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Jornal da ANAMT Ano XVI - Abril/2004 Diretrizes da ANAMT para curso de especialista Páginas 11 e 12 Trabalho levanta a questão “O papel do médico do trabalho no atual contexto brasileiro”. médica a entender o atual contexto da Saúde e Segurança do Trabalho no mundo e especialmente no Brasil, identificando e apresentando estratégias de conquista de novos espaços e oportunidades aos profissionais e médicos do trabalho dentro de uma conduta ética, de atuação consciente e de resultados. Programa completo nesta edição Congresso de Goiânia debaterá realidade da Medicina do Trabalho Resolução 1.715 do CFM é referência para médicos Página 3 EDIÇÃO ESPECIAL

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Jornal da

ANAMTAno XVI - Abril/2004

Diretrizes da ANAMTpara curso de especialista

Páginas 11 e 12

O 12º Congresso Nacional de Saúde e Medicina do Trabalho levanta a questão “O papel do médico do trabalho no atual contexto brasileiro”.

Um dos objetivos do evento é ajudar a comunidade médica a entender o atual contexto da Saúde e Segurança do Trabalho no mundo e especialmente no Brasil, identifi cando e apresentando estratégias de conquista de novos espaços e oportunidades aos profi ssionais e médicos do trabalho dentro de uma conduta ética, de atuação consciente e de resultados.

Programa completo nesta edição

Um dos objetivos do evento é ajudar a comunidade

Congresso de Goiânia debaterá realidade da Medicina do Trabalho

Resolução 1.715 do CFM éreferência para médicos

Página 3

EDIÇÃO ESPECIAL

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O Brasil inteiro, por distintas motivações, vem acompanhando o último ano e meio de discussões, debates e agora batalhas judiciais em torno da pre-tensa obrigatoriedade de os médicos fornecerem aos administradores e outros propostos de empresas empregadoras os resultados individuais de exames clínicos e complementares de trabalhadores, a fim de que, oportunamente, os empregadores os transmitam ao segurador INSS, por meio de um dos campos do formulário do Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP.

As motivações vão desde o interesse de “abrir a caixa preta dos médicos”, como levianamente se referiu um dos mentores do PPP, do alto escalão da Previdência Social; passam pelo interesse de alguns enfermeiros do trabalho que não se acanharam em rapidamente inventar a Resolução COFEN 289/2004, com o objetivo de se oferecerem a serem os informantes das informações médicas sigilosas aos empregadores, ante a recusa dos médicos de quebrar o sigilo médico que lhes é imposto pelo Art. 5º, inciso X, da Constituição Federal, pelo Art. 154 do Código Penal Brasileiro e pelos Artigos 11, 102 e 105 do Código de Ética Médica; chegam as motiva-ções, finalmente, aos investimentos feitos em cursos e softwares que têm rendido e poderão continuar rendendo um bom dinheiro a alguns poucos.

Havendo prevalecido a teimosa e arrogante truculência de alguns funcionários não-médicos do interior da Previdência Social (Ministério da Previdência Social e INSS), e ante a hesitação e fraqueza do Ministério Público Federal que contra estes males ainda não se dispôs a enfrentá-los, não coube aos médicos do trabalho, representados pela ANAMT, outra alternativa que não a da interveniên-cia do Conselho Federal de Medicina - CFM - e de alguns Conselhos Regionais de Medicina, para que se posicionassem sobre estas pretensas exigências, posto que se trata de matéria relativa ao exercício profissional dos médicos.

Por estar perfeitamente informado e atento ao assunto, graças ao assessoramento que recebe de sua Câmara Técnica de Medicina do Trabalho, o CFM foi extremamente feliz ao elaborar e aprovar a Reso-lução nº 1715, de 8 de janeiro de 2004, a qual deve ser cumprida por todos os médicos, mesmo que não se atendam às motivações antes mencionadas, ou outras motivações mais sérias e justas, porém mal formuladas.

Como dissemos, ante a persistência no erro, infelizmente ainda não entendida pelos poucos juízes e desembargadores federais que andaram se pronunciando, a Resolução CFM 1715/2004 é atu-almente o mais importante referencial para todos os médicos – principalmente médicos do trabalho – e cremos ser a única proteção efetiva do médico, no atual momento.

Como Presidente da ANAMT e como membro da Câmara Técnica de Medicina do Trabalho do CFM, sinto-me no dever de destacar a sabedoria insculpida na Resolução CFM 1715/2004.

Em primeiro lugar, por relembrar em seu primeiro considerando “que o sigilo médico é ins-tituído em favor do paciente” e – mais adiante – que “a revelação dos exames médicos pode acarretar a quebra do sigilo médico, bem como prejuízos à vida privada e à honra do trabalhador, além de prejudicar a relação de trabalho”. Não se trata de um simples capricho ou de uma exigência da corporação mé-dica, mas sim a base da relação médico-paciente, que beneficia primariamente o paciente, no caso, o trabalhador, empregado ou segurado.

Em segundo lugar, mostrou-se sábio e inteli-gente o redator da Resolução CFM 1715, pois não aceitou as insinuações de que o CFM, a ANAMT e os médicos do trabalho fossem contra o PPP. Pelo contrário, a Resolução foi criada exatamente para regulamentar o procedimento ético exigível para o PPP, como está no título da Resolução e em alguns considerandos. A Resolução parte do pressuposto de que o PPP é importante e deve ser preenchido, e esta tem sido a posição da ANAMT, desde novembro de 2002. Quiseram alguns se aproveitar do questiona-mento levantado pela ANAMT, para tentar desqua-lificar a iniciativa da Previdência Social, e “matar” o PPP na sua origem, até porque poderia ameaçar empregadores inadimplentes com suas obrigações em matéria de Saúde e Segurança no Trabalho. Sabiamente, o CFM – refletindo o pensamento da ANAMT – apontou o problema com precisão mili-métrica: o problema não é o PPP, e sim “o equívoco constante nos artigos 146 e 147 da IN 99/2003”, de “disponibilizar à empresa ou ao empregador equiparado à empresa, as informações exigidas no anexo XV, Seção IIII, campo 17 e seguintes.” Esta é a questão.

Em terceiro lugar, o Conselho Federal de Medicina, na Resolução 1715/2004, rejeitando

frontalmente as acusações levianas de alguns setores da Previdência Social – principalmente de não-mé-dicos –, bem como de alguns colegas de profissões relacionadas com a Medicina do Trabalho, de que nossos esforços eram a favor da sonegação das informações à Previdência Social, o CFM insculpiu sabedoria e inteligência ao estabelecer no Parágrafo Único do Art. 2º a responsabilidade de o médico do trabalho encaminhar as informações de saúde dos trabalhadores diretamente à Perícia Médica do INSS. A posição do Conselho é clara: há que comu-nicar os eventos comunicáveis, porém pela via certa, isto é, diretamente aos médicos da Perícia Médica do INSS, e não aos funcionários administrativos das empresas empregadoras! Alguém pode ser contra? O INSS? A Justiça? Os médicos-peritos do INSS?

Em quarto lugar, mostrou-se sábio e inteligente o Conselho Federal de Medicina, ao atribuir aos médicos dirigentes da Perícia Médica do INSS a responsabilidade de implementação dos dispositivos desta Resolução, como se lê no Art. 4º. É uma medi-da inteligente, pois parte do conceito de que os mé-dicos-peritos do INSS são, antes de tudo, médicos, e, portanto, são obrigados a cumprir o Código de Ética Médica e as Resoluções relacionadas ao exercício profissional, que passam a ter sobre os médicos de seu quadro prevalência superior às ordens de serviço ou instruções normativas da seguradora. Portanto, a implementação da Resolução, tanto no tocante à proibição de proceder como estabelece a IN 99, como no tocante à obrigação de cumprir o Parágrafo Único do Art. 2º, depende hoje da Perícia Médica do INSS, de cujos dirigentes e integrantes do quadro se espera que façam a sua parte, pois a Sociedade exige que se cumpra fielmente a Resolução 1715/2004.

Como se vê, o INSS e a Perícia Médica do INSS estão hoje num “nó górdio”. Não podem dizer que os médicos não querem notificar; têm que admitir que a notificação de informações individuais de saúde é coisa séria; e têm a obrigação de – en-quanto médicos – cumprir a Resolução 1715/2004 do Conselho Federal de Medicina. Daí a sabedoria insculpida na Resolução 1715.

Parabéns ao Conselho Federal de Medicina. Cumprimentos à ANAMT pela parceria certa.

Dr. René Mendes Presidente da ANAMT

Jornal da

ANAMT

Uma publicação da Associação Nacional de Medicina do Trabalho

Edifício Medcenter - Rua dos Otoni, 909, sala 904 - 30150-270

- Belo Horizonte/MG - Telefone/fax: (31) 3224-7204 - www.anamt.org.br - [email protected]

Presidente: Dr. René MendesDiretor de divulgação: Dr. João Alberto Maeso MontesConselho editorial: Dr. João Alberto Maeso Montes, Dr. Iseu Milman, Dr. Sérgio Francisco Xavier da Costa, Dr. Júlio César Tombini.

Jornalista: Lia Lima - Reg. Prof. RS 4056 - fone/fax: (51) 3343.1742Editoração: Luís Henrique Dellamora GarciaRevisão: Flávio CesaImpressão: Gráfica Dolika - Porto Alegre/RSOs textos assinados não representam necessariamente a opinião da ANAMT, sendo seu conteúdo de inteira responsabilidade dos autores.

A sabedoria insculpida na Resolução CFM 1.715/2004MENSAGEM DO PRESIDENTE

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CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

RESOLUÇÃO Nº 1.715, DE 8 DE JANEIRO DE 2004Regulamenta o procedimento ético-médico relacionado ao Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP).

O Conselho Federal de Medicina, no uso das atribuições que lhe confere a Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e

CONSIDERANDO que o sigilo médico é instituído em favor do pa-ciente, o que encontra suporte na ga-rantia insculpida no art. 5º, inciso X, da Constituição Federal;

CONSIDERANDO o que dispõe o art. 154 do Código Penal Brasileiro;

CONSIDERANDO a força de lei dos artigos 11, 102 e 105 do Código de Ética Médica, que vedam ao médico a revelação de fato de que venha a ter conhecimento em virtude da profissão, salvo justa causa, dever legal ou autori-zação expressa do paciente;

CONSIDERANDO que a revela-ção dos exames médicos pode acarretar a quebra do sigilo médico, bem como prejuízos à vida privada e à honra do trabalhador, além de prejudicar a rela-ção de trabalho;

CONSIDERANDO o equívoco constante nos artigos 146 e 147 da Ins-trução Normativa nº 99/2003 do INSS, quando esclarece o Perfil Profissiográ-fico Previdenciário (PPP), constitui-se em documento histórico-laboral do trabalhador que reúne, entre outras informações, dados administrativos,

registros ambientais e resultados de monitoração biológica, tendo por fi-nalidade o acesso dos resultados dos exames médicos aos administradores públicos e privados;

CONSIDERANDO a obrigatorie-dade da elaboração do referido PPP para a comprovação da efetiva expo-sição do segurado aos agentes nocivos à saúde;

CONSIDERANDO a necessidade de orientar a classe médica no que tan-ge à preservação do sigilo profissional;

CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar o procedimento ético a ser adotado no preenchimento do PPP;

CONSIDERANDO o estudo re-alizado pela Câmara Técnica sobre Medicina do Trabalho do CFM, em parceria com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho;

CONSIDERANDO o decidido em sessão plenária de 8 de janeiro de 2004, resolve:

Art. 1º - Os médicos do Trabalho, em relação ao PPP, devem observar as normas éticas que asseguram ao paciente o sigilo profissional, inclusive com a identificação profissional.

Art. 2º - É vedado ao médico do Trabalho, sob pena de violação do sigi-lo médico profissional, disponibilizar, à empresa ou ao empregador equiparado

à empresa, as informações exigidas no anexo XV da seção III, “SEÇÃO DE RESULTADOS DE MONITO-RAÇÃO BIOLÓGICA”, campo 17 e seguintes, do PPP, previstos na IN n.º 99/2003.

Parágrafo único - Fica o médico do Trabalho responsável pelo encaminha-mento das informações supradestaca-das diretamente à perícia do INSS.

Art. 3º - A declaração constante na seção IV do anexo XV do PPP su-pramencionado não tem o condão de proteger o sigilo médico-profissional, tendo em vista que as informações ali presentes poderão ser manuseadas por outras pessoas que não estão obrigadas ao sigilo.

Art. 4º - Ficam responsáveis pela aplicação dos dispositivos desta reso-lução o diretor médico do INSS e o médico responsável pelo programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO) das entidades públicas e pri-vadas sujeitas às normas do INSS.

Art. 5º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.

EDSON DE OLIVEIRA ANDRADEPresidente do Conselho

RUBENS DOS SANTOS SILVASecretário-Geral

Após uma análise detalhada dos bio-riscos nos ambientes de trabalho, o grupo de estudos constituído no International Commission on Occu-pational Health decidiu concentrar sua atenção nos agentes infecciosos em duas categorias de trabalhadores: trabalhadores da saúde, incluindo transmissão destes para seus pacientes e trabalhadores que têm que viajar, incluindo tripulação.

Os trabalhadores da área da saúde estão expostos a SARS, Hepatite A, B e C, Legionella, Meningite, Rubéola, Varicela, Sarampo, HIV/AIDS, Her-pes simples e Salmonela, entre outros.

Já os profissionais viajantes estão sujeitos a SARS, TB, Legionella, HIV, HBV e HAV e outros males.

O objetivo do grupo é fazer um estudo detalhado propondo recomen-dações.

O Coordenador do grupo é o Dr. Ruddy Facci, Diretor do Instituto Internacional Saúde do Trabalho, de Curitiba, e os demais integrantes são: Lorenzo Alessio (Itália), Hu Fuá (Chi-na), Annie Leprince (França), René Loewenson (Zimbábue), Kari Reijula (Finlândia) e Ken Takahashi (Japão).

Os consultores são Robert Orford, dos Estados Unidos, e Francesco Cas-telli, da Itália.

ICOH

Grupo estuda agentes infecciosos no ambiente de trabalho

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Presidente:René Mendes (MG)

Vice-Presidente Nacional:Zuher Handar (PR)

Vice-Presidente Região Sul:Suzete Elizabeth Grassi Garbes (PR)Vice-Presidente Região Sudeste:

Charles Carone Amoury (ES)Vice-Presidente Região Centro-Oeste:

José Oswaldo Soares Machado (MS)Vice-Presidente Região Nordeste:

Flávio Henrique de Holanda Lins (PE)Vice-Presidente Região Norte:

Gláucia Reis Credie (AM)

Diretor Científico:Arlindo Gomes (RJ)

Diretor de Legislação:Glauber Santos Paiva (CE)

Diretor de Ética e Defesa Profissional:Luiz Frederico Hoppe (SP)

Diretor de Título de Especialista:Carlos Roberto Campos (GO)

Diretor de Patrimônio:Aizenaque Grimadi de Carvalho (SP)Diretor de Relações Internacionais:

João Alberto Maeso Montes (RS)Diretor de Divulgação: Mário Bonciani (SP)

Diretor Administrativo: Mariano Ravski (MG)Diretora Administrativa Adjunta:

Letícia Ferreira Lobato Giordano Gários (MG)

Diretora Financeira:Valnéia Cristina de Almeida Moreira (MG)

Diretor Financeiro Adjunto:Willes de Oliveira e Souza (MG)

Conselho Fiscal

Titulares:Jandira Dantas Machado (PE), Francisco Ferreira de Souza

Filho (PA) e Sebastião Ivone Vieira (SC)Suplentes:

Maria da Cruz Soares de Souza Vilarinho (PI), Renato Monteiro (SP) e Gualter Nunes Maia (RJ)

Coordenadores de Projetos Especiais(status de diretores, mas não eleitos)

Elizabeth Costa Dias (MG):Centro de Estudos Avançados sobre Práticas de Medicina do Trabalho e Formação dos Médicos do Trabalho (CEAMT)

Gilberto Madeira Peixoto (MG):Projeto Especial História da Medicina do Trabalho Brasileira

Marcos Furtado de Toledo (MG):Projeto Especial Website da ANAMT

Rudy Facci e Edoardo Santino:Projeto Especial Milão 2006 (28º Congresso, Centenário da

ICOH e cargos eletivos na ICOH)

Vera Lúcia Zaher (SP):Projeto Especial Rede Nacional de Residência em Medicina

do Trabalho (ANAMT).

ELEIÇÕES 2004

ANAMT e Federadas fortesAs eleições para Diretoria e Conselho Fiscal da ANAMT serão realizadas na Assembléia Geral do dia 5 de maio, das 16h30 às 18h, durante o Congresso em Goiânia. A posse dos eleitos será na sessão de encerramento no dia 6 de maio.

O prazo estatutário para inscrição de candidatos venceu em 4 de fevereiro. A única chapa inscrita a concorrer é a “ANAMT e Federadas Fortes”, com esta composição:

Congresso

XIII Congresso Argentino de Medicina do TrabalhoSerá em Mendoza, de 9 a 12 de junho, o maior evento da Medicina do Trabalho na Argentina.

A programação do evento inclui também o II Congresso Internacional de Seguridade, a VI Jornada Interdisciplinar de Medicina do Trabalho e a X Jornada de Enfermagem, além do Fórum Internacional da Mulher, Trabalho e Saúde.

Informações e inscrições: [email protected]@smt-mza.org.ar ou no site www.smt-mza.org.ar

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Competência e qualidade na aten ção e no atendimento à saúde de ho mens e mulheres trabalhadores são palavras-chave para o médico do trabalho e profi ssionais afi ns, nos tem-pos modernos. Diante das profundas e recentes transformações de ordem política e social, sobretudo com a internacionalização da economia, que afetam o cotidiano dos trabalha-dores, a classe médica considera que a preocupação com o bem-estar dos cidadãos brasileiros não está resumida apenas em oferecer postos de trabalho, mas, sobretudo, na manutenção de um ambiente saudável, tanto no aspecto organizacional quanto humano, de saúde e de segurança.

Nesse sentido, a competência do médico do trabalho extrapola o âmbito tradicional da prática médica, ou seja, o consultório. A competência deste profi ssional na atualidade abran-ge a relação que ele mantém com o homem trabalhador, que por sinal é imensa. Ao romper esta fronteira, o médico do trabalho se vê como um pesquisador na busca de respostas compatíveis com as demandas da contemporaneidade, uma vez que a medicina do trabalho, considerada como uma especialidade que lida com as relações entre saúde do homem e seu trabalho, cobra dos médicos o entendimento e o estudo das ques-

tões afetas a saúde e segurança, não somente no socorro a acidentes, mas no que diz respeito à formulação de políticas. Essa visão sistêmica e holís-tica da medicina do trabalho denota o signifi cado amplo desta especialidade médica e sua essência encontrada num conjunto de valores e métodos de trabalho que objetiva deixar o tra-balhador, seja o operário ou o gerente, mais que satisfeito com a promoção e defesa de sua saúde, num contexto de adversidades.

Toda a nação brasileira e os con-tinentes já conhecem a nova face do “mundo do trabalho” e têm consciên-cia das difi culdades instaladas. Difi -culdades no modo tecno-operacional, político, social, ético, etc.; instância na qual muitos valores foram margi-nalizados prejudicando diretamente o homem, seja no coletivo, no individu-al e empresarial. E a Medicina do Tra-balho tem consciência deste cenário porque sua natureza está contida nesta realidade ao propor atuar pelo bem-estar do homem, na busca do enten-dimento das causas e apresentação de soluções de melhoria. É por isso que o 12º Congresso da Anamt sobre “A saúde e segurança no atual contexto brasileiro: novos espaços, necessida-des e oportunidades”, colocará em discussão a necessidade de se falar em medicina do trabalho e todo seu

universo, porque esta especialidade, com destaque para o Brasil, vive um momento especial.

Uma análise da Medicina do Tra-balho no Brasil permite ver que, ao identifi car a natureza das adversida-des, é proposta a tentativa de humani-zação das relações e das condições do trabalho no tocante à política e ao ope-racional. É por isso que está havendo recentes transformações no âmbito governamental, como a reedição de normas regulamentadoras, planos de saúde pública, amparo ao trabalhador, dentre outras ações. E é neste contexto que a competência dos médicos do trabalho deve falar forte para respon-der com critério técnico e científi co às mudanças. A importância, a beleza e o fascínio desta área devem vir ali-nhados com as carências do homem, exercendo seu papel numa base sólida constituída de um quesito que já não é novidade para a medicina do trabalho – a responsabilidade social.

Mobilizados no 12º Congresso, os médicos do trabalho vão mais uma vez se especializar na aborda-gem contemporânea da profi ssão e do mundo do trabalho, que hoje tem novos espaços, novas necessidades, oportunidades e, também, desafi os. E preparar para vencer estes desafi os é considerar “pronto” para o face a face com as constantes mudanças.

Uma abordagem contemporâneada Medicina do Trabalho

Dr. Carlos Roberto Campos, coordenador executivo do12º Congresso da ANAMT e Diretor de Título de Especialista

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CURSOS PRÉ-CONGRESSO Data Curso Carga Horária Responsável

30/4-sexta -T-N Curso de Atualização para o Exercício da Medicina 16 h Diretoria Científi ca 01/5-sáb- M-T do Trabalho (recomendável para candidatos à Prova de Título de Especialista)

01/5-sábado-M Curso Básico de PCMSO - como estruturar 4 h Dr. Mariano Ravski, MG e como desenvolver

01/5-sábado-T Agrotóxicos - o Estado da Arte e o Controle de Saúde 4 h Dr. Francisco Marcos dos Trabalhadores Expostos- (Básico) Gonçalves, SP

01/5-sábado-M-T Controle Audiométrico e Condutas Médico- 8 h Dr. Edoardo Santino, SP, Administrativas em Trabalhadores Expostos a Altos e Dr.Antônio Werner, Níveis de Ruído - (Básico) Argentina

02/5-domingo-M-T Condutas Médico-Administrativas diante de Queixas 8 h Diretoria Científi ca de Dor em Membros Superiores (Avançado)

02/5-domingo-M-T A Informática na Medicina do Trabalho (a cargo do 8 h Instituto Edumed de Instituto Edumed de Educação Continuada) - (Básico) Educação Continuada, SP

02/5-domingo-M-T Toxicologia em Saúde Ocupacional (Básico) 8 h Dr. Arlindo Gomes, RJ

02/5-domingo-M-T Sistemas de Gestão em Meio Ambiente (ISO 14001), 8 h Dr. Sérgio de Lucca, SP Segurança e Saúde no Trabalho (OSHAS 18001) para Médicos do Trabalho (Avançado)

02/5-domingo-M-T Sistema de Gestão da Ergonomia - Práticas Bem 8 h Diretoria Científi ca Sucedidas -Teoria e Ofi cinas

02/5-domingo-M-T Curso de Atualização em Avanços da Medicina para 8 h Dr. João A. Dias, GO Médicos do Trabalho

02/5-domingo-M-T Medicina do Trabalho no Agro-Negócio 8 h Diretoria Científi ca

02/5-domingo-M Qualidade no Controle Periódico de Gerentes e 4 h Dr. Gualter Nunes Maia, Executivos (Avançado) RJ

02/5-domingo-M Atenção à Saúde do Trabalhador da Saúde - A NR 32- 4 h Dr. Luis Oscar Schneider, (Avançado) RS

02/5-domingo - T Trabalho em turnos e noturno: tendências na 4 h Dra. Frida Marina Fischer, organização das jornadas de trabalho e seus efeitos na SP saúde e no trabalho (Avançado)

02/5-domingo- T O PCMSO Ampliado - Os exames médicos como 4 h Dr. Luis Oscar Schneider, oportunidade imperdível para a promoção da RS + Dra. Márcia qualidade de vida. (Avançado) Bandini, SP

02/5-domingo- T Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho - 4 h Diretoria Científi ca Abordagem Médico-Administrativa- 4 horas

A saúde e segurança no atual contexto brasileiro: novos espaços, necessidades e oportunidades

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CONFERÊNCIAS TEMÁTICAS, DE CONTEÚDO E MESAS-REDONDAS

Temas Básicos

Dia 3/5Segunda

SST no Atual Contexto Brasileiro

Conferências Temáticas

CT1Saúde e Segurança do Trabalho no Atual Contexto Brasileiro: Tendências, Perspectivas e Impactos sobre o Exercício Profi ssional- Dr. René Mendes

CT2SST na América Latina - Tendências e Perspectivas- Dr. Jorge Morales (México)

Conferências de Conteúdo

CC1A Saúde e Segurança do Trabalho na Administração Federal: Avanços e Retrocessos- Dr. Fernando Donato Vasconcelos, BA

CC2Ser Médico do Trabalho hoje: uma análise da atuação profi ssional ao longo dos últimos 25 anos - Dr. Arlindo Gomes, RJ

CC3Atitudes proativas com relação a processos éticos, civis e criminais - Dr. José Luiz Dias Campos, SP

Mesas-Redondas

MR1Perfi l Profi ssiográfi co Previdenciário e seus Impactos em Medicina do TrabalhoResponsável: Dr. João Alberto Maeso Montes

Dr. Sérgio Xavier da Costa RSDr. Luiz Oscar Dornelles Schneider RSDr. Elton Elvis Gomes Leão, AM Dra. Josimary Vasconcellos, CE

MR2Ética e Medicina do Trabalho: uma Visão com os Desafi os da AtualidadeResponsável: Bragmar Emílio BragaDr. Iliam Cardoso dos Santos, GODra. Lívia Barros Garção, GODr. Antonio FedericoWerner, Argentina

MR3Os Maiores Problemas Atuais da Prática da Medicina do TrabalhoResponsável: Dr. Willes de Oliveira Souza- O médico do trabalho ainda é importante para o empresário? - Dr.Willes de Oliveira e Souza - MG- Disputa de mercado versus Ética, na Medicina do Trabalho - Dr. José Antônio Barreto Beltrão - BA- IN98: caminho para a detecção precoce ou para uma avalanche de casos de LER/DORT? - Dra.Elôa Porto Nolasco - MG- Maria Virginia de Medeiros Eloy Souza - INSS- DF

Dia 4/5Terça

Novas Demandas e Novos Espaços para a Medicina do Trabalho

CT3Qualidade de Vida do Trabalhador: Contribuições da Saúde, da Ergonomia e da Segurança do Trabalho- Hudson Couto

CT4O papel da Medicina do Trabalho na política de desenvolvimento social e econômico - aspectos conceituais e relato de uma vivência atual- Dr. Hernán Sandoval, Chile

CC4Questões práticas relacionadas ao acompanhamento da saúde mental dos trabalhadores - Dra. Vera Lúcia Zaher, SP

CC5Os desafi os do médico do trabalho com as questões ambientais - Dr. João Carlos do Amaral Lozovey, PR

CC6O médico do trabalho gestor dos sistemas de atenção à saúde (de empregados, familiares e aposentados)Dr.Virgílio Baião Carneiro, MG

CC7O médico do trabalho Higienista Ocupacional?Dr. Satoshi Kitamura, SP

CC8Desafi os de Entender a Organização do Trabalho na origem de distúrbios e lesões ocupacionais (e de modifi cá-la)- Dr. Hudson Couto

CC9O médico do trabalho ergonomistaDr. Carlos Campos, GO

MR4Grande Mesa-Redonda:O QUE SE ESPERA DA MEDICINA DO TRABALHO HOJE?Responsável: Dr. René Mendes

Dr. Mário Bonciani, Ministério do Trabalho e EmpregoDr. Marco Antônio Perez, Coordenador de Saúde do Traba-lhador, Ministério da SaúdeDr. Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira, Ministério da Previdência SocialDr. Paulo Afonso Ferreira - Presidente da Federação das Indústrias do Estado de GoiásDr. Luiz Eduardo Guimarães Bojart - Ministério Público do Trabalho, GoiásDr. Márcio Lopes Toledo, Ministério Público Estadual, GoiásRepresentante dos trabalhadores, a ser defi nido

SEGUE

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Dia 5/5 QuartaNovas Demandas e Novos Espaços para a Medicina do Trabalho

CT5Contribuições da Saúde e Segurança do Trabalho para a Produtividade - Uma Visão da Gerência Industrial de empresa de Grande Porte- Sr. Paulo Bassetti, SP

CT6O Exercício da Responsabilidade Social e Balanço Social da Empresa: a inserção da Saúde e Segurança no TrabalhoDr. Luiz Antônio de Godoy Alves, advogado, RJ

CC10O médico do trabalho empresário e o desafi o da venda da imagem- Dr. Newton Lara, SP

CC11O médico do trabalho e a promoção da saúde no trabalhoDr. Gérson Nogueira, SP

CC12A participação do médico do trabalho na certifi cação ISO, OSHAS, BS e outras formas de auditoria- Dr. Sérgio de Lucca,SP

MR5Mesa-Redonda:PCMSO - Os Resultados após 9 Anos e os Desafi os AtuaisResponsável: Flávio Lins

Histórico, implantação e desafi os atuais - Dr. Zuher Handar, PR

Vantagens e difi culdades na visão do empresário- a cargo da Federação das Indústrias de Goiás

O impacto e desafi os para o trabalhador - a cargo de entidade sindical de Goiás

Principais problemas encontrados pela fi scalização - Dr. Mário Parreiras, MGMR6Mesa-Redonda:PPRA- Os Resultados após 9 Anos e os Desafi os AtuaisResponsável: Eng. Leonídio Francisco Ribeiro Filho, SP

Pesquisa “Perfi l do PPRA: Falhas e Acertos” efetuada em 30 empresas do GEHST (Grupo de Higiene e Segurança do Trabalho) com assistência da UNIP - ABRAPHISET”.Dr. Prof. Leonídio F. Ribeiro Filho, SP

Metodologia RACA: O desafi o para o sucesso do PPRA após 9 anos não está na Avaliação e no Controle, mas sim no Reconhecimento e na Ação.Profº César Ken Mori, SP

Grande Desafi o Empresarial: Integração do PPRA na Estratégia e nos Negócios da Empresa - Excelência do PPRA.Eng. Jorge Luiz Coletto, SP

PPRA e sua Integração com o PCMSO: Uma Visão Empresarial e como Vencer as Barreiras para a Integração - O Desafi o está nos Recursos Humanos.Dr. Ailton Luis da Silva, SP

O Sinergismo com Qualidade entre o PPRA e o PCMSO, Desafi os para Evitar Infrações, Penalidades e Ações Jurídicas Contra a Empresa e o Especialista na Área de Segurança e Saúde do Trabalho.Dr. José Luiz Dias Campos, SP

Estratégias e Práticas de Conquista de Espaços Dia 6/5Quinta

CT7A aquisição de novas competências para o exercício da Medicina do Trabalho: na formação e na Educação ContinuadaProf.a Elizabeth Costa Dias, MG

CT8Sistemas de Gestão em SST: uma Estratégia necessária nos tempos atuais- Eng.Roque Puiatti,RS

MR7Perícia e DORTResponsável: Dr.Luiz Frederico Hoppe, SPExames por imagem nas LER/DORT: Dr. Eduardo Godinho, GOExame físico: Prof. Dr. Rodolpho Repullo Júnior, SPFisiopatologia e diagnóstico diferencial em LER/DORT: Dr. Gilberto Archêro Amaral,SPEstabelecimento de nexo causal em LER/DORT: Dr. Erivalder Guimarães de Oliveira,SPIncapacidade laborativa em LER/DORT: Dr. Leslie Marc D’Haese, PR

Conferência de Encerramento

CT9Por que a Medicina do Trabalho é Necessidade? Quais são os Argumentos Atuais?- Dr. Carlos Campos, GO

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08:00 - 8:10 Abertura do Seminário (Dr. Casimiro Pereira Junior).

8:10 - 9:00 Conferência de Abertura - A Perícia na visão do julgador.

Juiz do TRT (GO) Dr. Elvécio Moura

09:00 - 10:30 Conferência - Laudo pericial. Aspectos Práticos de sua elaboração.

Casimiro Pereira Júnior (SC) Debatedores: Advogado José Luiz Dias

Campos (SP) Eng. Segurança Leonído Francisco

Ribeiro Filho (SP)

10:30 - 10:50 Intervalo

10:50 - 12:10 Saúde Mental e Danos Morais em perícias.

Dra. Sonia Liane Rovinsk (RS) Moderador: Vera Lúcia Zaher (SP)

12:10 - 12:30 Sessão de Perguntas

12:30 - 13:30 Intervalo para Almoço

13:30 - 15:00 Conferência - Critérios para classifi cação e quantifi cação da incapacidade laborativa. Dr. Fernando Pereira de Castro (Sociedade Brasileira de Medicina de Seguro - RJ)

15:00 - 15:20 Intervalo

15:20 - 17:20 Mesa-Redonda - Aspectos periciais das LER/DORT: abordagens e difi culdades

Moderador Dr. Carlos R. Campos. Médico do Trabalho (SP): Dr. Edoardo

Santino Reumatologista (GO): Dr. Nilzio

Antônio da Silva Psicóloga (GO): Dra. Maria da

Conceição Procópio

17:20 - 18:00 Aspectos éticos da atividade pericial. Dr. Luiz Frederico Hoppe (SP). 18:00 Sessão de Perguntas

OFICINAS DE CONTEÚDO E PRÁTICAS BEM-SUCEDIDAS Ofi cina Título Responsável

1 PCA com Qualidade Dr. Flávio Lins, PE Fonoaudióloga Fátima Carvalho, PE 2 Qualidade na monitorização biológica de trabalhadores expostos ao risco químico Dr. Helton de Souza Rosa, Petrobras

e Fundação José Silveira, BA 3 Qualidade no Atendimento Mínimo à Legislação de SST em Pequenas Empresas Dr. Aurelino Mahder, PR 4 Assistência Médica dentro da empresa: padrão de qualidade para os tempos atuais Dr. Francisco Ferreira de Souza

Filho, PA 5 Qualidade de serviços de saúde ocupacional de contratadas - experiências de sucesso Dr. João Carlos do Amaral Lozovey

e profi ssionais da Petrobras 6 As empresas de prestação de serviços em Medicinas do Trabalho (ABREST) Dr. Newton Lara 7 Patologia da Voz: uma Abordagem Sistematizada Dr. Ilian Cardoso dos Santos, GO Fonoaudióloga Silvia Ramos 8 Qualidade em PCMSO Dra. Josimary Vasconcelos, CE 9 PAIRO e Controle Audiométrico; Interpretação de Audiometrias Complexas Dr. Everardo Andrade Costa, SP 10 Aplicações práticas do conhecimento sobre Fisiologia do Sono na prevenção de acidentes entre motoristas noturnos Dr. Sérgio Barros Vieira, ES 11 Experiência Prática em Certifi cação de Sistemas de Gestão - Segurança, Ambiente Dr. Sérgio de Lucca, Pirelli, SP 12 A experiência da Unimed Paulistana Dr. Tarcísio Buschinelli 13 SESI e a experiência em Saúde no Trabalho Dr. Victor Gomes Pinto

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5º SEMINÁRIO NACIONAL DE PERÍCIAS TRABALHISTAS DIA 7 DE MAIO DE 2004

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CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO EM MEDICINA DO TRABALHO

NOTA PÚBLICA DE ORIENTAÇÃO DA ANAMT - MARÇO 2004A Associação Nacional de Medicina

do Trabalho - ANAMT, fundada em 1968, como sociedade científica e associativa, filiada à AMB e com esta conveniada como representante legítima da especialidade no país, sente-se no dever de informar, a título de esclarecimento e orientação, que o acesso ao exercício desta especialidade médica está regulamentado pela AMB e ANAMT, obe-decendo às diretrizes e normas que regem a certificação das especialidades médicas no país.

Por esta razão, orienta e informa aos can-didatos à formação pós-graduada em Medi-cina do Trabalho que a ANAMT segue o que determinam, entre outros dispositivos legais, as Resoluções 1.634/2002 e 1.666/2003, do Conselho Federal de Medicina, ditadas pela Comissão Mista de Especialidades - CME, constituída pelo CFM, pela AMB e pela CNRM.

Como herança de um passado de mais de trinta anos, organizaram-se no país “Cursos de Especialização em Medicina do Traba-lho”, com regulamentação então vinculada a diretrizes do Ministério do Trabalho. Organizaram-se também bons programas de Residência Médica em Medicina do Tra-balho (ou denominação equivalente), cuja regulamentação é estabelecida pela Lei nº 6.932/81. Esclareça-se, contudo, que os “cur-sos de especialização”, regidos pelo MEC, emitem apenas os certificados de conclusão dos cursos ministrados, o que não pode ser confundido com o título de “Especialista em Medicina do Trabalho”, cuja regulamenta-ção é da Comissão Mista de Especialidades (AMB, CFM, CNRM) e ANAMT.

Além disto, cabe também esclarecer os candidatos à formação na especialidade que, infelizmente, vários cursos de especializa-ção, embora reconhecidos pelo MEC, não atendem às exigências mínimas da ANAMT como Sociedade Científica que estabelece os requisitos para a certificação, posto que bur-lam a exigência da ANAMT (desde 1997) e do Ministério do Trabalho (desde 1990) de serem cursos ministrados por Faculdades de Medicina, que tenham corpo docente próprio e que ministram conteúdos de Medicina do Trabalho na Graduação Médica, na sede onde se dá o Curso de Graduação. Algumas entidades, por desinformação ou por falta de escrúpulos, têm ministrado Cursos de Espe-cialização em Medicina do Trabalho igno-rando estas exigências mínimas, realizando

seus cursos em inúmeras cidades e estados da Federação. A Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro, destaca-se, atualmente, por insistir nesse expediente.

A ANAMT lembra que os certificados de conclusão que venham a ser obtidos nessas entidades apenas conferem aos médicos a comprovação de que concluíram o curso, mas não asseguram, necessariamente, o aces-so automático ao exercício da especialidade, posto que contrariam frontalmente as exigên-cias mínimas estabelecidas pela ANAMT e AMB para inscrição aos concursos de título de “Especialista em Medicina do Trabalho” e até para ser “Médico do Trabalho”, segundo estabelece a Norma Regulamentadora NR-4.4.1, do Ministério do Trabalho.

Além disto, informamos que, seguindo as diretrizes da Resolução CFM 1.666/2003, da Comissão Mista de Especialidades, a ANAMT está apoiando e promovendo os programas de Residência Médica em dois anos. Como fruto desta política e de vários esforços institucionais, haviam sido creden-ciados pela Comissão Nacional de Residên-cia Médica, para 2004, seis programas de Residência em Medicina do Trabalho:1. Hospital das Clínicas da UFMG - De-partamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina. Belo Horizonte - MG.2. Hospital das Clínicas da UFRGS - De-partamento de Medicina Preventiva da Fa-culdade de Medicina. Porto Alegre - RS.3. Hospital das Clínicas da UFBa - CESAT e Departamento de Medicina Preventiva. Salvador - BA.4. Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - Departamento de Medicina Social. São Paulo - SP.5. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP - Departamento de Medicina Legal, Social e do Trabalho. São Paulo - SP.6. Hospital das Clínicas da UNICAMP - Departamento de Medicina Preventiva e Social - Área de Saúde Ocupacional. Cam-pinas - SP.

Outros programas de Residência em Medicina do Trabalho deverão ser credencia-dos no correr de 2004, para os programas de 2005. O Ministério da Saúde está definindo importantes apoios institucionais nessa mes-ma direção, e a ANAMT agradece e se sente alinhada com esta política de formação de re-cursos humanos em Saúde do Trabalhador.

Quanto aos Cursos de Especialização, a ANAMT designou um Grupo de Trabalho para propor o disciplinamento desta matéria, porém, a ANAMT quer deixar claro tanto às instituições que os promovem, quanto aos candidatos que pretendem realizar estes cursos, que a duração mínima de dois anos é exigência da Comissão Mista de Especia-lidades, com conteúdos teóricos e práticos que devem se assemelhar aos da Residência Médica. Portanto, cursos de especialização iniciados em 2004 devem, obrigatoriamente, seguir esta diretriz, sob pena de seus egres-sos não poderem se candidatar ao Título de Especialista em Medicina do Trabalho AMB/ANAMT, tendo na mão apenas o certificado acadêmico, mas sem a possibili-dade de exercerem a especialidade de forma legítima, como determinam as Resoluções 1.634/2002 e 1.666/2003, da Comissão Mis-ta de Especialidades (AMB-CFM-CNRM). Os conteúdos mínimos, teóricos e práticos, para este programa de dois anos, já foram desenvolvidos pela ANAMT, na forma de um elenco de “Competências Requeridas para o Exercício da Medicina do Trabalho”. Critérios de acreditação de Cursos de Espe-cialização, para fins de Título de Especialista, serão desenvolvidos pela ANAMT até o final de abril de 2004.

A ANAMT salienta, outrossim, que, des-de 8 de maio de 2003, os CRMs não podem mais registrar os certificados de conclusão dos cursos de especialização em Medicina do Trabalho, posto que este expediente con-traria o disposto nas Resoluções 1.634/2002 e 1.666/2003, do CFM. O Ofício Circular CFM 008/2003-SEC, enviado pelo CFM aos CRMs, em janeiro de 2003, é explícito nessa orientação. A via única de acesso ao exercí-cio da especialidade “Medicina do Trabalho” passará a ser a obtenção do título de “Espe-cialista em Medicina do Trabalho”, emitido por concurso da AMB e ANAMT.

Para clareza e proteção dos direitos do “consumidor” de Cursos de Especialização em Medicina do Trabalho, sugerimos que os médicos estejam atentos a esta orientação oficial e, na dúvida, consultem a ANAMT ([email protected]) ou seu website www.anamt.org.br.

Belo Horizonte, março de 2004.Prof. René Mendes

Presidente da Associação Nacional de Medicina do Trabalho - ANAMT10 JO

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I - Objetivos do Curso de Especiali-zação em Medicina do Trabalho:

O Curso de Especialização em Me-dicina do Trabalho visa a preparar mé-dicos para exercerem a especialidade em suas múltiplas formas de inserção no mercado de trabalho, a saber:

• Em empresas, por delegação dos empregadores, através de contratos diretos, como prestador de serviços ou assessoria técnica;

• Na rede pública e privada de serviços de saúde, desenvolvendo atenção integral à saúde dos trabalhadores, compreendendo ações de promoção e proteção da saúde, prevenção da doença, diagnóstico, tratamento e reabilitação;

• Em organizações sociais e sindicatos de trabalhadores;

• Em organizações do Estado, particu-larmente no âmbito do Trabalho, da Saúde e Previdência Social, incluindo a normatização, auditoria, inspeção e vigilância da saúde;

• Em instituições de Seguro, públicas ou privadas, realizando perícias mé-dicas para avaliação de incapacidade para o trabalho e concessão de bene-fícios;

• Para o Sistema Judiciário, como mé-dico perito técnico;

• Em instituições de formação profis-sional e produção do conhecimento (universidades e instituições de pes-quisa).

II - Emissão e Registro do Título de “Especialista em Medicina do Tra-balho”

De acordo com a legislação vigen-te, em especial as Resoluções CFM 1634/2002 e 1666/2003, cabe à Socie-

dade Científica da especialidade – no caso, a ANAMT – definir as compe-tências requeridas para o exercício da especialidade, cabendo aos Conselhos Regionais de Medicina o registro dos profissionais que satisfizerem uma das duas exigências: Residência Médica em Medicina do Trabalho (2 anos), ou Título de Especialista em Medicina do Trabalho, emitido pela ANAMT/AMB, com programa e carga horária correspondentes a 2 (dois) anos de duração.

A ANAMT, visando cumprir suas atribuições, prerrogativas e obrigações, e alinhada com as determinações da Comissão Mista de Especialidades (AMB-CFM-CNRM), após analisar as recomendações emitidas pelo “Grupo de Consulta Sobre Cursos de Espe-cialização em Medicina do Trabalho” , reunido em São Paulo, em 17 de abril de 2004, resolveu acolher e aprovar suas recomendações e está emitindo as presentes Diretrizes, que deverão ser seguidas a partir desta data.

III - Características Básicas dos Cursos de Especialização em Medici-na do Trabalho oferecidos a partir de 2004:

• Para fins do título de especialista em Medicina do Trabalho, emitidos pela AMB e ANAMT, os progra-mas dos cursos de especialização em Medicina do Trabalho deverão, necessariamente, ser programados em função do elenco de “Competên-cias Requeridas para o Exercício da Medicina do Trabalho”, elaborado pela ANAMT, sempre em sua versão mais atualizada. A ANAMT informa que irá realizar as provas de conheci-mento e a verificação dos currículos dos candidatos, em função deste

elenco de “competências”.• Os Cursos de Especialização em

Medicina do Trabalho deverão ter a duração mínima de 2 (dois) anos, para fins de reconhecimento pela Co-missão Mista de Especialidades, pela Associação Médica Brasileira e pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho, nos termos das Resoluções CFM 1634/2002 e CFM 1666/2003.

• A carga horária mínima obrigatória, a ser desenvolvida em dois anos, de-verá alcançar a 3.840 horas no biênio, ou 1.920 por ano.

• Os Cursos de Especialização em Me-dicina do Trabalho serão desenvolvi-dos com 80% de carga horária sob a forma de treinamento em serviço, destinando-se 20% para atividades teóricas.

• A supervisão dos alunos dos cursos de especialização, para fins de monogra-fia individual de conclusão e para fins de treinamento em serviço, deverá ser realizada por docente ou por profis-sional qualificado externo ao quadro docente, credenciado pela instituição de ensino responsável.

• As exigências para fins de Título de Especialista não interferem com a autonomia universitária de emitirem certificados de cursos de especializa-ção com características distintas, que deverão, idealmente, compatibilizar seus programas a fim de assegurar a validade para fins de exercício profis-sional da especialidade, nos termos da legislação vigente.

• Excepcionalmente, e reconhecendo como período de transição entre Cursos de Especialização com carga horária ao redor de 600 horas (como atualmente ministrados) e os de 3.840 horas (como exigidos), a ANAMT reconhecerá os Cursos de Especia-lização já iniciados em 2004, até a

DIRETRIZES PARA A ORGANIZAÇÃO E OFERECIMENTO DE CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO EM MEDICINA DO TRABALHO A PARTIR DE 2004: POSIÇÃO DA ANAMT

Em continuação às Notas Públicas da ANAMT, emitidas em agosto de 2003 e março de 2004,que tratam do tema dos Cursos de Especialização em Medicina do Trabalho,

as seguintes Diretrizes estão sendo divulgadas, relativas aos cursos oferecidos a partir de 2004.

SEGUE

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Jornal da

ANAMT

Associação Nacional de Medicina do TrabalhoDepartamento Científico da Associação Médica BrasileiraFundada em 26/3/68

Sede administrativa: Edifício MedcenterRua dos Otoni, 909, sala 904 - Telefone/fax: (31) 3224-720430.150-270 - Belo Horizonte/MG

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O fórum maior da Medicina do TrabalhoDr. João Alberto Maeso Montes

Diretor de Divulgação da ANAMT

presente data (17/4/2004), desde que venham a ser reprogramados para dois anos de duração (2004 e 2005) e carga horária mínima de 1.920 horas.

• No período de transição (cursos ini-ciados antes de 17/4/2004 e em anda-mento), a carga horária de atividades teóricas poderá alcançar até 30% da carga horária total, ou seja, um má-ximo de 576 horas, reservando-se, no mínimo, 1.344 horas para as atividades práticas.

• Estes Cursos deverão comunicar-se com a ANAMT, até 30 de maio de 2004, apresentando sua programação atual e sua proposta de ajuste às atuais exigências. A não comunicação ou o

não atendimento destas Diretrizes le-vará ao não aceite dos egressos desses cursos, para fins de inscrição em con-cursos para título de especialista.

• Novos cursos de especialização a serem iniciados a partir de 17 de abril de 2004 deverão obedecer, para fins de reconhecimento pela AMB e ANA-MT, as especificações de duração (dois anos) e de carga horária (3.840 horas).

A ANAMT está discutindo com o Ministério do Trabalho e Emprego a valorização do título de “especialista em Medicina do Trabalho”, pleiteando que aquele Ministério abstenha-se de manter e regulamentar a figura do “médico do

trabalho” – como ainda ocorre na NR 4.4.1.b, por exemplo – e passe a tomar como referência as regulamentações vi-gentes, emanadas pela Comissão Mista de Especialidades (Conselho Federal de Medicina – Associação Médica Brasilei-ra – Comissão Nacional de Residência Médica). A mesma demanda será levada ao Ministério da Previdência Social e ao Instituto Nacional do Seguro Social, no sentido da consistência normativa com as políticas e normas vigentes, relativas ao exercício da especialidade “Medicina do Trabalho”.

Belo Horizonte, 17 de abril de 2004.Diretoria da ANAMT

MINHA OPINIÃO

Mais um congresso da ANAMT. Aproxima-se o grande encontro onde a Medicina do Trabalho tem seu fórum. A plenitude do evento é o relacionamento entre os colegas e as famosas perguntas: como é que eu faço? ou: será que agi corretamente?

Indubitavelmente, nossa especia-lidade tem uma gama de focos espe-cializados, e somente em um fórum como o de Goiânia dúvidas podem ser dirimidas.

Enquanto isso, na antiga SSMT as atividades continuam como sem-pre, ou seja: paradas. O projeto da

NR 4 caducou. A NR 32 está em consulta pública. E nada mais.

O PPP e o LTCAT estão em vigor (tendo uma mistura de fundamentos filosóficos entre a validade do LT-CAT e do PPRA). Por falar nisso, os criadores do PPP estão sendo cha-mados de Cristóvão Colombo, pois quando iniciaram sua viagem não sabiam para onde iam e agora que chegaram não sabem onde estão.

A falta de diretriz do Ministério do Trabalho na área de saúde e segu-rança está preocupando muita gente. Com o desmonte do setor da fiscali-

zação, já está havendo repercussão no nosso mercado de trabalho, pois os auditores fiscais atuam fazendo cumprir a legislação e nem o atual quadro da NR4 está sendo cumpri-do nos mais variados quadrantes do país.

Já há jurisprudência no TST. Os processos de indenização de aciden-tes de trabalho, doença profissional e dano moral vão ter fórum nas Varas do Trabalho, e não mais nas Varas Cíveis de Acidente do Trabalho. Só falta a homologação na Reforma da Justiça (que sai ainda este ano).

Constituído pelos Profs. Luiz Carlos Morrone (Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo); Lys Esther Rocha (Faculdade de Medicina da USP, São Paulo); Maria das Graças Causs de Souza (Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - ES); Paulo Antonio Barros de Oliveira (Faculdade de Medicina da UFRGS, Porto Alegre-RS); Satoshi Kitamura (Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, Campinas); Sérgio Roberto de Lucca (Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP); René Mendes (Faculdade de Medicina da UFMG, Belo Horizonte - MG); Vera Lúcia Zaher (Faculdade de Medicina da USP, São Paulo).