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JORNAL COMUNICATIVO DE OLINDA Casa de Passagem e Rede Cidadã levam curso de hotelaria para Olinda Paradas de ônibus da Presidente Kennedy causam transtornos e acidentes Uma obra que veio para melhorar a situação dos usuários de ônibus, se tornou um problema sem fim. O primeiro corredor de ônibus a ser cons- truído em Olinda parece que se tornou o maior espaço de acidentes e mortes da cidade. A implan- tação de um corredor central de ônibus com oito paradas, parecido com o que existe na Avenida Caxangá no Recife foi feito na Avenida Presidente Kennedy, em Peixinhos. A faixa de ônibus tem 4 km e foi projetada para diminuir o tempo de viagem de quem precisa do transporte público, mas essa faixa hoje é usada até de estacionamentos. O grande problema é a enorme quantidade de acidentes que acontecem no local, alguns com vítimas fatais. Acidentes têm sido frenquentes porque os motoristas se atrapalham com a localização e com o ângulo das paradas. Além disso, a falta de sinali- zação na região aumenta os riscos de desastres. Usuários de ônibus são desrespeitados e às vezes não sabem se pegam ônibus nas paradas que não têm nenhuma placa de aviso ou nas improvisadas feitas pela própria população. A bagunça é tamanha que os ônibus circulam nas faixas dos carros e os carros nas faixas destina- das aos ônibus e nenhuma fiscalização é encontra- da para amenizar o caos que se torna nos horários de pico. Sem ciclovias, o local é perigo também para quem precisa usar suas bicicletas, pois acidentes graves com ciclistas acontecem com frequência. A Casa de Passagem Ana Vasconcelos em parceria com o Projeto Rede Cidadã trouxeram para Olinda o curso de hotelaria. O projeto é patrocinado pela União Europeia, que tem como objetivo promover a melhoria da qualidade de vida de jovens em situação de vulnerabilidade social dos municípios de Camaragibe, Moreno, Pau- lista e Olinda. O curso de hotelaria acontece na 7ª Re- gional Olinda, em Ouro Preto Cohab. O ob- jetivo da capacitação é profissionalizar os jo- vens para a inserção no mercado de trabalho já pensando nas oportunidades que surgirão em decorrência dos grandes eventos a serem sediados no Estado de Pernambuco e no Brasil a partir de 2013, como a Copa das Confede- rações e a Copa do Mundo de Futebol. Os jovens que participam do curso po- dem conhecer na prática a rotina de um esta- belecimento de hospedagem e postura profis- sional. Dinâmicas de grupos também são usadas para deixar os alunos mais seguros e com a auto-estima elevada. Imagem Google

JORNAL COMUNICATIVO DE OLINDA - Casa de Passagemcasadepassagem.org.br/uploads/532ae33f0eb98.pdf · lá ela alaga, fica feito um rio”, ... bairro de Ouro Preto Cohab, em Olinda,

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JORNAL COMUNICATIVODE OLINDA

Casa de Passagem e Rede Cidadãlevam curso de hotelaria para Olinda

Paradas de ônibus da Presidente Kennedycausam transtornos e acidentes

Uma obra que veio para melhorar a situação dos usuários de ônibus, se tornou um problema sem fim. O primeiro corredor de ônibus a ser cons-truído em Olinda parece que se tornou o maior espaço de acidentes e mortes da cidade. A implan-tação de um corredor central de ônibus com oito paradas, parecido com o que existe na Avenida

Caxangá no Recife foi feito na Avenida Presidente Kennedy, em Peixinhos. A faixa de ônibus tem 4 km e foi projetada para diminuir o tempo de viagem de quem precisa do transporte público, mas essa faixa hoje é usada até de estacionamentos. O grande problema é a enorme quantidade de acidentes que acontecem no local, alguns com vítimas fatais. Acidentes têm sido frenquentes porque os motoristas se atrapalham com a localização e com o ângulo das paradas. Além disso, a falta de sinali-zação na região aumenta os riscos de desastres. Usuários de ônibus são desrespeitados e às vezes não sabem se pegam ônibus nas paradas que não têm nenhuma placa de aviso ou nas improvisadas feitas pela própria população. A bagunça é tamanha que os ônibus circulam nas faixas dos carros e os carros nas faixas destina-das aos ônibus e nenhuma fiscalização é encontra-da para amenizar o caos que se torna nos horários de pico. Sem ciclovias, o local é perigo também para quem precisa usar suas bicicletas, pois acidentes graves com ciclistas acontecem com frequência.

A Casa de Passagem Ana Vasconcelos em parceria com o Projeto Rede Cidadã trouxeram para Olinda o curso de hotelaria. O projeto é patrocinado pela União Europeia, que tem como objetivo promover a melhoria da qualidade de vida de jovens em situação de vulnerabilidade social dos municípios de Camaragibe, Moreno, Pau-lista e Olinda. O curso de hotelaria acontece na 7ª Re-gional Olinda, em Ouro Preto Cohab. O ob-jetivo da capacitação é profissionalizar os jo-vens para a inserção no mercado de trabalho já pensando nas oportunidades que surgirão em decorrência dos grandes eventos a serem sediados no Estado de Pernambuco e no Brasil a partir de 2013, como a Copa das Confede-rações e a Copa do Mundo de Futebol. Os jovens que participam do curso po-dem conhecer na prática a rotina de um esta-belecimento de hospedagem e postura profis-sional. Dinâmicas de grupos também são usadas para deixar os alunos mais seguros e com a auto-estima elevada.

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Moradores reclamam da demora dos ônibus em Jardim Brasil

A população de Jardim Brasil I, em Olinda, tem recla-mado bastante da demora dos ônibus no bairro. Devido este problema muitos moradores são

obrigados a caminhar quar-teirões para então conseguir um coletivo. De acordo com os pas-sageiros dos ônibus, o tempo entre um coletivo e outro dura cerca de 40 minutos e algumas vezes até mais. Com isso, os co-letivos frequentemente passam lotados, causando total descon-forto para os usuários que via-jam. Além da falta de conforto, outro problema causado pela demora dos ônibus é o atraso dos passageiros aos seus com-promissos. “Faz tempo que eu não consigo chegar cedo ao

trabalho. Se eu quiser chegar no horário preciso madrugar no ponto dos ônibus.”, disse o usuário Fernando Miranda. A dona de casa Fátima Paz falou que por conta dos atrasos perdeu o médico da filha. “A de-mora foi tanta que não consegui chegar a tempo no consultório e aí minha filha acabou perdendo a consulta.”, lembrou Fátima. Os moradores torcem para que o problema seja solucionado o mais rápido possível. A popu-lação espera que a empresa re-sponsável pela linha do bairro possa colocar mais coletivos nas ruas o mais breve.

Falta iluminação nas ruas de Peixinhos

Existem algumas ruas no bairro de Peixinhos que apenas um poste funciona. Segundo os moradores, as lâmpadas de vários postes estão quebradas e outras queimadas, o que torna as vias da localidade quase intransi-táveis. Gilvan André, morador do bairro, disse que já ligou várias vezes para a companhia de abas-tecimento de energia, mas até agora nada foi feito. “Já ligamos e procuramos os responsáveis,

Falta de segurança em Peixinhos preocupa os moradores

mas eles só enrolam e não fazem nada”, disse Gilvan. A população fica temerosa de sair à noite por conta da escu-ridão, isso porque os bandidos se aproveitam da falta de ilu-minação para praticarem seus assaltos. Alguns moradores de-cidiram, por conta própria, colo-car lâmpadas na frente de suas residências para diminuir o breu nas ruas. Mas a ação isolada de um ou outro morador é insufi-ciente para resolver o problema.

“A gente tem receio de andar no escuro e acabar sendo assal-tado”, disse o vigilante Agenor Ferreira.

Os moradores do bairro de Peixinhos reclamam da falta de segurança pública no local. A in-segurança tem causado na popu-lação do bairro o medo até de sair de casa para ir a padaria. Alguns populares afirmam que os bandidos agem em plena luz do dia, assaltando comércios e transeuntes do bairro. Vários donos de estabelecimentos co-merciais usam grades para se protegerem da ação dos crimi-nosos. “A violência aqui em Pei-

xinhos nos assusta tanto que a gente fica refém dentro de nossas próprias casas”, diz o vendedor Adalberto Costa. A ousadia dos crimino-sos é tão grande que uma pes-soa já foi assassina próximo de um posto policial do bairro. Há quem diga que já foi assal-tado em frente de sua própria residência. “Fui assaltada uma vez na porta de casa, no mo-mento em que estava colocan-do o carro na garagem”, conta

a professora Ismaela Santiago. A população torce para que o policiamento no bairro seja reforçado e que a paz possa voltar ao bairro.

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Ruas em Peixinhos serão calçadas

A Prefeitura de Olinda re-solveu atender ao pedido dos moradores sobre o calçamento de algumas ruas de Peixinhos. Além da pavimentação, as vias terão um sistema de esgoto de melhor qualidade. Todas transversais da Ave-nida Presidente Kennedy serão recuperadas por conta dos bura-cos e da falta de saneamento. As contempladas com as obras são as ruas Austro Costa, Gen-til Ferreira Galvão, Lauro Diniz e Doutor Elesbão Coutinho, na Vila Popular; Jornalista Guerra de Holanda, 25 de Janeiro, 20 de Janeiro, 1º de Maio, Terezinha Bandeira e Maria Sodré da Mota,

em Peixinhos; Cônego Jonas Taurino, Celina de Melo Le-mos, Líbano, Nigéria e um tre-cho da Rua João Guimarães, no Loteamento Tamandaré. Com a complementação do calçamento, o local ficará

mais limpo, sem poeira, não haverá mais lama nos dias de chuva e as ruas esburacadas passaram a fazer parte do pas-sado. As famílias que residem na localidade terão um ganho significativo na qualidade de vida com a obra de urbanização do bairro. O morador Carlos Lopes falou da situação atual de sua rua e comemorou a melho-ria para o bairro. “Realmente isso aqui ficará muito melhor. As ruas são muito sujas e o aces-so dos carros aqui é complica-do, principalmente nos dias de chuva. Com o calçamento, será mais fácil para transitar”, disse o morador.

Buracos em Jardim Brasil atrapalham vida de moradores

Os buracos nas ruas de Jar-dim Brasil I estão prejudicando a população desde o ano passado, mas até agora foi feito para re-solver o problema. Alguns mora-dores dizem que já sofreram aci-dentes ou conhece quem sofreu por conta da buraqueira. Até a circulação dos ôni-bus pelas ruas do bairro tem sido prejudicada com o problema. Al-gumas linhas chegaram a mudar seus itinerários por conta dos buracos. Na Rua Santa Catarina, em Jardim Brasil I, uma mora-dora idosa sofreu um acidente por conta de um buraco. Quan-

do chove a situação fica ainda mais complicada. Em alguns locais as placas de concreto estão fora do lugar. “Com as chuvas a gente deixa de passar nesta rua, porque do meio para lá ela alaga, fica feito um rio”, diz o motorista Luís Antônio da Silva. Os motoristas do bairro reclamam da dificuldade para circular com tranquilidade pe-las ruas e avenidas do local. O motivo da queixa é que tem bu-racos por toda a parte. De acor-do com os donos de veículos, alguns chegam a ocupar toda

uma faixa da pista, obrigando os veículos a desviar pela faixa contrária. Populares dizem que até a mídia já foi procurada para relatar o problema.

Droga tira a felicidade de várias famílias

Populares da Rua C-3 no bairro de Ouro Preto Cohab, em Olinda, se queixam de um bu-raco causado por um cano estou-rado na via. Uma imensa cratera se formou no local, atrapalhando o fluxo de veículos e pedestres na área. Segundos os moradores o buraco surgiu depois que um cano se rompeu no local. A COM-PESA foi chamada e na hora de

fazer o conserto acabou aumen-tando mais ainda a cratera.Se antes o desperdício de água preocupava os moradores do local, hoje é o buraco que vem causando transtornos. Veículos de grande porte precisam mu-dar o caminho porque na Rua C-3 é impossível trafegar.A população torce para o pro-blema ser resolvido o quanto antes.

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Expediente:

Coordenação Geral do Projeto:Cristina Mendonça

Assessoria e Coordenação Técnica:Luciana Caravelas

Assessor de Comunicação:Jamesson VieiraMariama Oliveira

Instrutores do curso JornalismoComunitário:

Cristiano MendonçaDiego SantanaEleonora PereiraJamesson Vieira

Olinda faz o maior carnaval do mundosem deixar de lado a tradição

Em seus primórdios, a história do carnaval de Olinda confunde-se com a história da folia no Recife e em Pernambuco. Tal como hoje a conhecemos, a maior festa popular do mundo é um evento relativamente re-cente, sendo marcado pelo surgimento de agremiações como o Clube Carnavalesco Misto Lenhadores, fundado em 1907, e o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas, de 1912, ambos ainda presentes nos carnavais da atualidade. O carnaval de Olinda preserva as mais puras tradições da folia pernambucana e nordestina. Todo ano, pelas ruas e ladeiras da Cidade Alta desfilam centenas de agremiações carnavalescas e tipos populares, que man-têm vivas as genuínas raízes da mais popular festa do Brasil. São clubes de frevo, troças, blocos, maracatus, ca-

boclinhos, afoxés, cujas manifestações traduzem a mistura dos costumes e tradições de brancos, ne-gros e índios, base da formação do nosso povo e de nossa cultura. Um diferencial da folia olindense são os bonecos gigantes, dos quais todo ano são criados novos tipos, e hoje já são mais de uma centena desfilando nas ruas e ladeiras da cidade. Na Terça-feira Gor-

Lixos se acumulam pelas ruas de Olinda

As reclamações da falta de coleta de lixo em Olinda são diárias e vêm de todos os bairros, do Sítio Histórico até a periferia.

Como não ocorre o recolhimen-to regular, a população está deixando tudo nas ruas. Um exemplo são as calçadas dos imóveis e os terrenos baldios que estão servindo de depósi-to de lixo para a população da área. Os moradores aproveitam o espaço para jogar metralha e lixo doméstico. A coleta de lixo é um dos grandes problemas no sítio histórico de Olinda e arredores. A situação piora ainda mais por conta da falta de educação dos moradores, que jogam o lixo nas ruas. Na Avenida Joaquim Nabuco (Varadouro),

os entulhos se acumulam pe-las calçadas. Nas ladeiras da Misericórdia e da Sé a situação é semelhante. Na Rua 13 de Maio, o problema se repete. Na Avenida Presidente Ken-nedy, em Peixinhos, a cena se repete ao logo de toda a via. Móveis e equipamentos velhos, pedaços de árvores e pneus ficam à mercê do tempo pelas ruas da cidade. Nas ruas onde diariamente caminham turistas e centenas de olin-denses é comum encontrar nas calçadas entulhos como pe-dras, troncos e restos de cons-trução

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Jovens integrantes do curso:

Ane Kalyne Melo de SantanaCaio FelipeCaio Gabriel da Silva BezerraDarlan Bennett da Silva BragaDayron SilvaEdson Matheus da Silva Almeida de MeloEloísa OliveiraErika da Silva BarbosaErika Natalia Silva do NascimentoEulaine Gonçalves Santos FerreiraFábio de Oliveira BatistaHeloisa dos Santos Silva

Izabela Nunes da S. PereiraJuan Niteren Albuquerque ValençaJuliana Oliveira G da SilvaKarolynne Maria de Souza PereiraKerolaynne Augusta de Souza PereiraLaryssa Danielle Meira da SilvaLiandra Gonçalves Ferreira da SilvaMarcela LinsMaria Augusta Barbosa da SilvaMaria Vitória de OliveiraMayara Cardine de PaulaMicaella Eduarda da Silva dos SantosPedro Gabriel Gomes CardosoRafael Oliveira

Renata Marcela Farias SilvaRuan Victor Lopes de OliveiraSandrine Miranda de AraújoSuellen RegueiraTayane AraújoTaylaine GrazielaTayná RibeiroThyago Henrique de Paula SantosTiago Hiberton Lopes LacerdaVitor Luis dos Santos SilvaViviane Kelly da Silva SantosWanderson Lucas de Santana SilvaWilliam Viana dos SantosYasmin Fernanda Camila da Silva

da, eles se reúnem e mostram toda sua graça entre os largos do Guadalupe e do Varadouro, em um encontro que se tornou tradição da folia em Olinda. Esses bonecos são uma herança européia e têm sua origem nas procissões do século XV. Lá, os bonecos acompanhavam os cortejos religiosos. Aqui, enfeitam a festa pagã. O primeiro boneco a sair às ruas de Olinda foi o Homem da Meia-Noite, que anima a folia desde 1932. Os tipos populares também são outra tradição do Car-naval de Olinda. A cada ano, eles enchem as ladeiras da Ci-dade Alta encarnando personagens inspirados tanto nos no-ticiários do dia a dia, como nos mais tradicionais costumes, todos retratando em suas fantasias a irreverência e a crítica social

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