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Jornal da República Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008 Página 2220 Série I, N.° 17 Página 2220 SUMÁRIO PARLAMENTO NACIONAL : Resolução do Parlamento Nacional N. o 5/2008 de 7 de Maio Aprova o Acordo de Cooperação Técnica entre Governo da República de Timor-Leste o Governo da República Federal da Alemanha .......2220 Resolução do Parlamento Nacional N. o 6/2008 de 7 de Maio Ratifica, para Adesão, o Protocolo de Quioto à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas .............................2223 GOVERNO: DECRETO-LEI N.º 13 /2008 de 7 de Maio Orgânica da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto......2236 DECRETO-LEI N.° 14/2008. de 7 de Maio Regime da Avaliação do Desempenho dos Trabalhadores da Adminis- tração Pública ............................................................................ 2241 MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL E O.T GRÁFICA NACIONAL : Rectificação ................................................................................ 2253 Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008 $ 2.25 Série I, N.° 17 PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO NACIONAL N. o 5/2008 de 7 de Maio APROVA O ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE E O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERALDA ALEMANHA O Parlamento Nacional resolve, nos termos da alinea f) do n. o 3 do artigo 95. o da Constituição da República Democrática de Timor-Leste, aprovar o Acordo de Cooperação Técnica entre o Governo da República Democrática de Timor-Leste e o Go- verno da República Federal da Alemanha, assinado em Díli em 5 de Fevereiro de 2005, cujo textos nas versões nas línguas in- glesa e portuguesa seguem em anexo como parte integrante da presente resolução. Aprovada em 11 de Março de 2008. O Presidente do Parlamento Nacional em substituição, Vicente da Silva Guterres Publique-se 19-03-2008 O Presidente da República Interino, Fernando La Sama de Araújo Acordo Entre O Governo da República Democratica de Timor-Leste e o Governo da República Federal da Alemanha sobre Cooperação Técnica O Governo da República Democrática de Timor-leste e O Governo da República Federal da Alemanha Baseando-se nas relações amistosas existents entre ambos os Estados e os seus povos, Considerando os seus intereses comuns em relação à promoção do progresso económico e social dos seus Estados e Povos,e no desejo de estreitar essas relações através de uma Cooperação Técnica como parceiros, acordam no seguinte: Artigo 1 (1) As Partes Contratantes cooperaçào para promover o desen- volvimento económico e social dos seus respectivos Povos. (2) O presente Acordo descreve as condições gerais para a Coperação Técnica entre as Partes Contratantes.As Partes Contratantes poderão concluir acordos complementares sobre projectos específicos de Cooperação Técnica (designados doravante por “acordos especiais”), conservando cada parte Contratante a sua responsabili- dade nos projectos de Cooperação Técnica dentro do seu país. Nos acordos especiais sera definida a concepção co- mum do projecto, compreendado, nomeadamente, o seu objective, as contribuições das Partes Contratantes, tarefas e a posição dos participantes dentro do esquema organi- zacional e o calendário da sua execução. Artigo 2 (1) Os acordos especiais poderão prever que a Cooperaçào por parte do Governo da República Federal da Alemanha

Jornal da República Série I , N.° 17...Jornal da República Página 2222 Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008 Série I, N. 17 do presente Acordo, consoante o seu nível de especializa-çào;

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Jornal da República

Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Página 2220 Série I, N.° 17Página 2220

SUMÁRIOPARLAMENTO NACIONAL :Resolução do Parlamento Nacional N.o 5/2008 de 7 de MaioAprova o Acordo de Cooperação Técnica entre Governo da Repúblicade Timor-Leste o Governo da República Federal da Alemanha .......2220

Resolução do Parlamento Nacional N.o 6/2008 de 7 de MaioRatifica, para Adesão, o Protocolo de Quioto à Convenção-Quadrodas Nações Unidas sobre Alterações Climáticas .............................2223

GOVERNO:DECRETO-LEI N.º 13 /2008 de 7 de MaioOrgânica da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto......2236DECRETO-LEI N.° 14/2008. de 7 de MaioRegime da Avaliação do Desempenho dos Trabalhadores da Adminis-tração Pública ............................................................................ 2241

MINIST ÉRIO DA ADMINISTRA ÇÃO ESTATAL E O.TGRÁFICA NACIONAL :Rectificação ................................................................................ 2253

Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008

$ 2.25

Série I, N.° 17

PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE

RESOLUÇÃO DO PARLAMENT O NACIONAL N.o 5/2008

de 7 de Maio

APROVA O ACORDO DE COOPERAÇÃO TÉCNICAENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA

DE TIMOR-LESTE E O GOVERNO DA REPÚBLICAFEDERAL DA ALEMANHA

O Parlamento Nacional resolve, nos termos da alinea f) do n.o 3do artigo 95.o da Constituição da República Democrática deTimor-Leste, aprovar o Acordo de Cooperação Técnica entreo Governo da República Democrática de Timor-Leste e o Go-verno da República Federal da Alemanha, assinado em Díli em5 de Fevereiro de 2005, cujo textos nas versões nas línguas in-glesa e portuguesa seguem em anexo como parte integrante dapresente resolução.

Aprovada em 11 de Março de 2008.

O Presidente do Parlamento Nacional em substituição,

Vicente da Silva Guterres

Publique-se 19-03-2008

O Presidente da República Interino,

Fernando La Sama de Araújo

Acordo

Entre

O Governo da República Democratica de Timor-Lestee

o Governo da República Federal da Alemanha

sobre

Cooperação Técnica

O Governo da República Democrática de Timor-lestee

O Governo da República Federal da Alemanha

Baseando-se nas relações amistosas existents entre ambos osEstados e os seus povos,

Considerando os seus intereses comuns em relação à promoçãodo progresso económico e social dos seus Estados e Povos,e

no desejo de estreitar essas relações através de umaCooperação Técnica como parceiros,

acordam no seguinte:

Ar tigo 1

(1) As Partes Contratantes cooperaçào para promover o desen-volvimento económico e social dos seus respectivos Povos.

(2) O presente Acordo descreve as condições gerais para aCoperação Técnica entre as Partes Contratantes.As PartesContratantes poderão concluir acordos complementaressobre projectos específicos de Cooperação Técnica(designados doravante por “acordos especiais”),conservando cada parte Contratante a sua responsabili-dade nos projectos de Cooperação Técnica dentro do seupaís. Nos acordos especiais sera definida a concepção co-mum do projecto, compreendado, nomeadamente, o seuobjective, as contribuições das Partes Contratantes, tarefase a posição dos participantes dentro do esquema organi-zacional e o calendário da sua execução.

Artigo 2

(1) Os acordos especiais poderão prever que a Cooperaçàopor parte do Governo da República Federal da Alemanha

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Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Série I, N.° 17 Página 2221

recaia nos seguintes sectores :

1. centros de formação, de assessoria , de pesquisas eoutro estabelecimentos na República Democrática deTimor-leste;

2. a elaboração de planos, estudos e pareceres;

3. outras areas de Cooperação em que as PartesContratantes acordarem.

(2) A Cooperação poderá realizar-se :

1. através do envoi de técnicos como instrutores ,consulares, peritos, especialistas, pessoal científico etécnico, assis-tentes de projecto e pessoal auxiliar; todoo pessoal envia-do por incumbência do Governo daRepública Federal da Alemanha sera designadodoravante por “técnicos enviados”,

2. através do fornecimento de material e equipamentos(dora-vante designados por “material”);

3. através da formação e do aperfeiçoamento de técnicos,qua-dros dirigentes e cientistas da República Democra-tica de Timor –Leste na República Federal da Alemanhaou em outros países;

4. de outra maneira adequada.

(3) O Governo da República Federal da Alemanha custeará asdespesas das sequintes contribuições para os projectospore ele promovidos, salvo quando disposto diversamentenos acordos especiais :

1. remuneração dos técnicos enviados;

2. alojamento dos técnicos enviados e dos membros dassuas respectivas famílias, desde que as despesas nãocorram por conta dos técnicos enviados;

3. viagens de service dos técnicos enviados dentro e fora da República Democrática de timor-leste;

4. aquisição do material no número 2 do parágrafo 2 dopresente artigo;

5. transporte e seguro do material mencionado no número2 do parágrafo 2 do presente artigo até ao localdosprojectos; constituem excepção os encargos e as taxasde armazenagem referidos no parágrafo 2 do artigo 3;

6. formação e aperfeiçoamente de técnicos, quadrosdirigentes e cientistas da Repüblica Democrática detimor-Leste de acordo com as respectivas normasalemás vigentes.

(4) O material fornecido para os projectos, por incumbência doGoverno da República Federal da Alemanha, passará,quando da sua chegada á República Democrática de Timor-Leste, a construer património da República Democrática

de Timor-Leste,salvo quando previsto diversamente nosacordos especiais; este material estará à inteira disposiçàodos projectos promovidos e dos técnicos enviados para oexercício das suas funções.

(5) O Governo da República Federal da Alemanha informará oGoverno da República Democrática de Timor-Leste sobreas entidades, os organismos ou órgãos pore le encarregadosda execução das medidas de apoio para cada projecto.Asentidades, os organismos ou órgãos encarregados serãodesignados doravante por “órgão executor”.

Artigo 3

O Governo da República Democrática de Timor-leste prestaráas sequintes contribuições aos projectos:

(1) Facultará,a expensas suas, para os projectos na RepúblicaDemocrática de Timor-leste os terenos e edifícios neces-sarios, incluindo as instalações, desde que estas não sejamfornecidas pelo Governo da República Federal da Alema-nha,à sua custa;

(2) isentará o material fornecido para os projectos, por incum-bência do Governo da República Federal da Alemanha,delicenças, taxas, portuárias,direitos de importção e expor-taçào e dos demais gravames fiscais,bem como de taxas dearmazenagem, e providenciará o imediato desembaraçoalfandegário do material.A requerimento do órgão execu-tor, as isençòes acima referidas aplicar-se-ão também aomaterial adquirido na República Democrática de Timor-Leste;

(3) custeará as despensas de funcionamento e manutençãodos projectos;

(4) facultará,a suas expensas,os técnicos e auxiliaries da Repú-blica Democrática de Timor-Leste,necessaries em cada caso,devendo estabelecer-se para tanto um calendário nos acor-dos especiais;

(5) tomará providências para que técnicos da RepúblicaDemocrática de Timor-Leste deem seguimento,o mais cedopossível,às tarefas dos técnicos enviados; se,dentro dopresente Acordo,esses técnicos realizarem um estágio deformacão ou aperfeiçoamento na República Democraticade Timor-Leste, na República Federal da Alemanha ou emoutros países,o Governo da República Democratica deTimor-Leste designará, com a devida antecedência e aparticipação da missào diplomática ou consular alemá oudos técnicos por esta indicados,candidates em númerosuficiente para tal estágio;designará apenas candidates queperante ele se tenham comprometido a trabalhar no res-pectivo projecto,após o estágio de formação ou aperfeiçoa-mento, pelo prazo mínimo de cinco anos; cuidará da remu-neraçào adequada desses técnicos da RepúblicaDemocrática de Timor-leste;

(6) reconhecerá a equivalência dos exames prestados por cida-dãos da República Democratica de Timor-leste que realiza-ram estágios de formaçào ou aperfeiçoamente no quadro

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Jornal da República

Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Página 2222 Série I, N.° 17

do presente Acordo, consoante o seu nível de especializa-çào; oferecerá a essas pessoas empregos e possibilidadesde promoção ou carreiras condizentes à sua formação;

(7) prestará aos técnicos enviados todo o apoio durante aexecução das tarefas que lhes foram confiadas e colocar-lhes-á à disposiçào todos os documentos necessaries;

(8) assegurará que as contribuções necessaries à execuçãodos projectos sejam prestadas,desde que o Governo daRepública Federal da Alemanha não se tenha incumbidodelas nos termos dos acordos especiais;

(9) tomará providências para que todos os orgãos da RepúblicaDemocrática de Timor-leste ligados à execução do presenteAcordo e dos acordos especiais,sejam informados ampla-mente e com a devida antecedência sobre o seu conteúdo.

Artigo 4

(1) O Governo da República Federal da Alemanha tomará asmedidas necessarias para que os técnicos enviados secomprometam a :

1 . contribuir, o quanto possível, no âmbito dos contratosde trabalho pore le celebrados para que sejam alcan-çados os objectivos fixados no artigo 55 da Carta dasNações Unidas;

2. não intervir nos assuntos internos da República De-mocrática de Timor-Leste;

3. observar as leis da República Democrática de Timor-leste e respeitar os usos e costumes do país;

4. não exercer outra actividade económica, senão aquelaque lhes foi incumbida;

5. colobrar num espírito de plena confiança com asautoridades da República Democrática de Timor-Leste;

6. Contribuir, o quanto possível, no âmbito dos contratosde trabalho por eles celebrados, para a consecução dosobjectivos fixados no presente Acordo e nos acordos enos acordos especiais.

(2) O Governo da República Federal da Alemanha providenciarápara que,antes do envoi de um técnico,seja obtida a apro-vação do Governo da República Democrática de Timor-Leste.O órgão executor solicitará ao Governo da RepúblicaDemocrática de Timor-leste,mediante encaminhamento docurriculum vitae,a aprovação do envio do técnico pore leescolhido.Se dentro de dois meses não se receber umacominação negative por parte do Governo da RepúblicaDemocrática de Timor-Leste,isto sera considerado comoaprovação.

(3) Caso do Governo da República Democrática de Timor-lestedeseje a retirada de um técnico enviado, entrará, com a

devida antecedência, em contacto com o Governo daRepública Federal da Alemanha,expondo os motivos doseu desejo. Da mesma maneira,o Governo da RepúblicaFederal da Alemanha tomará providências,caso um técnicovenha a ser retirado pela parte alemã,para que o Governoda República Democrática de Timor-leste seja informado aesse respeito com a possível brevidade.

Artigo 5

(1) O Governo da República Democrática de Timor-leste cuidaráda protecção da pessoa e da propriedade dos técnicos en-viados e dos membros das respectivas comunidades fami-liars.Isto inclui,em especial, o seguinte:

1. Assinaturá, em lugar técnicos enviados,a responsa-bildade por danos que estes causarem durante aexecução duma tarefá que lhes tenha sido atribuída emconformidade com o presente Acordo; uma reivin-dicação de indemnização, seja qual for a sua base legal,só poderá ser intentada pela República Democrática deTimor-leste contra os técnicos enviados em caso dedanos causados intencionalmente ou por negligênciagrave;

2. isentará as pessoas referidas no periodo 1 do presentearti-go de qualquer detenção ou prisão no tocante aacções ou emissões,inclusive manifestações suasverbais ou escri-tas,que estejam relacionadas com odesempenho duma tarefá que lhes tenha sido atribuídaem conformidade com o presente Acordo;

3. concederá às pessoas referidas no periodo 1 do presenteartigo, a qualquer momento,livre entrada e saída doPaís;

4. emitirá a favor das pessoas referidas no periodo 1 dopresente artigo um documento de identidade, do qualcostará a protecção especial e o apoio que lhes sãoconcedidos pelo Governo da República Democráticade Timor- Leste.

(2) O Governo da República Democrática de Timor-Leste

1. não cobrará impostos nem demais direitos fiscais sobreas remunerações pagas com recursos do Governo daRepública Federal da Alemanha a técnicos enviadospor contribuções prstadas no âmbito do presenteAcordo; o mesmo valerá para remunerações pagas afirmas estrabgeiras que, por incumbência do Governoda República Federal da Alemanha, executem exclusiva-mente medidas de apoio no âmbito do presente Acordo;

2. permitirá às pessoas referidas no periodo 1 do parágrafo1 do presente artigo pelo tempo que durar a suapermanência no país, a importação livres de taxas ecauções dos objectos destinados ao seu uso pessoal;estes também incluem:

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Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Série I, N.° 17 Página 2223

a) por cada comunidade familiar,um veículo automóvel, um frigorífico, um congelador; uma máquina delavar roupa,um fogão,um aparelho de radio,umtelevisor,uma gira-discos, um magnetofone, elec-trodomésticos,

b) bem como, por pessoa,um condicionador de ar, umcalorífero, um ventilador,um equipamento defotografia e filmagem;

c) também é permitida a importação e exportação livresde taxas e cauçòes de substitutes para os objectosimpor-tados que se tornaram inutilizáveis ou seperderam;

3. permitirá às pessoas referidas no periodo 1 do parágrafo1 do presente artigo a importação de medicamentos,géneros alimentares,bebidas e outros artigos de con-sume, de acordo com as suas necessidades pessoais;

4. concederá às pessoas referidas no periodo 1 do paragráfo1 do pesente artigo os necessaries vistos,autorizaçõesde trabalho e de permanência,livres de taxas e cauções.

(3) Os objectos mencionados no número 2 do parágrafo 2 dopesente artigo ficarão sujeitos ao pagamento de impostose direitos de importação,caso sejam vendidos ou trans-mitidos subsequentemente dentro da República Democrá-tica de Timor-Leste a indivíduos ou organizações que nãobeneficiem da isenção de tais direitos ou privilégiossimilares.

Artigo 6

O presente Acordo aplicar-se-á também aos projectos deCooperação Técnica entre Partes Contratantes já iniciados nomomento da sua entrada em vigor.

Artigo 7

(1) O presente Acordo entrará em vigor na data em que ambasas Partes Contratantes se notificarem mutuamente que estãopreenchidos os necessarios requisitos legais internos para

a sua vigência.será determinante a data do recebimento da

última notificação.

(2) O presente Acordo sera válido por um período de cinco

anos, prorrogando-se depois automaticamente por perío-dos sucessivos de um ano, a não ser que uma das Partes

Contratantes venha a denunciá-lo, por escrito, três meses

antes do termo do respective prazo de vigência.

(3) Após expiração do presente Acordo, as suas disposições

permanecerão em vigor para os projectos da CooperaçãoTécnica iniciados.

RESOLUÇÃO DO PARLAMENT O NACIONAL

N.o 6/2008

de 7 de Maio

RATIFICA, PARA ADESÃO, O PROTOCOLO DE

QUIOTO À CONVENÇÃO-QUADRO DAS NAÇÕES

UNIDAS SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

O Parlamento Nacional resolve, nos termos da alinea f) do n.o 3

do artigo 95.o da Constituição da República Democrática de

Timor-Leste, ratificar, para adesão, o Procolo de Quioto à

Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações

Climáticas, assinado em Quioto a 11 de Dezembro de 2007,

cujo texto nas versões nas línguas inglesa e portuguesa segue

em anexo como parte integrante da presente resolução.

Aprovada em 10 de Março de 2008.

O Presidente do Parlamento Nacional em substituição,

Vicente da Silva Guterres

Publique-se 19-03-2008

O Presidente da República Interino,

Fernando La Sama de Araújo

Feito em Dili , aos 5 de Fevereiro de 2005

em dois originais, cada um nos idiomas português, alemão einglês fazeando cada texto fé. Em caso de interpretação

divergente do texto português e do texto alemão prevalecerá o

texto inglês .

Pelo Governo da República Pelo Governo da República

Democrática de Timor-leste Federal da Alemanha

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Jornal da República

Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Página 2224 Série I, N.° 17

Protocolo de Quioto

À Convenção Quadro das Nações Unidas sobre AlteraçõesClimáticas

As Partes do presente Protocolo:

Sendo Partes da Convenção Quadro das Nações Unidasrelativa às alterações climáticas, a seguir designada como «aConvenção»;

Na prossecução do objectivo fundamental da Convenção,conforme estabelecido no seu artigo 2.º;

Recordando as disposições da Convenção;Guiadas pelo artigo 3.º da Convenção;

Em conformidade com o Mandato de Berlim, adoptado peladecisão 1/CP.1 da 1.ª sessão da Conferência das Partes daConvenção;

acordaram o seguinte:

Artigo 1.º

Para efeitos do presente Protocolo, aplicar-se-ão as definiçõescontidas no artigo 1.º da Convenção, às quais acrescem asseguintes:

1) «Conferência das Partes» significa a Conferência das Partesda Convenção;

2) «Convenção» significa a Convenção Quadro das NaçõesUnidas relativa às alterações climáticas, adoptada em 9 deMaio de 1992 em Nova Iorque;

3) «Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas»significa o Painel Intergovernamental sobre as AlteraçõesClimáticas criado em 1988, conjuntamente, pela OrganizaçãoMeteorológica Internacional e pelo Programa das NaçõesUnidas para o Ambiente;

4) «Protocolo de Montreal» significa o Protocolo de Montrealsobre as Substâncias que Empobrecem a Camada de Ozono,adoptado em 16 de Setembro de 1987 em Montreal, assimcomo os ajustamentos e emendas subsequentes;

5) «Partes presentes e votantes» significa as Partes presentese que votem afirmativa ou negativamente;

6) «Parte» significa, salvo indicação em contrário, uma Partedo presente Protocolo;

7) «Parte incluída no anexo I» significa uma Parte incluída noanexo I da Convenção, assim como nas possíveis emendas,ou uma Parte que tenha feito uma notificação nos termosdo n.º 2, alínea g), do artigo 4.º da Convenção.

Artigo 2.º

1 - Cada Parte incluída no anexo I, ao procurar atingir os seuscompromissos quantificados de limitação e redução dasemissões nos termos do artigo 3.º, a fim de promover o

desenvolvimento sustentável, compromete-se a:

a) Implementar e ou desenvolver políticas e medidas deacordo com as suas especificidades nacionais, taiscomo:

i) Melhorar a eficiência energética em sectores rele-vantes da economia nacional;

ii) Proteger e melhorar os sumidouros e reservatóriosde gases com efeito de estufa não controlados peloProtocolo de Montreal, tomando em consideraçãoos compromissos assumidos ao abrigo de acordosinternacionais de ambiente relevantes, bem comopromover práticas sustentáveis de gestão dafloresta, de florestação e de reflorestação;

iii) Promover formas sustentáveis de agricultura à luzde considerações sobre as alterações climáticas;

iv) Investigar, promover, desenvolver e aumentar a utili-zação de formas de energia novas e renováveis, detecnologias de absorção de dióxido de carbono ede tecnologias ambientalmente comprovadas quesejam avançadas e inovadoras;

v) Reduzir ou eliminar progressivamente distorções demercado, incentivos fiscais, isenções fiscais e sub-sídios em todos os sectores emissores de gasescom efeito de estufa contrários aos objectivos daConvenção e aplicar instrumentos de mercado;

vi) Encorajar reformas apropriadas em sectoresrelevantes com o objectivo de promover políticas emedidas que limitem ou reduzam as emissões degases com efeito de estufa não controlados peloProtocolo de Montreal;

vii) Limitar e ou reduzir as emissões de gases com efeitode estufa não controlados pelo Protocolo de Mon-treal, através de medidas no sector dos transportes;

viii) Limitar e ou reduzir as emissões de metano atravésda sua recuperação e uso na gestão de resíduos,bem como na produção, transporte e distribuiçãode energia;

b) Cooperar com outras Partes por forma a reforçar a efi-ciência das políticas e medidas individuais e conjuntasadoptadas nos termos do presente artigo, de acordocom o disposto no n.º 2, alíneas e) e i), do artigo 4.º daConvenção. Para este fim, as Partes comprometem-se adesenvolver acções por forma a partilhar a sua expe-riência e a trocar informação sobre essas políticas e me-didas, incluindo o desenvolvimento de meios paramelhorar a sua comparabilidade, transparência e eficácia.A Conferência das Partes, actuando na qualidade dereunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,deve considerar, na sua primeira sessão ou subsequen-temente quando for viável, formas de facilitar tal coo-peração, tomando em consideração toda a informaçãorelevante.

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Jornal da República

Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Série I, N.° 17 Página 2225

2 - As Partes incluídas no anexo I comprometem-se a procurarlimitar ou reduzir as emissões de gases com efeito de estufanão controlados pelo Protocolo de Montreal resultantesdo combustível usado nos transportes aéreos e marítimosinternacionais, por intermédio da Organização de AviaçãoCivil Internacional e da Organização Marítima Internacional,respectivamente.

3 - As Partes incluídas no anexo I comprometem-se a empenhar-se em implementar políticas e medidas, nos termos do pre-sente artigo, por forma a minimizar os efeitos adversos,incluindo os efeitos adversos das alterações climáticas, osefeitos no comércio internacional e os impactes sociais,ambientais e económicos em outras Partes, especialmenteas Partes constituídas por países em desenvolvimento, emparticular as referidas nos n.os 8 e 9 do artigo 4.º da Con-venção, tendo em consideração o artigo 3.º da Convenção.A Conferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, pode desen-volver, se apropriado, acções suplementares para promovera aplicação das disposições constantes do presentenúmero.

4 - A Conferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, caso decidaser vantajoso coordenar alguma das políticas e medidasmencionadas na alínea a) do n.º 1, considerará formas emeios de elaborar a coordenação de tais políticas e medidas,tendo em consideração as diferentes especificidadesnacionais e os potenciais efeitos.

Artigo 3.º

1 - As Partes incluídas no anexo I comprometem-se a assegurar,individual ou conjuntamente, que as suas emissões antro-pogénicas agregadas, expressas em equivalentes de dióxidode carbono, dos gases com efeito de estufa incluídos noanexo A não excedam as quantidades atribuídas, calculadasde acordo com os compromissos quantificados de limi-tação e redução das suas emissões, nos termos do anexo Be de acordo com as disposições do presente artigo, com oobjectivo de reduzir as suas emissões globais desses gasesem pelo menos 5% relativamente aos níveis de 1990, noperíodo de cumprimento de 2008 a 2012.

2 - Cada Parte incluída no anexo I compromete-se a realizar, até2005, progressos demonstráveis para atingir os compromi-ssos assumidos ao abrigo do presente Protocolo.

3 - As alterações líquidas nas emissões de gases com efeito deestufa por fontes e a remoção por sumidouros resultantesde alterações induzidas directamente pelo homem do usodo solo e de actividades florestais, limitadas a florestação,reflorestação e desflorestação, desde 1990, medidas comoalterações verificáveis nos estoques de carbono em cadaperíodo de cumprimento, serão usadas para satisfazer oscompromissos decorrentes do presente artigo relativamentea cada Parte incluída no anexo I. As emissões de gases comefeito de estufa por fontes e a remoção por sumidourosassociadas às actividades acima mencionadas serãocomunicadas de maneira transparente e comprovável eanalisadas em conformidade com os artigos 7.º e 8.º

4 - Antes da realização da primeira sessão da Conferência dasPartes, actuando na qualidade de reunião das Partes paraefeitos do presente Protocolo, cada Parte incluída no anexoI compromete-se a submeter dados à consideração do órgãosubsidiário de consulta científica e tecnológica, por formaa estabelecer os seus níveis de estoques de carbono em1990 e a permitir que seja feita uma estimativa das alteraçõesdesses estoques de carbono nos anos subsequentes. AConferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, decidirá, nasua primeira sessão ou subsequentemente logo que sejaviável, as modalidades, regras e directrizes a aplicar paradecidir que actividades adicionais induzidas pelo homem,relacionadas com alterações nas emissões por fonte e naremoção por sumidouros de gases com efeito de estufanas categorias de solos agrícolas, de alterações do uso dosolo e florestas, serão adicionadas à, ou subtraídas da,quantidade atribuída a cada Parte incluída no anexo I, bemcomo o modo de proceder a esse respeito, tendo em consi-deração as incertezas, a transparência no fornecimento dainformação, a comprovação, o trabalho metodológico doPainel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas e oparecer elaborado pelo órgão subsidiário de consulta cien-tífica e tecnológica de acordo com o artigo 5.º e as decisõesda Conferência das Partes. Tal decisão será aplicada a partirdo segundo período de cumprimento. As Partes podemoptar por aplicar essa decisão sobre estas actividadesadicionais induzidas pelo homem ao seu primeiro períodode cumprimento, desde que essas actividades tenham sidorealizadas a partir de 1990.

5 - As Partes incluídas no anexo I em processo de transiçãopara uma economia de mercado, e cujo ano ou período dereferência seja estabelecido ao abrigo da decisão 9/CP.2 nasegunda sessão da Conferência das Partes, usarão esseano ou período de referência na implementação dos seuscompromissos previstos no presente artigo. Qualquer outraParte incluída no anexo I, que esteja num processo detransição para uma economia de mercado e que não tenhaainda submetido a sua primeira comunicação nacional nostermos do artigo 12.º da Convenção, pode também notificara Conferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, de que emvez do ano de 1990 pretende usar outro ano ou período dereferência na implementação dos seus compromissos, nostermos do presente artigo. A Conferência das Partes, ac-tuando na qualidade de reunião das Partes para efeitos dopresente Protocolo, decidirá sobre a aceitação da men-cionada notificação.

6 - Tendo em conta o n.º 6 do artigo 4.º da Convenção, nocumprimento dos seus compromissos decorrentes dopresente Protocolo, para além dos constantes do presenteartigo, a Conferência das Partes, actuando na qualidade dereunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,permitirá um certo grau de flexibilidade às Partes incluídasno anexo I que se encontrem em processo de transiçãopara uma economia de mercado.

7 - No primeiro período de compromissos quantificados delimitação ou redução das emissões, de 2008 a 2012, aquantidade atribuída a cada Parte incluída no anexo I será

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igual à percentagem, inscrita para esta no anexo B, dassuas emissões antropogénicas agregadas, expressas emequivalentes de dióxido de carbono, dos gases com efeitode estufa incluídos no anexo A em 1990 ou no ano ou períodode referência determinado em conformidade com n.º 5 ante-rior, multiplicado por cinco. As Partes incluídas no anexo Ipara as quais as alterações ao uso do solo e das florestasconstituíram uma fonte líquida de emissões de gases comefeito de estufa em 1990 comprometem-se a incluir, no seuperíodo ou ano de referência de emissões de 1990, paraefeitos de cálculo das quantidades que lhes serãoatribuídas, as emissões antropogénicas agregadas porfontes, deduzindo as remoções por sumidouros em 1990,expressas em equivalentes de dióxido de carbono,resultantes das alterações do uso do solo.

8 - Qualquer Parte incluída no anexo I pode, com o objectivo decalcular as quantidades referidas no n.º 7, usar o ano de1995 como o seu ano de referência para os hidrofluor-carbonetos, perfluorcarbonetos e hexafluoreto de enxofre.

9 - Os compromissos das Partes incluídas no anexo I para osperíodos subsequentes serão estabelecidos em emendasao anexo B do presente Protocolo, as quais serão adoptadasde acordo com o disposto no n.º 7 do artigo 21.º A Conferên-cia das Partes, actuando na qualidade de reunião das Partespara efeitos do presente Protocolo, iniciará a consideraçãode tais compromissos pelo menos sete anos antes dotérmino do primeiro período de cumprimento mencionadono n.º 1.

10 - Qualquer unidade de redução de emissões, ou qualquerparte de uma quantidade atribuída que uma Parte adquirade outra Parte de acordo com o disposto no artigo 6.º ou noartigo 17.º, será adicionada à quantidade atribuída à Parteque adquire.

11 - Qualquer unidade de redução de emissões, ou qualquerparte de uma quantidade atribuída que uma Parte transfirapara outra Parte de acordo com o disposto no artigo 6.º ouno artigo 17.º, será deduzida da quantidade atribuída à Parteque transfere.

12 - Qualquer redução certificada de emissões que uma Parteadquira de outra Parte, de acordo com o disposto no artigo12.º, será adicionada à quantidade atribuída à Parte queadquire.

13 - Se as emissões de uma Parte incluída no anexo I duranteum período de cumprimento forem inferiores à quantidadeque lhe foi atribuída de acordo com o presente artigo, essadiferença será, a pedido dessa Parte, adicionada à quan-tidade que lhe vier a ser atribuída relativamente aos períodosde cumprimento subsequentes.

14 - Cada Parte incluída no anexo I compromete-se a empenhar-se na implementação dos compromissos constantes do n.º1 de forma a minimizar os impactes sociais, ambientais eeconómicos adversos nas Partes constituídas por paísesem desenvolvimento, particularmente as identificadas nosn.os 8 e 9 do artigo 4.º da Convenção. De acordo com asdecisões relevantes da Conferência das Partes relativas à

aplicação desses números, a Conferência das Partes,actuando na qualidade de reunião das Partes para efeitosdo presente Protocolo, considerará na sua primeira sessãoas acções necessárias para minimizar os efeitos adversosdas alterações climáticas e ou os impactes das medidas deresposta nas Partes referidas naqueles números. Entre asquestões a considerar estarão o estabelecimento de fundos,seguros e transferência de tecnologia.

Artigo 4.º

1 - Qualquer Parte incluída no anexo I que, nos termos do arti-go 3.º, tenha acordado cumprir conjuntamente os seus com-promissos será considerada como tendo-os cumprido se ototal combinado das suas emissões antropogénicas agre-gadas, expressas em equivalentes de dióxido de carbono,dos gases com efeito de estufa incluídos no anexo A nãoexceder as quantidades atribuídas, calculadas ao abrigodo artigo 3.º e de acordo com os compromissos quanti-ficados de redução e limitação das emissões inscritos noanexo B. O respectivo nível das emissões imputado a cadauma das Partes pelo acordo será fixado nesse acordo.

2 - As Partes de qualquer acordo dessa natureza notificarão oSecretariado sobre os termos do acordo, na data de depósitodos seus instrumentos de ratificação, aceitação, aprovaçãoou adesão ao presente Protocolo. O Secretariado, por suavez, informará as Partes e signatários da Convenção dostermos do acordo.

3 - Qualquer desses acordos permanecerá válido durante operíodo de cumprimento especificado no n.º 7 do artigo 3.º

4 - Se as Partes actuarem em conjunto com outras Partes dentroda estrutura de, e em conjunto com, uma organização re-gional de integração económica, qualquer alteração na com-posição da organização, posterior à adopção do presenteProtocolo, não afectará os compromissos exis-tentes aoabrigo do presente Protocolo. Qualquer alteração na com-posição da organização aplicar-se-á apenas aos compro-missos constantes do artigo 3.º que venham a ser adoptadosapós essa alteração.

5 - Na eventualidade de as Partes de qualquer acordo dessanatureza não atingirem os seus níveis totais combinadosde redução de emissões, cada Parte desse acordo será res-ponsável pelos seus próprios níveis de emissão, deter-minados no próprio acordo.

6 - Se as Partes actuarem em conjunto com outras Partes dentroda estrutura de, e em conjunto com, uma organização re-gional de integração económica que por si própria sejaParte do presente Protocolo, cada Estado-Membro da men-cionada organização regional de integração económica, in-dividualmente e em conjunto com a organização regionalde integração económica actuando nos termos do artigo24.º, deverá, caso não sejam atingidos os níveis totais com-binados de redução de emissões, ser responsável pelosseus níveis de emissões como notificados de acordo como presente artigo.

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Artigo 5.º

1 - Cada Parte incluída no anexo I compromete-se a criar, omais tardar um ano antes do início do primeiro período decumprimento, um sistema nacional para a estimativa dasemissões antropogénicas por fontes, bem como dasremoções por sumidouros, de todos os gases com efeitode estufa não controlados pelo Protocolo de Montreal. AConferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, decidirá nasua primeira sessão sobre as directrizes dos mencionadossistemas nacionais, os quais incorporarão as metodologiasespecificadas no n.º 2.

2 - As metodologias para a estimativa das emissões antro-pogénicas por fontes, bem como das remoções por sumi-douros, de todos os gases com efeito de estufa não con-trolados pelo Protocolo de Montreal serão as que foremaceites pelo Painel Intergovernamental sobre AlteraçõesClimáticas e acordadas pela Conferência das Partes, na suaterceira sessão. Nos casos em que tais metodologias nãosejam utilizadas, a Conferência das Partes, actuando naqualidade de reunião das Partes para efeitos do presenteProtocolo, decidirá na sua primeira sessão sobre osajustamentos apropriados a essas metodologias. Com baseno trabalho, inter alia, do Painel Intergovernamental sobreAlterações Climáticas e de recomendações do órgãosubsidiário de consulta científica e tecnológica, aConferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, examinaráregularmente e, quando apropriado, procederá à análisedas mencionadas metodologias e respectivos ajusta-mentos, tomando plenamente em consideração qualquerdecisão relevante da Conferência das Partes. Qualquerrevisão das metodologias ou ajustamentos será apenasutilizada para verificar a conformidade com os com-promissos assumidos nos termos do artigo 3.º, no que dizrespeito a qualquer período de cumprimento adoptadoposteriormente àquela revisão.

3 - Os potenciais de aquecimento global utilizados para calculara equivalência em dióxido de carbono das emissões antro-pogénicas por fontes e das remoções por sumidouros dosgases com efeito de estufa incluídos no anexo A serãoaqueles que forem aceites pelo Painel Intergovernamentalsobre Alterações Climáticas e acordados pela Conferênciadas Partes na sua terceira sessão. Com base nos trabalhos,inter alia, do Painel Intergovernamental sobre AlteraçõesClimáticas e de recomendações do órgão subsidiário deconsulta científica e tecnológica, a Conferência das Partes,actuando na qualidade de reunião das Partes para efeitosdo presente Protocolo, examinará regularmente e, quandoapropriado, procederá à revisão dos potenciais de aque-cimento global de cada gás com efeito de estufa, tomandoplenamente em consideração qualquer decisão relevanteda Conferência das Partes. Qualquer revisão de um dospotenciais de aquecimento global será apenas utilizada paraverificar a conformidade com os compromissos assumidosnos termos do artigo 3.º, no que diz respeito a qualquerperíodo de cumprimento adoptado posteriormente àquelarevisão.

Artigo 6.º

1 - Com o objectivo de satisfazer os compromissos assumidosao abrigo do artigo 3.º, qualquer Parte incluída no anexo Ipode transferir para, ou adquirir de, qualquer outra dessasPartes unidades de redução de emissões resultantes deprojectos destinados a reduzir as emissões antropogénicaspor fontes ou a aumentar as remoções antropogénicas porsumidouros de gases com efeito de estufa em qualquersector da economia, desde que:

a) Os mencionados projectos tenham a aprovação dasPartes envolvidas;

b) Os mencionados projectos assegurem uma redução dasemissões por fontes, ou um aumento das remoções porsumidouros, que sejam adicionais às que ocorreriam dequalquer outra forma;

c) A mencionada Parte não adquira nenhuma unidade deredução de emissões se não estiver em conformidadecom as suas obrigações, ao abrigo dos artigos 5.º e 7.º;e

d) A aquisição de unidades de redução de emissões sejasuplementar às acções nacionais destinadas a satisfazeros compromissos assumidos ao abrigo do artigo 3.º

2 - A Conferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo pode, na suaprimeira sessão ou posteriormente logo que seja viável,desenvolver directrizes adicionais para a aplicação dodisposto no presente artigo, incluindo as respeitantes àverificação e elaboração de relatórios.

3 - Uma Parte incluída no anexo I pode autorizar entidadeslegais a participar, sob a sua responsabilidade, em acçõesdestinadas a gerar, transferir ou adquirir unidades deredução de emissões ao abrigo do presente artigo.

4 - Se uma questão relativa à implementação por uma das Partesincluídas no anexo I dos requisitos referidos no presenteartigo for identificada de acordo com as disposiçõespertinentes do artigo 8.º, a transferência e aquisição deunidades de redução de emissões pode continuar a serrealizada após a questão ter sido identificada, desde queessas unidades não sejam usadas pela Parte para satisfazeros compromissos assumidos nos termos do artigo 3.º, atéque seja resolvida qualquer questão sobre o cumprimento.

Artigo 7.º

1 - Cada Parte incluída no anexo I compromete-se a incorporarno seu inventário anual de emissões antropogénicas porfontes e remoções por sumidouros de gases com efeito deestufa não controlados pelo Protocolo de Montreal,submetido de acordo com as decisões relevantes daConferência das Partes, a informação suplementarnecessária por forma a garantir a conformidade com odisposto no artigo 3.º, a ser determinada ao abrigo do n.º 4.

2 - Cada Parte incluída no anexo I compromete-se a incorporar

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nas suas comunicações nacionais, submetidas de acordocom o artigo 12.º da Convenção, a informação suplementarnecessária para demonstrar o cumprimento dos seuscompromissos assumidos no âmbito do presente Protocolo,a ser determinada ao abrigo do n.º 4.

3 - Cada Parte incluída no anexo I compromete-se a apresentaranualmente a informação requerida ao abrigo do n.º 1 ante-rior, começando com o primeiro inventário devido, nos ter-mos da Convenção, para o primeiro ano do período decumprimento após a entrada em vigor do presente Proto-colo para essa Parte. Cada uma das mencionadas Partessubmeterá a informação requerida ao abrigo do dispostono número anterior como parte da primeira comunicaçãonacional devida, nos termos de Convenção, após a entradaem vigor do presente Protocolo e após a adopção de direc-trizes nos termos do n.º 4. A frequência da apresentação deinformações subsequentes, requerida ao abrigo do presenteartigo, será determinada pela Conferência das Partesactuando na qualidade de reunião das Partes para efeitosdo presente Protocolo, tomando em consideração os prazospara apresentação das comunicações nacionais fixados pelaConferência das Partes.

4 - A Conferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, adoptará,na sua primeira sessão, e examinará periodicamente a partirde então as directrizes para a preparação da informaçãorequerida ao abrigo do presente artigo, tomando emconsideração as directrizes para a preparação dascomunicações nacionais das Partes incluídas no anexo Iadoptadas pela Conferência das Partes. A Conferência dasPartes, actuando na qualidade de reunião das Partes paraefeitos do presente Protocolo, decidirá também, antes doprimeiro período de cumprimento, sobre as modalidadesde contabilização das quantidades atribuídas.

Artigo 8.º

1 - A informação apresentada nos termos do artigo 7.º por ca-da uma das Partes incluídas no anexo I será analisada porequipas de avaliação especializadas, em conformidade comas decisões relevantes da Conferência das Partes e deacordo com as directrizes para esse fim adoptadas pelaConferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo e ao abrigodo n.º 4. A informação apresentada nos termos do n.º 1 doartigo 7.º por cada uma das Partes incluídas no anexo I seráanalisada como parte da compilação e da contabilizaçãoanual dos inventários das emissões e das quantidadesatribuídas. Adicionalmente, a informação apresentada nostermos do n.º 2 do artigo 7.º por cada uma das Partesincluídas no anexo I será analisada como parte da análisedas comunicações.

2 - As equipas de avaliação especializadas serão coordenadaspelo Secretariado e serão compostas por especialistas sele-ccionados entre os nomeados pelas Partes da Convençãoe, quando apropriado, por organizações intergoverna-mentais, de acordo com as orientações estabelecidas paraesse fim pela Conferência das Partes.

3 - O processo de análise fornecerá uma avaliação técnica de-talhada e exaustiva de todos os aspectos relativos à imple-mentação do presente Protocolo por uma Parte. As equipasde avaliação especializadas prepararão um relatório para aConferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, avaliando aimplementação dos compromissos assumidos pela Parte eidentificando quaisquer potenciais problemas e factoresque possam vir a influenciar o cumprimento desses com-promissos. O Secretariado enviará esses relatórios a todasas Partes da Convenção. O Secretariado fará uma lista dasquestões relativas à implementação indicadas nessesrelatórios para futura consideração pela Conferência dasPartes actuando na qualidade de reunião das Partes paraefeitos do presente Protocolo.

4 - A Conferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, adoptará,na sua primeira sessão, e examinará periodicamente a partirde então, as directrizes para avaliação da implementaçãodo presente Protocolo por equipas de avaliaçãoespecializadas, tomando em consideração as decisõesrelevantes da Conferência das Partes.

5 - A Conferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo e com aassistência do órgão subsidiário de implementação e,quando apropriado, do órgão subsidiário de consultacientífica e tecnológica, considerará o seguinte:

a) A informação submetida pelas Partes nos termos do artigo7.º e os relatórios de avaliação dos especialistas sobreessa informação, elaborados de acordo com o estipuladono presente artigo; e

b) As questões relativas à implementação apresentadaspelo Secretariado, nos termos do n.º 3, bem comoqualquer questão levantada pelas Partes.

6 - A Conferência das Partes, actuando na qualidade dereunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,tomará decisões sobre qualquer matéria necessária paraa aplicação do presente Protocolo, de acordo com asua análise sobre a informação referida no n.º 5.

Artigo 9.º

1 - A Conferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, procederáperiodicamente à revisão do presente Protocolo à luz dasmelhores informações e avaliações científicas disponíveissobre as alterações climáticas e seus impactes, assim comode relevante informação técnica, social e económica. Taisrevisões serão coordenadas com as revisões pertinentesao abrigo da Convenção, em particular as previstas no n.º2, alínea d), do artigo 4.º e no n.º 2, alínea a), do artigo 7.º daConvenção. A Conferência das Partes, actuando naqualidade de reunião das Partes para efeitos do presenteProtocolo, tomará as acções necessárias com base nasrevisões mencionadas.

2- A primeira revisão terá lugar na segunda sessão da Con-

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ferência das Partes actuando na qualidade de reunião dasPartes para efeitos do presente Protocolo. Revisões sub-sequentes serão efectuadas a intervalos regulares e demaneira oportuna.

Artigo 10.º

Tomando em consideração as suas responsabilidades comunsmas diferenciadas e as suas prioridades de desenvolvimento,objectivos e circunstâncias específicas, nacionais e regionais,sem introduzirem novos compromissos para as Partes nãoincluídas no anexo I, mas reafirmando compromissos existentesao abrigo do n.º 1 do artigo 4.º da Convenção e continuando apromover a implementação destes compromissos por forma aatingir o desenvolvimento sustentável, tendo em conta os n.os3, 5 e 7 do artigo 4.º da Convenção, as Partes comprometem-sea:

a) Formular, quando apropriado e na medida do possível,programas nacionais e, conforme o caso, regionais,eficazes em relação ao custo, para melhorar a qualidadedos factores de emissão local, dados sobre a actividadee ou modelos que reflictam as condições socioeco-nómicas de cada Parte para a preparação e actualizaçãoperiódica dos inventários nacionais de emissõesantropógenicas por fontes e as remoções por sumi-douros de todos os gases com efeito de estufa nãocontrolados pelo Protocolo de Montreal, mediante autilização de metodologias comparáveis, a acordar pelaConferência das Partes, e consistentes com as direc-trizes para a preparação das comunicações nacionaisadoptadas pela Conferência das Partes;

b) Formular, implementar, publicar e actualizar regularmenteprogramas nacionais e, conforme o caso, regionais con-tendo medidas para mitigar as alterações climáticas emedidas para facilitar a adaptação adequada a essasalterações climáticas.

i) Tais programas envolveriam os sectores de, interalia, energia, transporte e indústria, bem como osda agri-cultura, silvicultura e gestão de resíduos.Além disso, tecnologias de adaptação e métodospara aperfeiçoar o planeamento espacial melhorariama adaptação às alterações climáticas; e

ii) As Partes incluídas no anexo I comprometem-se asubmeter informação sobre acções ao abrigo dopresente Protocolo, incluindo programas nacionais,de acordo com o estabelecido no artigo 7.º, e as ou-tras Partes procurarão incluir nas suas comunicaçõesnacionais, quando apropriado, informação sobreprogramas que contenham medidas que as Partesconsiderem poder contribuir para lidar com asalterações climáticas e os seus impactes adversos,incluindo a diminuição do aumento de emissões degases com efeito de estufa e aumento dos sumi-douros e respectivas remoções, capacitação emedidas de adaptação.

c) Cooperar na promoção de modalidades efectivas para odesenvolvimento, aplicação e difusão de tecnologias,

know-how, práticas e processos pertinentes para asalterações climáticas, desenvolvendo todas as acçõesnecessárias para promover, facilitar e financiar,conforme o caso, o acesso a tecnologias ambientalmen-te comprovadas ou a sua transferência, em particularpara os países em desenvolvimento, incluindo a formu-lação de políticas e programas para a efectiva trans-ferencia de tecnologias ambientalmente comprovadas,quer sejam estatais quer do domínio público, e a criaçãode um ambiente propício ao sector privado, a fim depromover e melhorar o acesso a tecnologias ambien-talmente comprovadas e respectiva transferência;

d) Cooperar na investigação científica e técnica e promovera manutenção e o desenvolvimento de sistemas de ob-servação sistemática e o desenvolvimento de arquivosde dados, por forma a reduzir as incertezas relativas aosistema climático, os impactes adversos das alteraçõesclimáticas e as consequências económicas e sociaisdas várias estratégias de resposta, e promover o desen-volvimento e o reforço das capacidades e das faculdadesendógenas para participar nos esforços, programas eredes internacionais e intergovernamentais de inves-tigação e observação sistemática, tomando em consi-deração o artigo 5.º da Convenção;

e) Cooperar e promover a nível internacional e, conformeo caso, por meio de organismos existentes o desenvol-vimento e implementação de programas de educação eformação, incluindo o reforço da capacitação nacional,em particular a capacitação humana e institucional, e ointercâmbio ou disponibilização de pessoal para formarespecialistas nesta matéria, em particular nos paísesem desenvolvimento, e facilitar, ao nível nacional, asensibilização do público e o seu acesso à informaçãosobre alterações climáticas. Deverão ser desenvolvidasmodalidades apropriadas para implementar estasactividades através dos órgãos relevantes da Con-venção, tomando em consideração o artigo 6.º da Con-venção;

f) Incluir nas suas comunicações nacionais informaçãosobre programas e actividades desenvolvidos ao abrigodo presente artigo, de acordo com as decisões rele-vantes da Conferência das Partes; e

g) Levar plenamente em conta, na implementação doscompromissos previstos no presente artigo, o dispostono n.º 8 do artigo 4.º da Convenção.

Ar tigo 11.º

1 - Na aplicação do artigo 10.º, as Partes tomarão em considera-ção as disposições dos n.os 4, 5, 7, 8 e 9 do artigo 4.º daConvenção.

2 - No contexto da aplicação do n.º 1 do artigo 4.º da Convenção,ao abrigo do disposto no n.º 3 do artigo 4.º e no artigo 11.ºda mesma, e através da entidade ou entidades encarreguesdo mecanismo financeiro da Convenção, as Partesconstituídas por países desenvolvidos e demais Partesdesenvolvidas incluídas no anexo II da Convenção

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Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Página 2230 Série I, N.° 17

comprometem-se a:

a) Providenciar recursos financeiros novos e adicionaispara cobrir a totalidade dos custos acordados incorridospor Partes constituídas por países em desenvolvimentoa fim de promoverem a implementação dos compro-missos assumidos nos termos do n.º 1, alínea a), doartigo 4.º da Convenção, que são abrangidos pela alíneaa) do artigo 10.º; e

b) Providenciar também esses recursos financeiros, inclu-sive para a transferência de tecnologia, de que neces-sitam as Partes constituídas por países em desenvol-vimento para cobrir a totalidade dos custos adicionaisdestinados a promoverem a implementação doscompromissos assumidos, de acordo com o n.º 1 doartigo 4.º da Convenção e abrangidos pelo artigo 10.º, eque sejam acordados entre uma Parte constituída porum país em desenvolvimento e a entidade ou entidadesinternacionais referidas no artigo 11.º da Convenção,ao abrigo do mesmo artigo.

A implementação destes compromissos existentes terá emconsideração a necessidade de que o fluxo de recursosfinanceiros seja adequado e previsível e a importância de umapartilha apropriada da responsabilidade entre as Partesconstituídas por países desenvolvidos. As orientações dadasà entidade ou entidades responsáveis pela operação domecanismo financeiro da Convenção em decisões relevantesda Conferência das Partes, incluindo aquelas acordadas antesda adopção do presente Protocolo, aplicam-se mutatis mutan-dis ao previsto no presente número.

3- As Partes constituídas por países desenvolvidos, e demaisPartes desenvolvidas incluídas no anexo II da Convenção,podem também providenciar recursos financeiros para aaplicação do disposto no artigo 10.º, através de canaisbilaterais, regionais e outros de tipo multilateral, e as Partesconstituídas por países em desenvolvimento poderãobeneficiar desses recursos.

Artigo 12.º

1 - É criado o mecanismo de desenvolvimento limpo.

2 - O objectivo do mecanismo de desenvolvimento limpo seráassistir as Partes não incluídas no anexo I de modo aalcançarem o desenvolvimento sustentável e a contribuírempara o objectivo fundamental da Convenção, e assistir asPartes incluídas no anexo I no cumprimento dos seuscompromissos quantificados de limitação e redução dasemissões, de acordo com o artigo 3.º

3 - Ao abrigo do mecanismo de desenvolvimento limpo:

a) As Partes não incluídas no anexo I beneficiarão dasactividades de projecto que resultem em reduçõescertificadas de emissões; e

b) As Partes incluídas no anexo I podem utilizar as reduçõescertificadas de emissões resultantes dessas actividadesde projecto como contributo para cumprimento de parte

dos seus compromissos quantificados de limitação eredução das emissões, ao abrigo do artigo 3.º, conformedeterminado pela Conferência das Partes actuando naqualidade de reunião das Partes para efeitos do presenteProtocolo.

4- O mecanismo de desenvolvimento limpo será sujeito àautoridade e orientação da Conferência das Partes,actuando na qualidade de reunião das Partes para efeitosdo presente Protocolo, e será supervisionado por umconselho executivo do mecanismo de desenvolvimentolimpo.

5- As reduções de emissões resultantes de cada actividadede projecto serão certificadas por entidades operacionaisa serem designadas pela Conferência das Partes actuandona qualidade de reunião das Partes para efeitos do presenteProtocolo, com base em:

a) Participação voluntária aprovada por cada Parteenvolvida;

b) Benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo rela-cionados com a mitigação das alterações climáticas; e

c) Reduções das emissões que sejam adicionais às queocorreriam na ausência da actividade certificada deprojecto.

6- O mecanismo de desenvolvimento limpo assistirá na obten-ção de financiamento para as actividades certificadas deprojecto, quando necessário.

7- A Conferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, elaborará,na sua primeira sessão, modalidades e procedimentos como objectivo de assegurar transparência, eficiência eresponsabilidade nas actividades de projecto através deauditoria e de verificação independentes.

8- A Conferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, asseguraráque uma parte do rendimento das actividades certificadasdo projecto seja usada para cobrir despesas adminis-trativas, bem como para assistir as Partes constituídas porpaíses em desenvolvimento que sejam particularmentevulneráveis aos efeitos adversos das alterações climáticas,a suportar os custos de adaptação.

9 - A participação no âmbito do mecanismo de desenvolvimentolimpo, incluindo nas actividades mencionadas na alínea a)do n.º 3 e na aquisição de reduções certificadas de emissão,pode envolver entidades privadas e ou públicas e serásujeita às orientações que forem definidas pelo conselhoexecutivo do mecanismo de desenvolvimento limpo.

10- As reduções certificadas de emissões obtidas durante operíodo do ano 2000 até ao início do primeiro período decumprimento podem ser utilizadas para auxiliar nocumprimento dos compromissos assumidos relativos aoprimeiro período de cumprimento.

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Artigo 13.º

1- A Conferência das Partes, órgão supremo da Convenção,actuará na qualidade de reunião das Partes para efeitos dopresente Protocolo.

2- As Partes da Convenção que não sejam Partes do presenteProtocolo podem participar como observadores nostrabalhos de qualquer sessão da Conferência das Partesactuando na qualidade de reunião das Partes para o efeitodo presente Protocolo. Quando a Conferência das Partesactuar na qualidade de reunião das Partes do presenteProtocolo, as decisões no âmbito do presente Protocoloserão tomadas apenas pelas Partes do Protocolo.

3 - Quando a Conferência das Partes actuar na qualidade dereunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,qualquer membro da Mesa da Conferência das Partes querepresente uma Parte da Convenção mas, que nessa altura,não seja uma Parte do presente Protocolo será substituídopor um membro adicional escolhido entre as Partes dopresente Protocolo e por elas eleito.

4- A Conferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, deveráanalisar regularmente a aplicação do presente Protocolo etomará, no âmbito do seu mandato, as decisões necessáriaspara promover a sua efectiva aplicação. A Conferência dasPartes, actuando na qualidade de reunião das Partes paraefeitos do presente Protocolo, exercerá as funções que lheforem atribuídas pelo presente Protocolo e compromete-sea:

a) Avaliar, com base em toda a informação que lhe fordisponibilizada de acordo com as disposições dopresente Protocolo, a aplicação do presente Protocolopelas Partes, os efeitos globais das medidas tomadasao abrigo do Protocolo, em particular os efeitos am-bientais, económicos e sociais, assim como os seus im-pactes cumulativos, e em que medida estão a ser reali-zados progressos para atingir os objectivos daConvenção;

b) Examinar periodicamente as obrigações das Partes aoabrigo do presente Protocolo, dando a devida atençãoa quaisquer análises que sejam necessárias ao abrigodo n.º 2, alínea d), do artigo 4.º e do n.º 2 do artigo 7.º daConvenção, à luz do objectivo da Convenção, da expe-riência obtida na sua aplicação e da evolução do conhe-cimento científico e tecnológico, e a este respeito con-siderar e adoptar relatórios periódicos sobre a aplicaçãodo presente Protocolo;

c) Promover e facilitar o intercâmbio de informação sobreas medidas adoptadas pelas Partes para lidar com asalterações climáticas e os seus efeitos, tomando emconsideração as diferentes circunstâncias, responsa-bilidades e capacidades das Partes e os seus respec-tivos compromissos ao abrigo do presente Protocolo;

d) Facilitar, por solicitação de duas ou mais Partes, a coor-denação de medidas por elas adoptadas para lidar comas alterações climáticas e os seus efeitos, tomando em

consideração as diferentes circunstâncias, responsa-bilidades e capacidades das Partes e os seus respec-tivos compromissos ao abrigo do presente Protocolo;

e) Promover e orientar, de acordo com os objectivos daConvenção e com as disposições do presente Protocoloe tomando plenamente em consideração as decisõesrelevantes da Conferência das Partes, o desenvol-vimento e aperfeiçoamento periódico de metodologiascomparáveis para a efectiva aplicação do presenteProtocolo, a serem acordadas pela Conferência das Par-tes actuando na qualidade de reunião das Partes paraefeitos do presente Protocolo;

f) Fazer recomendações sobre quaisquer matérias neces-sárias para a aplicação do presente Protocolo;

g) Procurar mobilizar recursos financeiros adicionais, deacordo com o n.º 2 do artigo 11.º;

h) Estabelecer os órgãos subsidiários consideradosnecessários para a implementação do presente Pro-tocolo;

i) Procurar e utilizar, quando apropriado, os serviços e acooperação de organizações internacionais, intergo-vernamentais e não governamentais competentes, bemcomo a informação por elas fornecida; e

j) Exercer outras funções que possam vir a ser requeridaspara a aplicação do presente Protocolo e considerarquaisquer outras que resultem de uma decisão daConferência das Partes.

5 - O regulamento interno da Conferência das Partes bem co-mo os procedimentos financeiros aplicados segundo a Con-venção aplicar-se-ão mutatis mutandis ao presente Pro-tocolo, excepto se for outra a decisão consensual daConferência das Partes actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo.

6 - A primeira sessão da Conferência das Partes, actuando naqualidade de reunião das Partes para efeitos do presenteProtocolo, será convocada pelo Secretariado em conjunçãocom a primeira sessão da Conferência das Partes que tiverlugar após a entrada em vigor do presente Protocolo. Assessões ordinárias subsequentes da Conferência dasPartes, actuando na qualidade de reunião das Partes paraefeitos do presente Protocolo, serão realizadas todos osanos e em conjunção com as sessões ordinárias daConferência das Partes, a menos que seja outra a decisãoda Conferência das Partes actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo.

7- As sessões extraordinárias da Conferência das Partes, ac-tuando na qualidade de reunião das Partes para efeitos dopresente Protocolo, realizar-se-ão sempre que assim forconsiderado necessário pela Conferência das Partesactuando na qualidade de reunião das Partes para efeitosdo presente Protocolo ou mediante solicitação escrita dequalquer Parte desde que, dentro de seis meses após talsolicitação ter sido comunicada às Partes pelo Secretariado,

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esta venha a receber o apoio de, pelo menos, um terço dasPartes.

8- As Nações Unidas, as suas agências especializadas e aAgência Internacional de Energia Atómica. assim comoqualquer Estado-Membro dessas organizações ouobservador junto às mesmas que não seja parte daConvenção, poderão estar representados comoobservadores nas sessões da Conferência das Partesactuando na qualidade de reunião das Partes para efeitosdo presente Protocolo. Qualquer órgão ou agência, nacionalou internacional, governamental ou não governamental,com competência em matérias tratadas pelo presenteProtocolo e que tenha informado o Secretariado do seudesejo de estar representado como observador numasessão da Conferência das Partes, actuando na qualidadede reunião das Partes para efeitos do presente Protocolo,poderá ser admitido nessa qualidade, a menos que severifique a oposição de, pelo menos, um terço das Partespresentes. A admissão e a participação de observadoresserão sujeitas ao regulamento interno referido no n.º 5.

Artigo 14.º

1 - O Secretariado estabelecido pelo artigo 8.º da Convençãoservirá como Secretariado do presente Protocolo.

2 - O n.º 2 do artigo 8.º da Convenção, sobre as funções doSecretariado, e o n.º 3 do artigo 8.º da Convenção, sobre asdisposições tomadas para o seu funcionamento, aplicar-se-ão, mutatis mutandis, ao presente Protocolo. O Secre-tariado exercerá, adicionalmente, as funções que lhe sejamatribuídas no âmbito do presente Protocolo.

Artigo 15.º

1 - O órgão subsidiário de consulta científica e tecnológica e oórgão subsidiário de implementação, previstos nos artigos9.º e 10.º da Convenção, servirão, respectivamente, comoórgão subsidiário de consulta científica e tecnológica e ór-gão subsidiário de implementação do presente Protocolo.As disposições da Convenção relativas ao funcionamentodestes dois órgãos aplicar-se-ão, mutatis mutandis, ao pre-sente Protocolo. As sessões do órgão subsidiário de con-sulta científica e tecnológica e do órgão subsidiário deimplementação do presente Protocolo realizar-se-ão em con-junto, respectivamente, com as reuniões do órgão sub-sidiário de consulta científica e tecnológica e do órgãosubsidiário de implementação da Convenção.

2 - As Partes da Convenção que não sejam Partes do presenteProtocolo podem participar como observadores nos tra-balhos de qualquer sessão dos órgãos subsidiários. Quan-do os órgãos subsidiários actuarem na qualidade de órgãossubsidiários do presente Protocolo, as decisões relativasao Protocolo serão tomadas apenas pelas Partes do pre-sente Protocolo.

3 - Quando os órgãos subsidiários estabelecidos pelos artigos9.º e 10.º da Convenção exercerem as suas funções em rela-ção a matérias do presente Protocolo, qualquer membro daMesa desses órgãos subsidiários representando uma Parte

da Convenção mas que, nessa altura, não seja uma partedo presente Protocolo será substituído por um membroadicional escolhido entre as Partes do presente Protocoloe por elas eleito.

Artigo 16.º

A Conferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, considerará, omais cedo possível, a aplicação ao presente Protocolo e modi-ficará, conforme adequado, o processo consultivo multilateralprevisto no artigo l3.º da Convenção, à luz de qualquer decisãorelevante que possa vir a ser tomada pela Conferência das Par-tes. Qualquer processo consultivo multilateral que possa vir aser aplicado ao presente Protocolo funcionará sem prejuízodos procedimentos e mecanismos previstos no artigo 18.º

Artigo 17.º

A Conferência das Partes definirá os princípios, modalidades,regras e directrizes relevantes, em particular para a verificação,elaboração de relatórios e responsabilização no que diz respeitoa comércio de emissões. As Partes incluídas no anexo B podemparticipar no comércio de emissões com o objectivo de cumpriros seus compromissos constantes do artigo 3.º do presenteProtocolo. Tal comércio será suplementar às acções nacionaisdestinadas a satisfazer os compromissos quantificados delimitação e redução de emissões previstos naquele artigo.

Artigo 18.º

A Conferência das Partes, actuando na qualidade de reuniãodas Partes para efeitos do presente Protocolo, aprovará, nasua primeira sessão, os procedimentos e mecanismos ade-quados e eficazes para determinar e lidar com os casos de nãocumprimento das disposições do presente Protocolo, inclu-sive por meio do desenvolvimento de uma lista indicativa deconsequências, tomando em consideração a causa, tipo, graue frequência do não cumprimento. Quaisquer procedimentos emecanismos no âmbito deste artigo que impliquem con-sequências vinculativas serão adoptados através de umaemenda ao presente Protocolo.

Artigo 19.º

As disposições do artigo 14.º da Convenção sobre resoluçãode conflitos aplicar-se-ão mutatis mutandis ao presenteProtocolo.

Artigo 20.º

1 - Qualquer Parte pode propor emendas ao presente Protocolo.

2 - As emendas ao presente Protocolo serão adoptadas emsessão ordinária da Conferência das Partes, actuando naqualidade de reunião das Partes para efeitos do presenteProtocolo. O Secretariado comunicará às Partes o texto dequalquer proposta de emenda do presente Protocolo, pelomenos seis meses antes da reunião na qual será proposta asua adopção. O Secretariado comunicará também o textode qualquer proposta de emenda às Partes e signatários daConvenção e, para informação, ao depositário.

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3 - As Partes esforçar-se-ão por chegar a acordo por consensosobre qualquer emenda proposta ao Protocolo. Uma vezesgotados todos os esforços para se obter consenso semque se tenha chegado a acordo, as emendas serão adop-tadas, como último recurso, por uma maioria de três quar-tos dos votos das Partes presentes e votantes na sessão.A emenda adoptada será comunicada pelo Secretariado aodepositário, o qual a enviará a todas as Partes paraaceitação.

4 - Os instrumentos de aceitação relativos a uma emenda se-rão depositados junto do depositário. Uma emendaadoptada de acordo com o n.º 3 entrará em vigor, para asPartes que a aceitaram, no 90.º dia após a data de recepção,pelo depositário, de um instrumento de aceitação de pelomenos três quartos das Partes do Protocolo.

5 - A emenda entrará em vigor para qualquer outra Parte no90.º dia após a data em que essa Parte depositou, junto dodepositário, o seu instrumento de aceitação da referidaemenda.

Artigo 21.º

1 - Os anexos ao presente Protocolo constituem parte integ-rante do mesmo e, salvo declaração expressa em contrário,uma referência ao presente Protocolo constitui simul-taneamente uma referência aos seus anexos. Quaisqueranexos que sejam adoptados após a entrada em vigor dopresente Protocolo consistirão apenas em listas, formuláriose qualquer outro material de natureza descritiva que tenhaum carácter científico, técnico, processual ou adminis-trativo.

2 - Qualquer Parte pode apresentar propostas de anexo aopresente Protocolo e propor emendas aos anexos do Pro-tocolo.

3 - Os anexos ao presente Protocolo e as emendas aos seusanexos serão adoptados em sessões ordinárias da Conferên-cia das Partes, actuando na qualidade de reunião das Partespara efeitos do presente Protocolo. O texto de qualquerproposta de anexo ou de emenda a um anexo será comu-nicado às Partes pelo Secretariado, pelo menos seis mesesantes da reunião na qual será proposta a sua adopção. OSecretariado comunicará também o texto de qualquer pro-posta de anexo ou de emenda a um anexo às Partes e signa-tários da Convenção e, para informação, ao depositário.

4 - As Partes esforçar-se-ão por chegar a acordo por consensosobre qualquer proposta de anexo ou emenda a um anexo.Uma vez esgotados todos os esforços para se obter con-senso sem que se tenha chegado a um acordo, o anexo ouemenda a um anexo serão adoptados, como último recurso,por uma maioria de três quartos dos votos das Partespresentes e votantes na reunião. O anexo ou emenda a umanexo adoptado será comunicado pelo Secretariado aodepositário, o qual o enviará a todas as Partes paraaceitação.

5 - Um anexo ou emenda a um anexo, à excepção do anexo Aou B, que tenha sido adoptado de acordo com os n.os 3 e

4, entrará em vigor para todas as Partes do presente Pro-tocolo seis meses após a data de comunicação pelo deposi-tário às Partes da adopção do anexo ou da emenda ao anexo,com excepção das Partes que tenham notificado o deposi-tário por escrito, e dentro desse prazo, da sua não aceitaçãodo anexo ou da emenda ao anexo. O anexo ou emenda a umanexo entrará em vigor, para as Partes que tenham retiradoa sua notificação de não aceitação, no 90.º dia após a dataem que a retirada de tal notificação tenha sido recebida pe-lo depositário.

6 - Se a adopção de um anexo ou de uma emenda a um anexoimplicar uma emenda ao presente Protocolo, esse anexo ouemenda a um anexo só entrará em vigor no momento emque a emenda ao presente Protocolo entrar em vigor.

7 - As emendas aos anexos A e B do presente Protocolo serãoadoptadas e entrarão em vigor de acordo com o processoconstante do artigo 20.º, sob condição de que qualqueremenda ao anexo B só será adoptada com o consentimentoescrito da Parte envolvida.

Artigo 22.º

1 - Cada Parte terá direito a um voto, à excepção do dispostono n.º 2.

2 - As organizações regionais de integração económica exer-cerão o seu direito de voto, em matérias da sua competência,com um número de votos igual ao número dos seus Es-tados-Membros que sejam Partes do presente Protocolo.Estas organizações não poderão exercer o seu direito devoto se algum dos seus Estados-Membros exercer essedireito, e vice-versa.

Artigo 23.º

O Secretário-Geral das Nações Unidas será o depositário dopresente Protocolo.

Artigo 24.º

1 - O presente Protocolo será aberto para assinatura e sujeitoa ratificação, aceitação ou aprovação pelos Estados e orga-nizações regionais de integração económica que sejamPartes da Convenção. O Protocolo estará aberto paraassinatura, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque,de 16 de Março de 1998 a 15 de Março de 1999. O presenteProtocolo será aberto para adesão no dia seguinte à dataem que for encerrado à assinatura. Os instrumentos deratificação, aceitação, aprovação ou adesão serão depo-sitados junto do depositário.

2 - Qualquer organização regional de integração económicaque se torne Parte do presente Protocolo, sem que qualquerdos seus Estados-Membros seja Parte, ficará sujeita a todasas obrigações decorrentes do presente Protocolo. No casode um ou mais Estados-Membros dessa organização seremPartes do presente Protocolo, a organização e os seusEstados-Membros decidirão sobre as suas respectivasresponsabilidades no que diz respeito ao cumprimento dassuas obrigações nos termos do Protocolo. Em tais casos, a

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Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Página 2234 Série I, N.° 17

organização e os seus Estados-Membros não poderãoexercer simultaneamente os direitos que decorrem dopresente Protocolo.

3 - Nos seus instrumentos de ratificação, aceitação, aprovaçãoou adesão, as organizações regionais de integraçãoeconómica declararão o âmbito das suas competênciasrelativamente às matérias regidas pelo presente Protocolo.Estas organizações informarão também o depositário, oqual, por sua vez, informará as Partes, sobre qualqueralteração substancial no âmbito das suas competências.

Artigo 25.º

1 - O presente Protocolo entrará em vigor no nonagésimo diaapós a data em que pelo menos 55 Partes da Convenção,englobando as Partes incluídas no anexo I quecontabilizaram no total um mínimo de 55% das emissõestotais de dióxido de carbono em 1990 das Partes incluídasno anexo I, tenham depositado os seus instrumentos deratificação, aceitação, aprovação ou adesão.

2 - Para efeitos do presente artigo, «as emissões totais dedióxido de carbono em 1990 das Partes incluídas no anexoI» significa a quantidade comunicada pelas Partes incluídasno anexo I, na data de adopção do Protocolo ou em dataanterior, na sua primeira comunicação nacional submetidaem conformidade com o artigo 12.º da Convenção.

3 - Para cada Estado ou organização regional de integraçãoeconómica que ratifique, aceite ou aprove o presenteProtocolo, ou adira a ele depois de verificadas as condiçõespara a sua entrada em vigor previstas no n.º 1, o presenteProtocolo entrará em vigor no 90.º dia após a data dedepósito do seu instrumento de ratificação, aceitação, apro-vação ou adesão.

4 - Para os efeitos do presente artigo, qualquer instrumentodepositado por uma organização regional de integraçãoeconómica não será considerado como adicional aosinstrumentos depositados pelos Estados-Membros dessaorganização.

Artigo 26.º

Não poderão ser formuladas reservas ao presente Protocolo.

Artigo 27.º

1 - Decorridos três anos após a data de entrada em vigor dopresente Protocolo para uma Parte, esta poderá, em qualqueraltura, denunciar o presente Protocolo mediante notificaçãoescrita ao depositário.

2 - Esta denúncia será efectiva decorrido que seja um anocontado desde a data da recepção, pelo depositário, danotificação de denúncia, ou em data posterior especificadana referida notificação.

3 - Qualquer Parte que denuncie a Convenção será consideradacomo tendo também denunciado o presente Protocolo.

Artigo 28.º

O original do presente Protocolo, cujos textos em árabe, chinês,inglês, francês, russo e espanhol são igualmente autênticos,será depositado junto do Secretário-Geral das Nações Unidas.Feito em Quioto no 11.º dia do mês de Dezembro de 1997.

Em virtude do que, os abaixo assinados, devidamenteautorizados para o efeito, assinaram o presente Protocolo, nasdatas indicadas.

ANEXO AGases com efeito de estufa

Dióxido de carbono (C0(índice 2)).Metano (CH(índice 4)).Óxido nitroso (N(índice 2)O).Hidrofluorcarbonetos (HFCs).Perfluorcarbonetos (PFCs).Hexafluoreto de enxofre (SF(índice 6)).

Sectores/categorias de fontesEnergia:

Combustão de combustível:Indústrias de energia.Indústrias transformadoras e de construção.Transportes.Outros sectores.Outros.

Emissões fugitivas de combustíveis:Combustíveis sólidos.Petróleo e gás natural.Outros.

Processos industriais:Produtos minerais.Indústria química.Produção de metais.Outras produções.Produção de halocarbonetos e de hexafluoreto deenxofre.Consumo de halocarbonetos e de hexafluoreto deenxofre.Outros.

Uso de solventes e de outros produtos.

Agricultura:Fermentação entérica.Gestão de estrume.Cultivo de arroz.Solos agrícolas.Queimada intencional de savanas.Queimada de resíduos agrícolas.Outros.

Resíduos:Deposição de resíduos sólidos no solo.Manuseamento de águas residuais.Incineração de resíduos.Outros.

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Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Série I, N.° 17 Página 2235

ANEXO B:

Membro Limitação Quantificada de Emissão oucomprometimento de redução(percentagem do ano ou periodo base)

Australia 108Austria 92Bélgica 92Bulgária* 92Canadá 94Croácia* 95República Checa* 92Dinamarca 92Estónia* 92Comunidade Europeia 92Finlândia 92França 92Alemanha 92Grécia 92Hungária* 94Islândia 110Irlanda 92Itália 92Japão 94Látvia* 92Liechtenstein 92Lituânia* 92Luxemburgo 92Mónaco 92Holanda 92Nova Zelândia 100Noruega 101Polónia* 94Portugal 92România* 92Federação Russa* 100Eslováquia* 92Eslovénia* 92Espanha 92Suécia 92Suíça 92Ucrânia* 100Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte 92Estados Unidos da America 93

* Países que estão em processo de transição para uma economia de mercado

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Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Página 2236 Série I, N.° 17

DECRETO-LEI N.º 13/2008

de 7 de Maio

ORGÂNICA DA SECRETARIA DE ESTADO DAJUVENTUDE E DO DESPORTO

O Programa do Governo do IV Governo Constitucional prevêpara as áreas da Juventude e do Desporto, uma política queprivilegia uma actuação dinâmica e interactiva, através dacriação de uma estrutura, permitindo aos jovens umdesenvolvimento salutar e uma integração completa econsciente na vida activa. O conhecimento e a formação dapersonalidade dos jovens timorenses devem ser alicerçadospelas actividades sociais, culturais e desportivas e nos valorescívicos, de modo a que estejam aptos a participar, de formaconsciente e informada, no processo de tomada de decisões eno desenvolvimento do País.

Para esse efeito, a Secretaria de Estado da Juventude e doDesporto, apresenta uma estrutura organizacional simples eflexível, assente em organismos e serviços cuja acção é dirigidaà juventude e ao desporto, actuando, na medida do possível,como uma via aberta entre a acção governativa e os jovens.

O presente diploma visa aprovar a Orgânica da Secretaria deEstado da Juventude e do Desporto na qual se define aestrutura da Secretaria de Estado e as competências eatribuições de cada um dos seus serviços e organismos, porforma a dar cumprimento ao Decreto - Lei n.º 7/2007, de 5 deSetembro, que aprovou a Estrutura Orgânica do IV GovernoConstitucional da República Democrática de Timor-Leste.

Assim:

O Governo decreta nos termos do n.º 3 do artigo 115.º daConstituição da República e do artigo 37.º do Decreto - Lei n.º7/2007, de 5 de Setembro, para valer como lei, o seguinte:

CAPÍTULO INATUREZA E ATRIBUIÇÕES

Artigo 1.ºNatureza

A Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto,abreviadamente designada por SEJD, é o órgão central doGoverno que tem por missão conceber, executar, coordenar eavaliar a política, definida e aprovada pelo Conselho deMinistros, para as áreas da promoção do bem estar edesenvolvimento da juventude, educação física e desporto.

Artigo 2.ºAtribuições

Na prossecução da sua missão, são atribuições da SEJD:

a) Propor ao Governo as linhas de orientação política da SEJDe elaborar os projectos de regulamentação necessários noâmbito das áreas da Juventude e do Desporto;

b) Assegurar a implementação do quadro legal e regulamen-

tador das actividades relacionadas com a Juventude e oDesporto;

c) Promover, em coordenação com as restantes entidadescompetentes, as actividades destinadas aos jovensespecialmente nos campos do desporto, da arte e da cultura;

d) Estabelecer mecanismos de colaboração e de coordenaçãocom outros órgãos do Governo com tutela sobre áreas cone-xas no âmbito da implementação da politica nacional dajuventude.

e) Estabelecer mecanismos de colaboração com organizaçõesda sociedade civil com responsabilidades nas áreas da ju-ventude e do desporto, aos níveis nacional e internacional,a fim de promover o intercâmbio cultural;

f) Criar mecanismos de apoio e financiamento de projectos dejovens;

g) Criar mecanismos para o desenvolvimento do conhecimentoe promover a respectiva divulgação junto da juventude,através dos meios de comunicação;

h) Exercer as demais funções necessárias à prossecução damissão da SEJD;

i) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas por lei.

CAPÍTULO IITUTELA E SUPERINTENDÊNCIA

Artigo 3.ºTutela e Superintendência

A SEJD é superiormente tutelada pelo Secretário de Estado daJuventude e do Desporto, que a superintende e por ela re-sponde perante o Primeiro-Ministro.

CAPÍTULO IIIESTRUTURA ORGÂNICA

Artigo 4.ºEstrutura geral

A SEJD prossegue suas atribuições através de serviços integ-rados nos orgãos da administração directa, administração indi-recta, orgãos consultivos e delegações territoriais.

Artigo 5.ºAdministração Indirecta do Estado

1. Por diploma ministerial fundamentado dos membros do Go-verno responsáveis pelas áreas da Juventude e do Des-porto, das Finanças e da Administração Estatal, podem sercriadas delegações territoriais de serviços da SEJD.

2. Sob a proposta do Secretario de Estado, o Conselho de Mi-nistros pode aprovar por decreto-lei, a criação de orga-nismos, com autonomia administrativa, financeira e patri-monial, sob a tutela directa do Secretário de Estado.

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Artigo 6.ºAdministração Directa do Estado

Integram a administração directa do Estado, no âmbito da SEJD,os seguintes serviços centrais:

a) Director - Geral;

b) Direcção Nacional de Administração e Finanças;

c) Direcção Nacional da Juventude;

d) Direcção Nacional do Desporto;

e) Direcção Nacional da Política e Desenvolvimento;

f) Direcção Nacional da Arte;

g) Direcção Nacional da Comunicação.

CAPÍTULO IVSERVIÇOS, ORGANISMOS, ÓRGÃOS CONSULTIV OS

EDELEGAÇÕES TERRITORIAIS

SECÇÃO ISERVIÇOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRECT A DO

ESTADO

Artigo 7.ºDirector - Geral

1- O Director - Geral tem por missão assegurar a orientaçãogeral de todos os serviços da SEJD.

2 - O Director - Geral prossegue as seguintes atribuições:

a) Assegurar a orientação geral dos serviços de acordocom o programa do Governo e com as orientaçõessuperiores do Secretário de Estado;

b) Propor ao Secretário de Estado as medidas mais conve-nientes para a prossecução das atribuições mencio-nadas na alínea anterior;

c) Participar no desenvolvimento de políticas e regula-mentos relacionados com a sua área de intervenção;

d) Coordenar a preparação das propostas de leis e regula-mentos da Secretaria de Estado;

e) Assegurar a administração geral interna da Secretariade Estado e dos serviços, de acordo com os programasanuais e plurianuais;

f) Planear as medidas de investimento público, elaborar oprojecto e executar o respectivo orçamento;

g) Controlar a execução do orçamento de funcionamento;

h) Acompanhar a execução dos projectos e programas decooperação internacional e proceder à sua avaliação

interna, sem prejuízo da existência de mecanismos deavaliação próprios, em coordenação com os Ministériosdos Negócios Estrangeiros e das Finanças;

i) Verificar a legalidade das despesas e proceder ao seupagamento, após a autorização do Secretário de Estado;

j) Coordenar os recursos humanos;

k) Promover a formação e o desenvolvimento técnico pro-fissional do pessoal dos órgãos e serviços;

l) Coordenar a preparação das actividades do ConselhoConsultivo;

m) Elaborar, em conjunto com as Direcções Nacionais, orelatório anual de actividades da Secretaria de Estado;

n) Apresentar relatório anual das suas actividades;

o) Realizar as demais actividades que lhe forem atribuídasnos termos legais.

Artigo 8.ºDirecção Nacional de Administração e Finanças

1. A Direcção Nacional de Administração e Finanças, abrevia-damente designada por DNAF, tem por missão assegurar oapoio técnico e administrativo ao Secretário de Estado, aoDirector - Geral e aos restantes serviços SEJD, nos domíniosda administração geral, recursos humanos, documentaçãoe arquivo e gestão patrimonial.

2. A DNAF prossegue as seguintes atribuições:

a) Prestar apoio técnico e administrativo ao Secretário deEstado, ao Director Geral e às demais direcções da SEJD;

b) Garantir a inventariação, manutenção e preservação egestão do património do Estado, bem como a inven-tariação e manutenção dos contratos de fornecimentode bens e serviços, afectos à Secretaria de Estado;

c) Coordenar a execução e o controlo da afectação de ma-terial a todas as direcções da Secretaria de Estado;

d) Assegurar um sistema de procedimentos de comunica-ção interna comum aos órgãos e serviços da Secretariade Estado;

e) Em colaboração com todos os serviços da Secretaria deEstado e de acordo com as orientações superiores, ela-borar o Plano Anual de Actividades e a proposta doPrograma de Investimento Sectorial da Secretaria deEstado, bem como proceder ao acompanhamento eavaliação da sua execução;

f) Participar na elaboração de planos sectoriais junto dosdiversos serviços da Secretaria de Estado;

g) Preparar em colaboração com as demais entidades com-petentes a elaboração do projecto de orçamento anual

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Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Página 2238 Série I, N.° 17

da Secretaria de Estado;

h) Coordenar a execução das dotações orçamentais atri-buídas aos diversos serviços da Secretaria de Estado,sem prejuízo da existência de outros meios de controloe avaliação realizados por outras entidades com-petentes;

i) Coordenar e harmonizar a execução dos planos anuaise plurianuais em função das necessidades definidassuperiormente;

j) Preparar e realizar o aprovisionamento da Secretaria deEstado;

k) Cumprir e fazer cumprir as leis, regulamentos e outrasdisposições legais de natureza administrativa efinanceira;

l) Promover o recrutamento, contratação, acompanha-mento, avaliação, promoção e reforma dos funcionários;

m) Processar as listas para as remunerações dos funcioná-rios;

n) Assegurar a recolha, guarda, conservação e tratamentoda documentação da SEJD, nomeadamente o arquivodos ficheiros pessoais dos funcionários da Secretariade Estado;

o) Cumprir e fazer cumprir a legislação aplicável aos traba-lhadores da função pública, propondo superiormente ainstauração de processos de inquérito e disciplinares eproceder à instrução dos que forem determinados su-periormente;

p) Emitir pareceres e outras informações com vista a proporsuperiormente medidas administrativas de melhora-mento da gestão dos recursos humanos;

q) Desenvolver as acções necessárias ao cumprimentodas normas sobre condições ambientais de higiene esegurança no trabalho;

r) Manter um sistema de arquivo e elaboração de esta-tísticas respeitantes à Secretaria de Estado e um sistemainformático actualizado sobre os bens patrimoniaisafectos à Secretaria de Estado;

s) Desenvolver as acções necessárias para assegurar amanutenção das redes de comunicação interna eexterna, bem como o bom funcionamento e utilizaçãodos recursos informáticos;

t) Apreciar projectos de instalações de centros da juven-tude e do desporto e que sejam submetidos à apreciaçãoda SEJD, pronunciando-se sobre a sua utilidade eviabilidade financeira;

u) Pronunciar-se sobre a viabilidade financeira de programade construção e recuperação do equipamento e das in-fra-estruturas desportivas, em colaboração, designada-

mente, com as autoridades locais, sem prejuízo dascompetências cometidas por lei a outras entidades;

v) Apresentar relatório anual das suas actividades;

w) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribuídas porlei.

Artigo 9.ºDirecção Nacional da Juventude

1. A Direcção Nacional da Juventude, abreviadamente desig-nada por DNJ, tem por missão executar as políticas adop-tadas na criação dos mecanismos de apoio, de organizaçãoe de formação da vida dos jovens, oferecendo-lhes opçõese oportunidades de construir uma vida estável e bem integ-rada na sociedade.

2. A DNJ prossegue as seguintes atribuições:

a) Promover, criar e desenvolver programas para jovens,designadamente nas áreas:

i. Da ocupação de tempos livres;

ii. Do voluntariado;

iii. Do associativismo;

iv. Da formação profissional;

v. Da mobilidade e do intercâmbio;

vi. Da formação da cidadania;

b) Apoiar e incentivar a participação dos jovens Timo-renses em organismos e eventos internacionaisvocacionados para a sua faixa etária;

c) Angariar e promover prémios, bolsas e protocolos comentidades privadas, tendentes à colocação e estágiode jovens de elevado e reconhecido mérito académicoou de elevado potencial de aprendizagem;

d) Autorizar a concessão de apoio às associações juveniscuja estrutura e organização estejam de acordo com alei e os regulamentos aplicáveis;

e) Apresentar relatório anual das suas actividades;

f) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas por lei.

Artigo 10.ºDirecção Nacional do Desporto

1. A Direcção Nacional do Desporto abreviadamente designadapor DND tem por missão executar as políticas adoptadaspara o desenvolvimento do Desporto em Timor-Leste, tendocomo principal objectivo a regulação e coordenação daactividade desportiva.

2. A DND prossegue as seguintes atribuições:

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Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Série I, N.° 17 Página 2239

a) Promover e apoiar técnica, material e financeiramente odesenvolvimento da prática desportiva, nomeadamentenas vertentes da alta competição, da educação física edesportiva escolar e do desporto comunitário;

b) Propor a adopção de programas com vista à promoçãoda prática desportiva e respectiva generalização;

c) Propor, em coordenação com as entidades competentesda área da saúde, medidas tendentes à adopção do exa-me de aptidão e do controlo médico-desportivo, noacesso e no decurso da prática desportiva de altacompetição;

d) Coordenar e apoiar as representações nacionais emcompetições internacionais;

e) Fomentar as boas práticas de gestão desportiva e ocombate à corrupção nas entidades e associações des-portivas;

f) Apoiar, técnica e financeiramente, a realização de even-tos desportivos de interesse público relevante;

g) Participar em acções de divulgação da prática desportivasaudável;

h) Criar e gerir programas e as medidas de apoio à formaçãodos agentes desportivos e dos agentes paradespor-tivos;

i) Promover a criação de núcleos desportivos nas escolas,sucos, aldeias, locais de trabalho;

j) Apresentar relatório anual das suas actividades;

k) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas por lei.

Ar tigo 11.ºDirecção Nacional da Política e Desenvolvimento

1. A Direcção Nacional da Política e Desenvolvimento, abrevia-damente designada por DNPD, tem por missão estudar,avaliar e formular planos e medidas legislativas no âmbitodas atribuições da SEJD.

2. A DNPD prossegue as seguintes atribuições:

a) Promover a celebração de protocolos e acordos comorganizações, nacionais e internacionais, países daregião e países de língua oficial portuguesa, nomea-damente:

i. Na formação de agentes desportivos timorenses pa-ra o ensino e acompanhamento da prática despor-tiva;

ii. No desenvolvimento de intercâmbios no âmbito daformação e treino de atletas Timorenses em ambientede alta competição;

iii. Assegurando a comunicação e coordenação da par-

ticipação de representações nacionais em eventosinternacionais;

iv. Propor o estabelecimento de organismos de desen-volvimento do desporto;

b) Analisar e propor programas internacionais e projectosde cooperação internacional para o desenvolvimentoda juventude;

c) Propor medidas legislativas nomeadamente nas áreasde competência da SEJD, as relativas ao associativismojuvenil;

d) Apresentar relatório anual das suas actividades;

e) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas por lei.

Artigo 12.ºDirecção Nacional de Ar te

1. A Direcção Nacional de Arte, abreviadamente designadapor DNA, tem por missão criar mecanismos que permitamaos jovens desenvolver a criatividade através das diversasmanifestações da arte.

2. A DNA, em coordenação com os competentes serviços daSecretaria de Estado da Cultura, prossegue as seguintesatribuições:

a. Promover nos jovens valores cívicos e a consciênciados valores culturais que contribuam para a conso-lidação da unidade, da paz e da construção da NaçãoTimorense;

b. Promover nos jovens o interesse pelo conhecimento epela divulgação da cultura Timorense nos planosnacional e internacional;

c. Financiar actividades sócio-culturais-desportivas, atra-vés de intercâmbios promovidos aos níveis nacional einternacional;

d. Fomentar na juventude, de forma educativa e recreativa,o interesse pela cultura e pelas tradições, nas suas diver-sas formas de arte, como sejam o teatro, a dança, a mú-sica, a pintura e a gastronomia;

e. Promover actividades, designadamente, nas áreas dasartes plásticas, artesanato e audio-visual;

f. Propor a criação de um centro nacional de artes para ajuventude;

g. Apresentar relatório anual das suas actividades;

h. Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas por lei.

Artigo 13.ºDirecção Nacional da Comunicação

1. A Direcção Nacional da Comunicação, abreviadamente

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Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Página 2240 Série I, N.° 17

designada por DNC, tem por missão promover a divulgaçãodas acções promovidas pela SEJD e de informaçãorespeitante aos jovens, de modo a sensibilizar a juventudepara a escrita, para a leitura e crítica literária e para oconhecimento e utilização da tecnologia informática.

2. A DNC prossegue as seguintes atribuições:

a) Coordenar a informação para o público, imprensa eoutros órgãos governamentais;

b) Assegurar e planear as funções de relações públicas ede protocolo nas cerimónias e actos oficiais da SEJD;

c) Promover o habito da leitura através da criação da bi-blioteca da juventude;

d) Disseminar informações ao público por meio da revistada juventude;

e) Coordenar com outras agencias de comunicação socialpara a disseminação as actividades, eventos, projectose programas da SEJD.

f) Propor a produção de filmes, programas de rádio e detelevisão dirigidos aos jovens;

g) Propor a criação do centro de tecnologia informáticapara a juventude;

h) Apresentar relatório anual das suas actividades;

i) Quaisquer outras que lhe sejam atribuídas por lei.

SECÇÃO IIÓRGÃOS CONSULTIV OS E DELEGAÇOES

TERRITORIAIS

SUBSECÇÃO ICONSELHO CONSULTIV O

Artigo 14.ºConselho Consultivo da Juventude e do Desporto

1. O Conselho Consultivo da Juventude e do Desporto, abre-viadamente designado por Conselho Consultivo, é o órgãocolectivo de consulta e coordenação que tem por missãofazer o balanço periódico das actividades da SEJD.

2. São atribuições do Conselho Consultivo, nomeadamente,pronunciar-se sobre:

a) As decisões da SEJD com vista à sua implementação;

b) Os planos e programas de trabalho;

c) O balanço das actividades da SEJD, avaliando os resul-tados alcançados, e propondo novos objectivos;

d) O intercâmbio de experiências e informações entre todosos serviços e organismos da SEJD e entre os respectivosdirigentes;

e) Diplomas legislativos de interesse do SEJD ou quaisqueroutros documentos provenientes dos seus serviçosou organismos;

f) Projectos de instalações desportivas que sejamsubmetidos à apreciação da SEJD, quanto àsrespectivas utilidade e viabilidade técnicas;

g) As demais actividades que lhe forem submetidas.

3. O Conselho Consultivo tem a seguinte composição:

a) Secretário de Estado, que preside;

b) Director - Geral;

c) Diretores Nacionais;

d) Chefe de Gabinete do Secretário de Estado;

e) Presidente do Conselho Nacional da Juventude de Ti-mor-Leste (CNJTL).

4. O Secretário de Estado pode convocar para participar nasreuniões do Conselho Consultivo outras entidades, qua-dros ou individualidades, dentro ou fora da Secretaria deEstado, sempre que entenda conveniente.

5. O Conselho Consultivo reúne-se ordinariamente uma vezpor mês e extraordinariamente sempre que o Secretário deEstado o determinar.

SUBSECÇÃO IIDELEGAÇÕES TERRITORIAIS

Artigo 15.ºDelegações Territoriais

1. As delegações territoriais têm por missão a execução dosprogramas da juventude e do desporto que lhes tenham si-do atribuídos e a recolha de dados operacionais para a res-pectiva avaliação e para a concepção de medidas de políticase planos sectoriais locais.

2. As delegações territoriais podem ter âmbito distrital ouregional.

CAPÍTULO IVDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 16.ºForma de articulação dos serviços

1. Os serviços da SEJD devem funcionar por objectivos forma-lizados em planos de actividades anuais e plurianuais apro-vados pelo Secretário de Estado da Juventude e do Des-porto.

2. Os serviços devem colaborar entre si e articular as suas acti-vidades de forma a promover uma actuação unitária e in-tegrada das políticas da SEJD.

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Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Série I, N.° 17 Página 2241

Artigo 17.ºDiplomas orgânicos complementares

Sem prejuízo do disposto no presente diploma, ao Primeiro-Ministro sob proposta do Secretário de Estado da Juventudee do Desporto, compete aprovar por diploma ministerial próprioa regulamentação da estrutura orgânico-funcional dasdirecções nacionais.

Artigo 18.ºQuadro de pessoal

O quadro de pessoal e o número de quadros de direcção echefia são aprovados por diploma ministerial do Primeiro-Ministro, do membro do Governo responsável pela área dasfinanças e pelo membro do Governo responsável pela área daadministração pública, sob proposta do Secretário de Estadoda Juventude e do Desporto.

Artigo 19.ºNorma revogatória

São revogadas todas as disposições legais e regulamentaresque contrariem o presente diploma.

Artigo 20.ºEntrada em vigor

O presente diploma legal entra em vigor no dia seguinte à datada sua publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros, aos 16 de Janeirode 2007

O Primeiro-Ministro

____________________Kay Rala Xanana Gusmão

Promulgado em 16-04-2008

Publique-se.

O Presidente da República Interino

_____________________Fenando Lasama de Araújo

DECRETO-LEI N.° 14/2008.de 7 de Maio

REGIME DA AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOSTRABALHADORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A avaliação do desempenho é um importante instrumento paraa introdução de uma nova cultura de gestão pública, para umacorrecta apreciação dos recursos alocados a cada um dosorganismos e funções e para a criação de condições de maiormotivação profissional, qualificação e formação permanentedos recursos humanos.

O objectivo da avaliação é melhorar os resultados dostrabalhadores, ajudando-os a atingir níveis de desempenhomais elevados, com vista a aumentar as oportunidades decarreira de acordo com as potencialidades demonstradas porcada um e valorizar as contribuições individuais para a equipa.

Com o Regime de Avaliação do Desempenho dosTrabalhadores da Administração Pública é dado mais um passopara a edificação do quadro legislativo da AdministraçãoPública de Timor-Leste.

Assim, o Governo decreta, ao abrigo do disposto na alínea p)do artigo 115º da Constituição da República e nos artigos 18º,nº 4 e 119º, nº 2 da Lei nº 8/2004, de 16 de Junho, para valer co-mo lei, o seguinte:

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

SECÇÃO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1ºObjecto

O presente decreto-lei estabelece o regime de avaliação dodesempenho dos dirigentes, funcionários e agentes daAdministração Pública.

Artigo 2ºÂmbito de aplicação

1. O presente decreto-lei é aplicável a todos dirigentes, funcio-nários e agentes dos organismos da administração directado Estado bem como dos institutos públicos e de outrasentidades autónomas.

2. A aplicação do presente decreto-lei abrange ainda os de-mais trabalhadores da administração directa do Estado, dosinstitutos públicos e outras entidades autónomas,independentemente do título jurídico da relação de trabalho,desde que o respectivo contrato seja por prazo superior aseis meses.

Artigo 3ºObjectivos da avaliação

1. A avaliação do desempenho tem como finalidade avaliar,responsabilizar e reconhecer o mérito dos dirigentes, fun-cionários, agentes da Administração Pública, em funçãoda produtividade e concretização dos objectivos dosserviços e organismos públicos.

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Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Página 2242 Série I, N.° 17

2. É também instrumento de avaliação do funcionário em pe-ríodo probatório quanto à satisfação das condições paraintegrar uma carreira na função pública.

3. A avaliação do desempenho visa ainda a prossecução dosseguintes objectivos:

a) Motivar os funcionários e agentes;

b) Melhorar o seu desempenho profissional;

c) Incentivar a comunicação entre as chefias e os seus su-bordinados;

d) Melhorar a gestão integrada de recursos humanos;

e) Promover a excelência da qualidade da prestação deserviços ao público.

SECÇÃO IIPRINCIPIOS DA AVALIAÇÃO

Artigo 4ºPrincípios gerais

1. A avaliação do desempenho baseia-se em critérios objec-tivos e subordina-se, em especial, aos princípios da justiça,igualdade, imparcialidade e fundamentação adequada.

2. O desempenho dos dirigentes, funcionários, agentes e de-mais trabalhadores da Administração Pública, deve ser ava-liado em função da área funcional do avaliado, bem como aestrutura, os objectivos e o plano de actividades do serviçoou entidade.

3. Os objectivos devem ser redigidos de forma clara e concre-tamente definidos tendo em conta a proporcionalidade entreos resultados a obter pelos trabalhadores e os meiosdisponíveis para a sua concretização.

4. Antes de ser atribuída a avaliação deve ser dada a possibi-lidade aos funcionários e agentes de, mediante auto-ava-liação, darem a conhecer aos avaliadores o que consideramter sido o seu desempenho no período em causa.

Artigo 5ºConfidencialidade

1. O procedimento de avaliação do desempenho tem carácterconfidencial, devendo as fichas de avaliação ser arquivadasno processo individual do avaliado.

2. Todos os intervenientes no procedimento de avaliação dedesempenho estão sujeitos ao dever de sigilo, à excepçãodo avaliado.

Artigo 6ºGarantias de imparcialidade

Nenhum funcionário ou agente pode ser avaliador ou porqualquer outro modo intervir no procedimento de avaliaçãodo seu cônjuge, parente ou afim na linha recta ou até ao terceirograu da linha colateral.

Artigo 7ºPeriodicidade

A avaliação do desempenho é anual, e o respectivo proce-dimento decorrerá entre os meses de Janeiro e Fevereiro, semprejuízo do disposto no presente decreto-lei para a avaliaçãoextraordinária.

SECÇÃO IIIDIREITOS, DEVERES E GARANTIAS

Artigo 8ºDireitos e deveres

1. Em cumprimento dos princípios enunciados no presentedecreto-lei é direito do avaliado e dever do avaliadorproceder à análise conjunta dos factores considerados paraa avaliação e da auto-avaliação.

2. Constitui igualmente dever do avaliado proceder à respec-tiva auto-avaliação como garantia de envolvimento activoe responsabilização no procedimento de avaliação.

3. Os dirigentes dos serviços são responsáveis pela aplicaçãoe divulgação em tempo útil do procedimento de avaliação,garantindo o cumprimento dos seus princípios.

Artigo 9ºReclamação e recurso

É garantido o direito de reclamação e recurso, não constituindofundamento atendível deste último a invocação de merasdiferenças de classificação com base na comparação entreclassificações atribuídas.

CAPÍTULO IIEXPRESSÃO E EFEITOS DA AVALIAÇÃO

Artigo 10ºExpressão da avaliação

A avaliação do desempenho é expressa numa menção qua-litativa de “Muito Bom”, “Bom”, “Suficiente” e “Insuficiente”obtida através de um sistema de avaliação baseado naapreciação quantitativa e qualitativa do serviço prestado emrelação aos factores de avaliação pré-estabelecidos.

Ar tigo 11ºEfeitos da avaliação

1. A avaliação do desempenho é obrigatoriamente consideradapara efeitos de:

a) Promoção e progressão nas carreiras e categorias;

b) Conversão da nomeação provisória em definitiva;

c) Renovação de contratos.

2. Para efeitos do disposto no número anterior é exigida, nomínimo, a classificação de Bom, excepto nos casos em quelegalmente seja indispensável a classificação de Muito Bome, em qualquer das situações, pelo tempo de serviço legal-mente estabelecido.

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Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Série I, N.° 17 Página 2243

3. Para efeitos de promoção e progressão nas carreiras e ca-tegorias as avaliações atribuídas devem ser em númeroigual ao número de anos de serviço exigidos como requisitode tempo mínimo de permanência na categoria ou escalãoanteriores.

4. A atribuição de Muito Bom na avaliação de desempenho,durante dois anos consecutivos, reduz em um ano osperíodos legalmente exigidos para progressão.

Artigo 12ºEfeitos da atribuição da menção “Insuficiente”

1. Quando, por força da legislação especial aplicável, a atri-buição da menção «Insuficiente» não implique a cessaçãoimediata de funções, devem ser adoptadas medidas comvista à melhoria do desempenho do funcionário avaliado,designadamente formação, reclassificação ou reconversãoprofissional, redistribuição de tarefas ou afectação do fun-cionário a outra subunidade.

2. Tratando-se de funcionários de nomeação definitiva, a atri-buição da menção «Insuficiente» implica a abertura de umprocesso de averiguações e, sempre que a presença dofuncionário se revele inconveniente para o serviço, cons-titui fundamento para a suspensão preventiva de funções.

3. Relativamente aos agentes e demais trabalhadores em re-gime de contrato, a atribuição da menção «Insuficiente»implica a imediata cessação de funções.

4. A obtenção da menção «Insuficiente» pelo funcionário naavaliação por conclusão do período probatório implica nasua demissão por inadequação.

CAPÍTULO IIIFACTORES, APURAMENT O E FICHAS DE

AVALIAÇÃO

Artigo 13ºFactores de avaliação

1. A avaliação do desempenho baseia-se num sistema em queos funcionários e agentes são obrigatoriamente avaliadosem relação a cada um dos seguintes factores:

a) «Sentido de responsabilidade» — avalia o comprome-timento e a eficácia com que o funcionário ou agenteexecuta os objectivos previamente fixados de acordocom as suas funções, incluindo a gestão dos recursoshumanos, materiais e financeiros existentes;

b) «Aperfeiçoamento contínuo» — avalia o zelo que ofuncionário ou agente demonstra continuamente namelhoria do seu desempenho profissional, bem comono seu desenvolvimento pessoal e profissional;

c) «Relações no trabalho e com o público» — avalia o re-lacionamento do funcionário ou agente com as pessoascom quem trabalha, sua contribuição para a criação deum bom ambiente global de trabalho, bem como suadisponibilidade no atendimento do público e a suaorientação para a satisfação das necessidades doscidadãos;

d) «Regularidade e assiduidade no posto de trabalho»— avalia o tempo efectivo de comparência e perma-nência do funcionário ou agente no serviço, bem comoo cumprimento do horário de trabalho estabelecido;

e) «Inovação, criatividade e flexibilidade» — avalia odesenvolvimento e apresentação pelo funcionário ouagente de novos métodos, técnicas e procedimentosque contribuam para a solução dos problemas e para aoptimização do trabalho, bem como a sua disponibili-dade para a mudança, tendo em conta as característicasdas situações concretas em que as suas funções serealizam.

f) «Iniciativa e autonomia» — avalia a forma como ofuncionário ou agente, por si próprio, procura soluçõese apresenta sugestões conducentes a uma melhoriaefectiva do trabalho, bem como a independência comque exerce as respectivas funções;

g) «Trabalho em equipa» — avalia a participação e coope-ração do funcionário ou agente no trabalho de grupo,bem como a sua contribuição para a obtenção dosresultados da equipa;

h) «Liderança e gestão de equipas» — avalia como o ti-tular de cargo de chefia ou direcção estabelece asestratégias necessárias à prossecução dos objectivose resultados da subunidade que chefia, bem como aforma como orienta, motiva e comunica com osrespectivos funcionários ou agentes;

i) «Coordenação e articulação» — avalia como o titularde cargo de chefia ou direcção colabora na articulaçãoentre unidades do órgão a que pertencem, de forma apromover uma actuação unitária e integrada deatendimento das políticas e objectivos definidos paraaquele órgão;

2. Os itens h) e i) anteriores são exclusivos para avaliação detitulares de cargos de chefia ou direcção.

3. Antes do período avaliado, as chefias e direcções estabe-lecem dois objectivos de trabalho, cujos resultados integramcomo factores de avaliação dos funcionários e agentes.

4. Estes objectivos devem relacionar-se com o desempenhoglobal do serviço, e a avaliação deve observar os indica-dores de sucesso estabelecidos nos planos anuais.

Artigo 14ºApuramento da avaliação

A avaliação do desempenho é obtida através da soma globaldos factores de avaliação expresso nas seguintes mençõesqualitativas:

a) Muito Bom – 36 pontos ou mais;

b) Bom – de 24 a 35 pontos;

c) Suficiente – de 15 a 23 pontos;

d) Insuficiente – até 14 pontos.

Artigo 15ºFichas de avaliação

1. A avaliação do desempenho é feita mediante o preenchi-mento de fichas de avaliação anexas ao presente diploma.

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Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Página 2244 Série I, N.° 17

2. As fichas de avaliação contêm obrigatoriamente as «Ins-truções de Preenchimento da Ficha de Avaliação de Desem-penho» onde são identificados os factores de avaliação aque o funcionário ou agente é ou pode ser sujeito,consoante a categoria e natureza das funções.

CAPÍTULO IVCOMPETÊNCIA PARA AVALIAR E HOMOLOGAR

Artigo 16ºIntervenientes no procedimento de avaliação

1. São intervenientes no procedimento de avaliação do de-sempenho o avaliado, o avaliador directo e o dirigentemáximo do serviço ou do organismo autónomo.

2. A ausência ou impedimento de avaliador directo nãoconstitui fundamento para a falta de avaliação.

Artigo 17ºAvaliadores

1. A avaliação é da competência do superior hierárquicoimediato ou do funcionário que possua responsabilidadesde coordenação sobre o avaliado.

2. Os avaliadores devem ter, no mínimo, seis meses de contactofuncional com o avaliado.

3. Nos casos em que não estejam reunidas as condições pre-vistas no número anterior é avaliador o superior hierárquicode nível seguinte.

4. Compete aos avaliadores aplicar correctamente os princípiosda avaliação de acordo com os objectivos fixados para oorganismo e para a respectiva unidade orgânica.

Artigo 18ºDirigente máximo do serviçoDirigente máximo do serviço

1. Para efeitos de aplicação do presente decreto-lei, considera-se dirigente máximo do serviço o titular do cargo de Direc-tor-Geral ou outro dirigente responsável pelo serviço ouorganismo directamente dependente do membro doGoverno.

2. Compete ao dirigente máximo do serviço:

a) Coordenar e controlar o procedimento anual de avalia-ção do desempenho;

b) Dar parecer e decidir sobre as reclamações dos avalia-dos;

c) Homologar as classificações.

CAPÍTULO VPROCEDIMENT O DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

SECÇÃO IMODALIDADES

Artigo 19ºModalidades da avaliação

1. A avaliação do desempenho pode ser ordinária ouextraordinária.

2. A avaliação ordinária reporta-se ao tempo de serviçoprestado no ano civil anterior não avaliado.

Artigo 20ºAvaliação ordinária

A avaliação ordinária respeita aos dirigentes, funcionários eagentes que, no ano civil anterior, tenham mais de seis mesesde serviço efectivo prestado, em contacto funcional com orespectivo avaliador directo.

Artigo 21ºAvaliação extraordinária

1. São avaliados extraordinariamente os dirigentes, funcio-nários e agentes não abrangidos no artigo anterior, devendoo interessado na avaliação solicitar o seu pedido por escritoao dirigente máximo do serviço.

2. A avaliação extraordinária segue o procedimento da ava-liação ordinária com as necessárias adaptações.

Artigo 22ºAvaliação das chefias

1. O desempenho dos titulares dos cargos de direcção e che-fia, ainda que exercido em regime de substituição, inicia-sena data do início das respectivas funções, reportando-se,em regra, ao período de 1 ano, e segue as seguintes especi-ficidades:

a) Os titulares dos cargos de Director Nacional são ava-liados pelo Director-Geral ou pelo dirigente responsávelpelo serviço ou organismo directamente dependentedo membro do Governo;

b) Os titulares dos cargos de Chefe de Departamento sãoavaliados pelo Director Nacional do qual dependemhierarquicamente.

2. Os titulares dos cargos de Director-Geral não estão sujeitosa avaliação do desempenho, sendo-lhes atribuída a classi-ficação obtida no último ano imediatamente anterior à suanomeação, para efeitos de promoção e progressão.

3. Sem prejuízo do disposto no número anterior, os titularesdos cargos de Director-Geral, podem requerer uma avaliaçãoextraordinária nos termos do disposto no artigo anterior.

SECÇÃO IIPROCEDIMENTO

Artigo 23ºFases do procedimento

O procedimento de avaliação compreende as seguintes fases:

a) Auto-avaliação;

b) Avaliação e comunicação;

c) Reclamação para o dirigente máximo do serviço;

d) Homologação;

e) Recurso hierárquico.

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Artigo 24ºAuto-avaliação

1. A auto-avaliação tem como objectivo envolver o avaliadono processo de avaliação e estimular o relacionamento como superior hierárquico de modo a identificar oportunidadesde desenvolvimento profissional.

2. A auto-avaliação tem carácter preparatório e não é vincu-lativa para a pontuação final da avaliação.

3. A auto-avaliação é feita através de preenchimento de fichaprópria para ser entregue ao avaliador até 5 de Janeiro.

Artigo 25ºAvaliação

A avaliação consiste no preenchimento das fichas de avaliaçãodo desempenho pelo avaliador, a realizar entre 10 e 30 de Janeiro.

Artigo 26ºComunicação da avaliação

Após o preenchimento definitivo da ficha de avaliação, aavaliação atribuída é imediatamente dada a conhecer aoavaliado, sendo-lhe entregue uma cópia da respectiva ficha deavaliação.

Artigo 27ºReclamação para o dirigente máximo do serviço

1. Após tomar conhecimento da sua avaliação, o avaliado po-de apresentar reclamação por escrito para o dirigente má-ximo do serviço, a quem será enviada, no prazo de cincodias úteis, juntamente com manifestação do avaliador.

2. A reclamação deve ser fundamentada, não bastando a merainvocação de diferenças de avaliação com base na compa-ração com a avaliação atribuída a outros trabalhadores ouem resultados de avaliações de anos anteriores.

3. A decisão sobre a reclamação será proferida no prazo máxi-mo de 5 dias úteis e é imediatamente notificada ao avaliado.

Artigo 28ºHomologação

1. Findo o prazo para reclamar ou proferida a decisão da rec-lamação, a avaliação é submetida para homologação.

2. O titular do órgão competente para a homologação podealterar a avaliação efectuada pelo avaliador, desde quefundamente devidamente cada um dos valores a atribuir.

3. Proferida a decisão de homologação, é a mesma dada aconhecer ao avaliado no prazo de 3 dias.

4. As avaliações de desempenho devem ser homologadas, nomáximo, até 28 de Fevereiro.

Artigo 29ºRecurso hierárquico

1. Da homologação da avaliação cabe recurso hierárquico pa-ra o membro do Governo competente, a interpor no prazode 5 dias úteis contados a partir da data do seu conheci-mento.

2. O recurso não pode ser fundamentado com base na ava-liação atribuída a outros trabalhadores ou em resultadosde avaliações de anos anteriores.

3. A decisão deverá ser proferida no prazo de 10 dias úteiscontados a partir da data da interposição do recurso, enotificada de imediato ao requerente.

4. O procedimento de avaliação deve encerrar-se até 15 deMarço.

CAPÍTULO VIDISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 30ºBase de dados

1. Findo o procedimento de avaliação do desempenho, cadaserviço ou entidade autónoma deve enviar à DirecçãoNacional da Função Pública os dados relativos ao númerode trabalhadores avaliados com as respectivas mençõespara tratamento estatístico e constituição de uma base dedados específica de avaliação do desempenho daAdministração Pública.

2. A Direcção Nacional da Função Pública deve elaborar umrelatório global anual que sirva de suporte à definição dapolítica de emprego público e à implementação do sistemade gestão e desenvolvimento dos recursos humanos.

Artigo 31ºEntrada em vigor

O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte à data dasua publicação.

Artigo 32ºRevogações

São revogadas todas as disposições legais contrárias aopresente diploma.

Aprovado em Conselho de Ministros, aos 13 de Fevereiro de2008.

O Primeiro-Ministro,

____________________Kay Rala Xanana Gusmão

O Ministro da Administração Estatal e do Ordenamento doTerritório

_____________Arcângelo Leite

Promulgado em 29 de Abril de 2008

Publique-se.

O Presidente da República,

______________José Ramos-Horta

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Jornal da República

Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Página 2246 Série I, N.° 17

4. Tipo da avaliação

� Ordinária

� Extraordinária

5. Motivo da avaliação

� Concurso

� Renovação do contrato

� Frequencia de cursos

� Requerimento do avaliado

8. Documentos anexos __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

9. Reservado ao Serviço de Recursos Humanos

10. Registo na base de dados da DNFP

FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO

1. Identificação do avaliado

Nome:__________________________________________________ Cartão de eleitor:_________________________________________ No de funcionário:________________________________________ Categoria:_______________________________________________ Departamento/Serviço: ____________________________________

2. Período de avaliação

De : _____/_______/_____ Até: _____/_______/_____

3. Data da avaliação Em:_______________________

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE Ministério/Organismo:________________________

6. Recebimento da auto-avaliação

Em:_____/_______/_____ O avaliador:___________________________________________

7. Funções exercidas durante o período em avaliação ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Jornal da República

Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Série I, N.° 17 Página 2247

11. Objectivos fixados

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

12. Comentários e/ou sugestões

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13. Auto-Avaliação

Menção Definição MB – Muito Bom O desempenho normalmente é além do esperado B - Bom O desempenho é por vezes além do esperado S – Suficiente O desempenho limita-se ao esperado I – Insuficiente O desempenho é inferior ao esperado

Factores avaliados Menção Sentido de responsabilidade Aperfeiçoamento contínuo Relações no trabalho e com o público Regularidade e assiduidade no posto de trabalho Inovação, criatividade e flexibilidade Iniciativa e autonomia Trabalho em equipa Liderança e gestão de equipas (a) Coordenação e articulação (a) Objectivo 1 (b) Objectivo 2 (b)

(a) aplicável apenas a pessoal com cargo de chefia ou direcção (b) Objectivos fixados pelas chefias ou direcções antes do período avaliado e de acordo com os indicadores de sucesso estabelecidos para o serviço

Menção esperada

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Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Página 2248 Série I, N.° 17

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Jornal da República

Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Série I, N.° 17 Página 2249

6. Tipo da avaliação

� Ordinária

� Extraordinária

7. Motivo da avaliação

� Concurso

� Renovação do contrato

� Frequencia de cursos

� Requerimento do avaliado

9. Classificação de serviço

11. Despacho

Em:_____/_______/_____ _____________________________

13. Documentos anexos __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

14. Reservado ao Serviço de Recursos Humanos

15. Registo na base de dados da DNFP

FICHA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

1. Identificação do avaliado

Nome:__________________________________________________ Cartão de eleitor:_________________________________________ No de funcionário:________________________________________ Categoria:_______________________________________________ Departamento/Serviço: ____________________________________

2. Período de avaliação

De : _____/_______/_____ Até: _____/_______/_____

3. Data da avaliação Em:_______________________

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE Ministério/Órgão:____________________________

4. Identificação do avaliador

Nome:__________________________________________________ Serviço/Departamento_____________________________________ No de funcionário:________________________________________ Cargo:___________________________________________________

5. Dirigente máximo do serviço

Nome:__________________________________________________ Cargo:__________________________________________________

8. Assinatura do avaliador Em:_____/_______/_____ O avaliador:___________________________________________

12. Conhecimento após homologação Tomei conhecimento. Em:_____/_______/_____ O avaliado:____________________________________________

10. Conhecimento da avaliação Tomei conhecimento. Em:_____/_______/_____ O avaliado:____________________________________________

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Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Página 2250 Série I, N.° 17

16. Funções exercidas durante o período em avaliação

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

17. Objectivos fixados

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

18. Factores avaliados

Insuficiente Suficiente Bom Muito Bom

Factores avaliados 1 Ponto 2 Pontos

3 Pontos

4 Pontos

Sentido de responsabilidade Aperfeiçoamento contínuo Relações no trabalho e com o público Regularidade e assiduidade no posto de trabalho Inovação, criatividade e flexibilidade Iniciativa e autonomia Trabalho em equipa Liderança e gestão de equipas (a) Coordenação e articulação (a) Objectivo 1 (b) Objectivo 2 (b)

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Jornal da República

Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Série I, N.° 17 Página 2251

16. Funções exercidas durante o período em avaliação

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

17. Objectivos fixados

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

18. Factores avaliados

Insuficiente Suficiente Bom Muito Bom

Factores avaliados 1 Ponto 2 Pontos

3 Pontos

4 Pontos

Sentido de responsabilidade Aperfeiçoamento contínuo Relações no trabalho e com o público Regularidade e assiduidade no posto de trabalho Inovação, criatividade e flexibilidade Iniciativa e autonomia Trabalho em equipa Liderança e gestão de equipas (a) Coordenação e articulação (a) Objectivo 1 (b) Objectivo 2 (b)

20. Opinião do avaliador Apreciação geral, salientado se há ou não adaptação à função, quais os aspectos positivos e negativos e quais os meios de aperfeiçoamento adequados, nomeadamente acções de formação, bem como apreciação sobre a aptidão para o desempenho de funções de maior responsabilidade.

21. Dirigente máximo do serviço Apreciação sobre o modo como o avaliador apreciou o avaliado bem como a forma como apreciou os avaliados da mesma categoria ou função, considerados no seu conjunto.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

19. Resumo das classificações do avaliado

Factores avaliados Pontuação Sentido de responsabilidade Aperfeiçoamento contínuo Relações no trabalho e com o público Regularidade e assiduidade no posto de trabalho Inovação, criatividade e flexibilidade Iniciativa e autonomia Trabalho em equipa Liderança e gestão de equipas (a) Coordenação e articulação (a) Objectivo 1 (b) Objectivo 2 (b)

(a) aplicável apenas a pessoal com cargo de chefia ou direcção (b) Objectivos fixados pelas chefias ou direcções antes do período avaliado e de acordo com os indicadores de sucesso estabelecidos para o serviço

Pontuação obtida

Pontuação Classificação 36 pontos ou mais MUITO BOM

De 24 a 35 pontos BOM

De 15 a 23 pontos SUFICIENTE

Até 14 pontos INSUFICIENTE

Classificação de serviço

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Jornal da República

Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Página 2252 Série I, N.° 17

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DA FICHA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENH O Antes de preencher a ficha leia atentamente as instruções.

Preencha a ficha de forma legível. As rasuras e as emendas devem ser devidamente ressalvadas.

Campo 01 – A preencher pelo avaliador. Campo 02 – A preencher pelo avaliador. Tendo em atenção o tipo de avaliação (ordinária ou extraordinária) o período de avaliação será de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro, ou período inferior dentro do mesmo ano civil, desde que igual ou superior a 6 meses. Campo 03 – A preencher pelo avaliador. A data da avaliação é a data efectiva em que o avaliador preenche a ficha. Campo 04 – A preencher pelo avaliador. Campo 05 – A preencher pelo avaliador. Campo 06 – A preencher pelo avaliador. Seleccionar o quadrado correspondente ao tipo de avaliação nos termos do regime legal. Campo 07 – A preencher pelo avaliador quando no campo 06 seja seleccionada a opção “Extraordinária”. Seleccionar o quadrado correspondente a situação que motivou a avaliação extraordinária. Campo 08 - A preencher pelo avaliador. Campo 09 – A preencher pelo avaliador. A classificação de serviço traduz-se numa menção, nos termos do regime legal, de acordo com a pontuação obtida descrita no campo 18. Campo 10 – A preencher pelo avaliado aquando da notificação da avaliação. Campo 11 – A preencher pelo dirigente máximo ou entidade competente para decidir ou homologar a classificação. Campo 12 – A preencher pelo avaliado. A notificação da homologação é promovida pelos serviços da unidade competentes para o registo da ficha. Campo 13 – A preencher pelo avaliador quando haja lugar a junção de documentos. Campo 14 – Reservado ao serviço responsável pelos recursos humanos na unidade. Campo 15 – Reservado ao Departamento de Informática da Direcção Nacional da Função Publica. Campo 16 – A preencher pelo avaliador. Devem ser indicadas as principais funções exercidas e o respectivo período. Campo 17 – A preencher pelo avaliador de acordo com os objectivos que foram previamente fixados com o avaliado no inicio do ano a que respeita a avaliacao. Devem ser indicadas as actividades relevantes desenvolvidas pelo avaliado, para atingir os objectivos fixados. Campo 18 –. A preencher pelo avaliador. O avaliador é responsável pelo preenchimento dos factores que observou. A classificação dos factores deve ser efectuada apenas de acordo com os descritores previstos no artigo 13º do Decreto-Lei, a seguir repetidos:

a) «Sentido de responsabilidade» — avalia o comprometimento e a eficácia com que o funcionário ou agente executa os objectivos previamente fixados de acordo com as suas funções, incluindo a gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros existentes;

b) «Aperfeiçoamento contínuo» — avalia o zelo que o funcionário ou agente demonstra continuamente na melhoria do seu desempenho profissional, bem como no seu desenvolvimento pessoal e profissional;

c) «Relações no trabalho e com o público» — avalia o relacionamento do funcionário ou agente com as pessoas com quem trabalha, sua contribuição para a criação de um bom ambiente global de trabalho, bem como sua disponibilidade no atendimento do público e a sua orientação para a satisfação das necessidades dos cidadãos;

d) «Regularidade e assiduidade no posto de trabalho» — avalia o tempo efectivo de comparência e permanência do funcionário ou agente no serviço, bem como o cumprimento do horário de trabalho estabelecido;

e) «Inovação, criatividade e flexibilidade» — avalia o desenvolvimento e apresentação pelo do horário de trabalho estabelecido;

e) «Inovação, criatividade e flexibilidade» — avalia o desenvolvimento e apresentação pelo funcionário ou agente de novos métodos, técnicas e procedimentos que contribuam para a solução dos problemas e para a optimização do trabalho, bem como a sua disponibilidade para a mudança, tendo em conta as características das situações concretas em que as suas funções se realizam.

f) «Iniciativa e autonomia» — avalia a forma como o funcionário ou agente, por si próprio, procura soluções e apresenta sugestões conducentes a uma melhoria efectiva do trabalho, bem como a independência com que exerce as respectivas funções;

g) «Trabalho em equipa» — avalia a participação e cooperação do funcionário ou agente no trabalho de grupo, bem como a sua contribuição para a obtenção dos resultados da equipa;

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Jornal da República

Quarta-Feira, 7 de Maio de 2008Série I, N.° 17 Página 2253

trabalho de grupo, bem como a sua contribuição para a obtenção dos resultados da equipa; h) «Liderança e gestão de equipas» — avalia como o titular de cargo de chefia ou direcção

estabelece as estratégias necessárias à prossecução dos objectivos e resultados da subunidade que chefia, bem como a forma como orienta, motiva e comunica com os respectivos funcionários ou agentes;

i) «Coordenação e articulação» — avalia como o titular de cargo de chefia ou direcção colabora na articulação entre unidades do órgão a que pertencem, de forma a promover uma actuação unitária e integrada de atendimento das políticas e objectivos definidos para aquele órgão;

A classificação de “Insuficiente” deve ser devidamente fundamentada no campo 20. Campo 19 – A preencher pelo avaliador. O preenchimento é feito em função dos factores avaliados no campo 18. A pontuação obtida é a soma da pontuação nos termos do regime legal, a que corresponde uma classificação de serviço conforme a tabela de pontuação Campo 20 – A preencher pelo avaliador. Deve ser emitida opinião geral sobre o avaliado, se o mesmo se encontra adaptado à função, evidenciando os aspectos mais positivos e negativos, quais os meios de aperfeiçoamento adequados, bem como opinião sobre a aptidão para o desempenho de funções de maior responsabilidade. Campo 21 – A preencher pelo dirigente máximo ou entidade competente para decidir ou homologar a classificação. Deve ser emitida opinião essencialmente sobre a forma como o avaliador classificou o avaliado, e bem assim a comparação com o universo de avaliados do mesmo posto ou função.

Rectificação

Nos termos do artigo 17.o ponto 2 da lei n.o 1/2002 de 7 de Agosto, rectifica-se o Jornal da República da I Série N.o 16 de Quarta-Feira de 30 de Abril de 2008, o seguinte:

1. No sumário e na página 2196 onde se lê: Decreto do Presidente da República n.o 47/2008 de 11 de Abril de 2008, passa a ler-se: Decreto do Presidente da República n.o 50/2008 de 11 de Abril de 2008.

2. No sumário e também na página 2196 onde se lê: Decreto do Presidente da República n.o 48/2008 de 11 de Abril de 2008, passaa ler-se: Decreto do Presidente da República n.o 51/2008 de 11 de Abril de 2008.

Notifique.

Dili, 02 de Maio de 2008

O Director da Gráfica Nacional,

Jacinto Barros Gusmão