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JORNAL DA ALERJ Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro | Trabalhadores da Cedae torcem por projeto para liberar uso de bermuda durante o verão PÁGINA 4 e 5 FECHAMENTO AUTORIZADO. PODE SER ABERTO PELA ECT Fila mais NUNCA Foto: Rafael Wallace Iara Pinheiro Ano XII - N° 294 – Rio de Janeiro, 1° a 15 de dezembro de 2014 Projeto propõe limitar tempo de espera para venda de ingressos em até 20 min PÁGINAS 6 a 8

Jornal da Alerj 294

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Publicação quinzenal, que apresenta ao cidadão notícias referentes ao dia a dia do Parlamento, com o trabalho dos deputados e os principais eventos da Casa.

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Page 1: Jornal da Alerj 294

JORNAL DA ALERJAssembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro |

Trabalhadores da Cedae torcem por projeto para liberar uso de bermuda durante o verãoPÁGINA 4 e 5

fechamento autorizado. pode ser aberto pela ect

Filamaisnunca

Foto: Rafael Wallace

Iara Pinheiro

Ano XII - N° 294 – Rio de Janeiro, 1° a 15 de dezembro de 2014

Projeto propõe limitar tempo de espera para venda de ingressos em até 20 minPÁGINAS 6 a 8

Page 2: Jornal da Alerj 294

Rio de Janeiro, 1o a 15 de dezembro de 20142

“Vemos com regularidade que quando há troca

de governo muitos dos programas não tem continuidade.

Queremos garantir que as

políticas públicas continuem”

Dep. Luiz Martins (PDT)Sobre projeto de lei que impede

que programas, projetos ou ações administrativas em curso na

mudança de gestão

Curta nossa páginano Facebook:

Dep. Bernardo Rossi (PMDB), sobre a instalação de brinquedos

e equipamentos para pessoas com deficiência, além de acesso especial

para cadeirantes

fRAsEs

JORNAL DA ALERJhttp://bit.ly/jornalalerj

Receba em casa! /radioalerj

Ouça as sonoras dos deputados

/radioalerj

siga a @alerj no

www.twitter.com/alerj

“ Todos têm direito a ter acesso a áreas públicas destinadas ao lazer, indepen-dente do estado

físico. Para que não haja exclusões,

essas adaptações são necessárias”

/assembleiaRJ

AGORA é LEI

A partir de agora hipermercados, supermercados e estabelecimentos que comercializam produtos ali-mentícios recomendados para pessoas com diabetes, intolerância à lactose ou com doença celíaca (causada pela intolerância ao glúten) deverão disponibilizá-los em um setor separado e em destaque para auxiliar a identificação. É o que garante a Lei 6.923/14, de autoria do deputado Bernardo Rossi (PMDB). Para o parlamentar, o objetivo é facilitar o reconhecimento desses produtos. “Essa lei facilita a vida de milhares de pessoas que possuem alergia, doença ou algum tipo de intolerância alimentar. É uma forma de ajudar na hora em que as pessoas forem adquirir algum produto dessa natureza”, explica o deputado. O descumprimento da norma acarretará ao responsável pelo estabelecimento multa no valor que varia de R$ 500 a R$ 25 mil. Os valores poderão ser dobrados em caso de reincidên-cia, de acordo com a gravidade da infração e o porte econômico do infrator.

*As mensagens postadas em mídias socias são publicadas sem edição de conteúdo.

MíDIAs sOcIAIs

PresidentePaulo Melo

1º Vice-presidenteEdson Albertassi

2º Vice-presidenteRoberto Henriques

3º Vice-presidenteGilberto Palmares

4º Vice-presidenteRafael do Gordo

1º SecretárioWagner Montes

2º SecretárioGraça Matos

3º SecretárioGerson Bergher

4º SecretárioJosé Luiz Nanci

1o SuplenteSamuel Malafaia

2o SuplenteBebeto

3º SuplenteAlexandre Corrêa

4º SuplenteThiago Pampolha

JORNAL DA ALERJPublicação quinzenal da Subdiretoria Geral de Comunicação Social da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

Jornalista responsável: Luisi Valadão (JP-30267/RJ)

Editora-chefe: Fernanda Galvão

Coordenação: Marcelo Dias

Equipe: André Nunes, Andresa Martins, Buanna Rosa, Marcus Alencar, Symone Munay e Vanessa Schumacker

Editor de Arte: Mayo Ornelas

Editor de Fotografia: Rafael Wallace

Secretária da Redação: Regina Torres

Estagiários: Bárbara Figueiredo, Fábio Peixoto, Gabriel Deslandes, Iara Pinheiro (foto), Isabela Cabral, Lucas Lima, Marcelo Resende, Mariana Totino, Priscilla Binato, Thais Barcellos, Vitor Soares (foto), Yago Barbosa (foto)

Telefones: (21) 2588-1404 / 1383 Fax: (21) 2588-1404Rua Primeiro de Março s/n, sala 406Palácio Tiradentes - CentroRio de Janeiro/RJ - CEP 20.010-090

Email: [email protected]

Site: www.alerj.rj.gov.br

www.twitter.com/alerjwww.facebook.com/assembleiarjwww.alerjnoticias.blogspot.comwww.facebook.com/radioalerj

Impressão: Imprensa OficialPeriodicidade: quinzenalTiragem: 5 mil exemplares

ExPEDIENtE

Homenagem do samba na ALERJ!_ Mamãe pela voz espetacular

e Vovó pela presidência explendida no salgueiro

Maria@montecastro_

Dia 03/1220:01

Dep. Luiz Paulo@LuizPaulo_dep

Acabou campeonato brasileiro de futebol. Pífia participação do RJ. Formação de jogadores da base em decréscimo. Campos

pelada em extinção.

Dia 08/1202:37

“O livro é uma forma de promover

o nosso passado, relembrando personagens

que honraram, principalmente, o Rio de Janeiro, por seus atos”

Dep. Inês Pandeló (PT)Sobre o lançamento do Livro dos

Heróis do Estado, no último dia 10

Marcelo Barros@marcelo_mb_rj

Dia 12/12

Calor danado @Assembléia Legislativa ALERJ/RJ

Marcelo Freixo@MarceloFreixo

Dia 10/1210:50

Não podemos naturalizar a violência contra a mulher,

seja no Congresso ou em qualquer outro espaço.

http://ow.ly/FGxrn

Gabriel E

steves

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3Rio de Janeiro, 1o a 15 de dezembro de 2014

conciliar a necessidade de planejamento com o atendimento a emergên-cias. Este é um dos prin-

cipais desafios envolvidos no trabalho de órgãos acionados em situações de desastres naturais e associados à ocu-pação urbana. Em audiência pública da Comissão de Defesa Civil da Assembleia Legislativa do Rio, realizada no dia 08, entre os pontos destacados como prio-ritários foi apontada a necessidade de tornar o trabalho do setor mais eficiente, por meio de desburocratização e com a criação de meios que permitam a interdisciplinaridade entre diferentes secretarias. A criação de um fundo permanente coletivo entre as pastas, para ser utilizado em casos de urgência, também foi uma medida sugerida.

Para o presidente da comissão, de-putado Flávio Bolsonaro (PP), a reunião teve importância especial para fazer um balanço das medidas que já foram toma-das – como o Projeto de lei 2.320/13, que busca aumentar incentivos para que as prefeituras invistam em defesa civil – e dialogar sobre melhorias possíveis. “É importante discutirmos se houve mu-danças no planejamento do órgão duran-te o ano, incluindo o uso de tecnologias de prevenção, para que os impactos sejam reduzidos. Especialmente diante do momento atual, de seca no Sudeste, mas com a proximidade das chuvas do verão”, afirmou o parlamentar.

Segundo o professor da Coppe-UFRJ Moacyr Duarte de Souza Júnior, o pla-nejamento para prevenção de acidentes deve ser encarado como um problema de Governo, prejudicado, na sua opi-nião, pelo “engessamento da estrutura administrativa”. “Há uma concepção equivocada de que as secretarias são independentes, quando as ações mais efetivas devem envolver três ou quatro pastas ao mesmo tempo. É fundamental trabalhar coletivamente”, defendeu.

Audiência na Alerj discute medidas necessárias para o incremento das ações de Defesa Civil no estado

Mariana ToTino

Yago Barbosa

cOMIssãO

Prevenir

O presidente da comissão, deputado Flávio Bolsonaro (PP), disse que foi importante fazer um balanço das medidas que já foram tomadas para melhoria do setor

Sobre os avanços alcançados pela Defesa Civil, o secretário da pasta, coro-nel Sérgio Simões, destacou que 17 cida-des, que possuem maior risco geológico e de inundação, tiveram implantados equipamentos de sistema de alarme e alerta. Além disso, 140 moradores de comunidades foram capacitados para operar sistemas e hoje o serviço conta com dois novos radares meteorológicos. “O objetivo é transformar conhecimento científico em ações organizadas nas comunidades. Juntar organização e formação de quadro técnico adequado, além de orçamento que não seja só para atender desastres, mas também para estruturar ações de formação de redes e capacitação”, pontuou Simões. Esti-veram presentes também o secretário de Estado de Habitação, José Geraldo Machado, o gerente do Centro de In-formações e Emergências do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Ricardo Marcelo da Silva e o gerente técnico da Defesa Civil de Nova Friburgo, Hamilton Thuller, entre outras autoridades.

Moradores capacitados

Planejar para

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Rio de Janeiro, 1o a 15 de dezembro de 20144

Iara Pinheiro

bermudas no verão

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5Rio de Janeiro, 1o a 15 de dezembro de 2014

O s servidores do estado que exercem traba-lho ao ar livre podem contar com um verão

mais ameno, graças à aprovação do projeto de lei 2.075/13, que autoriza o uso de bermudas, na altura do joelho, durante o período do verão, que começa no próximo dia 21. A norma foi vali-dada por unanimidade no plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) no último dia 3, em segunda discus-são. O projeto, que aguarda sanção do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), salienta que, em função de situações específi-cas de cada órgão, os titulares das se-cretarias, diretores e presidentes de empresas e demais concessionárias poderão regulamentar o benefício.

A nova norma também contempla os prestadores de serviços de ônibus, vans, kombis credenciadas e funcio-nários de concessionárias que pres-tem serviço público. Segundo o autor do texto, deputado Marcos Soares (PR), o verão é uma época propensa a grandes transtornos para a saúde. “Quando os dias ficam muito quentes, há um grande aumento no índice de desidratação, principalmente entre as crianças e os idosos. Além disso, também aumenta o número de infarto e de crises de enxaqueca nos adultos, na faixa da população trabalhadora ativa. Isso acontece porque a pressão sanguínea sobe, o colesterol fica mais elevado e, ao fazer qualquer esforço

físico, se exige muito do coração, fa-vorecendo o ataque cardíaco”, salienta o parlamentar.

A medida não beneficia médicos e professores que atuem dentro das uni-dades de trabalho, exceto os professo-res de educação física. Quem enfrenta o calor do verão carioca é o motorista da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Gilson Nunes da Sil-va. Ele diz sofrer no verão por trabalhar de calça, e acha que o uso da bermuda é viável e não influencia no trabalho realizado. “Antigamente nós podíamos usar a bermuda. Permitir a volta deste benefício seria ótimo”, diz.

Queimaduras solares de diferentes intensidades, hipertemia, alergias e infecções respiratórias causadas principalmente pelo uso de ar condi-cionado são alguns males relacionados à época mais quente do ano. Roupas leves são as mais indicadas, mas, para

prevenir dos male-fícios ao corpo, a Sociedade Brasilei-ra de Dermatologia recomenda tam-bém o uso de ca-misetas, chapéus

e protetores solares, além de procurar permanecer na sombra entre 10h e 16h. A exposição ao calor também pode causar desidratação pela perda excessiva de líquido por meio do suor para regular a temperatura do corpo, assim como irritabilidade, fraqueza, depressão e ansiedade.

O deputado Marcos Soares afirma que, além do coração, o calor excessivo também ajuda no desenvolvimento de doenças respiratórias, devido à dificul-dade da passagem do ar pelo corpo, além das diferentes temperaturas encaradas durante o dia, no escritório e na rua, por exemplo, por conta do mau uso do ar condicionado. “Por isso, a vestimenta mais leve pode contribuir para uma vida mais saudável, evitando problemas rotineiros”, conclui.

Deputado autor da proposta aponta benefícios para a saúde, afetada pelas altas temperaturas no Rio

BárBara Figueiredo e Lucas LiMa

ALívIO NO cALOR

5

Órgãos poderão regulamentar o

benefício previsto

Ricardo Gaudêncio, supervisor de operações e obras da Cedae, concor-da com Soares, alegando que não há necessidade de trabalhadores de rua serem obrigados a usar calça diante do calor carioca, e que é necessário se adaptar a essas situações climáticas. “Esse calor é desumano. Até o terno e gravata estão caindo em desuso, o próprio governador não usa mais gravata. Isso é algo que copiamos da Europa, assim como a comida do Natal. Temos que nos adequar à nossa realidade, o governo tem de partir para isso”, defende Gaudêncio.

Há dez anos, a Prefeitura do Rio autoriza o uso de bermudões, calças e bermudas na altura do joelho para os servidores municipais, motoristas de táxis, de ônibus, de vans e kombis credenciadas, além de trocadores de ônibus. A partir de decretos renova-dos desde 2003, a prefeitura permite o uso da peça durante o verão e, a partir daí, as secretarias e empresas de cada região têm disponibilidade de normatizar o decreto.

Funcionário da Cedae aponta que adaptação é necessária

Equipe da Cedae enfrenta o calor para a execução de obras. Motorista do grupo, Gilson Nunes da Silva (direita) acha que o uso da bermuda não prejudica o trabalho e comemora a medida: ‘Este benefício seria ótimo’

Iara

Pin

heir

o

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Rio de Janeiro, 1o a 15 de dezembro de 20146

A correria do cotidiano faz com que muitas pessoas desejem ter além de 24 horas no

dia para dar conta de tantos afaze-res. Mas até quando encontra tempo para relaxar e fazer algum programa cultural o brasileiro enfrenta difi-culdades: a demora para compra de ingressos. Quem já passou por essa situação foi Luan Alves Pequeno, que ficou dois dias em uma fila tentando comprar entrada para o jogo do Campeonato Brasileiro de 2009 entre Flamengo e Grêmio, que daria o título ao rubro-negro carioca. Por 48 horas, ele se revezou com amigos na fila, não dormiu, não co-meu direito e não comprou ingresso nenhum. “Ainda tinham umas 300 pessoas na minha frente”, relembra o estudante.

No mesmo barco que o Luan - ou na mesma fila - estava o estudante de medicina Luís Felipe Camon, que enfrentou seis horas de espera pelo ingresso do jogo e desistiu de com-prar. Para tentar diminuir esse proble-ma, está tramitando na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) o projeto de lei nº 1.546/12, do deputado Átila Nunes (PSL), que estipula um tempo máximo de espera de 20 minutos para a venda de ingressos para eventos culturais, artísticos, religiosos, es-portivos e de lazer, seja público ou

privado, no estado do Rio. “Apresento de segunda a sexta-feira, na Rádio Bandeirantes AM 1360 o programa Reclamar Adianta, e recebemos, diariamente, reclamações de ouvintes que relatavam demoras absurdas em filas para comprar ingressos de jogos, cinema e outros eventos. A partir das reclamações recebidas, decidi apre-sentar o Projeto de Lei 1546/2012”, explica o parlamentar.

Tempo é dinheiro, por isso quem descumprir a lei vai sentir no bolso toda a espera do consumidor: a multa

é de 300 UFIR’s (cerca de R$ 764,19 reais) por autuação, aplicada em do-bro em caso de reincidência. O bolso já pesou para a advogada Isabelle Mendonça, que tentou assistir um filme no cinema do Shopping Tijuca, na zona norte do Rio, e ao perceber que demoraria cerca de uma hora na fila, teve que pensar rápido para não perder a sessão. “A fila estava tão grande que só conseguiria comprar o ingresso online, então tive que ir a uma lan house do shopping, pagar uma taxa para usar a internet e comprar o ingresso. Eu ia desistir de ver o filme, então acho o projeto

de lei justo, já que pode sanar esse problema”, justifica.

A tecnologia se tornou uma aliada importante para quem deseja poupar tempo. Um exemplo é o aplicativo Tem Fila?, disponível para iOS, o app tem o intuito de mostrar qual é o tempo de espera nos mais variados serviços e locais. Ele é totalmente co-laborativo, então os próprios usuários marcam quanto tempo aguardaram o atendimento, inserem sua avaliação e compartilham comentários. Para aqueles que não perdem uma par-tida do time de coração, a internet também serve como rota de fuga das grandes filas. “Depois da reforma do Maracanã, com a venda de ingressos pelo Sócio Torcedor, ficou bem mais fácil efetuar a compra sem demora”, avalia o estudante rubro-negro Luis Felipe Camon. Mas essa conveniência pode ser um obstáculo à democra-tização do acesso à cultura, como explica o professor João Rodrigues, coordenador do curso de Produção Cultural da Universidade Federal Fluminense (UFF).

“Hoje o processo é mais eficiente, você pode comprar pela internet, mas a validação do ingresso impõe algumas barreiras para os consu-midores desfavorecidos economica-mente, como o próprio acesso à rede, a necessidade de ter um cartão de crédito. Agora o público do Mara-canã é majoritariamente composto por pessoas de classe média e classe alta. Isso é prejudicial à promoção do esporte no Rio de Janeiro”, explica Rodrigues. Ele ressalta que é pre-ciso haver uma melhor distribuição espacial dos pontos de venda para que o projeto possa contemplar toda a população.

Projeto de lei determina tempo de espera em filas em locais de lazer

BárBara Figueiredo e Thaís BarceLLos

Caso a lei seja

sancionada, a multa

pelo descumprimento

pode chegar a 300

Ufir's por incidência,

podendo dobrar caso

delito se repita

Filamaisnunca

cAPA

Page 7: Jornal da Alerj 294

7Rio de Janeiro, 1o a 15 de dezembro de 2014

Isabelle Mendonça já precisou usar de artifícios e pagar mais caro pelo ingresso comprado pela internet para burlar a fila

encontrada na porta de um cinema

Rafael Wallace

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Rio de Janeiro, 1o a 15 de dezembro de 20148

A fixação de tempo limite de es-pera para execução de determinados serviços não é novidade na legislação estadual. Há 10 anos, a Lei 4.223/03, de autoria do deputado Carlos Minc (PT), obriga as agências bancárias a contratarem equipe suficiente para realizar o atendimento nos caixas no prazo máximo de 20 minutos em dias normais e de 30 minutos em vésperas e depois de feriados. Alterada pela Lei 6.750/14, de autoria do deputado Edi-no Fonseca (PEN), a limitação agora também vale para a gerência.

Mas ainda é preciso avançar. A

estudante de Administração Juliana Pimenta reclama que muitas vezes o tempo de espera estipulado pela lei não é respeitado. “Da última vez que precisei ir à boca do caixa, levei 25 minutos para ser atendido. Até já vi avanços, como por exemplo a utiliza-ção de senhas numéricas, mas ainda há o que melhorar, principalmente em relação ao tempo de espera nos atendimentos nas gerências”, pondera. O office boy Gregory da Fonseca se queixa também do tempo de espera nos caixas eletrônicos. “O tempo de espera depende do dia: no meio do

mês, o banco fica meio vazio, mas início e final do mês é complicado. Nunca percebi nenhuma ação do ban-co para tentar melhorar o atendimento, na maioria das vezes, espero mais de 20 minutos”, acrescenta.

A Febraban ressalta que realiza um trabalho constante para reduzir o tem-po de espera junto aos seus associados. Desde 2010, a entidade institui, nos municípios que não têm leis de tempo de atendimento, que o prazo máximo deve ser de 20 minutos em dias nor-mais e 30 em dias de pico, o mesmo estabelecido pela lei fluminense.

cAPA

8

No banco, já é lei

A estudante Juliana Pimenta reconhece avanços, como o uso de senhas eletrônicas, mas afirma que

ainda há muito o que avançar no serviço

Gregory da Fonseca reclama não só do atendimento nos

bancos, mas também do tempo que gasta em filas de

caixas eletrônicos

Fotos: Rafael Wallace

Page 9: Jornal da Alerj 294

9Rio de Janeiro, 1o a 15 de dezembro de 2014

Adiminuição do abandono escolar e o aumento nos índices de aprovação fo-ram os destaques trazidos

pelos representantes da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc-RJ) à au-diência pública realizada pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no dia 10. Segundo rela-tório entregue pela secretaria, houve uma diminuição, em 2013, de 2,3% no índice de abandono em relação à última pesquisa, além de cerca de 4% de aumento do índice de aprovação escolar - que chegou a 82% no ensino fundamental e 78% no ensino médio. O relatório faz parte de uma prestação de contas anual determinada pela Lei de Responsabilidade Educacional (Lei

5.451/09).O subsecretário de Gestão de Ensino

da Seeduc, Antônio Neto, destacou que essa taxa de aprovação é atualmen-te uma das maiores do Brasil. "São resultados oriundos de uma série de ações realizadas pela secretaria, como a implantação de currículo na rede, de formação continuada para professores e um maior monitoramento do desem-penho dos alunos", apontou Neto, que também falou dos próximos desafios para a equipe que irá trabalhar na Secretaria a partir do próximo ano: me-lhorar o sistema de aceleração e reforço escolar para diminuir a taxa de distorção idade/série (atualmente a quinta maior do país), e aumentar o número de vagas para o ensino médio diurno.

Também foram destaques no rela-tório a série histórica de aumento de gastos com pessoal e investimentos em infraestrutura realizados pela Se-educ. Em 2014, foram R$ 3,5 bilhões de gastos com pessoal, representando um aumento de 129% desde 2007, contra uma inflação de 54% no mesmo

período. Em termos de infraestrutura, o estado conta atualmente com 1.311 escolas, das quais 1.194 contam com laboratório de informática, 1.182 têm biblioteca própria e 1.097 contam com quadras poliesportivas.

Lei é avanço, diz deputado

Para o presidente da comissão, depu-tado Comte Bittencourt (PPS), a Lei de Responsabilidade Educacional permitiu o registro de índices para a avaliação contínua do trabalho da Secretaria. "As-sim poderemos transformar a educação em política de Estado e não de Governo. Educação é uma área que necessita de continuidade e essa reunião anual tem sido um aprendizado para todos os atores da educação no estado", explicou o parlamentar. Também estiveram pre-sentes à audiência pública o deputado Paulo Ramos (PSol) e representantes da União dos Professores Públicos do Estado do Rio (UPPES).

Índices relativos ao abandono de escolas e à aprovação de alunos são apresentados em audiência pública

EDucAçãO

FáBio PeixoTo

Menos evasão escolar

Iara Pinheiro

Presidente da comissão, o deputado Comte Bittencourt (PPS) afirma que educação é política de Estado

No banco, já é lei

Page 10: Jornal da Alerj 294

Rio de Janeiro, 1o a 15 de dezembro de 201410

O secretário de Estado de Fazenda, Sérgio Ruy Barbosa, assumiu o compromisso de atua-

lizar, em janeiro de 2015, o Regime Especial de Trabalho da Administração Fazendária (Retaf) referente a 2014. A promessa foi feita em audiência pública da Comissão de Tributação da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), realizada no dia 12. A atu-alização, que deveria ter sido implantada no primeiro mês de 2014, será de 5,85%, percentual de reajuste da Unidade Fiscal de Referência (Ufir-RJ) deste ano.

O Retaf é uma gratificação permanente dos servidores fazendários, que foi insti-tuída pela Lei 1.650/90 e deve ser atuali-

zada anualmente. Segundo o secretário, o reajuste desse ano não ocorreu no tempo correto, pois foi submetido à Secretaria de Estado de Planejamento – então chefiada pelo mesmo Sérgio Ruy Barbosa – e, con-

sequentemente, ao governador, nos últimos 180 dias do mandato, período em que a Lei de Responsabilidade Fiscal veta qualquer tipo de gasto extra. “Foi uma orientação da Procuradoria do Estado, uma atitude de cautela jurídica”, explicou.

Presidente da comissão, o deputado Luiz Paulo (PSDB) considerou que os resul-

tados da audiência foram positivos, embora duas questões tenham ficado pendentes: o pagamento retroativo do Retaf 2014 e a definição da data de atualização da gra-tificação de 2015. “O secretário assumiu o compromisso de que o Retaf de 2014 será atualizado em 5,85%. Esse é o ganho real, mas não foram contemplados todos os direitos dos fazendários previstos na lei aprovada e em vigor”, avaliou.

Segundo Barbosa, não é possível defi-nir o pagamento dos atrasados e a atuali-zação do Retaf de 2015 agora, em virtude do início do novo mandato. “O Retaf de 2014 está resolvido, mas não posso pro-meter que o de 2015 será atualizado logo, porque é preciso verificar uma lista longa de receitas e despesas”, esclareceu. Para tentar solucionar esses dois pontos, Luiz Paulo marcou um encontro com Barbosa e com a representação da categoria para a segunda quinzena de janeiro. Também estiveram presentes na audiência os de-putados Comte Bittencourt (PPS) e Paulo Ramos (PSol).

Iara Pinheiro

Secretário garante atualização de Retaf 2014 a fazendários. Presidente de comissão quer discutir pagamento de 2015

Thaís BarceLLos

Para o presidente da comissão, deputado Luiz Paulo (PSDB), ainda falta discutir o pagamento retroativo de 2014

Iara Pinheiro

Deputado irá agendar nova reunião entre

o secretário e a categoria, para discutir

a atualização da gratificação referente

ao ano de 2015

tRIbutAçãO

Gratificação garantida

Page 11: Jornal da Alerj 294

11Rio de Janeiro, 1o a 15 de dezembro de 2014

c asos de descumprimento das leis trabalhistas e de acidentes de trabalho em companhias de aviação

civil ocorridos no estado do Rio serão enumerados em um relatório e enca-minhados para inquérito do Ministério Público do Trabalho. A sistematização das denúncias foi defendida em audiên-cia pública pela Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), realizada no dia 08.

De acordo com o presidente da co-missão, deputado Paulo Ramos (PSol), os problemas de saúde enfrentados pelos trabalhadores das companhias aéreas devem ser registrados, para que o Ministério Público do Trabalho

inicie uma investigação. “Nós temos de sistematizar a denúncia, dividindo por competência tudo que foi relatado aqui. Muitas vezes os descasos são fruto dos trabalhadores, mas essa não é a regra. É a exceção”, enfatizou o deputado.

Uma das principais causas de apo-sentaria por invalidez no setor aeroviário acontece pela ausência de equipa-mentos de segurança nos reparos das aeronaves, de acordo com as denún-cias. “Apesar de estarmos em pleno século XXI, nós temos trabalhadores desprotegidos. Uma companhia que apresenta perigos para o trabalhador tem de descontar na previdência social”, salientou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transporte Aéreo do Município do Rio de Janeiro, Rui da Silva Pessoa. Também foram apresentados relatos de assédio moral, vindo de passageiros e supervisores, e o problema do baixo contingente de funcionários em áreas de serviços auxiliares, sobrecarregando outros empregados.

Sindicato quer concurso para fiscais do Trabalho

Também foram cobrados avanços nos mecanismos de fiscalização das condições de trabalho. Segundo o secretário-geral da Força Sindical no estado do Rio, David de Souza, é preciso aumentar o número de fiscalizadores regionais do Trabalho concursados. “Nós sabemos que há um limite, mas temos de mobilizar para que haja con-curso público para fiscais”, alertou. Já o diretor de Comunicação do Sindicato, Fernando Luiz Medeiros de Carvalho, questionou o destino do Fundo do Aeroviário, embutido no preço das passagens aéreas, e criticou a tercei-rização nos aeroportos. “Trabalhamos com segurança operacional, e nossa intenção não é brigar com a empresa, mas defender o empregado”, afirmou Fernando. Também estiveram presentes o superintendente de Saúde, Segurança e Ambiente do Trabalho da Secretaria de Estado do Trabalho, Antônio Aziz.

gaBrieL desLandes

Funcionários de empresas aéreas criticam falta de equipamentos de segurança

Voadoras na berlinda tRAbALHO

O deputado Paulo Ramos (PSol) propôs levar denúncias ao MP

Gratificação garantidaYago Barbosa

Page 12: Jornal da Alerj 294

Rio de Janeiro, 1o a 15 de dezembro de 201412

HOMENAGEM

Rafael Wallace

Celebrando os bambas

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Rua Primeiro de Março, s/nº sala 406 – Rio de Janeiro/RJ - CEP 20.010-090

Componentes de escolas de samba participam de homenagem na Alerj

ersonalidades tradicionais da história do samba receberam um diploma simbólico como parte das comemorações ao Dia Na-cional do Samba. A homenagem ocorreu em

sessão solene no plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), no dia 03. Entre os convidados, componentes das grandes escolas de samba do Rio, além de filhos e netos de grandes bambas, como Cartola, Zé Kéti, Silas de Oliveira e Candeia. O encontro foi uma iniciativa do presidente da Comissão de Cultura, deputado Zaqueu Teixeira (PT). “Sabemos que o Rio de Janeiro carrega a alma do samba e sabemos que o ponto culminante do samba é o carnaval. Nós não poderíamos deixar de fazer essa homenagem a todos aqueles que trabalham para manter viva essa cultura”, disse Teixeira.

Celebrado no dia 02 de Dezembro, não há um consen-so sobre o porquê da comemoração do Dia Nacional do Samba nessa data. Enquanto uns alegam que se trata do aniversário de Tia Ciata, a mãe de santo baiana que trouxe o samba para o Rio no início do século XX, ou-tros apontam que a data marca a fundação da primeira escola de samba, a Deixa Falar, no bairro do Estácio

de Sá. A versão mais conhecida é de que o compositor Ary Barroso visitou Salvador, na Bahia, pela primeira vez nessa data e lá recebeu uma homenagem.

Um dos homenageados da cerimônia, o carnavales-co da Unidos de Vila Isabel Max Lopes considerou a solenidade um tributo aos profissionais dos barracões de escolas de samba. “Um desfile de escola de samba consegue passar ao mundo a nossa realidade, e esse trabalho é fundamental para que nosso povo, com tan-tos problemas, extravase de alegria”, afirmou. Neta de Cartola e diretora do centro cultural que leva o nome do avô, a mangueirense Nilcemar Nogueira destacou o samba como manifestação de resistência popular e defendeu o maior protagonismo dos sambistas na construção de uma identidade comum. “O samba é um processo de luta social. Nós sabemos contar nossa própria história e, quando se mostra a uma criança que ela é uma guardiã cultural, ela não se vê como qual-quer coisa”, frisou A solenidade também contou com a apresentação musical da Velha Guarda do Salgueiro e do grupo musical Zé Tambozeiro, cantando sambas célebres de Candeia.

gaBrieL desLandes

Solenidade no plenário contou com apresentação da Velha

Guarda do Salgueiro