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CIRCULAÇÃO JORNAL ANO XV||| - EDIÇÃO 129- DEZEMBRO DE 2015 3 GREVE 2015: Confira o balancete de prestação de contas da greve JURÍDICO: Orientações sobre o acordo da greve 2015 CARREIRA: Discussão do aprimoramento da carreira dos TAEs na pauta de 2016 5 4 Pág Pág Pág EBSERH NA UFSC Em dezembro, Reitoria levou sessão do Conselho Universitário para dentro do Centro de Ensino da Polícia Militar e aprovou adesão do HU/UFSC. 6 Pág

JORNAL CIRCULAÇÃO - Sintufsc · com arroz ou macarrão e feijão, acompanha-do de uma ... Licino está com um exemplar de um dicio-nário escolar da ... de Vinha a pé da Lagoa

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CIRCULAÇÃOJORNAL

ANO XV||| - EDIÇÃO 129- DEZEMBRO DE 2015

3GREVE 2015:Confira o balancete de prestação de contas dagreve

JURÍDICO:Orientações sobreo acordoda greve 2015

CARREIRA:Discussão do aprimoramento da carreira dos TAEs na pauta de 2016

54Pág Pág Pág

EBSERH NA UFSC

Em dezembro, Reitoria levou sessão do Conselho Universitário para dentro do Centro de Ensino daPolícia Militar e aprovou adesão do HU/UFSC. 6Pág

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Dezembro de 2015 * Nº 129Tiragem: 4.500 exemplares

Jornalista Responsável:Evandro Baron - 6152/DRT/RS

[email protected] Gráfico: Flávia Destri Garcia

Gestão: Determinação - Sindicato para todos

O Jornal CIRCULAÇÃO é uma publicação do Sindicato de Trabalhadores em Educação das Instituições Públicas de Ensino Superior do Estado de Santa Catarina - Endereço: Rua João Pio Duarte da Silva, 241 Córrego Grande - Florianópolis - CEP 88 037 [email protected] - www.sintufsc.ufsc.br

Editorial

Fale com o Sintufsc

Fone:

(48) 3331-7900 CIRCULAÇÃO

JOR

NA

L2

O ano de 2015 completou um ciclo da história de lutas da categoria dos Técnico-administrativos em Edu-

cação (TAEs) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com a realização da mais longa paralisação já levada à cabo para reivindicar efetivos ganhos para a ca-tegoria em nível nacional. Acompanhando a greve nacional da FASU-BRA, que durou 129 dias, mais de quatro meses, a base sindical do SINTUFSC forta-leceu uma paralisação que teve como eixo central a luta em defesa do serviço público e conquistas para a classe trabalhadora, contra o ajuste fiscal promovido pelo Go-verno Federal de Dilma Rousseff.A categoria em Santa Catarina rejeitou a proposta do Governo Federal e, embora os ganhos efetivos com o movimento grevis-ta tenham sido insatisfatórios, a luta con-tinua. Temos que enfrentar um cenário de ajuste em que o corte de bilhões de reais nas áreas sociais, em especial na educação e saúde, é reforçado por sucessivas medi-das dos poderes Executivo e Legislativo, de retirada de direitos sociais da classe traba-lhadora no País.A coordenação geral esteve ao lado da po-sição dos demais sindicatos ligados à FA-SUBRA, convocando mobilização e a greve, por entender que é nas ruas e em conjunto com os demais trabalhadores/as que será derrotada a política macroeconômica do governo que prejudica as condições de vida e de trabalho daqueles que constroem no nosso País as riquezas, frutos do suor e do esforço da classe trabalhadora.Nesta edição do Jornal Circulação, além do relato da aprovação da adesão à EBSERH contrariando a luta da categoria pela pre-servação do regime jurídico único, traze-mos um balanço da prestação de contas das despesas autorizadas pelo Comando Local de Greve durante a paralisação de 2015. Fazemos também o registro das ati-vidades recentes promovidas pela entidade representativa dos trabalhadores e traba-lhadoras das universidades públicas fede-rais em Santa Catarina. Desejamos a todos um 2016 próspero e re-pleto de conquistas, e que façamos um novo ano com unidade na luta em defesa dos di-reitos da categoria.

Mais um ano encerra

Artigo

Expediente

O SINTUFSC e a nova Admi-nistração Central da UFSC

A eleição para a Reitoria da UFSC termi-nou no último dia 11 de novembro. Cinco chapas se inscreveram para o pleito, umas com nomes bem conhecidos, outras nem tanto. As propostas, quase sempre, se re-petiam ou se completavam, raramente eram antagônicas. O que mais diferencia-va as chapas era o método apresentado e a força dos apoios recebidos.Entre as chapas estava a da atual reitora e sua vice, que buscavam a reeleição. Tam-bém havia chapas constituídas por expe-rientes candidatos, onde, pelo menos, um dos integrantes da chapa já havia concor-rido à reitoria, como reitor ou vice, ou já havia exercido cargos de pró-reitores ou diretores de Centro.Todas as chapas, suas propostas, pere-grinação aos Centros de Ensino e novos campus, reuniões com estudantes, tra-balhadores e trabalhadoras, coletivos do movimento negro e cotistas, mulheres e LGBTT e a participação em debates, assim como a participação da comunidade uni-versitária, contribuíram significativamente para que o processo eleitoral transcorresse num clima democrático.Deste processo, as grandes vitoriosas são a UFSC e a sociedade, que financia a univer-sidade pública e que dela necessita. Nesta eleição, as duas chapas que obtiveram vo-tos suficientes para estar no segundo turno eram constituídas por candidatos neófitos na corrida pela Administração Central da universidade. Este fato aponta a direção to-mada pela comunidade universitária, que

fez uma opção pelo novo.Destacamos a importância do CUn e da COMELEUFSC para que o processo trans-corresse com transparência. O TRE, SIN-TUFSC e as outras entidades nomeadas pelo CUn garantiram a legitimidade do processo.A eleição terminou, a chapa vitoriosa foi declarada vencedora e as concorrentes reconheceram o resultado do pleito. Não houve questionamento, aliás, como preco-nizam as bases do republicanismo.Agora, cabe ao SINTUFSC e sua base, como sempre fez em sua história de lutas, continuar no caminho das conquistas, bus-cando os meios de implementar o plano de lutas da categoria aprovado em congresso (XII Consintufsc), e cobrar diuturnamente da chapa eleita e sua administração a efeti-vação do Plano de Gestão apresentado du-rante a campanha eleitoral.Da mesma forma, espera atitude seme-lhante dos representantes sindicais dos professores e estudantes e, como sempre, estaremos envidando esforços na constru-ção da unidade, unidade que tanto neces-sitamos para defender a universidade pú-blica, gratuita e de qualidade, referenciada pelo interesse social.O momento é de unidade, mas, a unida-de a ser construída precisa acontecer de fato, não só no discurso, ainda mais neste momento em que os serviços públicos e o direito dos trabalhadores e trabalhadoras vem sofrendo ataques frontais, sendo o se-tores da educação, ciência e tecnologia os mais afetados com os cortes orçamentários e que tanto comprometem as universida-des em sua autonomia.

Coordenação Geral do SINTUFSC

Horário de verão do Sintufsc

O SINTUFSC informa que à partir de segunda-feira (14/12) passa a acompanhar o calendário de verão da UFSC, com atendimento pela manhã na sede do sindicato e mantendo sistema de plantão no perí-odo da tarde. O atendimento segue desta forma até o dia 26 de feve-reiro do próximo ano.O atendimento presencial no sindicato durante o horário de verão vai ser das 7h30 às 13h30. O plantão será das 13 às 19 horas.

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Licino Rodolfo Mendes nasceu em Flo-rianópolis no dia 18 de junho de 1941 e mora com a esposa Rose no condo-

mínio residencial Villa Açoriana, no bairro Areias, no município de São José. Técnico em artes gráficas, Seu Licino trabalhou por 30 anos na UFSC, onde entrou na década de 1960 para trabalhar na Imprensa Universi-tária e depois na Biblioteca Universitária, onde ficou até se aposentar, no início da dé-cada de 90.Aos 74 anos, ele gosta de pescar e a vida de aposentado permite que ele reserve uma tar-de no meio de semana para praticar seu ho-bby favorito. Com um tipo físico miúdo, tem 1,62 m de altura e nunca passou de 55 quilos, Seu Licino goza de ótima saúde e ainda joga nas quartas-feiras na lateral esquerda dos times de futebol no campo da sede do sindi-cato. Conta com um preparo físico invejável, que permite a ele pescar com uma tarrafa de quatro quilos da Gamboa até a Guarda do Embaú nas noites quentes do verão. “Não ligo pro peixe muito não, mas pescar, uh... é muito gostoso”, diz, contando que procura manter uma dieta saudável, sem comer frituras e optando por carnes magras na alimentação para manter a saúde em dia. Seu prato preferido é bem brasileiro: um bife com arroz ou macarrão e feijão, acompanha-do de uma salada de tomate e cebola. Peixe ele inclui no cardápio uma vez por semana. Seu Licino aposentou-se na UFSC em 2 de agosto de 1990, como ele lembra de cabeça. Trabalhou na UFSC desde 1965, trazido pelo reitor David Ferreira Lima e Carlos Alberto Silveira Lenzi. Trabalhava pela manhã no

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Eu sou a UFSC

Colégio Catarinense e à tarde na UFSC. O amor que ele dedica ao ofício que exerceu quase toda a vida é evidente. Na foto, Seu Licino está com um exemplar de um dicio-nário escolar da Língua Portuguesa que ele encontrou desmilinguido no lixo e recupe-rou, com direito a letras gravadas em ouro na capa dura vermelha que providenciou para a edição.Quem convive e conhece o seu Licino não sabe da infância fome e necessidade que ele passou na pobreza. Dona Maria Barcelos, a mãe de seu Licino se separou do marido quando ele tinha sete anos e os dois passa-ram a viver sós numa casa simples no Can-to da Lagoa. Filho único de Vinha a pé da Lagoa até onde hoje é o Córrego Grande ali-mentado apenas com uma xícara de barro de café com pirão de farinha. Ali ele pegava o ônibus até o centro da Capital. O aposentado conta que fazia carvão nas matas do morro da Lagoa para juntar uns trocados e ajudar na economia doméstica.Gosto de contar a minha história de vida porque muita gente reclama da vida e está em berço de ouro. Lutei tanto na vida e não se deve dar o peixe e sim ensinar a pescar. “Sou coração mole, mas hoje eu não trabalho mais mas ganhei muito dinheiro com este trabalho de encadernação”, conta. Hoje em dia a modernização da atividade e as novas tecnologias que surgiram reduziu o merca-do dos trabalhadores artesanais como Seu Licino. No entanto, ele se orgulha da quali-dade de seu serviço, em que as lombadas dos livros eram costuradas à mão e garantiam vida longa ao material encadernado.

Dos 12 aos 20 anos ele trabalhou no Colégio Catarinense como serviços gerais, fazendo a limpeza da escola que formava a elite da Ca-pital. Nas horas vagas ele aprendia a trabalhar com encadernação com o mestre Oberdan Vilain, pai do ex-jogador de futebol que foi zagueiro de grandes clubes brasileiros. Seu Licino conta que o mestre aprendeu o ofício na escola técnica, passou muito tempo na Im-prensa Oficial e depois foi trabalhar na biblio-teca do Catarinense, onde os jesuítas monta-ram uma oficina de encadernação em 1955.Hoje ele tem material encadernado em uni-versidades de várias partes do mundo, mas um faz questão de contar está na biblioteca do Vaticano. Tudo que saiu na imprensa ca-tarinense sobre a visita que o papa João Pau-lo II fez a Florianópolis em outubro de 1991 foi juntado e encapado por Seu Licino e hoje está na biblioteca da Santa Sé.

A Coordenação Geral do SINTUFSC está iniciando a discussão sobre o aprimoramento da carreira dos Téc-

nico-Administrativos em Educação (TAEs), atendendo as demandas da FASUBRA para a continuidade da negociação com o Go-verno Federal sobre as alterações na Lei 11.091/2005 do PCCTAE. A negociação está prevista na cláusula sétima do acordo assi-nado na última greve nacional da categoria.A direção do SINTUFSC estabeleceu uma dinâmica para esta discussão ser feita na base no próximo ano. As propostas de al-teração na carreira já podem ser enviadas por meio eletrônico ou formulário impres-so e posteriormente serão sistematizadas e debatidas em três encontros, a serem re-alizados no final de fevereiro e março de 2016 na sede do sindicato.

Dinâmica para aprimoramento da carreiraO formulário estará disponível até o início das reuniões em fevereiro e as propostas se-rão objeto de Assembleia Geral antes de se-rem levadas à FASUBRA, que deve finalizar a discussão com o Governo até 31 de maio.Para orientar os debates, a Federação suge-riu uma relação de temas mais recorrentes e que, sem prejuízo de outros pontos, entende que devam ser priorizados no debate para que cada entidade de base apresente suas considerações sobre os seguintes pontos:1. Pressupostos; 2. Concepção de Carrei-ra (princípios e objetivos); 3. Estrutura da careira (quantidade de Níveis de Classifica-ção, níveis de capacitação e padrões de ven-cimentos); 4. Estrutura da matriz salarial (piso/step/diferença entre menor e maior salário); 5. Mobilidade, desenvolvimento e incentivos (mudança do fazer, incentivos

à titulação e capacitação); 6. Ingresso; 7. Racionalização (aglutinação, criação e ex-tinção de cargos, atribuições, exigência de ingressos e hierarquização dos mesmos); 8. Cargos/Funções de Direção/Chefia e As-sessoramento (Critérios de ocupação); 9. Reconhecimento de Saberes e Competên-cias – RSC; 10. Técnico substituto.Envie suas sugestões através do formulário disponível no site do Sintufsc ou impresso na secretária na sede do sindicato.

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Prestação de contas da greve 2015

Confira o balancete demonstrativo dos valores financeiros utilizados pelo Comando Local de Greve na mobilização da cate-goria durante a paralisação nacional de 2015. Deflagrada em 1º de junho e encerrada em 7 de outubro, a greve durou 129 dias no campus da UFSC. A assembleia geral para deliberar sobre a aprovação das contas será realizada em março de 2016

na sede do SINTUFSC.

Demonstrativo Financeiro Fundo Greve (Período 01/06/2015 a 30/11/2015)Período Greve 01/06/2015 a 07/10/2015 (129 dias)

Disponibilidades Saldo Acumulado Entradas Saídas Saldo AcumuladoCAIXAFundo Caixa Zerado 265.000,00 (265.000,00) Zerado DEPÓSITOS BANCÁRIOS A VISTARepasse Fundo Caixa c/c F. Greve (CEF) (265.000,00)Conta Corrente F. Greve (CEF) 6.013,17 730.842,89 (470.718,98) 1.137,08 APLICAÇÃO Conta Poup. F. Greve (CEF) 1.480.024,20 771.776,50 (729.500,00) 1.522.300,70

Nota Explicativa: O quadro acima refere-se à movimentação entre as contas bancárias e fundo caixa Nota Explicativa: O quadro abaixo refere-se às Despesas e Entradas efetivadas (Obs. mensalidade 08/15 é parcial)Nota Explicativa: O Percentual de Repasse da Mensalidade Para Poup. F. Greve é 3% e 10% quando Greve

01/01/15 a 31/05/15 01/06/15 a 30/11/15 01/06/15 a 30/11/15

ENTRADAS Saldo AcumuladoBanco

PoupançaBanco

Conta Corrente Saldo AcumuladoRepasse Poup. CEF F. Greve 3% ou 10% Mens. 28.027,71 87.989,83 116.017,54 Rendimentos Poup. F. Greve 43.311,81 50.428,58 93.740,39 Rep. Mensalidade F. G. 1% Meses 06/07/08/09/15 633.358,09 633.358,09 Devolução/Ressarcimento Falta Greve/2014 8.138,84 1.342,89 9.481,73 Doação Mensalidade 70,00 70,00 Total 79.548,36 771.776,50 1.342,89 852.667,75

DESPESAS 01/06/15 a 30/11/2015Alimentação/Diversas (lanches/Café/Leite e outros) 23.094,70 23.094,70 Alimentação/Restaurante 40.944,30 40.944,30 Combustível 2.725,24 2.725,24 Custas Judiciais 311,92 311,92 Despesas Repasse Horas Extras e Encargos 26.044,89 26.044,89 FASUBRA 15% 25.714,89 25.714,89 Mob.Visual/Boletim/Correio 3.287,65 3.287,65 Mob.Visual/Cartazes/Folders/Panfletos/Outros 17.035,82 17.035,82 Mob.Visual/Camisetas (500) (1000) 17.105,00 17.105,00 Mob.Visual/Carro/Som/Diversos (Mazinho) 50.040,00 50.040,00 Mob.Visual/bandeiras 3.465,00 3.465,00 Mob.Visual/Faixas 9.610,00 9.610,00 Mob.Visual/ Tickets/Vale Refeição 634,90 634,90 Mob.Visual/Webi/Clipagem/Texto SMS 6.060,00 6.060,00 Mob.Visual/Mat./Diversos C/Greve 4.771,95 4.771,95 Tarifas Bancárias 1.920,05 1.920,05 Telefone Celular 6.478,83 6.478,83 Utensílios Cozinha/Água/Copos/e outros 1.962,81 1.962,81 Viagens e Estadias (Ajuda de Custo) Comando/Fasubra 58.380,00 58.380,00 Viagens e Estadias (Passagens) Comando/Fasubra 53.584,55 53.584,55 Viagens e Estadias (Hotel C. Greve ) 47.960,00 47.960,00 Viagens e Estadias (Hotel/Passagens/outros) 14.287,92 14.287,92 Viagens e Estadias (Ajuda de Custo) Colégios 5.262,19 5.262,19 Viagens e Estadias (Táxis) 6.677,11 6.677,11 Viagens e Estadias (Ajuda de Custo) Caravana 163.740,00 163.740,00 Viagens e Estadias (Hotel Caravana) 63.930,00 63.930,00 Viagens e Estadias (Ônibus Caravana) 66.500,00 66.500,00 Viagens e Estadias (Ônibus/Estacionamento/Pedágios) 7.115,90 7.115,90 Viagens e Estadias (Ajuda de Custo/VT) 4.869,20 4.869,20 Total 733.514,82 733.514,82

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Prestação de contas da greve 2015

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Informes Jurídicos

A assessoria jurídica do SINTUFSC, através do advogado Guilherme Querne, presta alguns esclareci-

mentos sobre o cumprimento do acordo de reposição de trabalho assinado no final da última greve nacional da categoria, uma das mais longas da história, com mais de quatro meses de paralisação. A Coordenação Geral do sindicato vem assegurando aos filiados que as reuniões de negociação em Brasília consolidaram a assinatura de um acordo em que foi definido o não desconto dos dias parados, além de firmado o entendimento da reposição de trabalho. Neste sentido, a orientação é que os filiados busquem apoio junto ao seu sindicato caso surjam dúvidas em relação a este entendimento.

Confira a entrevista:

Existem limites para o cumprimen-to do acordo de reposição de traba-lho assinado entre a FASUBRA e o Governo Federal no encerramento da última greve, que durou quatro meses?

A jornada de trabalho dos servidores públi-cos federais regidos pela Lei 8.112/90 está prevista, basicamente, no disposto do arti-go 19 da citada lei. A norma estabelece uma jornada máxima de 40 horas semanais, bem como limites mínimos e máximos en-tre 6 e 8 horas. Esta é a regra prevista em lei, que tem algumas exceções também au-torizadas por lei ou mesmo por decreto.

Quais seriam elas?

É o caso, por exemplo, dos trabalhadores de categorias específicas como jornalistas, técnicos em radiologia, etc., ou mesmo tra-balhadores submetidos a condições pró-prias e específicas, como àquelas previstas no Decreto 1590/95 (trabalhos em turno ininterruptos). Diante do Princípio da Le-galidade previsto constitucionalmente (art. 37, caput), o comando legal é tanto impo-sitivo ao servidor, quanto à Administração que está impedida de impor ao servidor trabalho além do horário autorizado legal-mente.

Existe perspectiva de mudanças nes-te entendimento?

Há, porém, situações específicas que rela-tivizam eventuais descumprimentos das normas citadas acima, pois decorrem tam-bém do exercício de um direito previsto constitucionalmente, qual seja, o Direito de Greve (art. 9 da Constituição Federal). Atualmente se discute intensamente nos tribunais superiores o alcance, a regula-mentação e eventuais limitações do exercí-cio do direito de greve e suas implicações junto à relação funcional do servidor com a instituição pública. Recentemente, o tema alcançou Repercussão Geral junto ao STF, por meio do voto do ministro Dias Toffolli, no RE 693.465, e por isso será novamente apreciado pelo conjunto dos ministros do Supremo.

Haveria possibilidade de essa deci-são interferir nos reflexos do último movimento grevista?

Não obstante, no caso da greve de 2015 toda esta discussão já está superada. Hou-ve a interveniência do Poder Judiciário em ação promovida pela Universidade Federal de Santa Catarina com o objetivo de encerrar a greve ainda do ano de 2014. Da referida ação resultou um acordo cele-brado entre a FASUBRA e o Ministério do Planejamento, como é de conhecimento de todos. Este acordo prevê, entre outras si-tuações, o compromisso de “repor o traba-lho” eventualmente atrasado, “com vistas ao restabelecimento imediato da normali-dade na prestação de serviços à sociedade” (termo de acordo 03/2015, assinado em 06/10/2015).

Então não há como a administra-ção central cobrar a reposição das horas em que o servidor exerceu seu direito de aderir à paralisação?

Como celebrado, o termo deixa claro que o objetivo das partes era garantir a norma-lidade dos serviços prestados, afastando eventual prejuízo à população. O acordo, porém, deve ser cumprido nos seus estritos termos, pois não há nada nele que autorize cobrança de horas ou de trabalho resultan-te de demanda estranha àquela decorrente do período de greve, sob pena de se ofender a lei e a decisão judicial.

Setor jurídico faz orientação sobre acordo relativo à greve 2015

Segundo o advogado Guilherme Querne, da assessoria jurídica do SINTUFSC, em novembro a UFSC

foi intimada para apresentar as infor-mações da execução da ação que obriga a universidade a pagar as diferenças dos atrasados de progressão corrigidos. O juiz deu 30 dias para o cumprimento, mas a suspensão dos prazos com o recesso do Judiciário jogou a execução da sentença para 2016.De acordo com Guilherme, com a suspensão de todos os prazos judiciais pelo período de 19 de dezembro a 20 de

Ação de diferenças de progressão fica para 2016

janeiro do próximo ano, a contagem do prazo para a administração prestar as informações será retomada a partir daí, encerrando no dia 28 de janeiro.“Dependemos agora da ajuda dos servido-res da Segesp para instruir, o quanto an-tes, o processo com as informações. Feito isso passaremos a apresentar a liquidação dos valores devidos individualmente”, ex-plica o assessor jurídico.Para conferir as portarias com os nomes dos trabalhadores beneficiados ou obter mais informações acesse: www.sintufsc.ufsc.br

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Conselho Universitário aprova adesão do HU/UFSC à EBSERH

Em pouco menos de uma hora, em sessão retomada no início da tar-de de terça-feira (1º/12) na sede da

Academia da Polícia Militar no bairro da Trindade, fora do campus, os membros do Conselho Universitário (CUn) da UFSC aprovaram a adesão do Hospital Univer-sitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC) à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).O chefe de gabinete da Reitoria, professor Carlos Antonio Vieira, acompanhou do lado de fora toda a movimentação. Não foi auto-rizado o acesso da imprensa, nem dos inte-grantes da direção do SINTUFSC e da repre-sentante do Conselho Municipal de Saúde, que solicitaram o ingresso nas dependências onde estava sendo realizada a sessão.A segurança foi reforçada com a chegada de

mais policiamento, inclusive com policiais em motocicletas, no momento em que um grupo de manifestantes contrários à adesão chegou em passeata gritando palavras de ordem contra a decisão da reitora Roselane Neckel em levar a sessão para um local mi-litar, desrespeitando a autonomia univer-sitária e o resultado da consulta à comuni-dade acadêmica, que manifestou de forma majoritária a contrariedade com a empresa, modelo de gestão encaminhado no final do Governo do presidente Lula e aprovado na administração Dilma Rousseff.O controle no acesso ao auditório foi ri-goroso, feito por pelo menos sete policiais junto ao portão da unidade militar. Dos 67 integrantes do CUn, 37 participaram da vo-tação nominal, sendo 35 favoráveis e dois contrários ao parecer que sugeria a adesão.

Após o encerramento da votação, os con-selheiros que saíram à pé ou em veículos particulares ou da universidade acabaram vaiados pelos manifestantes que aguarda-vam do lado de fora.“Infelizmente a gente acabou sendo venci-do, pois a posição da categoria foi contra a EBSERH e o sindicato sempre manteve uma luta histórica, não só aqui no campus mas também em outros hospitais, para evitar a adesão. Somos um dos três últi-mos HUs que ainda resistiam ao modelo da EBSERH. Agora cabe seguir lutando pela assinatura de um contrato que asse-gure a manutenção do atendimento 100% pelo SUS a todos os usuários que buscarem atendimento junto ao hospital”, disse Celso Ramos Martins, da Coordenação Geral do SINTUFSC.

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Em assembleia geral realizada na sede do SINTUFSC na tarde de terça-fei-ra (8/12), foram definidos os nomes

dos cinco delegados à Plenária Nacional Estatutária da FASUBRA, realizada em 12 e 13 de dezembro, em Brasília. Os delega-dos eleitos para representar a categoria no evento foram Eduardo Luz, Enaura Gra-ciosa, Hélio Rodak de Quadros Júnior, Mo-racy Gomes Filho e Sônia Maria Kempner. Um dos temas da pauta da plenária nacio-nal da Federação foi um balanço da Greve Nacional da categoria em 2015.Após a leitura de uma extensa moção em defesa das Terras Indígenas e Quilombo-las, se posicionando contra a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câma-ra dos Deputados que investiga a atuação da Funai e do Incra, a assembleia aprovou o teor do texto em defesa dos movimentos sociais e dos técnicos da área de Antro-pologia da UFSC colocados sob suspei-ção pelos parlamentares conservadores. A mesa dos trabalhos foi coordenada por Celso Ramos Martins, Dilton Mota Rufi-no e Evandina Argena da Silva.Na assembleia, Dilton Rufino fez um re-lato dos debates realizados durante o se-minário nacional em Brasília no último final de semana, quando foi discutida a situação dos Hospitais Universitários

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Assembleia no sindicato

no contexto da implantação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EB-SERH). Além de Dilton, da Coordenação de Formação de Políticas Sindicais do SINTUFSC, participaram do seminário

em Brasília o representante da Coorde-nação Geral, Ricardo Egídio da Rocha, técnico do HU/UFSC, e Edson Carreirão Alves, também lotado no HU/UFSC e re-presentando a base de filiados.

Tome nota

Os professores Luis Carlos Can-cellier de Olivo e Alacoque Lo-renzini Erdmann venceram o

segundo turno da eleição para a Rei-toria da Universidade Federal de San-ta Catarina (UFSC), com 47,42% dos votos. A chapa adversária, do profes-sores Edson Roberto De Pieri e Carlos Alberto Marques, recebeu 46,06% dos votos. A eleição foi realizada dia 11 de novembro e levou 13.926 eleitores às urnas eletrônicas instaladas em 18 lo-cais de votação no campus da Trinda-de, em Florianópolis, e nos campi de Araranguá, Curitibanos, Blumenau e Joinville. A previsão é que a posse da nova gestão ocorra em maio de 2016.

Cancellier e Alacoque vencem eleição à Reitoria da UFSC

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Confraternização de Final de Ano

A confraternização de final de ano mais uma vez lotou o espaço da sede do SINTUFSC na noite do dia

19 de dezembro, reunindo companheiros e companheiras de luta e de trabalho, jun-tamente com seus familiares. A celebração encerra a série de eventos comemorativos

Fotos: Flávia Destri Garcia

promovida pela direção ao longo do ano e que tem trazido os filiados e seus familiares para dentro do sindicato. As confraternizações permitem a integra-ção entre os associados, fortalecendo a proximidade e os laços entre os membros da categoria, contribuindo em um momen-

to em que ela precisa estar unida para o enfrentamento daqueles que ameaçam a organização dos trabalhadores. É com este sentimento que a direção do sindicato deseja aos filiados um ano de 2016 próspero e feliz, comprometido com a busca da unidade da categoria.