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Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº 224 — Janeiro de 2014 A duplicação de trechos de duas grandes adutoras e a ampliação de estruturas da estação de tratamento principal do sistema inte- grado de abastecimento de água de Salvador e região metropoli- tana possibilitaram o aumento da oferta de água na capital baiana e a regularização do fornecimento em várias áreas elevadas da cidade. O incremento foi de 800 litros por segundo, vazão equi- valente à necessária para abastecer uma cidade como Vitória da Conquista. PÁGINAS CENTRAIS Investimentos ampliam oferta de água em Salvador Convênio de recapeamento asfáltico entra em vigor em Salvador PÁGINA 3 Embasa adquire mais caminhões limpa-rede de esgoto PÁGINA 2 Efluente tratado irriga áreas verdes de complexo hoteleiro PÁGINA 8 Fotos: Luiz Hermano

JOrnAL DA Embasa€¦ · Pavimentação Asfáltica (Copa), ferramenta on--line desenvolvida e atualizada pela Embasa, passou a ser utilizado, este mês, para a gestão dos serviços

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Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. Edição nº 224 — Janeiro de 2014

JORNAL DAEmbasa

A duplicação de trechos de duas grandes adutoras e a ampliação de estruturas da estação de tratamento principal do sistema inte-grado de abastecimento de água de Salvador e região metropoli-tana possibilitaram o aumento da oferta de água na capital baiana e a regularização do fornecimento em várias áreas elevadas da cidade. O incremento foi de 800 litros por segundo, vazão equi-valente à necessária para abastecer uma cidade como Vitória da Conquista. PÁginAS CEntrAiS

Investimentos ampliam oferta de água em Salvador

Convênio de recapeamento

asfáltico entra em vigor em Salvador

PÁginA 3

Embasa adquire mais caminhões limpa-rede

de esgoto

PÁginA 2

Efluente tratado irriga áreas verdes de

complexo hoteleiro

PÁginA 8

Foto

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Diretoria executiva

PresidenteAbelardo de Oliveira Filho

Diretor Financeiro e comercialDilemar Oliveira Matos

Diretor de Gestão corporativaBelarmino de Castro Dourado

Diretor de operação e expansão rMSCarlos ramirez Magalhães Brandão

Diretor de operação e expansão Norte rita de Cássia Sarmento Bonfim

Diretor de operação e expansão Sul Carlos Alberto Pontes de Souza

Diretor técnico e de SustentabilidadeCésar Silva ramos

aSSeSSoria De coMuNicação

assessorDaniel Menezes

editorDaniel Menezes/Débora Ximenes

redatoresDébora Ximenes,

Fernanda Macedo, Marcos Fonseca, Paula Janaína Araújo, Hebert regis (UnB),

Adriano Aleixo (UnS)

editoração GráficaMauro Lira

FotógrafosLuiz Hermano Abbehusen e

Luciano S. rêgo

Publicação externatiragem: 5.000 exemplares

Av. 4a; 420 - Centro Administrativo da Bahia - CAB41745-002 Salvador - Bahia

tel.: (71)3372-4898 Fax.: (71)3372-4640/4600

[email protected]

impresso na Gráfica e editora Pelicano Ltda

exPeDieNte

Usuários negociam débitos

Entrou em vigor, em dezembro, o convênio de cooperação técnica e financeira assinado pela Emba-

sa e a Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop) visando à exe-cução, pelo órgão municipal, de serviços de repavimentação asfáltica nas vias onde a empresa de saneamento intervier para dar manutenção ou implantar suas redes de água e de esgoto. O contrato, no valor de r$ 3,9 milhões, foi publicado no dia 13 de dezembro no Diário Oficial do Estado. O acordo terá vigência de um ano, podendo ser renovado por igual período.

Pelo convênio, a Embasa aterrará o local da intervenção, deixando-o pronto para que a Sucop faça a repavimentação asfáltica da via. O trabalho será executado por meio de cinco equipes disponibilizadas pela empre-sa, cada uma com seis técnicos, fardamen-tos, equipamentos de segurança (EPis) e ferramentas, além de todo o equipamento utilizado na operação, a exemplo de caçam-bas, compactadores de placa e rolo com-pactador com pneus. As equipes já estão trabalhando de segunda a sexta-feira, em horário comercial, e, no sábado, até o meio--dia, sob a fiscalização da Sucop.

Para proporcionar maior agilidade na rea-

na natação, karatê, judô e até na luta olímpica estilo greco-romano, os atletas patrocinados pela Embasa obtiveram bons resultados no ano passado. A nadadora Márcia Pereira Santos foi vice-campeã do circuito de maratonas aquáticas da Bahia e conquistou dois terceiros lugares nas sexta e sétima etapas do campeonato bra-sileiro de maratonas aquáticas realizadas entre agosto e setembro, respectivamente, em Brasília (DF) e Belém (PA).

no masculino, ivanildo Lima também conquistou o vice-campeonato do circuito baiano de maratonas aquáticas, graças a resultados como o terceiro lugar na pri-meira etapa da maratona e duas segundas posições nas quinta e sétima etapas. Além disso, o nadador foi campeão do troféu Walter Figueiredo Silva, realizado em se-tembro, em Salvador, se destacando nos 100 metros nado peito.

Karateca da categoria Sênior, Madson Menezes foi campeão em luta por equipe e na apresentação de katá por equipe no

PAtrOCíniOS

ESgOtAMEntO SAnitÁriO

A participação da Embasa no Feirão do nome Limpo, evento promovido pela Câ-mara de Dirigentes Lojistas, entre 26 de novembro e 30 de dezembro, no Centro de Convenções da Bahia, resultou no atendimento a 11.768 usuários, na ne-gociação de débitos que somam a quan-tia de r$ 12.190.339,26, sendo que r$ 1.770.160,78 foram recebidos à vista nas entradas do parcelamento. Com as negociações feitas durante o evento, foi possível reativar 5.341 ligações que es-tavam inativadas por falta de pagamento.

lização dos serviços, o Sistema de Controle de Pavimentação Asfáltica (Copa), ferramenta on--line desenvolvida e atualizada pela Embasa, passou a ser utilizado, este mês, para a gestão dos serviços de repavimentação realizados durante o período do convênio.

“Através dessa parceria, a maior beneficiada será a população de Salvador, uma vez que a Sucop é especializada na realização do ser-viço de repavimentação asfáltica”, explica o superintendente de abastecimento de água de Salvador e região metropolitana, José Moreira.

campeonato norte-nordeste, realizado em maio, em Fortaleza (CE). no campeonato baiano, em Salvador, foi novamente campeão em katá por equipe e vice na luta individu-al, em julho. Pela categoria juvenil, Paulina raíssa foi vice-campeã baiana no katá indi-vidual, no katá por equipe e também na luta por equipe. Já inara Bárbara brilhou no cam-peonato brasileiro realizado, em novembro, em Jaguará do Sul, em Santa Catarina. Ela conquistou medalha de bronze na luta indivi-dual, além de ter acumulado duas medalhas de ouro e duas de bronze nos campeonatos baiano e do norte-nordeste.

Em 2013, o judoca Hugo Leal decidiu trei-nar luta olímpica estilo greco-romano e o resultado foi a conquista, no rio de Janeiro, do vice-campeonato brasileiro na modalida-de. Em dezembro, Hugo foi considerado pela Superintendência de Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) como o melhor lutador no es-tilo greco-romano da Bahia. no judô, o atleta foi campeão na categoria sub-21 e vice-cam-peão na sub-23 da quinta etapa do circuito baiano, campeão da sétima etapa do mesmo circuito e terceiro lugar da Copa internacional de Fortaleza. O atleta terminou o ano na se-gunda colocação do ranking baiano.

Quatorze novos caminhões equipados com o maquinário necessário à rea-lização de serviços de limpeza e de-

sobstrução de redes coletoras de esgoto fo-ram entregues, no dia 18 de dezembro, para atuar na manutenção dos sistemas de esgo-tamento sanitário da capital e do interior do estado. Até junho deste ano, serão entregues mais 48 novos equipamentos do tipo. O inves-timento foi de r$ 23 milhões e conta com re-cursos do Banco nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BnDES).

O presidente da Embasa, Abelardo de Oli-veira Filho, ressaltou que o investimento acompanha a evolução do esgotamento sa-nitário em diversas cidades do estado, com as ampliações e as entregas de novos siste-mas, destacando o impacto direto das novas aquisições no atendimento às situações de emergência. “Os novos veículos vão agilizar o atendimento, reduzindo os transtornos

causados por episódios como obstruções na rede”, explica.

MAU USOCantídio Duarte neto, superintendente de esgo-

tamento sanitário da região metropolitana de sal-vador, explica que a má utilização da rede de esgo-to é um dos fatores que mais trazem problemas ao seu funcionamento. “infelizmente, é comum encon-trar moradores que jogam lixo, madeira, pedras e toda sorte de resíduos e materiais na rede de esgotamento sanitário, que é dimensionada para receber apenas os esgotos domésticos. Este tipo de mau uso é o grande responsável por obstru-ções e extravasamentos na rede”, alerta.

Além da desobstrução de redes, os novos veí-culos e equipamentos serão utilizados na limpe-za periódica e manutenção dos demais equipa-mentos do sistema de esgotamento sanitário, a exemplo de estações de tratamento e estações elevatórias de esgoto.

Embasa adquire novos equipamentos para limpeza de redes

Convênio para recuperação de pavimentação asfáltica entra em vigor

Atletas conquistam posições importantes em 2013

Órgão municipal vai repavimentar os locais onde houver intervenções da Embasa em SalvadorFoto: Luciano rêgo

Foto: Luiz Hermano

Foto: Luciana Leal Foto: Márcia Melo

Hugo Leal Márcia Pereira Santos

Embasa terá uma frota de 72 caminhões novos

Funcionários realizam recuperação em rua do IAPI

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Oferta de água é ampliada em Salvador

MELHOriA ViSíVELna rua José Andrade, no bairro de Sussuara-

na nova, onde mora rosemeire Araújo Santos, o verão de 2014 está bem diferente dos úl-timos verões. De acordo com rosemeire, em 2013, a água não chegava em sua casa em hora nenhuma do dia. “Eu tinha que atravessar a avenida gal Costa e pegar água numa tubula-ção mantida pelos moradores. Este ano, estou recebendo água todo dia durante a noite. te-nho dois tanques que atende às cinco pessoas que moram em minha casa”, diz aliviada.

no bairro de Sete de Abril, Eliene dos Santos Santana, moradora da rua José Bonifácio, está contente por ter água em casa todos os dias. “Ficávamos muitos dias sem receber água, mas, hoje, abri-mos a torneira e tem água para tomar banho, cozinhar. A gente até consegue ficar sem energia elétrica, mas não vive sem água, principalmente se for limpa e tratada”, afirma. Para ela, que mora no bairro há quase 50 anos, o cuidado com as instalações internas é assunto sério.

Há um mês, o sistema integrado de abastecimento que atende a Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho está distribuindo mais água, graças aos investimentos feitos

pela Embasa para ampliar a estrutura da estação de tratamento principal e duplicar trechos de duas adutoras de grande porte. O acréscimo na distribuição de água tratada é da ordem de 800 l/s (litros por segundo), o equivalente à vazão suficiente para atender a uma cidade como Vitória da Conquista.

Entre 2012 e 2013, essa ação estruturante, que envolveu a implantação de quilômetros de tubulação com diâmetros va-riando de 1,6 a 2,3 metros, e a ampliação de equipamentos da estação de tratamento, já está garantindo um verão tran-

quilo nas áreas da capital baiana consideradas críticas para o fornecimento de água. Com recursos próprios e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cerca de r$ 125 milhões foram investidos para melhorar a prestação do serviço de abas-tecimento de água.

Antes do incremento na produção de água do sistema inte-grado de abastecimento de Salvador, a vazão de distribuição, no verão, era de 11,5 mil l/s, considerada suficiente para aten-der aos imóveis da cidade se não houvesse perdas causadas pelo elevado número de ligações clandestinas, gatos de água, desperdício no consumo e vazamentos nas redes internas dos imóveis e na rede distribuidora.

“na minha família, todo mundo tem hidrô-metro, reservatório e ninguém fica mais sem água”, declara satisfeita.

Os investimentos da Embasa para me-lhorar a prestação do serviço de abasteci-mento de água em Salvador, até 2014, são da ordem de r$ 334 milhões. A ampliação da ofer ta de água na distribuição é uma das ações previstas já concluídas. A em-presa realizou melhorias na captação da barragem de Pedra do Cavalo e substituiu e ampliou redes antigas em várias áreas da capital, a exemplo da Cidade Baixa, dos bairros de Piatã, São Caetano e Sussuara-na. no momento, está ampliando o centro de reservação de Águas Claras e já tem recursos assegurados para ampliar outros cinco centros.

De acordo com o superintendente de abas-

tecimento de água de Salvador e região me-tropolitana, José Moreira, a ampliação das estruturas de produção e distribuição de água em Salvador e em algumas cidades da região metropolitana e do recôncavo é re-sultado do trabalho que a Embasa vem rea-lizando para atender ao aumento da deman-da por água tratada resultante da expansão imobiliária que vem ocorrendo nos últimos anos nas cidades da Bahia.

“O trabalho, no entanto, não para por aí. Estão previstas, ainda, ações no sentido de ampliar a rede distribuidora de alguns bairros para melhorar o fornecimento de água em áreas consideradas críticas como, por exemplo, a zona alta do Cabula, que representa um investimento de quase r$ 70 milhões, e as áreas elevadas de Mata Escura e Calabetão, que representam um

investimento de cerca de r$ 421 mil”, ex-plica o superintendente.

rEDE intErnAO aumento da oferta de água no sistema de

abastecimento não significa que o fornecimen-to regular está garantido, pois a rede interna dos imóveis deve se adequar às condições de entrega que constam na resolução nº 001 da Agersa, norma que regulamenta a prestação dos serviços da Embasa. De acordo com o artigo 42 dessa resolução, por exemplo, os imóveis ligados à rede distribuidora em que não for possível o abastecimento direto no re-servatório superior, mesmo sendo fornecidas pressões em conformidade com o definido nas normas regulamentares, devem possuir um reservatório, no nível do térreo, com bomba para elevar a água até o reservatório superior.

Eliene Santana

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CAéM DESPOLUiçãO DE BACiAS

Mais de 70 pessoas lotaram o ple-nário da Câmara Municipal de Ve-readores de Caém, cidade do cen-

tro-nor te, para saber sobre o serviço de abastecimento de água que passou a ser prestado pela Embasa. A estatal recebeu, recentemente, a concessão para adminis-trar e operar o sistema que atende à sede do município e era gerido pela prefeitura.

Os representantes da Embasa apresenta-ram os aspectos operacionais, comerciais e regulatórios do serviço, em especial as intervenções feitas para levar, pela pri-meira vez, água tratada para mais de sete mil pessoas da sede municipal. Segundo o

prefeito Arnaldinho, o serviço da Embasa era um grande anseio da população, já que a água distribuída, até então, não passava por qualquer tipo de tratamento. “A par-tir de agora, a nossa gente passará a ter maior tranquilidade ao consumir água de qualidade e a saúde será a grande conquis-ta de todos nós”, afirmou o gestor.

O gerente comercial Jefferson Ferreira falou da relação da empresa com o “cidadão-usuá-rio”, apresentando os serviços ofertados pela concessionária, os tipos e respectivos valores das tarifas, assim como os direitos e deveres de ambas as partes durante o contrato co-mercial, com base na legislação atual.

Embasa assume abastecimento e participa de reunião pública

Rede de esgoto é testadaLUíS EDUArDO MAgALHãES

O funcionamento do sistema de esgotamen-to sanitário da sede municipal de Luís Eduar-do Magalhães, desde o mês passado, está sendo testado pela Embasa. Os testes serão finalizados na segunda quinzena de fevereiro e fazem parte da inspeção obrigatória da qua-lidade do sistema construído pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do

São Francisco e do Parnaíba) antes da opera-ção definitiva, na cidade, do serviço de coleta e tratamento de esgoto pela concessionária.

A equipe técnica da Embasa limpou e verifi-cou as instalações da rede coletora do novo sistema nos bairros Centro, Jardim Paraíso, Mimoso i e ii e está trabalhando no Santa Cruz. Depois dos testes em toda a rede, a Embasa

atenderá aproximadamente 6,6 mil imóveis.O processo de notificação dos usuários

do novo sistema para a ligação de seus imóveis à rede coletora de esgoto, num prazo de 90 dias, será iniciado a partir de fevereiro. A ligação deve ser feita na caixa de passagem da rede de esgoto situada na calçada em frente ao imóvel.

ESgOtAMEntO SAnitÁriO

Sede de Jequié conta agora com 85% de coberturaApós a conclusão da obra de ampliação do

sistema de esgotamento sanitário (SES) de Jequié, os 9,5 mil habitantes beneficiados nos bairros Curral novo, Km 3, Km 4 e parte da Cidade nova, na sede municipal, passaram a ser atendidos com coleta e tratamento de es-goto doméstico. A cidade tem agora, em 85% de suas áreas ocupadas, rede coletora dis-ponibilizada na calçada dos imóveis. trata-se de um dos maiores índices de atendimento registrados em cidades brasileiras.

A obra representou um investimento de r$ 11,9 milhões e implantou, no SES existente na cidade, mais 44 quilômetros (km) de tu-bulação para compor a rede coletora, duas estações elevatórias e 368 ligações intrado-miciliares, evitando que os esgotos da área contemplada pela obra continuassem a ser lançados sem tratamento no rio de Contas.

“A minha vida mudou demais e para melhor. Antigamente, sem água encanada e sem rede de esgoto no bairro, tudo era muito difícil. Eu

tenho deficiência física e fazia um esforço mui-to grande para buscar água longe de casa. A rede de esgoto antiga tinha um canal que entupia e causava um cheiro horrível, minha filha chegou a ficar doente por causa disso”, declara Cláudia Souza, moradora do bairro Curral novo. Segundo a moradora, todos os moradores do bairro estão satisfeitos com os resultados. “todos aqui agradecem muito a chegada da água tratada e do esgotamento sanitário”, finaliza.

A construção da nova estação de trata-mento de esgoto (EtE) de Barreiras, ci-dade do oeste baiano, rendeu à Embasa

o direito de receber r$ 8.047.237,58 da Agên-cia nacional de Águas (AnA). O valor equivale a 61,57% do que está sendo investido pela empresa baiana de saneamento para construir o equipamento. O repasse dessa quantia está previsto nas normas do Programa de Des-poluição de Bacias Hidrográficas (Prodes). O extrato do contrato assinado entre a AnA e a Embasa foi publicado no Diário Oficial da União do dia 2 de janeiro deste ano.

De acordo com o documento, a quantia será recebida em 28 parcelas ao longo de sete anos, a partir da entrada em operação da esta-ção, caso a Embasa consiga cumprir metas de volume de esgoto tratado e de abatimento de cargas poluidoras determinados pelo Prodes para a bacia do rio São Francisco.

Com a assinatura do contrato, a quantia foi depositada em fundo administrado pela Caixa

Econômica Federal e os repasses à Embasa serão investidos em obras voltadas para a uni-versalização do acesso aos serviços de água e de esgoto na área de atuação da empresa.

O presidente da Embasa, Abelardo de Olivei-ra Filho, ressalta que o esforço empreendido pela Embasa, desde 2007, para universalizar o atendimento de seus serviços na Bahia, envolve a captação dos recursos públicos disponíveis. A obtenção desses recursos de-pende da seriedade com que a empresa lida com a fiscalização da qualidade das obras que realiza e dos serviços prestados. “Com a estação de tratamento de esgoto de Len-çóis, cumprimos as metas determinadas pelo Prodes em relação à bacia do rio Paraguaçu e recebemos o que gastamos para construir o equipamento”, lembra.

AMPLiAçãO DO AtEnDiMEntOA obra de ampliação do sistema de es-

gotamento sanitário (SES) de Barreiras foi

interrompida, em fevereiro do ano passado, com 90% das estruturas previstas constru-ídas e teve que passar por complementação orçamentária, com novo processo licitatório, devido aos custos envolvidos na mudança de localização da nova EtE para atender pedi-do da prefeitura. A obra custou, inicialmente, r$ 78 milhões e recebeu mais r$ 29,7 mi-lhões da própria Embasa.

Este mês, a obra foi retomada e deve ser entregue ainda no primeiro semestre deste ano. Após a sua conclusão, Barreiras alcan-çará 70% de índice de cobertura de esgota-mento sanitário na sede municipal. Os bair-ros atendidos são: Bela Vista, Cascalheira, Flamengo, Bandeirantes, novo Horizonte, Jardim Ouro Branco, Jardim Sandra regina, renato gonçalves, Aratu, Morada da Lua, Loteamento São Paulo, ribeirão, Antônio geraldo, recanto dos Pássaros, Mimosinho, Vila nova, Sombra da tarde, Santa Luzia, Lo-teamento rio grande e JK.

Contrato com ANA garante R$ 8 milhões para a Embasa

Foto: Acervo Embasa

Moradores de Caém lotaram o plenário da câmara municipal

intErVEnçõESO gerente Vinícius Araújo explicou so-

bre o processo de captação, adução, tratamento e distribuição da água, des-tacando os investimentos realizados pela Embasa em Caém para que a distribuição de água seja satisfatória. Entre elas, a recuperação da estação de tratamento de água existente e a execução de liga-ções domiciliares, um investimento da ordem de r$ 200 mil. Estão previstas, ainda, a construção de um reservatório com capacidade para acumular 200 me-tros cúbicos, melhorias na rede distri-buidora de água, além da instalação de dois conjuntos motor-bomba na estação elevatória iii. Os investimentos na cidade ultrapassam r$ 10,4 milhões e são par-te integrante da obra, a ser licitada, de complementação do sistema integrado que abastece Jacobina, Caém, Saúde e outras localidades.

A Embasa também vai promover educa-ção ambiental na sede do município. Se-gundo a assistente social Lílian Marinho, essas ações vão orientar a população a utilizar de forma racional os recursos hí-dricos e a conservar o meio ambiente. “Como a Embasa vai utilizar inicialmen-te a água do rio Caém, um manancial de pouca acumulação, é impor tante que a população economize água, pois os re-cursos locais são escassos”, afirmou. Opor tunamente, a barragem de Pindoba-çu poderá ser utilizada como reforço e garantia de continuidade do fornecimen-to de água na cidade.

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Como principal executora das ações voltadas para a uni-versalização do acesso aos serviços de água e esgoto dos municípios baianos, como determina a política es-

tadual de saneamento básico, a Embasa, num futuro não muito distante, terá centenas de estações de tratamento de esgoto para operar e, com isso, um volume muito grande de efluente tratado para lançar no meio ambiente. Essa pers-pectiva tem levado a empresa a realizar experiências de reuso na irrigação de culturas agrícolas ou de áreas verdes.

De acordo com o engenheiro sanitarista Virgílio Bandeira, o efluente final, após o tratamento, tem um potencial fer-tilizante muito grande, pois é água com fósforo, potássio, nitrogênio, entre outros nutrientes diluídos. “Em 2008, ini-ciamos a plantação de frutas numa área da estação de tra-tamento de esgoto (EtE) do complexo iberostar e tivemos bons resultados, que estamos monitorando por meio de análises. Já na EtE de Sauípe, experimentamos a irrigação de grama também com resultados satisfatórios”, explica.

numa área de 8.500 metros quadrados da EtE do com-plexo iberostar, coqueiros, limoeiros, cajueiros, pés de graviola, de maracujá, de mangaba, de aipim, entre outros frutos, ostentam o viço nas folhas e no porte proporcionado pela irrigação com efluente tratado.

A técnica em química da superintendência de esgotamen-to sanitário da Embasa, Ana rita Cardoso, conta que, em 2013, foi solicitada uma análise do solo irrigado com efluen-te tratado à Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA). “O laudo foi entregue e será examinado por um agrônomo. Só assim, poderemos saber por que alguns fru-tos, como a melancia, não se desenvolveram bem”, conclui.

O funcionário Antônio dos Anjos Monteiro, que cuida das plantações, dá seu testemunho: “na minha roça, que rego com água de poço, o desenvolvimento das plantas é muito

mais lento. Com efluente tratado, as plantas crescem mais rápido e dão frutos o ano todo”.

irrigAçãO DE ÁrEAS VErDESO pomar da EtE do iberostar recebe 6.259 litros de efluen-

te tratado por dia por meio de irrigação por gotejamento. no entanto, atualmente, 31 litros de esgoto por segundo chegam à estação e o volume de efluente tratado produzido é muito maior do que o dessa utilização. O restante vai para o sistema de irrigação de áreas verdes do complexo hote-leiro iberostar, onde uma lagoa impermeabilizada recebe efluente durante 24 horas, exceto durante período chuvoso. Quando chove e o efluente tratado deixa de ser distribuído para o iberostar, ele segue para o rio Pojuca.

O gerente geral de manutenção do complexo iberostar, Paulo gatti, explica que a lagoa possui estruturas de aera-ção que impedem a eutrofização, fenômeno ecológico cau-sado pelo excesso de nutrientes e o rápido desenvolvimento de algas e plantas que retiram o oxigênio do meio aquáti-co e geram grande quantidade de sedimentos orgânicos. “Essa estrutura está funcionando efetivamente há cerca de um ano e foi uma aposta da Embasa e do complexo hotelei-ro para cumprir uma condicionante ambiental. é um sistema que precisa de constante monitoramento dos parâmetros de qualidade do efluente e isso temos feito com a Embasa”, explica gatti.

Pensando no futuro... Foto

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Reuso de efluente tratado

no dia 15 deste mês, foi assinado um acordo de coopera-ção técnica, entre a Secretaria de Agricultura e a Embasa, para a utilização de esgoto tratado em irrigação de cultu-ras agrícolas. A primeira experiência, nesse sentido, acon-tecerá em Vitória da Conquista e terá o suporte técnico da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

COOPErAçãO téCniCA