirurgia de catarata em um hos-pital público do nordeste, talvez, não sejatotalmente válido para a realidade do su-deste ou para uma clínica privada, onde épossível que as dificuldades de acesso se-jam outras. A Validade Interna indica onível em que os resultados da pesquisarefletem a verdade, ou seja, o quanto sepode confiar nos dados e está relacionadaà metodologia empregada, que nos per-mite mensurar a possibilidade de os re-sultados estarem distorcidos.

Assim, a parte mais importante dapublicação, que deve ser cuidadosamen-te analisada, é a descrição da metodologiaempregada para obtenção dos dados. Éneste item que se deve atentar para ques-tões que poderiam falsear os resultados.Erros metodológicos são chamados deVieses e sua identificação reflete o quan-to se pode confiar nos resultados do estu-

do. O Viés pode ser entendido como umerro que conduz a uma conclusãoinverídica, ou seja, tendenciosa, e podeser aleatório ou sistemático. Os testes es-tatísticos captam a ação do acaso na pes-quisa (erro aleatório), mas não o erro sis-temático (distorção sistemática entre amedida de uma variável e seu valor real).

Vieses aleatórios representam, em ge-ral, características individuais da popu-lação estudada, não controladas pelo pes-quisador, que podem influenciar os resul-tados da pesquisa, como por exemplo, ofato de nem todo portador de diabetes,com controle semelhante da glicemia,desenvolver retinopatia na mesma época,pois existem diferenças inerentes nas pro-babilidades de adoecer entre a população.O impacto destas variações individuais noresultado do estudo costuma serminimizado pelo tamanho adequado daamostra e, na maioria dos casos, falseiatanto os dados do grupo controle, comoos do grupo de intervenção.

Vieses Sistemáticos são perigosos, poispodem induzir a grandes equívocos. Sãoerros metodológicos relacionados a errostécnicos da pesquisa, induzindo uma in-certeza não mensurável que comprometea validade dos resultados. O ideal seria seos pesquisadores eliminassem todos osVieses. Porém, se não for possível, no mí-nimo seria importante que fossemminimizados. A seguir, descreveremosalguns tipos de Vieses Sistemáticos.

Viés de Amostragem: amostra é umsubconjunto de elementos pertencentes auma população. A informação recolhidapara uma amostra é depois generalizada paratoda a população. O Viés de Amostragemocorre quando a amostra estudada não re-presenta a população. Por exemplo, se oobjetivo da pesquisa for estimar o grau decomprometimento visual por catarata nospacientes que procuram tratamento em SãoPaulo, não basta avaliar somente os indiví-duos que procuram um hospital público dereferência, é necessário examinar tanto ospacientes do sistema de saúde público, comoos do sistema privado.

Viés de Seleção: ocorre nas situaçõesem que o grupo estudado e o grupo con-trole não são comparáveis. Por exemplo,ao estudar os resultados de lentesintraoculares (LIOs) multifocais, seria umerro metodológico dar preferência paraque pacientes mais jovens compusessemo grupo que receberá a LIO multifocal,pois seria possível, em teoria, que estaspessoas apresentassem outras variáveisque pudessem influenciar nos resultados,como a capacidade de responder melhorao questionário de satisfação. O Viés deSeleção talvez seja o erro metodológicomais comum, o qual pode ser neutraliza-do pela randomização dos grupos, comalocação mascarada, ou seja, quando opesquisador garante que todo sujeito se-lecionado para participar do estudo te-nha exatamente a mesma chance de com-por cada um dos grupos. O autor aindaprecisa explicar de que maneira a amos-tra foi formada. Porém, mesmo que o au-tor “engane” o editor, relatando que oestudo tenha sido randomizado, o leitorpoderá se proteger checando as caracte-rísticas de cada grupo, pois variáveis como

idade, sexo, raça e escolaridade, devem sersemelhantes para ambos os grupos, emestudos aleatorizados.

Viés de Condução ou Aferição: aconte-ce quando o examinador trata de formaassimétrica os sujeitos do estudo, de ma-neira que haja exposição a outros fatoresalém da intervenção de interesse. Porexemplo, quando o avaliador sabe que estámedindo a acuidade visual do participan-te que foi operado com a LIO multifocal,talvez ele tenha a tendência de estimular aleitura das letras na tabela de Snellen, in-sistindo mais para que o sujeito leia as le-tras menores, ao contrário dos indivíduosdo grupo controle. Este erro deve ser evi-tado com a padronização dos procedimen-tos e medidas do estudo, além de “masca-rar” o avaliador, para que ele desconheça aque grupo pertencem os pacientes.

Perda de Seguimento: em geral, não étolerada perda ou exclusão de indivídu-os, uma vez incluídos no estudo, superi-or a 10%. No caso da avaliação das LIOs,é mais provável que os indivíduos que nãotenham comparecido aos retornos sejamjustamente aqueles que ficaram melhor eque julguem não ser mais preciso voltarao hospital. Neste caso, o estudo revela-ria incidência de insatisfação irreal.

Viés de Detecção: relacionado à avalia-ção do desfecho. Por exemplo, o pesquisa-dor, tendo utilizado para avaliação a tabe-la de Snellen, afirmar que a acuidade visu-al de pacientes que receberam LIOsasféricas seja semelhante à dos que rece-beram LIOs esféricas. É consenso, entre ospesquisadores, de que a tabela de Snellennão é apropriada para este tipo demensuração, fazendo-se necessário realizaro exame com a tabela de sensibilidade aocontraste. Outra situação ocorre quandoo sujeito de estudo sabe que recebeu oplacebo. Neste caso, é mais provável queele procure veladamente formas alternati-vas de tratamento, assim como aqueles quesabem que receberam a droga estudada,sejam sugestionados a achar que melhora-ram (efeito placebo). Este erro pode ser eli-minado, ao se “mascarar” os pacientes.

Um estudo é considerado mascaradoquando o avaliador não sabe quem com-põe cada grupo de estudo. Duplo-masca-rado, se adicionalmente o paciente nãosabe a que grupo pertence. Triplo-mas-carado, se a pessoa que fez a alocação dossujeitos em cada grupo também não sabequem são os candidatos que está alocando.

Viés de Confundimento: é quando nãose distingue o efeito de duas ou mais va-riáveis. Por exemplo, ao avaliar o consu-mo de combustível de dois carros, testarum deles na estrada e outro na cidade.Neste caso, teremos duas variáveis influ-enciando o resultado, os carros e o per-curso. Da mesma forma, caso o cirurgiãomais experiente opere somente o grupoda LIO multifocal, estaremos testando odesempenho das LIOs e dos cirurgiões aomesmo tempo. O ideal é que a variável aser estudada esteja isolada, ou seja, ape-nas ela influencie no resultado. No exem-plo das LIOs, ou o mesmo cirurgião deverealizar todas as cirurgias ou sorteia-se ocirurgião para cada procedimento.

Assim, principalmente para fins deatualização continuada, não é confiável

considerar somente o título e o resumodos artigos, sem verificar se a metodologiaestá adequada, que, em ultima análise, éa indicação de que se pode acreditar nosresultados apresentados. Todo pesquisa-dor está sujeito a cometer erros, que po-dem interferir no resultado do estudo. Seos erros forem sistemáticos, podem viciaro bom andamento da pesquisa. Para darmaior confiabilidade ao trabalho, o pes-quisador deve estar atento para que nãoocorra tal viés. Assim como editores, re-visores e, principalmente, leitores, preci-sam estar atentos para a metodologiaempregada na obtenção dos resultados.

Quando uma pesquisa clínica é idealiza-da, o objetivo é que uma dúvida sejaesclarecida. A resposta para a dúvida do pes-quisador, em geral, também é um anseio dosdemais profissionais, a fim acrescentar infor-mações que possam melhorar sua prática.Desta forma, é de se esperar que os resulta-dos obtidos reflitam, dentro do possível, averdade para a realidade do momento.

Enfatizamos que somente ler a conclu-são dos artigos não é confiável, por esta,em geral, representar a interpretação pes-soal dos resultados, por parte do pesqui-sador. E a interpretação pessoal tambémpode estar enviesada. Por exemplo, se es-

timarmos que a temperatura externa mé-dia em São Paulo no próximo inverno seráde 21ºC, uma pessoa do Recife poderá in-terpretar este dado como sendo frio, assimcomo um indivíduo de Curitiba poderáinterpretar que estará quente. O ideal éque o leitor reflita sobre os resultados dosestudos, segundo sua razão e conjuntura,pois a verdade pode se apresentar de for-ma diferente para cada pessoa.

Carlos Drummond de Andrade assimdefiniu a “verdade” no livro O Corpo: “a por-ta da verdade estava aberta, mas só deixavapassar meia pessoa de cada vez. Assim, nãoera possível atingir toda a verdade, porque ameia pessoa que entrava só trazia o perfil demeia verdade. E sua segunda metade voltavaigualmente com meio perfil. E os meios per-fis não coincidiam... Derrubaram a porta!Chegaram ao lugar luminoso, onde a verda-de esplendia seus fogos. Era dividida emmetades diferentes, uma diferente da outra.Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.Nenhuma das metades era totalmente bela.E carecia optar... Cada um optou conformeseu capricho, sua ilusão, sua miopia”.

*Diretor de Publicações da SBOEditor-Chefe da Revista

Brasileira de Oftalmologia

Newton Kara-Junior*

Atualização médica continuada por meio da análise crítica da literatura

A parte mais importanteda publicação, que deveser cuidadosamenteanalisada é a descriçãoda metodologiaempregada para aobtenção dos dados

Para fins de atualizaçãocontinuada, não éconfiável considerarsomente o título e oresumo dos artigos, semverificar se a metodologiaestá adequada

5Maio-Junho - 2013

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia6

Qual a vantagem da escrituração contábilna forma das leis comerciais e fiscais

RECORTE E GUARDE�

NÚMERO 4

Embora alguns profissionais de contabilidade entendam que a em-presa PJ, tributada pelo lucro presumido ou pelo lucro real ou simplesnacional, não precisem de contabilidade regular, a verdade é que a faltade contabilidade, escrituração do livro diário, dificultará a captação derecursos em bancos, participação em licitações, apuração de haveres,aprovação de crédito junto a fornecedores, discussões judicias, etc.

Saiba porque neste 4º número da série sobre questões tributárias,contábeis e fiscais na área da Saúde, mais um serviço que a SBO prestaaos associados, sempre em parceria com o grupo Asse, que estará partici-pando do XVIII Congresso Internacional, no dia 25/7, quando o diretorVitor Marinho falará sobre “Entendendo o Sistema Público de Escritu-ração Digital-Sped: O que muda nas clínicas médicas”

Questões tributárias, contábeis e fiscais na área de Saúde

Distribuição de lucros isentos:Desde 1996, os lucros ou dividendos

calculados com base nos resultados apu-rados, pagos ou creditados pelas PJ tri-butadas pelo Lucro Real ou Presumido,não estão sujeitos à incidência do Impos-to de Renda na Fonte, nem integram abase de cálculo do imposto dobeneficiário, pessoa física ou jurídica.(Artigo 10 da Lei 9.249/1995 e Artigo48 da Instrução Normativa 93/1997).

O lucro só poderá ser totalmente dis-tribuído como isento, se a PJ mantiver aescritura contábil de acordo com a legis-lação comercial e fiscal, que é a escritura-ção do livro diário de acordo com o arti-go 6º e 7º do Decreto 64.567 de 22/05/1969 e demonstrar a apuração do lucro aser distribuído aos sócios que pode ser deacordo com as quotas do capital social oude acordo com a produtividade.

As empresas que escrituram o livro cai-xa, não mantendo a escrituração contábilregular, só poderão distribuir como isentoaté o valor do lucro presumido, 32% desuas receitas, para as sociedades civis deprofissão regulamentada e 8% para as deestrutura hospitalar, deduzido dos impos-tos federais incidentes devidos, desde quea distribuição ocorra após o encerramentodo trimestre de apuração. Se não dispõede balancetes contábeis, a PJ não conheceo seu verdadeiro lucro para poder distri-buir aos sócios. Por isto, só poderá distri-buir a base da presunção de 32% da recei-ta, como lucro aos sócios.

O fato é que alguns profissionais da

contabilidade entendem que a PJ tributa-da pelo lucro presumido ou pelo lucro realou simples nacional, não necessitam decontabilidade regular, até porque é maissimples não fazer a contabilidade. Alémdesta exigência da Receita Federal, a faltade contabilidade, escrituração do livro di-ário, deixará a PJ em dificuldades, quandoda necessidade de captação de recursos embancos, participação em licitações, apura-ção de haveres, aprovação de crédito juntoa fornecedores, discussões judiciais, etc.

O mesmo ocorre com as empresas tri-butadas com base no lucro arbitrado, quesó poderão distribuir como isento aos seussócios, o valor do lucro arbitrado, deduzi-do dos impostos federais, nas mesmas con-dições acima, do lucro real e presumido.

As empresas optantes do Simples Na-

cional, microempresas e EPP, que mantêma escrituração contábil de acordo com alegislação comercial e fiscal (livro diário),poderão distribuir a totalidade do lucroapurado, sem incidência do Imposto deRenda na fonte. A escrituração contábilem todas as formas de tributação tem queconter os requisitos legais, sem vícios,erros ou deficiências, para que não sejaconsiderada a imprestabilidade da escri-ta, assim como a sua documentação deve-rá estar revestida das exigências necessá-rias, de acordo com o artigo 160, pará-grafo 1º do RIR.

As PJ com débito, não garantido, para aFazenda Nacional (receita e INSS), não po-derão distribuir quaisquer lucros a seus só-cios, diretores e demais membros de órgãosdirigentes, fiscais ou consultivos. A

inobservância desta regra importa em mul-ta em montante igual a 50% (cinquenta porcento) das quantias distribuídas ou pagasindevidamente para os diretores e demaismembros da administração que receberemimportâncias indevidas.

Incide INSS sobre a distribuição delucros?

O Decreto 4.729/2003 determina queestes lucros só não são isentos de INSS, senão constar na contabilidade a discrimi-nação entre a remuneração decorrente dotrabalho (pró-labore) e a proveniente docapital social (lucro) ou tratar-se de adi-antamento de resultado ainda não apura-do por meio de demonstração de resulta-do do exercício.

As empresas devem adotar o cuidadode prever, em seus respectivos contratossociais, que a sociedade poderá antecipare distribuir lucros através de levantamen-to de balancetes intermediários (mensal,trimestral e semestral) e balanço anual.

Assim, para não incidir INSS sobre olucro distribuído pelas empresas em ge-ral aos respectivos sócios, a título de lu-cros do próprio exercício, não integra aremuneração para efeito de contribuiçãoprevidenciária (20%), desde que seja combase na escrituração contábil regular eque seja discriminado na contabilidade ovalor pago ao sócio pelo seu labor presta-do a empresa (pró-labore) do rendimentode capital auferido (lucro).

Vitor MarinhoDiretor do Grupo Asse

[email protected]

7Janeiro - Fevereiro - 2014

Atualmente, 4,2 bilhões de pessoasem todo o mundo possui algumproblema de visão, sendo que 2,5

bilhões precisam mas não têm acesso àcorreção visual, segundo a OrganizaçãoMundial da Saúde. A falta de boa visãorepresenta um custo alto para a socieda-de. De acordo com o Vision ImpactInstitute (visionimpactinstitute.org), aprimeira organização mundial dedicadaàs questões sócio-econômicas relaciona-das à visão, cerca de US$ 269 bilhões sãoperdidos mundialmente a cada ano devi-do à perda de produtividade associada àdeficiência visual. No Brasil, cerca de20% da população, algo em torno de 40milhões de pessoas se encontram nessa si-tuação.

Diante desse cenário, em parceria comoutras instituições, o Instituto Ver e Vi-ver, uma iniciativa da Essilor, empresa quetem por missão proporcionar qualidadede vida através de uma visão melhor,criou as condições para que a populaçãode baixa renda possa ter acesso à saúdevisual e adquirir os primeiros óculos comlentes corretivas a preços acessíveis. Ainiciativa do Instituto abrange sempreregiões necessitadas, onde são realizadosexames oftalmológicos, identificandopacientes que precisam de correção e pos-sibilitando a compra no mesmo momen-to a preços populares.

-Para tornar isso realidade foi criadoum produto exclusivo com lentes paraóculos em policarbonato e resistentes àquebra, pré-cortadas e com formatos si-métricos que se encaixam facilmente emarmações específicas, possibilitando assima entrega dos óculos logo após a consultacom o oftalmologista, explica ArnaudRibadeau Dumas, diretor geral da Essilorno Brasil e responsável pelo Instituto.

Segundo Sandra Abreu, gerente ge-ral do Instituto Ver e Viver, após um pe-ríodo de programas piloto no ano de2013, agora equipes percorrerão o paísimplementando a iniciativa. Em 2014,

Instituto Ver e Viver ajuda comunidades carentes

Arnaud Ribadeau Dumas, diretor geral da Essilorno Brasil e responsável pelo Instituto Ver e Viver,está otimista com as perspectivas do programa

O time do Instituto como a equipe do Dr. ErnaniBorges, na campanhaem Mangaratiba (RJ).Esquerda da escada,Alexander Rossi eMarcos Reis. Escadade cima para baixo,Sandra Abreu, DianaPaes, Paulo RobertoSilva.À direita daescada, Sérgio Miller,Cristina Silva e Dr.Ernani Borges

Gerente geral do Instituto, Sandra Abreu destacaa parceria com os Lions Clubes e a SBO paraas ações iniciadas este ano no Estado do Rio

Marco Reis, técnico em ótica do Instituto,medindo a distância naso pupiliar (dnp) numaação na comunidade do Pereirão, Laranjeiras (RJ)

Pacientes atendidos em campanhas promovidas pelo Instituto, que tiveram acesso ao exame e já saíram com os óculos. Desenvolvidos especialmentepara o programa, as lentes em policarbonato e resistentes à quebra, pré-cortadas e com formatos simétricos, se encaixam perfeitamente em armaçõesespecíficas, possibilitando a entrega dos óculos logo após a consulta com o oftalmologista

várias ações começaram a ser realizadas noEstado do Rio de Janeiro, além de parce-rias com instituições com o mesmo obje-tivo social do Instituto – levar correçãovisual àqueles que não possuem acesso econtribuir para a inclusão sócio- econô-mica destas pessoas.

-Dentre nossos principais parceirosressaltamos os Lions Clubes e a Socieda-de Brasileira de Oftalmologia, sempreatuantes em prol da saúde visual dos pa-cientes atendidos nas campanhas do Ins-tituto Ver & Viver, destaca Sandra Abreu.

Programa do Instituto leva acesso a exames oftalmológicos e aos primeiros óculos

Flavio Rezende, presidente da SBAO de 2012 a2014, passa o cargo a Ronald Cavalcanti, gestordo biênio 2014-2016

Ronald Cavalcanti, ao fundo a nova diretoria,anuncia uma de sua metas: pesquisa nacionalpara conhecer o perfil das clínicas oftálmicas

Tomou posse no dia 4 de abril de 2014a nova diretoria executiva da SociedadeBrasileira de Administração em Oftalmo-logia (SBAO), eleita para o biênio 2014-2016, tendo como presidente, RonaldCavalcanti, de Pernambuco substituindoFlávio Rezende (1912-1914), que ante-riormente já havia presidido a SociedadeBrasileira de Catarata e ImplantesIntraoculares (1996-1998) e a SociedadeBrasileira de Oftalmologia (1987-1990).

A posse de Ronald Cavalcanti, di-

Ronald Cavalcanti assume SociedadeBrasileira de Administração em Oftalmologia

retor-presidente do Hospital de Olhos dePernambuco (Hope), vice-presidente daFundação Altino Ventura, ocorreu duran-te o IX Congresso Internacional de Ad-ministração e Oftalmologia, realizadojuntamente com o XII Congresso Inter-nacional de Catarata e Cirurgia Refrativa,no Centro de Convençõs Sul América, noRio de Janeiro, de 2 a 5 de abril passado.

A nova diretoria da SBAO está as-sim constituída: presidente- RonaldCavalcanti (PE), vice-presidente- Paulo

Fadel (PR), diretora administrativa-Már-cia Campiollo (PR), diretora de comuni-cação- Alice Selles (RJ), diretora de cur-sos-Roberta Fernandes (RJ), diretor te-

soureiro- Darcy Domingues, comissão decursos- Carlos Heler Diniz (MG), JoãoPessoa (PE), Sérgio Kwitko (RS), JoãoFernandes (RJ) e Rosé Caribé (BA).

Fotos Divulgação

Fotos Divulgação

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia8

Muitos já sabem que ao viajar paraqualquer lugar, especialmente para o ex-terior, é fundamental contar com a cober-tura de uma empresa especializada emassistência viagem. O serviço, que podeser contratado por cerca de R$ 15,00(quinze reais) por dia dependendo do pro-duto escolhido, é fundamental até parapoder entrar em outro país.

Em 30 países da Europa - incluindo to-dos os integrantes da União Europeia(exceto Irlanda e Reino Unido) e três paísesque não são membros da organização (Is-lândia, Noruega e Suíça) – existe uma con-venção chamada “Acordo de Schengen”.Esse documento trata sobre uma políticacomum de abertura das fronteiras e livrecirculação de pessoas entre os países signa-tários. Neste tratado exige-se uma assistên-cia viagem com valor mínimo de € 30 mil(30 mil euros). Liechenstein, Bulgária,Romênia e Chipre estão em fase deimplementação do acordo.

Mas, além de garantir essa despesa emcaso de um evento inesperado ouindesejado, a assistência viagem oferece ain-da uma gama de serviços e benefícios comoauxilio junto à companhia aérea norastreamento de uma bagagem perdida, oacionamento de um médico para que assis-

ta o beneficiárioem um hotel,ou a repatriaçãomédica ou fune-rária até o paísde residência.Existem aindaserviços deconcièrge, comoindicação deum restauranteou até mesmode uma floricul-tura.

Para utilizar o serviço, o procedimen-to é bastante simples. No caso da AssistCard, os beneficiários recebem um kit quecontém - entre vários documentos -, umcartão personalizado e uma listagem comos telefones de contato das centrais AssistCard espalhadas em vários lugares domundo. Para utilizar o serviço, basta en-trar em contato com uma dessas centrais,informar seus dados, explicar o que lheocorre para que a empresa possa prestar oauxílio necessário.

A grande vantagem, sem dúvida, é po-der ser atendido na sua língua nativa, nonosso caso, em português. A Assist Cardopera 24 horas, todos os dias, faz o atendi-

mento no idio-ma do cliente eoferece acesso amais de 150mil prestadoresde serviços deassistência mé-dica e odonto-lógica interna-cional, jurídicae de bagagem.Além desses ser-viços, a compa-nhia também

conta com seguros de Cancelamento de Vi-agem, Acidentes Pessoais e Bagagem en-tre outros.

Outras empresas que atuam no setoroferecem serviços similares, porém é preci-so ter atenção na hora da contratação. Paraisso, é importante saber quais são as dife-renças entre seguro e assistência viagem,conceitos completamente diferentes. “Se apessoa optar por um seguro de viagem, elaprecisa entender que, em um momento deemergência, ela é quem irá procurar porconta própria os serviços de um médico ouespecialista, a maioria das vezes em um idi-oma diferente do seu”, alerta Daniel Prieto,country manager da Assist Card.

-Por outro lado, se o cliente tem o car-tão Assist Card, basta ligar para nossaCentral de Atendimento que nós iremosindicar quais profissionais poderão lheatender”, informa Prieto. Quando a em-presa é acionada, ela geralmente envia ummédico ao hotel em que o cliente está ouprovidencia uma consulta com um espe-cialista de primeiro nível.

-”Poderemos disponibilizar tambémum dos diferentes serviços que oferece-mos aos nossos clientes, tais como rastrearsua bagagem extraviada, ou pagar pelobilhete de um familiar, se o cliente via-jou sem companhia e precisar permane-cer em um hospital”, finaliza.

Entre os diferenciais da Assist Cardestão o maior limite de assistência médi-ca do mercado (US$ 1 milhão); a únicaque cobre o cancelamento de viagem porqualquer motivo; e o Certificado de Sa-tisfação de Garantia, um selo que garan-te o reembolso do voucher se o cliente nãoficar contente com o serviço prestado.

A Segna, em parceria com a AssistCard, desenvolveu um produto

exclusivo para os sócios da SBO.Saiba mais:

(21) 3045-3966/ (21) [email protected]

.

A importância da Assistência ViagemCobertura do seguro assistência viagem é mais ampla que a do seguro viagem

Seguros para oftalmologistas

9Janeiro - Fevereiro - 2014

XX Congresso Norte-Nordeste reúne 900, segundo presidente

Na mesa de abertura, HermínioRezende, deputado estadual, AfonsoMedeiros, presidente do XXICongresso de Prevenção deCegueira, David Lucena, presidentedo XX Congresso Norte-Nordeste,Francisco Cordeiro, presidente daSociedade Norte-Nordeste, DácioCosta, presidente da Sociedadecearense, Albert Dickson, presidenteda Câmara Municipal de Natal (RN) eMayra Pinheiro, coordenadora domovimento “Médicos para nossocorrer”

Valter Justa recebe a homenagem especialdurante o XX Congresso Norte-Nordeste de suafilha, também oftalmologista, Telma Justa

Cerca de 900 especialistas participa-ram do XX Congresso Norte-Nordestede Oftalmologia, realizado de 27 a 29de março passado, em Fortaleza, na Fá-brica de Negócios, informou o presiden-te David Lucena, destacando a presençamajoritária de oftalmologistas das regi-ões Norte e Nordeste do Brasil. A sole-nidade de abertura reuniu mais de 300pessoas, entre elas, políticos e autorida-des da oftalmologia local.

O presidente David Lucena ressal-tou ainda a presença de três palestrantesda Alemanha: Gabriel Willman,Herbert Jägle e Wolfang Haigis e a ho-menagem especial a “três nordestinosque contribuíram para o engrandeci-mento da oftalmologia regional e naci-onal”; Elisabeto Ribeiro Gonçalves, nas-cido no Piauí, radicando em Belo Hori-zonte, Minas Gerais, que não pode com-parecer por problemas de saúde na fa-mília, João Alberto Holanda de Freitas,natural do Ceará, radicado em Campi-nas, São Paulo e Valter Justa, tambémdo Ceará.

-Com a escolha de “O Olho Diabé-tico no Século XXI” como tema ofici-al do XX Congresso, quisemos darênfase à importância dos investimen-tos em saúde ocular e mostrar o papel

João Alberto Holanda de Freitas, tambémhomenageado, com Francisco Cordeiro, presidenteda Sociedade Norte-Nordeste de Oftalmologia

da educação da população no combateao diabetes, que já alcança índices alar-mantes, e pode levar à cegueira, acres-centou.

David Lucena também anunciou adata e local do XXI Congresso Norte-Nordeste: 26 a 28 de março de 2015,em Natal, no Rio Grande do Norte.

Durante o XX Congresso Norte-Nordeste, foi realizado também o ISimpósio de Pesquisa Clínica em Con-junto com a Revista Brasileira de Oftal-mologia (RBO), sob a coordenação dodiretor de publicações da SBO e editor-chefe da Revista, Newton Kara-Junior,além de Abrahão Lucena (CE) e Mariade Lourdes Veronese Rodrigues (SP),

membros do corpo editorial.A Sociedade Brasileira de Oftalmo-

logia, uma das entidades apoiadoras doXX Congresso Norte-Nordeste, divul-gou seu XVIII Congresso Internacional,

No estande da SBO, com o banner do XVIIICongresso Internacional, Marcelo Diniz,secretário executivo da Sociedade

que será realizado de 23 a 26 de julhopróximo, no Windsor Barra Hotel, noRio de Janeiro, distribuindo flyers eprestando informações no estande da en-tidade.

Fotos divulgação

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia10

ENCARTE

1

Prezado (a) colega,

É com grande prazer que venho até você di-vulgar o XVIII Congresso Internacional da

Sociedade Brasileira de Oftalmologia, que aconte-cerá no Rio de Janeiro de 23 a 26 de Julho próximo.

Nossa grade cientí� ca está abrangente, contendo assuntos do nosso dia a dia, desde cursos mais básicos até assuntos mais avançados de todas as subespecialidades.Teremos Simpósios Internacionais, com países da Europa, da América do Sul, além de convida-dos dos Estados Unidos e do Líbano, quando poderemos conhecer melhor as condutas em cada país e comparar com o que fazemos no Brasil, em cada ponto discutido. Teremos também uma atividade social intensa programa-da. Além, sem dúvida nenhuma, da possibilidade de estar com os colegas, do congraçamento de todos aqui no Rio de Janeiro, .

Temos certeza que será um Congresso proveitoso e esperamos muito a sua presença de braços abertos, neste Rio de sol, céu e mar, cantado em pro-sa e verso por nossos compositores.

Um grande abraço.

Marcus SafadyPresidente do XVIII Congresso Internacionalda Sociedade Brasileira de Oftalmologia

com grande prazer que venho até você di-vulgar o XVIII Congresso Internacional da

Sociedade Brasileira de Oftalmologia, que aconte-cerá no Rio de Janeiro de 23 a 26 de Julho próximo.

Nossa grade cientí� ca está abrangente, contendo assuntos do nosso dia a dia, desde cursos mais básicos até assuntos mais avançados de todas as subespecialidades.Teremos Simpósios Internacionais, com países da Europa, da América do Sul, além de convida-dos dos Estados Unidos e do Líbano, quando poderemos conhecer melhor as condutas em cada país e comparar com o que fazemos no Brasil, em cada ponto discutido. Teremos também uma atividade social intensa programa-da. Além, sem dúvida nenhuma, da possibilidade de estar com os colegas, do congraçamento de todos aqui no Rio de Janeiro, .

Temos certeza que será um Congresso proveitoso e esperamos muito a sua presença de braços abertos, neste Rio de sol, céu e mar, cantado em pro-sa e verso por nossos compositores.

Presidente do XVIII Congresso Internacionalda Sociedade Brasileira de Oftalmologia

PATROCINADORES DIAMANTE

23 a 26 de julho de 2014Windsor Barra Hotel - Rio de Janeiro - RJ

Grade do Programa Preliminar do XVIII

Congresso Internacional

da SBOPÁGINAS 2 E 3

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não quer perder PÁGINAS 2 E 3

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gratuita para o eventoPÁGINA 4

23/7 - QUARTA-FEIRA - PRÉ-CONGRESSOHORÁRIO Sala 1 Sala 2 Sala 3 Sala 4 Sala 5 Sala 6 Sala 7 Sala 8

14:00 às 16:00

BiomicroscopiaFernando Oréfi ce (MG)

Adaptação de Lentes de ContatoUma Tarde com Cléber Godinho

Lentes de Contato do Básico ao Avançado.Adaptação ao vivo

O Passo a Passo da Refração Ocular - ICésar Lipener (SP)Marcus Safady (RJ)Neusa Vidal (SP)

Interpretação do Campo VisualSérgio Meirelles (RJ)Diogo Lucena (RJ)

Oftalmoscopia IndiretaSérgio Fernandes (RJ)Flávio Mac Cord (RJ)

16:00 às 16:30 Visita aos stands/intervalo para o café

16:30 às 18:30

BiomicroscopiaFernando Oréfi ce (MG)

Adaptação de Lentes de ContatoUma Tarde com Cléber Godinho

Lentes de Contato do Básico ao Avançado.Adaptação ao vivo

O Passo a Passo da Refração Ocular - IIMilton Ruiz Alves (SP)Ricardo Uras (SP)Valeria Homem (RJ)

GonioscopiaRogério Torres (PR)

24/7 - QUINTA-FEIRA

HORÁRIO Sala 1 Sala 2 Sala 3 Sala 4 Sala 5 Sala 6 Sala 7 Sala 8

8:30 às 10:30

Facoemulsifi cação de A –ZNewton Kara-Júnior (SP)José Beniz Neto (GO)

Córnea e Doenças ExternasAna Luisa Hofling de Lima (SP)Denise de Freitas (SP)

Refração em Situações Especiais

UrgênciaLuiz Fernando Andrade (RJ)Nilva Moraes (SP)

RetinaDiabetes

Lentes de Contato GelatinosasTânia Schaefer (PR)Ana Catarina Delgado (PE)

TerapêuticaArlindo Portes (RJ)Moysés Zajdenweber (RJ)

Refrativa – Técnicas CirúrgicasBruno Fontes (RJ)Wallace Chamon (SP)

10:30 às 11:00 Visita aos stands/intervalo para o café

11:00 às 13:00

Facoemulsifi cação de A –ZNewton Kara-Júnior (SP)José Beniz Neto (GO)

Córnea e Doenças ExternasAna Luisa Hofling de Lima (SP)Denise de Freitas (SP)

Refração – Casos Clínicos

UrgênciaLuiz Fernando Andrade e Silva (RJ)Nilva Moraes (SP)

RetinaCasos Clinicos I

Lente de Contato RígidasFrederico Pena (RJ)César Lipener (SP)

As melhores monografi as SBO/2013Arlindo Portes (RJ)

Refrativa – ComplicaçõesEdna Almodin (PR)Ramon Coral Ghanem (SC)

13:00 às 14:30 Almoço

14:30 às 16:30

Simpósio Internacional: Condutas em Oftalmologia -Brasil, EUA, França, Itália,Portugal e Líbano

Semiologia do GlaucomaMarcelo Palis (RJ)Sérgio Meirelles (RJ)

Fórum Residentes

Formato InéditoDetalhes em Breve

Visão SubnormalHélder Costa Filho (RJ)Juliana Bohn Alves (RJ)

Exames ComplementaresHugo Soares Maia (RJ)Norma Allemann (SP)

Lentes de Contato – Dicas e MacetesCléber Godinho (MG)Sérgio Fernandes (RJ)

Órbita Abelardo Couto (RJ)Guilherme Herzog Neto (RJ)

Transplante de Cornea Ari de Souza Pena (RJ)Gustavo Bonfadini (RJ)

16:30 às 17:00 Visita aos stands/intervalo para o café

17:00 às 18:30

Simpósio Interna-cional: Condutas em Oftalmologia - Brasil, EUA, França, Itália,Portugal e Líbano

Semiologia do GlaucomaMarcelo Palis (RJ)Sérgio Meirelles (RJ)

Fórum Residentes Substâncias Intravítreas: Indicações e Situação Atual

Exames ComplementaresHugo Soares Maia (RJ)Norma Allemann (SP)

Lentes de Contato – Adaptações EspeciaisOrestes Miraglia (MG)

Sessão SBO-INCAPatologia Ocular Evandro Lucena (RJ)Rubens Belfort Neto (SP)

Encontro Nacional de Ligas Acadêmicasde OftalmologiaAndré Portes (RJ)Pedro Carricondo (SP)

19:00 às 19:30 CERIMÔNIA DE ABERTURA

19:30 às 20:30 COQUETEL

Associe-se à SBO e usufrua da programação do XVIII Congresso. Seu paciente vai gostarO tema o� cial do XVIII Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Of-

talmologia é “Oftalmologia com Foco no Paciente”. E para abordar o tema (evento é gratuito para os sócios da SBO com a anuidade quitada), o encon-

tro apresenta um programa cientí� co múltiplo, abrangendo praticamente todas as subespecialidades da Oftalmologia. Palestrantes do Brasil, Argentina, Chile, Estados Unidos, França, Itália, Líbano, Paraguai, Portugal e Uruguai apresentarão e discutirão temas da atualidade, sem-pre enfocados a partir das suas experiências locais, mas universalizando-as, tendo como objetivo buscar denominadores comuns visando o melhor atendimento ao paciente, explica o presidente Marcus Safady. A seguir, alguns destaques para você anotar na sua agenda:

Time que está ganhando não se mexe. Assim no primeiro dia, tere-mos, como no ano passado, em Foz do Iguaçu, os cursos de Biomicros-copia, coordenado por Fernando

Oré� ce(MG), e Adaptação de Lentes de Contato sob a batuta de Cléber Godinho (MG). Passo a Passo de Re-fração Ocular I e II, respectivamen-te, com César Lipener (SP), Marcus Safady (RJ), Neusa Vidal (SP), Milton Ruiz (SP), Ricardo Uras (SP) e Valéria Homem (RJ). E Oftamoscopia Indire-ta com Sérgio Fernandes(RJ) e Flávio MacCord (RJ).

Um dia de programação intensa. Além da discussão de Situações Es-peciais e Casos Clínicos de Refração, teremos mais cursos de Lentes de Contato, agora com a participação de Frederico Pena (RJ), Orestes Miraglia (MG) e Tania Schae� er (PR).Facoemul-si� cação de A a Z, coordenado por Newton Kara-Junior (SP) e José Beniz Neto (GO). Córnea e Doenças Exter-nas com Ana Luiza Ho� ing de Lima (SP) e Denise de Freitas (SP). Semio-logia do Glaucoma com Marcelo Palis (RJ) e Sérgio Meirelles (RJ).

E também Urgência em Oftalmolo-gia - Luiz Fernando Andrade e Silva (RJ) e

Nilva Moraes (SP), Exames Complemen-tares - Hugo Soares Maia (RJ) e Norma Allemann (SP), Órbita - Abelardo Couto (RJ) e Guilherme Herzog Neto (RJ), Trans-plante de Córnea - Ari de Souza Pena (RJ) e Gustavo Bonfadini (RJ). Técnicas Cirúrgicas e Complicações de Cirurgia Refrativa, coordenados, respectiva-mente por Bruno Fontes (RJ)/Wuallace Chamon (SP) e por Edna Almodin (PR)/Ramon Coral Ghanem (SC).

Ainda no dia 24/7 será realizado o Fórum dos Residentes e o II Encontro Nacional de Ligas Acadêmicas de Of-talmologia, sob a coordenação de An-dré Portes (RJ) e Pedro Carricondo (SP).

Sessão SBO-INCA - Patologia Ocu-lar- organizada por Evandro Lucena (RJ) e Rubens Belfort Neto (SP).

Das 14:00 às 18:30, a primeira participação de palestrantes interna-

Grade do Programa Preliminar do XVIII Congresso Internacional da SBO

25/7 - SEXTA-FEIRA

HORÁRIO Sala 1 Sala 2 Sala 3 Sala 4 Sala 5 Sala 6 Sala 7 Sala 8 Sala 9

8:30 às 10:30

Dia a Dia na OftalmologiaSérgio Fernandes (RJ)Elisabeto Ribeiro Gonçalves (MG)

Glaucoma Tratamento Clínico

CatarataCasos EspeciaisMiguel Ângelo Padilha (RJ)

UveíteRubens Belfort Jr. (SP)Haroldo Vieira de Moraes Jr. (RJ)

Córnea / Doenças Externas – Casos ClínicosLuiz Fernando Regis-Pacheco (RJ)

Temas LivresSérgio Meirelles (RJ)Patrícia Pachá (RJ)

EstrabismoBeatriz Simões (RJ)Harley Bicas (SP)

OculoplásticaHélcio Bessa (RJ)Murilo Rodrigues( MG)

10:30 às 11:00 Visita aos stands/intervalo para o café

11:00 às 13:00

Dia a Dia na OftalmologiaCarlos Fernando Ferreira (RJ)Lisandro Sakata (PR)

Glaucoma Tratamento CirúrgicoRicardo Paletta Guedes (MG)Carlos Akira Omi (SP)

Catarata Vídeo SimpósioFernando Trindade (MG)Newton Kara-Junior (SP)

UveíteRubens Belfort Jr. (SP)Haroldo Vieira de Moraes Jr. (RJ)

Córnea / Doenças Externas – Olho SecoMarco Antonio Alves (RJ)José Álvaro Pereira Gomes (SP)

Temas LivresSérgio Meirelles (RJ)Patrícia Pachá (RJ)

EstrabismoMiguel Gontijo (MG)Marcelo Vadas (SP)

Vias LacrimaisEduardo Soares (MG)João Amaro Ferrari Silva (SP)

13:00 às 14:30 Almoço

14:30 às 16:30

Dia a Dia na OftalmologiaGermano de Andrade (CE)Israel Rosemberg (RJ)

GlaucomaCasos ClínicosRemo Susanna Jr. (SP)

Doenças Sistemicas e OlhoCelso Marra Pereira (RJ)Luis Carlos Portes (RJ)

UveíteRubens Belfort Jr. (SP)Haroldo Vieira de Moraes Jr. (RJ)

Simpósio de Retina IWalter Takahashi (SP)

SBAO – Módulo 1Ronald Cavalcanti (PE)

Simpósio Sul-Americano de Oftalmologia:Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, e Uruguai

OftalmopediatriaSansão Kac (RJ)Islane Verçosa (CE)

16:30 às 17:00 Visita aos stands/intervalo para o café

17:00 às 18:30

Análise da Papila: Diagnosticando Precocemente o GlaucomaRemo Susanna Jr. (SP)

Importância do Exame Oftalmológico nas Doenças SistêmicasRubens Belfort Jr. (SP)

RetinaCasos Clinicos II

SBAO – Módulo 2Roberta Fernandes (RJ)Alice Selles (RJ)

Simpósio Sul-Americano de Oftalmologia:Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, e Uruguai

OftalmopediatriaJoão Borges Fortes (RS) Márcia Tartarella (SP)

Reunião RBO“Pesquisa clinica:desvendando osmistérios”Newton Kara-Junior (SP)

26/7 - SÁBADOHORÁRIO Sala 1 Sala 2 Sala 3 Sala 4 Sala 5 Sala 6 Sala 7 Sala 8

8:30 às 10:30

Sessão Interativa - GlaucomaPaulo Augusto de Arruda Mello (SP)Ivan Maynart (SP)

Neuro-OftalmologiaMarco Aurélio Lana-Peixoto (MG) Mário Monteiro (SP)

Catarata – Vídeo Simpósio: ComplicaçõesVirgílio Centurion (SP)Fabio Henrique Casanova (PE)

Refrativa – Casos ClínicosRenato Ambrósio Jr. (RJ)

Simposio de Retina II

SBAO – Módulo 1 - ColaboradoresRonald Cavalcanti (PE)

Oftalmologia EstéticaEdna Pochaczevsky (RJ)

Workshop de bloqueios anestésicos: O que o cirurgião deve saber.Américo Autran Neto (RJ)

10:30 às 11:00 Visita aos stands/intervalo para o café

11:00 às 13:00

Sessão Interativa - Córnea Dácio Costa (CE)Newton Kara-José (SP)

Neuro-OftalmologiaMarco Aurélio Lana-Peixoto (MG)Mário Monteiro (SP)

Catarata – ControvérsiasArmando Crema (RJ)

Alumini USP RetinaCasos Clinicos III

SBAO – Módulo 2 - Colaboradores

Oftalmologia EstéticaEdna Pochaczevsky (RJ)

I-Oftalmologia:O que realmente agrega valor ao nosso dia a dia?Alexandre Rosa (PA)

Associe-se à SBO e usufrua da programação do XVIII Congresso. Seu paciente vai gostarcionais: Simpósio Internacional: Con-dutas em Oftalmologia - Brasil, EUA, França, Itália, Portugal e Líbano.

No � nal do dia, às 19 horas, Ceri-mônia de Abertura do XVIII Congres-so Internacional de Oftalmologia. En-trega do Prêmio Personalidade SBO e três homenagens. Entrega do 42º Prêmio Varilux.

Após a Abertura, Coquetel de Bo-tequim do Windsor Barra Hotel.

A programação começa com Dia a Dia na Oftalmologia, imperdível, sucesso absoluto em todos os even-tos da SBO: foram reservados os dois

horários da manhã e um da tarde. Oportunidade única de tirar todas as dúvidas e discutir situações clínicas e cirúrgicas, sob a coordenação de Sérgio Fernandes (RJ), Elisabeto Ri-beiro Gonçalves (MG), Carlos Fernan-do Ferreira (RJ), Lisandro Sakata (SP), Germano de Andrade (CE) e Israel Ro-semberg (RJ).

Teremos ainda Remo Susanna Jr. (SP) coordenando Casos Clínicos de Glaucoma e Análise da Papila: Diag-nosticando Precocemente o Glau-coma. Ricardo Paletta Guedes (MG) coordena Glaucoma: Tratamento Ci-rúrgico.

Catarata merece uma atenção especial: Miguel Ângelo Padilha (RJ) comanda a apresentação de Casos Es-peciais, enquanto Fernando Trindade (MG) e Newton Kara-Junior (SP) coor-

denam o Vídeo Simpósio. Uveíte, com Rubens Belfort Jr. e Haroldo Vieira de Moraes (RJ) também terá três horá-rios. Estrabismo, Simpósio de Retina I, entre outros temas, também estão na sexta-feira.

Para o Simpósio Sul-Americano de Oftalmologia: Argentina, Chile, Para-guai e Uruguai foram reservados dois horários.

Sessões Interativas de Glaucoma e de Córnea, com Paulo Augusto de Arruda Mello (SP) e Ivan May-nart (SP), Dácio Costa Carvalho (CE) e Newton Kara-José (SP), respec-

tivamente. Neuro-oftalmologia, a expe riência de Mário Monteiro (SP) e Marco Aurélio Lana-Peixoto (MG), certamente um diferencial nessa di-fícil subespecialidade.

Catarata-Vídeo Simpósio: Com-plicações, Catarata-Controvérsias e Refrativa-Casos Clínicos completam a grade do Programa Preliminar.

Virgílio Centurion (SP) e Fábio Henrique Casanova (PE) estão à fren-te do Vídeo Simpósio.

Os ex-presidentes da SBCR e SBCII, Renato Ambrósio Jr. (RJ) e Armando Crema (RJ) coordenam Catarata-Con-trovérsias e Refrativa-Casos Clínicos.

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Grade do Programa Preliminar do XVIII Congresso Internacional da SBO

Aguarde a próxima grade para mais informações sobre a

programação cientí� ca e social

Aderbal Alves Jr. (RJ)Andre Portes (RJ)

Elisabeto Ribeiro Gonçalves (MG)Fabiola Mansur (BA)

Gilberto dos Passos (RJ)Giovanni Colombini (RJ)

João Alberto Holanda de Freitas (SP)Luiz Carlos Portes (RJ)

Marcus Safady (RJ)Ricardo de Almeida Neves (RJ)

Sérgio Fernandes (RJ)Tania Schae� er (PR)

Arlindo Portes (RJ)Armando Crema (RJ)

Bruno Fontes (RJ)Carlos Augusto Moreira Jr. (PR)

César Lipener (PR)Cléber Godinho (MG)

Dácio Costa Carvalho (CE)Denise de Freitas (SP)Fernando Oré� ce (BA)

Fernando Trindade (MG)

Germano de Andrade (CE)Haroldo Vieira de Moraes Jr. (RJ)

Jacó Lavinsky (RS)José Álvaro Pereira Gomes (SP)

Márcio Nehemy (MG)Mário Motta (RJ)

Miguel Ângelo Padilha (RJ)Newton Kara-José (SP)

Newton Kara-Junior (SP)Oswaldo Moura Brasil (RJ)

Paiva Gonçalves Filho (RJ)Paulo Augusto de Arruda Mello (SP)

Remo Susanna Jr.(SP)Ramon Coral Ghanem (SC)

Renato Ambrósio Jr. (RJ)Roberto Marback (BA)Rubens Belfort Jr. (SP)Sérgio Meirelles (RJ)

Walter Takahashi (SP)

COMISSÃO ORGANIZADORA

COMISSÃO CIENTÍFICA

CATEGORIA

Sócio SBO - qualquer categoria (anuidade quite) Inscrição Gratuita

Sócio Titular (anuidade 2014 em aberto) R$590,00

Sócio Aspirante (anuidade 2014 em aberto) R$472,00

Sócio Correspondente (anuidade 2014 em aberto) R$472,00

Acadêmico de Medicina R$120,00

Médico não Sócios R$700,00

Residentes R$324,00

INSCREVA-SE!

Inscrição em temas livres pelo site do congresso até 15 de julho com premiação de R$2.000,00 para o melhor tema livre e melhor pôster

Informações de hospedagem, inscrições e grade científi ca, já estão no site:www.congressosbo.com.br

Importante:1) Aos Sócios Quites: é imprescindível a inscrição no congresso para garantir sua participação.2) Aos demais Sócios: O pagamento do boleto gerado na inscrição do congresso quita a anuidade 2014 e garante a participação no evento em caráter de cortesia.

15Janeiro - Fevereiro - 2014

No Sul América, último evento da SBCII e SBCR, agora ABCCREstande da SBO divulga XVIII Congressoe distribui exemplares da Revista Brasileira

Na abertura, da esquerda para a direita, CarlosGabriel Figueiredo, Flávio Rezende, ArmandoCrema, Gilberto dos Passos, Marcus Safady eRenato Ambrósio Jr.

Todos os premiados e membros do júri (degravata vermelha) do Festival de Filmes:ladeando Armando Crema, Claudio Trindade eLiliana Werner

Último evento das Sociedades Brasilei-ras de Catarata e Implantes Intraoculares(SBCII) e de Cirurgia Refrativa antes da fu-são, o XIII Congresso Internacional de Cata-rata e Cirurgia Refrativa, realizado de 2 a 5de abril de 2014, no Centro de ConvençõesSul América, no Rio de Janeiro, superou asexpectativas na avaliação dos organizadores.

Entre os destaques, as transmissões decirurgias ao vivo de catarata e de cirurgiarefrativa, respectivamente da OftalmoRio edo Centro Cirúrgico Jardim de Alah Cirur-gia Ocular, e o Festival de Filmes Científi-cos, que se revestiu de um climahollywoodiano, com direito a tapete verme-lho, torcida organizada, mestre de cerimô-nias, e muito suspense no anúncio dos pre-miados nas cinco categorias: Refrativa, Ca-tarata, Educacional, Especial e Complicações.O oftalmologista mineiro Claudio Trindadefoi o grande vencedor com,”Ampliando a pro-

fundidade de foco com um novo conceito deimplante intraocular”, concorrente na cate-goria Catarata.

Na abertura, um momento de emoçãofoi o breve pronunciamento de FlávioRezende, presidente da SBAO, ao afirmarque provavelmente não ocupará mais ne-nhum cargo de gestor: “nos últimos 20anos presidi várias entidades, agora é horade desacelerar”.

Juntamente com Flávio Rezende, pre-sidiram a cerimônia os presidentes da SBCIIe SBCR, respectivamente Armando Cremae Renato Ambrósio Jr. Além de MarcusSafady, pela Sociedade Brasileira de Oftal-mologia, participaram Carlos GabrielFigueiredo, presidente da recém-fundadaAssociação Brasileira de Catarata e Cirur-gia Refrativa (ABCCR), e Gilberto dos Pas-sos, representante do Conselho Regional deMedicina do Estado do Rio de Janeiro.

No estande da SBO, além de flyerscom informações sobre o XVIII Con-gresso Internacional, também foramdistribuídos exemplares da RevistaBrasileira de Oftalmologia (RBO).Normalmente apenas sócios da SBO edas SBCII e SBCR recebem a publica-ção, que é bimestral.

Alguns aproveitaram também parase informar sobre seguros, principal-mente contra roubos em consultórios e

o que garante o salário mesmo que al-guma doença obrigue ausência tempo-rária do trabalho (Seguro de vida comDIT). A Sociedade Brasileira de Oftal-mologia mantém uma parceria com aSegnaSeguros, que oferece inúmeros ti-pos de seguros com preços especiais.

O livro “Sociedade Brasileira deOftalmologia-90 Anos de História”,de João Diniz, também foi bastantesolicitado.

Recebido por João Diniz, assessor dediretoria da SBO, Marco Tulio Chater Viegas,de Palmas, Tocantins, com esposa e filho.Ele acabou o mestrado e está reunindo umgrupo para elaboração de trabalhoscientíficos de oftalmologia

Em visita ao estande da SBO, no Congressode Catarata e Cirurgia,Osmar Gaiotto,coordenador da Residência em Oftalmologiada Santa Casa de Limeira (SP), recebe olivro “Sociedade Brasileira de Oftalmologia-90 Anos de História”

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JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia14

Janeiro - Fevereiro - 2014 17

SBOTempo e Memória

João Diniz

Osvaldo Travassos: movido pela curiosidade

Na Guerra do Golfo,com a TV mostrandoas imagens filmadasno escuro, imaginei

usar uma câmaracomo aquela para fazer

uma biomicroscopiaem infravermelho

Já está no SenadoProjeto de Lei

instituindo a exigênciade” atestado de visão”,exame oftalmológico

obrigatório, paracrianças em idade

pré-escolar

Jornal Brasileiro de Oftalmologia-O senhor costuma comentar que sem-pre se interessou, teve curiosidade, decomo funcionam as lentes. O senhorpoderia relatar a sua primeira lem-brança sobre o assunto?

Osvaldo Travassos-Tenho lembrançade que aos 7anos de idade ganhei um bi-nóculo de presente e queria saber o moti-vo de ver as coisas aparentemente maisaproximadas. Não sei bem se desmontei otal binóculo ou se foi porque o mesmoquebrou; lembro-me que ao olhar pelaslentes isoladamente achava interessante osefeitos: com uma delas via os objetos tor-narem-se maiores, com outra lente , osobjetos pareciam diminuir de tamanho.

JBO- O senhor é um dos poucos “in-ventores” na área oftalmológica, o se-nhor teria uma explicação para o fato?

OT- Acredito por estar sempre pensan-do em algum melhoramento da tecnologiaque dispomos e também pela busca da ino-vação, que contribui para a criação. Idéiae habilidade não têm pátria.

Algumas ocasiões podem até servir de es-tímulo à criatividade. Naquela guerra do Gol-fo (1990-1991), a televisão mostrava imagensfilmadas no escuro. Imaginei: com uma câmera

daquela eu poderia fazer uma biomicroscopiasem o paciente sentir a luz. Troquei o filtro deuma câmera de vídeo comum por outro espe-cífico e a mesma passou a filmar no escuro.Fiquei muito feliz em conseguir abiomicroscopia em infravermelho sem que opaciente sentisse a luz, com ausência total defotofobia. Por outro lado, uma córnealeucomatosa, mesmo com densa opacidade, eravista com transparência, permitindo a visi-bilidade do interior do olho.Tenho registroda “Biomicroscopia em Infravermelho”nos li-vros “Biomicroscopia Comparada” (FernandoOréfice) e “Semiologia Ocular” (RiutiroYamane).

Outro exemplo: transformei umacâmera de filmar Super 8 em umoftalmoscópio. Apresentado no IV Con-gresso de Prevenção da Cegueira em BeloHorizonte -MG no ano de 1980 e publi-cado no volume II de seus Anais, justi-fiquei na ocasião da apresentação queentre outras aplicações não só poderiafilmar um parto como também observaro clarão pupilar do recém-nascido. Ini-ciava-se há 34 anos o “Teste do Olhinho”.

Para citar ainda outro invento desen-volvi o auto-oftalmoscópio. Este aparelhopermite o oftalmologista ver seu própriofundo de olho. Esta invenção, além de tersido mostrada em vários congressos noBrasil também teve apresentação por oca-sião do “Sixteenth Annual CoursePractical Aspects of Photocoagulation”,na Fundação de Retina em Boston- MA(EUA) em 20/03/1987. Um detalhe his-tórico: numa visita ao Brasil do prof. JulesFrançois recebi um telefonema do prof.Hilton Rocha pedindo que levasse a BeloHorizonte o auto-oftalmoscópio para queo famoso mestre belga visse seu própriofundo de olho. O fato aconteceu no audi-tório do Hospital São Geraldo da UFMG.

JBO- Quantas criações suas já fo-ram patenteadas e quantas estão sen-do vendidas? O senhor falou que rece-be uma pequena percentagem dosroyalties? Pequena, por quê?

OT- Registrado e comercializado atéo momento o OTMStereotest (a siglaOTM das iniciais de Osvaldo Travassos deMedeiros). Outras criações ainda se en-

contram em andamento. Tenho estimu-lado aos que vendem o aparelho a prati-carem o menor custo possível para umamaior aplicabilidade do métodoestereoscópico, que sei contribuir muitona avaliação da visão binocular bem comona prevenção da ambliopia.

JBO - Sabemos que, além do Brasil,oftalmologistas de outros países tam-bém já o adotam. O senhor poderia nosdizer quais são esses países. E, no casodo Brasil, tem uma estimativa do nú-mero de aparelhos em uso?

OT - Sei que ele é adota do, entre outrospaíses, na França, Portugal e Estados Uni-dos. No Brasil, em torno de 1.500 aparelhos.

JBO - Fale um pouco da lei daobrigatoriedade do exame oftalmológico,proposta pelo senhor em artigo publica-do na seção Opinião do JBO.

OT- É sabido que muitas vezes o bai-xo rendimento escolar se deve à baixa daacuidade visual. Embora meritórias ascampanhas que investigam nas escolas oestado visual das crianças, muitas vezesa detecção é tardia , e uma ambliopia jáinstalada. Publiquei no Jornal Brasileirode Oftalmologia N° 145 maio/junho2011 Pág. 9.em “Opinião” artigo paraque se faça uma Lei Federal em que noato da matrícula inicial do ensino fun-damental -rede pública e privada –sejaexigência da instituição de ensino a apre-sentação de um atestado de visão.

Desta forma, antes da criança iniciaros estudos poderiam ser detectados aspec-tos visuais comprometedores do aprendi-

zado, e a precocidade nos cuidados visu-ais, quando necessários, contribuirão coma prevenção da cegueira.

No momento, como resultado desta mi-nha proposta, acha-se em andamento noSenado Federal o Projeto de Lei, apresenta-do pelo senador Vital do Rêgo, que determi-na o exame de vista obrigatório ainda na ida-de pré-escolar, na primeira matrícula para ascrianças brasileiras nas unidades escolares.

JBO- No VI Congresso Nacional daSBO, em 2011, o senhor tocou flauta,revelando uma faceta artística desco-nhecida por muitos. Como nasceu seuinteresse pela flauta? O senhor tocade ouvido ou estudou? Compõe? Alémda música, quais são seus outros inte-resses fora da medicina?

OT-Nossa família gosta de música .Acredito que exista herança mesmo. Meuspais, meus irmãos e meus filhos, todos nóssempre somos admiradores da música etocamos algum instrumento. Gosto daflauta e do violão. Toco de ouvido e pormúsica. Sou autodidata. A facilidade doouvido me faz tocar uma música tão logodecore um pouco. Reproduzo tanto naflauta como no violão. A leitura de parti-tura é consequência de meu interesse em

adquirir métodos até que cheguei a umnível que considero satisfatório.

Gosto da música popular e tambémda clássica. Varias composições de Bachsão escritas para flauta. Gosto muito deexecutá-las. Toco também algumas com-posições de Villa-Lobos para flauta e vio-lão. Tenho escrito algumas composiçõespara violão e flauta Uma delas tem estiloclássico. O número maior mesmo dascomposições é constituído de chorinhose de valsas.

Fora da medicina e da música são vá-rios outros interesses, destacaria os avan-ços no 3D, a fotografia e o vídeo sempre.

Osvaldo Travassos de Medeiros em frente ao Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federalda Paraíba por onde se formou em 1969 e de onde é professor titular. Casado com Maria ElizabethDantas Moura Travassos de Medeiros, tem dois filhos: Olavo Moura Travassos de Medeiros, advogadoda União em Brasília, e Flávio Moura Travassos de Medeiros, Acadêmico de Medicina

Entrevistado deste Tempo e Memória, Osvaldo Travassos de Medeirosé professor titular de Oftalmologia da Universidade Federal da Paraíba,sócio desde 1985 da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, da qual foivice-presidente no biênio 2011-2012, e assíduo palestrante em tópicosrelativos à refração de congressos de oftalmologia. Defende o exameoftalmológico obrigatório das crianças em idade pré-escolar.

Responsável pela introdução em oftalmologia da documentação em 3Dsem que haja necessidade de artifícios ópticos ou óculos especiais para que asimagens sejam vistas, foi precursor na utilização de óculos 3D em sala de aula.

Osvaldo Travassos é também autor de diversos capítulos em livros didáti-cos de Oftalmologia, tais como “Refração”, já na sexta edição, e de livros mais

recentes sobre lentes de contato, semiologia oftalmológica e biomicroscopia.Mas o que poucos conhecem é seu lado “inventor”, que certamente

não se resume à criação do OTMStereotest , com contribuições importan-tes para o desenvolvimento de aparelhos e métodos de exames, destacan-do-se a transformação de uma câmara filmadora em oftalmoscópio, permi-tindo não só filmar um parto, bem como a observação da pupila vermelhado recém-nascido (origem do “Teste do Olhinho”), e do sistemaantiofuscante para eliminar o ofuscamento nas estradas, entre outros.

Essas e outras criações surgiram da sua curiosidade e pensando emalguma melhora da tecnologia disponível para o oftalmologista: “idéiae habilidade não têm pátria”, afirma.

Fontes: Livros de Atas da SBO, Revista Brasileira de Oftalmologia, Jornal Brasileiro de Oftalmologia, arquivos iconográficos da Sociedade Brasileira de Oftalmologia.

Arquivo pessoal

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia18

À s vésperas de completar trinta anosde idade, a oftalmologia se ressen-

te da perda súbita de um dos mais pro-missores cirurgiões e um colega éti-co, zeloso e dedicado aos seus pacien-tes, aos seus pares e à sua família.

Jorge Augusto Siqueira da Silva,Dr. Jorginho como era chamado, com-pletou sua especialização em Oftalmo-logia, no ano de 2012, no Centro deEstudos e Pesquisas Oculistas Associ-ados (Cepoa), e obteve seu título deespecialista pelo Conselho Brasileirode Oftalmologia em 2013.

Fez especialização em catarata comLeonardo Akaishi, em Brasília. Publicoutrabalhos científicos de relevância no es-tudo de patologias do segmento anteriorna Revista Brasileira de Oftalmologia,juntamente com o Grupo de Estudos emBiomecânica e Tomografia da Córnea doRio de Janeiro, conquistando a admira-ção e o respeito daqueles dos quais se or-gulhava, as pessoas do seu coração. Dr.Jorge Pereira da Silva, seu pai, mentor ecúmplice, sua irmã e amiga, a oftalmolo-gista Renata Siqueira, e seu cunhado eexemplo, Renato Ambrósio Jr.

Uma trajetória breve, muito bre-ve, porém, completa. Reconhecidopelo amor à família e a esposa, Leilane.Tinha bom humor, que contagiava atodos que tiveram o privilégio de terconvivido com ele, com suas risadas ea sagacidade. Cuidava de seus amigos!

Jorge Pereira Dias da Silva nasceu noRio de Janeiro em 1º de setembro de

1946. Filho de Astrogildo Dias da Silvae Izaura Pereira da Silva formou-se emMedicina pela Escola Médica do Rio deJaneiro, da Universidade Gama Filho, em15/12/1972.

Em 1976, quando fui trabalhar no Hos-pital São Francisco de Paula (hoje, QuintaD´Or) na Quinta da Boa Vista, tive a opor-tunidade de conhecer o colega, no Serviçode Oftalmologia. Desde então, seguimostrabalhando juntos. Quando o Serviço deOftalmologia foi encerrado fomos transfe-ridos para o Serviço de Oftalmologia doHospital Federal de Ipanema, onde nosaposentamos. O Jorge em 11/11/2013 eeu em 10/03/2014.

O colega e amigo tinha um veio em-preendedor e logo no início da sua car-reira, com um convite de um propagan-dista de laboratório, foi trabalhar no sulde Minas, na cidade de Três Corações. Foilá que Jorge dedicou 39 anos de carreira,mesmo mantendo seu consultório emNiterói e no Rio de Janeiro.

Em 1979, o colega Jorge me convi-dou para entrar de sócio em uma clínicano Jardim Botânico, no Rio, junto comDílson Marques da Silva e também emIcaraí, Niterói, com os colegas JoséAbrantes e Scheila Taboada.

No mesmo ano, Jorge também me con-vidou a ajudá-lo nas cirurgias em Três Co-rações. Lá íamos juntos um final de sema-na por mês, saindo do Rio às sextas-feirase retornando aos domingos, durante dezanos. Nesse período, seu irmão Luis Cláu-dio se formou e completou sua residênciaem Oftalmologia e, desde então, passou ame substituir nas viagens a Três Corações.

Eu e Jorge fomos sócios por mais de20 anos. Jamais tivemos alguma desaven-ça ou mesmo discussão. Alternávamos naAdministração a cada dois anos. Tudo eraresolvido de forma harmônica, baseado norespeito mútuo e no bom-senso.

Jorge era um grande colega e compa-nheiro de congressos. Fomos a inúmerosdeles, no Brasil e no exterior, e em todoseles há histórias interessantes e engraça-das para contar. Tantas que caberiam fa-cilmente num bom livro.

O desaparecimento do colega e ami-

Jorge Pereira Dias da Silva (1/9/1946-15/2/2014)

Camilo Lins e Jorge Pereira da Silva, companheiros e sócios, presença assídua em congressos noBrasil e no exterior. Num dos últimos, já com Jorge Augusto, aproveitam para visitar os pontosturísticos de Gramado e Canela, no Rio Grande do Sul

Jorge Pereira da Silva ladeado pelos dois filhosoftalmologistas: Jorge Augusto e Renata Siqueira.Os três eram parceiros no consultório de Niterói

Jorge Augusto Siqueira da Silva (28/2/1984-15/2/2014)go Jorge e do seu filho mais novo, JorgeAugusto Siqueira da Silva, também oftal-mologista, nos despertou para uma reali-dade brutal e inescapável. Ambos nosdeixaram recentemente de uma maneiratrágica e desoladora.

Jorge Pereira sempre foi personagemcentral tanto para a família, como paraos amigos e, sem dúvida alguma, para aoftalmologia. O colega deixou a esposaMárcia Helena Siqueira da Silva, comquem foi casado por felizes 40 anos e comquem teve 3 filhos. A primeira filha, Re-nata Siqueira da Silva, casada com Rena-to Ambrósio Jr, ambos oftalmologistas.Renata está grávida de uma menina es-perada, ansiosamente, pelo avô. Ela irá sechamar Giovanna. O segundo filho, Mar-co Túlio Siqueira da Silva, veterinário quese especializou em animais de pequenoporte, um filho generoso e dedicado à fa-mília. E ainda o mais novo, Jorge AugustoSiqueira da Silva, parceiro e colega deprofissão e de especialidade, casado háapenas 10 meses, que deixou viúvaLeilane Kasali Pereira, advogada.

Jorge Pereira da Silva deixou aindamuitos amigos, que lembrarão de sua his-tória de vida digna, de generosidade ehombridade.

Caro colega e companheiro de traba-lho, por toda a sua dedicação e por todasas suas valorosas realizações em oftalmo-logia seremos eternamente gratos peloexemplo de profissional ético que deixapara todos nós.

Camilo Moraes de Albuquerque Lins

Companheirismo e camaradagem mar-cavam sua generosa personalidade. Eratorcedor do Flamengo e praticante dejiu jitsu, mas detestava a violência!

Generoso sempre, compartilhandoalegria e entusiasmo com todos que tive-ram a felicidade de sua convivência, comoo fez na semana anterior a sua passagem.Não teve tempo nem razões de arrepen-dimento. Cumpriu suas promessas.

A consciência da fugacidade davida não afasta a dor e só aumenta asaudade.

À sua querida mãe, Márcia, à suaesposa, Leilane, aos seus irmãos, Mar-co Túlio e Renata, e todos os amigosque sentem tanto a sua falta, o confor-to da Fé para resignação em aceitar oque não podemos entender.

Jacqueline Provenzano

Jorge Augusto Siqueira da Silva, à esquerda,primeiro em pé, com seus colegas do Cursode Especialização do Cepoa, em 2012

Fotos: Album de família

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Presidente do CBO participa da formatura do Curso de Especialização do Cepoa

Sentados, a partir da direita, Milton Ruiz, HelcioBessa, Luiz Alberto Molina e Mônica Branco. Empé, Jacqueline Provenzano, Fernando Medeirose os seis formandos da turma 2011-2014

Durante mutirão de catarata, presidente daSBCII , Armando Crema, segundo da esquerdapara a direita, e Eduardo Yamane, primeiro àdireita, com staff e residentes do Cepoa

Com a presença de Milton Ruiz, pre-sidente do Conselho Brasileiro de Oftal-mologia (CBO), realizou-se no dia 1º defevereiro de 2014 a formatura da turma2011-2014 do Curso de Especializaçãodo Centro de Estudos e Pesquisas Ocu-listas Associados Rio de Janeiro (Cepoa),no Rio de Janeiro, constituída pelos alu-nos Carolina Alencar de A. Ramos,Eduardo Takeshi Yamane Filho, NatáliaPerim, Pablo Sartori Bosco, ReduvalLindoso Cavalcanti Jr. e Roberto CésarP.Amorim.

Depois da formatura, na própria sededo Cepoa, em Botafogo, houve jantar deconfraternização, que também contou

com a presença do presidente do CBO,além de Fernando Medeiros, atual presi-dente dos Oculistas Associados, Leonar-

do Lins, diretor do Cepoa, Luiz AlbertoMolina, Mônica Branco, Helcio Bessa,Jacqueline Provenzano e de Valdemar

Grossman, administrador da clínica.A Clínica Oculistas Associados foi

um dos Serviços de Oftalmologia do Rioa participar do mutirão de cataratacomo prévia do XIII Congresso Inter-nacional de Catarata e CirurgiaRefrativa.

O mutirão foi realizado no dia 15 demarço de 2014, coordenado por Arman-do Crema, presidente da Sociedade Bra-sileira de Catarata e ImplantesIntraoculares, com a colaboração deEduardo Yamane, da OftalmoRio. Par-ticiparam residentes e o staff dos Oculis-tas e foram realizadas 15 cirurgias de ca-tarata.

Fotos Divulgação

Janeiro - Fevereiro - 2014 21

Ex-presidente da SBO e SBCIIrecebe Medalha Afonso Fatorelli

Miguel Ângelo Padilha durante sua conferênciaem homenagem a Afonso Fatorelli, falecido em2005

Miguel Ângelo Padilha, ex-presiden-te da Sociedade Brasileira de Oftalmolo-gia e duas vezes presidente da SociedadeBrasileira de Implantes Intraoculares, re-cebeu a Medalha Afonso Fatorelli no XIIICongresso Internacional de Catarata e Ci-rurgia Refrativa, ocasião em que discor-reu sobre “Inovações-evolução ou revo-lução?”. Afonso Fatorelli foi sócio-funda-dor da SBCII e seu presidente na gestãode 1983-1985. Anteriormente, de 26/3/1965 a 25/3/1966, presidiu a SBO.

Instituída há seis anos pela SBCII parahomenagear Afonso Fatorelli, um dos pi-oneiros da facoemulsificação no Brasil, acada congresso internacional, realizadonos anos pares, a Medalha é conferida aum consagrado oftalmologista brasileiro.Cabe a este proferir a Conferência Ma-gistral sobre tema de sua eleição.Miguel Ângelo Padilha, amigo pes-soal de Afonso Fatorelli, tam-bém um dos precursores dafacoemulsificação e dos im-plantes de lentes intraocu-lares no país, abordou asdiferenças entre inovaçõese revoluções na oftalmolo-gia, salientando a impor-tância de fazer distinçãoentre as duas.

Durante o XIII Congres-so Internacional de Catarata eCirurgia Refrativa também foramdadas as Medalhas Charles Kelman, JoséIgnácio Barraquer e Ednei Nascimento.

Jack Holladay, da Baylor College ofMedicine, de Houston, EUA, recebeu aMedalha Charles Kelman, o inventor da

facoemulsificação. Theo Sailer, tam-bém dos Estados Unidos, rece-

beu a Medalha José IgnácioBarraquer, enquanto quePedro Paulo Fabri, recém-eleito vice-presidente danova Associação Brasilei-ra de Catarata e CirurgiaRefrativa, a MedalhaEdnei Nascimento.

Medalha Afonso Fatorelli, instituídahá seis anos, homenagem a um dos

precursores da faco no Brasil

Formatura da 3ª Turma de residentesdo IBAP/Cepoa/SBO, em Niterói (RJ)

Abertas inscrições para curso básico teórico/prático de lente do Cepoa

Felipe Rangel, Marcelina Paraguassú Donato eJuliana Correa de Andrade, três dos quatroformandos da 3ª Turma do Ibap

Parte do staff do IBAP, Jacqueline Provenzanoe Thais Silveira com Luiz Carlos Pegado, RodrigoPegado e Daniel Pegado

O Instituto Brasileiro de Assistênciae Pesquisa (IBAP) celebrou, no dia 28 defevereiro de 2014, a formatura dos qua-tro residentes em Oftalmologia da 3ª Tur-ma do IBAP/Cepoa/SBO: Felipe FragaRangel, Juliana Correa de Andrade,Marcelina Paraguassú Donato e MarianaVasconcelos Lourinho,.

Criado em 1983, o IBAP atende aoSUS Niterói, Búzios e Itaguaí, sendo re-ferência na rede estadual de oftalmolo-gia. Pelo SUS realiza atendimentos e ci-

rurgias de estrabismo, glaucoma, reti-na & vítreo, e córnea. Realiza tambémprojetos de saúde ocular em Niterói,como “Prazer em Ver”, apoiado pela So-ciedade Brasileira de Oftalmologia,através do qual, além de atender às cri-anças do município, promove a doaçãode óculos.

O IBAP participa ainda do Ação Glo-bal da TV Globo com atendimentos e en-trega de cartilhas sobre os principais pro-blemas oculares.

Acham-se abertas até o dia 25 de maio, as inscrições para o 6º Curso BásicoTeórico/Prático de Lente de Contato, de Luiz Carlos Molina, do Centro de Estu-dos e Pesquisas Oculistas Associados (Cepoa). O curso terá a participação deLara Murad e Frederico Pena, sendo ministrado nos dia 30 e 31 de maio, nopróprio Cepoa (www.cepoa.com.br ). Informações e inscrições de segunda a sex-ta-feira, das 8 às 12 horas, pelo telefone (21) 2189-9319.

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Rua São Salvador, 107Laranjeiras

Rio de Janeiro - RJCEP 22231-170

Tel. (21) 3235-9220Fax (21) 2205-2240

[email protected]://www.sboportal.org.br

DIRETORIABiênio 2013-2014

PresidenteMarcus Vinicius Abbud Safady (RJ)

Vice-presidentesElisabeto Ribeiro Goncalves (MG)Fabíola Mansur de Carvalho (BA)

João Alberto Holanda de Freitas (SP)Ricardo Lima de Almeida Neves (RJ)

Tania Mara Cunha Schaefer (PR)Secretário Geral

André Luis Freire Portes (RJ)1º Secretário

Sérgio Henrique S. Meirelles (RJ)2º Secretário

Giovanni Colombini (RJ)Tesoureiro

Gilberto dos Passos (RJ)Diretor de Cursos

Arlindo José Freire Portes (RJ)Diretor de PublicaçõesNewton Kara-Junior (SP)

Diretor de BibliotecaArmando Stefano Crema (RJ)

Conselho ConsultivoMembros Eleitos

Jacó Lavinsky (RS)Paulo Augusto de Arruda Mello (SP)

Roberto Lorens Marback (BA)Conselho Fiscal

EfetivosFrancisco Eduardo Lopes Lima (GO)

Leiria de Andrade Neto (CE)Roberto Pedrosa Galvão (PE)

SuplentesEduardo Henrique Morizot Leite (RJ)

Jorge Alberto Soares de Oliveira (RJ)Mizael Augusto Pinto (RJ)

Jornalista Responsável:Eleonora Monteiro - M.T. 12574

[email protected]@sboportal.org.brConselho Editorial:

Marcus Vinicius Abbud SafadyNewton Kara-Junior

Arlindo PortesJoão Diniz

Marcelo DinizEditoração Gráfica:

Sociedade Brasileira de OftalmologiaResponsável: Marco Antonio Pinto

DG 25341RJPublicidade:

Responsável: João DinizTel.: (21) 3235-9220

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Publicação: BimestralImpressão: Stamppa Grupo Gráfico

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EXPEDIENTE

Sociedade Brasileirade Oftalmologia

JORNAL BRASILEIRODE OFTALMOLOGIA

JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia

Para divulgar eventos científicos oftalmológicos no Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO), envie as informaçõespara a SBO, na Rua São Salvador, 107 - Laranjeiras - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22231-170 -

Tel. (21) 3235-9220 - Fax (21) 2205-2240 - e-mails: [email protected] - [email protected] o calendário completo no site da SBO

23 a 26 de julho de 2014

Hotel Windsor Barra

Informações:

www.congressosbo.com.br

www.sboportal.org.br

Encontro da Association forResearch in Vision andOphthalmology- ARVO

De 4 a 8 de maio de 2014, Encon-tro da ARVO, em Orlando, Flórida(EUA). www.arvo.org/am/

120° Congresso da SociedadeFrancesa de OftalmologiaDe 10 a 13 de maio de 2014,

120° Congresso da Sociedade Fran-cesa de Oftalmologia, no Palais desCongrès de Paris, em Paris (França).www.sfo.asso.fr - [email protected]

XXII CongressoInternacional de Oculoplástica

De 15 a 17 de maio de 2014, XXIICongresso Internacional de Oculoplás-tica, em Búzios, Estado do Rio (Brasil).www.sbcpo.org.br/

27th International Congress ofGerman Ophthalmic Surgeons

De 15 a 17 de maio de 2014, 27th

Congress of German OphthalmicSurgeons, no Nüemberg ConventionCenter, em Nüemberg (Alemanha)[email protected]

39º Congresso da AssociaçãoParanaense de Oftalmologia

De 22 a 25 de maio de 2014, 39ºCongresso Paranaense de Oftalmologiano Centro de Eventos, Londrina (PR)Informações:www.congressoapo.com.br

XXI Simpósio Internacional deAtualização em Oftalmologia da

Santa Casa de São Paulo

De 28 a 30 de maio de 2014, XXISimpósio Internacional de Atualizaçãoem Oftalmologia da Santa Casa de SãoPaulo, na Santa Casa/ Clube AHebraica, em São Paulo (SP).Informações:(11) 5084-9174/ 5082-3030

XXI Congresso Brasileirode Prevenção da Cegueira

e Reabilitação VisualII Congresso de Oftalmologia

de Língua Portuguesa

De 3 a 6 de setembro de 2014,XXI Congresso Brasileiro de Preven-ção da Cegueira e Reabilitação Visu-al e II Congresso de Oftalmologia deLíngua Portuguesa, no Centro deConvenções de Pernambuco, em Re-cife, Pernambuco.Informações:(81) 3423-1300/ [email protected]@cbo2014.com.br

Inaugurado em Manaus, o Centro de OncologiaOcular do Amazonas, único na região Norte do Brasil

O novo Centro de Oncologia Ocular doAmazonas, único na região Norte do Bra-sil, já iniciou o atendimento a crianças eadultos pelo SUS. As atividades estão soba coordenação de Sabrina Cohen e RubensBelfort Neto. Situado na Av. Sete de Se-tembro, 1639, o Centro é filantrópico.

Uma iniciativa da FundaçãoChampalimaud, Fundação Piedade-Cohen,juntamente com o Instituto Paulista de Es-tudos e Pesquisas em Oftalmologia (Ipepo),Hospital São Paulo e Departamento de Of-talmologia e Ciências Visuais da EscolaPaulista de Medicina (Unifesp), o novo Cen-tro realizará as microcirurgias oculares emparceria com a Fundação Centro de Con-

trole de Oncologia do Estado do Amazonas(FCECOM), informa Rubens Belfort Neto.

Segundo ainda Rubens Belfort Neto,o Centro de Oncologia Ocular do Ama-zonas permitirá diminuir a morbidadepelo diagnóstico precoce e pelo tratamen-to adequado dos pacientes, trazendo maishumanidade e agilidade ao atendimento.A nova instituição também contribuirápara a formação de especialistas na região.

Com a abertura deste Centro, o C-Tracer 3 (Brasil) dá início ao seu progra-ma de investigação e área de atuação es-pecíficos-oncologia ocular-, em estreitacolaboração com os C-Tracer 1 (Índia) eC-Tracer 2 (Coimbra), projetos conjuntos

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Vende-se um retinógrafo Topcon Modelo 50X com software de digitalização em excelente estado. Favor entrar em contatocom Claudio pelo telefone (21) 2568-7728 ou pelo celular (21) 99531-5307.

12º Congresso Internacional daSociedade Italiana de Oftalmologia

De 21 a 24 de maio de 2014, 12º Con-gresso Internacional da Sociedade Fran-cesa de Oftalmologia, em Milão (Itália).www.congressisoi.com

10º Simpósio Internacionalde Glaucoma da Unicamp

De 23 a 24 de maio de 2014, 10ºSimpósio Internacional de Glaucomada Unicamp, no Hotel Maksoud Plaza,em São Paulo (SP)[email protected]

especialmente concebidos para promovera investigação em oftalmologia. C-Traceré a abreviatura de ChampalimaudTranslational Centres for Eye Research-Centros Champalimaud de InvestigaçãoTranslacional Oftalmológica.

Para Rubens Belfort Jr., professor daUnifesp e responsável pelo programa C-Tracer 3 no Brasil, toda a região amazôni-ca é muito carente de centros oncológicosespecializados. Os dados disponíveis apon-tam para a existência de um número mui-to grande de cancros oculares: melanomas,retinoblastomas nas crianças, e tumores di-versos, provavelmente relacionados à ele-vada luminosidade solar da região.