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CENÁRIO REGIONAL um serviço de utilidade pública ano II número II Motuca, maio de 2008 distribuição gratuita De acordo com o Prefeito Ha- milton Falvo, a DJA Caldeiraria e Montagem Industrial, de Guariba, acertou com o município e tem o prazo de seis meses para se instalar. Inicialmente, a empresa pretende ofe- recer entre cinco e quinze empregos. Outra, do ramo têxtil, com sede em Bariri e capacidade para absorver 50 trabalhadores, já conversou com autoridades da Prefeitura e aguarda acertos referentes ao piso salarial com o sindicato do setor. A vinda desta empresa, segundo o prefeito, é para longo prazo, pois é necessária a construção de um barracão com características apropriadas para o de- senvolvimento das atividades têxteis. Hamilton revela que a Prefeitura, juntamente com autoridades do muni- cípio, estão trabalhando para atrair in- dústrias com o objetivo de amenizar os impactos sociais e orçamentários decorrentes do fechamento da Usina Santa Luiza. “Estamos encontrando muitas dificuldades, pois as empresas preferem ir para os grandes centros, próximos às rodovias” conta o pre- feito. O grupo que comprou e depois fechou a Santa Luiza, formado pelas Usinas São Martinho, Santa Cruz e Cosan, desenvolveu um material institucional, contendo informações gerais como potencialidade e facili- dades oferecidas pelo município, com o objetivo de atrair empresas. Ele será encaminhado pelos acionistas do grupo à Fiesp/Ciesp e à própria Prefeitura. Autoridades de Motuca encami- nharam algumas propostas para o aproveitamento da infraestrutura da Usina Santa Luiza, como uma escola técnica voltada para o setor agroin- dustrial e uma unidade produtora ou de armazenamento de biodísel. “Temos conversado constantemente com representantes de Motuca e já manifestamos apoio aos trabalhos de busca por alternativas para a ci- dade”, explica o assessor do grupo João Pereira Pinto. “A iniciativa a respeito de idéias e de projetos está a cargo da Prefeitura que, certamen- te, nos formalizará quando houver a confirmação dessas possibilidades”. Boa parte da infraestrutura da Usina já foi vendida e, por meio da inter- net, estão sendo leiloados veículos, equipamentos e máquinas industriais Após anunciar a paralisação da Usina Santa Luiza e da Fazenda Agropecuária Aquidaban, o grupo se comprometeu a ajudar a Prefeitura de Motuca a encontrar alternativas para minimizar os impactos da decisão. De acordo com o assessor João Pereira Pinto, a principal ação foi a recolo- cação dos funcionários que aceitaram trabalhar nas empresas do grupo. Outro compromisso firmado foi apoio na capacitação profissional da população, além de estudo da possi- bilidade de utilização das instalações da Usina Santa Luiza para estocagem de açúcar e álcool por meio de uma empresa prestadora de serviços, o que acarretaria em impostos para os cofres públicos. Município acertou a vinda de uma empresa e aguarda decisão de outra Ginásio de esportes Contrução está atrasada. Empresa responsável alega excesso de chuvas dos últimos meses - Página 08 Doação de agasalhos A Paróquia São Sebas- tião estará recebendo doações de agasalhos e alimentos no Corpus Christi - Página 02 Animais Número de cães e gatos no município é maior que recomendação da OMS - Página 03 Distrito Industrial de Motuca. Entre as principais dificuldades para a vinda de empresas, estão a falta de mão de obra qualificada e má localização Sarau Cultural Artistas da cidade se apresentarão neste sábado (10), na Praça da Igreja da Matriz - Página 04

Jornal cenário, 2ª edição, maio de 2008

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Page 1: Jornal cenário, 2ª edição, maio de 2008

CENÁRIO REGIONALum serviço de utilidade pública

ano II número II Motuca, maio de 2008 distribuição gratuita

De acordo com o Prefeito Ha-milton Falvo, a DJA Caldeiraria e Montagem Industrial, de Guariba, acertou com o município e tem o prazo de seis meses para se instalar. Inicialmente, a empresa pretende ofe-recer entre cinco e quinze empregos. Outra, do ramo têxtil, com sede em Bariri e capacidade para absorver 50 trabalhadores, já conversou com autoridades da Prefeitura e aguarda acertos referentes ao piso salarial com o sindicato do setor. A vinda desta empresa, segundo o prefeito, é para longo prazo, pois é necessária a construção de um barracão com características apropriadas para o de-senvolvimento das atividades têxteis.

Hamilton revela que a Prefeitura, juntamente com autoridades do muni-

cípio, estão trabalhando para atrair in-dústrias com o objetivo de amenizar os impactos sociais e orçamentários decorrentes do fechamento da Usina Santa Luiza. “Estamos encontrando muitas dificuldades, pois as empresas preferem ir para os grandes centros, próximos às rodovias” conta o pre-feito.

O grupo que comprou e depois fechou a Santa Luiza, formado pelas Usinas São Martinho, Santa Cruz e Cosan, desenvolveu um material institucional, contendo informações gerais como potencialidade e facili-dades oferecidas pelo município, com o objetivo de atrair empresas. Ele será encaminhado pelos acionistas do grupo à Fiesp/Ciesp e à própria Prefeitura.

Autoridades de Motuca encami-nharam algumas propostas para o aproveitamento da infraestrutura da Usina Santa Luiza, como uma escola técnica voltada para o setor agroin-dustrial e uma unidade produtora ou de armazenamento de biodísel. “Temos conversado constantemente com representantes de Motuca e já manifestamos apoio aos trabalhos de busca por alternativas para a ci-dade”, explica o assessor do grupo João Pereira Pinto. “A iniciativa a respeito de idéias e de projetos está a cargo da Prefeitura que, certamen-te, nos formalizará quando houver a confirmação dessas possibilidades”. Boa parte da infraestrutura da Usina já foi vendida e, por meio da inter-net, estão sendo leiloados veículos,

equipamentos e máquinas industriaisApós anunciar a paralisação da

Usina Santa Luiza e da Fazenda Agropecuária Aquidaban, o grupo se comprometeu a ajudar a Prefeitura de Motuca a encontrar alternativas para minimizar os impactos da decisão. De acordo com o assessor João Pereira Pinto, a principal ação foi a recolo-cação dos funcionários que aceitaram trabalhar nas empresas do grupo. Outro compromisso firmado foi apoio na capacitação profissional da população, além de estudo da possi-bilidade de utilização das instalações da Usina Santa Luiza para estocagem de açúcar e álcool por meio de uma empresa prestadora de serviços, o que acarretaria em impostos para os cofres públicos.

Município acertou a vinda de uma empresa e aguarda decisão de outra

Ginásio de esportesContrução está atrasada. Empresa responsável alega excesso de chuvas dos últimos meses - Página 08

Doação de agasalhosA Paróquia São Sebas-tião estará recebendo doações de agasalhos e alimentos no Corpus Christi - Página 02

AnimaisNúmero de cães e gatos no município é maior que recomendação da OMS - Página 03

Distrito Industrial de Motuca. Entre as principais dificuldades para a vinda de empresas, estão a falta de mão de obra qualificada e má localização

Sarau CulturalArtistas da cidade se apresentarão neste sábado (10), na Praça da Igreja da Matriz - Página 04

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Motuca enfrenta a pior crise da sua curta história. A perda da Usina Santa Luiza, que proporcionava conforto econômico, alterou radicalmente sua trajetória. Mudanças são inevitáveis e necessárias para que a cidade encontre um outro caminho a seguir, quem sabe melhor que o anterior. Para isso, é fundamental a criação de instrumentos de transformação social. E o jornalismo, por ser um agente educador, informativo e de conscientização, se apresenta para cumprir esse papel.

Assim, surge o Jornal Cenário Regional, com periodicidade mensal e tiragem suficiente para cobrir todo o município. Em dezembro do ano passado, foi lançada uma edição extraordinária, com reportagens sobre o fechamento da Usina. A partir de agora, o projeto torna-se ambicioso, ao se propor a levar, todos os meses, informações que interessam à sociedade.

É claro que não é nada fácil fazer jornalismo em cidades pequenas, como Motuca. Primeiro, pelo lado econômico. Segundo, por lidar constantemente com interesses. Mas o Cenário é muito mais que um projeto pessoal. É, na verdade, um projeto social, com o objetivo de contribuir com o progresso da cidade. Por isso, está aberto à críticas, sugestões e debates que prezem pelos princípios éticos.

Esta é, particularmente, uma ocasião propícia para o lançamento do jor-nal, e não apenas pela crise enfrentada pelo município, mas também por ser ano de eleições municipais. E não existe instrumento mais transformador que o político. Por isso, a necessidade da população eleger aqueles que estejam engajados na busca por soluções capazes de amenizar os impac-tos sociais decorrentes do fechamento da Usina. Entre eles, desemprego, mobilidade social e escassez de recursos públicos.

Com o jornal Cenário Regional, Motuca terá um eficiente mecanismo de comunicação social, capaz de aproximar os vários setores da socieda-de entre si, como órgãos públicos e população, indústria e funcionários, e comércio e clientes, fortalecendo suas atividades. Além disso, o jornal irá reportar problemas e propor soluções. Divulgar programas, eventos e atividades de grande importância para a cidade, como obras sociais, cultura e esporte, abrindo espaço para os talentos individuais. Este será o papel do Jornal Cenário Regional.

Um agradecimento especial ao Fábio e a Maria Angélica, por terem acreditado no projeto e ajudado a construí-lo.

O papel do jornalismo Editorial

Cenário Regional um serviço de utilidade pública Página 02

Foto da primeira caixa d’agua de Motuca, inaugurada em 13 de janeiro de 1968. Com ela, surgia também, no então distrito de Araraquara, a rede de abastecimento de água. Fato que possibilitou a mudança de hábito da maioria dos moradores, acostumados a tomar banho em “baciões”. A construção da caixa d’agua fez com que duas profissões fossem extintas: a do abridor de poços e a da puxadora de água, conhecida como “mulher bomba”, em função da habi-lidade para retirar a água dos poços, chegando a abastecer até doze casas por dia. Sua localização corresponde à da caixa d’agua da praça da matriz, que está desativada. Atual-mente, o perímetro urbano de Motuca é abastecido por duas caixas, localizadas na Escola Estadual Adolpho Thomaz de Aquino e na área de lazer.

HistóriaJornalista responsável:Jairo Figueiredo FalvoMTB 44.652/SP

Telefone:(16) 3348 1185 - 8141 9125

e-mail: [email protected]

Tirgagem:1.000 exemplares

Colaboradores:Fábio de Mello FalvoMaria Angélica dos S. MendesGerson Donini de Lima

Expediente:

Paróquia São Sebastião receberá doações durante procissão de Corpus Christi

A Paróquia São Sebastião estará recebendo doação de alimentos e agasalhos durante a Procissão, em comemoração ao Corpus Christi, no próximo dia 22, a partir das 17 horas.

No trajeto percorrido pelos fiéis, que se estenderá pelas ruas em torno da Praça da Matriz, serão instalados doze altares, construídos pelas pasto-rais e grupos da Igreja, onde os fiéis e demais pessoas poderão deixar suas doações.

Fundo SocialO Fundo Social de Motuca tam-

bém já está recebendo doações de agasalhos e cobertores, que serão encaminhados às pessoas carentes da cidade. Quem quiser realizar as doações deve ligar para o Fundo So-cial, que os funcionários irão buscar as peças na residência.

Fundo SocialTel. 3348 15 55 ou 3348 1645

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De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma cidade deve ter um animal doméstico (cães e gatos) para cada dez habitantes. No entanto, em função da falta de leis federais, estaduais e municipais, e da escassez de recursos voltados para o controle populacional, a grande maio-ria dos municípios brasileiros pos-suem problemas de superpopulação, o que acarreta em diversos prejuízos como doenças, abandono e insatis-fação da sociedade. Segundo a Vigi-lância Sanitária de Motuca, em 2007 foram vacinados contra raiva 1.175 animais. O número representa mais de duas vezes o que é recomendado pela OMS, que seria de aproximadamente 435, entre cães e gatos.

No ano passado, um projeto para castração de animais domésticos foi aprovado na Câmara dos Vere-adores de Motuca, mas foi vetado pelo Executivo. Segundo o prefeito Hamilton Falvo, foi realizado um estudo e constatado que o município não teria recursos para a realização do programa naquele momento. “Pre-cisaríamos construir uma estrutura apropriada e atender a uma série de exigências dos órgãos de saúde para acomodar os animais”, explica o prefeito.

O Programa de Castração, aliado a um amplo processo educacional, é considerado o meio mais eficaz para solucionar o problema da superpopu-lação de cães e gatos nas cidades, de acordo com a OMS. Porém, o método mais utilizado ainda continua sendo o sacrifício.

A diretora da vigilância sanitá-ria, Susi Elaine dos Santos Falvo, relata que já houve tentativas para solucionar o problema, mas a falta de recursos e de programas governa-mentais dificultam as iniciativas. “É de responsabilidade dos municípios a criação, ou não, de um Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), onde

estaria inserido um programa de controle populacional de animais”. Segundo ela, atualmente, os critérios para a criação de um CCZ dificultam sua implantação. “A cidade de Mo-tuca, com cerca de 4.200 habitantes, tem que construir um Centro com a mesma estrututura de um com dez mil”, explica.

Suzi revela que a Vigilância Sanitá-ria está estudando outras alternativas. “Sabemos da dimensão do problema e buscaremos a ajuda de instituições como universidades que possuem curso de veterinária e de órgãos de proteção de animais para realizar as castrações”. Suzi afirma, ainda, que também irá desenvolver um programa de educação para a posse responsável nas escolas e projetos sociais do mu-nicípio. “Já conversei com a diretora da educação e ainda neste ano vamos trabalhar esse tema “com crianças de diferentes faixas etárias”.

Bons resultadosA cidade de Bocâina, localizada a

cerca de 120 quilômetros de Motuca, implantou programa voltado para o controle populacional de cães e gatos em 2006. Desde o início das ativida-des, foram castrados 293 animais. “Os resultados até agora são considerados muito bons, pois não vemos tantos animais nas ruas como antiga-mente”, revela a Diretora de Saúde de Bo-câina, Tatiana Huvos Fava. A Dire-tora explica que foi contratado um veterinário e construído um Centro de Controle de Zoonoses, onde são realizadas, gratuitamente, castrações de animais cujos proprietários resi-dem no município. “Temos uma fila de espera que leva até dois meses”, revela. “Além da castração, existe um programa de educação voltado para os proprietários, com agentes de saúde, que vão de casa em casa informar os procedimentos para o animal não ter cria”, explica Tatiana.

Número de animais em Motuca é maior que recomendado pela OMSEscassez de recursos e falta de legislação em todos os níveis governamentais contribui para a superpopulação de cães e gatos

IniciativasAlgumas iniciativas demonstram que o descaso com os animais está

mudando. Em Araraquara, foi sancionada uma Lei que proíbe o sacrifício de cães e gatos sadios e que não representam perigo para a sociedade. A Lei de Proteção aos Animais, do vereador Carlos Nascimento, também institui programa educacional para que os proprietários realizem a posse responsável e de doação de cães e gatos abandonados. “As prefeituras e as câmaras municipais precisam ter um conjunto de ações que fortale-çam a educação ambiental, sobretudo a posse responsável, porque se ela existe, não vai haver a superpopulação”, afirma Nascimento.

No mês passado, o governador do estado de São Paulo, José Serra, sancionou uma Lei que aumenta o prazo para o sacrifício de animais nos municípios paulistas, de três para 90 dias. A Lei obriga os Centros de Zo-onoses a realizarem programas de castração, de adoção e de educação voltado para os proprietário.

O Conselho Federal de Medicina Veterinária proibiu, no início do ano, os veterinários de todo o país de realizarem cirurgias estéticas como corte de orelha e de rabo, por considerar uma mutilização do animal.

CastraçãoA castração é um procedimento cirúrgico realizado com anestésico geral. Nas fêmeas é feita uma incisão no abdômen e extração do ovário e do útero. O corte é pequeno e o manuseio dos órgãos é mínimo. Já nos machos, é mais simples, com incisão na bolsa escrotal e retirada dos testículos. O tempo da cirurgia é de aproximadamente dez minutos.

Cão abandonado junto com irmãos e mãe próxima a Prefeitura de Motuca

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Evento apresenta talento de artistas motuquensesSarau Cultural “Arte em toda parte” será realizado neste sábado (10), com música, dança e poesia, entre outras atrações

Diferentes manifestações culturais reunidas em um mesmo espaço. Este é o Sarau Cultural “Arte em toda parte”, que surge com a proposta de contribuir com a descoberta e divulgação de artistas motuquenses. O evento será realizado neste sábado (10), a partir das 21h30, no espaço ao lado da Igreja São Sebastião, com apresentações musicais, dança, leitura de poesias e conto de causos. A venda de alimentos e bebidas será em prol da Paróquia São Sebastião.

“Cultura também é educação e é fundamental que ela seja levada para todos”, enaltece uma das organiza--doras do evento, a funcionária pú-blica Ângela Regina Santos. O Sarau já teve duas realizações na cidade e o próximo será o primeiro em um espaço público. “É necessário que o Sarau se aproximasse cada vez mais das pessoas e a praça é o local mais apropriado”, relata Ângela.

Uma das atrações é o grupo de dança de rua Ênfase, de Motuca,

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formado em 2002, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura. Com cerca de 40 jovens, o grupo já obteve importantes conquistas como a 2ª colocação em concurso realiza-

do em Américo Brasiliense e 6º em competição estadual, realizado em Piracicaba.

O Sarau também contará com a participação da jovem cantora mo-

tuquense Mariele Legramandi Falvo, que irá interpretar canções populares, MPB e Bossa Nova.

HomenagemEste ano está sendo comemorado

em todo o Brasil o centenário da morte de Machado de Assis e o Sarau homenageia este grande personagem da literatura brasileira. Machado nas-ceu no Rio de Janeiro, em 1839. De origem humilde, negro e com saúde frágil, passou por várias dificuldades e preconceitos para tornar-se o maior escritor brasileiro de todos os tempos. Escreveu romances, poesias, contos e crônicas. Entre suas principais obras estão Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro. Além de escritor, ele também realizou outras atividades como jornalista, teatrólogo e funcionário público. Ajudou a fun-dar a Academia Brasileira de Letras, sendo eleito o primeiro pre-sidente da entidade, cargo que ocupou até sua morte, em 1908.

Sarau já teve duas edições e será realizado pela primeira vez em espaço público

Mãe, palavra tão pequenina, tão doce nos lábios meus. Tu és maior que o céu. Apenas menor que Deus.

Poesia

Colaboração: Carlos Alberto Aparecido dos Santos (Carlinhos)

Envie poesias, contos e causos para o e-mail [email protected]

João Cabral de Melo Neto

Quadrinhos, por Gerson Donini de Lima

O brincalhão

O paraquedista

O incompreendido

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Espaço de Cidadania e Qualidade de VidaSer cidadão é respeitar e participar das decisões da sociedade para

melhorar suas vidas e a de outras pessoas. Ser cidadão é nunca se esquecer das pessoas que mais necessitam. A cidadania deve ser divulgada por intermédio de instituições públicas e meios de comuni-cação para o bem estar e desenvolvimento do município.

Um dos princípios básicos para se exercer a cidadania, é possuir todas as documentações necessárias.

Nesta edição, vamos passar algumas informações importantes para tirar o Título de Eleitor, Carteira Profissional, Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) e Registo Geral (RG).

Para tirar o Título de Eleitor ou fazer transferência, o prazo limite foi até o dia sete de maio. Para a segunda via, o prazo continua. O documento só pode ser retirado por pessoas com idade a partir de dezesseis anos, com aniversário até cinco de outubro.

Documentações necessárias: Primeira via: RG, CPF, Reservista (maiores de 18 anos) e comprovante de endereço. Transferência: RG, CPF e Titulo de Eleitor.

Local: rua São João, nº1, Casa da Agri-cultura.

Informações: Telefone: 3348 1444, com Márcia, e pela Central de Atendimento ao Eleitor do Estado de SP, no telefone 148.

Para que eu preciso de meu Tí-tulo de Eleitor?A inscrição eleitoral habilita o ci-dadão a participar da vida política de sua comunidade. Assim como o voto, é obrigatória para os que têm entre 18 e 70 anos. O Título é exigido em várias ocasiões como na admissão trabalhista. Na retirada ou renovação de passaporte.Nas matrículas escolares. Na declaração de isento do imposto de renda. Na inscrição em concurso público e, ocorrendo aprovação, na posse do cargo.

Título de eleitor:

Registro Geral – RG:

Pra tirar o RG é necessário comprar um formulário em qualquer papela-ria e levá-lo preenchido.O tempo para retirada é de aproxi-madamente 30 dias.

Local: rua Adolpho Thomaz de Aquino, nº430 – Delegacia de Polícia.Telefone: 3348 1256. Atendimento de 2 ª, 4ª e 6ª feiras, das 9:00 horas às 13:30 horas.

Para que eu preciso do meu RG?O RG tem a finalidade de provar a identidade de uma pessoa física. A cédula d é o documento nacional de identificação civil no Brasil. Contém o nome, data de nascimen-to, data da emissão, filiação, foto, assinatura e impressão digital do polegar direito do titular.

Cadastro de Pessoas Físicas (CPF):

Documentações necessárias: Menor de idade: certidão de nas-cimento / acima de 18 anos: título de eleitor. É necessário pagar uma taxa no valor de R$ 5,50. O docu--mento leva em média 60 dias para ser entregue.

Local: rua Francisco Malzoni, nº17 – Cor-reio.

Informações: No correio, pelo telefone 3348 1337, com Jair.

Para que eu preciso do meu CPF?O CPF é um cadastro nacional dos cidadãos brasileiros e, portanto, um documento bem mais fácil, prático e rápido para a identifição. Serve também para diferenciar as pessoas de nomes iguais (homônimos). Por isso, já foi aprovado, tanto pelo Congresso Nacional quanto pelo Senado, o Documento Único, que utilizará o CPF para eliminar todos os outros documentos existentes hoje (RG, CNH, Título de Elei-tor), serão todos concentrados em um único cadastro, eliminando, jun-tamente, os transtornos que nos causam a retirada de tantos documentos.

Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS):

Para retirar a CTPS é necessário ter idade igual ou superior a 14 anos.

Documentações necessárias: RG, Reservista, Comprovante de Residência, Certidão de Nascimen-to ou de Casamento e 2 fotos 3 x 4.

Local: Rua São Luiz, nº 111 - Prefeitura Municipal de Motuca.Informações: No município, pelo telefone 3348 9300 com Leandro

Para que eu preciso da minha carteira de trabalho?A CTPS é um documento obriga-tório para quem venha a prestar algum tipo de serviço profissional no Brasil. Ele repro-duz, esclarece e comprova dados sobre as ativi-dades do trabalhador. Ele garante o acesso aos principais direitos trabalhistas como seguro desem-prego, benefícios previdenci-ários, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Programa de Integração Social (PIS).

Fábio Falvo e Maria Angélica

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O Cenário Regional abre este espaço para que os jovens de Motuca possam expressar as idéias sobre seu universo, suas histórias e também suas vontades e críticas. Convidamos este mês, Lucas Aparecido Vizentim, Chiara Maria da Silva Stochi e Maria Julia Ferreira, estudantes e moradores da cidade, para um bate papo descontraído.

Na Área...

A discussão do momentoIniciamos com um tema muito

falado na cidade, o fechamento da Usina Santa Luiza. Segundo o grupo, por não dependerem diretamente da empresa, por enquanto, não perce-beram fortes mudanças em Motuca. Eles reconhecem, no entanto, que muitas famílias tiveram suas vidas alteradas, em função do deslocamen-to para outras cidades, rendimentos salariais alterados e mudanças de cargos.

Eles acham que a Usina pro-porcionava uma acomodação para muitos jovens da cidade, que a viam como um “porto seguro”, com garan-tia de emprego. Assim como todos os parentes próximos, que trabalhavam na empresa, muitos estavam convic-tos de que também ocupariam algum cargo. Isto diminuía o interesse pelos estudos de vários jovens da cidade. Agora, é fundamental correr atrás da

qualificação, afirmam.Indagados sobre o futuro do mu-

nicípio, eles contam que mudanças acontecerão, mas nada muito absur-do. O grupo acredita na vinda de no-vas empresas e na diversificação do emprego. Isto fará, segundo eles, que os jovens de Motuca estejam abertos pa-ra outras coisas, que não estejam liga-das somente à Usina. Toda crise gera mudanças e mudanças podem ser positivas, relatam.

TendênciasFalamos também sobre tendências

e moda e como os jovens se agrupam na cidade. Eles negam a existência de tribos diversificadas em Motuca. Segundo eles, existe um grande grupo fragmentado, em que há entrosamen-to entre a maioria, e que os encontros acontecem por afinidades e amigos em comum.

Entrando no assunto de moda,

f-lam que ela sempre surge por in-fluência da TV, internet e também de pessoas que trazem de outras cidades. As pessoas de Motuca estão abertas às novidades da moda e neste ponto a Chiara se destacou no grupo por ser uma inovadora, usando a criatividade para reformar as roupas a seu gosto. Por isso, está sempre ligada nas ten-dências da moda, ao ponto de vários amigos procurá-la para customizar alguma peça de vestuário.

Fazendo a cidadeCom relação ao lazer, segundo

eles, Motuca não oferece muitas opções. Quando percebem que a di-versão que há por aqui está caindo na mesmice, fazem festas. Uma atitude comum, é se concentrarem antes ou depois das festividades na casa de um deles. Cada um leva um “ingre-diente” para prepararem um prato e “matarem” a fome de madrugada. O

Chiara Maria da Silva Stochi, Maria Julia Ferreira e Lucas Aparecido Vizentim

cinema em casa, mais precisamente na garagem, é outra invenção do gru-po para vencer o marasmo. Mesmo assim, curtem a cidade e só saem para outros lugares, quando há um evento muito legal.

Finalizando nosso encontro, qual seria o desejo deles para o lazer de Motuca? Que existisse um espaço, onde fosse possível todos fazerem seus eventos com liberdade, e que não viesse atrapalhar ninguém.

Entendendo que é diversifi-cada a opinião dos jovens, o Cenário Regional entrevista-rá em cada número grupos diferentes. Para enriquecer este espaço, aceitamos su-gestões, opiniões e críticas. Enviem mensagem para o e-mail conselho.cenario.com.br

Fábio Falvo e Maria Angélica

Espaço Jovem

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Segundo o economista Elton Eus-taquio Casagrande, da Faculdade de Ciências e Letras (Fcl), da Unesp de Araraquara, para evitar uma possível recessão (período em que ocorre um grande declínio na taxa de crescimen-to econômico de uma determinada região), é necessário que o município invista em projetos de geração de emprego e renda. “A Usina Santa Luiza tinha uma grande representati-vidade na economia de Motuca e seu fechamento desencadeia um círculo vicioso que leva ao desemprego, à

Do total de 984 trabalhadores afastados da Usina Santa Luiza, 529 se transferiram para empresas controladoras, o que representa 53,7%. A São Martinho absorveu 229 pessoas, a Santa Cruz 192 e a Cosan 108. Segundo o grupo, ou-tros 434 funcionários optaram pela demissão e receberam um pacote que incluía assistência médica, vale alimentação e seguro de vida, entre outros benefícios.

De acordo com o Cadastro Ge-ral de Empregos e Desempregos (Caged), em dezembro de 2007, mês do anúncio da paralisação da Usina Santa Luiza, foram re-gistrados 1.624 desligamentos de trabalhadores em todo o município de Motuca. As empresas disponi-bilizaram ônibus para a locomoção dos funcionários, que partem de Motuca e Rincão. As duas cidades, juntamente com Matão, possuíam a maior parcela dos trabalhadores da Santa Luiza.

MobilidadeMesmo com a disponibilização

de ônibus, existem exemplos de tra-balhadores de Motuca que preferiram se mudar para localidades próximas às empresas do grupo. Outros, que fizeram o acordo, se transferiram para cidades como Boituva e Nova Euro--pa, ambas do estado de São Paulo.

Desde o início do ano letivo, em dezoito de fevereiro, a Escola Mu-nicipal Maria Malzoni Rocha Leite registrou 22 transferências de alunos e cinco matrículas. Já a Escola Adolpho Thomaz de Aquino realizou trans-ferência de dez alunos do ginásio e matriculou quatro. De acordo com a coordenação das duas instituições, os números são considerados normais.

O gerente Jhonatan Mendonça, de uma loja de móveis da cidade, revela que houve uma diminuição nas vendas, mas que considera nor-mal em função da entressafra. “As pessoas ainda possuem o dinheiro do acerto com a usina”. Ele aponta, porém, que muitos estão com medo de fazer crediário. “Os trabalhadores não estão totalmente seguros em seus empregos, por isso, preferem com-prar a vista”, relata.

Grupo empregou pouco mais da metade dos funcionários

Projetos de geração de emprego é fundamental, diz economista

Cenário Regional um serviço de utilidade pública Página 07

O Programa de Incentivo ao Desenvolvimento Econômico de Tabatinga, no interior paulista, rea-lizado pelo Sebrae, em parceria com a Prefeitura da cidade, gerou cerca de dois mil empregos ao incentivar a produção de bichos de pelúcias e aces-sórios infantis. O projeto teve início a partir de um diagnóstico realizado pelo Sebrae, em 1999, que constatou que o município possuía uma alta dependência das safras de cana e laranja, o que deixava sua eco-nomia prejudicada nas entressafras.

Com isso, o comércio local era marcado por vendas oscilantes e bas-tante inadimplência. A atividade nas-ceu como alternativa e a idéia inicial era profissionalizar confec-

Com auxílio do Sebrae, Tabatinga gerou cerca de dois mil empregos

mobilidade social e à inadimplência”, explica Casagrande. Uma das alterna-tivas, segundo ele, seria a Prefeitura trabalhar em parceria com órgãos de capacitação e aprendizagem como o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas empresas (Sebrae), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). “É preciso realizar um estudo das potencialidades do muni-cípio e desenvolver a médio e longo prazo atividades que amenizem os impactos sociais”, conclui.

ções de artigos infantis existentes em fundo de quintal, com dificuldades de gestão e produção. Os empresários fizeram cursos de capacitação geren-cial e técnica.

Atualmente, Tabatinga é conhe-cida em todo o país como a Capital Nacio-nal dos Bichos de Pelúcia e Acessó-rios Infantis. Recentemente, foi con-decorada com o Selo Mario Covas, pelo Governo do Estado de São Pau-lo, em função do empreen-dedorismo demonstrado ao encontrar outra vo-cação econômica. Todos os anos, a Prefeitura da cidade realiza uma gran-de feira de exposição, que atrai visi-tantes de todo o país, contri-buindo também com o turismo. Fonte: www.sebraesp.com.br

Prefeitura deve trabalhar em parceria com órgãos de capacitação e aprendizagem

Economia da cidade era dependente das safras de laranja e cana-de-açucar

Foram recolocados 529 trabalhadores, que corresponde a 53,7% do total

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A construção do Ginásio de Es-portes está atrasada pouco mais de dois meses. A obra, iniciada em 27 de setembro do ano passado, es-tava prevista para terminar em 27 de fevereiro deste ano. A empresa responsável, a CRG Engenharia e Construções Ltda, de Piracicaba, fez um aditamento junto à Prefeitura de Motuca, alegando que as chuvas prejudicaram o trabalho. O prazo foi, então, prorrogado para o mês de maio. Segundo a Prefeitura, foi constatado novamente que a obra não seria entregue no prazo e convocou uma reunião com os representantes da empresa. Ficou acertado que a

Construção do ginásio de esportes está atrasada

cosntrutora continuaria a executar as obras se cumprisse os prazos legais, caso contrário, pode ter o contrato rescindido. O ginásio de esportes foi orçado em R$ 630 mil reais, com recursos do próprio município.

Desejo dos esportistasO Ginásio de Esportes é uma antiga

reivindicação dos esportistas da cidade. “Motuca não possui um local que aten-da às exigências das confederações”, explica o diretor de espor-tes, Augusto Celso Mestre. Segundo ele, os atletas da cidade disputam competições regionais e estaduais, em diferentes modalidades e têm que se locomover até Matão. Obra é fruto de reivindicação dos esportistas para a disputa de competições na cidade

Obra era para ser entregue em fevereiro; construtora alega excesso de chuvas

Cenário Regional um serviço de utilidade pública Página 08

Recursos dos governos federal e estadual serão utilizados, principalmente, para reforma de asfalto

O Prefeito Hamilton Falvo esteve na cidade de São Paulo no fim do ano passado, para a assinatura de convênio para o recapeamento de ruas da cidade, no valor de R$ 70 mil. A verba foi liberada pela Secre-taria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo e contou com o apoio do deputado estadual Roberto Massafera. Com o recurso, segundo o prefeito, foram recapiadas quatro ruas da cidade.

A mesma Secretaria, por inter-

Município consegue verbas para infraestrutura

médio do deputado estadual João Caramez, liberou outros R$ 80 mil, que já está depositado. O prefeito revela que o recurso será utilizado para a reforma de aproximadamente seis quilômetros de asfalto. Hamilton conta, ainda, que aguarda liberação de R$ 100 mil do governo federal. “Essas verbas vieram em boa hora. Será mais um importante investi-mento na área de infraestrutura e urbanização do nosso município”, destaca o prefeito. Destinação das verbas foi, principalmente, para reformadas de ruas da cidade