40
Juleu de ata na comunicação da região

JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Caderno especial de comemoração dos 25 anos do JORNAL DA REGIÃO.

Citation preview

Page 1: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

Jubileu de prata na comunicação da região

Page 2: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

2 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Em outubro de 1986, anúncio de primeira página nos Classificados do JORNAL DA RE-GIÃO divulgava a venda de um microcomputador, modelo TK 85, seminovo. Isto, há 25 anos. Era muito para a época. Começava a revolução e a introdução do computador no mundo.

A manchete principal era: “Cantagalo em festa”. Podia ser uma festa pelo lançamento de um jornal em Cantagalo. Era o 171º jornal editado no município. Mas o título se referia às fes-tividades pelo aniversário de emancipação político-administrativa de Cantagalo, que ainda era comemorado em data posteriormente considerada como incorreta pelos historiadores, sendo alterada para 9 de março. Vários anos depois, o próprio jornal colaborou, como reconheceu o pesquisador Clélio Erthal, com a mudança das comemorações da emancipação de Cantagalo.

O editorial da primeira edição do JR, publicado ao lado, dava a noção exata do momento vivido no país. “Depois da implantação do Plano Cruzado, tudo neste Brasil, ficou muito animador, todos investiram naquilo que sempre sonharam...”.

A proposta de criação do jornal, desde seu início, era que ele fosse um veículo regional. A prova disso foi o próprio nome. No início, algumas pessoas chegaram a sugerir que o jornal de-veria se chamar Jornal de Cantagalo. Nessas discussões estão Jalme Pereira e Rosângela Santos, que participaram daquele importante momento de decisão, juntamente com o já falecido radia-lista Geraldo Nóbrega. Foram batalhadores dos ideais deste veículo de comunicação. Achávamos que o novo jornal teria que ser regional, pois estaria representando uma região carente de recur-sos, mas forte em suas origens, tradições e potencial econômico.

Na sala 208 da Rua Getúlio Vargas, 21, no prédio onde funciona o banco Bradesco, no Centro de Cantagalo, foram registrados os primeiros passos do jornal. Naquele local, começou a elaboração das primeiras matérias datilografadas em uma máquina de escrever, que foram enviadas para composição em linotipo e impressão numa gráfica de São Gonçalo, no bairro Zé Garoto, a tão conceituada Oficina da União A Gaivota Dados e Editora Ltda.

Um fato interessante aconteceu nesta primeira edição envolvendo a gráfica e o jornal. A data prevista pelo editor era para circulação em 2 de outubro de 1986, a data em que Cantagalo comemorava seu aniversário. Mas, segundo o então proprietário da gráfica, Oswaldo Elias (já falecido), não foi possível entregar o jornal naquela data, somente no dia seguinte. Com isso, mudou a data de capa do jornal para 3 de outubro, argumentando que, se a data anterior fosse mantida, o jornal circularia com a data já vencida. Esse fato só foi verificado pelo editor na ho-ra de apanhar o jornal impresso em São Gonçalo. Não era mais possível reclamar, pois ele já havia sido impresso.

Duas colunas se destacam naquela primeira edição do JORNAL DA REGIÃO. A primei-ra, criada por um dos primeiros colaboradores: Geraldo Nóbrega. Ele escreveu a coluna ‘Sociais e Etc...’, onde registrava os fatos sociais, principalmente aniversários, nascimentos e casamentos. Já a jornalista Rosângela Santos criava a coluna ‘O Povo Fala’, que, durante algumas edições, colocava opiniões da população sobre determinados assuntos. Naquela primeira coluna, o as-sunto foi a ‘Constituinte’, já que o país se preparava para criar a nova Constituição Brasileira, baseada no novo momento democrático iniciado pelo País.

Na Rádio Musical AM de Cantagalo, pioneira na região, o JORNAL DA REGIÃO anun-ciava a programação. O Programa Célio Figueiredo teve destaque, inclusive citando a estreia, na Rádio Musical, no dia 15 de setembro de 1986, de 5h às 9h.

Já em 1986, o jornal anunciava o que hoje parece ser fato: a construção de uma usina hi-drelétrica no Rio Paraíba do Sul. Dava como certa a possibilidade de alagar toda a região de São Sebastião do Paraíba, quarto distrito de Cantagalo.

Naquela época - meados da década de 1980 -, era comum a realização de festivais de mú-sica. Cantagalo anunciava a realização do VI Festival Cantagalense da Canção, na Quadra Municipal José dos Santos Vieira, promovido pelo grupo SEC (Silney, Edson e Célio), com apoio da Prefeitura.

Este Suplemento Especial é parte integrante do Jornal da Região - Edição nº 1.152 período de 29 de setembro a 05 de outubro de 2011.O Jornal da Região é editado pela Editora Jornal da Região Ltda.CNPJ: 01.907.586/0001-35. Redação: Cantagalo - Rua Prefeito Licínio José Gonçalves, 237 - TriânguloCEP: 28.500-000 - Tel/Fax: (22) 2555-5453 - E-mail: [email protected] Editor: Célio Figueiredo - Jornalista Responsável: Rosângela SantosDistribuição: Luís Carlos - Diagramação: Thiago Valente - Revisão: Gilmar Marques

Circulação: Cantagalo - Cordeiro - Duas Barras - Trajano de Moraes - São Sebastião do Alto - Bom Jardim - Macuco - Carmo - Nova FriburgoImpresso na Tribuna de Petrópolis - Filiado à ADJORI-RJ.Representante: JC Representações e Publicidades Ltda.Av. Rio Branco, 173 - grupos 602 e 603 - Centro - Rio de Janeiro/RJ - CEP: 20.040.007 - Telefone: (21) 2262-7469Os conceitos emitidos nos artigos e colunas não refletem, necessariamente, a opinião do jornal.

Expediente

~A primeira edição~

Quando se pensa em criar um jornal, logo se depara com vários problemas: assuntos, profissionais, despesas, recursos, etc.

Quando pensamos em criar um jornal para nossa REGIÃO tínhamos um princípio: fazer um veículo com a finalidade de divulgar os fatos da nossa REGIÃO.

Hoje, quando nos é possível lançar nossa primeira edição, gostaríamos de deixar bem claro que o nosso jornal estará su-jeito a erros e falhas, pois somos humanos, portanto sujeitos a tal coisa.

Depois da implantação do plano cruzado, tudo neste Bra-sil, ficou mais animador, todos investiram naquilo que sempre sonharam.

Este jornal será editado quinzenalmente, através de uma equipe de trabalho que procurará fazer um veículo de comuni-cação à altura de seus leitores.

Os recursos sempre são muito difíceis para jornais do in-terior, mas todos procuram sobreviver, com a preciosa coope-ração das pessoas que mais se interessam pelo progresso da REGIÃO.

Ao escolhermos o nome de JORNAL DA REGIÃO, que-remos abranger toda esta REGIÃO que está em franco desen-volvimento.

A direção deste jornal coloca a disposição para sugestões e críticas que venham a melhorar o nosso meio de comunica-ção.

Que Deus nos dê forças para levar adiante o nosso ideal, que é trazer um pouco de informação e distração para a popu-lação de nossa REGIÃO.

O EDITOR

Editorial publicado na primeira edição, em 3 de outubro de 1986

Iníciode tudo

Page 3: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 3

Page 4: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

4 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Jornal contribui para a mudança de aniversário da cidade

Até meados de 2003, o mu-nicípio de Cantagalo vinha co-memorando seu aniversário de emancipação político-administra-tiva erradamente. As festividades eram realizadas em 2 de outubro, quando, na verdade, o aniversá-rio de emancipação do município ocorre em 9 de março.

O JORNAL DA REGIÃO foi parceiro decisivo no processo de acerto da data, quando reconheceu o erro e passou a apostar nas pes-quisas apontadas pelos pesquisado-

res Clélio Erthal, Henrique Bon e Gerson Tavares do Carmo. Foi através do JR que os pesquisadores conseguiram mobilizar a sociedade, levantar a discussão, apresentar do-cumentos, elaborar debates e, enfim, convencer as autoridades municipais. Foi quando o prefeito da época, Geraldo Guimarães, assinou decre-to alterando a data e reconhecendo o 9 de março, que passou a ser cha-mado de ‘Dia da Consciência His-tórica de Cantagalo’.

Durante encontro na Associa-

ção Comercial de Cantagalo (Acia-can), os pesquisadores ressaltaram a importância do JR no processo de mudança das comemorações.

Segundo eles, o erro teria sido cometido quando Cantagalo com-pletou, em 1957, os 100 anos de elevação à categoria de cidade, que, naquela época, era concedida sepa-radamente da emancipação. “Como era uma data cheia, acharam por bem criar a comemoração, mas se esqueceram que a elevação à cate-goria de cidade, de 1857, não tem

nada a ver com a emancipação - essa sim, é que importa -, que ocor-reu em 9 de março de 1814”, contou o pesquisador Henrique Bon.

Mas a primeira comemoração realizada na data correta, de fato, só aconteceu em 2005, primeiro ano do primeiro mandato do prefeito Guga de Paula, quando o município completou 191 anos de separação do hoje extinto município de Santo Antônio de Sá, cuja sede, atualmen-te, não passa de ruínas próximo a Porto das Caixas, em Itaboraí.

Os primeiros atos oficiais de Cantagalo publicados no JORNAL DA REGIÃO foram em 1987, pela Câmara Muni-cipal, que, na época, era presi-dida pelo já falecido vereador Renê Noronha.

Durante esses 25 anos de exis-tência, nas páginas do JR foram publicados diversos atos praticados pelos prefeitos que administraram o município de Cantagalo.

Em 1990, o então prefeito Ge-raldo Guimarães publicou, pela primeira vez, os atos oficiais da Pre-feitura de Cantagalo no JORNAL DA REGIÃO, que foram publica-dos até o final de seu primeiro man-dato, em dezembro de 1992.

Nos primeiros meses do ter-ceiro mandato do prefeito Nilo Guzzo (já falecido), entre 1985 e 1988, os atos oficiais de sua ad-ministração também foram pu-blicados no JR. Depois de uma interrupção, novamente os atos oficiais voltaram a ser publicados nas páginas do JR.

Quando Wilder de Paula as-sumiu a Prefeitura de Cantagalo pela segunda vez, em 1997, os atos do Executivo foram novamente publicados no JR, até o final do mandato, em 2000.

Em 2001, Geraldo Guimarães novamente assumiu a Prefeitura de Cantagalo, e o JORNAL DA REGIÃO venceu o processo lici-tatório e continuou publicando os atos do governo até o final de seu mandato, em 2004.

Em 2005, Guga de Paula, eleito na disputa municipal de 2004, assume, pela primeira vez, a Pre-feitura de Cantagalo. Os atos oficiais dos primeiros meses de sua admi-nistração também foram publicados no JORNAL DA REGIÃO.

Já na Câmara Municipal, além de Renê Noronha, os presidentes José Maria Huguenin (já falecido), João Nicolau Guzzo (já falecido), Desidério Naegele Rodrigues, Jor-ge Quíndeler, Jorge Farah, Heitor Purger e Ciro Fernandes publica-ram os atos oficiais do Legislativo Municipal nas páginas do JR. Atualmente, o Legislativo, sob a presidência do vereador Ocimar Ladeira, o Pulunga, mantém a pu-blicação com o JR.

Órgão oficial do município durante anos

Em 2014, Cantagalo faz 200 anosE por falar em aniversário do

município, daqui a menos de três anos - 9 de março de 2014 - o mu-nicípio de Cantagalo terá um gran-de motivo para comemorar o seu aniversário de emancipação, afinal serão 200 anos de história inde-pendente, até porque o município do qual se emancipou - Santo An-tônio de Sá - nem existe mais.

A festa comemorativa ficará por conta do prefeito que for es-colhido pela população nas eleições municipais do ano que vem. Será

um importante momento para se consolidar a data, já que, nos úl-timos anos, devido à proximidade com o Carnaval ou outras questões administrativas, a festa tem volta-do a ser comemorada em outubro, o que tem contribuído para a cria-ção de uma nova confusão na ca-beça da maioria da população.

Outra questão que poderia ser observada é a programação cultu-ral durante a festa, que só aconteceu em 2005, embora tenha havido, na época, anúncio da criação do ‘Dia

da Consciência Histórica de Can-tagalo’, cuja proposta era promover, todos os anos, durante as come-morações, algum tipo de atração cultural na cidade.

Por outro lado, a Prefeitura informa que executará as obras de construção, no prédio do antigo Colégio Cenecista Cantagalo, ad-quirido pelo município, do Centro Cultural Professora Amélia Tho-maz, e que, após a inauguração, o município terá um local adequa-do para a realização desse tipo de

programação.Historicamente, na época da

emancipação, Cantagalo saía do chamado Ciclo do Ouro, e, mais tarde, viveu o glorioso período do Ciclo do Café, com grandes fazen-das produtoras. Era a época dos barões, quando o município esteve entre os maiores produtores da plan-ta no país. O terceiro e atual ciclo é o do Calcário, que contribuiu para que o município se tornasse, com as três fábricas de cimento, o tercei-ro maior polo cimenteiro do país.

Page 5: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 5

01. Centro Administrativo Cel. Custódio Marques Ferreira – Boa Sorte;02. Ginásio Poliesportivo Jório Moreira Noronha – São Sebastião do Paraíba;03. Ginásio Poliesportivo João Borges Machado – Euclidelândia;04. Capela Mortuária de Santa Rita da Floresta;05. Centro de Atendimento de Assistência Social – São José;

06. Unidade Básica de Saúde da Família Manoel Francisco de Paula Bon (Tatico) – São José/Santo Antônio;07. 208 casas populares em várias localidades do município;08. Construção das unidades do Saúde da Família Santo Antônio São José e parte alta do São José, além de reforma e ampliação das unidades de Boa Sorte, São Sebastião do Paraíba, Santa Rita da Floresta (em andamento) e Euclidelândia (elaboração de planilha de custo);09. Conjunto de sanitários públicos – São Sebastião do Paraíba;10. Revitalização completa da Avenida Rodolfo Tardin;11. Conjunto de sanitários públicos – Santa Rita da Floresta (obra em andamento);12. Centro de Atendimento de Assistência Social – Novo Horizonte;13. Centro Cultural Professora Amélia Thomaz (em licitação);14. Abrigo Municipal Criança Feliz (em licitação);15. Centro de Convivência do Idoso (preparo de processo licitatório);16. Centro Administrativo de Santa Rita da Floresta (obra em andamento);17. Ginásio poliesportivo do bairro Cantelmo (em licitação);18. Escola Municipal Cel. Manoel Marcelino de Paula – São Sebastião do Paraíba (em andamento);19. Creche-escola do bairro São José (preparo de processo de licitatório);20. Pavimentação de todo o bairro Nova Era, Chácara da Banheira e São Pedro, além de Campo Alegre e várias ruas no São José e nos distritos;21. Pavimentação de todas as ruas do bairro Quinta dos Lontras;22. Renovação de toda a frota municipal, incluindo ônibus para transporte dos servidores, beneficiando todas as secretarias;23. Montagem da Patrulha Mecanizada de auxílio ao produtor rural;24. Sede própria para a Biblioteca Acácio Ferreira Dias (Centro) e reforma com ampliação da Biblioteca Jornalista José Naegele (Euclidelândia);

25. Obra social pela implantação do Plano de Cargos do Magistério, valorização dos salários dos servidores, com reajustes anuais, concessão de 14º salário para os servidores e do tíquete-refeição (este em processo licitatório).

25

bons motivos

para comemorar

Prefeitura de CantagaloConfiança, Honestidade e Trabalho

Motivos não faltam, mas reservamos parte deles para marcar este momento tão especial...

Com a sua participação, podemos fazer muito mais!

Page 6: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

6 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Em 20 anos, apenas 158 habitantes a mais, segundo o IBGE

Os maiores grupos cimenteiros do mundo

Maior rebanho da

região

Após os ciclos do ouro e do café, Cantagalo, a par-tir da década de 1970, se industrializou e encontrou no calcário uma nova fonte de exploração econômica, o que também melhorou, sobremaneira, a arrecadação da Pre-feitura, que, atualmente, tem orçamento anual de cerca de R$ 60 milhões.

A descoberta de calcário e a análise que comprovou ser a jazida de alta qualidade, uma das melhores do mundo, trouxe ao município três grandes grupos cimenteiros, os maiores do mundo, e que estão instalados e produzindo até hoje: Votorantim, que administra, no município, a Fábrica de Cimento Rio Negro; Lafarge, controladora da Fábrica de Cimento Mauá; e Holcim, que mantém a Fábrica de

Cimento Alvorada. Todas as unidades fabris estão instala-das em Euclidelândia, terceiro distrito de Cantagalo.

Desde que nasceu, em 1986, o JORNAL DA RE-GIÃO tem se preocupado em acompanhar e noticiar não só a importância, mas os resultados e as consequências dessas empresas no município. O que se tem percebido é a seriedade com que todo processo é realizado, com des-taque para os investimentos, principalmente nas últimas duas décadas, em formas de redução de impactos ambien-tais e compensação pela exploração do calcário.

Nos últimos anos, o JR também tem acompanhado o crescimento de programas voltados à aproximação des-sas indústrias não só com as prefeituras da região, mas,

principalmente, com a população que vive no entorno do polo, envolvendo Cantagalo, Cordeiro e Macuco. A mais recente dessas investidas é a Feira de Desenvolvi-mento Sustentável, em parceria com as três prefeituras - Cantagalo, Cordeiro e Macuco - e que, este ano, reali-zou sua terceira edição.

Também há ações como o programa ‘Nem Luxo, Nem Lixo’, desenvolvido no bairro São José, em Cantagalo, pe-la Holcim; o curso de ‘Técnico em Química Industrial’, também em Cantagalo, em parceria com a Lafarge, que formou, este ano, a primeira turma de 21 alunos; e o mais recente, o curso de ‘Mecânica Industrial’, da Votorantim Cimentos, que está na sua primeira turma.

Nos últimos 20 anos, o JOR-NAL DA REGIÃO tem acompa-nhado os levantamentos popula-cionais registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísti-ca (IBGE), que têm mostrado uma região com pequenas alterações, mas que, a cada ano, registra um número menor de habitantes.

Em Cantagalo, após a ele-vação no número de moradores registrada entre 1991 e 1996, quan-do passou de 19.672 para 20.023, o município voltou a registrar queda em 2000 (19.835) e no Cen-so realizado em 2010, quando o número de moradores ficou em apenas 19.830, o que representa

158 moradores a menos nos últi-mos 20 anos.

Mesmo com contestações apon-tadas pelo poder público, o IBGE confirma os resultados, que também contribuem para queda de repasses federais, uma das grandes preocu-pações quando o assunto é redução no número de moradores.

Uma das grandes alavancas propulsoras da economia de Can-tagalo vem do campo. A criação de gado bovino, principalmente para o sustento das famílias que ainda residem na zona rural, so-bretudo através da produção leitei-ra, dá ao município dois importan-tes títulos no setor: o de maior produção leiteira das regiões Ser-rana e Centro-Norte Fluminense, com concentração em São Sebastião do Paraíba (quarto distrito) e em Boa Sorte (quinto distrito), e o de maior produtor bovino da região, com cerca de 55 mil cabeças.

De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário, tanto o número de cabeças de bovinos quanto a pro-dução leiteira crescem ano após ano, principalmente após a cons-cientização dos produtores sobre a importância de vacinar o gado.

Atualmente, Cantagalo possui gado não só numeroso, mas saudá-vel, o que resulta em menos mortes, maior índice de cobertura e de pro-dução, sem falar na qualidade da carne, do leite e seus derivados.

•1991 19.672•1996 20.023•2000 19.835•2010 19.830

Evolução populacional

Sete mandatos, quatro prefeitosEnquanto o JR não só con-

tava, mas contribuía para a histó-ria da região, também viu passar, na administração municipal de Cantagalo, onde fica a sede do jornal, vários estilos diferentes de governar. De 1986 até 2011, são sete mandatos, mas apenas quatro prefeitos: Nilo Guzzo (1985/1988 e 1993/1996), Geraldo Guimarães (1989/1992 e 2001/2004), Wilder de Paula (1997/2000) e Guga de Paula (2005/2008 e 2009 até hoje - o mandato termina em dezembro de 2012).

O empreguismo, comum até meados da década de 1980, foi barrado pela chegada da nova Constituição Federal, promulgada em 1988, e que determinou a re-alização de concursos públicos

para a contratação de pessoal pa-ra o serviço público. De lá para cá, muita coisa teve que ser mu-dada, mas servidores contratados até cinco anos antes da nova Cons-

tituição viveram longo período de incertezas, com receio de demissão, até que foram enquadrados em um grupo especial à parte, como ocor-reu em todo o país.

Escândalos na compra de pneus e de macarrão para meren-da escolar levaram à criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que quase tirou Ni-lo Guzzo do poder.

Na gestão de Geraldo Gui-marães, problemas de suspeitas de improbidade e de promoção pes-soal com recursos públicos também renderam vários processos, muitos tramitando até hoje. Wilder de Paula, forçado pelo Ministério Pú-blico do Trabalho, teve que demi-tir oito servidores contratados em gestões anteriores de forma irregu-lar. Perdeu a disputa pela reeleição, em 2000, por oito votos. Já Guga de Paula venceu Geraldo Guima-rães, em 2004, por 26 votos, e con-seguiu a reeleição em 2008.

Nilo Guzzo (três mandatos), Guga de Paula (dois) e Wilder de Paula (dois)

Gilmar Marques/Arquivo

Divulgação Divulgação Divulgação

Page 7: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 7

Equilibrada e sustentável:é assim que a Lafarge projeta a vida.

Para ser reconhecida em todo o mundo, uma empresa precisa ser eficiente em muitos aspectos. Por isso a Lafarge nunca para de investir em pesquisa, segurança, tecnologia e, principalmente, na sustentabilidade. Acreditamos que só assim conseguiremos atingir nossos maiores objetivos: atender às expectativas de nossos clientes, garantindo o futuro do nosso negócio e do nosso planeta. www.lafarge.com.br

“(..) a cidade há muito tem-po vinha clamando por um órgão que divulgasse, em nível popular, não só os acontecimentos nacion-ais e estaduais, como também os locais, que lhe tocam mais de perto. E esse clamor afinal foi at-endido com a fundação do JOR-NAL DA REGIÃO, em outubro de 1986, sob a responsabilidade de Célio Figueiredo e apoio da jornalista Rosângela Santos.

É um periódico moderno e bem estruturado até na apresen-tação gráfica, podendo ser con-siderado (...) como o melhor de todos os que já foram editados no município de Cantagalo”.

Este trecho é do livro ‘Can-tagalo - do Surto da Pecuária à Industrialização do Calcário’, do desembargador cantagalense Clélio Erthal, de 2003, em Niterói. O livro, que, em outubro de 2005, foi relançado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação,

‘Melhor de todos os que já foram editados no município de Cantagalo’

Gilmar Marques

em Cantagalo, é o segundo da série ‘Cantagalo’.

Clélio Erthal é admirador do JR, que sempre se preocupa em melhorar a qualidade, investir em

qualificação e dar ao leitor o que há de melhor em cobertura jornalística. “Ainda queremos mais, pois nós nunca nos acomodamos”, destaca o editor Célio Figueiredo.

Em 2005, Clélio Erthal relançou o livro em noite de autógrafos em Cantagalo

JR foi bissemanal por quase quatro anos

Uma redação movimentada, num entra e sai de pessoas, de fun-cionários, de e-mails, correspondên-cias, entrevistas... ufa! Era assim o dia a dia na redação do JORNAL DA REGIÃO no período que re-presentou a maior ousadia, na épo-ca, para um jornal do interior: pas-sar de semanal a bissemanal.

Na quarta-feira, 3 de outubro de 2001, há exatos 10 anos, circu-lava a edição nº 568, a primeira da nova fase do jornal, que, a par-tir de então, passava a circular duas vezes por semana - às quartas-feiras e aos sábados. Na página 3, matéria, que chamava a atenção para os 15 anos do JR, também explicava a nova fase e registrava o recebimento de duas moções: uma de parabenização, entregue pelo então presidente da Câmara Municipal de Cantagalo, Jorge Farah, hoje vice-prefeito, e outra de Congratulações, de autoria da deputada estadual Aparecida Ga-

ma. A manchete principal chama-va a atenção para um novo litígio de limites entre municípios, desta vez entre Carmo e Duas Barras, tendo como pivô a localidade de Quilombo. Na época, estavam diretamente envolvidos sete fun-cionários, além do editor Célio Figueiredo, da jornalista respon-sável Rosângela Santos, também diretora do Departamento Comer-cial, de prestadores de serviços e diversos colaboradores nas mais variadas áreas. A fase bissemanal durou até a edição nº 889, de 23 de março de 2005. Nesse período de quase quatro anos, foram cerca de 321 edições, o que deu ao JR muito mais credibilidade e velo-cidade na informação.

Hoje, os tempos são outros e os projetos caminham para ou-tras áreas, mais adequadas ao atual momento regional e do pró-prio jornal, que nunca deixou de ser ousado.

Page 8: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

8 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Duas Barras, uma cidade folclóricaPrefeito faz prestação

de contas no JR

Já se tornou tradição a Pre-feitura de Duas Barras fazer uma prestação de contas do Governo Municipal no mês de maio, quan-do a cidade comemora o aniver-sário de emancipação político-administrativa. E o JORNAL DA REGIÃO tem participado ativa-mente desse processo ao dar vida aos suplementos de prestação de

contas do município.Sempre amparado pela Asses-

soria de Comunicação local, o JR já publicou várias prestações de contas que podem ser conferidas por todos os moradores de Duas Barras em páginas com uma dia-gramação moderna, uma redação de fácil leitura e qualidade gráfica acima da média na região.

Maior encontro de folias do estado

Em Duas Barras, o Encontro de Folias de Reis, que acontece há 35 anos, mantém viva a tradição dos antigos reiseiros, iniciada no governo de Victorino Araújo de Barros, por iniciativa de Orlando Pagnuzzi. Na época, o atual pre-feito, Antônio Carlos, ainda jovem,

juntamente com um grupo de ami-gos, já participava dos encontros, comandando sua própria folia.

A festa, considerada uma das mais populares do município, que conta com a participação de gran-de parte dos moradores mais hu-mildes da cidade e da zona rural,

além do seu aspecto folclórico, tem um profundo sentido religio-so, pois as folias de reis são orga-nizadas para pagamento de pro-messas por uma graça alcançada ou para cumprir uma devoção passada de pais para filhos.

Baseados na tradição religio-sa misturada ao folclore popular, as folias de reis lembram a festa dos Santos Reis ou Reisado, num esforço popular de recuperar a história dos reis magos Baltazar, Melquior e Gaspar, que, segundo narrativa bíblica, foram até Belém, seguindo uma estrela vinda do Oriente, para adorar o filho de Deus, Jesus, o Messias prometido para salvar a humanidade.

Assim como os reis magos foram até Belém levando presen-tes para o rei dos reis e lá encon-traram o menino-Deus numa hu-milde manjedoura, cercado de seus pais Maria e José, animais e pas-tores, simbolizando que ele veio ao mundo para libertar os mais humildes, as folias tentam relem-brar um pouco desta história.

Família Araújo no poderO comando da política em

Duas Barras praticamente sem-pre esteve nas mãos dos “Araú-jo”. O patriarca da família, Victorino Araújo de Barros, foi prefeito diversas vezes. No pe-ríodo de circulação do JR, foi prefeito de 1985 a 1988.

De 1989 a 1992, foi pre-feito Jorge Henrique de Araú-jo Fernandes; de 1993 a 1996, Luiz Gonzaga Pagnuzzi Araú-jo; de 1997 a 2000, novamen-

te Jorge Henrique Fernandes, que se reelegeu para o período seguinte - 2001/2004.

Em 2004, assume a Pre-feitura outro da família de Victorino Araújo de Barros. Trata-se de Antônio Carlos Araújo, que governou o mu-nicípio de 2005 a 2008 e aca-bou sendo reeleito para o pe-ríodo seguinte, que teve início em 2009 e só termina em de-zembro de 2012.

Município comemorou, este ano, 120 anos de emancipação político-administrativa

Divulgação

Reinaldo Rocha

Charmosa e protetora de seus bens histórico-culturais. Assim é Duas Barras, uma cidade típica do interior brasileiro

Durante o encontro, dezenas de folias se apresentam no Centro da cidade

Page 9: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 9

Viver e ser feliz é o que importa!Parabéns ao

JORNAL DA REGIÃO pelos 25 anos de

existência!

CORDEIRO(22) 2551-2797

CANTAGALO(22) 2555-4049/5738

TRAJANO DE MORAES(22) 2564-1269

Page 10: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

10 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Duas Barras na atualidade

•1991 9.875•1996 9.745•2000 10.334•2010 10.930

Evolução populacional

Mais 1.055 habitantes em duas décadas

Martinho da Vila, um símbolo para os bibarrenses

Em 7 de maio deste ano, quando o município comemora-va o aniversário de 120 anos de emancipação, o filho mais ilustre de Duas Barras, o cantor, com-positor e escritor Martinho da

Vila, ganhou uma estátua em ta-manho natural.

Assinada pelo famoso cari-caturista Ique, a estátua foi im-plantada no Mirante do Vale En-cantado, localizado a pouco mais

de dois quilômetros do Centro da cidade. A homenagem foi pres-tada numa parceria entre a Pre-feitura de Duas Barras e o Go-verno do Estado, através da Se-cretaria de Esporte.

O prefeito da cidade, Antônio Carlos Araújo (PMDB), disse que a ideia surgiu quando participou de um show de Martinho da Vila no Canecão, no Rio de Janeiro, ocasião em que ouviu, pela pri-meira vez, a música “Meu off Rio”, na qual Martinho da Vila exalta a sua querida Duas Barras. A mú-sica, na opinião do prefeito, é um tributo ao município.

A cerimônia de inauguração, como não poderia deixar de ser, contou com participação do can-tor. Martinho da Vila voltou no tempo e lembrou de outra home-nagem prestada a ele no municí-pio. Foi em 1969, pelo então pre-feito Victorino Araújo de Barros, pai do atual prefeito Antônio Car-los. “O que fica é a gratidão. Na verdade, esta é uma homenagem não a Martinho, mas ao samba e ao artista brasileiro. Agora, que virei estátua, fico feliz por saber que ela não servirá apenas à mi-nha vaidade, mas para atrair tu-ristas à minha querida Duas Bar-ras”, discursou Martinho da Vila, numa cerimônia que contou com participação de centenas de con-vidados.

Em tamanho natural, estátua, que leva a assinatura do caricaturista Ique, foi colocada no Mirante Vale Encantado

Pequena, pacata e muito aconchegante. Duas Barras não perdeu o seu glamour em 120 anos de emancipação. Ao contrário, deu preferência à manutenção de sua vocação e sua história. Prova disso é que nos últimos 20 anos obteve apenas 1.055 habitantes a mais. Saltou de 9.875 moradores em 1991 para 10.930, em 2010, conforme apontou o último Cen-so do IBGE.

A preocupação de Duas Bar-ras não está voltada ao aumento populacional, que nem é cogitado. O “off Rio’, como diz o poeta Martinho da Vila, é um lugar de sossego, de descanso, de recarga de energias e de convivência har-moniosa entre o moderno, que também chega e fica, e o belo, arquitetônico e histórico, que tem como destaque o imponente Cen-tro Histórico, no Centro da cida-de, e as famosas fazendas da épo-ca do Ciclo do Café, quando toda a região era uma das maiores pro-dutoras da bebida do país.

Um praça bucólica, cercada de construções em estilo colonial, ruas de paralelo e uma igreja do século XIX. Até o prédio da Pre-feitura, nos arredores da Praça Governador Portela, é um sobra-do típico da época dos barões do café. E ainda se planta muito ca-fé no município, que é reconhe-cido pela efervescência cultural.

A valorização da história local está garantida na preserva-ção da memória material com os tombamentos do conjunto arqui-tetônico e urbanístico do núcleo histórico da cidade e de seu pa-trimônio natural, que há mais de cem anos vem sendo preservado pela população local, enquanto símbolo de sua identidade.

O Núcleo Histórico da Ci-dade de Duas Barras abrange os conjuntos arquitetônicos (cerca de 80 casarões centenários), ur-banísticos e paisagísticos, incluin-do os lotes, as edificações, os equipamentos urbanos, as caixas

de rua, as calçadas, a arborização e as pontes que os integram.

Também são tombados os maciços rochosos denominados Pedra do Mota e Pedra do Patri-

mônio, que compõem a paisagem natural do núcleo histórico origi-nal e também as calhas do Rio Negro, do Rio Resende e do Cór-rego do Baú, considerados como

elementos marcantes da natureza do sítio onde se implantou o nú-cleo urbano e cujos percursos moldaram o traçado da cidade de Duas Barras.

Arouca, a joia de Duas Barras

Marcos Arouca da Silva, mais conhecido como Arouca, nasceu em Duas Barras no dia 11 de agos-to de 1986. Iniciou a sua carreira jogando nas categorias de base do Fluminense, quando tinha 14 anos. Foi campeão do Campeo-nato Carioca de Futebol de 2005. Em 2007, foi campeão da Copa do Brasil.

Em 2010, foi campeão pau-lista pelo Santos. Ele foi eleito pela Federação Paulista de Futebol o melhor volante do Paulistão. Em agosto, conquistou seu segundo título pelo Santos, a Copa do Bra-sil. Foi bicampeão paulista 2010-11, conquistando o título de cam-peão pela equipe da Copa Liber-tadores da América de 2011.

Reinaldo Rocha

Reinaldo Rocha

Coreto central da Praça Governador Portela, no Centro, em meio a um mundo de história e cultura ainda de pé

Page 11: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 11

Parabéns ao JORNAL DA REGIÃO pela consolidação do caminho trilhado ao longo desses 25 anos, sendo considerado, cada vez mais, entre seus leitores, como um dos mais importantes instrumentos de informação e parceiro para aprimoramento do desenvolvimento dos municípios por onde circula.Sucesso e crescimento ao JORNAL DA REGIÃO em seu Jubileu de Prata!

Um abraço à Família JR, seus leitores e colaboradores.

ANDRÉ CORRÊA

Cré

dito

: Raf

ael W

alla

ce

Page 12: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

12 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Além de já ter sido órgão oficial de Cordeiro, durante as adminis-trações de Leonardo Vieitas, Joaquim Ta-vares, além do Fundo Municipal de Saúde, o JORNAL DA REGIÃO sempre teve uma aceita-ção muito grande na ci-dade exposição. Prova disso é a venda semanal nas duas bancas.

Outra tradição do JORNAL DA REGIÃO é a edição de suplementos es-peciais das cidades quando completam aniversários. Em

Cordeiro, além dos suplemen-tos especiais no aniversário da cidade no final do ano, o JORNAL DA REGIÃO edita suplementos especiais no maior evento da região, a Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Cordeiro.

O suplemento espe-cial deste ano, da Expo Cordeiro 2011, apresen-tou fatos históricos iné-ditos da realização do primeiro evento, em 1921, comemorando os 90 anos da Expo

Cordeiro.

Cidade Exposição também teve seus percalços políticos

Quando ocorreu o afasta-mento do então prefeito de Cor-deiro, Leonardo Vieitas, em 1998, em processo iniciado na Câmara de Vereadores e decidido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), o fato, suas causas e consequências foram acompanhados de perto pelo JOR-NAL DA REGIÃO.

Mas um prejuízo também ocorreu com a empresa jornalís-tica, já que os atos oficiais da Pre-feitura de Cordeiro vinham sendo publicados no jornal. Após o afas-tamento, vários processos desa-pareceram da Prefeitura, e o no-vo prefeito que assumiu o cargo não pôde concretizar os pagamen-

tos anteriores que não tivessem documentos na Prefeitura.

A única saída encontrada pela direção do JR foi impetrar uma ação na justiça para receber o que de direito pelas publicações, já que vinha prestando os serviços normalmente.

A ação foi impetrada em 1998, mas somente em 2006, ou seja, oito anos depois, é que a justiça condenou a Prefeitura de Cordei-ro a pagar o jornal.

Após a decisão judicial, e graças a um acordo entre a Edi-tora Jornal da Região e o prefei-to da época, Joaquim Tavares, foi quitado o valor da dívida em 24 parcelas mensais e iguais.

Jornal só recebe da Prefeitura oito anos depois, após ação julgada pela justiça

Cordeiro, com grande concentração urbana, também viveu momentos de desorganização política no período

Em 1998, Cordeiro vivia uma grande turbulência política. Em meio a denúncias de infrações político-administrativas, entre elas superfaturamento de obras e pa-gamento a empreiteiras por ser-viços de pavimentação não con-cluídos, o prefeito Leonardo Viei-tas foi afastado do cargo através de denúncias apresentadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público (MP) e a Câmara Municipal, que até

criou uma comissão processante para investigar o prefeito.

Na época, Leonardo Vieitas chegou a ficar fora do cargo por 11 dias consecutivos, quando as-sumiu o vice-prefeito Sílvio Daflon, que anunciou projetos de recupe-ração econômica e social da ci-dade. Mas não deu tempo, pois Vieitas voltou ao cargo e, logo após, Cordeiro viveu uma verda-deira “dança das cadeiras”, pois num dia Leonardo Vieitas dormia

prefeito e no outro acordava afas-tado. Foi um período turbulento para Cordeiro, até que Vieitas foi afastado de vez e o mandato foi concluído pelo vice, Sílvio Daflon, que ganhou notoriedade pelo tra-balho de recuperação econômica e investimento em obras e infra-estrutura urbana.

Por conta do trabalho reali-zado, Sílvio Daflon conseguiu a reeleição em 2000 e voltou a ser eleito em 2008.

Joaquim Tavares e Sílvio Daflon se revezam na Prefeitura de Cordeiro

Nas últimas duas décadas, o município de Cordeiro tem tido a presença constante dos políticos Joaquim Tavares e Sílvio Daflon no cargo máximo. Cada um deles já administrou a cidade por dois mandatos.

O médico Joaquim Tavares teve seu primeiro mandato de 1985 a 1988. Em seguida, conseguiu

Suplementos especiais das exposições

Divulgação

Divulgação

Joaquim Tavares (E) e Sílvio Daflon

fazer seu sucessor, quando, nas eleições de 1988, elegeu Leonardo Vieitas, que governou de 1989 a 1992. Logo depois, o grupo de Joaquim Tavares elegeu seu irmão, Toninho Tavares, em 1992, que governou a cidade de 1993 a 1996. Joaquim Tavares também conse-guiu se eleger deputado estadual no período. Na reeleição para a Alerj, ficou com a suplência do partido. Foi presidente do Labo-ratório Vital Brazil.

Nas eleições de 1996, Leonar-do Vieitas, já fora do grupo, volta ao Executivo de Cordeiro. Assume em 1997 mas não termina o man-dato. Escândalos o levam à cassa-ção. É quando assume o então vice-prefeito Sílvio Daflon, que começa a aparecer no cenário. Da-flon consegue se manter no poder na eleição seguinte e conquista o mandato de 2001 a 2004, quando Joaquim Tavares volta ao poder, governando de 2005 a 2008. Sílvio Daflon volta a assumir em 2009 após vencer o pleito de 2008.

Page 13: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 13

JORNAL DA REGIÃO contribui para a realização do 6º Congresso de Jornais do Interior em Cantagalo e Cordeiro

No período de 12 a 14 de novembro de 1994, foi realizado, em Cantagalo e Cordeiro, o VI Congresso de Jornais do Interior Fluminense. O evento teve abertura no Cine Madrid, em Cordeiro, e as palestras e discussões do encontro foram realizadas na Fazenda Gamela Eco Resort, em Cantagalo.

O evento contou com a presença do então presiden-te da Associação Brasileira do Jornais do Interior (Abra-

jori), o empresário gaúcho Elson Ilha Macedo, que veio do Rio Grande do Sul para prestigiar o evento.

O JORNAL DA REGIÃO teve um papel importan-te nesse evento, pois foi um dos jornais anfitriões que via-bilizou o congresso na região, junto à direção da Associa-ção dos Diretores de Jornais do Interior (Adjori-RJ), pre-sidida, na época, pelo jornalista Marlos França.

Além de vários diretores de jornais de diversas ci-

dades do interior do estado do Rio de Janeiro que discu-tiram o fortalecimento da imprensa, os prefeitos de Cor-deiro, na época, Toninho Tavares, e de Cantagalo, Nilo Guzzo. Foi a primeira vez que duas cidades promoveram o evento, no caso Cantagalo e Cordeiro. “A parceria do JORNAL DA REGIÃO com o jornal O Centro Norte viabilizou a realização deste evento na região”, afirma Célio Figueiredo, editor do JR.

Abertura do Congresso de Jornais, no Cine Madrid, em Cordeiro, contando com participação de jornalistas, empresários, políticos e autoridades. O JORNAL DA REGIÃO foi um dos articuladores do evento

O JR é um veículo de comunicação muito importante. Durante estes 25 anos de existência, pude acompanhar como médico, político e leitor, sempre trazendo muita clareza e tratando os assuntos com muita verdade.

Trabalhei como médico dos municípios de Cordeiro e Cantagalo por 40 anos. Iniciando minhas atividades em Cantagalo, em 1970, como médico do serviço volante, atendendo aos distritos de Santa Rita da Floresta, São Sebastião do Paraíba, Boa Sorte e a Vila de Campo Alegre. Neste mesmo ano, comecei a tra-balhar na Casa de Caridade de Cantagalo e no Hospital Antônio Castro. Em Cor-deiro, também atendia os pacientes do sistema previdencial de saúde.

Em 1975, transferi meu vínculo de saúde para Cordeiro e continuei mem-bro do corpo clínico da Casa de Caridade de Cantagalo (hoje Hospital de Cantagalo).

Em Cordeiro, trabalhei no Hospital Antônio Castro, médico do Ministério da Saúde, de 1973 até minha aposentadoria, e médico da Secretaria de Esta-do de Saúde.

Como político, fui prefeito de Cordeiro de 1983 a 1988 e de 2005 a 2008. Fui deputado estadual de 1991 a 1994 e, depois, voltei, num segundo mandato, em 1997. Fui também presidente do Instituto Vital Brazil de 1995 a 1996.

Pude observar que todas as notícias que o JORNAL DA REGIÃO vinculava sobre a minha vida pública sempre foram verdadeiras, tratadas da melhor maneira. Por isso, posso afirmar, com certeza, que o JORNAL DA REGIÃO é um órgão que trabalha com seriedade naquilo que escreve.

Joaquim Tavares

Divulgação

Page 14: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

14 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Moda íntima em ascensão

•1991 20.781•1996 21.473•2000 18.601•2010 20.430

Evolução populacional

Menos 351 moradores A Cidade Exposição

Parece contradição, mas o maior evento rural da região acon-tece numa das cidades com maior concentração urbana. A exposi-ção, que é realizada uma vez por ano, é uma das grandes vitrines do município de Cordeiro.

Em julho deste ano, a festa comemorou seus 90 anos de cria-ção. Foi realizada pela primeira vez em maio de 1921, quando Cordei-ro ainda era segundo distrito de Cantagalo. Ou seja, a famosa festa acabou sendo herdada pelo novo município, que se emancipou de Cantagalo em dezembro de 1943, em plena II Guerra Mundial, quan-do também havia sido realizada a segunda versão da festa, após um intervalo de 22 anos.

No ano seguinte - 1944 -, au-ge da guerra, a festa não foi reali-zada, sendo retomada no ano se-guinte após o anúncio, em maio do final do conflito.

De lá para cá, a exposição passou a garantir seu lugar de des-taque como a mais famosa do es-tado do Rio e uma das mais im-portantes do país, atraindo expo-sitores de vários estados.

Sanber se torna a maior empregadora da região

Embora conte com uma das maiores concentrações urbanas da região, Cordeiro não conseguiu aumentar tanto a população nos últimos 20 anos, conforme apon-tam os levantamentos do Institu-to Brasileiro de Geografia e Es-tatística (IBGE).

A cidade tinha 20.781 mora-dores em 1991, subiu para 21.473 habitantes em 1996, sofreu queda para 18.601 no Censo de 2000 e, ano passado, voltou a mostrar as-censão, pulando para 20.430.

Em compensação, ganhou, em apenas dez anos, 1.829 novos moradores, conforme a compara-ção entre as contagens de 2000 e de 2010.

Contando atualmente com 87 empresas formalizadas, de acordo com levantamento feito em 2010 pela Secretaria Municipal de In-dústria, Comércio e Turismo, Cor-deiro tem, nas confecções de moda íntima, a segunda maior geradora de postos de trabalho e renda do município, perdendo apenas para o Poder Público. A estimativa é de que cerca de seis mil pessoas vivam diretamente das confecções.

O nascimento, na década de 1990, e o crescimento do setor na cidade sempre foram destaque nas páginas do JR. As empresas, hoje, vendem para todo o país e fazem parte do Polo de Moda Íntima que envolve os municípios da região, incluindo Nova Friburgo, tornan-do-se responsável por 25% de toda a produção de lingeries do país.

Para fortalecer a produção do município, vários cursos têm ga-rantido, através de parcerias entre a Prefeitura, as empresas e institui-ções como o Sebrae, Senai e Senac, a formação de mão de obra quali-ficada e especializada, um dos gran-des problemas do setor na região até bem pouco tempo.

Empresa, do setor metal-mecânico, foi fundada há 20 anos, já se notabilizou no mercado nacional e parte para o exterior

Se por um lado o setor de mo-da íntima é o segundo maior em-pregador, por outro, de forma in-dividual, a Sanber Indústria mecâ-nica, empresa do setor metal-me-cânico de Cordeiro, é a que, sozinha, tornou-se a maior empregadora do Centro-Norte Fluminense, com os atuais 274 funcionários. Isto é mais do que qualquer uma - individual-mente falando - das grandes indús-trias de cimento de Cantagalo.

Aliás, a empresa nasceu, há 20 anos, tendo em sua carteira de clientes exatamente as empresas do Polo Cimenteiro de Cantagalo. Inclusive, antes de dar início às atividades, o diretor da empresa, Edno Zaniboni, trabalhava como técnico mecânico na área de pro-dução de uma das fábricas de ci-mento de Cantagalo. Atualmente, a Sanber também trabalha para os setores de siderurgia, de mineração, petrolífero, entre outros.

Para se ter uma ideia, em 1996, a Sanber deu início às ex-

portações para fábricas de cimen-to do Mercosul. Atualmente, após já estar prestando serviços no Pa-raguai, também negocia contratos com a França.

Um fato curioso e muito im-portante para a região foi revelado pelo programador de Planejamen-to da Lafarge, Marco Antônio de Oliveira, em 15 de junho, quando ministrava palestra para 50 estu-

dantes em Cantagalo, no Ciep 277 - João Nicolau Filho, dentro do projeto ‘Despertar’, parceria entre a Lafarge e as prefeituras de Can-tagalo, Cordeiro e Macuco.

Segundo Oliveira, uma de-terminada peça - ele não revelou qual -, que é muito utilizada pelas fábricas de cimento em todo o pla-neta, atualmente só é fabricada por duas empresas no mundo: uma

delas é da Dinamarca e a outra é a Sanber, de Cordeiro. Com a in-formação, ele quis mostrar a im-portância e o crescimento da em-presa, sem falar nos investimentos em tecnologia de ponta.

Desde 2004, a Sanber possui uma filial em Rio das Ostras, bem próximo às empresas do setor pe-trolífero, e mantém um escritório de contatos em São Paulo.

Considerado um dos melhores parques de eventos do estado, o Raul Veiga está no Centro da cidade e possui uma área verde

Divulgação

Divulgação

Page 15: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 15

Pensando em melhorar a qua-lidade das informações prestadas aos veículos de comunicação de maneira geral, o JORNAL DA REGIÃO também foi pioneiro ao promover não só diversos encon-tros entre assessores de comuni-cação dos vários municípios, em parceria com a Associação dos Profissionais de Imprensa do Cen-tro-Norte Fluminense (API), fun-dada em dezembro de 1992, por iniciativa do jornalista Célio Fi-gueiredo, editor do JR, mas em contribuir com a realização de um curso livre de redação jornalística e assessoria de imprensa.

Isto aconteceu no início da década de 1990, quando o jornal intermediou encontro entre asses-sores de imprensa e profissionais de comunicação da região com o jornalista Carlos Alberto de Moraes, que trazia uma grande experiência por já ter passado por grandes jornais cariocas, além de uma carreira extensa na área de assessoria de imprensa. Moraes, na época, era assessor de comu-nicação do então deputado esta-

Curso livre capacita assessores de comunicação

dual José Richard, que tinha for-tes ligações com Cantagalo atra-vés do antigo diretório municipal do Partido Liberal.

No encontro, ficou acertada a realização de um pequeno curso, incluindo certificação livre, para qualificar os profissionais, a maio-

ria amadores e que só conhecia jornalismo da prática do dia a dia, nas áreas de redação jornalística, com as técnicas profissionais ade-quadas, além de capacitação em assessoria de comunicação, em especial de políticos, já que a as-sessoria empresarial ou outras

áreas da iniciativa privada era – e ainda é – bastante pequena.

O curso foi ministrado numa sala cedida pelo, hoje extinto, Colégio Cenecista Cantagalo, no Centro da cidade. Os custos foram bancados pelos próprios interes-sados e pelo JORNAL DA RE-

GIÃO. Participaram cerca de 15 profissionais que já militavam há vários anos nos meios de comu-nicação da região. Muitos deles, até hoje, trabalham com comu-nicação e atuam em assessorias de comunicação, jornais e emis-soras de rádio.

Curso foi ministrado, em sala do Cnec, pelo jornalista Carlos Moraes aos profissionais da imprensa da região

Arquivo

Aulas foram ministradas em Cantagalo pelo jornalista Carlos Alberto de Moraes

Page 16: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

16 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Suplementos especiais do JR sobre o municípioNo aniversário do centenário

de São Sebastião Alto, comemo-ra em abril de 1991, o JORNAL DA REGIÃO editou um Cader-no Especial, contando as realiza-ções do governo de Antônio Se-galote e um pouco da história do município. A publicação saiu na edição nº 107, do período de 2 a 8 de abril de 1991.

No ano seguinte, novo su-plemento especial foi editado fa-zendo novamente um balanço das realizações do Governo Munici-pal de Antônio Segalote.

Essas publicações sempre eram feitas no período de aniver-sário do município, que ocorre em 17 de abril.

Suposta aparição de santa leva romeiros à cidadeO ano era 1992. Natural de

Goiás e dizendo-se filiado ao Mo-vimento Carismático, Eurípedes Antônio Batista Pinto chegou em São Sebastião do Alto e disse que tinha uma missão e que Nossa Senhora (mãe de Jesus e tida co-mo santa pela Igreja Católica) apareceria num monte da cidade, uma vez por mês, e por sete anos, trazendo mensagens importantes para a sociedade terrena, em es-

pecial do Brasil.A notícia se espalhou e a ci-

dade passou a receber romeiros de diversas partes do país todos os meses, nos dias 21 e 22, de maio de 1992 até maio de 1999.

A Igreja Católica nunca re-conheceu o suposto fenômeno e até aconselhava os fiéis a não darem ouvidos ao vidente, conforme de-clarações dadas à época pelos bis-pos da Diocese de Nova Friburgo,

responsável pelas paróquias da re-gião, D. Clemente Isnard, e seu sucessor, D. Alano Maria Penna.

Eurípedes criou, na vizinha Trajano de Moraes, uma comu-nidade que batizou de ‘Mãe Rai-nha’ e que atrai centenas de pes-soas para o chamado “refúgio cristão”. Após o falecimento de Eurípedes, a comunidade passou a ser administrada por um grupo de seguidores do vidente.

Cidadaniaaltense

Antônio Segalote (E) com o jornalista Célio Figueiredo, que recebia o título de cidadania altense. Durante os 25 anos, somente este município ofereceu o título

Cidade de São Sebastião do Alto tem 120 anos de emancipação político-administrativa. Muncípio tem quatro distritos

A maior homenagem que um profissional pode receber é quan-do é reconhecido num município pelo trabalho prestado. Foi o que aconteceu com o jornalista Célio Figueiredo. Por sugestão do então prefeito do município de São Se-bastião do Alto, Antônio Segalo-te, ele recebeu o título de cidadão altense. O Legislativo era presidi-do, na época, pelo vereador e atu-al prefeito Geraldo Pietrani. “Nes-ses 25 anos de jornalismo, o único município que me concedeu tal homenagem foi São Sebastião do Alto”, diz Figueiredo.

Governo Municipal prestou contas das realizações no município em 1992 Um dos primeiros suplementos do JR contava o centenário de São Sebastião do Alto

Durante o primeiro governo do prefeito Antônio Segalote, de 1989 a 1992, os atos oficiais da Prefeitura de São Sebastião do Alto foram publicados no JOR-NAL DA REGIÃO.

Também os atos oficiais do Poder Legislativo, quando presi-diram a Câmara Municipal de São Sebastião do Alto os verea-dores Geraldo Pietrani, Altevo Queiroz, Joacyr Cardoso e Carlos Octávio Tavinho foram publica-dos nas edições do JR.

Atos oficiais

Divulgação

Divulgação

DivulgaçãoDivulgação

Page 17: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 17

Nas comemorações de mais um aniversário do JORNAL DA REGIÃO, que, pelo seu rigor e

isenção informativa, tem marcado positivamente o dia a dia dos

cidadãos da nossa região,a Cooperativa de Macuco lhes

deseja os mais sinceros parabéns e que todo o trabalho desenvolvido

se prolongue por muitos anos.

A Cooperativa de Macuco tem orgulho de fazer parte da história

do JORNAL DA REGIÃO.

Page 18: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

18 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

São Sebastião do Alto, em-bora pequena e pacata, também registrou, nos últimos 20 anos, uma pequena elevação popula-cional. O município, que tinha 8.108 habitantes em 1991, passou para 8.895 moradores em 2010, último censo promovido pela Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que regis-trou, no período, acréscimo de 787 moradores.

Com forte participação rural na economia, o município de São Sebastião do Alto tem também um número considerável de mo-radores em pequenas proprieda-des rurais, a maioria vivendo da cultura de subsistência, incluin-do a criação de gado e a produ-ção leiteira.

•1991 8.108•1996 8.346•2000 8.402•2010 8.895

Evolução populacional

Crescimento de 787

habitantes

Um dos maiores hospitais da região

O médico Antônio Segalote está no comando político do município há mais de 20 anos

Depois da liderança do mé-dico Hermes Ferro no município, que administrou a cidade por muitos anos, São Sebastião do Alto começou, em 1989, com o primeiro governo do também médico Antônio Segalote, uma outra fase política. Aí começa a era Segalote no município. Ele está no poder há mais de 20 anos, ora como prefeito, ora como vice-prefeito ou como secretário municipal.

Seu primeiro mandato, de 1989 até 1992, marcou a histó-ria de São Sebastião do Alto em toda a região. Se destacou, nes-se primeiro mandato, quando construiu dez prédios escolares equipados com os melhores mó-veis para atender à rede muni-

cipal de ensino, que crescia.Já no segundo mandato, de

1997 a 2000, começou a viabi-lizar um grande sonho da popu-

lação altense, que foi a constru-ção do Hospital São Sebastião. A obra foi concluída em 1999, quando entrou em funcionamen-

Coragem, determinação, ou-sadia. São palavras que definem bem os investimentos feitos pela Prefeitura de São Sebastião do Al-to na construção do Hospital Mu-nicipal São Sebastião, inaugurado em 1999, durante a gestão do então prefeito Antônio Segalote. O hos-pital, que chama a atenção pela imponência, levando-se em conta o tamanho da cidade, pequena pa-ra a tamanha ousadia, ficou mar-cado pela modernidade, arquitetu-ra e investimento em tecnologia, tornando-se um dos maiores e mais bem equipados da região.

Na época, a Prefeitura anun-ciou que a proposta era tornar o novo hospital da região em refe-rência em várias especialidades médicas. Para isso, contaria, en-tre outros projetos, com a forma-lização de um consórcio intermu-nicipal de saúde, criado mais tarde pela união dos municípios do Centro-Norte. A administração do hospital foi entregue a uma fundação homônima.

Em agosto deste ano, duran-te a inauguração de uma escola municipal em Valão do Barro, se-gundo distrito de São Sebastião do Alto, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Paulo Melo (PMDB), destacou a importân-

cia da aplicação de recursos públi-cos com seriedade. “É gratificante saber que o dinheiro é bem apli-cado. Cito, como exemplo, a con-strução do hospital de São Sebastião do Alto. Aquele dinheiro repas-sado na época foi para 28 municí-pios. Só teve um município que concluiu o hospital: São Sebastião do Alto”, afirmou o parlamentar,

elogiando o trabalho desenvolvido por Antônio Segalote (PP), hoje vice-prefeito do município, que estava acompanhado do atual pre-feito Geraldo Pietrani (PP).

Hoje com 12 anos, mesma idade do Hospital São Sebastião, Luciana Carvalho, filha do casal Regina Célia e Wilson Alves da Silva, tem uma história de estrei-

ta relação com o hospital: ela foi o primeiro bebê a nascer na recém-inaugurada unidade de saúde. Luciana nasceu em 18 de abril de 1999, um domingo, um dia após a inauguração do hospital, que fez parte da programação da festa que comemorou os 108 anos de eman-cipação político-administrativa de São Sebastião do Alto.

Hospital São Sebastião foi recebido como uma grande ousadia na época, mas se tornou um dos mais bem equipados da região

to uma das melhores unidades hospitalares da região.

Antônio Segalote foi reelei-to para mais um mandato no período de 2001 a 2004.

Em 2005, Segalote lançou o nome do então presidente da Câmara, Geraldo Pietrani, que, depois de ter sido prefeito de 1993 a 1996, chegou a outros dois mandatos: de 2005 a 2008 e de 2009 a 2012.

Antônio Segalote foi vice-prefeito de Geraldo Pietrani em seu segundo mandato (de 2005 a 2008) e, no mandato atual (2009 a 2012). Pode-se afirmar que Antônio Segalote é o campeão de eleições no município, já que conseguiu tamanha proeza em duas décadas de política.

Antônio Segalote e Geraldo Pietrani administram o município há mais de 20 anos

Investimento em escolasCom uma área territorial de

373,26 km² e uma população de 8.998 habitantes, o município de São Sebastião do Alto recebeu um investimento muito grande na área habitacional nos anos 90. Foi quando o primeiro governo do médico Antônio Segalote cons-truiu dez prédios escolares em várias regiões do município.

Com recursos federais e a parceria da Prefeitura, os prédios escolares foram construídos com a melhor qualidade e equipados com material escolar para atender a demanda dos alunos.

Mais recentemente, o Gover-no Municipal, agora com o pre-feito Geraldo Pietrani, voltou a construir um novo prédio escolar para atender a demanda do segun-do distrito, Valão do Barro. A es-cola foi erguida utilizando recursos do Governo do Estado, através do programa ‘Somando Forças’, tam-bém em parceria com a Prefeitura de São Sebastião do Alto.

Divulgação

Divulgação

Page 19: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 19

O empresário Virgílio de Almeida Santos, proprietário dos Laboratórios Bravet, é uma figura proeminente da cidade de Cantagalo. Sua atuação no meio político é frequente e, em sua fazenda, localizada em Cantagalo, já foram realizados diversos encontros políticos com a presença de autoridades municipais, estaduais e federais.

Sua empresa, o Laboratório Bravet, é o maior anunciante do JORNAL DA REGIÃO. Os anúncios do Bravet já vêm sendo publicados há mais de 500 edições.

Laboratório Bravet, o maior anunciante do JORNAL DA REGIÃO nesses 25 anos

Page 20: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

20 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

•1991 10.640•1996 10.548•2000 10.038•2010 10.289

Evolução populacional

Queda na população:

351 moradores a menos

Trajano de Moraes registrou, nos últimos 20 anos, conforme apon-tam dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que muitas cidades da região te-mem: queda de população. O esva-ziamento poderá afetar diretamen-te a economia local, sem falar nas interferências nos repasses federais para a Prefeitura, incluindo os do Sistema Único de Saúde (SUS), que são baseados no número popula-cional de cada município.

No período, o município per-deu 351 moradores, se comparados os números do censo do IBGE em 1991 (10.640 habitantes) e de 2010, quando registrou 10.289.

Mas, se por um lado, o núme-ro de habitantes caiu na comparação geral dos últimos 20 anos, por outro também há uma notícia boa. Do censo realizado em 2000 para a con-tagem populacional do ano passado, o município registrou uma reação, pulando de 10.038 habitantes para os atuais 10.289. Ou seja, na última década, Trajano de Moraes conse-guiu mais 251 moradores.

O município, que possui uma área territorial de 589,811 quilôme-tros quadrados, também é um dos que possui maior número de pesso-as morando na zona rural, embora a diferença seja pequena. São 4.780 moradores da área urbana contra os 5.509 da zona rural, de acordo com a amostragem colhida em 2010. A diferença, em favor da zona rural, é de 729 pessoas.

O forte da economia trajanen-se é a agricultura, com destaque para as plantações de banana, caqui, laranja, maracujá, além de pequenas colaborações em cultivos, como o café. As atividades rurais justificam o número maior de pessoas fora da área urbana, o que garante ao mu-nicípio a manutenção da sua popu-lação, apesar das quedas registradas nas últimas duas décadas.

Trajano de Moraes já foi Ventania

Um dos maiores produtores de caqui do estado do Rio

Empresário à frente do Executivo Municipal

Com rendimento médio de 30 mil kg por hectare e cerca de R$ 673 mil/ano de valor de pro-dução, Trajano de Moraes, con-forme dados da Produção Agrí-cola Municipal 2009, do IBGE, é

o terceiro maior produtor de caqui do estado do Rio de Janeiro, com 2.040 toneladas/ano, ficando atrás somente de Sumidouro, o segun-do colocado, com produção de 5.180 toneladas/ano, e de São Jo-

sé do Vale do Rio Preto, o maior produtor do estado, com 9.555 toneladas/ano.

O caqui é apenas uma das muitas culturas da zona rural de Trajano de Moraes, mas a partici-

pação desse produto na produção geral fluminense é bastante signi-ficativa, levando geração de em-prego e renda para centenas de famílias do município, a maioria com agricultura de subsistência.

Carlinhos Gomes, filiado ao PSDB e atual prefeito de Trajano de Moraes, venceu as eleições de 2008 com 3.425 (47,74%) votos. Ele foi candidato tendo como com-panheiro de chapa o ex-prefeito do município Omair Diniz.

Na ocasião, Carlinhos Go-mes, como é conhecido, enfren-tou nas urnas João Luiz Gomes Viana (PDT), então prefeito em exercício, assumindo em lugar

de Sérgio Gomes, que havia sido afastado judicialmente. João Luiz conseguiu 2.423 votos (33,77%). O terceiro candidato na disputa foi Eduardo Galil (PMDB). O ex-prefeito de Trajano de Mora-es alcançou 1.327 votos (18,49%) nas urnas.

Carlinhos Gomes é médico veterinário e um empresário do-no de diversos postos de gasoli-na na região.

Cidade também já foi conhecida como São Francisco de Paulo

Divulgação

Divulgação

Trajano de Moraes já foi chamada de Ventania e de São Francisco de Paulo. O início da povoação de Trajano foi por volta de 1801 em torno de uma casa de oração dedicada ao padroeiro da locali-dade: São Francisco de Paulo. Ela perten-cia ao curato de Santa Maria Madalena. Curato é um povoado pastoreado por uma cura ou vigário.

O povoado obteve o título de Fregue-sia no ano de 1846, graças à intervenção de José Antônio de Moraes, o Visconde de Imbé. Com a ajuda dos irmãos fazendeiros José Antônio e Elias de Moraes, a fregue-sia conseguiu terras para a consolidação da área urbana e a construção da Igreja Matriz de São Francisco de Paulo.

Em 1891, São Francisco de Paulo era elevado à categoria de cidade, logo após à inauguração da estação de trem. O primeiro nome dela foi Ventania. E o progresso foi assim chegando: ao som do apito do trem, São Francisco de Pau-lo (ou Ventania) foi ganhando prédios, praças e jornais de circulação semanal. Mas, o seu principal benfeitor faleceu em 1911.

A cidade foi crescendo e vendo o fru-to de seus esforços, até que, em 1938, re-cebeu, definitivamente, o nome de Traja-no de Moraes.

O atual prefeito de Trajano, Carlinhos Gomes, e o vice-prefeito Omair Diniz

Page 21: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 21

O Hospital Francisco Limongi, de Trajano de Mo-raes, está recebendo total reforma. Na parte interna, os 24 cômodos, entre salas de cirurgia, repouso, de espera, quartos dos profissionais, enfermarias, parte administrativa, sala de raios X, cozinha, alojamento, lavanderia, farmácia, almoxarifado, já receberam obras de total infraestrutura, além da chegada de novos mó-veis, como camas, mesas de escritórios, entre equipa-mentos em geral.

Na parte externa do prédio, está sendo realizada reformada, incluindo pintura. A implantação de uma grande horta no terreno do hospital, com total apoio e supervisão da Emater-Rio e da Secretaria Municipal de Agricultura, já dá frutos. São ervas medicinais, legumes e verduras, numa área de 500 metros quadrados, que podem ser consumidos pelos pacientes e funcionários do importante hospital.

Em Trajano de Moraes, as obras de limpeza da repre-sa estão sendo executadas por 10 caminhões do estado (Inea), que, amparados pela Prefei-tura, realizam a retirada de lama e entulho do lago, já va-zio. A obra, iniciada em mar-ço, chamou a atenção de au-toridades estaduais, que hoje, em parceria com o Executivo, tocam a importante obra.

Desde a sua construção, é a primeira vez que a repre-sa recebe melhorias.

Uma estação de trata-mento de esgoto vai ser ins-talada no local para beneficiar as famílias que moram ao re-dor da represa, evitando, as-sim, a contaminação da água do lago, uma das belas atra-ções turísticas da cidade de Trajano de Moraes.

parabeniza o JORNAL DA REGIÃO

pelos 25 anosE anuncia realizações de sonhos: a reforma total do Hospital Francisco Limongi, recuperação da represa e reformas de escolas

O hospital de Trajano está recebendo melhorias

na parte interna, em 24 cômodos, e externa

São dez caminhões do Inea realizando a retirada de lama e entulho do lago

da represa

Fotos: Geraldo Carvalho

Hoje, o que vem chamando a atenção na região é que a atual administração de Trajano de Moraes dá total atenção ao setor de educação. Desde o início de 2009, a Secretaria de Educação, por determinação do Executivo, já reformou e am-pliou sete escolas e construiu uma na zona rural. Outro epi-sódio que destaca Trajano de Moraes é que uma escola situ-ada em Tapera, quarto distrito, elevou o município ao topo da educação estadual. É que, entre\ 1.457 escolas avaliadas, a Escola Estadual José de Moraes Souza ficou em primeiro lugar em todo o estado do Rio de Janeiro.

Vale completar que a Escola Monclar Gomes Filho, de Sodrelândia, obteve também muito bom rendimento de seus alunos, ficando na sexta posição no ranking.

Assim, todo o município de Trajano de Moraes come-mora sua boa fase em todos os setores.

Trajano de Moraes é destaque na educação

Page 22: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

22 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Reveses políticos Órgão oficial do município

Alunos de uma escola da zona rural ganham competições estaduais em xadrez

Em 2006, após mais de 30 investigações iniciadas e duas ações de improbidade administrativa, o então prefeito de Trajano de Mo-raes, Sérgio Gomes, a pedido do Ministério Público (MP), é afas-tado do cargo. O JORNAL DA REGIÃO vinha acompanhando, desde 2005, início do mandato, as várias acusações que vinham pe-sando sobre a administração de Sérgio Gomes.

O prefeito entrou com recur-so e conseguiu retornar ao cargo. Ele explicou que as irregularidades apontadas foram apenas um erro, já corrigido pela Secretaria de Fa-zenda e que o valor pago à Rodo-bens seria descontado nos seus subsídios. Ele também disse que, logo que o erro foi detectado, foi realizado um estorno bancário e que não houve prejuízo ao erário público.

Trajano no Livro dos Recordes

O evento de setembro deste ano na zona rural levou a cidade ao Livro dos Recordes

A proposta do professor Nil-ton Riguetti era promover uma atividade extracurricular que fos-se capaz de estimular e auxiliar o aprendizado dos alunos da Esco-la Estadual Maria Mendonça, na vila de mesmo nome, zona rural de Trajano de Moraes. Surgiu, então, a ideia de implantar jogos de xadrez, fazendo com que a criançada se divertisse brincando e desenvolvendo o intelecto, já que se trata de um jogo que exige es-tratégias e muita habilidade.

O que Riguetti não esperava é que o projeto fosse dar tão cer-to e que as crianças fossem se apaixonar pelo jogo a ponto de se tornarem estrelas e chamarem a atenção em nível nacional. As-sim, foi criado o Clube de Xadrez de Trajano de Moraes (CXTM), que, agora, já coseguiu entrar pa-

ra o RankBrasil, o Livro dos Re-cordes Brasileiros, como o ‘Maior Campeonato Brasileiro de Xadrez

em Comunidade Agrícola’.Tudo isso veio após as crian-

ças participarem e conquistarem

sucessivas vitórias nas Olimpíadas Escolares do Estado do Rio de Janeiro, o que chamou a atenção da Federação de Xadrez do Es-tado do Rio de Janeiro (Fexerj). Outro que também se encantou e reconheceu o talento dos alunos de Maria Mendonça foi o vice-presidente da Confederação Bra-sileira de Xadrez, Darcy Lima, tricampeão brasileiro, que, inclu-sive, já fez uma visita a Trajano de Moraes, quando esteve com as crianças e deu apoio ao proje-to desenvolvido pelo professor Nilton Riguetti.

Mês passado, por exemplo, foram disputados campeonatos de jogos de xadrez na comunida-de de Maria Mendonça. O even-to contou com participação de mais de 200 pessoas, que já se envolveram com o projeto.

O JORNAL DA REGIÃO sempre teve uma cobertura impor-tante no município de Trajano de Moraes. Nos governos de João de Moraes Souza (1985 a 1988 e de 1993 a 1996) foi o órgão oficial do município, publicando os atos ofi-ciais do Poder Executivo. Também no governo de Eduardo Galil, no período de 1989 a 1992, publicou os atos oficiais do Executivo. O Instituto de Previdência Social de Trajano de Moraes, quando da presidência de Tânia Klayn, publi-cou, durante um bom período, os atos oficiais da instituição.

Sempre foi o jornal que acom-panhou os fatos políticos da cidade, principalmente da ocasião em que houve o afastamento do então pre-feito Sérgio Gomes, filho do já fa-lecido deputado estadual Moncle-ber Gomes. Durante sua campanha política, Sérgio Gomes utilizou as páginas do jornal para divulgar sua plataforma se assumisse o Execu-tivo. Tempos depois, chegou a processar JR por não estar satisfei-to com artigos de autoria de um morador da cidade e que criticava sua fórmula de administrar Traja-no de Moraes.

Trajano: força no campo

Uma das grandes forças de Trajano de Moraes vem da sua po-pulação simples e trabalhadora. Aliás, a população da zona rural (5.509) é um pouco maior que a da área urbana (4.780) - IBGE 2010.

Com uma extensão territorial de 589,811 quilômetros quadrados, Trajano de Moraes produz, além da pecuária de corte e de leite, ba-nana, caqui, café, laranja e mara-cujá. Também há grande partici-pação nas áreas de cereais, legu-minosas e oleaginosas.

O comércio da cidade também depende, e muito, do quão bem vai o campo. Qualquer reflexo na zona rural é rapidamente sentido nas ruas da cidade, que logo re-gistram a queda nas vendas.

A força da zona rural, com maior população no campo, é um diferencial de Trajano de Moraes em relação a outros municípios da região e de porte semelhante.

Em Trajano de Moraes, no período de 1985 a 1988, foi pre-feito Lincoln Machado, o Mazinho. Já João de Moraes Souza admi-nistrou o município por quatro mandatos. De 1993 a 1996, João de Moraes Souza ocupou, pela última vez, o cargo de prefeito no município.

O ex-deputado federal Edu-ardo Galil foi prefeito de 1989 a 1992 e de 1997 a 2000.

Para o mandato de 2001 a 2004, Sérgio Gomes, enfrentando proble-mas, desiste e, quem se elege é Omair Diniz, que então era candidato a vice. Sérgio Gomes se elege em 2004, assume em 2005, mas enfrenta pro-

blemas, é afastado e assume o vice, João Luiz Gomes. Em 2009, as-sume a Prefeitura o empresário Carlinhos Gomes, depois de ven-cer o pleito eleitoral de 2008.

O interessante nas últimas administrações municipais é que três da mesma família ocuparam o cargo de prefeito em Trajano de Moraes. Os primos Sérgio Gomes, João Luiz Gomes e Carlinhos Go-mes estarão registrados na história de Trajano de Moraes como che-fes do Executivo. Outro fato tam-bém importante: eles são parentes do deputado estadual Moncleber Gomes, já falecido, que teve im-portância política na região.

Os prefeitos de Trajano de Moraes

João de Moraes Souza governou Trajano de Moraes por quatro mandatos

Divulgação

Arquivo-Divulgação

Após conturbações políticas, Prefeitura volta à normalidade no município

Arquivo-Divulgação

Page 23: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 23

Nós, que trabalhamos com qualidade, sabemos que o JORNAL DA REGIÃO tem o melhor acabamento que o leitor precisa.

Page 24: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

24 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Indústrias se instalam em Bom Jardim

•1991 20.630•1996 21.619•2000 22.651•2010 25.333

Evolução populacional

Um dos maiores

crescimentos populacionais

da regiãoA evolução populacional de

Bom Jardim é a maior da região. Em 1991, o município possuía 20.630 habitantes, mas atingiu, no último censo do Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, o total de 25.333 pessoas. Ou seja, um acréscimo de quase cinco mil habitantes.

A cidade de Bom Jardim, por estar próxima a Nova Friburgo, também abriga muita gente que trabalha na cidade vizinha. Outra força da economia do município é a zona rural, onde ainda habita muita gente.

Nos últimos anos, a vinda de outras empresas para o muni-cípio, como as indústrias do setor metal-mecânico, contribuiu para o aumento população, principal-mente na área urbana.

Prefeito se afasta e assume cargo no Governo do Estado

Depois de ter uma reelei-ção tranquila no município e estar faltando pouco mais de um ano para terminar seu man-dato à frente da Prefeitura de Bom Jardim, o empresário Affonso Monnerat se afastou do cargo para assumir a Sub-secretaria Estadual de Recons-trução da Região Serrana.

O convite partiu do go-

vernador Sérgio Cabral, depois da tragédia das chuvas que atingiram a Região Serrana. Affonso Monnerat assumiu o cargo de subsecretário junto ao vice-governador Luiz Fernan-do Pezão, que também é se-cretário estadual de Obras. Monnerat tem a missão de agi-lizar as obras de reconstrução dos municípios da região.

Nos últimos anos, Bom Jar-dim tem conseguido viabilizar a vinda de empresas para se insta-larem no município. Já ultrapassam mais de dez empresas que estão funcionando na cidade.

Empresas como Plastserrana (galões de água), CBS Elos (plás-tico), Plast Seven (plástico), Inco-fral (fralda geriátrica), Mello (em-balagens em alumínio), Barra Plast (acessórios de plástico para banhei-ro), Larissol (laticínios), Inbel (be-bidas - água, refrigerante, guaraná natural), Kora (garrafas pet), Ful-metal (fechaduras) e Stam já fun-cionam no município.

Essas empresas foram viabi-lizadas graças às articulações fei-ta pela atual administração.

Contando com incentivos, empresas têm visto grandes oportunidades em Bom Jardim, gerando centenas de empregos

Paulo Barros (E) assumiu o cargo com a saída de Affonso Monnerat (D)

O ano do jubileu de prata do JORNAL DA REGIÃO co-meçou com a maior tragédia climática da história do País. Logo em janeiro, a Região Ser-rana sofreu com os desastres naturais provocados pelas chu-vas, que mataram mais de 900 pessoas (sem contabilizar os de-saparecidos).

Em Bom Jardim, onde ape-nas uma pessoa morreu, os de-sastres atingiram mais bens na-turais e a estrutura do município, como pontes, que isolaram a zo-

na rural, além de casas e comér-cio destruídos, levando 2.263 pessoas a ficarem desabrigadas/desalojadas.

Um grande impacto em Bom Jardim foi a queda da ponte so-bre o Rio Grande, na RJ-116, que isolou a cidade e prejudicou, por tabela, os demais municípios do Centro-Norte Fluminense. Começava a queda de braços entre o Governo do Estado e a concessionária Rota 116 sobre as responsabilidades pelas obras de reconstrução.

Os prefeitosNestes últimos 25 anos, o mu-

nicípio de Bom Jardim foi adminis-trado por cinco prefeitos, embora o período represente sete mandatos. De 1985 a 1988, o município foi administrado por Benedicto Coube de Carvalho. De 1989 a 1992, foi a vez de Álvaro Guimarães.

O médico Paulo Barros foi prefeito de Bom Jardim no perío-do de 1993 a 1996, quando do centenário do município. Outro médico, Celso Jardim, administrou a cidade por dois períodos: 1997 a 2000 e foi reeleito para o perío-do seguinte - 2001 a 2004.

O empresário Affonso Mon-nerat também foi detentor de dois mandatos. O primeiro foi de 2005 a 2008, quando foi reeleito para o período de 2009 a 2012. No entan-to, este ano se afastou do mandato para assumir a Subsecretaria Esta-dual Extraordinária de Reconstru-ção da Região Serrana, no pós-tragédia de janeiro. Com isso, o vice-prefeito Paulo Barros assumiu a Prefeitura e deverá administrar a cidade até dezembro de 2012.

Governo Municipal ofereceu incentivos fiscais para empresas irem para a cidade

Divulgação

Ana Amélia

Ponte na RJ-116, destruída pelas chuvas, prejudica a cidade

Dois médicos são prefeitosDois médicos já administra-

ram a cidade nestes últimos anos. Em 1996, o médico neurologista Celso Jardim venceu as eleições municipais de Bom Jardim, assu-mindo a Prefeitura no mandato de 1997 a 2000.

O interessante é que Celso Jardim havia disputado o pleito municipal anteiror no município vizinho de Duas Barras, perdendo

a eleição por apenas 78 votos.Já o médico Paulo Barros

foi prefeito de Bom Jardim no período de 1993 a 1996. Em 2005, voltou a ocupar o cargo de vice-prefeito com Affonso Monnerat. Eles foram reeleitos em 2008. Mas, com afastamento de Affon-so Monerat, Paulo Barros voltou novamente a ser prefeito do mu-nicípio.

Page 25: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 25

Bom Jardim: uma cidade em recuperação

Juíza e prefeito: novamente no poder

Não se pode falar em registrar os fatos do município de Bom Jardim sem destacar o empenho da sua sociedade na reconstrução do município, que teve várias partes afetadas pela tragédia que atingiu a Região Serrana em ja-neiro deste ano.

A cidade registrou apenas uma morte, mas os prejuízos materiais foram intensos. Durante o período, a cidade ficou ilhada, o que também prejudicou os demais municípios do Centro-Norte, afetando em cheio a economia regional.

Mesmo sem água, sem ener-gia e sem telefone, a cidade ainda conseguiu se mobilizar e, num cur-to espaço de tempo, já mostrava sua força para dar a volta por cima. Muitos problemas ainda existem, mas a população tem se empenha-do para, independentemente das ações do poder público, fazer a sua parte. Se muita coisa ainda precisa ser feita, não é por falta de empenho da sociedade.

A Prefeitura informou que tem buscado recursos externos para garantir não só a reconstrução das áreas afetadas - e são muitas -, mas para a execução de outras obras que venham garantir a segurança

de seus moradores, evitando que novas tragédias afetem a cidade na mesma proporção. A intenção é investir em ações preventivas.

Obras de infraestrutura, pro-teção de encostas e remoção das famílias que moram em áreas de risco já começaram.

Na área de reconstrução, destaque para os investimento que estão sendo feitos na construção de uma nova ponte sobre o Rio Grande, na RJ-116, plena área urbana da cidade, que foi total-mente destruída pelas chuvas e que isolou os demais municípios da região da cidade vizinha de Nova Friburgo.

A previsão das autoridades estaduais é de que o trabalho seja concluído até novembro. Enquan-to isso, o trânsito continua impro-visado numa ponte metálica mon-tada pelo Exército Brasileiro.

Tragédia de janeiro mostra um povo unido em busca de novos tempos

Cidade se recupera contando com a força e a participação da própria sociedade

Em 1992, Paulo Barros recebia diploma de prefeito das mãos da juíza Evelize Scher

Nunca um juiz havia perma-necido tanto tempo à frente de uma comarca como a juíza do muni-cípio de Bom Jardim, Evelize Scher. Esse mérito, certamente, é conse-quência do seu trabalho.

Nas eleições municipais de 1992, a titular da comarca e res-ponsável pela eleição de Bom Jar-

dim foi a juíza Evelize Scher, que, inclusive, diplomou o então pre-feito eleito Paulo Barros.

Passados quase 20 anos, a juíza continua à frente da comar-ca de Bom Jardim, e o prefeito novamente é o médico Paulo Bar-ros. Sem dúvida, um fato raro e inédito na região.

Divulgação

Divulgação

Page 26: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

26 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Deputado estadual e um suplente de senador

Um representante na Assem-bleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), nascido em No-va Friburgo. Esta é a responsabi-lidade do deputado estadual Ro-

gério Cabral (esquerda na foto).Ele é produtor rural no mu-

nicípio, conhece a realidade da sua comunidade e conseguiu seu pri-meiro mandato em 2004. Na ree-

leição, ficou como primeiro su-plente, mas, mesmo assim, não deixou a Alerj. É que o atual se-cretário estadual de Agricultura, também deputado Christino Áureo, continua secretário e, por isso, Rogério Cabral continua deputa-do estadual, presidindo a Comis-são de Agricultura na Alerj.

Já o empresário Olney Bo-telho (direita na foto) não quis disputar a reeleição na Alerj em 2008, mas foi convidado pelo senador Lindberg Faria para dis-putar a suplência. Com a eleição de Lindberg para o Senador Fe-deral, Olney Botelho é o primei-ro suplente e trabalha no gabi-nete do senador em Brasília.

Divulgação

•1991 167.081•1996 168.270•2000 173.418•2010 182.082

Evolução populacional

15 mil novos moradores

A maior população da região: 182 mil pessoas

O engenheiro Heródoto Ben-to de Mello foi prefeito de Nova Friburgo quatro vezes. De 1985 a 1988, Friburgo teve como prefeito Heródoto Bento de Mello, em seu segundo mandato à frente do Exe-cutivo. De 1989 a 1992, Paulo Aze-vedo foi o prefeito do município pela primeira vez. Em 1992, He-ródoto de Mello venceu o pleito eleitoral e se elegeu prefeito para o mandato de 1993 a 1996.

De 1997 a 2000, novamente Paulo Azevedo assume a Prefei-tura de Nova Friburgo para mais um mandato. O fato trágico na vida política de Paulo Azevedo foi o seu falecimento durante a tragédia das chuvas em janeiro

deste ano, em seu sítio na zona rural de Nova Friburgo.

Em 2000, uma mulher é elei-ta a primeira prefeita de Nova Friburgo. A médica Saudade Bra-ga é administrou de 2001 a 2004; foi reeleita para o mandato de 2005 a 2008.

Em 2008, o Heródoto Bento de Mello, com 80 anos de idade, vence a eleição para prefeito (man-dato de 2009 a 2012) e assume a Prefeitura. Mas um acidente com ele, durante viagem à Suíça, o obriga a se afastar do cargo, as-sumindo seu vice, Dermeval Bar-boza Moreira Neto, que está no cargo e deverá dirigir a cidade até dezembro de 2012.

Os prefeitos de Nova Friburgo

Na madrugada de 12 de ja-neiro, a Região Serrana foi abala-da por enchentes e deslizamentos de terra que mataram mais de 900 pessoas na região, sendo 426 so-mente em Nova Friburgo. Duran-te uma semana, a região ficou um caos, praticamente isolada, com centenas de pontes destruídas e estradas de acesso interditadas pela RJ-116 e outras estradas.

Nova Friburgo acabou por ser a cidade mais afetada, com poucas áreas livres da tragédia. Imediatamente, os governos mu-nicipal, estadual e federal se mo-bilizaram para liberarem recursos e homens para atender as cidades atingidas. Foram liberados R$ 10 milhões que, mais tarde, levariam a ações na justiça contra o supos-to mal uso dos recursos.

Hoje, quase nove meses de-pois da tragédia, os moradores de Nova Friburgo voltam a viver na ansiedade com o aumento das chuvas e a proximidade do verão. Uma das maiores preocupações é com relação à fragilidade da cidade por causa dos estragos das chuvas anteriores e uma percep-ção de falta de ações para evitar novos desastres.

Um jovem deputado federal

Tal mãe, tal filho. Este é o caso do jovem Glauber Braga, atual deputado federal, represen-tante de Nova Friburgo e região no Congresso Nacional. Glauber é friburguense, nasceu em 1982 e se formou em Direito. É filho de um casal de médicos - Roberto e Saudade Braga. A mãe foi verea-

dora em 1992 e depois prefeita de Nova Friburgo por dois mandatos consecutivos (2000-2004).

Em 2005, foi eleito presiden-te do PSB de Nova Friburgo. Em 2006, Glauber se candidatou a deputado federal e já em sua pri-meira eleição obteve a maior votação da história da região:

A maior cidade da região, com uma extensa concentração popu-lacional (densidade demográfica de 195,07 habitantes por quilôme-tro quadrado), não para de crescer. Segundo dados do Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatística (IB-GE), o município, nos últimos 20 anos, pulou de 167.081 para 182.082 habitantes, ou seja, 15 mil mora-

Prefeitos: Heródoto Bento de Mello e Dermeval Barboza Moreira Neto

Mãe e filho: a médica Saudade Braga (já foi prefeita) e seu filho Glauber Braga

51.259 mil votos. Com isso, con-quistou a vaga de suplente. En-quanto não assumia o cargo, Glauber não parou. Foi secretá-rio municipal de Projetos Espe-ciais em Nova Friburgo, pasta considerada estratégica no de-senvolvimento social, econômi-co e cultural da cidade. Em 2009, com a saída do deputado titular, assumiu o cargo em Brasília até abril de 2010.

Em um processo inédito em todo o país, Glauber Braga optou por aplicar os recursos de suas emendas parlamentares de forma participativa, ou seja, a própria população é que decidia onde se-riam aplicadas as verbas. Em 2010, Glauber se candidatou novamen-te a deputado federal. No dia 3 de outubro, foi eleito, batendo o seu próprio recorde histórico de votos: 57.549.

Chuvas deixam a região abalada e mais de 400 mortos no município

dores a mais.Somente nos últimos dez anos

- 2000 a 2010 -, o município regis-trou 8.664. E não foi só. No perí-odo, não houve queda. A popu-lação só cresceu ano após ano.

Na zona rural, Friburgo tam-bém tem uma considerável popu-lação, conforme aponta o Censo 2010: 22.710. Aliás, o município também tem importante participa-ção na produção de olerícolas do estado, o que justifica a considerá-vel força rural na contagem popu-lacional. Além disso, os distritos de Friburgo também são bem tra-balhados no sentido da exploração turística, atraindo inúmeros visi-tantes. Outro detalhe é que o cen-so do IBGE não leva em conside-ração a população flutuante, resul-tado do turismo, principalmente.

Divulgação

Divulgação

Tragédia atinge Friburgo

Page 27: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 27

Em 2009, JORNAL DA REGIÃO passa a circular em Friburgo

Câmara de Friburgo

parabeniza JORNAL DA

REGIÃOA Câmara Municipal de No-

va Friburgo, através do vereador Renata Abi-Râmia (PMDB), apre-sentou moção de congratulação ao JORNAL DA REGIÃO em 2010 pelo transcurso do aniversá-rio do semanário. No documento que foi encaminhado ao JR, assi-nado pelo atual presidente do Le-gislativo friburguense, Sérgio Xa-vier, o vereador Renato Abi-Râmia enalteceu o trabalho do jornal e parabenizou toda a equipe pelo aniversário de existência.

Na ‘Coluna do Vereador’ do JORNAL DA REGIÃO, onde os vereadores têm espaço para divulgar suas atividades parlamen-tares, os vereadores friburguenses Cláudio Damião, Edson Flávio, Isaque Demani, Marcelo Verly, Marcos Medeiros e Renato Abi-Râmia já divulgaram seus traba-lhos na Câmara Municipal.

A direção do JORNAL DA REGIÃO sempre pautou por uma seriedade quando divulga que tem circulação em determinado mu-nicípio. Para que a circulação não conste somente do expediente do jornal, a distribuição dos exem-plares do JR em nove municípios é um compromisso da empresa.

A partir de 2009, o JORNAL DA REGIÃO ganhou mais um município para circular. Nova Friburgo, durante um ano, teve uma sucursal, montada com es-critório no Centro da cidade, in-clusive com jornalistas para co-bertura dos eventos.

Mas, importante mesmo tem sido a distribuição dos exempla-res do jornal no município. To-da semana, um veículo da em-presa entrega os exemplares em bancas da cidade. Além disso, também é efetuada uma distri-buição dirigida em órgãos públi-cos de Nova Friburgo.

Com população estimada em quase 200 mil, município passa a ter o jornal toda semana

O município de Nova Friburgo completou, este ano, 193 anos. Foi a nona cidade a receber o JORNAL DA REGIÃO

Divulgação

É um orgulho muito grande ter, em Cantagalo, um veículo de

comunicação como o JORNAL DA REGIÃO. É o melhor jornal, pois faz uma imprensa como deve

ser, utilizando bem o espaço democrático e respeitando o leitor.

Parabéns ao JR pelos seus 25 anos!

Guga de PaulaPrefeito de Cantagalo

Page 28: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

28 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

A participação do JR na emancipação de Macuco

Quando o movimento eman-cipacionista de Macuco começou, nos anos 90, o trabalho político de suas lideranças foi acompanha-do nas páginas do JORNAL DA REGIÃO. Ex-prefeito de Cordei-ro e principal líder do movimento emancipacionista, José Carlos Bo-aretto divulgou, nas páginas do JR, a importância de sua eman-cipação e os passos do movimen-

to que levaria o antigo distrito à sua independência econômico-financeira-política.

Conta o jornalista Célio Fi-gueiredo que, logo no início do surgimento do jornal, José Carlos Boaretto o procurou para divulgar a importância da emancipação. “Durante um período, José Car-los Boaretto percorreu o comércio de Macuco pedindo apoio para

anunciar nas páginas do JORNAL DA REGIÃO, para que pudés-semos dar apoio ao movimento”, informa o Figueiredo.

A primeira vez que o plebis-cito (consulta popular) foi mar-cado, em 1º de abril de 1990, o JR publicou, em primeira página, a seguinte manchete: “Primeiro de abril, dia da verdade para a po-pulação de Macuco”.

Primeira página anuncia a realização de plebiscito em Macuco

Assassinato de ex-prefeito choca Macuco e toda a região

Alguns fatos muito violentos ocorridos na região têm sido des-taque nas páginas do JORNAL DA REGIÃO.

Uma das maiores repercussões foi o assassinato do ex-prefeito de Macuco, Maurício Bittencourt. A primeira página da edição nº 956, de 23 a 26 de setembro de 2006, publicou uma foto de autoria do repórter fotográfico Thiago Valen-

te, que, aliás, trabalha na empresa até hoje. Na foto, o corpo do ex-prefeito ainda dentro de seu veí-culo. Ele foi morto quando che-gava para uma festa de casamen-to na cidade.

Esta edição foi muito procu-rada e praticamente esgotou nas bancas e pontos de distribuição. Até hoje, cinco anos depois, o cri-me não foi esclarecido.

Esta edição do jornal bateu recorde de venda e procura nas bancas da região

Emancipação aprovada pela Alerj foi assinada no dia 28 de dezembro de 1995

Foram cinco anos de espera, mas o dia da verdade finalmente chegou para Macuco. No dia 28 de dezembro de 1995, às 16 horas em ponto, o então governador Marcello Alencar assina a lei de emancipação do então distrito de Cordeiro. O processo havia se iniciado dois meses e meio antes, com votações por meio de urnas eletrônicas, sendo uma das pri-meiras votações eletrônicas em território nacional.

Juntamente com Macuco, estava em pauta na Alerj a eman-cipação de Tanguá (de Itaboraí), São José de Ubá (de Cambuci), Porto Real (de Resende) e Búzios (de Cabo Frio). Uma das preocu-pações do governador era como tais municípios conseguiriam ren-

da suficiente para sustentarem a máquina administrativa. “A eman-cipação de um distrito é de uma responsabilidade muito grande. Podemos comparar a de uma criança recém-nascida que deve receber a alimentação necessária para sua sobrevivência. A partir desse momento, vocês passam a ser responsáveis pelas suas pró-prias cidades”, declarou Marcello Alencar naquele dia 28.

Já em 1996, os macuquenses iriam às urnas mais uma vez, ago-ra para a escolha do primeiro prefeito da cidade. Maurício Bit-tencourt foi eleito e, mais tarde, reeleito, sendo sucedido por Ro-gério Bianchini, hoje reeleito. Portanto, em 2012, Macuco irá escolher, após 17 anos de história,

seu terceiro administrador.No entanto, a lei de criação

de Macuco, de n° 2.497, está en-volta em polêmica até os dias atuais por conta do território dis-putado com Cantagalo, onde es-tão instaladas as três fábricas de cimento. Juntas, as cimenteiras geram mais R$ 100 milhões em impostos e boa parte retorna ao município de origem. A disputa se agravou com a aprovação da Lei Aparecida Gama, que altera a lei de criação de Macuco e, além de deixar as fábricas em território cantagalense, leva parte da área urbana macuquense. Hoje, um pedido de inconstitucionalidade da Lei Aparecida Gama aguarda julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

O município de Macuco, o mais novo da região, emancipado em 1995, teve como primeiro pre-feito (de 1997 a 2000) o bacharel em Direito Maurício Bittencourt, que foi reeleito em 2000 para mais um mandato (de 2001 a 2004).

Nas eleições de 2004, foi elei-to prefeito de Macuco (de 2005 a 2008), o então vereador de Cor-

deiro Rogério Bianchini, que tam-bém foi vice-prefeito de Macuco nos governos anteriores.

Em 2008, Rogério Bianchini foi reeleito para mais um manda-to. Esse mandato, que começou em 2009, termina em dezembro do ano que vem. O médico Félix Lengru-ber é vice-prefeito nas administra-ções de Rogério Bianchini.

Somente dois prefeitos

Rogério Bianchini já foi prefeito duas vezes. Félix Lengruber é o vice-prefeito atual

Divulgação

Divulgação

Divulgação

Page 29: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 29

Macuco está crescendo e se transformandoAs diversas obras realizadas pela atual administração mudam a cara da cidade

Os trabalhos de paisagismo têm longa tradição no país, tendo suas origens no final do século XVII com o projeto para o Passeio Público do Rio de Janeiro, concebido por Mestre Valentim, durante a gestão do vice-rei Dom Luís de Vasconcelos, em 1773.

Atualmente, Macuco se transforma e a praça central da cidade é a maior propaganda dessa transformação. No coração da cidade, a praça está

adaptada a todas as atuais necessidades de lazer do cidadão. Essa valorização dos espaços públicos de Macuco tem, com isso, reflexo no orgulho de cada macuquense com um município mais organizado, estruturado e forte.

O município está um verdadeiro canteiro de obras, com abertura de novas ruas, obras de saneamento, reforma e construção de escolas. Uma real

transformação que tem por único objetivo a melhoria da qualidade de vida do cidadão que vive e faz o município de Macuco cada dia mais desenvolvido.

E é com base nesse único objetivo, no bem-estar do cidadão de Macuco, que todas essas obras têm sido realizadas e todos os esforços têm sido despendidos.

Prefeitura de MacucoGovernando com o Coração!

Page 30: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

30 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

•1991 0•1996 0•2000 4.886•2010 5.269

Evolução populacional

De 0 a cinco mil em 20 anos

Menor município do estado

Cooperativa: uma potência em Macuco

A população de Macuco deu um salto interessante nos últimos 20 anos: saiu de 0 para 5.269 (IBGE 2010). Mas a história é perfeitamen-te explicada. Antes, ainda distrito, Macuco não contabilizava seus moradores separadamente para registros do IBGE, já que fazia par-te do território de Cordeiro. Os números existiam, mas só apare-ciam na contabilização geral, sem destaques em separado.

Com a emancipação, em de-zembro de 1995, a população do novo município passou a ser con-tabilizada de forma específica, mas só aparece, desta forma, a partir do Censo de 2000, quando foram registrados 4.886 habitan-tes. Em 1996, quando o municí-pio realizava a sua primeira elei-ção municipal, o Censo realizado no mesmo ano ainda não conta-bilizou os moradores como terri-tório independente. Atualmente, são 5.269 moradores.

Empresa é a maior empregadora e geradora de recursos do município de Macuco

Macuco é o que mais promove eventos

esportivosO Departamento de Esportes

da Prefeitura de Macuco tem uma característica interessante: faz ques-tão de apoiar e promover diversos torneios e campeonatos. Só para se ter uma ideia, foram promovi-dos, no ano de 2010, 78 eventos esportivos.

Além de futebol, prática que tem diversas categorias, a Prefei-tura de Macuco incentiva e pa-trocina outras atividades esporti-vas. O Departamento de Esportes de Macuco tem à frente Diogo Latini, que é professor de educa-ção física. Ele vem, há um bom tempo, realizando diversos even-tos na cidade.

Fundada por produtores de leite, administrada por profissio-nais técnicos comprometidos com a qualidade dos seus produtos e serviços, a Leite Macuco elabo-ra o puro e nutritivo alimento da natureza, levando-o nas me-lhores condições, sempre fresqui-nhos, até a sua mesa.

No ano de 1944, a Coopera-tiva de Laticínios de Macuco ini-cia o seu processo de crescimento, principalmente com o incremento na produção de manteiga. Com isso, conquista novos mercados e consumidores com a qualidade de seus produtos, permitindo a divul-gação da marca ‘Macuco’ ao lon-go dos anos.

Em 1965, assume a presidên-cia Alfredo Lopes Martins Neto, permanecendo até o ano de 1986, período em que a Cooperativa de Macuco experimentou grande au-mento na sua recepção de leite, che-gando a receber 70 mil litros de leite diariamente e dando início ao processo de empacotamento de lei-te pasteurizado, conquistando os mercados do produto na região.

A Cooperativa Agropecuária Regional de Macuco deu início ao processo de industrialização e de diversificação de produtos. Foram lançados produtos como o requeijão

contratados.A Cooperativa de Macuco

firmou convênio com a Unimed Nova Friburgo, permitindo o acesso dos associados e seus fun-cionários ao plano de saúde, con-gregando mais de mil usuários.

Em 2002, a Cooperativa de Macuco implantou o processo de coleta de leite resfriado com transporte a granel e instituiu o pagamento do leite por qualida-de, além de criar o seu informa-tivo mensal, importante canal de divulgação da cooperativa para com seus associados.

Já em 2003, a Cooperativa de Macuco dobrou a sua capaci-dade instalada, passando a rece-ber, além dos seus 700 associados-produtores, o leite de cinco coo-perativas e de três associações de produtores da região, alcançando a marca de 120 mil litros de leite beneficiados diariamente.

Em 2004, a Cooperativa Re-gional Agropecuária de Macuco investe no seu parque industrial. Segundo a diretoria da entidade, o objetivo é diversificar, ainda mais, a sua produção, com a fá-brica de queijos e de bebida láctea, de modo a permitir um benefi-ciamento diário em torno de 200 mil litros de leite.

cremoso, a bebida láctea fermenta-da, o queijo minas frescal e o doce de leite. Construiu a estação de tra-tamento dos esgotos industriais e criou programa de qualificação de funcionários e associados.

No ano de 1999, a Coope-rativa de Macuco, através do Programa de Revitalização das Cooperativas de Produção Agro-pecuárias (Recoop), adquiriu equipamentos da firma Tetra Pak para o envase de leite UHT (lon-ga vida) e lançou o produto com sucesso no mercado regional.

Em 2001, a Cooperativa de

Macuco alterou o seu Estatuto Social e reduziu o número de membros do Conselho de Admi-nistração de 11 para cinco asso-ciados, atribuindo maiores res-ponsabilidades. Criou-se o Con-selho Consultivo, órgão não-remunerado de assessoramento e consultoria, constituído por até 20 associados, convidados para cada mandato pelo Conselho de Administração. Outra ação im-portante foi a instituição das Ge-rências Profissionais, distribuídas em áreas operacionais, sendo ocupadas por administradores

O menor município do esta-do do Rio de Janeiro em termos de população (5,2 mil habitantes) e arrecadação, Macuco também é um dos menores em área no es-tado, com seus 77,6 km². Além do tamanho, o município ainda é um dos mais novos, tendo se eman-cipado de Cordeiro em 1995, de-pois de cinco anos de disputas pela separação. O município viria então a ser instalado em 1997, após as eleições de 1996.

Atualmente, o município de Macuco briga na justiça por uma área com Cantagalo e com São Sebastião do Alto. A área é rica em jazidas de calcário e as três cimenteiras de Cantagalo estão instaladas no território em litígio. Atualmente, a disputa se encon-tra em debate no Supremo Tri-bunal Federal (STF). Município é o menor do estado em habitantes e arrecadação. Litígio com Cantagalo ainda está no STF, em Brasília

Divulgação

Divulgação

Page 31: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 31

Ex-prefeito credita vitória às denúncias publicadas no JREm visita à redação do JOR-

NAL DA REGIÃO, junto a as-sessores, logo depois de vencer a disputa eleitoral, o então prefeito eleito José Carlos Soares afirmou, textualmente, que creditava sua vitória ao JR. “Se não fossem as matérias com denúncias contra o atual prefeito publicadas no JR, não conseguiríamos vencer a elei-ção em Carmo”, garantiu o con-

tador José Carlos Soares.Na verdade, as matérias que

José Carlos Soares se referiu eram denúncias do Ministério Público contra o então prefeito de Carmo, Odir Ribeiro, que tentava a ree-leição em 2004. O governo mu-nicipal da época era denunciado por irregularidades na contratação de empresas para a prestação de serviço público na cidade.

•1991 14.509•1996 14.679•2000 15.289•2010 17.434

Evolução populacional

Mais 2.925 moradores

Nas últimas duas décadas, o município de Carmo contabilizou, conforme dados mostrados pelo Censo do IBGE, 2.925 moradores

a mais, comparados os períodos entre 1991 e 2010, data da última contagem populacional. O muni-cípio também não registrou queda populacional no período. Mesmo que o crescimento tenha sido pe-queno em alguns anos, ele existiu, e foi registrado.

Na última década - 2000 a 2010 -, Carmo contabilizou novos 2.145 habitantes, pulando de 15.289 (2000) para 17.434 (2010).

‘Se o JORNAL DA REGIÃO circular em Carmo, darei apoio’

Durante visita da direção do JORNAL DA REGIÃO ao mu-nicípio de Carmo, que era admi-nistrado por Sérgio Soares, o então prefeito fez um desafio ao jorna-lista Célio Figueiredo: se o jornal circulasse no município e tivesse bastante leitores, ele faria um con-trato com a empresa jornalística para divulgação da cidade.

Passados seis meses, o próprio prefeito Sérgio Soares ligou para a redação do jornal solicitando a presença, em seu gabinete, para que pudesse divulgar algumas ma-térias de seu interesse.

Durante um bom período, o JORNAL DA REGIÃO mante-ve correspondente na cidade de Carmo, que enviava matérias to-da semana para serem divulgadas. Inclusive, o escritor Afrânio Gis-

AfirmaçãodoentãoprefeitoSérgioSoares,emmarçode1998

Os primos Sérgio Soares e José Carlos Soares já foram prefeitos do município

Divulgação

monti, já falecido, realizou este trabalho durante um bom tempo para o JR.

Um bom número de leitores

da cidade de Carmo pagava as assinaturas anuais e recebia o JORNAL DA REGIÃO em su-as residências.

Page 32: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

32 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Cidade surgiu com o nome de Arraial da Samambaia

Carmo: Cidade BelaAté o século XIX, as atuais

terras compreendidas nos limites do município de Carmo eram ca-racterizadas pela presença mar-cante da Mata Atlântica original e pertenciam a uma sesmaria exis-tente no município de Cantagalo. Por volta de 1832, iniciou-se o povoamento da região através de colonos vindos do Norte flumi-nense, subindo o Rio Paraíba do Sul, dentro do contexto do ciclo econômico do café. Foi então pro-movida a derrubada da floresta no local, construindo ali a primeira igreja matriz em homenagem a Nossa Senhora do Carmo, surgin-do, assim, o Arraial de Samambaia, que, depois, veio a se chamar Ar-raial de Cantagalo.

Iniciava-se a história da igre-ja de Nossa Senhora do Carmo, citando as datas de 26, 27,28 e 29 de maio de 1832, quando os pri-meiros colonos realizaram um roçado e uma derrubada, prepa-rando o local para edificação da capela do Arraial de nossa Senho-ra do Carmo, no morro da Sa-mambaia. Nascia, ali, o núcleo central do que seria, mais tarde, a Cidade de Carmo

Com o desenvolvimento de toda a região, o pequeno arraial tornou-se a Freguesia de Nossa Senhora do Monte do Carmo, ga-nhando o nome de Vila do Carmo de Cantagalo.

Em 16 de agosto de 1877, é inaugurada a nova matriz da vi-la, cujos trabalhos de construção tinham se iniciado em 16 de ju-lho de 1863, mas só foram con-cluídos em 1876.

A emancipação política da vila só ocorreu em 1881 e, final-mente, Carmo torna-se cidade no ano de 1889.

Em 1921, a Light obtém uma concessão para explorar o poten-cial hidráulico do Rio Paraíba do Sul, na Ilha dos Pombos.

A sua população atual é cal-culada em 17.434 habitantes pe-lo IBGE, dos quais 72,3% vivem na área urbana, sendo que, de acordo com informações da Pre-feitura, o município tinha 15.689 pessoas, em 2004, apresentando uma taxa de crescimento de cer-ca de 0,58% ao ano.

Ele é um dos maiores nomes em termos de música do País, principalmente por conseguir unir o erudito com o popular em seu trabalho. Trata-se de Egberto Gis-monti. Natural do município de Carmo, com influência de músi-cos em sua família, Egberto Gis-monti iniciou seus estudos de piano aos seis anos de idade.

Sua carreira artística teve iní-cio na década de 1960, quando participou de festivais, destacando-se neles. Ao longo de sua carreira, lançou vários discos como produ-tor, compositor, músico e partici-pou de discos de outros artistas, como Maysa, Wanderléa, Johnny Alf, Naná Vasconcelos, Edu Lobo, Elba Ramalho, Paula Toller (vo-calista do Kid Abelha), entre outros.

É também autor de várias trilhas sonoras de peças teatrais e filmes, como o recente Chico Xavier, ou-tro sucesso do cinema nacional.

Egberto faz parte de um gru-po de músicos que o Brasil possui e que não deve nada aos músicos estrangeiros. E não é um Blog sim-ples de música que diz isso, mas toda sua carreira, seu currículo, seu trabalho, a admiração que ele possui como referência para mui-tos colegas.

Egberto Gismonti, nos anos 80, recomprou todo o seu reper-tório de composições e tornou-se um dos únicos compositores do país donos de seu próprio acervo. Ele relançou parte de sua discografia pelo seu próprio selo: Carmo.

Egberto Gismonti: um músico de Carmo que é sucesso no mundo inteiro

O município de Carmo teve como prefeito, no período de 1985 a 1988, Esperidião Calil.

A partir dos anos 90, os pri-mos José Carlos Soares e Sérgio Soares começaram a ter uma par-ticipação na política carmense, ora ocupando o cargo de prefeito, ora como vice-prefeito, e até na opo-sição. De 1989 a 1992, assumiu a Prefeitura o contador e professor José Carlos Soares. Em 1992, Sér-gio Soares venceu o pleito muni-cipal para assumir o mandato de 1993 a 1996.

Mas a oposição carmense na eleição de 1996 venceu o pleito

municipal. Odir Gonçalves Ri-beiro é eleito prefeito do municí-pio de Carmo para administrar a cidade de 1997 a 2000, ano em que foi reeleito para o período de 2001 a 2004.

Nas eleições municipais de 2004, o ex-prefeito José Carlos Soares, tendo como companhei-ro de chapa o também ex-pre-feito Sérgio Soares, é eleito pa-ra administrar a Cidade Bela de 2005 a 2008, quando o médico Carlos Emanuel Ferreira Braz, o Memel, é eleito prefeito e assume o mandato em 2009. O mandato termina em 2012.

Os prefeitos do município

A praça de Carmo foi recentemente pavimentada, ficando ainda mais bonita

Divulgação

Luís Carlos

Luís Carlos

Prefeito de Carmo, Carlos Emanuel Memel (E), ao lado do ex-prefeito Sérgio Soares

Page 33: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 33

A Prefeitura Municipal não mede esforços para melhorar as condições de vida da população. Prova disso são as inúmeras obras em benefí-cio da comunidade carmense. Mais de R$290 mil foram investidos em um amplo projeto de revitalização, pavimentação e reforma da Praça Getúlio Vargas. A melhoria das ins-

talações da Prefeitura do Carmo foi cuidadosamente planejada e a obra de reforma segue a todo vapor. A construção da creche-escola no bairro Boa Ideia, com maternidade, berçário, salas de aula e capacidade para receber 120 crianças, é outra obra que vai revolucionar o municí-pio.

Obras de drenagem, infraestru-tura e pavimentação de ruas nos bairros Bela Vista, Botafogo, Ulisses Lengruber (Morro do Estado), Rua Manoel Serrazina (Estrada do Mata-

douro) e o recapeamento asfáltico na Rua Edgar Gismonti. Ao todo, foram investidos mais de R$1 milhão nessas obras, que vão transformar o dia a dia da população desses bairros.

CENTRO DE MASTOLOGIA FAZ DE CARMO REFERÊNCIA EM SAÚDE

A Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Saúde, investiu na compra de novos equipamentos, e possibilitaram ao município realizar exames inéditos em sua história.

Como forma de democratizar o acesso à Saúde, a Prefeitura Munici-pal criou o Odontomóvel, um verda-deiro consultório itinerante que leva atendimento odontológico de qua-lidade aos moradores da Zona Rural.

Popularizar o acesso à cultura. Com esse compromisso em mente, a Secretaria de Cultura criou o pro-grama “Cinema na Praça”, que leva às diferentes praças do município, uma completa estrutura para a exibição de � lmes.

A Secretaria de Esporte entre-gou à comunidade de Val Paraíso quatro novos campos de grama

sintética. A ação visa utilizar es-porte e lazer como ferramenta de inclusão social.

Secretaria de Saúde comemora a criação do Centro de Mastologia do Carmo. Com a implantação do pro-jeto, pela primeira vez a população tem acesso a tratamentos de ponta.

Os exames realizados estão salvan-do vidas, como a de Dona Margarida (Foto), uma das bene� ciadas pela implantação do Centro de Mastolo-gia.

OBRAS TRANSFORMAM A REALIDADE DO MUNICÍPIO

PROJETO “CINEMA ITINERANTE” DEMOCRATIZA ACESSO À CULTURA

ODONTOMÓVEL POPULARIZA ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO

QUATRO NOVOS CAMPOS DE FUTEBOL À DISPOSIÇÃO DA COMUNIDADE

CARMO BATE RECORDE DE RUAS ASFALTADAS

NOVOS EQUIPAMENTOS POSSIBILITAM EXAMES OFTALMOLÓGICOS

Implantação da Coleta Seletiva Solidária, em fevereiro de 2010, re-duziu consideravelmente o lixo co-

letado para a destinação � nal, resul-tando em ruas mais limpas.

CIDADE LIMPA E CONSCIENTE

CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL PARA GERAÇÃO DE EMPREGOS

De olho em mão de obra quali-� cada, a Prefeitura mantém cursos técnicos pro� ssionalizantes em di-versas áreas.

Page 34: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

34 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Lúcio Bon e Noé Vila Nova, grandes incentivadores do jornal

A maior coleção do jornal

Talvez, não fosse a atitude tomada pelos então vereadores cantagalenses Noé Vila Nova e Lúcio Gomes Bon, o JORNAL DA REGIÃO não estaria come-morando seus 25 anos de exis-tência este ano.

Em meados de 1989, o fun-dador do JR, Célio Figueiredo, passando por dificuldades para manter o informativo, estava pro-penso a paralisar suas atividades e optar pelo trabalho que já fazia na Rádio Musical de Cantagalo, como apresentador. Foi quando esses dois vereadores o visitaram, em sua residência, para saber o que poderiam fazer para que o

jornal continuasse a circular.A par da questão financeira,

pois faltava apoio de empresas, autoridades e políticos, os dois vereadores assumiram o compro-misso de, a partir da edição se-guinte, ter uma ‘Coluna do Ve-reador’ no jornal, inclusive pa-gando por isto, no sentido de prestar contas de suas atividades no Legislativo cantagalense.

Além deste apoio financeiro, os vereadores acompanhavam e apoiavam até no transporte do jornal entre as cidades de Canta-galo e São Gonçalo ou Conceição de Macabu, onde, inicialmente, era impresso o jornal.

Juarez Farinha, leitor assíduo, mostra os exemplares do jornal a Célio Figueiredo

Morador de Cordeiro, Juarez Farinha tem todos os exemplares do JR

Moções de Aplauso e Recon-hecimento nos nomes do seu fun-dador, o jornalista Célio Figue-iredo, e de sua jornalista repon-sável, Rosângela Santos, foram entregues pessoalmente pelo dep-utado André Corrêa (PPS) durante encontro em Cantagalo.

“Os desafios, bem sei, são muitos, mas, de forma vitoriosa, essa equipe tem conseguido destaque como meio de comunicação. E hoje é reconhecido em todo o es-tado”, elogiou o parlamentar André

Corrêa. “A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) tem a satisfação e a honra de con-signar a presente Moção de Aplau-sos e Reconhecimento ao senhor Célio Figueiredo, fundador do JORNAL DA REGIÃO, com relevante rol de serviços prestados aos municípios de Cantagalo, Cor-deiro, Duas Barras, Trajano de Moraes, São Sebastião do Alto, Bom Jardim, Macuco, Carmo e Nova Friburgo” justifica o depu-tado André Corrêa.

Os jornalistas Thiago Valente (E) e Rosângela Santos recebem homenagem da Alerj das maõs do deputado André Corrêa e do prefeito Guga de Paula (D)

Divulgação

Moção de Aplauso da Alerj

Lafayette Salgado

Câmara de Cantagalo foi a primeira a publicar atos oficiais com o JORNAL DA REGIÃO

Com o advento da Lei Or-gânica Municipal, uma espécie de constituição do município, o JORNAL DA REGIÃO passou a ser o veículo responsável pela publicação dos atos das adminis-trações públicas municipais. Tu-do começou com a Câmara Mu-nicipal de Cantagalo, que tinha na presidência o então vereador Renê Noronha. Logo depois,

cumprindo a determinação legal, veio a Prefeitura, durante a gestão do então prefeito Geraldo Gui-marães.

Por longos anos, o JR foi ór-gão oficial não só de Cantagalo, mas de vários municípios da região. Foram momentos importantes e que contribuíram para a transpa-rência das gestões públicas.

Com a chegada do século

XXI e o avanço da tecnologia, esse tipo de publicação começa a ganhar outras alternativas. Na vanguarda, e prevendo isso, o JORNAL DA REGIÃO prefere mudar seu foco, aproveitando o que de mais importante conquis-tou ao longo de sua história: a credibilidade pelo trabalho e a confiança de leitores e dos setores mais importantes da sociedade.

Colecionar é, acima de tudo, cultura. Mas, particularmente, colecionar jornais é muito mais, pois é através do veículo de co-municação que podemos ficar mais bem informados.

Juarez Farinha, morador de Cordeiro, trabalha em um posto de gasolina. O interessante e curioso é que ele tem o hábito de colecionar jornais, principal-mente os jornais do interior.

Em sua casa, no bairro Cons-tantino, em Cordeiro, ele possui todos os exemplares do JOR-NAL DA REGIÃO, desde a edição nº 1 até a última edição deste ano, que compra religio-samente nas bancas, bem como recebe como o assinante que é

há muitos anos. Além de exem-plares do JORNAL DA RE-GIÃO, Juarez guarda também outros jornais que circulam na região, inclusive alguns que nem existem mais.

– Comprei, desde o primei-ro exemplar, o JORNAL DA REGIÃO, e, a partir daí, fiquei gostando muito do jornal, que acompanho desde sua fundação, em 1986 – afirma Juarez Farinha, que também faz clipping (seleção e recorte de notícias de jornais e revistas) de algumas matérias já publicadas no jornal.

Na banca do Paulinho, em Cordeiro, onde Juarez Farinha sempre compra exemplares de jornais, segundo os proprietários,

ele pede para reservar os jornais e reclama quando não encontra mais nenhum exemplar para comprar. Juarez garante que ad-quire, no mínimo, três exempla-res do JORNAL DA REGIÃO para guardar em sua coleção.

Quando alguém precisa de algum assunto, principalmente de atos oficiais das prefeituras e câmaras municipais da região, procura Juarez Farinha, que, na maior boa vontade, atende a todos. Inclusive, o JR já pro-curou no arquivo de Juarez Fa-rinha algumas edições antigas que, prontamente, foram aten-didas pelo colecionador núme-ro um do jornalismo impresso da região.

Page 35: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 35

Evolução gráfica do JORNAL DA REGIÃONo início, o JORNAL DA

REGIÃO era editado quinzenal-mente, ainda com impressão lino-tipo (de 1986 a 1990). A redação era realizada em Cantagalo e, a impressão, numa gráfica em São Gonçalo, e, mais tarde, em Con-ceição de Macabu. Em 1991, o JR passou a ser impresso em offset e a circular semanalmente. A par-tir de 2000, o jornal passou a ser impresso em policromia (capa co-lorida) e, a partir de 2001, começou a circular duas vezes por semana (periodicidade bissemanal), um fato inédito na região.

Em 1991, circulou a primei-ra edição do JORNAL DA RE-GIÃO em sistema offset. A edição nº 107 circulou no período de 2 a 8 de abril de 1991. Toda a redação do semanário era feita em Canta-

galo, na Rua Licínio José Gon-çalves, 237, no bairro Triângulo, numa pequena sala do prédio on-de hoje funciona o jornal.

Outro fato também interes-sante nessa edição foi o primeiro Caderno Especial do JORNAL DA REGIÃO. Era o centenário do município de São Sebastião do Alto, quando circulou um Cader-no Especial fazendo um balanço da administração do então prefei-to Antônio Segalote.

Em 1991, com apenas cinco anos de existência, o JORNAL DA REGIÃO já era órgão oficial do município de Cantagalo, pu-blicando os atos oficiais dos po-deres Executivo e Legislativo. Nessa época, circulava nos mu-nicípios de Cantagalo, Cordeiro, Duas Barras, Bom Jardim, Santa

Maria Madalena, Itaocara, Tra-jano de Moraes, São Sebastião do Alto e Carmo.

Ainda utilizando a tecnologia disponível na época, o jornal era produzido (redação) em Cantaga-lo, com utilização de máquinas datilográficas. A impressão era re-alizada numa gráfica em Conceição de Macabu, no Norte do estado, em processo de linotipo.

Esse sistema de impressão utilizava uma máquina que der-retia o chumbo para compor as letras que seriam impressas no papel. Para publicação de fotos, era necessária a confecção de um clichê. Um detalhe interessante: todas as letras das manchetes eram compostas uma por uma, o que dificultava o trabalho, principal-mente a revisão da edição.

JR em tópicosNos 25 anos de existência, sua primeira edição circulou no dia 3 de outubro de 1986. São 1.151 edições durante este período.

Se dividirmos o número de edições pelo número de anos que cir-culou, dá uma média de 46 edições por ano.

Nos primeiros cinco anos - de 1986 a 1991 -, o JORNAL DA REGIÃO circulava quinzenalmente. A partir de setembro de 1991, passou a circular semanalmente.

Foi bissemanal de outubro de 2001 a março de 2005. Nesse perí-odo, foram produzidas cerca de 321 edições. O JR circulava todas as quartas-feiras e aos sábados.

Considerando uma média de 10 páginas por edição, foram 11,5 mil páginas editadas em 25 anos de existência. E, com uma tiragem de cinco mil exemplares, são 5,75 milhões de exemplares impressos, com 57,5 milhões de página impressas.

A primeira coluna ‘Atos & Fatos’, da jornalista Rosângela Santos, circulou no período de 15 a 21 de setembro de 1990.

A partir de 1990, o JORNAL DA REGIÃO passou a ser órgão oficial do município de Cantagalo, graças a uma lei municipal que dava prioridade aos jornais locais. O prefeito na época era Geral-do Guimarães.

O JORNAL DA REGIÃO é o 33º veículo de comunicação cria-do no município de Cantagalo. Outros veículos já foram criados e acabaram extintos.

No início, o jornal era impresso em linotipia, em gráficas de São Gonçalo e Conceição de Macabu.

A primeira edição em sistema offset foi a de número 107, do perí-odo de 2 a 8 de abril de 1991.

O maior anunciante do JORNAL DA REGIÃO nesses 25 anos foi o Laboratório Bravet. O anúncio da Bravet saiu em mais de 500 edições.

Como já se tornou tradição nas páginas do JORNAL DA RE-GIÃO, em ano de eleição são publicados todos os resultados da região, com relação nominais de todos os candidatos e seus votos nos municípios da região.

Na era da tecnologia, o JR não poderia ficar de fora e, a partir de agora, também estará no ar na internet, através do seu site: www.jornaldaregiao.comNas bancas dos nove municípios da região, os exemplares do JORNAL DA REGIÃO são disputados toda semana

Lafayalte Salgado

Da impressão em preto e branco para a policromia em duas páginas

Page 36: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

36 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Homenagem aos que contribuíram com o JR

No início do JORNAL DA REGIÃO, o radialista Geraldo Nóbrega, já aposentado da em-presa de energia Cerj, contribuiu muito. Geraldo trabalhou na par-te de administração da empresa, mas também elaborava matérias e foi responsável por algumas co-lunas do jornal. Uma de destaque foi a coluna ‘Craque do Passado’, onde ela pesquisava e conseguia material do meio esportivo, apre-sentando os craques do passado que brilharam nos campos de fu-tebol de toda a região.

Aposentado como servidor da Justiça, onde trabalhou mais de 30 anos como escrivão, La-fayatte da Franca Salgado gosta-va mesmo era de fotografia. Co-mo colaborador do JORNAL DA REGIÃO, principalmente tiran-do fotografias, fazia questão de estar presente em eventos para fazer os registros jornalísticos. Era um batalhador e grande defensor dos interesses do JR.

Nos anos 70, também atuou em outros jornais da região, sem-pre como fotógrafo.

O escritor Afrânio Gismon-ti era funcionário do Banco do Brasil e morou nos Estados Uni-dos durante 15 anos. Ele é autor do livro ‘As Reminiscências do Carmo’, que conta as histórias e curiosidades a respeito da Cidade Bela. Também foi assessor de Comunicação da Câmara de Car-mo. Afrânio Gismonti foi corres-pondente do JORNAL DA RE-GIÃO em Carmo durante um período, inclusive com colunas no semanário nos anos 90.

Antônio Machado, o Seu Ma-chado, como era conhecido, espe-rava, pela manhã, na redação do JR para levar para Nova Friburgo o disquete onde estava todo o JOR-NAL DA REGIÃO diagramado para ser despachado, via ônibus, para a gráfica, na Tribuna de Pe-trópolis. Isso foi feito por vários anos. A maior preocupação de Seu Machado era saber se a encomen-da tinha chegado ao destino cor-reto. Graças a este trabalho, mui-tas edições foram impressas e entregues às bancas e leitores.

O advogado Roberto Fróes mudou-se para Cantagalo nos anos 90, quando militou na advocacia, presidindo a Ordem dos Advoga-dos do Brasil na cidade. Também foi coordenador da Defesa Civil do município de Cantagalo duran-te o governo de Wilder de Paula. Mas um dos seus trabalhos de grande destaque foram os artigos que publicava no JORNAL DA REGIÃO. Sempre polêmico, Fróes escrevia sobre assuntos atuais e que, quase sempre, não agradava aos políticos.

Geraldo Nóbrega: passagem pelo JR

Fotógrafo Lafayatte da Franca Salgado

Mais do que contar, registrar e participar, o JORNAL DA RE-GIÃO influencia a história da imprensa regional. Foram muitas as vezes em que o JR articulou situações que levaram à melhoria de oportunidades e de qualidade dos profissionais. Por ocasião da elaboração da Lei Orgânica Mu-nicipal (LOM), teve participação fundamental nas discussões, prin-cipalmente nas ligadas ao capí-tulo da Comunicação Social.

Na época, a Câmara Muni-cipal, responsável pela elaboração da LOM, chamou a população e representantes da sociedade civil para discussões e apresentações de opiniões que pudessem ser in-cluídas na Lei Orgânica Munici-pal. Uma delas, apresentada pelo

JR, dizia respeito à criação dos cargos de assessor de comunica-ção social na Prefeitura e na Câ-mara Municipal. Em princípio, os cargos deveriam ser preenchi-dos por jornalistas que compro-vassem formação superior.

No entanto, a proposta apre-sentada estendeu a possibilidade a profissionais que tenham militado ou que militem em algum veículo de comunicação da região por, no mínimo, cinco anos. A proposta foi aceita e passou a integrar a LOM, o que beneficiou dezenas de pro-fissionais da região. Mais tarde, os cargos foram criados com nomes diferentes: no Executivo, Assessor de Imprensa e Comunicação; no Legislativo, Relações Públicas e Comunicação.

Um jornal envolvido com a história da imprensa na região

Participação na Lei Orgânica Municipal

Roberto Fróes era advogado

Afrânio Gismonti: jornalista e escritor

Arquivo

Arquivo

Arquivo

Arquivo

Arquivo

Seu Machado: parceiro redação/gráfica

São nomes que não poderiam estar de fora dessa comemoração

Andava pelas ruas de Canta-galo com diversos talões de recibo de diversas instituições do muni-cípio. Durante um bom tempo, era Olinto Ferreira que cobrava as assinaturas do JORNAL DA RE-GIÃO. Isto aconteceu logo no início do jornal, nas décadas de 1980 e 1990.

- As pessoas assinavam o jor-nal não só porque queriam ler o informativo, mas, também, em consideração ao carinho que todos tinham com seu Olinto - conta Célio Figueiredo, editor do JR.Olinto Ferreira vendia assinaturas

Arquivo

Governador lê JORNAL DA REGIÃO em Carmo

Durante alguns anos, a pre-miação da Associação dos Pro-fissionais de Imprensa (API), que elegia os ‘Melhores do Ano’, era um dos eventos mais esperados por vários setores.

Bonitas festas os profissionais de imprensa da região realizaram durante a entrega da premiação. Uma das festas mais bonitas foi quando da premiação da API na cidade de Carmo, quando o então prefeito do município, Sérgio So-ares, foi eleito, por unanimidade, como o melhor da região.

Ainda com referência a este fato, o JORNAL DA REGIÃO registrou um fato interessante: quando da visita do então gover-nador do Estado, Marcello Alen-car à cidade, ele tomou um exem-plar do JR onde estava a manche-te que dizia que Carmo tinha o melhor prefeito, baseado na pre-miação da API. Durante seu pro-nunciamento, Marcello Alencar comentou o fato que tinha lido no JR e afirmou, em público, que concordava que Carmo tinha o melhor prefeito do interior.

O então governador do Estado, Marcello Alencar, quando visitava a cidade de Carmo, lia a manchete do JORNAL DA REGIÃO “Carmo tem o melhor prefeito” sobre a eleição da Associação dos Profissionais de Imprensa

Geraldo Carvalho

Page 37: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 37

Em 1996, encontro, em Cantagalo, reúne seis prefeitos da região

Novembro de 1996. O JOR-NAL DA REGIÃO tinha apenas 10 anos de existência, mas realizou um evento no Cantagalo Turismo Hotel, onde reuniu seis prefeitos que acabavam de ser eleitos em seus respectivos municípios.

Na época, o JORNAL DA REGIÃO circulava em oito mu-nicípios da região. Nesse encontro, em Cantagalo, participaram os então prefeitos eleitos Celso Jardim (Bom Jardim), Jorge Henrique

Fernandes (Duas Barras), Wilder de Paula (Cantagalo), Leonardo Vieitas (Cordeiro), Eduardo Galil (Trajano de Moraes) e Odir Ri-beiro (Carmo). Apenas os prefei-tos de Macuco, Maurício Bitten-court, e de São Sebastião do Alto, Antônio Segalote, não compare-ceram ao evento.

Segundo o editor, jornalista Célio Figueiredo, o jornal não passava por uma fase muito boa, pois alguns prefeitos que estavam

deixando o mandato tinham pa-gamentos atrasados e outros não chegaram a quitar as publicações dos atos oficiais realizadas no jornal.

- O encontro foi a oportuni-dade que tivermos de apresentar aos novos prefeitos eleitos a pro-posta que sempre teve o JORNAL DA REGIÃO, que é fazer um jornalismo sério e divulgar nossa região - explicou Figueiredo.

Convidado pela direção da

Cantagalo, Cordeiro, Trajano de Moraes, Duas Barras, Carmo e Bom Jardim foram representandos no evento

Arquivo

jornal, o então consultor da As-sociação Brasileira de Jornais do Interior (Abrajori), José Carlos Alves Ribeiro, realizou uma pa-lestra para os prefeitos e outras autoridades sobre a importância da imprensa do interior.

O interessante é que duran-te a palestra um verdadeiro de-bate foi travado entre José Carlos Alves Ribeiro e o então prefeito eleito de Trajano de Moraes, Eduardo Galil. O jornalista Cé-lio Figueiredo teve, inclusive, que intervir, pois o assunto já estava se direcionando para outros ca-minhos da esfera federal, e que não era o objetivo principal do encontro.

O advogado, engenheiro e jornalista José Carlos Alves Ribei-ro, em conversa durante o período que ficou em Cantagalo - ele havia chegado de Brasília no dia anterior -, fez questão de conhecer a região. Conversando com Célio Figueire-do, perguntou se ele era “empre-sário ou jornalista”.

Segundo Célio Figueiredo,

José Carlos Ribeiro, já falecido, deixou um ensinamento que, até hoje, passados mais de 14 anos, o jornalista não se esquece: “jor-nalista é idealista, e normalmen-te não ganha dinheiro. Mas o empresário monta um negócio para ganhar dinheiro, gerar em-pregos e renda”.

Durante esse encontro, outro fato marcante foi quando o fotó-grafo e jornalista Reinaldo Rocha, mais um representante do muni-cípio de Duas Barras presente ao evento, falou, em nome dos bibar-renses, enaltecendo o papel do JORNAL DA REGIÃO, e que a Câmara Municipal de Duas Bar-ras declararia o jornal como de utilidade pública do município.

O anúncio veio se confirmar e, em 1997, em razão de lei apro-vada na Câmara Municipal, o JORNAL DA REGIÃO passou a publicar os atos oficiais dos po-deres Executivo e Legislativo. O prefeito de Duas Barras era o em-presário Jorge Henrique de Araú-jo Fernandes.

Page 38: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

38 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Por três anos, o ‘Melhor Veículo de Comunicação da Região’

Premiação foi concedida por voto dos profissionais de comunicação

O JORNAL DA REGIÃO conquistou, por três vezes, o prêmio de Melhor Veículo de Comunica-ção da Região. Esse prêmio foi criado pela Associação dos Profis-sionais de Imprensa da Região Centro-Norte Fluminense (API), que, durante muitos anos, teve ati-va atuação na região, premiando

diversos setores da sociedade.Na premiação de 1994, além

do prêmio de Melhor Veículo de Comunicação, diversos profis-sionais que, na época, trabalha-vam no JORNAL DA REGIÃO também foram premiados. O médico aposentado Erly Bon Cosendey ganhou o prêmio de

melhor articulista com os artigos publicados no JR.

A jornalista e titular da co-luna ‘Atos & Fatos’, Rosângela Santos, ganhou o prêmio de me-lhor colunista. O então jornalis-ta Elvis Lima Costa ganhou o prêmio de melhor repórter esco-lhido pela API.

Prêmios foram conquistados nos anos de 1993, 1996 e 1997. Profissionais de rádio, jornais e televisão que atuavam na região eram quem escolhiam os melhores da região

Na edição nº 79, que cobria a semana de 15 a 21 de setembro do ano de 1990, era publicada, pela primeira vez, a coluna ‘Atos & Fatos’, assinada pela jornalista Rosângela Santos, somando, por-tanto, mais de 1.070 edições da coluna. No entanto, o destaque do espaço social mais concorrido da região, o quadro ‘Gente de Expressão’, viria a surgir apenas na edição nº 411, de 26 de setem-bro a 2 de outubro de 1998.

Por um período, de 1997 a 1998, o jornalista Elvis Costa, ho-je gerente do banco Itaú de Cor-deiro, assinava a coluna. Ao fim desse período, a jornalista Rosân-gela Santos retornava ao cargo de colunista da ‘Atos & Fatos’ da

Na coluna ‘Atos & Fatos’, da jornalista Rosângela Santos, mais de 740 pessoas já foram Gente de Expressão

região com a primeira-dama de São Sebastião do Alto, a então secretária municipal de Promoção Social e esposa do então prefeito Antônio Segalote, Édila Gabri Pontes, como a primeira home-nageada do quadro ‘Gente de Expressão’. De lá para cá, foram mais de 740 pessoas homenagea-das com o título maior do JORNAL DA REGIÃO.

Outras colunas do jornal, como o Informe JR, Coluna do Vereador, Empregos & Concur-sos, Coluna do Vereador, bem como os articulistas Erly Bon Co-sendey, Joel Naegele e Plínio Araújo têm tido, durante esses anos, registros importantes da história regional.

A jornalista Rosângela Santos entrevistando um dos maiores empresários brasileiros, Antônio Ermírio de Moraes, presidente do Grupo Votorantim

Divulgação

Arquivo

Divulgação

Alunos conhecem antiga redação do JR

Os pequeninos do Colégio Euclides da Cunha visitaram a redação do JORNAL DA REGIÃO quando ainda funcionava nas antigas instalações no bairro Triângulo

O Colégio Euclides da Cunha, de Cantagalo, que também foi fundado em 1986, sempre teve uma parceria com o jornal. Foram mar-cadas várias visitas dos alunos à redação do JR, desde que ainda funcionava nas antigas instalações, também no bairro Triângulo. A intenção era mostrar o funciona-mento de um jornal, como forma de cultura geral dos alunos.

Em 2001, os estudantes tam-bém visitaram a redação do jornal para anunciar um projeto que, es-te ano, está completando uma dé-cada: o Projeto Cambucás, de edu-cação ambiental e responsabilida-de social. O objetivo é formar jovens com pensamento crítico, ético e capacidade de propagar conheci-mento e ações referentes à Reserva dos Cambucás, criada por lei mu-nicipal e situada na Bacia dos Cam-bucás, no alto da Serra da Batalha, no município de Cantagalo.

Page 39: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS |OUTUBRO DE 2011 | 39

Em maio de 2005, a então deputada estadual Georgete Vidor apresentou, na Assembleia Legis-lativa do Estado do Rio de Janei-ro (Alerj), Moção de Louvor, Congratulações e Aplausos ao jornalista Célio Figueiredo, editor do JORNAL DA REGIÃO.

Na moção, a deputada fez questão de traçar toda a história do JR. Diz a parlamentar: “o jor-nalista Célio Figueiredo, desde jovem, dedicou-se à comunicação e sua trajetória, sempre de forma incansável, foi construída com muito sacrifício, sem medir es-forços para superar os seus limi-tes, marcas e ideais. Em meados de 1986, quando ele ainda traba-lhava na indústria cimenteira Vo-torantim, na fábrica localizada em Euclidelândia, distrito de Can-tagalo, sonhava em abandonar este bom emprego que tinha (téc-nico de segurança do trabalho), para montar um jornal e trabalhar numa rádio da cidade.

No início, a prioridade foi o

A deputada Georgete Vidor fez questão de trazer, pessoalmente, moção da Alerj

Estas pessoas fizeram o JORNAL DA REGIÃO

Durante esses 25 anos do JORNAL DA REGIÃO, muita gente já trabalharam em sua ela-boração. A seguir, uma relação de todos os que, de uma forma ou de outra, contribuíram/contribuem para existência deste semanário durante este período:

Marcos Alves (entregador de jornais e secretário); Dilma Paula (secretária); Geraldo Nóbrega (re-pórter/redator/secretário) - in me-morian; Délson Queiroz (repórter/colunista); Jorge Henrique (entre-gador de jornais); Alex Bastos (entregador de jornais/diagrama-dor); Arthur Consídera (caricatu-rista/chargista); Reinaldo Rocha (fotógrafo/repórter/colunista); Gilmar Marques (repórter/reda-tor/revisor); Geraldo Carvalho (fotógrafo/repórter/entregador de jornais); Luís Carlos Machado (motorista/distribuidor de jor-nais); Antônio Machado (carre-gador de encomenda - in memorian; Marlon Alves (entregador de jor-

nais/serviços gerais); Maria do Couto (secretária/faturamento); Olinto Ferreira (cobrador de assi-natura) - in memorian; Célio Fi-gueiredo (editor/redator/fatura-mento); Lafayette Salgado (fotó-grafo) - in memorian; Eduardo Ribeiro - entregador de jornais (São Sebastião do Alto); Igor Bonan- entregador de jornais (Cordeiro); Isanete Figueiredo (comercial e administrativo); Evanir Pinto - fo-tógrafo; Tadeu Santinho (repórter/correspondente); Ana Cláudia - correspondente (Carmo); Rosân-gela Santos (comercial/colunis-ta/repórter); Silvina Pinto - cor-respondente - São Sebastião do Alto; Ronaldo Salgado (repórter); Elvis Lima Costa Mutti (repórter/colunista); Mariana Barros - re-pórter e correspondente (Nova Friburgo); Lucas Figueiredo (re-visão/financeiro); Ricardo Rosinha (entregador de jornais); David Fi-gueiredo (revisão); e Thiago Va-lente (diagramador/repórter);.

Divulgação

programa de rádio, na Rádio Mu-sical AM, onde trabalhou por um bom tempo. Mas, depois, teve que fazer uma opção entre o jornal e a rádio, e preferiu o jornal, dedi-cando-se totalmente.

Durante este tempo de exis-tência, vários obstáculos foram vencidos e muitas vitórias con-quistadas. O JORNAL DA RE-GIÃO recebeu vários prêmios como o melhor veículo de comu-nicação da região, indicado pela

Associação dos Profissionais de Imprensa, e também várias mo-ções de câmaras municipais, pe-lo trabalho jornalístico.

Um grande trabalho de uti-lidade pública, que leva conheci-mento à maioria da população da região. Desta forma, cumpre-nos, com esta moção, parabenizar, enaltecer e prestar o reconheci-mento público e oficial do esfor-ço desse profissional que abdicou de tudo por um ideal.”

Deputados estaduais reconhecem o JR

Page 40: JORNAL DA REGIÃO 25 ANOS

40 | JORNAL DA REGIÃO, 25 ANOS | OUTUBRO DE 2011

Jornal da Região é o33º jornal editado em Cantagalo

Exatamente há 173 anos, no dia 12 de março de 1838, circulava o pri-meiro jornal editado em Cantagalo. A informação pode ser encontrada no livro de Acácio Ferreira Dias - ‘Terra de Cantagalo’ -, no primeiro volume. O primeiro jornal foi editado por Cris-tóvão Vieira de Freitas.

Cristóvão Vieira de Freitas era professor público de meninos (deno-minação da época) e imprimia o pri-meiro jornal de Cantagalo em uma tipografia adquirida de Manuel José de Azevedo, que fundou a tipografia, ainda em 1838. A tipografia e sede do jornal ‘Correio Cantagalense’ localiza-va-se na Praça Júlio Santos (atrás da Igreja Matriz). Vieira pleiteou ser con-siderado órgão oficial da municipali-dade na época, já que os atos oficiais eram publicados por jornais de Niterói. No entanto, o ‘Correio Cantagalense’ teve vida efêmera.

A partir desse marco que foi o jor-nal ‘Correio Cantagalense’, vários ou-tros veículos impressos foram editados na cidade nesses 170 anos. Somente no ano de 1940, três jornais foram fun-dados em Cantagalo. Mas a onda de jornais seria retomada apenas no final do império. Entre o anos de 1865 e 1896, surgiram, pelo menos, oito jornais impressos em Cantagalo.

A imprensa escrita em Cantagalo teve a participação importante do jor-nalista Antônio Ferreira de Carvalho, que durante muitos anos dirigiu os jor-nais ‘Cantagallo Novo’ e ‘Novo Can-tagalo’ – dos quais foi também o fun-dador –, juntamente com seu filho, o jornalista e sociólogo Sebastião Antô-nio Bastos Carvalho.

A primeira fase do jornal ‘Canta-gallo Novo’ ocorreu do dia 8 de no-vembro de 1936 até o dia 16 de agosto de 1953; a segunda fase surgiu em 16 de agosto de 1953 e durou até 8 de de-zembro de 1994, com o nome de ‘No-vo Cantagalo’, dirigidos pelo pai, An-tônio Ferreira de Carvalho, e seu filho, Sebastião Ferreira Carvalho. Já em 8 de dezembro de 1994, Sebastião An-tônio Bastos Carvalho reinicia a tercei-ra fase do jornal ‘Cantagallo Novo’, editando, através da internet, não exis-tindo mais a versão impressa.

No ano de 1965, com a interrupção

Levantamento mostra que Cantagalo sempre foi ávido por produzir notícia, contar a sua história

da circulação do ‘Novo Cantagalo’, a cidade fica sem jornal por um longo período. Mas alguns veículos editados em outras cidades do estado deram co-bertura aos fatos do município e à pu-blicação dos atos oficiais da adminis-tração pública local.

Nesta situação podemos citar o jor-nal ‘Notícias Fluminenses’, de Ozias Stutz, que, de 1965 a 1979, foi editado em Ni-terói, mas circulava em várias cidades do interior, principalmente Cantagalo. O jornal ‘Região do Calcário’, editado pelo jornalista e ex-prefeito de Cantagalo An-tônio Carlos Gonçalves, o Tontal, com a colaboração de Lafayatte Salgado, também era editado em Niterói, mas possuía re-dação em Cantagalo.

O jornalista Dalwan Lima editou o jornal ‘O Cantagalense’ durante os anos 70, mas era sediado em São Gon-çalo, na Gráfica Garoto, e dava cober-tura à cidade. Já o ‘Jornal de Nossa Cidade’ era também editado em Nite-rói, mas dirigido em Cantagalo pelo médico e ex-vereador João Nicolau Guzzo. Esse jornal foi órgão oficial da Prefeitura de Cantagalo nos anos de 1985 e 1986.

O jornal ‘O Centro-Norte’, edita-do na cidade de Cordeiro, durante um tempo, além de circular em Cantagalo, também publicou os atos oficiais da Prefeitura. A partir de 2004, passou a circular na região, o jornal ‘O Bandei-rante’, com sede no município de Car-mo, que publica, hoje, os atos oficiais da Prefeitura de Cantagalo.

Outros veículos de comunicação de pequeno porte também foram edi-tados na cidade, inclusive alguns com nomes estranhos, principalmente aque-les nos períodos mais antigos. São eles: ‘O Democrático’, ‘Vila Láctea’, ‘O Mês’ (revista), ‘O Papagaio’, ‘O Gato’, ‘O Rato’, ‘O Beijo’, ‘A Mão Negra’, ‘O Bandolim’, ‘O Diabo’, ‘A Marreta’, e ‘A Borboleta’.

De qualquer forma, a história mos-tra Cantagalo como uma cidade ávida por informação, por produzir notícia, por contar sua história. E essa veia jor-nalística persiste até o dias de hoje, es-palhando-se por toda a região e abrindo, cada vez mais, o seu leque, destacando-se o exemplo do JORNAL DA RE-GIÃO, hoje com seus 25 anos.