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1 Quinta-Feira - 10 de Dezembro de 2015 Edição 1.364 1364 EDIÇÃO Quinta-Feira 10 Dezembro / 15 Sistema computacional inteligente incrementa tecnologia do Simepar De Curitiba Assessoria O Simepar (Sistema Mete- orológico do Paraná) está incorporando à sua tecnologia um novo sistema inteligente de armazenamento de altos volu- mes de dados ambientais. O equipamento é fornecido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídri- cos por meio do Programa de Fortalecimento da Gestão de Riscos e Desastres Naturais com recursos do Banco Mun- dial ao custo de R$ 2 milhões. O contrato de aquisição já está assinado e a entrega está prevista para daqui a 60 dias. Participam do programa a Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Simepar, Mineropar e Coordenadoria Estadual da Defesa Civil. Composta por equipa- mentos de alto desempe- nho, a computação científica aumenta a capacidade para processar e armazenar dados e informações meteorológicas e hidrológicas provenientes de sensores remotos, saté- lites, radares e sistema de detecção de raios. Considerando a exposi- ção das populações a desas- tres naturais e desequilíbrios ambientais decorrentes das mudanças climáticas, o Sime- par torna o conhecimento científico disponível a toda sociedade para que esta possa adotar as medidas pre- ventivas sempre que necessá- rias em caso de tempestades severas, incidência de raios e geadas, entre outros fenôme- nos meteorológicos. "O sistema adquirido vem reforçar o parque computa- cional do Simepar para dar suporte a algumas iniciativas em curso", explica o diretor Eduardo Alvim Leite. A pri- meira função será armazenar o extenso conjunto de simula- ções geradas pelo sistema de previsão numérica utilizado nos alertas de tempo severo. A segunda função será com- portar os dados gerados pelos novos equipamentos de monitoramento hidrometeoro- lógico, como o radar de Cas- cavel, que faz atualizações com frequência de até 5 minu- tos. A terceira função será hospedar o banco climatoló- gico do Estado do Paraná, que incorpora dados e imagens de diversas instituições relativas a dezenas de anos, crescendo exponencialmente conforme são recuperadas informações do passado e novas são gera- das em um processo perma- nente. Para o secretário estadual do Meio Ambiente, Ricardo Soavinski, o novo sistema é um investimento que se traduz em mais segurança para o cidadão, especialmente para quem vive em áreas vulnerá- veis a eventos climáticos seve- ros, pois permitirá ao Simepar aprimorar seu trabalho e exe- cutar suas funções de forma interligada a outros órgãos do governo, como a Defesa Civil, que faz o atendimento à popu- lação em casos de riscos de desastres naturais. INFRAESTRUTURA – Essa tecnologia vem complementar o conjunto de aquisições feitas pelo Governo do Estado para o Simepar. Desde 2013 foram adquiridos um moderno radar meteorológico instalado em Cascavel, 15 estações meteo- rológicas e um supercomputa- dor dotado de 320 núcleos de processamento, 1.2 terabytes de memória RAM e uma rede de alta velocidade. "Com capacidade de 70 terabytes e biblioteca de fitas automatizada com 700 tera- bytes, o novo equipamento permitirá expandir o hori- zonte de tempo, aumentar a resolução espacial e a área de abrangência, melhorando a qualidade das pesquisas e de todos os serviços prestados", informa o coordenador de Informática do Simepar, Fábio Sato. O Programa de Fortaleci- mento da Gestão de Riscos e Desastres Naturais prevê ainda a compra de dois novos radares a serem instalados na Região Metropolitana de Curi- tiba e no Litoral.

Jornal Correio Notícias - Edição 1364 (10/12/2015)

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Jornal Correio Notícias - Edição 1364 (10/12/2015)

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1Quinta-Feira - 10 de Dezembro de 2015Edição 1.364

1364EDIÇÃO

Quinta-Feira 10Dezembro / 15

Sistema computacional inteligente incrementa tecnologia do Simepar

De Curit ibaAssessoria

O Simepar (Sistema Mete-orológico do Paraná) está incorporando à sua tecnologia um novo sistema intel igente de armazenamento de altos volu-mes de dados ambientais. O equipamento é fornecido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídri-cos por meio do Programa de Fortalecimento da Gestão de Riscos e Desastres Naturais com recursos do Banco Mun-dial ao custo de R$ 2 milhões.

O contrato de aquisição já está assinado e a entrega está prevista para daqui a 60 dias. Participam do programa a Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Simepar, Mineropar e Coordenadoria Estadual da Defesa Civi l .

Composta por equipa-mentos de alto desempe-nho, a computação científ ica aumenta a capacidade para processar e armazenar dados e informações meteorológicas e hidrológicas provenientes de sensores remotos, saté-l i tes, radares e sistema de detecção de raios.

Considerando a exposi-ção das populações a desas-tres naturais e desequilíbrios ambientais decorrentes das

mudanças cl imáticas, o Sime-par torna o conhecimento científ ico disponível a toda sociedade para que esta possa adotar as medidas pre-ventivas sempre que necessá-rias em caso de tempestades severas, incidência de raios e geadas, entre outros fenôme-nos meteorológicos.

"O sistema adquirido vem reforçar o parque computa-cional do Simepar para dar suporte a algumas iniciativas em curso", explica o diretor Eduardo Alvim Leite. A pri-meira função será armazenar o extenso conjunto de simula-ções geradas pelo sistema de previsão numérica uti l izado nos alertas de tempo severo. A segunda função será com-portar os dados gerados pelos novos equipamentos de monitoramento hidrometeoro-lógico, como o radar de Cas-cavel, que faz atualizações com frequência de até 5 minu-tos. A terceira função será hospedar o banco cl imatoló-gico do Estado do Paraná, que incorpora dados e imagens de diversas instituições relativas a dezenas de anos, crescendo exponencialmente conforme são recuperadas informações do passado e novas são gera-das em um processo perma-nente.

Para o secretário estadual

do Meio Ambiente, Ricardo Soavinski, o novo sistema é um investimento que se traduz em mais segurança para o cidadão, especialmente para quem vive em áreas vulnerá-veis a eventos cl imáticos seve-ros, pois permitirá ao Simepar aprimorar seu trabalho e exe-cutar suas funções de forma interl igada a outros órgãos do governo, como a Defesa Civi l ,

que faz o atendimento à popu-lação em casos de riscos de desastres naturais.

INFRAESTRUTURA – Essa tecnologia vem complementar o conjunto de aquisições feitas pelo Governo do Estado para o Simepar. Desde 2013 foram adquir idos um moderno radar meteorológico instalado em Cascavel, 15 estações meteo-rológicas e um supercomputa-

dor dotado de 320 núcleos de processamento, 1.2 terabytes de memória RAM e uma rede de al ta velocidade.

"Com capacidade de 70 terabytes e bibl ioteca de f i tas automatizada com 700 tera-bytes, o novo equipamento permit i rá expandir o hor i-zonte de tempo, aumentar a resolução espacial e a área de abrangência, melhorando a

qualidade das pesquisas e de todos os serviços prestados", informa o coordenador de Informática do Simepar, Fábio Sato.

O Programa de Fortaleci-mento da Gestão de Riscos e Desastres Naturais prevê ainda a compra de dois novos radares a serem instalados na Região Metropolitana de Curi-t iba e no Litoral.

2 Quinta-Feira - 10 de Dezembro de 2015Edição 1.364 OPINIÃO

jornalística correio do norte s/c ltda cnpj: 07.117.234/0001-62

Siqueira CamposCornélio ProcópioCuritibaIbaitiJapiraJabotiSalto do ItararéCarlópolisJoaquim TávoraGuapiramaQuatiguáJacarezinhoConselheiro MairinckPinhalão

Direção

Elizabete GoisreDação

Isaele Machado, Regiane Romão, Gilberto GimenesJorNaLiSTa reSPoNSÁVeL

Regiane Romão - MTB: 0010374/PRDiaGraMação

André MachadoaDMiNiSTraTiVo

Gênesis Machado, Claudenice MachadoCoLUNiSTa

Gênesis Machado

CirCULação

rePreSeNTação

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História sem pé nem cabeçaRafael de Mesquita Diehl é

mestre em História pela UFPR e professor de História no ensino fundamental II

A história é definida como a ação do homem no tempo e no espaço. Disso subentende-se que ela está intimamente l igada às noções de cronologia e de geografia. A historiografia é o conjunto de estudos, aná-l ises e interpretações constru-ídas ao longo do tempo sobre os diversos acontecimentos e contextos históricos.

Embora não se reduza ao aprendizado cronológico, na discipl ina de História o aluno deve entender os acon-tecimentos dentro de uma sequência temporal lógica e observá-los como inseridos em determinada localidade geográfica, para evitar cair em um abstracionismo distante da realidade.

Um bom currículo de His-tória deve oferecer diferen-tes interpretações, buscando salientar os fatos e contextos históricos e não uma interpre-tação em particular. O que há em comum na História entre

estudantes com diversas visões de mundo senão os fatos e o contexto dos dife-rentes períodos históricos? A recente Base Nacional Cur-ricular Comum proposta pelo MEC privi legia interpretações específ icas da História em detrimento da cronologia e dos contextos históricos. Os períodos antigo e medieval são praticamente erradicados do currículo, como se nosso mundo surgisse do nada a partir do século 16.

A BNCC estrutura seus conteúdos com eixos temá-ticos, privi legiando relações de poder e interesses entre grupos étnicos, sociais ou econômicos, focando o perí-odo entre os séculos 16 e 21, tendo o Brasil como centro. Assim, a base curricular do MEC privi legia uma interpre-tação pautada na História Social que prioriza a ideia de ruptura com o passado e que menospreza a formação cultu-ral europeia anterior ao século 16, que muito influenciou os processos históricos posterio-res.

O Brasil teve uma grande contribuição cultural dos povos ameríndios e africa-nos; entretanto, é inegável que a estrutura institucional e a visão do mundo da maioria do povo brasileiro t iveram uma grande influência europeia: nossos valores e modo de ver o mundo vieram, em grande parte, da f i losofia grega e das crenças judaicas e cristãs, ao passo que nosso aparato jurídico é herdeiro do Direito Romano.

É curioso que um currí-culo que se diz pautado em uma dimensão cidadã ignore a contribuição do judaísmo e do crist ianismo para a valoriza-ção das pessoas com deficiên-cias físicas ou mentais (o que não ocorria no mundo pagão greco-romano); a contribuição da Escola de Salamanca e dos debates sobre os direitos indí-genas nas Américas para as noções de direitos humanos; e a teoria polít ica tomista como contributo para as noções de l imites da autoridade e de par-t icipação polít ica das instân-cias menores, dentre outras

coisas.O documento igualmente

ignora as mais recentes abor-dagens historiográficas sobre a Idade Média, o Brasil Colo-nial e a História Cultural. A base deveria se centrar nos acontecimentos e contextos históricos, possibi l i tando aos alunos o conhecimento de dis-t intas abordagens historiográ-f icas.

Há elementos posit ivos na BNCC proposta pelo MEC, como fr isar os métodos de pesquisa e a análise crít ica das fontes e um maior des-taque às diversidades dos povos ameríndios e africanos. Entretanto, quem olhar o cur-rículo proposto tanto para o ensino fundamental quanto para o ensino médio obser-vará que parece um contínuo “vai-e-volta”, fazendo com que o aluno se confunda ainda mais nos níveis cronológico e espacial. O MEC faria melhor se insistisse na importância de l inhas do tempo e mapas históricos do que impor uma interpretação historiográfica a todo o ensino de História.

Carlos Alberto Di Franco é jornalista

A política brasileira está podre. Ela é movida a dinheiro e poder. “Dinheiro compra poder, e poder é uma ferramenta poderosa para se obter dinheiro. É disso que se tratam as eleições: o poder arrecada o dinheiro que vai alçar os candidatos ao poder. Saiba que você não faz diferença alguma quando aperta o botão verde da urna eletrônica para apoiar aquele candidato oposicionista que, quem sabe, possa virar o jogo. No Brasil, não importa o Estado, a única coisa que vira o jogo é uma avalanche de dinheiro. O jogo é comprado, vence quem paga mais”. Assustador o diagnóstico que o juiz Marlon Reis faz da política brasileira. Conhecido por ter sido um dos mais vibrantes articuladores da coleta de assinaturas para o projeto popular que resultou na Lei da Ficha Limpa foi o primeiro magistrado a impor aos candidatos a prefeito e a vereador revelar os nomes dos financiado-res de suas campanhas antes da data da eleição. Seu livro Nobre deputado: Relato chocante (e verdadeiro) de como nasce, cresce e se perpetua um corrupto na política Brasileira, merece uma reflexão.A radiografia do juiz, infelizmente, vai sendo poderosamente confir-mada pelas revelações feitas pela Operação Lava Jato. Em resumo, amigo leitor, durante os governos petistas, ancorados num ambicioso projeto de perpetuação no poder, os contratos da maior empresa bra-sileira com grandes empreiteiras eram usados como fonte de propina para partidos e políticos. Dá para entender as razões da vergonhosa crise da Petrobras – pilhagem, saque, banditismo, estratégia hege-mômica –, que atinge em cheio os governos de Dilma Rousseff e Lula.O escândalo da Petrobras, pequena amostragem do que ainda pode aparecer, é a ponta do iceberg de algo mais profundo: o sistema eleitoral brasileiro está bichado e só será reformado se a sociedade pressionar para valer. Hoje, teoricamente, as eleições são livres, embora o resultado seja bastante previsível. Não se elegem os melhores, mas os que têm mais dinheiro para financiar campanhas sofisticadas e milionárias. Empresas investem nos candidatos sem qualquer idealismo. É negócio. Espera-se retorno do investimento. A máquina de fazer dinheiro para perpetuar o poder tem engrenagens bem conhecidas no mundo político: emendas parlamentares, convê-nios fajutos e licitações com cartas marcadas.A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) reduzindo a indecorosa promiscuidade entre empresas e candidatos foi um passo importante. Mas a criatividade da bandidagem não tem limites. Impõe-se permanente vigilância das instituições. Todos são capazes de intuir que a informação tem sido a pedra de toque da moralização da política. Você é capaz de imaginar o Brasil sem jornais? O apoio à imprensa é uma questão de sobrevivência democrática.O macroescândalo da Petrobras promete. O mensalão já parece um berçário. O Brasil está piorando? Não. Está melhorando. A exposição da chaga é o primeiro passo para a cura do doente. Ao divulgar as revelações da Lava Jato, a imprensa cumpre relevante papel: impede que o escândalo escorregue para a sombra do esquecimento. Tem gente que não gosta da imprensa. Lula, por exemplo, ensaia lições de ética jornalística ao criticar os “vazamentos seletivos” contra o PT. Beleza. E quando o vazamento é feito pelo PT, prática recorrente, tudo bem? A imprensa existe para divulgar informações relevantes. E alguém duvida da importância das informações da Lava Jato?Afinal, qual é a perversidade que deve ser creditada na conta dessa imprensa tão cinicamente questionada por Lula? A denúncia de recorrentes atos de corrupção que nasceram como cogumelos à sombra da cumplicidade presidencial? Ou será que a irritação de Lula é provocada pelo desnudamento de seu papel na crise que assola o Brasil? A sustentação do governo de coalizão, aético e sem limites, deu no que deu .O Brasil depende – e muito – da qualidade da sua imprensa e da coerência ética de todos nós. Podemos virar o jogo. Acreditemos no Brasil e na democracia.

Podridão e esperança

O dilema dos pais: equilibrar afeto e limitesJacir J. Venturi, coordenador da Universidade Positivo, foi professor

da UFPR, PUCPR e diretor de escolaNós, pais, vivemos atualmente alguns dilemas angustiantes: ofere-

cemos aos nossos filhos um caminho por demais florido, plano e pavi-mentado, mas temos certeza de que mais tarde irão percorrer trilhas e escarpas pedregosas; protegemos nossas crianças e adolescentes das pequenas frustrações, mas bem sabemos que a vida, mais tarde, fatalmente se encarregará das grandes; tudo fazemos para não privar nossos filhos de conforto, bens materiais, shoppings, lazer etc., mas, agindo dessa maneira, não estamos criando uma geração por demais hedonista e alheia aos problemas sociais?

Para esses paradoxos, não há manual de instruções. Mas, se hou-vesse, duas palavras comporiam o título deste manual: afeto e limites. São pratos distintos de uma balança em que há de prevalecer o equilí-brio, a medida certa e o bom senso. Mais do que no passado, o jovem de hoje, ao percorrer o seu caminho, encontra muitas bifurcações, tendo, com frequência, de decidir entre o bem e o mal, entre o certo e o errado.

Em cada etapa da vida, é bom que o nosso educando cometa peque-nos erros e seja responsabilizado por eles. Além disso, é preciso que tenha clareza das nefastas consequências dos grandes ou irreversíveis erros, para que possa evitá-los. Por exemplo: gravidez indesejada e DST; exposição excessiva ao risco; envolvimento com drogas, álcool, tabaco, brigas violentas, furtos etc.

O doutor Dráuzio Varella, com a autoridade de quem conviveu com as mais profundas metamorfoses do ser humano como médico no pre-sídio do Carandiru, cita os dois principais fatores que levam o indivíduo aos descaminhos da marginalidade: negligência afetiva e ausência de limites. A nossa relação com o educando – seja filho ou aluno – não

pode ser tíbia, leniente, permissiva, mas sim intensa e proativa, sobre-tudo na imposição de disciplina, respeito às normas e à hierarquia. Até porque quem bem ama impõe privações e limites. E sem disciplina não há aprendizagem na escola – e muito menos para a vida.

“A estrutura básica do ser humano não é a razão, e sim o afeto”, ensina apropriadamente Leonardo Boff, autor de 72 livros e renomado intelectual brasileiro. Realmente, quanto mais tecnológico se torna o mundo hodierno, maiores são as demandas por valores humanos e afe-tivos.

Recente pesquisa patrocinada pelo Unicef mostra que, para 93% dos jovens brasileiros, a família e a escola são as instituições mais importantes da sociedade. Crianças e adolescentes que têm, em casa e no colégio, limites e modelos de afeto raramente se envolvem com drogas ou violência, pois se nutrem de relacionamentos estáveis e sadios.

Num crescendo, a criança e o adolescente devem adquirir o direito de fazer escolhas, aprendendo a autoadministrar-se. “Sem liberdade, o ser humano não se educa. Sem autoridade, não se educa para a liberdade”, pondera o educador suíço Jean Piaget. Autoridade e liber-dade, exercidas com equilíbrio, são manifestações de afeto, ensejam segurança e proteção para a vida adulta. “Autoridade é fundamental, a superproteção e a permissividade impedem que os jovens amadure-çam”, completa a professora da UFRJ Tânia Zagury.

Devemos dar aos nossos filhos raízes e asas: valores e liberdade. E nós, pais, educamos pouco pelos cromossomos e muito pelo “como-somos” (os exemplos que damos). Sai sempre ganhando quem sabe amar, dialogar, tolerar, e também quem sabe ser firme e coerente em suas atitudes.

3Quinta-Feira - 10 de Dezembro de 2015Edição 1.364POLÍTICA

ESCuDO E fORTALEzA, DEuS!

LupiON x VENERi O deputado Pedro Lupion (DEM) fez um discurso ao estilo Abelardo Lupion na Assembleia Legislativa para responder o deputado Tadeu Veneri (PT) que vem acusado o possível processo de impeachment de golpe. Lupion não precisou se esforçar os últimos escândalos ocorri-dos no governo PT, passado pelas prisões do mensalão, depois o petróleo e atual capacidade de governar o País que entrou em uma recessão e crise que parece que não tem fim. O deputado Tadeu Veneri já foi um guerreiro do PT, mas é hora seguir o exemplo dos deputados, Toninho Wandscheer e o Assis do Couto que deixaram o partido.

fiSCALizAçãO A polícia Militar de Siqueira Campos está fazendo blitz e batidas no transito frequentemente. A operação é em virtude do fim de ano, onde o índice de criminalidade aumenta. Mas também serve para coibir aqueles que andam sem carteira, sem documentos e tudo “zicado”. Isso ai, a polícia tem que fazer isso mesmo, mas sempre usando o bom senso, afinal a polícia está ai para servir e proteger a população.

féRiAS COLETiVAS Além do recesso de final de ano, a prefeitura de Siquera Campos, vai fechar as portas, ou seja, nem vai abrir no dia 2 de janeiro e vai abrir somente em fevereiro. Mas serviços de urgência vão funcionar, segundo informações. Há que diga que não é uma boa ideia por ser um ano política, mas deve ter alguma estratégia por trás de tudo isso. Se não prejudicar a população esta tudo certo...

CRíTiCAO ministro da Cultura, Juca Ferreira, criticou o que chamou de ten-tativa de quebra da ordem democrática e golpe em curso no país, ao fazer no domingo (7), o discurso de abertura do encontro internacio-nal Emergências, que debate cultura, ativismo e política, no Rio de Janeiro. Juca foi interrompido diversas vezes pela plateia, com gritos de “não vai ter golpe” da plateia, numa referência ao processo de impeachment em discussão na Câmara dos Deputados contra a pre-sidenta Dilma Rousseff.

ELEiçãO ADiADAA eleição da Comissão Especial que irá analisar o pedido de impea-chment da presidenta Dilma Rousseff foi adiada para a sessão ordi-nária da Câmara de amanhã (8), que tem início às 14h. A decisão foi anunciada pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em reunião com líderes da base governista e da oposição. A eleição da comissão estava prevista para as 18h de segunda-feira (7). Cunha disse que a votação nas chapas (com nomes dos candidatos a mem-bros titulares e suplentes da comissão) será o primeiro item da pauta e deverá começar por volta das 17h. A comissão será composta por 65 deputados titulares e igual número de suplentes.

NOTA pARANáO Governo do Paraná sorteou na manhã desta terça-feira (8), no Palá-cio das Araucárias, em Curitiba, os primeiros 250 mil bilhetes premia-dos do programa de cidadania fiscal Nota Paraná. Foram sorteados três prêmios especiais de Natal - de R$ 200 mil, R$ 120 mil e R$ 80 mil, além de valores menores, de R$ 1 mil, R$ 250,00 R$ 50,00 R$ 20,00 e R$ 10,00. No total serão distribuídos R$ 3,14 milhões.

NOTA pARANá iA entrega dos principais prêmios será feita no dia 15 de dezembro em evento no Palácio Iguaçu, com a presença do governador Beto Richa. O Governo do Paraná sorteou na manhã de terça-feira (8), no Palácio das Araucárias, em Curitiba, os primeiros 250 mil bilhetes premiados do programa de cidadania fiscal Nota Paraná. Foram sorteados três prêmios especiais de Natal - de R$ 200 mil, R$ 120 mil e R$ 80 mil, além de valores menores, de R$ 1 mil, R$ 250,00 R$ 50,00 R$ 20,00 e R$ 10,00. No total serão distribuídos R$ 3,14 milhões. A entrega dos principais prêmios será feita no dia 15 de dezembro em evento no Palácio Iguaçu, com a presença do governador Beto Richa.

A CARTAApós o presidente nacional do PMDB, o vice-presidente da Repú-blica, Michel Temer, enviar uma carta à presidente Dilma Rousseff na qual apontou episódios que demonstrariam a "desconfiança" que o governo tem em relação a ele e ao PMDB, políticos de diferentes repercutiram na terça-feira (8) o teor do documento. A mensagem, segundo a assessoria da Vice-Presidência, foi enviada em "caráter pessoal" a chefe do Executivo e, nela, Temer não "não propôs rom-pimento" com o governo ou entre partidos, mas defendeu a "reunifi-cação do país". Em um trecho, Temer escreve que passou o primeiro mandato de Dilma como um "vice decorativo" e diz que perdeu "todo protagonismo político" que teve no passado.

pOR GÊNESiS MACHADO

Reformulada, Rede 399 é apresentada a 30 municípios

De CuritibaAssessoria

A Secretaria Especial para Assuntos Estratégicos, em parceria com a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Cele-par), apresentou nesta quar-ta-feira (9) a reformulação do programa Rede 399 - Internet para Todos, para parceiros, pro-vedores e prefeitos de 30 muni-cípios do Estado. O programa de inclusão digital visa diag-nosticar a realidade de cada região e encontrar as soluções para levar a internet a todos os municípios, tanto na zona urbana quanto na rural.

Com a nova proposta, a secretaria passa contatar cada município, individualmente, para informar sobre a Rede 399 – antes, eram as cidades que procuravam o programa.

De acordo com o secretário Flávio Arns, o projeto foi repen-sado de maneira colaborativa, identificando as necessidades e buscando as soluções para melhores resultados. "Antes o município poderia vir atrás do programa e se informar. Agora,

a secretaria vai a todos os 399 municípios, pois uma cidade com internet e comunicação vai ser sempre mais desenvolvida e com perspectivas", explica Arns.

No encontro foram apresen-tadas as ações reestruturadas da Rede 399 e os projeto- pilo-tos de dez cidades que já se interessaram pelo programa e estão em fase de adaptação. "O Governo do Estado quer levar a internet a todos os municípios e toda a população", afirma o diretor de infraestrutura e ope-rações da Celepar, Luiz Fer-nando Ballin Ortolani.

PARTICIPANTES - Os pre-feitos dos dez municípios que se interessaram pelo programa - Tupãssi, Campo Magro, Cam-pina do Simão, Ribeirão Claro, Alvorada do Sul, Jussara, Mari-ópolis, Guaraqueçaba, Porto Vitória e Maria Helena - foram os primeiros a serem inseridos no Rede 399 e saíram da reu-nião com o estudo completo feito pela Celepar sobre o que pode ser feito na cidade.

O prefeito de Floresta, José Roberto Ruiz, recebeu o estudo completo. "O próximo passo é

fazer um estudo de viabilidade, da área e dos custos. Enfim, um levantamento geral para colo-car isso no papel e dar início à instalação", diz o prefeito.

Outros 20 municípios foram convidados a participar do encontro para conhecer melhor o programa, sanar dúvidas e entender como encaixar a sua realidade ao programa. São eles: Antonina, Bom Sucesso do Sul, Boa Ventura do São Roque, Campo Do Tenente, Céu Azul, Chopinzinho, Conse-lheiro Mairinck, Floresta, Icara-íma, Joaquim Tavora, Morretes, Ortigueira, Piraquara, Porecatu, Reserva, Tamarana, Tamboara, Terra Roxa, Vera Cruz do Oeste e Virmond.

A prefeita de Virmond, Lenita Mierzva, conheceu o programa e deseja instalar o Rede399 em sua região. "Hoje entrego o relatório do meu município e concluo o meu primeiro passo. É pela internet que se leva o conhecimento a população, por isso vejo a importância para o meu município de desenvolver esse grande programa", explica Lenita.

INTERNET - O Rede 399

busca disseminar o uso de internet banda larga nas cida-des paranaenses.

Com a instalação da rede, as prefeituras poderão dispo-nibilizar novos serviços online para a população e interligar unidades administrativas. É possível levar internet aos dis-tritos ou comunidades rurais, ampliando o acesso da popu-lação, aumentando a inclusão digital e social.

O município de Ubiratã tem hoje uma rede estável, de alta velocidade, em 44 pontos de interesse municipal. A empresa ganhadora da licitação implan-tou 12 km de fibra ótica, o que permitiu a oferta de internet de ótima qualidade para empresas e cidadãos que optaram pela contratação dos serviços.

Com a implantação da Rede 399 Ubiratã disponibilizou o acesso à internet gratuita atra-vés do Programa Espaço Cida-dão, permitindo a inclusão e qualificação da população. Além disso, o município implantou o sistema de Gestão Integrada de Relacionamentos (GIR), experi-mentando praticidade e intera-ção com a comunidade.

Contagem dos votos da eleição para diretores é concluída

De CuritibaAssessoria

A apuração dos votos da eleição dos diretores das esco-las estaduais do Paraná foi encerrada nesta quarta-feira (9). Nos 2.026 estabeleci-mentos de ensino onde houve votação, 1.987 já estão com os diretores e vices definidos, o que representa 98,08% da elei-ção. Os 32 Núcleos Regionais de Educação já sabem quantas escolas terão que realizar uma segunda votação – em 17 esco-las nenhuma chapa atingiu a maioria dos votos e em outras 22 não houve o quórum mínimo de 35% dos votantes.

As eleições aconteceram em 2.026 das 2,1 mil escolas da rede estadual de ensino. Não

houve escolha de direção nas escolas indígenas e nas religio-sas, que também fazem parte da rede, mas possuem regras específicas.

A segunda votação será em 18 de dezembro. "Toda a comu-nidade escolar, estudantes, pais, professores e funcionários saem mais fortalecidos deste processo de escolha. Termina-mos o ano com um belo exercí-cio de democracia e cidadania", afirmou a secretária da Educa-ção, professora Ana Seres.

VOTAÇÃO – O processo de escolha dos diretores aconte-ceu em 3 de dezembro e envol-veu as 2 mil escolas estaduais. A votação aconteceu de forma tranquila e a principal mudança neste ano foi o voto universal, com o mesmo peso para profes-

sores, funcionários, pais e estu-dantes com mais de 16 anos.

O mandato é de quatro anos e o diretor terá o traba-lho avaliado pela comunidade, com metas para cumprir. Após dois anos, o Conselho Escolar, formado por alunos, pais, pro-fessores e funcionários, fará uma avaliação do cumprimento das metas e da prestação de contas.

HISTÓRICO – Em novembro de 2014, a Assembleia Legis-lativa aprovou a proposta do Governo do Estado para prorro-gar a eleição de diretores para 2015.

Na época, a decisão de alte-ração da lei atendia a uma soli-citação dos professores, que tiveram em 2014 um ano letivo comprometido por vários even-

tos, como a Copa do Mundo, a paralisação da categoria e enchentes em algumas regiões do Paraná. O calendário esco-lar ficou bastante prejudicado. Os diretores tinham receio de que, naquele momento, o pro-cesso de escolha prejudicasse o andamento dos trabalhos pedagógicos.

No projeto de lei enviado em 2015 à Assembleia Legisla-tiva foram propostas mudanças importantes, como a do voto universal e a exigência de que o candidato a diretor apresente um Plano de Ação, a ser ava-liado pela comunidade escolar no transcorrer da gestão. O projeto de lei foi aprovado pelos deputados estaduais e a lei foi sancionada em 13 de outubro de 2015.

No eNcoNtro foram apreseNtadas as ações reestruturadas da rede 399 e os projeto- pilotos de dez cidades que já se iNteressaram pelo programa e estão em fase de adaptação. "o goverNo do estado quer levar a iNterNet a todos os muNicípios e toda a

população", afirma o diretor de iNfraestrutura e operações da celepar, luiz ferNaNdo BalliN ortolaNi.

4 Quinta-Feira - 10 de Dezembro de 2015Edição 1.364 gErAL / EDITAIs

PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DA BOA VISTAESTADO DO PARANÁ

pORTARiA Nº 196/2015

PEDRO SERGIO KRONEIS, Prefeito Municipal de São José da Boa Vista, Estado do Paraná, no uso de suas atribuições legais e

regulamentares, nos termos da Lei Orgânica do Município, pela presente;

Considerando o pedido de exoneração protocolado nesta Prefeitura pela servidora abaixo descrita.

RESOLVE:

Artigo 1º- EXONERAR desta Prefeitura, a partir desta data de 10/12/2015, a pedido da própria servidora, a Senhora AMANDA

ANDRONIC DA SILVA CASTILHO, Matrícula 551-1 Cargo AUXILIAR DE ENFERMAGEM.

Artigo 2º- A presente portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Comunique-se, publique-se, cumpra-se.

Edifício da Prefeitura Municipal de São José da Boa Vista, Estado do Paraná, em 10 de Dezembro de 2015; 55º ano da Emanci-

pação Política do Município.

pEDRO SERGiO KRONéiSpREfEiTO MuNiCipAL

CÂMARA MUNICIPAL DE CURIÚVAESTADO DO PARANÁ

pORTARiA Nº 012/2015JOÃO VALCELIR FERREIRA - Presidente da Câmara Municipal de Curiúva, Estado do Paraná, no uso das atribuições que lhe

são conferidas por Lei,

REGULAMENTA QUE:

ARTIGO 1º - De acordo com o artigo 17 e seu inciso II do Regimento Interno desta Casa, determina o horário de funcionamento

durante um período do RECESSO LEGISLATIVO (07/12/2015 A 12/02/2016), ficando o seguinte:

DE SEGUNDA A SEXTA FEIRA DAS 08h00min ÀS 12h00min, PARA ATENDIMENTO AO PÚBLICO, E DAS 13h00min AS

16h00min, FECHANDO COM EXPEDIENTE INTERNO.

ARTIGO 2º:- Revogam-se as disposições em contrário.

Edifício da Câmara Municipal de Curiúva, em 07 de dezembro de 2015. (05/12/2015).

________________________________jOãO VALCELiR fERREiRA

pRESiDENTE DA CâMARA MuNiCipAL DE CuRiúVA

Estado reduz carga horária de servidores que têm familiares com deficiência

De CuritibaAssessoria

O governador Beto Richa autorizou a redução da jornada de trabalho, sem alteração na remuneração, de funcionários públicos e militares estaduais que têm familiares com defici-ência. A medida vai permitir que estes servidores acompanhem seus parentes nos tratamentos especializados, durante seu processo de habilitação ou rea-bilitação e, também, no aten-dimento de suas necessidades básicas diárias.

A medida está prevista no Decreto 3.003, publicado no Diário Oficial 9.593, desta quar-ta-feira (9), dia em que inicia a IV Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa com Defici-ência, em Curitiba.

“O poder público tem o dever de ampliar a inclusão social e garantir cidadania plena às pes-soas com deficiência. Por isso, trabalhamos com ações em várias áreas, como assistência

social, educação, saúde, cul-tura e esporte, o que comprova a preocupação e o comprome-timento do Governo do Estado em propiciar e garantir uma vida digna para todos”, disse o governador Beto Richa.

Para a secretária de Estado do Trabalho e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, a redução da carga horária dos servidores públicos trará mais qualidade de vida para as pes-soas com deficiência e mais tranquilidade para os familiares que precisavam desse período disponível.

“Acreditamos que é na famí-lia que as pessoas com defici-ência mais encontram forças e o apoio que precisam para se superarem”, afirmou Fernanda. “Com esse decreto, vamos pos-sibilitar que elas recebam de seus familiares a atenção e os cuidados necessários para sua reabilitação e para desenvolve-rem todo o seu potencial, disse a secretária”.

CRITÉRIOS – De acordo

com o decreto, têm direito à redução da carga horária sema-nal de trabalho, sem desconto na remuneração, os militares estaduais e funcionários públi-cos da administração direta que cumprem jornada de trabalho de quarenta horas semanais e oito horas diárias. A redução será concedida até o limite de 50% da carga horária de traba-lho.

Para requerer o benefício, o funcionário público deverá ser pai ou mãe, filho ou filha, côn-juge, companheiro ou compa-nheira, tutor ou tutora, curador ou curadora ou que detenha a guarda judicial da pessoa com deficiência de qualquer idade. Se houver mais de um servi-dor responsável pela mesma pessoa com deficiência, a redu-ção será concedida apenas para um deles. A solicitação deverá ser apresentada na uni-dade de recursos humanos do órgão que trabalha.

A presidente do Conse-lho Estadual dos Direitos da

Pessoa com Deficiência, Flávia Bandeira Cordeiro, disse que a medida reconhece a luta diária, não apenas da pessoa com defi-ciência, mas também daquelas pessoas que têm a responsa-bilidade de zelar por seu bem-estar. "É um avanço histórico no reconhecimento dos direitos das pessoas com deficiência, que assegura o acompanha-mento do seu tratamento ou dos seus cuidados diários", disse.

Flávia ressalta que um dos fatores mais importantes da redução é que a concessão considera as prescrições médi-cas e indicações terapêuticas, não ficando sob o crivo de uma pessoa leiga no assunto. “A equipe médica da pessoa com deficiência e os peritos médicos do Estado é que serão respon-sáveis pela análise desta con-cessão”, esclareceu.

ESTATUTO – A regulamen-tação da redução da carga horária para servidores públi-cos estava prevista no artigo 63 do Estatuto da Pessoa com

Deficiência, sancionado pelo governador Beto Richa em janeiro deste ano. Elaborado, discutido e aprovado em audi-ências públicas realizadas em todas as regiões do Paraná, o estatuto foi criado para ampliar a inclusão social e garantir cidadania plena às pessoas com deficiência.

O documento apresenta as diretrizes para áreas como saúde, educação, profissiona-lização, trabalho, assistência social e acessibilidade, que propiciam o bem-estar social e econômico das pessoas com deficiência. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE) as pessoas com deficiência representam 20% da população paranaense.

CONFERÊNCIA – Políticas públicas para as pessoas com deficiência serão tema da IV Conferência Estadual dos Direi-tos da Pessoa com Deficiência, que será realizada durante três dias, na sala de eventos da Universidade Posit ivo, em

Curit iba. Mais de 500 pessoas devem participar do encontro.

Além das pessoas com deficiência ou seus represen-tantes legais, part icipam do evento conselheiros de direi-tos e delegados eleitos nas conferências municipais. Eles representam o poder público e entidades não governamen-tais que atuam na defesa, promoção ou garantia de direitos de pessoas com defi-ciência. Também estarão pre-sentes trabalhadores, técnicos e gestores de organizações governamentais, autoridades, convidados e observadores.

Durante três dias os parti-cipantes vão debater as polít i-cas setoriais para as pessoas com deficiência e o diálogo com outras temáticas relacio-nadas aos direitos humanos. A conferência é organizada pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social e pelo Conselho Estadual dos Direi-tos da Pessoa com Deficiência do Paraná.