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www.bsbcapital.com.br DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 - Ano VI - 262 Taguatinga remodelada Está em vigor desde sexta-feira (3) o sistema binário (sentido único) na Comercial (foto) e na Samdu. Mas Taguatinga vai passar por muitas outras mudanças. Confira tudo no Caderno Especial 58 anos, da página 7 à 18. A cidade completa 58 anos no domingo (5) e ganha de presente um pacote de obras. O governador Rodrigo Rollemberg anuncia investimentos de R$ 800 milhões nos próximos três anos. Em entrevista exclusiva, o administrador Pelaí - páginas 2 e 3 e Caderno Especial - páginas 7 a 18 PEDRO VENTURA / AGÊNCIA BRASÍLIA DIVULGAÇÃO RAFAEL BESSA regional Ricardo Lustosa detalha os benefícios que serão dados à população. O Brasília Capital faz um raio-X da situação da “Capital Econômica” do Distrito Federal. Rolinha ressuscita após 75 anos Considerada extinta desde 1941, ave é registrada pelo ornitólogo Rafael Bessa no Cerrado de Minas. Página 22 Páginas 2 e 3 Página 19 PELAÍ Três senadores reavaliam voto pelo impeachment de Dilma Rousseff Feira do Troca agita fim de semana em Olhos d’Água (GO)

Jornal Brasília Capital 262

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Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 - Ano VI - 262

Taguatinga remodelada

Está em vigor desde sexta-feira (3) o sistema binário (sentido único) na Comercial (foto) e na Samdu. Mas Taguatinga vai passar por muitas outras mudanças. Confira tudo no Caderno Especial 58 anos, da página 7 à 18.

A cidade completa 58 anos no domingo (5) e ganha de presente um pacote de obras. O governador Rodrigo Rollemberg anuncia investimentos de R$ 800 milhões nos próximos três anos. Em entrevista exclusiva, o administrador Pelaí - páginas 2 e 3 e Caderno Especial - páginas 7 a 18

Pedro Ventura / agência Brasília

diVulgação

raFael Bessa

regional Ricardo Lustosa detalha os benefícios que serão dados à população. O Brasília Capital faz um raio-X da situação da “Capital Econômica” do Distrito Federal.

Rolinharessuscita após 75 anosConsiderada extinta desde 1941, ave é registrada pelo ornitólogo Rafael Bessa no Cerrado de Minas.

Página 22

Páginas 2 e 3

Página 19

Pelaí

Três senadores reavaliam voto pelo impeachment de Dilma Rousseff

Feira do Troca agita fim de semana em Olhos d’Água (GO)

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2 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 - bsbcapital.com.brPolítica

E x p E d i E n t E

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Impressão Gráfica Jornal Brasília aGora TIragem 20.000 exem-plares DIsTrIbuIção plano piloto (sede dos poderes leGislativo e

executivo, empresas estatais e privadas), cruzeiro, sudoeste, octoGo-nal, taGuatinGa, ceilândia, samamBaia, riacho fundo, vicente pires, áGuas claras, soBradinho, sia, núcleo Bandeirante, candanGolân-dia, laGo oeste, colorado/taquari, Gama, santa maria, alexânia /

olhos d’áGua (Go), aBadiânia (Go), áGuas lindas (Go), valparaíso (Go), Jardim inGá (Go), luziânia (Go), itaJuBá (mG), piranGuinho

(mG), piranGuçu (mG), Wenceslau Braz (mG), delfim moreira (mG), marmelópolis (mG), pedralva (mG), são José do aleGre,

Brazópolis (mG), maria da fé (mG) e pouso aleGre (mG).

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CIrCulação aos sáBados.

CART

AS CovardesCovardes, canalhas, inescrupulosos. E houve ainda quem condenasse a vítima. País sem punição rigorosa favorece o bandido e penaliza o cidadão de bem. Agora vêm à tona os processos ocultos do STF. O nosso

Judiciário também merece uma limpeza profunda. Os bandidos estão atrapalhados e muitos ocupando cargos relevantes. Limpar esta Nação parece impossível. E apenas uma Lava Jato não me parece suficiente”. nMárcio Ferreira, via

Whatsapp. Quero parabenizar pela qualidade e excelência no trabalho jornalístico do Brasília Capital. Pelo compromisso com a verdade e pela seriedade com que vem tratando a vergonhosa crise que ataca o nosso País. Precisamos

de mais jornalismo assim. nLeda Sampaio, via Whatsapp.

Título apropriado. Até onde o ser humano é capaz de chegar? Para o bem e para o mal?nAciol Martins, via Whatsapp

Pel

Ai

Rollemberg não crê que os debates sobre

o impeachment de Dilma contaminem a relação do GDF com o Planalto. Mas vê que a crise política traz desdobramentos negativos: dificulta e atrasa as soluções para a economia. “Precisamos sair desse circulo vicioso em que o ambiente político melhore a economia e a economia melhore o ambiente político”.

Diante das reclamações do setor produtivo sobre a liberação de alvarás e habite-se, Rollemberg responde que a tramitação dos processos melhorou muito. “Dobramos o número de analistas na Central de Aprovação de Projetos (CAP) e aprovamos leis que facilitam o andamento. Mas existem empresas que construíram de forma irregular e algumas dessas irregularidades só são sanáveis na Justiça”. E completa: “aqueles que tinham problemas de ordem administrativa, já foram praticamente todos resolvidos”.

Em paz com a CLDFO governador Rodrigo Rollemberg manda insistentes

sinais de paz à Câmara Legislativa. Na entrevista ao Brasília Capital (leia na página 8 desta edição), ele usou como exemplo de boa convivência entre o Executivo e o Legislativo a iniciativa da Comissão de Saúde e Educação, presidida pelo deputado Reginaldo Veras (PDT), de ceder recursos de emendas parlamentares para equipar e pagar débitos do setor de Oncologia da Secretaria de Saúde.

União por Brasília“Nosso entendimento é esse: o papel da Câmara Legislativa é

buscar soluções para os graves problemas do DF. Quando a gente vê uma Comissão da Saúde preocupada em garantir recursos para o tratamento de pessoas com câncer, a gente percebe que é isso que a população espera dos deputados – somar-se ao GDF naquilo que é interesse da cidade”, disse Rollemberg. Para ele, os parlamentares podem ser da base do governo ou de oposição, mas não podem, jamais, ser oposição a Brasília.

Alvarás e Habite-se

gustaVo goes

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3 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 - bsbcapital.com.brPolítica

Ótima manchete. Não vi nenhum jornal dar uma manchete curta numa palavra que resume tudo. Parabéns!nValter Xéu, via Whatsapp

OAB e o trânsito em julgadoPobre não tem dinheiro

para pagar advogado. Quem tem dinheiro não vai para a cadeia, fica solto esperando o julgamento. As leis no Brasil foram feitas para proteger os mais ricos e condenar os mais pobres.nCésar Valadão, via Facebook. (*) Fernando Pinto é jornalista e escritor

Fernando Pinto (*)

A máfia de brancoO cabeçalho acima refere-se ao título de uma série

de reportagens publicadas, em 1976, no extinto se-manário O Pasquim, denunciando o comportamento de maus médicos e de hospitais brasileiros que rou-bavam o dinheiro público, o que causou veementes protestos de muitos membros da classe, em contra-partida aos aplausos de médicos sérios.

Mesmo diante das explícitas ameaças de morte, os jornalistas não se amedrontaram. Mas, como em cada edição, gradativamente, os médicos eram iden-tificados por suas vítimas, logo após a terceira repor-tagem da série os bandidos de jaleco apelaram para o terrorismo: começaram a telefonar citando nomes, escolas e rotinas da vida de crianças, filhas dos dire-tores do jornal. Diante de tal risco, O Pasquim inter-rompeu a publicação.

Do ponto de vista histórico, a negligência de pro-fissionais que se comprometem, solenemente, em su-as formaturas, no Juramento de Hipócrates, a salvar as vidas e “conservar imaculada” sua arte, esse per-júrio não é exclusividade da medicina no Brasil. Em 1932, o escritor e médico inglês Joseph Cronin denun-ciou, em seu livro A Cidadela, as ações que havia tes-temunhado de cirurgiões londrinos que matavam seus clientes por pura barbeiragem, sem mesmo o in-dispensável conhecimento da anatomia do corpo hu-mano.

A essencial diferença entre o passado e o presen-te é que os hospitais ingleses mudaram da água pro vinho, e atualmente oferecem atendimento digno. In-felizmente, o mesmo não aconteceu em solo pátrio, principalmente aqui na Capital, o que justificou o de-sabafo do então senador Magalhães Pinto: “o melhor hospital do DF é a ponte-aérea Brasília-São Paulo”.

A frase foi pronunciada na década de 1970, porém continua valendo até hoje. Basta conferir o noticiá-rio sobre o descalabro nos hospitais locais, públicos e privados. A bem da justiça, convém lembrar que há inúmeras exceções.

No que diz respeito à minha família, somos agra-ciados com a dedicação de nada menos de 14 médi-cos: Getro Artiaga, Nélia Medeiros, Ubiramar Lopes, Gabriela Lemos, Roberto Salerno, Adilson de Olivei-ra, Alessandro Guedes, Maria Teresa Mariz, Ana Maria de Castro, Adriana Rabelo, Eduardo Morales, Grace Caldas, Jair Evangelista e Moon Shong Woo.

E que Deus os abençoe, amém!

A edição 261 do Brasília Capital saiu com a data er-rada (“2 de maio a 3 de ju-nho de 2016”), quando, na verdade, o jornal é relativo à semana de 28 de maio a 3 de junho. Pelo erro, pedi-mos desculpas aos nossos leitores e anunciantes.

O editor

eRRaTa

Na quarta-feira (1), três valiosos minutos do Jornal Nacional, da Rede Globo, estavam previstos para uma matéria sobre a entrega da defesa da presidente Dilma no Senado. José Eduardo Cardozo marcou para 17h a ida ao Congresso para cumprir o protocolo. O advogado, porém, chegou às 19h40. Foi o motivo, segundo repór-teres globais, para transformar os três minutos em uma nota de 20 segundos.

A sessão solene em homenagem a Taguatinga, na quinta-feira (2), foi marcada pela gafe dos deputados Renato Andrade e Sandra Faraj. Não convidaram o presidente da Acit para compor a mesa (foto). Em protesto, Justo Magalhães retirou-se do auditório da Administração Regional.

Na primeira votação, 55 dos 81 senadores votaram pela admissibilidade do processo de impeachment. Para o julgamento final, são necessários 54 votos para o afastamento definitivo da presidente. Ou seja, se Temer perder dois votos Dilma voltará ao Planalto.

Senadores reavaliam impeachment

As turbulências no governo interino de Michel Temer têm minado o apoio dos senadores ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Dentre outros, Cristovam Buarque (PPS-DF), Acir Gurgacz (PDT-RO) e Romário (PSB-RJ) prometem reavaliar o voto. Suas principais queixas são com relação à demissão, em 12 dias, de dois ministros suspeitas de trabalhar para barrar as investigações da Lava Jato.

Placar

A defesa de Dilma incluiu os áudios gravados por Sérgio Machado com Romero Jucá e José Sarney, dispostos a “estancar a sangria” da Lava Jato. Renan Calheiros, também gravado, não foi incluído. “As conversas com Renan não falam diretamente sobre o impeachment”, justifica Cardozo.

Renan, não

daVid Pena

Pente-fino na CGUApós a queda do ministro da

Transparência, Fabiano Silveira, na segunda-feira (30), funcionários de carreira da antiga CGU prometem fazer um pente-fino nas ações do ex-ministro à frente da pasta.

LeniênciaA CGU é onde estão alocados os

acordos de leniência da operação Lava Jato - as delações premiadas feitas por empresas. Os servidores temem que Fabiano Silveira tenha levado informações sigilosas às quais teve acesso e tire benefícios delas.

Nos bastidores do JN

Dois deputados, uma gafe

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4 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 - bsbcapital.com.brPolítica

Brasília: Populismo gera caos

Cheguei a Brasília em 1977 e fui morar em Ceilândia. Para lá haviam sido transferidas pessoas que vi-viam nas invasões do IAPI, do Morro do Querosene, do Morro do Urubu, e das vilas Tenório, Esperança, Bernar-do Sayão e Mercedes. Comecei a tra-balhar de vigilante, e como o vigilan-te sempre está num posto natural de observação, me vi fazendo compara-ções.

De um lado, migrantes nordesti-nos em barracos de Duratex, folhas

de zinco ou papelão, em ruas barrentas e esgoto a céu aberto. No Pla-no Piloto e Lago Sul, avenidas largas e limpas, mansões e seus jardins e a imensidão da Esplanada dos Ministérios.

Na década de 1980, tivemos um intenso movimento sindical na ci-dade e eu, como presidente da CUT, muitas vezes tive que negociar com o governo. Após desistir de José Aparecido e tentar em vão substi-tuí-lo por Alexandre Costa no governo do DF, o presidente Sarney de-cidiu nomear para o cargo o então vice-prefeito de Goiânia, Joaquim Roriz.

Roriz, que até hoje acha que Brasília é uma de suas fazendas, me chamou ao Palácio e disse não pretender fazer política e que viera nu-ma emergência para “consertar” a cidade. Seu primeiro “conserto” foi mudar o projeto de Samambaia – criada para ser uma cidade de servi-dores públicos – e para lá transferir os moradores das Favelas do Ceub e da 109 Norte, ambas odiadas pela classe média da Asa Norte.

A partir de então, Roriz passou a distribuir lotes e terras indiscrimi-nadamente para a população de baixa renda. Daí surgiram o Riacho Fundo I e II, Santa Maria e toda a Samambaia – com exceção das qua-dras 400, prontas antes –, Recanto das Emas etc.

Sem política habitacional para a classe média - então refém dos al-tos preços de apartamentos da Encol, Paulo Octávio, Grupo OK, Tartu-ce -, Roriz foi conivente com os grileiros que passaram a vender inten-sa e ilegalmente lotes para casas em condomínios irregulares, como Vicente Pires, Grande Colorado, Jardim Botânico, etc.

Existem hoje mais de 500 condomínios irregulares no Entorno de Brasília, muitos em áreas de proteção ambiental e nascentes, o que fa-talmente contribuirá para problemas de abastecimento de água num futuro próximo.

Eu sempre disse que um dia alguém pagaria esta fatura e, infeliz-mente, sobrou para a população do DF sofrer as consequências de atos de governos populistas e irresponsáveis: Saúde, Segurança Pública e Educação estão todos na UTI.

O Fundo Constitucional não é suficiente para atender a população de Brasília e os mais de três milhões de moradores do Entorno que se utilizam de nossos hospitais, escolas, transporte, segurança.

O governo federal deve encarar a situação de verdadeiro caos da Capital da República e criar uma agência de desenvolvimento – nos moldes da antiga Sudene – que invista no DF e no Entorno, gerando emprego e criando condições de melhor atendimento e qualidade de vida para a população do DF.

(*) Deputado Distrital pelo PT/DF

Chico Vigilante (*)Com 58,82% dos votos vá-

lidos, a Chapa 1 “Com Você” – CUTista – foi eleita para dirigir o Sinpro-DF durante o triênio 2016/2019, em eleição realiza-da nos dias 18 e 19 de maio.

De acordo com o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Bri-tto, a vitória da Chapa 1 foi o reconhecimento da categoria dos princípios de solidarieda-de de classe, de autonomia e independência, de defesa dos interesses da categoria e da classe trabalhadora. “Essa vi-tória representa a manutenção do Sinpro unido aos demais sindicatos de Brasília em prol de uma luta não apenas ligada aos interesses dos professores e orientadores, mas de todos os trabalhadores; numa luta em que sempre houve uma cons-trução, onde os companheiros do Sinpro sabem que vão ter o apoio dos outros sindicatos, como sabemos que a recíproca é verdadeira”, enfatizou.

Para a diretora reeleita Rosi-lene Corrêa, a categoria dá uma demonstração de que ela não vai se arriscar, especialmente no atual momento, de uma con-juntura absolutamente adversa e de um cenário político extre-mamente complicado. “No seu voto, a categoria demonstra isso; que prefere continuar ca-minhando com uma direção que tem dado resultado, que tem dado demonstrações de equilíbrio em todo o proces-

so. Nós temos que reafirmar esse compromisso não apenas com aqueles que votaram e reafirmaram seu voto de con-fiança na atual gestão com a sua renovação, mas também com aqueles que fizeram ou-tra opção. Então, é momento de reafirmar esse compromis-so da defesa dos interesses da categoria, mantendo, acima de tudo, a nossa autonomia e de-terminação na defesa da ma-nutenção dos nossos direitos, mas, além disso, buscar novas conquistas. Para isso, precisa-mos de uma categoria unida. E é isso que nós esperamos: uni-dade da categoria para que ca-minhemos na mesma direção. Saímos desse processo com a certeza de que as chapas con-correntes e não vitoriosas não saem derrotadas. O processo foi democrático, legítimo, e todos as lideranças têm a clareza da sua responsabilidade para que a gente mantenha a categoria unida”, afirmou Rosilene.

Seguindo este raciocínio, o professor e secretário ge-ral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, destacou que o resultado “mostra que a ca-tegoria entende que as lutas que estão por vir necessitam de unidade da classe traba-lhadora e que a experiência, aliada à renovação da Chapa 1, no campo CUTista, é a mais apropriada para conduzir a organização da luta”.

Chapa CUTista vence eleição do Sinpro

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O GOVERNO DE BRASÍLIA CONTINUA TRABALHANDO PARA SUPERAR OS DESAFIOS E ENTREGAR NOVOS

RESULTADOS À NOSSA POPULAÇÃO.

As peças continuam sendo organizadas uma a uma e, por isso, seguimos transparentes ao mostrar como estão sendo investidos dinheiro e trabalho por aqui. As entregas

que chegam com o mês de maio passam por restaurações rodoviárias, contratações de servidores, obras de infraestrutura, urbanização e lazer para a nossa população.

Seguimos trabalhando com determinação e em busca de novos resultados.

REVITALIZAÇÃO DO PARQUE DA CIDADE

• 10 KM DE NOVA PISTA DE CAMINHADA COM TOTAL ACESSIBILIDADE.

• 80 MIL PESSOAS BENEFICIADAS.

• R$ 5,2 MILHÕES INVESTIDOS.

www.brasilia.df.gov.br

INFRAESTRUTURA EURBANIZAÇÃO EM VICENTE PIRES

• OBRAS DE ASFALTO, MEIOS-FIOS, DRENAGEM PLUVIAL E CONSTRUÇÃO DE PONTES.

• R$ 467 MILHÕES SERÃO INVESTIDOS.

3.223 CONTRATAÇÕES DE SERVIDORES

• 918 POLICIAIS CIVIS E MILITARES.

• 1.933 PROFISSIONAIS DA SAÚDE.

• 372 TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO.

RESTAURAÇÃO DADF-035 E BALÃODA ESAF• ALÇA PERTO DO BALÃO

DA ESAF, NOVA FAIXA NA PISTA VINDA DE SÃO SEBASTIÃO E CONSTRUÇÃO DE CICLOFAIXA.

• 140 MIL MORADORES BENEFICIADOS.

• R$ 3,7 MILHÕESINVESTIDOS.

Page 6: Jornal Brasília Capital 262

6 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 - bsbcapital.com.brPolítica

Na sexta-feira (3), Michel Te-mer completou 21 dias co-mo presidente interino. Golpista por uns e repre-

sentante da esperança para outros, Temer tomou decisões que muda-ram a rota do plano do governo Dil-ma, vencedor das eleições de 2014. Tais medidas repercutiram imedia-tamente, dentro e fora do país. Não se sabe de Dilma Rousseff voltará, mas a única certeza é de que o país nave-ga por outras águas.

Os 39 ministérios foram redu-zidos a 21, com a fusão de algumas pastas. Mas, inconformados com a fusão do ministério da Cultura com o da Educação, artistas e lideran-ças de movimentos culturais fize-ram muito barulho nas redes sociais e nas ruas. Temer recuou e nomeou ministro o então recém-indicado se-cretário da Cultura, Marcelo Calero. Os que não concordaram com essa decisão travaram uma batalha vir-tual contra a Lei Rouanet, que aca-bou ganhando CPI no Congresso.

O economista Henrique Meirel-les, agora ministro da Fazenda, se-lecionou nomes que juntos foram considerados a “equipe dos so-nhos”, que está identificando des-pesas e receitas, passadas, presen-tes e futuras. O time de Meirelles anunciou um rombo de R$ 170,5 bi-lhões nas contas públicas de 2016. O Congresso, após rápida negocia-ção, aprovou a nova meta fiscal, embora tenha resistido vários me-ses a votar o projeto anterior de Dil-ma, que previa um déficit bem me-nor, abaixo dos R$ 100 bilhões.

Petrobras – Indicado por Temer, Pedro Parente teve seu nome apro-vado pelo Conselho Administrativo da Petrobras para comandar a em-presa. Com uma dívida enorme, a es-tatal passa a ser dirigida por um ho-mem de mercado, que já anunciou a venda de ativos e a internacionaliza-ção da exploração do pré-sal, causan-do indignação entre os funcionários da estatal. Defensor da ideia e aliado do ministro das Relações Exteriores,

A gangorra de Temer

Presidente interino continua em alta no Congresso, mas pesquisas

internas apontam queda em sua aprovação em apenas 20 dias

José Serra, o líder de Temer no Sena-do, Aloísio Nunes (PSDB-SP), foi hosti-lizado por um grupo de sindicalistas no aeroporto de Brasília.

O presidente interino também foi atacado por não ter nomeado uma só mulher para o primeiro escalão. Pa-ra driblar essa crítica, indicou Maria Sílvia Bastos Marques para presidir o BNDES. Depois vieram Flávia Pio-vesan para a Secretaria de Recursos Humanos e a ex-deputada Fátima Pe-laes (PMDB-AP) como secretária de Políticas para Mulheres.

O apoio do Congresso – Ex-pre-

sidente da Câmara dos Deputados, Temer sabe como conversar com os parlamentares. E tem cuidado pesso-almente de negociar com o Congresso e os 32 partidos lá representados. Sua prioridade óbvia é sair da condição de interino para a de presidente efetivo.

Para isso, tem negociado com os senadores a acelerarão do julgamen-to do impeachment de Dilma. Na quinta-feira (2), a Comissão Especial chegou a aprovar a antecipação em vinte dias da sessão que definirá o fu-turo da presidente. Mas a bancada fiel a Dilma protestou e o presidente do colegiado, Raimundo Lira (PMDB-

-PB), adiou a decisão para a tarde de segunda-feira (6).

A pressa de Temer e seus aliados se baseia em dois aspectos: a queda vertiginosa da aprovação do gover-no interino – medida por pesquisas para consumo interno do Palácio do Planalto – devido à adoção das duras medidas de ajuste fiscal e de corte de investimentos (inclusive sociais), e o temor dos novos desdobramentos da operação Lava-Jato.

Em menos de duas semanas, Te-mer perdeu dois ministros – Rome-ro Jucá (Planejamento) e Fabiano Sil-veira (Transparência) – flagrados em conversas pouco republicanas com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em tramas para esvaziar os trabalhos da força-tarefa comandada pelo juiz Sérgio Moro. E o presidente interino sabe que existem muitos par-lamentares envolvidos em denúncias, além de gente que integra sua equipe.

Some-se a isso a situação instá-vel do presidente da Câmara Eduar-do Cunha (PMDB-RJ). Na quinta-feira (3), o STF recusou seus argumentos e o processo contra o parlamentar sus-penso deve ser votado nos próximos dias pela Comissão de Ética. Cunha representa um perigo, uma vez que detém informações privilegiadas so-bre a metade do Parlamento, e, acua-do, pode incendiar o mundo político. A começar pelo presidente do Sena-do, Renan Calheiros (PMDB-AL), que responde a vários processos e está prestes a também ser afastado.

Movimentos sociais – Acusado de golpista, Temer é rejeitado por movi-mentos como o MST, UNE e CUT, que espalham manifestações país afora contra sua permanência no cargo. Todos exigem a volta de Dilma. En-quanto isso, na gangorra de Temer o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, recuou em algumas decla-rações, assim como Ricardo Barros, da Saúde. Ricardo Melo, exonerado do comando da Empresa Brasilei-ra de Comunicação (EBC), foi recon-duzido pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, criando uma saia justa. O indicado do presi-dente interino, Laerte Rimoli, vai ter que esperar mais um pouco para as-sumir o cargo.

Zilta Marinho e Orlando Pontes

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A mais importante cidade-satélite de Brasília chega aos 58 anos pulsante, embora com ares de cansaço. Mas Taguatinga tem no DNA a fibra dos guerreiros que não se entregam jamais. Em meio ao caos, a cidade se reinventa. Suas principais avenidas (Comercial e Samdu) têm agora sentido único. E isto é só o começo. Em agosto serão iniciadas as obras do túnel ligando o viaduto central à Samdu. E virão muitas outros empreendimentos, até que ela se transforme “num brinco”, como preconiza o governador Rodrigo Rollemberg. Cansada, maquiada, renovada, remodelada, não importa. O que esta joia de cidade é, mesmo, muito amada. É no seu colo de mãe generosa que todos os seus filhos se sentem protegidos e acarinhados. Parabéns, Taguatinga! Um beijo no seu coração.

CADERNO ESPECIAL 7 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 bsbcapital.com.br

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TaguaTinga

Equipe do Brasília Capital

Page 8: Jornal Brasília Capital 262

Diretor de Redação Orlando Pontes

[email protected]

8 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 bsbcapital.com.br

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Diretor-ExecutivoDaniel Olival

[email protected]

Diretor Comercial Júlio Pontes

[email protected]

Diretor de Arte Gabriel Pontes

[email protected]

EntrEvista / rodrigo rollEmbErg

BC – Qual o presente que o GDF dará a Taguatinga no aniversário de 58 anos?

RR – Taguatinga será a ci-dade mais beneficiada com investimentos do Governo de Brasília nos próximos anos. Já licitamos a obra do túnel e estamos prestando algumas explicações ao Tribunal de Contas para iniciar a obra. Se-rá um investimento de R$ 200 milhões que mudará o centro da cidade.

TaguaTinga vai ficar um brinco

Governador anuncia investimentos de R$ 800 milhões na cidade nos próximos três anos

BC – Como ficará a mobi-lidade no centro de Tagua-tinga com essa intervenção?

RR – Já temos um recurso de empréstimo da Caixa Eco-nômica Federal para a requa-lificação de todo o centro de Taguatinga, com a constru-ção de calçadas e ciclovias e o enterramento da rede elé-trica. Isto vai deixar o centro de Taguatinga, a Comercial, a Samdu e as transversais um brinco! Provavelmente um

dos lugares mais agradáveis, mais aprazíveis e mais valori-zados do DF.

BC – Não há o risco de, com essas obras, Taguatinga se transformar apenas num corredor de passagem para outras cidades?

RR – Tenho certeza de que as obras só tendem a valorizar a cidade. Faremos ainda ou-tras obras, como o corredor do BRT ligando o Centro de Ta-

guatinga ao Sol Nascente. Mas só poderemos iniciar esse tra-balho após a conclusão do tú-nel no centro, para não causar muito transtorno à população. Além disso, terá o TransBrasí-lia, um investimento muito grande de requalificação ur-bana, de criação de corredor de transporte, de parques de entretenimento. Tudo isso vai trazer uma melhoria incrível na qualidade de vida para re-giões como Guará, Águas Cla-ras, Taguatinga e Samambaia.

O governador Rodrigo Rollemberg, acompanhado

do vice, Renato Santana, e de vários secretários e dirigentes de empresas estatais, participou, na segunda-feira (30), de um jantar com cerca de 50 empresários no restaurante Capital Steak House, em Taguatinga Sul. O encontro foi organizado pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), Édson de Castro. Ao final, Rollemberg falou com exclusividade ao Brasília Capital:

TaguaTinga gustaVo goes

Page 9: Jornal Brasília Capital 262

acredito que estou preparado

para este momento. Quando

fui convidado, passei a ter a

sensação de ser responsável pela

cidade''

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EntrEvista / ricardo lustosa - administrador rEgional

9 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 bsbcapital.com.br

Na manhã de 11 de maio, o adminis-trador de Taguatin-ga, Ricardo Lusto-

sa, recebeu o Brasília Capital para falar de seus projetos e dos presentes que preten-de dar à cidade que comple-ta 58 anos de fundação no do-mingo, 5 de junho. Nascido e criado em Taguatinga, Lusto-sa reside no setor QNE, “mas já morei na QNA, na QNF, na

O peregrinO de TaguaTinga

CSB... e isso me dá experiên-cia e conhecimento das ne-cessidades de tudo quanto é lugar de Taguatinga”.

Lustosa se diz muito orgu-lhoso por ser o 40º administra-dor e ter assumido a função com 40 anos de idade. “Acre-dito que esses números não são mera coincidência. Acre-dito que estou preparado pa-ra este momento. Quando fui convidado, passei a ter a sen-sação de ser responsável pela cidade”.

O administrador conta que sua mãe (na verdade, uma tia que ajudou a criá-lo, a quem ele trata como mãe) tem 91 anos, e, quando caminha pe-las ruas, reclama da falta de calçadas. Ela fala: “É um ab-surdo não ter calçada para a gente andar”. E o administra-dor declara: “Então, você co-meça a perceber que a nossa cidade envelheceu. E enve-lheceu sem qualidade de vida, sem respeito. A mobilidade urbana é o principal proble-

Orlando Pontes

Administrador já morou em vários setores e diz saber as necessidades dos moradores “de tudo quanto é lugar da cidade”

ma de Taguatinga, a popula-ção perdeu a autoestima”.

Casado com a também ta-guatinguense Flaviana e pai de Artur Henrique, 10 anos, e Ana Luiza, 16. Ricardo Lus-tosa é filho de dois funcioná-rios públicos aposentados – o pai pela Câmara dos Deputa-dos e a mãe pela Secretaria de Saúde. O casal chegou a Ta-guatinga em 1971, vindo de Ceres, Goiás. “Nossa família é pequena. Somos apenas cinco irmãos, mais três de criação – um já falecido, Davi”, brinca. Ele diz, ainda, que sua tercei-ra mãe é a sogra, “uma baiana bem bacana”.

Evangélico da igreja Minis-tério da Fé, cuja sede fica em Taguatinga, Lustosa acredi-ta que para tudo existe uma vocação. Filiado ao Solidarie-dade, mesmo partido de sua madrinha política Sandra Fa-raj, “por uma questão de soli-dariedade”, ele diz que “nin-guém está mais aguentando a forma como se faz política e se trata a coisa pública no Bra-sil”.

Formado em Direito e Ar-quitetura e com experiências profissionais no mercado imobiliário, Lustosa também tem uma história empresa-rial. Trabalhou na JC Gontijo, na Via Engenharia, na Encol, na Construtora Líder e depois montou a própria empre-sa de gestão de condomínio. “Para mim, isto daqui é uma missão, eu me sinto abenço-ado também por estar aqui neste momento”.

Ele garante não ter preten-sões políticas. “Prefiro estar nos bastidores e ser útil e efe-tivo. Para mim, isso vale mais do que ser protagonista e não fazer nada. A deputada San-dra Faraj já representa bem Taguatinga”, enfatiza.

TaguaTingatony Winston / agência Brasília

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Para melhorar a imagem

Algumas ações pontuais nós já fizemos. Há dois anos, o centro de Taguatinga estava tomado por ambulantes. Era um número absurdo, mais de 600 ambulantes que “ves-tiam” o centro, e ninguém conseguia ver as portas das lojas. Fizemos uma ação de governo muito forte e conse-guimos tirar os ambulantes. O problema é que, quando saíram, foi mostrada outra realidade: uma cidade feia, velha, poluída visualmente. Então, nós começamos a fo-car num planejamento estra-tégico, de devolver a beleza da cidade. Algumas ações fo-ram aceleradas. Começamos a pôr em prática a construção do túnel do centro de Tagua-tinga, que é uma polêmica, mas também uma solução.

Túnel, uma obrade 20 meses

O túnel começará após o viaduto na entrada de Ta-guatinga. Ao descer o viadu-to, já mergulha no túnel e sai no viaduto da Samdu, que se-rá alargado. Será uma gran-de obra. Vai ser feito isso pa-ra possibilitar trânsito livre, que atualmente não temos. A previsão do túnel é que co-mece daqui a três meses. O centro vai sofrer uma grande intervenção no período de obra, que vai durar um ano e oito meses, embora eu esti-me em 24 meses, por questão de chuvas ou alguma outra dificuldade maior.

Tatuzão vai reduzir os transtornos

Usaremos uma tecnolo-

gia não destrutiva, cavan-do por baixo. O túnel vai ser feito paralelo à linha do metrô. O atual viaduto da Samdu será implodido pa-ra construirmos um novo, com seis faixas, que dará vazão necessária ao trânsi-to no local. O túnel será usa-do para quem não precisa vir para Taguatinga. Esses veículos passarão por bai-xo e seguirão para o Plano Piloto, num sentido, e para a Ceilândia, no outro. Isso desobstruirá o centro da ci-dade.

Samdu e Comercial terão sistema binário

O projeto inclui o alar-

gamento de faixas e a cons-trução de ciclovias. O túnel é uma grande intervenção, mas, para que ele funcione, é preciso migrar para um grande sistema de mobili-dade, que é o sistema biná-rio. Ou seja, tornar as Ave-nidas Comercial e Samdu em um só sentido. Mas esse projeto sofreu uma ação ju-dicial, que o GDF ganhou. Houve ainda um recurso, e o GDF ganhou novamente. O juiz entendeu que não tem mais como a cidade permanecer da forma como está.

De cada 10 lojas, 4 estão fechadas

De cada 10 lojas na Ave-nida Comercial, quatro es-tão fechadas e outras duas ou três caminham para fe-char. Não é o trânsito que es-tá levando à crise, mas sim uma crise generalizada. En-tretanto, a cidade não está preparada para mudanças.

Se nós não adotarmos o sen-tido binário nas nossas vias, nunca Taguatinga terá um VLT (Veículo Leve sobre Tri-lhos). Nós vamos continuar na era glacial.

Circular será feito pelo VLT

Esse VLT passaria pela Comercial e pela Samdu fa-zendo um grande circular. Imagina quantos ganhos a ci-dade teria! A ideia é humani-zar Taguatinga com projetos de paisagismo, calçadas mais largas. Queremos colocar a questão da ciclovia como essencial para uma cidade plana como a nossa. Isso faci-litaria muito para as pessoas, porque 60% delas moram, estudam e trabalham em Ta-guatinga.

Verba garantida

Primeiro: crise é oportu-

nidade. Segundo: a verba do túnel já foi assegurada pelo financiamento do Banco do Brasil. São R$ 200 milhões. Incluindo as ampliações de viaduto, inversão de sistema de trânsito binário, constru-ção de calçadas, melhorias nas avenidas Elmo Serejo e Hélio Prates, o total de inves-timentos para Taguatinga, neste ano, já garantidos pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica, é de R$ 600 mi-lhões. Esse dinheiro já está disponível.

A Secretaria de Estrutura e Mobilidade e o GDF já as-sinaram esses documentos, e esses recursos já estão dis-poníveis para Taguatinga. Talvez seja, na história, um dos maiores investimentos

que Taguatinga já recebeu. Paralelo a isso, nós trabalha-mos com planejamento. Nós estamos aqui com um pacote de, mais ou menos, 30 obras que virão com recursos de emendas parlamentares.

Combate à poluição visual

Além dessas obras, preci-samos fazer o aterramento da rede elétrica. Precisa-mos tirar esse emaranhado de fios que colabora para a poluição visual da cidade. As vagas que hoje existem, não serão alteradas. Elas só irão mudar de sentido. Na sequência, temos a questão de um replanejamento dos engenhos publicitários. São as placas que ninguém mais aguenta. Faremos um estu-do e vamos apresentar para a comunidade um remane-jamento disso. Não tem co-mo admitir esses outdoors gigantes e nem essas placas enormes de propaganda de lojas que só poluem a cidade. Vamos propor, trabalhar e agir em cima disso, para que a cidade tenha um padrão vi-sual.

Reordenamento urbano

A minha gestão não está preocupada em fazer obras desnecessárias, construir uma quadra de esporte onde ninguém vai jogar bola, por exemplo. Nós temos mui-tos lugares construídos que ninguém usa e que servem como ponto de usuários de drogas. A nossa ideia é um reordenamento urbano.

Estou fazendo um estu-do que vamos apresentar à Terracap e à Segeth para

EntrEvista / ricardo lustosa - administrador rEgional

TaguaTinga

Começamos a pôr em prática

a construção do túnel do centro de taguatinga,

que é uma polêmica, mas também uma

solução”

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a cidade tem muitos motivos

para comemorar. Vamos aproveitar

o aniversário para fazer o

lançamento de novidades que serão feitas em

taguatinga”

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11 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 bsbcapital.com.br

acabar com alguns becos e algumas áreas verdes. Essas áreas abandonadas podem ter uma destinação, ou pa-ra uma instituição privada onde faremos uma parce-ria público-privada. Temos muitos becos na QSD, na QSA, na QNA e na QND. São áreas sem proveito algum.

Estamos pensando em remanejar para esses locais alguns equipamentos públi-cos. Os postos policiais que hoje ficam no meio do nada poderiam muito bem ir pa-ra uma área como essas. Às vezes é colocado um posto numa área não proveitosa. É só colocar esses postos em áreas perto da comunidade. Eu preciso de postos para a polícia, pro SAMU.

Romântico futurista

O nosso pensamento é repensar Taguatinga. Uma pessoa me disse: “Você é muito romântico, é muito futurista”. Mas, na verdade, eu não estou pensando no meu momento como admi-nistrador. Estou pensando na minha eternidade como taguatinguense, que é uma coisa que não vai mudar. Até o dia que eu morrer, vou ser taguatinguense. O nosso pensamento é entre-gar, para quem virá poste-riormente a nós, um plane-jamento estratégico, uma cidade pensada.

Sandra Faraj,a boa madrinha

Costumo dizer que não misturo a relação política da deputada com o gover-nador Rodrigo Rollemberg. Sou um técnico. Faço um

trabalho político, mas sou técnico. Estou aqui na mi-nha posição, jogando a bo-la na minha posição. Estou aqui para trabalhar e não para entrar no detalhe polí-tico. Isso é polarizado entre a Câmara e o Buriti. O meu governador, Rollemberg, é o governador de Brasília. É uma pessoa que eu vejo a força que tem feito para mudar o retrospecto que recebemos da cidade. Mas a nossa relação é de traba-lho e de resultados. Costu-mo dizer que eu não sou o governo de Taguatinga, eu sou Taguatinga no governo.

Motivos para comemorar

A cidade tem muitos moti-vos para comemorar. Vamos aproveitar o aniversário para fazer o lançamento de novidades que serão feitas em Taguatinga. Vamos dar esse grande presente para a cidade. Além desses investi-mentos macros, em grandes estruturas, como obras de drenagem de águas pluviais, asfaltamento de vias, R$ 200 milhões para o viaduto, R$ 200 milhões para o túnel e mais R$ 200 milhões para recuperação da Hélio Prates, que vai beneficiar Taguatin-ga e Ceilândia.

Hélio Pratesserá repaginada

Na Hélio Prates será feito um repaginamento até che-gar ao Sol Nascente. Outros investimentos serão: cons-trução do estacionamento da CDL, ao lado do Paradão; reforma das Feiras Perma-nentes da QNL e da M-Nor-

te, que estavam totalmente abandonadas e paradas. Não tinha individualização de hidrômetro e já está pra-ticamente construída; cons-trução de cobertura na QNL 24, quadra na Chaparral, on-de a comunidade não tinha nenhum tipo de prática de esporte; construção de cam-po sintético na QNL 1. Estou dando mais atenção para a parte norte porque é a parte que realmente precisa. Ali-ás, M-Norte e QNL não pare-ciam que estavam em Tagua-tinga, eram extremos. Essas obras serão feitas todas com recursos de emendas da de-putada Sandra Faraj. São R$ 10 milhões. Sandra é filha de Taguatinga, nascida no Hos-pital São Vicente de Paulo. Outros deputados também estão investindo: Bispo Re-nato, Wasny, Chico Vigilante. Nosso relacionamento com a Câmara é muito bom. Tagua-tinga é a única administra-ção que tem esse “cachê”.

A reconstrução do Skate Park do DI

Estamos refazendo no Taguaparque o antigo ska-te park da Praça do DI. O do DI está sub-júdice. Quando essa questão for resolvida, reconstruiremos a pista de skate lá. Queremos, também, reformar a Praça do Reló-gio, que está abandonada e é o maior símbolo da nossa cidade, o cartão postal de Ta-guatinga. Vamos recuperar o piso, a fonte, o prédio da Ad-ministração.

Agenda com comunidade

Tenho algumas rotinas. A primeira é pelo whatsapp,

que eu chamo de adminis-trador-ouvidor. É o 9911-7052, pelo qual a comunida-de fala comigo diretamente no aplicativo. Eu até brinco falando para não me man-dar mensagem de Natal; me manda problema, me manda buraco, me manda confusão. Faço também um trabalho muito dinâmico, atendendo aqui no gabine-te, pessoalmente. Todas as terças, abro o gabinete. A pessoa é atendida por or-dem de chegada, indepen-dentemente da pauta, tanto o grande empresário quanto a dona de casa. Faço o gabi-nete itinerante, pego os res-ponsáveis pelos principais setores da administração e vou a determinados locais. Recentemente, estive na Vi-la Dimas, na QSC, na Praça da CNF. Já estive na M-Norte e na QNL.

Mensagem de otimismo

No dia que eu assumi, uma pessoa me perguntou: “quem é você?”. Eu respondi da seguinte forma: “eu sou o ambulante, eu sou a dona de casa, sou o vendedor da loja, eu sou o motorista de ôni-bus, sou o jardineiro. Eu sou taguatinguense”. Então, eu acho que estamos no melhor momento que Taguatinga já teve na sua história. É tempo de mudarmos, e toda mu-dança é positiva. Quando eu mudo, tudo muda. Eu me sin-to muito entusiasmado com essa cidade, sou apaixonado por ela e minha mensagem para cada taguatinguense é: vamos amar Taguatinga. Va-mos acreditar em Taguatin-ga. Vamos construir, juntos, uma nova Taguatinga.

TaguaTinga

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a capiTal ecOnômica do dF

Taguatinga completa neste domingo, 5 de junho, 58 anos bem vividos. A cidade foi crescendo discretamente, reunindo pessoas vindas de todas as

regiões do país, ouvindo todos os sotaques, tipos de música e experimentando os sabores da culinária brasileira.

Hoje, uma grande metrópole, já tem filhos e netos que curtem seus espaços, bares, baladas e shoppings, formando uma rica cultura, resultado da diversidade de tipos humanos que a escolheram como morada. Com o desenvolvimento de sua indústria e principalmente do comércio, Taguatinga tornou-se capital econômica do Distrito Federal, sendo a 12ª maior arrecadadora de ICMS dentre os municípios brasileiros e a segunda que mais gera empregos no DF.

Seu nome vem do tupi-guarani tauá-tingá, que significa barro branco, mas não se engane pelo nome, pois a terra é vermelha. Conta a história que nessa região havia um pequeno povoado com bandeirantes e tropeiros e que antes disso era território indígena. No final do século XVIII, já denominada Fazenda Taguatinga, foi vendida ao filho de um Bandeirante.

Comparação da população urbana de TaguaTinga

disTribuição dos domiCílios oCupados segundo as Classes de renda domiCiliar

sEgunda maior gEradora dE EmprEgos no distrito FEdEral, taguatinga é a 12ª Em arrEcadação dE icms dEntrE os mais dE 5 mil municípios brasilEros

Com o desenvolvimento de sua indústria e principalmente do comércio, Taguatinga cresceu. Dois séculos depois se tornou um acampamento dos candangos que construíam Brasília hoje com ares de metrópole. A cidade cedeu, ao longo do tempo, partes de seu território para criação de novas Regiões Administrativas, como Ceilândia, que surgiu como CEI – Campanha de Erradicação de Invasões, Samambaia, cuja região era núcleo rural de Taguatinga, além de Vicente Pires e Águas Claras.

Inicialmente com casas e prédios baixos, Taguatinga tem agora condomínios com arranha-céus. Suas antigas ruas foram aos poucos se transformando em grandes avenidas. Algumas com tanto movimento que passaram a ter mão única. Hoje, está dividida em três setores: Central, composto pela Avenida Central, praças, comércio, hotéis, bancos e escritórios; Norte e Sul, formados por quadras residenciais, comerciais e industriais. O crescimento econômico tem propiciado ganhos que favorecem o conforto e o bem-estar dos moradores. Cerca de 30% da população ganha mais de 10 salários mínimos.

A GRAnDE ExPAnSãO uRbAnA

COnFORTO E bEM-ESTAR

fontes: SEPLAN/CODEPLAN – pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios – PDAD – 2004; CODEPLAN – Pesquisa Distrital por amostra de Domicílios – PDAD – 2011/2013. A pesquisa 2015/2016 está sendo realizada e os dados parciais ainda não foram disponibilizados

taguatinga, mãe acolhedora e gentil. Cidade de todas as raças, de todas as vozes, de todos os ritmos. És vida, um

pouco esquecida por quem não lembra de que és rica e

aguerrida. Há, ainda, aqui, um povo que por ti grita e pede socorro,

pra salvar sua vida e trazer de volta a

alegria”.

Ronald Filgueiras, do Movimento Taguatinga

Unida - Movitu.

TaguaTinga

Zilta Marinho

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13 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 bsbcapital.com.br

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Chegou o momento de taguatinga dar um

salto para o futuro. É hora de sua gente assumir o comando

e manter a nossa Capital Econômica na vanguarda da política

e da economia do DF, deixando o seu passado glorioso

na História e construindo a glória de um novo tempo”.

população segundo preferênCia de Time de fuTebol naCional

população, segundo os grupos de idadepopulação imigranTe, segundo a naTuralidade

sEgunda maior gEradora dE EmprEgos no distrito FEdEral, taguatinga é a 12ª Em arrEcadação dE icms dEntrE os mais dE 5 mil municípios brasilEros

A população taguatinguense é formada por migrantes vindos de todas as regiões brasileiras. Quase metade da população de Taguatinga veio de estados do Nordeste. Isso se traduz numa cultura rica, que trouxe para o Cerrado hábitos como o consumo da carne seca, da manteiga de garrafa, o forró, a literatura de cordel. E as novas gerações, já nascidas no Planalto Central, continuam cultivando essas tradições, com shows sertanejos e feiras aos fins de semana.

Mais da metade da população taguatinguense tem menos de 40 anos, mas os mais velhos se mantêm fieis à cidade. Os filhos vão crescendo, se mudando para espaços novos, como Águas Claras, e a velha guarda continua curtindo Taguatinga, relembrando ícones como o restaurante Santana, na Praça do DI, o Bar Kareka”s e O Franguito, na Praça da CNF, o Bar do Velho, na Vila Matias, o Bar dos Pescadores, na QNA, e o Bar do Roberto, na CSA. A tradição e a modernidade convivem em harmonia, escrevendo novas histórias sem descuidar das raízes.

Com o estádio Serejão e o Brasiliense Futebol Clube, o coração do taguatinguense bate forte mesmo é pelo Flamengo do Rio de Janeiro. Mas não há só flamenguistas, o Vasco da Gama vem logo em segundo lugar, seguido de outros times cariocas e paulistas. Mas os mineiros não deixam por menos e o Cruzeiro também está no páreo desse campeonato de preferências.

evolução de alguns indiCadores soCioeConômiCos

Indicadores 2004 2011 2013Renda domiciliar (em salários mínimos) 9,5 8,12 7,58Renda Per capta (em salários mínimos) 2,5 2,41 2,42nº médio de moradores por domicílio 3,8 3,05 3,19% de moradores analfabetos 1,7 1,8 1,47% de moradores com nível superior completo 10,7 17,11 18,24% de domicílios de alvenaria 95,9 99,65 99,5% postos de trabalho na própria região 0 41,8 43,95% de domicílios com automóvel 62,5 66,41 71,41% de domicílios com computador 40,1 59 58,26% de domicílios com TV por assinatura 6,6 21,24 50,51

A antiga fazenda que virou metrópole continua se desenvolvendo e se modernizando sem desprezar suas origens e a cultura trazida pelos que a escolheram como morada. A Praça do Relógio, tombada pelo Patrimônio Histórico, é a maior testemunha dessa história. A nova geração está escrevendo a história e registrando tudo com seus celulares, sem perder os bons momentos, que são curtidos e compartilhados nas redes sociais. Parabéns, Taguatinga!

O CORAçãO nORDESTInO uMA CIDADE DE GEnTE jOvEM

nAçãO RubRO-nEGRA EvOluçãO EM TODAS AS ÁREAS

Márcio Guimarães, empresário e ex-

administrador regional

TaguaTinga

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14 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 bsbcapital.com.br

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taguayork! obrigada por

ter me acolhido em seu imenso colo. Desejo

que seus habitantes e os

governantes consigam corrigir

os erros do passado e que a

transformem em uma cidade humanizada”.

cultura

efervescenTe e

Taguatinga abriga, desde a década de 1980, diferentes ma-nifestações artísti-

cas, do artesanato à dança, da poesia à música. Os mo-vimentos organizados, os pontos de cultura e os artis-tas independentes retratam a efervescência artística da cidade, onde Coletivos co-mo o Soma Cultural, a Tribo das Artes, a Galeria Olho de Águia e o Beco Cultural do Mercado Sul se destacam.

Nascido em 2000, o Soma Cultural é um movimento bairrista, que tem como pro-pósito fortalecer e expandir a arte experimental indepen-dente. Surgiu com a ideia de unir diferentes expressões culturais em um mesmo espaço, para divulgar, pro-mover e valorizar a cultura independente. O movimento agrega música, artes visuais, poesia, espetáculos de dança e muita criatividade. O Soma Cultural é um dos responsá-veis por movimentar a inte-gração de artistas taguatin-guenses e nacionais em suas apresentações.

A Galeria Olho de Águia foi idealizada em 2002 pelo foto-jornalista Ivaldo Cavalcante e divide o espaço com o Bar Fai-xa de Gaza e a Biblioteca Gér-vasio Baptista – fotojornalista homenageado por Ivaldo –, que conta com vídeos, livros

e revistas sobre fotografia. O local fica na Praça da CNF, on-de está exposto, entre outras centenas de obras, o acervo do seu criador. Tem se firma-

do, com o passar do tempo, como um ponto de cultura. Ali são realizados eventos, co-mo exposições, lançamentos de livros, mostras de filmes,

feiras fotográficas e pocket shows. O espaço também foi locação do curta-metragem “Brasília (Título Provisório)”, filme ganhador do Festival de

Cláudio Caxito

Teatro, literatura, dança, shows, cultura popular: tudo se mistura nos points da cidade

onde os artistas se encontram

diV

ulg

ão

iVa

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te

diV

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ão

Armildes Corrêa, professora e jornalista

TaguaTinga

Page 15: Jornal Brasília Capital 262

15 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 bsbcapital.com.br

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o sentimento que tenho por taguatinga é

do FiLHo que a ama e do Pai

que cuida e luta pelo seu

desenvolvimento”.

diversiFicada

Brasília do Cinema Brasilei-ro de 2008, pelo júri popular. Ivaldo Cavalcante conta que a Galeria é um ambiente de apoio à arte, onde são promo-

vidas oficinas, jeam sessions, mostras fotográficas e gran-des encontros. O local tam-bém conta com a biblioteca Gervásio Batista, com acervo

de vídeos, livros e revistas so-bre fotografia. Ivaldo afirma que o bar favorece encontros, reencontros e boas conver-sas. Além disso, existe o proje-

to Artista do Bairro, pelo qual um artista local é convidado a expor seu trabalho por 20 dias, com o intuito de divul-gar, apoiar e valorizar a cul-tura taguatinguense.

A Tribo das Artes está em atividade há 16 anos. O coletivo realiza saraus mensais, oficinas, recitais e apresentações itinerantes em todo o DF, difundindo a arte e abrindo portas para o intercâmbio cultural. O mo-vimento se tornou um ponto de cultura em 2011. Reúne artistas, artesãos e colabora-dores que trabalham com o objetivo de fomentar a cultu-ra na cidade. Os saraus reú-nem diversas expressões ar-tísticas com destaque para a poesia, todo segundo sábado de cada mês. O próximo en-contro está marcado para 11 de junho, às 20h, na casa de Miqueias Paz, na Chácara da Paz, no final do Pistão Norte.

Já o Mercado Sul, na QSB 12/13, foi construído na dé-cada de 1950 e hoje conta com o Beco Cultural, onde se constroem violas, vídeos, mamulengos, artesanatos e instrumentos com papelão e saco de cimento. Também serve de palco para roda de capoeira, espaço de produ-ção e aprendizagem. Uma das atrações é a OTMA - Or-questra Tradicional de Músi-ca Alternativa, que se reúne às terças-feiras, sempre às 19h30.

diVulgação

justo Magalhães, Presidente da Acit

TaguaTinga

Page 16: Jornal Brasília Capital 262

uma cidade não se faz só de história e comércio. É o

sentimento pelo local que nos dá a sensação de pertencimento”.

16 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 bsbcapital.com.br

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É o resgate de uma história

através de lentes fotográficas”

artigo

eu Te amO, TaguaTinga!

Fundada em 1958, a Região Adminis-trativa III nasceu para ser uma ci-

dade dormitório. O Plano Urbanístico de Brasília previa que a localidade abrigasse os pioneiros, afi-nal a Cidade Livre – conhe-cida hoje como Núcleo Bandeirante – estava su-perpovoada. Apesar da pretensão de Lúcio Costa, a Vila Sarah Kubitschek, ou Santa Cruz de Tagua-tinga, nomes que a região ganhou de início, tinha um potencial enorme e aca-bou se tornando a populo-sa e diversificada Tagua-tinga.

A cidade cresceu em pouquíssimo tempo. Ape-nas seis meses depois da chegada dos primeiros moradores, já possuía es-colas, hospitais e estabele-cimentos comerciais. Essa (*) Deputado Distrital e Professor

Reginaldo veras (*)

característica perdura até hoje, e é por isso que a chamamos de “capital econômica do Distrito Fe-deral”. São 12 mil empre-sas, 100 mil trabalhadores e um grande comércio que abastece a população, estimada em 221 mil ha-bitantes. Em Taguatinga encontra-se de tudo. Pense em qualquer produto ou serviço: o comércio com certeza irá atendê-lo.

A cultura do comércio de rua pode ser observa-da em qualquer parte da

Getúlio Romão – Fotógrafo pioneiro que

lança no dia 16 de junho o livro “Retratos

& Memórias: A Taguatinga Objetiva de Getúlio Romão”, com 742 imagens dos 46

administradores regionais que a cidade teve em 58 anos. O evento será às

19h30, no Espaço Cultural do UniCeub, no Pistão Sul.

TaguaTinga

cidade. A Avenida Comer-cial oferece aos moradores uma infinidade de lojas de roupas e calçados, móveis, artigos para festas e varie-dades à venda no atacado e no varejo. A cidade tam-bém abre espaços para feiras típicas ou temáticas nas Praças do Bicalho, da Vila Matias, da Vila Dimas e do DI, onde podem ser encontradas comidas típi-cas e toda a variedade de hortifrutigranjeiros. E ain-da tem a Feira da QNL.

Há também a Feira dos

Goianos, na Avenida Hé-lio Prates, conhecida pela venda de produtos como roupas e acessórios a pre-ços acessíveis, além da Fei-ra dos Importados, no iní-cio da Avenida Samdu Sul, onde se encontra de tudo em eletrônicos e informá-tica.

Outro diferencial da cidade são os movimen-tos culturais. Desde a dé-cada de 1980, Taguatinga vem formando artistas e promovendo atrações no âmbito cultural. Nesse contexto não podemos es-quecer do Teatro da Praça, palco de apresentações das primeiras bandas de rock de Brasília, e nem de 1983 – ano importantís-simo para a cultura local, após a 1ª Semana de Arte e Cultura de Taguatinga. Com 58 anos de história, Taguatinga abriga hoje os seus grupos de resistência cultural e política no Mer-cadão Sul e no Bar do Care-ca, na CNF.

Mas uma cidade não se faz só de história e comér-cio. É o sentimento pelo lo-cal que nos dá a sensação de pertencimento. Pular o muro do Clube Primavera para ter um domingo de lazer; frequentar a boate Opus 4; passar raiva espe-rando ônibus no Tagua-center e ver sua filha ama-da nascer na Clínica Vida é que fazem desta cidade parte da minha existência. Sem querer despertar os ciúmes da minha querida Ceilândia, não posso dei-xar de declarar: eu te amo Taguatinga.

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17 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 bsbcapital.com.br

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“taguatinga é terra de gente honrada e trabalhadora.

gente que soube construir uma grande metrópole sem perder

a ternura de cidade do interior. taguatinga

está preparada para o futuro”.

os hospitais anchieta e

santa Marta são complexos onde

são oferecidos atendimento de qualidade

com tecnologia avançada

Rede hospitalar

TradiçãO faz bem à saúde

A população da “ca-pital das cidades--satélites” enve-lheceu: 43,82% da

população de Taguatinga têm mais de 40 anos, segun-do estudo divulgado pela Codeplan em 2013. Essa no-va estrutura social exigiu a construção de hospitais na cidade. A principal unida-de pública é o Hospital Re-gional de Taguatinga (HRT), inaugurado há 42 anos, com 343 leitos, 22 ambulatórios e emergência 24 horas.

Taguatinga conta, ainda, com oito centros de saúde in-terligados ao HRT. Eles estão por toda a cidade, e disponi-bilizam especialidades como Ginecologia, Pediatria, Clíni-ca Médica e Odontologia, que funcionam de segunda a sex-ta-fera, das 7h às 18h. A Clí-nica da Família, próxima ao Hospital da Universidade Ca-tólica de Brasília, no Pistão Sul, também oferece atendi-mento básico à população.

A cidade tem três gran-des hospitais particulares: o Santa Marta, o Anchieta e o Anna Nery (antigo Alvora-da). O Santa Marta, inaugu-rado em 1979, foi o pioneiro no atendimento particular aos taguatinguenses. Sua trajetória começou com um grupo de médicos que fun-daram o Centro Médico de Taguatinga, na Área Espe-

cial 1 e 17, em Taguatinga Sul, e passou a ter a atual de-nominação em 1986.

Hoje, com aproximada-mente 20 mil m², o comple-xo tem 30 clínicas parceiras instaladas, 60 leitos, serviço de Hemodinâmica, Radio-logia, Centro Cirúrgico pre-

parado para cirurgias de al-ta complexidade e um novo Pronto Socorro.

Em 1992, foi inaugurado o Centro Médico Hospitalar Anchieta, em frente ao HRT. A edificação imponente tem 60 mil m² e é o maior hos-pital da cidade. O comple-

xo é composto por um Cen-tro Médico Hospitalar e pelo Centro de Excelência, que abrigam um condomínio ambulatorial com mais 130 clínicas e consultórios, heli-ponto, centro de convenções e serviços de conveniência.

Gustavo Goes

diVulgação

diVulgação

Adonias Santana, proprietário do

Restaurante Santana, da Praça do DI

TaguaTinga

Page 18: Jornal Brasília Capital 262

A Associação Comercial e Industrial de Taguatinga se orgulha de ter contribuído para construir a sua história.

56 anOs1960 2016

Page 19: Jornal Brasília Capital 262

@q10nutricao

[email protected]

L2 Norte, 607, Brasília Medical Center

(61) 3347.1656/ 9979.8527

Nutrição Clínica

Nutrição Esportiva

Nutrição Funcional

Avaliações Físicas

Requisição de Exames

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19 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 - bsbcapital.com.brGeral

A tradicional Feira do Troca de Olhos d’Água che-ga à sua 86ª edição. O even-to acontece há 42 anos du-as vezes por ano, sempre na primeira semana de junho e de dezembro. A progra-mação começa na sexta-fei-ra (3) e vai até domingo (5), com atrações culturais, mu-sicais, artesanais e gastronô-micas. O evento atrai turis-tas brasilienses e de cidades do Entorno do Distrito Fede-ral. O povoado fica a 100 km de Brasília, no município de Alexânia (GO).

O troca é uma prática an-tiga dos moradores da re-gião o chamado escambo. Os moradores começam a se preparar seis meses an-tes, produzindo os artesa-natos e confeccionando pe-ças para serem vendidas ou trocadas. Além do comércio comum, quem quiser ver de perto esta atmosfera cultu-ral, poderá se deliciar com comidas típicas goianas, co-mo galinhada, galinha com pequi, empadão goiano, frango com gueroba, pamo-nha, caldo, engrossado de milho e muito mais.

As atrações musicais con-tam com apresentação de ar-

Feira do troca agita fim de semanaolhos d’Água

tistas locais, duplas sertane-jas de raiz, moda de viola, danças tradicionais (como a catira), teatro de mamulengo e roda de histórias e contos.

A Feira do Troca man-tém no povoado a antiga tra-dição de câmbio mútuo. Es-te era o meio que as pessoas encontravam para adquirir o que precisavam e se des-fazer do que não lhes era mais útil. A iniciativa surgiu da ideia de uma professora da Universidade de Brasília (UnB), Laís Aderne. Ao per-ceber as necessidades que os moradores da região pas-savam, ela juntou alguns ob-jetos que não usava mais e

que não iam lhe fazer fal-ta, como roupas, utensílios domésticos e comidas e, em vez de fazer a doação tradi-cional para os moradores, resolveu propor o escam-bo. A troca seria por artesa-nato e produtos agrícolas, o que incentivava a produção local.

serviço

Feira do Troca de Olhos D’ÁguaData: 3 a 5 de junho de 2016Horário: a partir das 9hlocal: Olhos D’Água – próximo a Alexânia (GO) – Saída pela BR-060Classificação: Livre

Compromisso com a sustentabilidade

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) pro-moveu o 21º Encontro Anual Cemig – Apimec, que reuniu 160 analistas de mercado de capitais e de investimento. No evento, em Belo Horizonte, a Cemig divulgou informações sobre diversas áreas da empresa e abriu espaço à participa-ção do público. Promovido em parceira com a Associação dos Profissionais e Analistas de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), o encontro contou com a participação da diretoria da companhia.

A Cemig apresentou o Relatório Anual e de Sustentabili-dade 2015 (RAS) sobre as atividades da empresa no período.

O documento foi disponibi-lizado em versões digitais – no site da companhia e também nos formatos IOS e Android – possibilitando o download em dispositi-vos móveis, smartphones e tablets.

De acordo com o presi-dente da Cemig, Mauro Bor-ges Lemos, “a disponibiliza-ção do conteúdo eletrônico representa um importante ganho ambiental e reforça o compromisso da Conces-

sionária com a sustentabilidade”.O relatório, elaborado com base na metodologia Glo-

bal Reporting Initiative (GRI) e auditado por terceira parte, apresenta informações sobre o desempenho da Cemig no conjunto de suas operações, principalmente considerando os fatores que possam contribuir para a sustentabilidade da companhia nas dimensões econômica, social e ambiental.

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20 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 - bsbcapital.com.brGeral

O governo interino de Michel Te-mer pode se tornar, em teoria, um fa-tor negativo para a tendência de inte-gração no Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e um elemento conflitante no relacionamento espe-cial, construído ao longo dos últimos anos, entre o Brasil e a Rússia, afirma o jornalista moscovita Vladimir Mi-kheev, em artigo especial para a Ga-zeta Russa.

Para ele, os simpatizantes de teorias da conspiração em Moscou buscam vestígios de um complô dos Estados Unidos para derrubar Dilma Rousse-ff – hipótese que ela própria descar-tou. E, para isso, encontram inspira-ção nos grupos militares e ditadores pró-EUA que governaram o Brasil de 1964 a 1985.

Dias atrás François Holland e An-gela Merkel – presidente francês e pri-meira-ministra alemã – fizeram uma visita a Verdun, pequena, antiga e his-tórica cidade do nordeste da França. Objetivo da visita: homenagear as ví-timas da mais longa e sangrenta bata-lha da I Guerra Mundial, travada de fevereiro a dezembro de 1916.

A cidade não era estrategicamente importante. Mas, como no passado es-tivera em mãos germânicas, o coman-dante alemão do setor, príncipe Fre-derico, filho do Imperador Guilherme II, resolveu fazer dela seu trampolim

Temer pode tirar peso do Brasil no Brics

Caprichos mortais

Este material foi originalmente publicado pelo portal Gazeta Russa, parte do projeto RBTH, que leva notícias da Rússia para 17 línguas, em 29 países, inclusive o português brasileiro. www.gazetarussa.com.br

Também podem alegar que o obje-tivo real do afastamento de Dilma era minar o Brics como um todo, uma vez que Rússia e China são formalmente listados como ameaças à segurança na-cional por Washington. Ou, talvez, ain-da citem o analista independente Pepe Escobar, segundo o qual “há mais de dois anos os analistas do JP Morgan re-alizam seminários com agentes adep-tos de uma macroeconomia neolibe-ral, pregando como desestabilizar o governo Dilma”.

Ainda segundo Mikheev, parece mais previsível que Temer não partici-pe na íntegra dos projetos que estimu-lam maior integração entre os Brics. Ele poderia, como exemplo mais no-tável, recuar na participação no Ban-co de Desenvolvimento dos Brics, que

tem fundo de reserva de US$ 100 bi-lhões (mais US$ 100 bilhões adicionais) e representa a iniciativa de criar uma arquitetura financeira global não su-pervisionada pelos EUA.

Pêndulo político - As elites políticas de esquerda no Brasil foram duramen-te atingidas pela saída de Lula e Dilma do palco central. No momento, parece que o pêndulo está, por um tempo, pe-sando mais para o lado conservador.

Se Temer tornar o país refém de maiores empréstimos de instituições financeiras internacionais, reverter as realizações sociais dos governos de Lu-la e Dilma, que tiraram cerca de 30% da população da pobreza, e equilibrar o orçamento pelo corte de gastos pú-blicos em saúde e educação, o pêndu-lo social irá oscilar na direção oposta.

Obstáculos - Se tivesse de escolher qual dos grandes desafios atuais do Brasil ameaça mais as relações bilate-

rais com a Rússia – a guinada pró-Oci-dente de Temer, o mau desempenho da 7ª maior economia do mundo ou o vírus da zika –, os dois últimos teriam a preferência de Mikheev.

O jornalista lembra que, devido à guerra psicológica lançada contra a Rússia pelo Ocidente, Moscou apren-deu a manter contatos viáveis. O Kre-mlin poderia, com certeza, estabelecer um modus operandi aceitável com Te-mer, ainda que ele opte por alienar o Brasil no âmbito do Brics.

Mario Pontes (*)

(*) Escritor, tradutor e ex-editor do Caderno Ideias do jornal do brasil

para a glória. Cercou-a com centenas de milhares de homens, certo de que não demoraria muito a ocupá-la.

Os franceses resolveram dar o tro-co ao fogoso príncipe. Enfrentaram-no com número semelhante de comba-tentes, e ao cabo de onze meses obri-garam-no a ordenar a retirada. O pre-ço que os dois lados haviam pago na disputa da cidadezinha de menos de trinta mil habitantes era de arrepiar um frade de pedra. Os mortos chega-vam perto de meio milhão; e eram qua-se incontáveis os feridos e inválidos.

Mas Verdun não é referência ex-

clusiva em matéria de carnificinas re-sultantes do mero capricho de líderes políticos ou chefes militares do sécu-lo XX. Em 1942, cerca de um ano de-pois de ter invadido a União Soviética, Adolf Hitler ordenou que seu podero-so VI Exército – algo como um milhão de homens bem armados – avançasse isoladamente para leste e conquistas-se a pequena cidade de Stalingrado, à margem do Volga, já perto da Ásia.

Era uma operação de alto risco, até as pedras sabiam. Mas Hitler não pa-rece ter pensado nas possibilidades negativas de sua jogada. Esperava que a conquista da cidade, com suas poucas indústrias, produzisse, antes de tudo, um efeito simbólico: o mun-do se convenceria, afinal, de que ele era mais forte, mais predestinado à vitória do que Stálin, o ditador sovi-ético, com quem assinara, pouco an-tes do início da guerra,um fajutíssi-mo pacto de não agressão.

Esqueceu-se, porém, de que os po-vos reunidos, às vezes à força, no ca-

sarão soviético, embora não morres-sem de amores pelo seu implacável ditador – muito pelo contrário –, não almejavam uma simples troca de ti-rano. Hitler não conquistou Stalingra-do, centenas de milhares de alemães perderam a vida antes que pudessem cruzar o Volga, e o que sobrou do por-tentoso VI Exército foi aprisionado pelos russos e levado para remotos campos de concentração.

Certamente há outros Verduns e Stalingrados na história da humani-dade e da Europa em particular. Mas tão desagradável quanto constatar a frequência dessas tragédias é saber que, pelo mundo afora, a vaidade, o orgulho e a impiedade de um bom número de poderosos continuam a fermentar; e que eles estão prontos para repeti-las, sempre que as car-tas lhes forem favoráveis.

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21 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 - bsbcapital.com.brGeral

MARCELO RAMOSO REPÓRTER DO POVÃO

Programa O Povo e o Poderde segunda a sábado das 8h às 10h

Rádio Bandeirantes - AM 1.410Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610

www.opovoeopoder.com.br

Este é um assunto recorrente que sempre cabe uma contribuição para qualificar o debate. Para o Dr. Lair Ri-beiro, “sorte não existe. Sorte é quan-do a preparação encontra a oportu-nidade”. Tem razão o Dr. Lair. Se a oportunidade aparecer e você não es-

tiver preparado, nada irá acontecer.Para o médium Norberto Peixoto,

no livro “Apometria”, sorte nada mais é do que uma colheita: Merecimento. “Para merecermos uma vida melhor e sem tantos percalços, comecemos a produzir e a praticar bons princípios.

Tudo começa e termina em nós mes-mos. Se você proceder corretamente, vai ter sorte”, ensina.

Costumamos reclamar muito pa-ra reivindicar nossos direitos, mas dificilmente fazemos um exame de consciência para nos perguntarmos se realmente fazemos o nosso de-ver para merecer aquilo que recla-mamos! Normalmente, aqueles que reclamam e gritam mais são os que merecem menos.

Precisamos sofrer para aprender? Precisamos amar para sermos felizes? O livre-arbítrio é uma opção, uma de-cisão sobre a quem queremos servir: o Deus que está na luz ou o Deus que está nas trevas? Somos livres para escolher,

e os únicos responsáveis por nossas vi-tórias e/ou derrotas.

Na vida humana, nada acontece por acaso, e tudo tem uma razão de ser e existir. Conforme as leis divinas, e principalmente pela Lei de Causa e Efeito, somos hoje a soma do que te-mos sido. Na maioria das vezes, nossas escolhas têm um fundo muito egoís-ta, vendo sempre o que é melhor para nós, sem levarmos em conta os outros.

“Tudo o que fazemos tem conse-quências. A realidade nem sempre corresponde aos nossos desejos, e aceitar isso é um passo fundamental para o crescimento, para a maturida-de e para o alcance de um estado de equilíbrio interior”.

Sorte ou merecimento?

Padrão de beleza e alimentação

Caroline Romeiro

O padrão de beleza muda de acor-do com o contexto histórico do mun-do. Já tivemos uma época em que as mulheres eram mais “rechonchudas”, passamos pelo padrão de mulheres esbeltas e hoje temos uma variação entre as esbeltas e as musculosas.

Independentemente do padrão de beleza escolhido pela sociedade, a alimentação sempre dialoga com essa escolha. Na década de 1990 começa-mos a ouvir muito sobre os transtor-nos alimentares relacionados a essa busca pela beleza, especificamente pela magreza.

Os mais conhecidos são a anorexia

nutrição

e bulimia, mas existe também a vigo-rexia, que parece ser mais frequente entre os homens, diferente das duas anteriores, mais frequentes entre as mulheres.

A anorexia caracteriza-se por restrição na ingestão de alimentos, associada ou não ao uso de laxantes,

diuréticos, ou outros artifícios para reduzir a ingestão de calorias, além de uma prática extenuante de exercícios. O objetivo dessas pessoas é um corpo cada vez mais magro. É caracterizada por uma distorção na imagem corpo-ral.

Já a bulimia costuma apresentar episódios de compulsão alimentar se-guidos de sentimento de culpa. Com isso, associa-se a prática de vômitos, uso de laxantes e a prática de exercí-cio de forma compensatória.

A vigorexia é caracterizada por uma insatisfação constante com a imagem corporal, realização excessi-va de exercício pela busca de um cor-po perfeito e muitas vezes associada ao uso de drogas do tipo esteroides anabolizantes.

Os três são considerados transtor-nos psiquiátricos e precisam ser trata-dos de forma multiprofissional, pois apenas um nutricionista não é capaz de atingir os objetivos do tratamento. O apoio médico e psicológico são os pi-lares do tratamento.

Existem muitos gatilhos que levam ao desenvolvimento desses transtor-nos e os profissionais de saúde pre-cisam estar atentos a isso. O terroris-mo nutricional que vemos nas redes sociais atualmente não deve ser uma prática fortalecida, pois reforça ideias equivocadas que estão relacionadas a esses transtornos.

O alerta desta semana é para refle-tirmos sobre as condutas nutricionais extremistas e restritivas que não são reflexo de saúde.

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22 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 - bsbcapital.com.brLazer

Cruzadas

ENTRETENIMENTO

resPostasPiadas- Chefe, o meu salário desse mês veio

50 reais a menos. – reclama o mineirinho.- Engraçado que mês passado eu

coloquei 50 reais a mais e você não me disse nada! – Devolve o patrão.

- Pois é, patrão. Um erro eu aceito, mas dois? Aí já é demais! – Encerra o mineirinho.

- Meu filho, por que é que você já não passa mais tempo com o seu amigo Pedro? – Questiona a mãe do Joãozinho.

- Mãe, você gostaria de passar o tempo com alguém que fuma, bebe e

fala palavrões o tempo todo? – Responde Joãozinho.

- Claro que não, né Joãozinho!- Pois é, mãe! O Pedro também não

gosta!

A mulher escreve em um papel: “Fui embora, não volto mais!”.

Escondida debaixo da cama, ela espera que o marido chegue. Ele entra no quarto, lê o bilhete e começa a cantar, feliz. Minutos depois, pega o celular e liga para alguém:

- Amor, estou indo embora. A louca

fugiu! Estou a caminho!Ele pega o carro e sai. Enfurecida, a

mulher sai de baixo da cama e lê o que ele deixou: “Da próxima vez esconda os pés!”.

O homem morre e seu melhor amigo vai ao seu velório prestar-lhe homenagem ao parceiro de vida. Para fazer bonito, ele resolve dizer algumas palavras, mas sua dentadura cai sobre o caixão. Mas ele não perde a pose:

- Vai amigo! Leva meu último sorriso contigo!

A um passo da extinção. É assim que a roli-nha-do-planalto está classificada. Ela tinha sido observada pela última vez em 1941, há 75 anos, no sul de Goiás, pelo fotógrafo Walter Garbe. Mas, em maio, Rafael Bessa e um grupo de pes-quisadores do grupo Obser-vadores de Aves – Instituto Butantã e da Sociedade pa-ra a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil) anunciaram a redescober-ta da espécie, em Minas Ge-rais.

Os cientistas a consi-deram uma das aves mais raras do mundo. “Nossa preocupação agora é a con-servação da ave. Estamos estudando diversas linhas de atuação no dese-nho de um plano de conservação que assegure a sobrevivência da rolinha-do-planalto. A prin-cipal delas é garantir que a região onde a espé-cie foi detectada seja transformada em uma área de conservação, o que beneficiaria tam-bém outras espécies ameaçadas que ocorrem na área. A principal ameaça é a destruição do Cerrado, único bioma onde a ave é encontra-da”, explica o ornitólogo Rafael Bessa.

Tancredo Maia Filho (*)

(*) Seja um observador de aves. junte-se a nós! Infor-mações em: www.observaves.blogspot.com.br

Ele descreve a emoção pela descoberta: “Nervosismo, ansiedade e felicidade e sorte. Não é uma rolinha roxa, branca, de asa-cane-la ou das que apagam fogo... Ela é especial, de olhos azuis e tão rara quanto poderia ser”.

Bessa conta que, ao longe, não reconheceu uma vocalização. Sacou o microfone, grava-dor novo. Mas a gravação ficou ruim. Tentou o playback. Na segunda tentativa o bicho respon-deu. Mais uma vez e ave vem em sua direção. Fotos, fotos e mais fotos.

“Nada pode definir a sensação de estar de fren-te com um fantasma. Logo eu, tão cético sobre tudo, fui confrontado com uma ave que me fez ter dúvidas se es-tava acordado ou sonhan-do. A felicidade do encon-tro só não é maior do que a responsabilidade de garan-tir a sobrevivência da espé-cie em longo prazo. Temos que aproveitar a chance pa-

ra fazer diferente e tirar de vez esse bicho da lis-ta de espécies ameaçadas no Brasil. O primeiro passo já foi dado”.

O lugar onde a rolinha-do-planalto foi regis-trada só será divulgado quando os pesquisado-res concluírem o plano de conservação.

raFael Bessa

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23 n Brasília, 4 a 10 de junho de 2016 - bsbcapital.com.brLazer

As meninas viravam princesas nas festas de 15 anos, mas eu nunca quis isso. O meu pedido de presente de aniversário era apenas poder voltar a estudar, afinal, papai não tinha como comprar os uniformes e materiais obrigatórios pra eu frequen-tar a escola. No dia do meu aniversário ele chegou todo orgulhoso do posto de gasolina com um cha-veiro que ganhou de brinde. Eu agradeci e esperei mais alguns anos pra poder voltar à escola. Hoje

M i c r o c o n t oPor luís Gabriel Sousa

Gostou do microconto? Então mande sua história, ela pode ser a próxima micronarrativa aqui da coluna. (facebook.com/Jornal-BrasíliaCapital, e-mail: [email protected]).

Princesa x Estudante

The Meddler Lorena scafaria

Invocação do Mal 2 // James Wan

Eu te odeio! / / Corey taylor

FilMes

liTeRaTuRa

Para Marnie Minervini a maternidade não é um dever, mas sim uma vocação. Mesmo após a recente morte do marido, ela não deixa de ser alegre, sempre ligando e aparecendo sem avisar na casa da filha, Lori. Almejando algum controle sobre sua vida, principalmente após o término de um relacionamento, Lori tenta sair das asas da mãe, mas Marnie segue a filha até Los Angeles e acaba desenvolvendo uma conexão com um policial. Gênero: Comédia Dramática

Sete anos após os eventos de Invocação do Mal, Lorraine e Ed Warren desembarcam na Inglaterra para ajudar uma família atormentada por uma

manifestação poltergeist na filha. A trama é baseada no caso Enfield Poltergeist, registrado no final da década de 1970. Gênero: Terror.

Corey Taylor arrasta multidões cantando músicas aterrorizantes com o Slipknot. Ele tem muito mais a dizer e não será nada delicado! Eu te odeio! É uma crítica direta ao mundo moderno e a tudo aquilo que consideramos comum.

Taylor faz uma avaliação devastadora, e ao mesmo tempo engraçada, sobre a sociedade atual, alfinetando os padrões de comportamento humano a partir de histórias reais vivenciadas por ele. Eu te odeio! É a pior versão de Corey Taylor.

PROgRaMaçãO

diVulgação

diVulgação

showsFesta dos Solteiros com Turma do Pagode. Sexta-feira (10), às 22h, na ASBAC. Ingressos: R$ 40 a R$ 80. Pontos de venda: www.bilheteriadigital.com ou pelo whatsapp 9209-1074/9808-2016.

Zé Ramalho (foto) em Brasília. Sábado (11), às 22h, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Ingressos: R$ 90 a R$ 200. Pontos de venda: www.bilheteriadigital.com ou na Central de Ingressos do Brasília Shopping. Informações: (61) 3364-2694/8409-0198.

Arraiá Legis com Dorgival Dantas. Sexta-feira (10), às 20h, na ASCADE. Ingressos: R$ 30 (inteira). Pontos de vendas: secretaria do clube. Informações: (61) 3226-4503.

TeatroEspetáculo dos Zahras – O conto de fadas da mulher moderna, sempre em busca de um oásis. Domingo (12), às 18h, no Tetro Dulcina de Moraes (Asa Sul). Ingresso: R$ 50 (inteira). Informações: (61) 3242-2807.

O impecável, com Luiz Fernando Guimarães. Sexta (10) e sábado (11), às 21h e domingo (12), às 20h, no Teatro Unip (Asa Sul). Ingressos: R$ 50 (meia). Pontos de vendas: Central de Ingressos no Brasília Shopping e no site www.ingresso.com. Informações: (61) 3034-6560.

vejo que nem precisava, porque o que eu apren-di de útil na vida foi ser um humano de bem, com o mestre que ninguém vai ter, meu pai. (Baseado na leitora anônima de Brasília/DF)

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