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FERNANDO FRAZÃO / AGÊNCIA BRASIL REPRODUÇÃO YOUTUBE www.bsbcapital.com.br DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Ano VI - 266 - Brasília, 2 a 8 de julho de 2016 PELAÍ Cachoeira, Friboi e a vaquinha O Brasil viveu mais uma semana de série policial. De terça a sexta- -feira, a Federal deflagrou, em se- quência, as operações Boca Livre, Saqueadores, Tabela Periódica e Sépsis. Dezenas de suspeitos fo- ram presos ou conduzidos coer- citivamente para prestar depoi- mentos, acusados de desviar mi- lhões dos cofres públicos. Entre eles, Carlinhos Cachoeira, Lucio Funaro e Adir Assad. Joesley Ba- tista, da Friboi, e Henrique Cons- tantino, da Gol, receberam a visi- ta da PF para cumprir mandado de busca e apreensão. Enquanto isso, a presidente afastada, Dilma Rousseff, faz vaquinha virtual pa- ra bancar suas viagens pelo país. Adelmir não comparece e empresários reclamam Filiados cobram atuação mais efetiva do presidente da Fecomércio Páginas 8 e 9 Página 3 Página 7 Página 10 Páginas 4 e 5 Gim deve ficar preso por pelo menos dois anos Previsão é de advogado amigo da família do ex-senador detido pela Lava Jato desde o dia 12 de abril Denúncia é do Sindicato dos Professores no Distrito Federal Governo Temer muda perfil de Paulo Freire na Wikipedia Rollemberg vai adotar Tarifa Frejat em ônibus circular de Taguatinga Cachoeira foi de mala e cuia para cadeia no Rio, mas acabou pegando prisão domiciliar

Jornal Brasília Capital 266

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Fernando Frazão / agência Brasil

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Ano VI - 266 - Brasília, 2 a 8 de julho de 2016

PELAÍ

Cachoeira, Friboi e a vaquinha

O Brasil viveu mais uma semana de série policial. De terça a sexta--feira, a Federal deflagrou, em se-quência, as operações Boca Livre, Saqueadores, Tabela Periódica e Sépsis. Dezenas de suspeitos fo-ram presos ou conduzidos coer-citivamente para prestar depoi-mentos, acusados de desviar mi-lhões dos cofres públicos. Entre eles, Carlinhos Cachoeira, Lucio Funaro e Adir Assad. Joesley Ba-tista, da Friboi, e Henrique Cons-tantino, da Gol, receberam a visi-ta da PF para cumprir mandado de busca e apreensão. Enquanto isso, a presidente afastada, Dilma Rousseff, faz vaquinha virtual pa-ra bancar suas viagens pelo país.

Adelmir não comparece e empresários reclamam

Filiados cobram atuação mais efetiva do

presidente da FecomércioPáginas 8 e 9

Página 3

Página 7

Página 10Páginas 4 e 5

Gim deve ficar preso por pelo

menos dois anosPrevisão é de advogado amigo da família do ex-senador detido pela Lava Jato desde o dia 12 de abril

Denúncia é do Sindicato dos Professores no Distrito Federal

Governo Temer muda perfil de Paulo Freire na Wikipedia

Rollemberg vai adotar Tarifa Frejat em ônibus circular de Taguatinga

Cachoeira foi de mala e cuia para cadeia no Rio, mas acabou pegando prisão domiciliar

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Brasilia Capital n Opinião n 2 n Brasília, 2 a 8 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

E x p E d i E n t E

C a r t a s

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Um clique. E pronto!Muito boa entrevista. Ela leu e falou do espólio abordado no jornal passado. Discordo dela quando disse que a principal função do Legislativo é a fiscalização. Greve na UnBOs docentes da UnB, em minha opinião, estão

equivocados na conduta em relação à greve até a volta da afastada. Tem é que construir pessoas e formar bons profissionais pra não termos que passar por isso.nLuís Sérgio Henrique, via Whatsapp

Dilma começa campanha Pouca vergonha. Essa

senhora e sua gangue acabaram com o País, deixaram milhões de desempregados e agora me vem com uma palhaçada dessas. Vai a pé ou de jumento. nWalney Raposo, via Facebook

Se ela tivesse feito um governo pelo menos

razoável não precisaria fazer campanha para nada, político quando necessita de campanha é porque não vale nada. nAdalberto Reis, via Facebook

STF revoga prisão de Paulo Bernardo Quero ver um ministro do STF se manifestar quanto

ao constrangimento das famílias que viram seu patrimônio indo ralo abaixo por causa das incessantes cobranças por descumprimento nos pagamentos, e, isto não por não querer pagar, mas sim pelo mercado abalado pelo desgoverno e roubos do PT. nCleo Sathler Spinola Dias, via Facebook

Vampiros no meio da curvaA r T i G o

Durante milênios, a Europa foi um campo de batalha. Tribos, clãs, feudos, con-dados, principados, im-périos, sectários das mais

diferentes crenças lutaram contínua e ferozmente entre si. Travaram guer-ras que às vezes chegaram a ser deno-minadas pelo seu tempo de duração: Guerra dos Trinta Anos, e ainda mais absurda, aquela que se prolongou pelo equivalente a qua-tro gerações, a Guer-ra dos Cem Anos. A partir do século XIX, em relação com o de-senvolvimento eco-nômico, particular-mente no campo dos armamentos, as guerras europeias começaram a des-cambar para o geno-cídio, que, como se sabe culminou com um holocausto.

Uma paz duradoura sempre pare-ceu impossível aos muitos europeus nascidos com a espada no gene. Mas al-gum tempo depois do encerramento da II Guerra Mundial (mais de cinquenta milhões de mortes e destruição daquilo que dezenas de gerações haviam cons-truído), alguns políticos inteligentes e de boa-vontade propuseram uma no-

Mario Pontes (*)

(*) Jornalista e escritor, autor de mais de uma dezena de livros, foi durante muitos anos editor do caderno literário do Jornal do Brasil.

va fórmula para assegurar a paz: unir as nações do continente – a começar pe-las mais poderosas – em torno dos inte-resses econômicos.

Com esse propósito, criou-se em 1949 a Comunidade Europeia do Car-vão e do Aço, que reuniu várias nações, entre as quais se destacavam França e Alemanha, os maiores e mais pertina-zes adversários do continente. Os bene-

fícios produzidos pelo acordo logo começa-ram a mudar a cabeça de povos e dirigentes, o que resultou na ade-são de vários países. Fortalecida, aquela primeira Comunida-de Europeia se torna-ria semente de várias outras.

A etapa seguinte começou, pois, com a criação da Comuni-

dade Econômica Europeia, mais conhe-cida como Mercado Comum Europeu, instrumento que desde sempre fora vis-to como uma utopia. O êxito da unifi-cação econômica abriu caminho para a criação de órgãos internacionais desti-nados a tratar de problemas políticos e questões jurídicas: o Parlamento Euro-peu, sediado em Estrasburgo; o Conse-lho de Ministros, em Bruxelas; e o Tri-bunal de Contas, em Luxemburgo.

Graças ao desenvolvimento eco-nômico, e sobretudo à decorrência de mais de meio século de paz – algo inédi-to na história do continente –, ser acei-to na Comunidade Europeia é hoje um sonho de nações consideradas periféri-cas. E de outra parte, um prato indiges-to para os ferrenhos nacionalistas da extrema direita, partidários do isolacio-nismo e sempre a fim de uma contenda. Sua campanha de destruição do siste-ma comum europeu acaba de conquis-tar a primeira vitória na Grã-Bretanha, onde uma escassa maioria decidiu pelo rompimento com o pacto comunitário.

Foi, no entanto, um plebiscito de re-sultados não de todo convincentes. Tan-to que menos de uma semana depois da apuração dos votos, mais de 3 milhões de arrependidos já pediam um novo re-ferendo: queriam corrigir o que agora consideravam erro. Mas, mesmo que os resultados de um segundo turno sejam diferentes, o rastilho do primeiro já cor-re com celeridade pela Europa, incen-diando corações e mentes de naciona-listas fanáticos, cujos sonhos, a História nos ensina, são sempre coloridos com o vermelho do sangue de vítimas incon-táveis.

Mesmo que os resultados de um segundo turno sejam diferentes,

o rastilho do primeiro já corre com celeridade pela Europa,

incendiando corações e mentes de nacionalistas fanáticos, cujos sonhos, a História nos ensina, são sempre coloridos com o

vermelho do sangue de vítimas incontáveis.

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Brasilia Capital n Política n 3 n Brasília, 2 a 8 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

Hoje, o STF acabou de matar, jogar por terra, a imunidade parlamentar. Todos nós, a partir de agora, teremos que ter cuidado quando subir na tribuna ou dar uma entrevista, porque o STF, em um caso específico, decidiu que um parlamentar vai ser punido por uma opinião”.

Com a eleição de Taques para governador em 2014, a vaga de senador caiu no colo de Medeiros, mas passou a ser reivindicada por Fiúza, cujo advogado alega erro (ou falsificação) na ficha de inscrição em 2010. Ele usa o material de campanha de Taques, que estampava o nome de Fiúza como primeiro suplente.

Senador José Medeiros (PSD-MT), lamentando a decisão do Supremo que tornou o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) réu por apologia ao estupro.

A frase no alto desta página foi pronunciada na semana passada, quando o senador José Medeiros subiu à Tribuna para defender o deputado Jair Bolsonaro, acusado pelo STF de fazer apologia ao estupro e à tortura. Para o matogrossense, “está existindo uma criminalização da opinião”.

A manifestação de Medeiros, porém, foi prontamente rebatida por todos os senadores presentes. Entre eles, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Esta, inclusive, parabenizou o STF. Ninguém defendeu Medeiros. Na Câmara, Bolsonaro submergiu esperando a poeira assentar. E no PSC subiu no telhado a candidatura presidencial do extremista de direita, que pode passar a ser “ficha-suja”.

Ao atacar o STF, Medeiros acabou despertando a discussão quanto à sua própria presença no Senado. No Tribunal Superior Eleitoral, voltou a discussão sobre a formação da chapa pela qual ele foi eleito em 2010. Ele era o segundo suplente de Pedro Taques (PSDB). O primeiro suplente era o latifundiário Zeca Viana (PDT).

Ocorre que Viana resolveu concorrer a deputado estadual e a coligação escolheu outro endinheirado para o seu lugar – o empresário Paulo Fiúza. Mas, no registro da chapa no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) , quem apareceu como primeiro suplente foi José Medeiros, que é policial rodoviário.

Em defesa de Bolsonaro

Falando sozinho

Mas o TSE vinha garantindo que vale o que está escrito, mantendo Medeiros no cargo. Pelo menos até ele iniciar os ataques aos magistrados do Supremo...

Cutucando o leão

Suplente por acaso

Erro ou falsificação?

Vale o que está escrito

Para um dos especialistas, caso seja condenado, Gim deve pegar uma pena de pelo menos 10 anos. Precisará cumprir 1/6 dela em regime fechado, o que daria em torno de dois anos até progredir para o regime semiaberto. Mas o advogado garante que o ex-senador já se adaptou à condição e tem boa convivência com os companheiros de cárcere. “Ele sofreu muito nos dez primeiros dias, mas já superou essa fase”, diz o causídico.

Entorno respira eleiçãoPartidos e coligações correm para

formalizar as chapas que disputarão as eleições municipais de outubro. No Entorno de Brasília, o instituto Exata OP fez uma pesquisa em Águas Lindas (GO) que apontou empate técnico entre o ex-deputado federal Ênio Tatico (PMDB) e o atual prefeito, Hildo do Candango (PSDB), respectivamente com 21% e 20% das intenções de voto. Ainda aparecem os pré-candidatos Túlio Santillo (DEM), com 15%, e Geraldo Messias (PTB), com 14%.

O coronel de Santo AntônioEm Santo Antônio do Descoberto, a

novidade é o coronel Mario Conde (PRP). Ele morou fora enquanto exerceu suas funções militares no Corpo de Bombeiros do DF, mas sua família – com a qual jamais perdeu o contato – é da cidade. Em Cristalina, o prefeito Luiz Carlos Attiè (PSD) trabalha para fazer seu sucessor o secretário de Saúde, Maks Louzada.

O purgatório de GimAdvogados que acompanham o caso do ex-senador Gim Argello (PTB-DF), preso desde o dia 12 de abril na operação Vitória de Pirro, 28ª etapa da Lava Jato, avaliam que ele ficará pelo menos dois anos atrás das grades. Gim é acusado de lavagem de dinheiro, corrupção passiva, organização criminosa, concussão e obstrução à Justiça.

Adaptação

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Brasilia Capital n Política n 4 n Brasília, 2 a 8 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

Cachoeira, Friboi e a vaquinha

O Brasil viveu mais uma semana de série policial, com incremento das

investigações, novas operações e prisões, e até vaquinha da presidente afastada Dilma Rousseff para bancar suas viagens pelo país. O rodo da Polícia Federal arrastou, entre outros, Carlinhos Cachoeira; o empresário Adir Assad; o diretor do Grupo JBS, dono da Friboi, Joesley Batista; e o doleiro Lucio Bolonha Funaro, operador do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). As acusações vão de corrupção e evasão de divisas à lavagem de dinheiro. Paulo Bernardo, ex-ministro de Lula e Dilma, passou seis dias na cadeia, sob a acusação de fazer parte do esquema que tirou milhões de reais de aposentados e pensionistas. Em outra frente, o empresário Antonio Carlos Bellini Amorim foi pego por desvios milionários na Lei Rouanet.

Operações da PF prendem gente graúda por suspeita de desviar ou lavar milhões de reais. Enquanto isso, Dilma faz campanha para

juntar R$ 500 mil e bancar viagens para “denunciar golpe”

Fernando Frazão / agência Brasil reprodução youtuBe

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Brasilia Capital n Política n 5 n Brasília, 2 a 8 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

Na terça-feira (28) a Polícia Fe-deral deflagrou a Operação Boca Li-vre, numa investigação que encon-trou irregularidades nas concessões de benefícios fiscais da Lei Rouanet, de incentivo à cultura. Um grupo te-ria desviado, desde 2001, aproxima-damente R$ 180 milhões dos cofres públicos. Segundo os primeiros re-sultados, o empresário Antonio Car-los Belini Amorim, do Grupo Bellini, usou a lei para pagar as despesas do casamento de seu filho, Felipe Amo-rim, que contou até com a apresen-tação de cantor sertanejo. Fotos e vídeos ilustraram as redes sociais acompanhados de comentários joco-sos e revoltados. Pai e filho estão pre-sos acompanhados de outros envol-vidos.Na quarta (29), o juiz Dias To-

ffoli, do Supremo Tribunal Federal, revogou a prisão do ex-ministro Pau-lo Bernardo. “Sou inocente e isso vai ficar demonstrado”, afirmou o mari-do da senadora Gleisi Hoffmann (PT--PR). Pego na Operação Custo Brasil, da Polícia Federal, ele foi acusado,

juntamente com um grupo integrado por dirigentes da empresa de tecno-logia Consist, de cobrar mais do que deveria nos empréstimos consigna-dos concedidos a servidores públicos e aposentados. A propina paga entre 2009 e 2015 teria chegado a cerca de R$ 100 milhões. Segundo o Ministé-rio Público Federal, a Consist repas-sava 70% desse faturamento para o PT e para políticos. A indignação foi geral. Ao ver a notícia na página do Brasília Capital no Facebook, a leito-ra Cleo Sathler Spinola Dias comen-tou: “Quero ver um ministro do STF se manifestar quanto ao constrangi-mento das famílias que viram seu pa-trimônio indo ralo abaixo por causa das incessantes cobranças por des-cumprimento nos pagamentos, e, is-to não por não querer pagar, mas sim pelo mercado abalado pelo desgover-no e roubos do PT”.No mesmo dia, a presidente

afastada Dilma Rousseff iniciou uma campanha a fim de arrecadar R$ 500 mil para bancar suas viagens aéreas. A iniciativa se deu a partir da decisão

da Casa Civil do governo interino de Michel Temer de restringir o uso, por Dilma, de aeronaves da FAB a ape-nas idas e vindas a Porto Alegre, onde tem apartamento e onde vivem seus familiares. Nas primeiras quatro ho-ras, a vaquinha virtual já havia arre-cadado R$ 70 mil.Na quinta-feira (30), duas no-

vas operações foram deflagradas. A primeira, Operação Saqueador, bus-ca suspeitos de lavagem de dinheiro. O contraventor Carlos Augusto Ra-mos, o Carlinhos Cachoeira, e o em-presário Adir Assad foram presos e vão cumprir prisão domiciliar. Ou-tro que teve o mandado de prisão expedido foi o ex-presidente da em-preiteira Delta, Fernando Cavendish, que está no exterior e já é considera-do foragido pelas autoridades. Eles são acusados de associação com uma quadrilha para usar empresas fan-tasmas com a finalidade de transfe-rir, via Delta, aproximadamente R$ 370 milhões. O valor teria sido obtido por meio de transações ilícitas con-tra a administração pública. O objeti-vo era o pagamento de propinas para agentes públicos.A segunda, chamada de Ope-

ração Tabela Periódica, é um desdo-bramento da Operação Recebedor, da Lava-jato, que apura fraudes nas construções das ferrovias Leste-Oes-te e Norte-Sul. A ação da PF e do Mi-nistério Público Federal ocorreu em Goiás e em oito estados. Foram cum-pridos 14 mandados de condução co-ercitiva e 44 de busca e apreensão. Essa operação decorre da delação premiada dos executivos da constru-tora Camargo Correia.Quando tudo parecia cami-

nhar para um fim de semana tran-quilo, na sexta-feira (1º/7) aconteceu mais uma ação da PF. Nominada de “Sepsis”, uma referência à doença sistêmica desencadeada a partir de uma infecção causada, na maioria das vezes, por bactérias, a operação prendeu Lúcio Bolonha Funaro, que seria o operador do presidente afas-tado da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB–RJ). A residência de Milton Lyra, lobista próximo ao pre-sidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), foi alvo de busca e apre-

ensão. Outras casas também recebe-ram a visita dos agentes, como a do empresário Joesley Batista, sócio do grupo JBS, e a de Henrique Constan-tino, da família controladora da em-presa aérea Gol. Ele é filho de Nenê Constantino.Foram cumpridos 19 manda-

dos de busca e apreensão, além da prisão preventiva de Funaro. Essas ações foram autorizadas pelo minis-tro do STF, Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo. A solicitação foi feita pela Procuradoria Geral da República. A investigação se dá pelo suposto esquema de pagamento de propina para liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FG-TS (FI-FGTS). A base dessa operação são as delações de Fábio Cleto, ex-vi-ce-presidente de Fundos do Governo e Loterias da Caixa Econômica Fede-ral, e de Nelson Mello, ex-diretor da empresa Hypermarcas. Em São Pau-lo também foram cumpridos manda-dos na Eldorado, empresa de celulo-se da J&F Investimentos, do Grupo JBS, dono da Friboi.

Em meio a toda confusão, foi divulgada mais

uma Pesquisa Ibope, encomendada pela

Confederação Nacional da Indústria (CNI), na quinta-

feira (30). Apenas 13% dos brasileiros aprovam o governo do presidente interino, Michel Temer.

O levantamento apontou que 31% aprovam sua maneira de governar e

27% confiam em Temer. Em março, quando Dilma Rousseff ainda estava no

poder, sua aprovação era de 10%. A maneira de governar da petista era aprovada por 14%,

enquanto 18% confiavam em sua palavra.

C a p í t u l o a C a p í t u l o

Cachoeira foi de mala e cuia para prisão no Rio de Janeiro,

suspeito de participar da lavagem de R$

370 milhões; Joesley Batista é investigado pela PF no esquema

de fraudes nas construções das

ferrovias Leste-Oeste e Norte-Sul; e Cunha

teve seu suposto operador (de propinas)

preso pela PF

Temer é 13lula Marques / agência pt

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carlos gandra / cldF

Brasilia Capital n Política n 6 n Brasília, 2 a 8 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

Toma que o Uber é teu

Os deputados distri-tais transferiram para o governa-dor Rodrigo Rol-

lemberg a decisão de limitar ou não o número de veículos que poderão operar em Bra-sília com aplicativos de re-de, como o Uber. Na noite de terça-feira (28), eles aprova-ram em segundo turno e re-dação final o Projeto de Lei 777/2015, do Executivo, que regulamenta o transporte de passageiros por esse tipo de veículo. O texto foi para a sanção do Executivo.

Pela proposta, os taxistas poderão pegar passageiros fora dos pontos previstos para o embarque e pode-rão usar o Uber ou aplicati-vos similares – o motorista poderá desligar o taxíme-tro e atender pelo aplicati-

vo. Também foi liberado o serviço de táxi executi-vo e o UberX (modalidade mais popular do aplicati-vo). O acordo para a vota-ção passou pela aprovação da emenda 82, de vários dis-tritais, que fixa um prazo de 90 dias, após a publica-ção da nova lei, para o GDF regulamentar o controle e estabelecer o limite do sis-tema de transporte de pas-sageiros por veículos que operam com aplicativos de rede.

Os distritais também acataram emenda que per-mite o cadastro de até dois motoristas por veículo e in-seriram um artigo obrigan-do os motoristas do sistema a comprovarem tempo mí-nimo de residência no DF de três anos. Depois de intensos debates, a presidente Celina Leão aprovou a matéria, embora cedendo em alguns pontos

Distritais aprovam uso de aplicativos de transporte. Pepino sobre número de veículos é de Rollemberg

LDO estima receita de R$ 31,49 bi para 2017A Câmara Legislativa entrou em

recesso na quinta-feira (30) após vo-tar dezenas de projetos dos distritais e do Executivo e a Lei de Diretrizes Orçamentárias. A LDO estima recei-ta de R$ 31,49 bilhões para 2017 e segue para sanção do governador Rodrigo Rollemberg. Segundo a Se-cretaria de Planejamento, Orçamen-to e Gestão, responsável pela elabo-ração da proposta, as despesas com pessoal e encargos sociais devem atingir R$ 21 bilhões. Esse valor não leva em conta os gastos com a segu-rança pública, custeada pelo Fundo Constitucional do DF, mantido pela União.

Pela LDO, haverá R$ 7,93 bilhões de transferência ao Fundo para pa-gamento de pessoal, manutenção e

investimentos da área de segurança, além de R$ 7,11 bilhões para manu-tenção e funcionamento da admi-nistração pública. Os investimentos gerais terão apenas R$ 1,85 bilhão.

O texto prevê a possibilidade de concursos para algumas áreas e rea-justes para diversas carreiras. Entre as categorias contempladas estão: agentes de trânsito do Detran; assis-tentes de educação e pedagogos da Secretaria de Educação; defensores públicos e analistas de apoio à assis-tência judicial da Defensoria Públi-ca; cirurgiões-dentistas e técnicos de enfermagem e enfermeiros da Secretaria de Saúde; e profissionais de suporte do Metrô.

Liberou geral – Outro projeto

aprovado, da presidente da Casa, Celina Leão, autoriza o funciona-mento do comércio aos domingos e feriados. Para a Federação dos Tra-balhadores no Comércio e no Setor de Serviços do DF, haverá perdas para o trabalhador, como o fim da remuneração de 50% sobre a hora normal para os que cumprirem jor-nada aos domingos. Celina admite retificar o projeto caso haja violação dos direitos trabalhistas.

O presidente da Câmara dos Di-rigentes Lojistas (CDL), Álvaro Sil-veira Júnior, defendeu a medida: “A abertura aos domingos não tira o direito dos trabalhadores porque somos obrigados a dar folga no séti-mo dia. Quem funciona de domingo a domingo precisa de 20% a mais de

trabalhadores, o que gera mais em-pregos”.

Também foi aprovado em segun-do turno o projeto de lei comple-mentar 72/2016, que dá até 30 de ou-tubro para os comerciantes da Asa Sul regularizarem os puxadinhos.

OSs – Celina criticou o GDF por enviar propostas em cima da hora. Algumas delas só serão apreciadas a partir de agosto, como o Projeto de Lei nº 1.192/2016, de vários deputa-dos, que revoga a Lei nº 4.081/2008, que regulamenta a contratação das Organizações Sociais (OSs). A pro-posta foi aprovada em primeiro tur-no, mas um grupo de deputados se retirou do plenário, inviabilizando a votação definitiva.

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Brasilia Capital n Cidades n 7 n Brasília, 2 a 8 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

Fortalecer a atenção pri-mária em saúde, a fim de tornar eficiente o atendi-mento na rede pública, e

ampliar a cobertura em centros de saúde e Unidades de Pron-to Atendimento (UPAs) de 30,7% para 62% até 2018. Estas são as metas do programa Brasília Sau-dável, apresentado pelo Gover-no na terça-feira (28). Para isso, o Executivo pretende recorrer a parcerias com as chamadas Or-ganizações Sociais (OSs).

Para o GDF, se aprovado, o pro-jeto de lei tornará mais claras as regras para a qualificação des-sas entidades, aperfeiçoará e dará mais transparência à Lei Distrital nº 4.081/ 2008, que traz essa possi-bilidade de parceria. Uma das jus-tificativas do governo é de que es-sa ferramenta de gestão permite, por exemplo, o reabastecimento de medicamentos e o conserto de equipamentos hospitalares com mais rapidez, já que não haveria necessidade de licitação (bastante morosa) para essas compras.

O governo nega que a inten-ção seja privatizar equipamen-tos públicos, mas, sim, moder-nizá-los por meio das parcerias, tornando-os mais eficientes, pro-porcionando retornos mais satis-fatórios à população. No entan-to, o projeto já encontra muita resistência.O deputado distri-tal, Ricardo Valle (PT) protocolou Proposta de Emenda à Lei Orgâ-nica (Pelo nº 43/2016) para tentar impedir, em definitivo, que os go-vernadores possam fazer parce-rias com as OSs na gestão da Saú-de do DF. Ele defende que cabe ao Estado a responsabilidade de gerir, por meio de recursos pró-prios e de forma direta, a saú-de pública, o que inclui o custeio

com os servidores subordinados à Secretaria de Saúde.

Em maio, a Câmara Legislativa debateu o tema em comissão ge-ral. Servidores e sindicalistas con-denaram duramente a proposta, criticada também por vários depu-tados. “Estão sucateando a saúde para justificar a contratação das Organizações Sociais. Não tenho notícia de nenhum estado da Fede-ração que tenha contratado OSs e que tenha dado certo”, reclamou Chico Vigilante (PT). E completou: “A OS é um monstro pior do que a terceirização. A gente nem sabe quem é o dono”.

O presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura, Regi-naldo Veras (PDT), afirmou que, após avaliar a matéria, rejeita a proposta do GDF: “Com as OSs, o Estado e a população ficam reféns do ofertante, que recebe per capi-ta, sendo frequentes os aditamen-tos de contratos; o atendimento passa a ser seletivo e limitado; e as relações de trabalho são precariza-das, com perseguições aos traba-lhadores e remunerações baixas”.

A presidente do Sindicato do SindSaúde, Marli Rodrigues, con-tou ter visitado hospitais geridos por OSs em vários estados e ter visto “roubalheira” em todos eles. “Só terceirizam para roubar”, con-cluiu. Outro foco de oposição par-tiu do Ministério Público de Con-tas do DF. O órgão quer que sejam investigadas irregularidades em processos de qualificação como Organização Social de três entida-des, que pretendem atuar na área da saúde. Para o MPC, existem in-dícios de contratação de “empre-sas” que recebem recursos e bens para prestarem serviços, sem que tenham experiência ou fiscaliza-ção efetiva.

Rollemberg apostanas Organizações Sociais na Saúde

Na terça-feira (28), o arti-go que traz a biografia do educador Paulo Freire na Wikipedia – enciclopédia

livre e gratuita – foi alterado com in-formações que atribuem a ele a ori-gem da “doutrinação marxista” nas escolas e universidades. Um grupo que monitora as alterações em pági-nas da Wikipedia identificou que as mudanças partiram de uma rede do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). No verbete edita-do, consta que Freire participou da última grande reforma da legislação educacional que resultou em um en-sino “atrasado, dou-trinário e fraco”.

Em nota, o Ser-pro, empresa de tecnologia da infor-mação do governo federal, disse que a alteração não partiu de suas instalações, mas de um órgão público federal que não pode ter o nome divulgado por ques-tões contratuais. O Serpro administra a rede que provê acesso à internet tanto em instalações do próprio ór-gão como em instituições públicas em todo o país.Repúdio – A diretoria colegiada do Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro) repudiou veemente-mente o fato, alertando que atitudes como esta representam um golpe à democracia. “O que há por trás disso tudo é a tentativa de grupos reacio-nários em amordaçar os docentes e desqualificar educadores, no sentido de instituir uma escola sem debates

Governo golpista altera perfil de Paulo Freire na WikipediaSindicato dos Professores no Distrito Federal repudia o ato

políticos, sem movimento estudantil, sem análise histórica, pluralidade de ideias, questionamentos e críticas dos estudantes. Querem voltar aos tempos da ditadura, além de com-prometer de forma significativa a busca por uma escola pública de qua-lidade”, afirmam os dirigentes.

O Sinpro acredita, assim como Paulo Freire, que é a partir da plura-lidade de ideias, de uma aula alicer-çada em debates abertos e no respei-to à democracia que teremos uma sociedade crítica, contextualizada e plural.Obra – A principal obra do educa-

dor pernambucano Paulo Freire, “Peda-gogia do Oprimido” (1968), é a terceira mais citada mun-dialmente em tra-balhos da área de humanas, segundo um levantamento realizado no Google Scholar, ferramen-ta de pesquisa de-dicada à literatura acadêmica. O peda-gogo também é refe-rência nacional nas pesquisas da área.

Para o diretor pedagógico do Insti-tuto Paulo Freire (IPF), Paulo Roberto Padilha, esse tipo de ação é uma ten-tativa de doutrinar leitores que não conhecem a história do educador. “O que está publicado é um absur-do, uma aberração política e peda-gógica, não corresponde à verdade. Paulo Freire queria uma educação que libertasse a pessoa, para que se tornasse uma pessoa crítica, capaz de questionar qualquer doutrinação”, afirma.

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aline liano / sindivarejista

Brasilia Capital n Cidades n 8 n Brasília, 2 a 8 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

Naquela mesa faltou eleN

a mesa onde se sentaram os prin-cipais empre-sários que com-

pareceram ao almoço de lançamento da Frente Parla-mentar em Defesa do Comér-cio Varejista, segunda-feira (27), no restaurante do Clube de Golfe, o personagem cen-tral estava do outro lado do mundo. De férias em Abu-Dhabi, nos Emirados Árabes, a mais de 12 mil quilômetros de Brasília, o presidente da Federação do Comércio, Adelmir Santana, era ques-tionado por não ter sido ele o autor da iniciativa capitane-ada pelo presidente do Sindi-cato do Comércio Varejista, Edson de Castro.

Alguns dos empresários, pedindo para não serem identificados, chegaram a dizer que a Fecomércio ne-cessita de renovação. “O Adelmir é um batalhador, mas talvez esteja cansado ou mesmo acomodado”, avaliou um comerciante do ramo de vestuário. O outro lembrou que Santana está no cargo há 15 anos – foi eleito pela pri-meira vez em 2001 –, e nesse período passou a acumular o comando do Sesc, do Senac e do Instituto Fecomércio.

Graças a uma mudança no estatuto da entidade, que é filiada à Confederação Na-cional do Comércio (CNC) – leia De onde vem o dinheiro - Adelmir já teve um mandato de três anos estendido para seis e obteve duas reeleições.

A atual gestão vence dentro de dois anos e, a menos que consiga alterar novamente as regras, não poderá pleite-ar a permanência na função.

O Brasília Capital tentou identificar como funcionam os 26 sindicatos eleitores da Fecomercio (veja quadro). Pelo menos um terço deles é identificado, de forma irôni-ca, como “sindicatos de pas-tinha”. É uma alusão à pou-quíssima representatividade de suas bases, enquanto to-das as funções cabem dentro da pasta executiva de seus presidentes.

O Sindevídeo (Sindicato das Empresas de Videoloca-doras), em tese, defende os interesses de um segmen-to extinto. Já o telefone do Sindeventos (Sindicato das Empresas de Promoção, Or-ganização, Produção e Mon-tagem de Feiras, Congressos e Eventos) está programado para não receber chamadas.

Da lista de filiados à Fe-comércio ainda fazem parte instituições que aparente-mente defendem os mesmos interesses. Exemplos disso são o Sindesei (Sindicato das Empresas de Serviços de In-formática), com 18 filiados, e o Siese (das Empresas de Sis-temas Eletrônicos), que reú-ne 40 associados O Sindiauto (do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios diz representar 1.200 empresas do setor. No entanto, apenas 20 assinaram sua ficha de fi-liação.

O Sindivarejista é um dos 26 sindicatos filiados à Feco-mércio. Por isso, os empresá-rios dos mais diversos setores avaliam que a Frente Parla-mentar teria muito mais peso se reunisse todos os segmen-tos. Edson de Castro roubou a

Empresários presentes a evento do Sindivarejista cobram atuação mais eficaz do presidente da Fecomercio

cena ao desabafar, diante de sete dos dezesseis deputados distritais que integram o cole-giado: “Os políticos só procu-ram os empresários em épo-ca de eleição, pedindo votos e de apoio financeiro. Depois de eleitos, somem”.

A partir da instalação da Frente, Castro acredita que o setor varejista pode se for-talecer, passando a gerar mais empregos e renda. Ele ainda cobrou mais seguran-ça para as 28 mil lojas de rua e de shoppings estabe-

lecidas no Distrito Federal. “Agora teremos um foro pa-ra debater os problemas que atingem os empresários, no qual buscaremos encontrar soluções, com o apoio da Câ-mara Legislativa.

Edson de Castro anunciou a criação, dentro do site www.sindivarejista.com.br, de uma ferramenta para que os lojis-tas entrem em contato com os 24 deputados distritais e apresentem e acompanhem o atendimento de suas reivindi-cações. “Os empresários dese-

Andorinha que faz verão

Edson de Castro aproveitou o lançamento da Frente Parlamentar do Varejo para cobrar atenção dos deputados distritais aos empresários do DF

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Brasilia Capital n Cidades n 9 n Brasília, 2 a 8 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

sindicatos filiados à fecomércio

SINCOFARMASindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos

SINDIAUTO Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis e Acessórios

SINDIGÊNEROS Sindicato do Comércio Varejista de

Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e PlantasSINDIÓPTICA

Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico e FotográficosSINDIPEL

Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria

SINDIVAREJISTA Sindicato do Comércio Varejista

SINDMAC Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção

SCAAB Sindicato do Comércio Atacadista de Álcool e Bebidas em geral

SINDIATACADISTA Sindicato do Comércio Atacadista

SECOVISindicato das Empresas de Compra, Venda, Locaçãoe Administração de

Imóveis Residenciais e ComerciaisSEPEBC

Sindicato das Empresas Prestadoras de Serviços e Especializadas em Bombeiro Civil

SIESE Sindicato das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança

SINCAABSindicato dos Salões de Barbeiros, Cabeleireiros,

Profissionais Autônomos na área da beleza e instituto de beleza para Homens e Senhoras

SINDAUTO Sindicato das Auto e Moto Escolas e Centro de Formação de

Condutores Classes “A”, “B” e “AB”SINDERCOM

Sindicato das Empresas de Representações dos Agentes Comerciais Distribuidores, Representantes e Agentes Comerciais Autônomos

SINDESEISindicato das Empresas de Serviços de Informática

SINDEVENTOSSindicato das Empresas de Promoção, Organização, Produção e

Montagem de Feiras, Congressos e EventosSINDHOBAR

Sindicato de Hoteis, Restaurantes, Bares e Similares de BrasíliaSINDICONDOMINIO

Sindicato dos Condomínios Residenciais e ComerciaisSINDILAB

Sindicato dos Laboratórios de Pesquisas de Análises ClínicasSINDILOC

Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos AutomotoresSINDILOTERIAS

Sindicato das Empresas de Loterias, Comissários e ConsignatáriosSINDISUPER

Sindicato dos SupermercadosSINFOC

Sindicato dos Fotógrafos e Cinegrafistas Profissionais AutônomosSINDFEIRA

Sindicato dos FeirantesSINDVAMB

Sindicato do Comércio de Vendedores AmbulantesSINDEVIDEO

Sindicato das Empresas de Vídeo Locadoras

Naquela mesa faltou eleSegundo informações do

site da Fecomércio-DF (http://www.fecomerciodf.com.br/associativa/), a base legal pa-ra a contribuição patronal es-tá especificada no artigo 578 e seguintes da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), destacando-se as seguintes:

•São as contribuições devidas aos sindicatos que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais re-presentadas pelas referidas entidades.

•É devida por todos aque-les que participarem de uma determinada categoria eco-nômica ou profissional, ou de uma profissão liberal

•Deve ser recolhida em fa-vor do sindicato representa-tivo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo este, deve ser recolhido à Federa-ção correspondente à mesma categoria econômica ou pro-fissional.

•Deve ser recolhida ape-nas uma vez no ano.

•A base de cálculo para o recolhimento é uma im-portância proporcional ao capital social da firma ou empresa.

•As entidades ou institui-ções que não estejam obri-gadas ao registro de capital social, estão obrigadas ao re-colhimento da Contribuição Sindical.

Empresários presentes a evento do Sindivarejista cobram atuação mais eficaz do presidente da Fecomercio

jam saber o que os deputados estão fazendo pelo comércio e, assim, haverá um acompa-nhamento do trabalho legisla-tivo de cada um”, disse.

O presidente do Sindiva-rejista afirmou que há no DF, por diferentes razões, mais de duas mil lojas fechadas e pelo menos 1.200 salas comerciais desativadas. Os principais motivos citados por ele são alugueis fora da realidade, queda nas vendas, inseguran-ça, elevada carga tributária e falta de estacionamentos.

“O Poder Legislativo e os empresários devem buscar soluções para reverter o ce-nário”, afirmou Castro para a platéia de mais de mais de 200 empresários, políticos e assessores do governo de Bra-sília. “Todos temos responsa-bilidade e preocupação com os rumos da economia de Brasília. O momento exige se-riedade, objetividade e criati-vidade para a superação dos impasses”, completou.

Compareceram ao almoço do Sindivarejista os deputa-

dos Chico Vigilante e Wasny de Roure, do PT; Sandra Fa-raj (SD); Agaciel Maia (PR); Raimundo Ribeiro (PSDB), Telma Rufino (sem partido), Rodrigo Delmasso (PTN) e Joe Vale (PDT), que está li-cenciado para a Secretaria do Trabalho. Também esta-va presente o administrador de Taguatinga, Ricardo Lus-tosa. O governador Rodrigo Rollemberg foi representado pelo secretário adjunto de Articulações Políticas do GDF, Igor Tokaski.

De onde vem o dinheiro

Edson de Castro aproveitou o lançamento da Frente Parlamentar do Varejo para cobrar atenção dos deputados distritais aos empresários do DF

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reprodução / Whatsapp

getúlio roMão

taguatinga

Brasilia Capital n Cidades n 10 n Brasília, 2 a 8 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

O DFTrans vai implantar uma linha circular com tarifa de R$ 1 - ideia lançada na cam-panha de 2014 pelo candida-

to do PR, Jofran Frejat - nas avenidas Comercial e Samdu de Taguatinga. O Departamento de Trânsito (Detran) deverá concluir, no máximo em 15 dias, a sinalização da cidade para me-lhor orientação de motoristas e pedes-tres sobre as mudanças adotadas com o sistema binário implantado desde o dia 3 de junho.

As medidas foram acordadas du-rante audiência pública, na segunda--feira (27), com os órgãos do governo de Brasília e a comunidade. O encon-tro foi organizado pela Câmara Legis-lativa por iniciativa da presidente da Casa, Celina Leão (PPS). Mais de 300 pessoas lotaram o auditório Paulo Au-tran, do Sesc de Taguatinga Norte.

Além da linha de ônibus circular e da sinalização, os moradores também pediram – e o Governo concordou – o aterramento imediato da fiação elé-trica e a revitalização das calçadas. Se-gundo o representante do Movimento Taguatinga Unida (Movitu), Ronald Filgueiras, essas adaptações são fun-damentais para que não haja retro-cesso na medida (sistema binário) por descumprimento de etapas, como o atendimento das exigências da socie-dade durante as audiências públicas.

O diretor do Conselho de Saúde lo-cal, Ronaldo Seggiaro, manifestou pre-

Rollemberg vai adotar tarifa Frejat

A partir de sábado (2), na 1ª Oficina de Mobiliza-ção Social, das 15h às 18h, a população do Recanto das Emas poderá conhecer o Centro de Artes e Espor-tes Unificados (CEU), na Quadra 113, e começar a escolher os nomes que re-presentarão a comunidade no grupo gestor responsá-vel pela Administração Re-gional. A forma de eleição será definida ao longo das outras oficinas que ocorre-rão no CEU, em julho, agos-to e setembro. O grupo será formado por 18 voluntários — seis líderes comunitá-rios, seis representantes da sociedade civil organizada (ONGs e associações) e seis do governo de Brasília.

ocupação com a queda no movimento do comércio e o aumento do desem-prego. “Claro que existe a crise econô-mica, mas ficou evidente que a dificul-dade para estacionar está afastando clientes das lojas “, disse ele, após uma reunião, quarta-feira (29), com o sub-secretário de Movimentos Sociais e Participação Popular do Distrito Fede-ral, Acilino Ribeiro.

Túnel – Várias lideranças comunitá-rias locais aproveitaram o encontro com os deputados e com os assessores do governo para reforçar sua preocu-pação com a construção do túnel no centro de Taguatinga. O administra-dor regional, Ricardo Lustosa, admite promover novas audiências públicas para debater o assunto. “Se for o caso,

poderíamos fazer até um plebiscito”, disse Seggiaro, empolgado com a mo-bilização dos moradores e exibindo uma faixa com a frase “Taguatinga exi-ge respeito”.

Ricardo Lustosa destacou que o sistema binário tomou contornos de irreversibilidade. Segundo ele, as 350 pessoas presentes no evento de se-gunda-feira (27) responderam a uma pesquisa informal e 70% se declara-ram favoráveis à medida e apenas 30% disseram ser contra a mão única na Samdu e na Comercial. O detalhe que pondera Seggiaro é que, entre os apoiadores das mudanças, tem sem-pre a ressalva de que elas precisam ser sucedidas das adaptações necessárias para reduzir os transtornos que vem causando.

Maria Gabbriela Veras

Mais de 300 pessoas lotaram o auditório Paulo Autran, do Sesc, na segunda-feira (27)

recanto das eMas

Artes e esportes chegam à cidade

Com a estimativa de 299 mil desempregados — 9 mil a mais do que em abril —, o desemprego total em Brasí-lia aumentou para 18,9% em maio. Os números resultam do aumento insuficiente da quantidade de ocupações (11 mil ou 0,9%) em relação ao de pessoas que entraram no mercado de trabalho (20 mil ou 1,3%). Outras 15 mil pes-soas desempregadas — mu-lheres e filhos — se lançaram no mercado em busca de uma atividade remunerada.

Desemprego atinge 18,9%

Ronaldo Seggiaro apoia as mudanças no trânsito mas exige as adaptações reivindicadas pela população. E levou uma faixa com o recado às autoridades

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divulgação

divulgação

Brasilia Capital n Geral n 11 n Brasília, 2 a 8 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

Amantes da leitura garantem 32ª edição

Em ano difícil com relação à ob-tenção de recursos, a 32ª edi-ção da Feira do Livro de Bra-sília não terá patrocinadores

oficiais, mas foi confirmada graças ao espírito de colaboração dos amantes da leitura, a começar pela venda de es-paços nos estandes. A feira acontecerá de 16 a 24 de julho, no Centro de Con-venções, com homenagens aos profes-sores. A entrada é franca.

Estão confirmados os escritores Miriam Leitão, Frei Beto, Leonardo Boff e Vladimir Netto. Este, que é fi-lho de Miriam Leitão, autografará o li-vro “Lava Jato”, que está na lista dos mais vendidos desde o lançamento em Curitiba (PR) com a presença do juiz Sérgio Moro.

A feira contará com a participa-ção de diversos autores em saraus literários e mesas-redondas. Have-rá sessão de autógrafos e bate-papo com os escritores. Os professores Es-ther Grossi, José Pacheco e Gina Viei-ra Ponte serão homenageados. Gina atua em Ceilândia, onde desenvolve

O professor Elício Pontes (foto), falecido em abril deste ano, será um dos homenageados na 32ª Feira do Livro de Brasília. Era um apaixona-do pela Educação e, no fim da vida, dedicava-se à poesia e ao desenvol-vimento do gosto pela literatura en-tre os jovens da capital da República, com projetos em comunidades ca-rentes.

Publicou quatro livros de poesias: Corpos Terrestres, Corpos Celestes

O terapeuta, jornalista e filósofo Rex Thomas (foto) lançou, sábado (25), no restau-rante Carpe Diem, do Brasília Shopping, o livro Arte de Ser e Viver. A obra é um mapa sim-ples com atalhos para guiar e apoiar a jornada de autorrea-lização e bem-estar. “O seu dia começa quando você acorda, independentemente do ho-rário. Nunca é cedo, nunca é tarde, é simplesmente o seu tempo. A sua jornada de au-torrealização e bem-estar co-meça apenas com a sua per-missão. O passo atual é o mais importante e não há o último passo”, afirma Thomas. Cria-dor das técnicas Cosmologia Transpessoal, Nexus Program e Nexus Therapy, com aplica-ções práticas e terapêuticas das leis da física quântica, Rex Thomas viaja o Brasil e o mun-do ministrando cursos, pales-tras e workshops, vivências e atividades voltadas a desper-tar a paz interior, o bem-estar e a evolução humana. “Com a sua permissão e dedicação na reflexão e prática do conteú-do deste livro, você perceberá a real mudança na sua vida; seja com relação aos desafios nos relacionamentos, seja em relação ao trabalho ou outra área da sua vida, como a saú-de física, mental ou emocio-nal”, ensina.

FEIRA DO LIVRO

o projeto Mulheres Inspiradoras. Mas não apenas autores de mídias

tradicionais, como livros, participa-rão da 32ª edição. Também acontece-rá o 1º Encontro de Blogueiros Literá-rios, que vão falar sobre a literatura para a juventude. A bibliotecária Clei-de Soares, membro da comissão de organização, conta que haverá apre-sentações de música e dança e um sa-rau especial com o Rapel que integra o rap e o cordel. O evento contará com

caravanas de estudantes de escolas públicas do DF.

A Academia Taguatinguense de Letras, o Colégio Alub, o Sebinho e o Senac já reservaram seus espa-ços, assim como a Câmara do Livro e o Sindicato dos Escritores, ambos do DF. A OAB promoverá, a partir da obra do jornalista Vicente Vilardaga, a discussão Literatura e Justiça sobre o caso do médico Roger Abdelmassih e a cultura do estupro.

Zilta Marinho

(2001), Os Olhos do Tempo (2009), Metade de Mim é Verso (2011) e Eterno Fini-to (2014). Natural de Nova Russas, no Ceará, mudou--se para Crateús aos cinco anos. Na feira da cidade, gostava de escutar canta-dores e poetas populares e de ler romances de cordel para quem frequentava o lugar.

Em Brasília, além das aulas e ati-

vidades na Faculdade de Educação da UnB, gostava de participar da vida cul-tural da cidade, frequen-tando saraus e eventos li-terários. Esse prazer o fez desenvolver, juntamente com a namorada Olívia Maia, um projeto para jo-vens carentes do Varjão e

do Paranoá, denominado “Ler e Es-crever: Alegria e Prazer”.

Poeta Elício Pontes será um dos homenageados

Juiz Sérgio Moro entre Miriam Leitão e Vladimir Netto: Lava Jato é sucesso também em livro

Rex Thomas lança Arte de Ser e Viver

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Brasilia Capital n Geral n 12 n Brasília, 2 a 8 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

O romantismo, a busca por um príncipe ou uma princesa, um (a) parcei-ro único, especial e per-feito, a ilusão de que

sempre encontraremos alguém para nos fazer felizes para sempre, são ide-ais que tiveram suas origens nos con-tos de fada que costumávamos ouvir na infância. Contudo, os contos de fa-da não levam esse nome por acaso. Do contrário, seriam contos huma-nos. E nenhum conto de fada contou até hoje a história do pós – o famoso “felizes para sempre”.

Eis porque levamos para a vida duas ilusões que podem prejudicar a nossa realidade no transcurso da vi-da adulta. A primeira, de que somos uma metade em busca da outra meta-de; a segunda, a de que, ao encontrar alguém para amar, encontramos o passe para “sermos felizes para sem-pre”. Em função dessas duas crenças, jovens e adultos passam acumulando histórias de decepções e frustrações amorosas ao longo da vida.

A forma como as histórias são contadas para as crianças muitas ve-zes as faz crescer achando que são

metades e que a sensação da comple-tude só é possível quando se encontra uma alma gêmea, o que seria sinôni-mo de felicidade. Por isso, crescemos com a noção de que só um outro pode nos fazer feliz. Ledo engano, eu diria.

Inicialmente, precisamos desmi-tificar a primeira crença, segundo a qual somos seres incompletos. Preci-samos nos entender como um ser in-teiro, tendo tudo de que precisamos para ser felizes no nosso interior. Pa-ra vivermos bem, precisamos apren-der a nos conhecer, a nos aceitar e a

nos transformar em pessoas melho-res. Passar a ter prazer com a nossa própria companhia e nos orgulhar-mos de quem somos, de quem nos tornamos e admirarmos a nossa ca-minhada de vida.

A partir de então teremos uma verdadeira autoestima. E nada co-mo uma boa autoestima para atrair outras coisas boas também. E, sim, é possível viver bem e feliz sem encon-trar um grande amor. No entanto, é necessário ter boas relações que de-em sentido à vida.

Existem pessoas que vão encon-trar parceiros para aprenderem jun-tos a partilhar uma felicidade em co-mum. É importante relembrar que a segunda ilusão, citada neste texto, é acreditar que achar quem se ama é sinônimo de felicidade. Isso por-que os amores encontrados, na sua maior parte, são muito diferentes, o oposto do que propõe a ideia de al-ma gêmea.

Por isso, buscar a felicidade a dois é trabalho duplo e redobrado, pois se relacionar não é difícil, mas con-seguir ter um relacionamento sau-dável e que traga alegrias para si e para o mundo não é um conto de fa-das; é um desafio diário.

De toda forma, o sentido da nossa vida sempre está na sabedoria em li-darmos conosco e com as nossas re-lações, sejam elas amorosas (amor romântico) ou não.

Aconselho achar seu sentido, an-tes de achar um amor.

(**) Psicóloga, psicodramatista, terapeuta sexual, palestrante, especialista em Brainspotting e EMDR.

A vida só tem um sentido quando encontro um amor?

Passando meus pecados a limpo!

(*) Fernando Pinto é jornalista e escritor

O dinamarquês Soren Kierkegaard foi o pri-meiro filósofo a defi-nir o que vem a ser An-gústia Existencial, que

é inerente ao ser humano, dado que não nos é permitido saber nada acer-ca do futuro. Trocando em miúdos, a expressão se resume a um balanço geral para “prestação de contas” de nossas atitudes, diante do que a Igre-ja Cristã identifica como Ato de Con-trição, na autoavaliação de nossas faltas agravadas como “pecados”. E pelo visto não perturba a consciên-cia dos mais jovens e sim dos que es-tão bem acima do que Sartre chama-va de “a idade da razão”, aliás, como é o meu caso.

Sendo assim, ultimamente, con-tinuo indagando o que fiz de errado nesta já minha longa vivência, refe-rendada nos Sete Pecados Capitais, condenados pelas leis cristãs: Luxú-ria, Gula, Avareza, Ira, Soberba, Vai-dade e Preguiça. Sinceramente, em

meu autojulgamento, me perdoei em quase todos, menos no item da Gu-la. Mas como passei fome em minha adolescência, me perdoei, advogando o argumento de defesa da “compen-sação”.

No entanto, me coloquei esponta-neamente no banco dos réus, indicia-do num pecado que não está relacio-nado nessa lista dos sete: a Jogatina. Francamente, não resisto à tentação

diante de uma roleta, de um bara-lho ou dos chamados jogos de azar. E diga-se que nunca tive sorte nessas práticas de perder dinheiro. Mesmo ciente da validade da teoria das pro-babilidades, do matemático francês Blaise Pascal, de que a vantagem é de quem banca as 999 chances contra 1 do otário que arrisca (eu) -, continuo perseguindo, em vão, a Mega Sena e a milhar da vaca no Jogo do Bicho.

Desconfiado de que esse vício im-pediria meu ingresso ao Paraíso no Julgamento Final, alimentei a espe-rança de escapar, ao descobrir, sur-preso, que os santificados também gostam de fazer uma fezinha. Isso aconteceu em Uberaba, quando meu saudoso amigo Francisco Xavier me entregou uma pequena quantia e me pediu (em absoluto segredo) que jo-gasse em determinada milhar da Lo-teria Federal. Acreditando que seria sócio majoritário dos lucros, quadru-pliquei o valor numa poule em sepa-rado, grana que seria embolsada por mim. No dia seguinte, deu zebra. In-conformado, perguntei ao Chico o que tinha acontecido de errado. A res-posta saiu rebocada no seu doce sor-riso:

- Os espíritos iluminados não in-terferem em jogos de azar!

Fernando Pinto (*)

Fernanda SamPaio (*)

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Brasilia Capital n Geral n 13 n Brasília, 2 a 8 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

MARCELO RAMOSO REPÓRTER DO POVÃO

Programa O Povo e o Poderde segunda a sábado das 8h às 10h

Rádio Bandeirantes - AM 1.410Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610

www.opovoeopoder.com.br

A doutora norte-america-na Edite Fiore, autora do livro que dá título a es-te texto, afirmou que an-tes de usar a regressão de

memória só curava 10% dos pacientes e, após a aplicação dessa técnica, pas-sou a ter êxito em 90% dos casos.

A regressão ficou inicialmente co-nhecida como TVP - Terapia de Vidas Passadas. Atualmente, é chamada de Terapia de Vivências Passadas. Outro pesquisador que também deu divul-gação mundial à TVP foi o americano Brian Weiss, autor que, entre outros livros, publicou “Muitas Vidas Mui-tos Mestres”. É uma técnica para liber-tação de conflitos e não para atender curiosos.

Em 1973, a psicóloga americana Hellen Van Bach, autora do livro “Life Before Life”, regrediu 750 pessoas até antes da vida uterina e lhes fez 10 per-guntas:

1 - Foi sua a decisão de nascer? 2 - Alguém o ajudou? Qual o relaciona-

mento com ele? 3 - Como você se sente na perspectiva de nova existência na terra? 4 - Qual a razão para nascer nes-te período? 5 - Você escolheu seu sexo? 6 - Qual é seu objetivo nesta nova vida? 7 - Se você já conhecia sua futura mãe, que relacionamento tiveram? 8- E seu pai? - 9 - Você tinha conhecimento dos sentimentos da sua mãe antes do nas-cimento? 10 - O que você sentiu após o parto?

Vejamos o que responderam: 81%

decidiram por conta própria, e 19% não sabiam; 87% já conheciam seus futuros pais; 84% pediram para nascer pela grande oportunidade de aprendi-zado, pela nova consciência de filhos de Deus, de imortalidade e pela vin-da de grande número de espíritos su-periores, atualmente conhecidos co-mo gerações índigo e cristal que farão uma era de ouro para a humanida-de; 28% tinham consciência de trazer uma mensagem à humanidade e rejei-

tavam a ideia de poder e riqueza. Um percentual grande de mulhe-

res escolheu este período pelas con-quistas atuais e futuras programadas para o sexo feminino. Outras respos-tas foram: reaprendizado do amor fra-terno; combater o materialismo e ne-gativismo; para reconciliar, aprender a amar, encontrar pessoas queridas, trabalhar para renovar a alma e aju-dar pessoas por elas prejudicadas no passado. A pesquisa mostrou: a pré--existência da alma; a vida tem objeti-vos, e não se nasce por acaso, mas por uma causa.

O estudo foi reproduzido no livro “Nossos filhos são espíritos”, de Her-mínio Miranda. A pesquisa compro-va que, à medida que a humanidade amadurece, recebe elucidações cada vez mais importantes.

Em Apocalipse, Jesus já havia fala-do sobre a nova Terra. E todas as pro-fecias de tradições diferentes apontam para este século como o mais impor-tante da História da Humanidade.

Você já viveu antes

Alimentação, remédio para a depressão

A depressão é um mal cada vez mais comum em nos-sa sociedade. Vidas muito agitadas, muita pressão no trabalho e dentro de casa,

poucas horas de sono, sedentarismo e alimentação desequilibrada. Esses e outros fatores podem estar associados à depressão. Há alguns anos, os cientistas vêm correlacionando alguns nutrientes à saúde cerebral e mostrando como es-ses nutrientes podem ajudar a manter a saúde desse órgão vital.

No encontro anual da American Psychiatric Association (APA), em maio passado, foram apresentados os dados de uma pesquisa em que os cientistas

desenvolveram uma escala baseada em evidências que pontuam alimentos, tan-to de origem vegetal quanto animal, que

podem potencialmente melhorar os sin-tomas da depressão.

Os alimentos de origem vegetal estão

no topo dessa lista. Esse grupo de cien-tistas elencou nutrientes que chama-ram de cerebrais essenciais (NCE) e que podem afetar o tratamento e pre-venção da depressão. Os nutrientes destacados na pesquisa são o ômega 3, magnésio, cálcio, fibras alimentares e vitaminas B1, B9, B12, D e E.

Os mecanismos relacionados a es-ses nutrientes incluem a estabilização da membrana dos neurônios e efeitos anti-inflamatórios. Os alimentos de destaque são os vegetais verde-escu-ro, castanhas, frutos do mar e peixes (salmão e sardinha).

Quer saber mais? Converse com um bom nutricionista!

Caroline romeiro

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O filho pergunta para o pai:

- Como eu fui feito, pai?- O papai tem um palito

e a mamãe um buraquinho. Coloquei o palito no buraco da mamãe e você nasceu!

No dia seguinte, o garoto pega um palito e coloca no buraco da parede e sai uma barata.

- Oh, peste feia! Só não te mato porque você é minha filha!

Joãozinho pergunta ao taxista:

- Moço, quanto o senhor cobra para me levar ao aeroporto?

- R$ 25,00.- E as malas?- As malas eu não cobro

nada.- Então leve as malas

que eu vou a pé.

O delegado para o genro da vítima:

- Quer dizer que o senhor viu um homem agredindo sua sogra e não fez nada?

- Eu ia ajudar, mas achei que dois caras batendo numa velha seria covardia demais.

É tempo de buriti maduro. Os longos cachos estão carre-gados de frutos amarelo-vivo que servem de alimento para papagaios, periquitos, araras e maracanãs. Nas beiras dos córregos e veredas deste mundão de Cerrado é certeza en-contrar esses bichinhos coloridos e barulhentos se delician-do, pacientemente, com os frutos.

Semana passada, passarinheiros do grupo Observaves – Observadores de Aves do Planalto Central –, no âmbito do projeto Vamos passarinhar nos parques do DF, visitaram o Parque Ecológico dos Pequizeiros, no Núcleo Rural Santos Dumont, em Planaltina, e puderam observar, por bom tem-po, um bando de maracanãs-do-buriti subindo e descendo nos cachos, saboreando frutos do buriti.

O Parque dos Pequizeiros, com 780 hectares, é um dos maiores do DF. Está em fase final a pro-posta para trans-formá-lo em Par-que Distrital, nos contou, entusias-mado, o amigo pas-sarinheiro Rogério de Castro, técnico do Ibram (Institu-to Brasília Ambien-tal). “É a garantia de que aquela área de grande relevância ecológica e beleza cênica será preser-vada”.

Na passarinha-da no Parque dos Pequizeiros foram registradas 62 espécies de aves. Destaque para o maracanã-do-buriti e as cinco ti-pos de beija-flores, como o estrelinha-ametista (um dos me-nores da espécie), o rabo-branco-acanelas, o bico-reto-azul, o beija-flor-tesoura-verde e o beija-flor-de-garganta-verde.

MArACANÃ-Do-BUriTi Orthopsittaca manilatus (Bo-ddaert, 1783). Pertence à família dos Psittacidae. Mede cerca de 44cm e a cor verde do corpo contrasta com a face amare-la pálida, nua e áspera. A cabeça é azulada, bem como o ex-tremo das asas. Tem o bico pequeno e preto e bastante forte. Nidifica em buracos de árvores feitos por pica-paus ou em troncos de palmeiras mortas.

O bando que observamos no Parque dos Pequizeiros ti-nha apenas cinco indivíduos; normalmente, os grupos são bem maiores, às vezes, com cerca de 100 indivíduos.

Tancredo Maia Filho (*)

(*) Seja um observador de aves. Junte-se a nós! Informações em: www.observaves.blogspot.com.br

“ei, vendedor! Me dá três varetas dessas aí”. disse eu toda empolgada pra aromatizar

a casa! entrei toda faceira, peguei o fósforo e tentei 1, 2, 3, 4 vezes... e nada daquele troço cheirar, nada dele acender. a raiva foi tanta que desisti. acabei descobrindo que não tem incenso na

casa de material de construção. Lá só tem fio de solda!

e nem pro vendedor avisar, né?!?! (Baseado em leitor anônimo).

Por Luís Gabriel Sousa

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Mimosa Noite: Caetano, Gil e a Música do Brasil. Sábado (9), às 23h, na Arena Futebol Clu-be - SCES Trecho 3. Ingresso: R$ 30. Pontos de venda: www.

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Arraiá do Parque Sonoro. Sá-bado (9), às 18h, no Camping Show (atrás do autódromo). Ingresso: R$ 10. Pontos de ven-da: Rose Tattoo Studio (Vitrini Shopping), Chilli Beans (JK e Alameda Shopping), Thug Tri-ck (Conic) e LPrinter (102 Sul).

TeatroMarcelo Marrom em seu no-vo solo. Sábado (9), às 20h e

domingo (10), às 19h, no Tea-tro Brasília Shopping. Ingres-so: R$ 30 (meia). Pontos de venda: www.casadeartistas.com.br/ingressos e na bilhe-teria do Teatro. Informações: (61) 2109-2122.

ExposiçãoExposição Fotográfica “Vidas Refugiadas” (foto). Até o dia 24 de julho no Museu Nacio-nal da República, das 9h às 18h30, de terça-feira a domin-go. Entrada gratuita. Infor-mações: (61) 3225-6410.

A Era do Gelo: O big bangGalen T. Chu e Mike Thurmeier

Florence: Quem é essa mulher?Stephan Frear

Meryl Streep é Florence Foster na história real de uma rica herdeira nova-iorquina que perseguiu seu sonho de se tornar uma grande cantora. Para ela sua voz era perfeita, mas para to-dos era hilariamente horrível. Seu companheiro, Bayfield, um aristocrata inglês, tenta proteger a amada Florence longe da ver-dade, mas enfrentará o seu maior desafio quando Florence deci-de fazer uma apresentação. Gênero: comédia romântica.

Um dos palcos tradicionais do esporte mundial vai ser to-mado pela torcida do CBLOL em julho. Os finalistas vão dispu-tar o título de Campeão Brasileiro e a vaga para representar o Brasil no Internacional Wildcard Qualifier. A Cinelive em pareceria com a RIOT Games, levará esse espetáculo para as telonas dos cinemas. Gênero: Esporte

Final da 2ª Etapa do CBLOL 2016

Quinta aventura da franquia – A Era do Gelo – comandada pelo mamute Manny, pelo tigre dente de sabre Diego e pela preguiça Sid, junto com outros animais que devem enfrentar as mudanças climáticas no planeta. Gênero: Animação.

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