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O Céu é o Limite Estudo pioneiro vai permitir conhecer a composição do veneno das serpen- tes. É o pontapé de saída para a futura produção nacional de soros antiofídi- cos, evitando as importações de origem duvidosa e ineficazes para os envene- namentos de serpentes em Angola. “Se houver investimento, é possível pro- duzi-los dent ro de três anos” , garantiu ao JS a autora da i nvestigação, Paula Oliveira, Vice Decana para os Assuntos Científicos da Universidade Lueji  A 'Nko nde, em Mala nje. |Pag.18 Veneno da mordedura das serpentes Angola pode vir a produzir soros antiofídicos  A dign idad e nos cuid ados de sa úde esteve em debate no acto central ini- cial da Semana da Humanização, rea- lizada no início de Abril, subordinada ao tema “Um Acto de Cidadania e Dignidade no Cuidar” , com o objecti-  vo de r efle ctir os pa ssos dados e os seguintes para a contínua melhoria dos cuidados de saúde. |Pag.4 Humanizar os cuidados de saúde jornal Ano 6 - Nº 60 Abril 2015 Mensal Gratuito  Director Editorial: Rui Moreira de Sá MINISTÉRI ODA SAÚDE GOVERNO DA REPÚBLICA DE ANGOLA aude a saúde nas suas mãos A N G O L A da “Há uma relação biu- nívoca entre pobreza e malária. Se por um lado a pobreza é um factor de manutenção ou de agravamento da malária o contrário também é verdade. Por isso é necessário um grande desenvolvi- mento socioeconómi- co e a criação de con- dições de saneamento apropriadas” afirmou o coordenador do Pro- grama Nacional de Controlo da Malária Filomeno Fortes em entrevista ao Jornal da Saúde. |Pags. 10 a 14  A e  l  im  inação da ma  lár  ia em  Ango  la  base  ia-se n  uma es  tra-  tég  ia p  l  ur  i  face  tada q  ue  imp  l  ica o en  vo  l  v  imen  to de o  i  to países e a neces- s  idade de  um com  ba-  te cerrado à po-  bre  za. Eliminação da malária em Angola prevista para 2025 Tratamento do cancro O papel da quimioterapia e os cuidados na sua preparação Há medicamentos que têm a capacidade de destruir as células malignas. São geralmente denomina- dos citotóxicos. Destes, um grande grupo mata apenas células que estão a multiplicar-se. O outro grupo mata, tanto células em proliferação, como as que não estão a dividir-se. Existem outros tipos de medicamentos utilizados para o tratamento do cancro ao bloquear a função de estru- turas especiais das células malignas. Leia o artigo da autoria do professor Lúcio Lara Santos |Pag.16

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O Céu é o Limite 

Estudo pioneiro vai permitir conhecer a composição do veneno das serpen-tes. É o pontapé de saída para a futura produção nacional de soros antiofídi-cos, evitando as importações de origem duvidosa e ineficazes para os envene-namentos de serpentes em Angola. “Se houver investimento, é possível pro-duzi-los dentro de três anos”, garantiu ao JS a autora da investigação, PaulaOliveira, Vice Decana para os Assuntos Científicos da Universidade Lueji A'Nkonde, em Malanje. |Pag.18

Veneno da mordedura das serpentes

Angola pode vir a produzirsoros antiofídicos A dignidade nos cuidados de saúde

esteve em debate no acto central ini-cial da Semana da Humanização, rea-lizada no início de Abril, subordinadaao tema “Um Acto de Cidadania eDignidade no Cuidar”, com o objecti- vo de reflectir os passos dados e osseguintes para a contínua melhoriados cuidados de saúde. |Pag.4

Humanizar oscuidados de saúde

jornalAno 6 - Nº 60

Abril

2015

Mensal Gratuito   Director Editorial: Rui Moreira de Sá

MINISTÉRIODA SAÚDEGOVERNO DA REPÚBLICA DE ANGOLA

aude

a saúde nas suas mãosA N G O L A

da

“Há uma relação biu-

nívoca entre pobreza e

malária. Se por um

lado a pobreza é um

factor de manutenção

ou de agravamento da

malária o contrário

também é verdade.

Por isso é necessário

um grande desenvolvi-

mento socioeconómi-

co e a criação de con-

dições de saneamento

apropriadas” afirmou

o coordenador do Pro-

grama Nacional de

Controlo da Malária

Filomeno Fortes em

entrevista ao Jornal da

Saúde. |Pags. 10 a 14

 A

e l im inação da

ma lár ia em  Ango la

 base ia-se n uma es tra-

 tég ia p l ur i face tada q ue

 imp l ica o en vo l v imen to

de o i to países e a neces-

s idade de  um com ba-

 te cerrado à po-

 bre za.

Eliminação da malária emAngola prevista para 2025

Tratamento do cancroO papel da quimioterapia

e os cuidados na sua preparação

Há medicamentos que têm a capacidade de destruir as células malignas. São geralmente denomina-dos citotóxicos. Destes, um grande grupo mata apenas células que estão a multiplicar-se.O outro grupo mata, tanto células em proliferação, como as que não estão a dividir-se. Existemoutros tipos de medicamentos utilizados para o tratamento do cancro ao bloquear a função de estru-turas especiais das células malignas. Leia o artigo da autoria do professor Lúcio Lara Santos |Pag.16

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2 EDITORIAl Abril 2015 JSA

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Saúde em debateO mês de Abril foi pródigo em eventos no nosso sector.

Rui MoReiRa de S*Director [email protected]

Curso PrátiCo

L bor tori L

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pretende-se dar aos formandosnão só as bases teóricas da ge-

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Page 3: Jornal Da Saúde de Angola n.60

7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60

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Enfermagem médico-cirúrgica e em saúde comunitária

Multiperfil forma 18 especialistas pós licenciados

Primeiro serviço privado de quimioterapia inaugurado em Angola

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4 SEMANA DA HUMANIZAÇÃO Abril 2015 JSA

Saber cuidar passa porhumanizar os cuidados de saúde

nNo evento, marcaram pre-sença, directores das institui-ções do sector, várias indivi-dualidades da sociedade,profissionais, entre outros.O ministro da Saúde, José Van-Dúnem, na sessão deabertura da Semana da Hu-manização, defendeu que“não é possível focar na hu-manização sem que se invistafortemente na qualidade dosserviços e na qualificação dosprofissionais e em acções deformação contínua. A resolu-ção dos problemas reflecte-se na atenção dos profissio-nais, dando-lhes as condi-ções necessárias para pro-mover a resposta equilibrada,que corresponda à expecta-tiva dos utentes que procu-ram os serviços de saúde”.

O ministro da Saúde de-fendeu que “a humanizaçãopassa especificamente pelacriação de condições laboraisque salvaguardam os traba-lhadores que estão sujeitos a vários níveis de stress, a váriasdoenças, colocando à suadisposição meios devida-

mente equipados que fo-mentem uma maior interac-ção entre as equipas”. Para oresponsável, os avanços nosector da saúde são enormese visíveis afirmando, no en-tanto, que “ainda persiste umdesrespeito pelo utente emunidades hospitalares”.

 A humanização é um pro-cesso que se enquadra “noquadro da procura da exce-lência, porque só será possí- vel oferecer serviços com aqualidade desejada se se tivera capacidade de cultivar odiálogo ao nível das equipas,

fazendo com que haja umamaior solidariedade entre to-das elas tendo por base osprincípios de que os que maissabem devem ensinar os quesabem menos, tendo em

conta que objectivo é garantiros cuidados e humanizar osutentes”.

Saber cuidar

 A directora do gabinete paraa Cidadania e Sociedade Civildo MPLA, Fátima Viegas,também marcou presençana Semana da Humanização,destacando o Programa Na-cional de Humanização da Assistência na Saúde

(PNHAS) que tem como ob- jetivo “promover uma novacultura de atendimento noscuidados de saúde e aprimo-rar as relações entre os uten-tes e os profissionais, visandoa melhoria da qualidade e aeficácia dos serviços presta-dos pelas instituições”. Noque respeita ao tema escolhi-do, a clínica considera que omesmo “irá conduzir à refle- xão pela complexidade e quedespertará a sociedade nasrelações entre os que cuidame os que recebem os cuida-dos”.

O adequado cuidado desaúde é “um direito humanoe quando se pode exercer asactividades profissionais deforma correcta, com respeitopelo outro, respeita-se tam-

bém o direito da cidadania”,acrescentou. Na humaniza-ção de serviços, “estão agre-gadas as eficiências técnicase científicas bem como os va-lores fundamentais: a ética, o

respeito, a solidariedade e adignidade da pessoa huma-na”, disse.

Na sua missão de cuidar ecurar, o profissional de saúdenão se ocupa apenas da partefísica do organismo, cujasfunções estão comprometi-das pela doença, “mas tam-bém, e não menos importan-te, de um corpo psíquico, so-mático, espiritual e vulnerá- vel”, explicou a psicóloga.

Envolvimento afectivo

 Ao vivermos numa socieda-de democrática que zela peladiversidade e pluralidade dosseus cidadãos, “não se devedesumanizar os serviços pelaindiferença, intolerância, ex-clusão social e todas as for-mas de violência que provo-cam toda a espécie de malcontra o outro”, esclareceu.Saber cuidar do doente en- volve “momentos de aten-ção, responsabilidade, zelo,tolerância e envolvimentoafectivo para com o outro. A

essência do cuidado está pre-sente durante toda a vida”.

O hospital tende ainda a viver no centro das tensõesdo sistema de saúde sendo al- vo de várias expectativas por

parte dos utentes. “A procurado hospital como tábua desalvação para todos os males,somada a uma série de pro-blemas ao nível de gestãohospitalar, tem acabado porcondicionar a eficácia do seufuncionamento e faz comque a sua produtividade sejabaixa”, alertou Fátima Viegas.

Para que o caminho emdirecção à humanização dosserviços de saúde comece, de

facto, é importante acreditarno “saber agir de forma éticae perceber o ser humano co-mo um agente biopsicosso-cial e espiritual com direitos aserem respeitados. Por isso, épreciso ser capaz de ouviratentamente, ser sensível aosofrimento do outro, saberconviver com as diferenças,sem nunca perder o foco pro-fissional”.

Uma das conclusões destaSemana da Humanização dizrespeito ao facto de ser cada vez mais urgente dar a pala- vra do utente, aos profissio-

nais de saúde, de maneira aque possam fazer parte deuma rede de diálogo, quealém de reflectir, promovaacções, programas, e políti-cas assistenciais.

Programa do evento

 A apresentação e objectivosdo Programa foram apresen-tados pela consultora do gabi-nete do Ministro da Saúde,Fernanda Baptista Cardoso. Odirector do Instituto para a Ci-dadania, Frei Mário Rui, apre-sentou o tema “ A saúde comoum direito: uma prespectivahumanizadora”, a coordena-dora do Centro de Formaçãode Saúde Multiperfil, Helena

José, falou sobre “Educação esaúde: responsabilidade naconstrução de um cuidadohumanizado” e o director deenfermagem do Hospital Ge-ral do Bengo, Anacleto José,abordou o tema “Humaniza-ção em Enfermagem”. Foramainda apresentados casos deboas práticas por responsá- veis das principais unidadesde saúde de Luanda.

 A Semana da Humaniza-ção é uma iniciativa a ter lugartodos os anos, com início nodia 6 de Abril, no âmbito dascomemorações do Dia Mun-

dial da Saúde (dia 7). A Sema-na integra um acto central ini-cial e um acto central final, emprovíncias a identificar em ca-da ano pelo ministro da Saú-de.

FrAncisco cosme Dos sAntos

cl2uDiA Pinto

A dignidade nos cuidados de

sa"de esteve em debate no

acto central inicial da Sema-

na da Humanizaão, realiza-

da no in!cio de Abril, subordi-

nada ao tema #Um Acto de

Cidadania e Dignidade no

Cuidar$, com o objectivo de

reflectir os passos dados e os

seguintes para a cont!nua

melhoria dos cuidados de

sa"de.

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5publicidAdeJSAAbril 2015

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6 ActuAlidAde Abril 2015 JSA

Seminário defende bem-estar,segur ança e saúde dos trabalhadores

nO seminário contou com apresença de 200 participantese teve como principais objec-tivos o debate das doençasprofissionais e a abordagemda diferença entre os termos“saúde profissional” e “saúdedo trabalho”. No evento, fo-ram apresentadas as estatísti-cas referentes às principaisdoenças profissionais e dotrabalho em Angola e foi dadoo alerta para o encaminha-mento do diagnóstico e a con-firmação de doenças profis-sionais para as seguradoras,enquanto entidades repara-doras dos danos decorrentesda sinistralidade laboral.

 As doenças profissionaissão “lesões corporais de ob-servação funcional desde quese provem as consequênciasdirectas da actividade exerci-da e as mesmas não represen-tem um normal desgaste la-boral. Intitula-se uma doençaprofissional quando surgeuma deterioração lenta e pau-latina da saúde do trabalha-dor produzido pela explora-ção crónica a diferentes situa-ções adversas, sejam elas, as-sociadas ao ambiente em quese desenvolve o trabalho, ou aforma como está organiza-do”. Por outro lado, a doençado trabalho distingue-se daprofissional pelo facto de, nasua origem, ter como factores,as patologias laborais que seobtêm quando se trabalha. Jáas doenças do foro profissio-nal têm uma causa / efeito, ouseja, o trabalhador adquire

uma patologia depois de estardiariamente exposto a um su-posto risco.

O seminário chamou àatenção para a importânciade os trabalhadores terem um

seguro de trabalho, de doen-ças profissionais, da respon-sabilidade do empregador,segundo o decreto de lei n.º53/2005.

Uma das doenças maiscomprometedoras no país ede especificidade crónica é apneumoconiose adquiridapela inalação do ar em formasde partículas que posterior-mente chega aos pulmões.

Fomentar uma maiorprotecção

dos trabalhadoresEm entrevista ao Jornal daSaúde, a directora do Centrode Segurança e Saúde no Tra-balho do Ministério da Admi-nistração Pública, Trabalho eSegurança Social (MAPTSS),Isabel Cardoso, adiantou queo seminário “não dissociou asegurança, a higiene e a saúdeporque todos estes itens in-

fluenciam a saúde dos traba-lhadores”. É necessário queestes tenham condições sau-dáveis no trabalho para esta-rem menos expostos aos ris-cos que possam causar-lhes

as mais variadas doenças as-sociadas ao foro profissionalou aos acidentes de trabalho.O seminário contou com de-bates que tiveram como ob- jectivo fomentar conheci-mentos aos vários interve-nientes e relembrar que a saú-de dos trabalhadores e a hi-giene no trabalho foram real-çados neste encontro. A res-ponsável argumentou ainda“que todas as empresas de- vem promover a higiene e se-

gurança no trabalho”.Uma das responsabilida-

des do CSST passa por dimi-nuir a sinistralidade laboralatravés da implementação dealgumas estratégias para sepoder atingir bases para aaquisição de políticas pró-prias na nossa sociedade. “Énecessário um grande contri-buto do sector da saúde, doambiente, das empresas nasua generalidade, que públi-cas, quer privadas, para quese possam promover projec-tos que sejam executáveis pa-ra que, num futuro não muitolongínquo, Angola esteja

muito melhor do que hoje”,adiantou Isabel Cardoso.Nesse sentido, tem sido feitoum grande trabalho para quese passem estes conhecimen-tos a todos aqueles que intera-gem com as empresas no sen-tido de se actualizarem com vista a discutirem melhor osseus direitos laborais. Aindaexiste um grande desconhe-cimento por parte das pes-soas no que respeita ao pode-rem usufruir destes serviços.

Têm sido realizadas algu-mas palestras para ajudar apopulação a entender melhoresta temática.

“A procura deste centrotem aumentando mas aindanão é a desejada por partedos responsáveis que gosta-riam que a realidade fosseoutra, num futuro próximo,uma vez que existe aindamuito trabalho informal, ouseja, uma grande parte da po-pulação activa não tem em-pregador”, acrescentou Isa-bel Cardoso.

Doenças comunsespecíficas

Por outro lado, o Director doPrograma de Doenças In-fecciosas do Ministério da

Saúde, Filomeno Fortes,afirmou que “justifica-se arealização do certame deforma a serem discutidas aspolíticas e estratégias quedevem ser melhoradas paraque o trabalhador possa teruma maior protecção e paraque sejam apurados quecuidados necessitam parase contornar este proble-ma”. Durante a sua apre-sentação sobre doençastransmissíveis procuroualertar para que, indepen-dentemente dos trabalha-dores poderem vir a terdoenças profissionais, tam-bém estão sujeitos a doen-ças comuns específicas, co-mo por exemplo, a malária,a tuberculose, o VIH / Sida,sobretudo aqueles que per-tencem aos grupos de risco.São eles: trabalhadores dasaúde na biossegurança e osque se dedicam à prática desexo. Foram ainda referidasdoenças tropicais normal-mente negligenciadas, co-mo, a “esquistossomose, atripanossomíase humanaafricana ou a doença do so-no, a oncocercose (“ceguei-ra dos rios”) e as doençasque se transmitem pelaágua e através dos animais verteb rados, como a febretifóide, a cólera e as zono-ses”.

Em resumo, FilomenoFortes procurou fazer aabordagem de apresenta-ção de algumas propostasde forma a apurar como é

que o país se pode organizare evoluir nesta matéria,num prazo de cinco anos,quer no plano do desenvol- vimento da MAPESS, comodo Ministério da Saúde.

Fr ncisco cosme dos s ntos

cl+udi Pinto

A di!ec#o!a do Cen#!o de

Seg$!ana e Sade no T!a-

balho (CSST), I"abel Ca!do-

"o, in"#o$ o" ge"#o!e" da"

emp!e"a" no "en#ido de

p!e"#a!em maio! a#eno

ao bem-e"#a! do" "e$" f$n-

cion'!io", po! fo!ma a ga-

!an#i! $ma maio! p!od$o

e o de"en%ol%imen#o da"

"$a" o!gani&ae".

A !e"pon"'%el fala%a no IV

Semin'!io "ob!e a Sade do

T!abalhado!, !eali&ado e"#e

m+", em L$anda, pelo Cen-

#!o de Seg$!ana e Sade no

T!abalho (CSST), em pa!ce-

!ia com a Con"a$de, d$!an-

#e o $al "e deba#e!am a"

doena" p!ofi""ionai".

ISABEL CARDOSO In%e"#i! na p!e%eno da "ade e da "eg$-

!ana do #!abalhado! * mai" ba!a#o do $e c$"#ea! a" de"pe"a"

de $m #!a#amen#o, na e%en#$al con#!ao de alg$ma doena o$

le"o no #!abalho/

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$As doenças profissionais são les"es corporais de

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O que são doençasprofissionais?

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8 DiA MunDiAl DA SAúDe Abril 2015 JSA

nO certame contou com umaexposição de produtos locais,provenientes de 18 provínciasdo país, para despertar a aten-ção de todos os presentes pa-ra uma boa nutrição. “Esta éuma oportunidade para aler-tar e aumentar a consciencia-lização de todos os interve-nientes para a segurança ali-mentar e o papel que cada umdeve desempenhar para quetodos tenhamos confiançanos alimentos que chegam ànossa mesa”, afirmou o mi-nistro da Saúde, José Van-Dú-nem, na sessão de abertura. Oevento, com a duração dedois dias, contou com a pre-sença de Afonso Pedro Can-ga, ministro da agricultura, re-presentantes da OrganizaçãoMundial da Saúde (OMS), daUnicef e da Organização dasNações Unidas para a Agri-cultura e Alimentação (FAO),contando com mais de 200participantes, entre os quais,directores de instituições do

sector e outros profissionais.O tema escolhido pela

OMS para este ano, na opi-nião do ministro da Saúde, te-

 ve como objectivo fazer a po-pulação “reflectir sobre acomplexidade da cadeia deprodução, o processamento,o armazenamento, a comer-cialização, e o consumo” cha-mando à atenção para o pesodas doenças transmitidas poralimentos em todo o mundoe, particularmente, no conti-nente africano “onde os siste-mas de produção agrícola sãopouco desenvolvidos, compouco acesso à mecanizaçãoagrícola, regados com águade origem duvidosa e, algu-mas vezes, com má utilizaçãode fertilizantes orgânicos pordesconhecimento, aumen-tando assim o risco da conta-minação dos produtos ali-mentares e consequente-mente a transmissão de bac-térias, vírus, parasitas, ousubstâncias químicas”.

“Os hábitos alimentaresinadequados, as crenças e ta-bus, a aculturação pela globa-lização de novos comporta-mentos e práticas alimenta-res, criam novos riscos para asegurança nutricional daspopulações”, reforçou José Van-Dúnem.

Criar medidas para uma

alimentação segura

 A progressiva redução noconsumo de legumes, sobre-tudo por crianças e adoles-centes nas áreas urbanas, éuma realidade que preocupao Ministério. “A introdução da

alimentação infantil malorientada pode ser apontadaentre os vários factores da in-segurança alimentar e da des-

nutrição”, sublinhou o res-ponsável. A nutrição e a ali-mentação são requisitos bási-cos para a promoção e protec-ção da saúde e viabilizam arealização plena do potencialde “crescimento e desenvol- vimento humano. Deve en-tender-se a alimentação co-mo um complexo envolvi-mento de indivíduos e colec-tivos, desde os processos daprodução agrícola, da trans-formação, artesanal ou indus-trial, da comercialização e deconsumo alimentar, sem es-quecer a promoção de mu-danças de hábitos alimenta-res comunitários que propor-cionem uma alimentaçãosaudável e segura das popula-ções”, sublinhou o ministro. Amalnutrição pode afectar, emlarga escala, as crianças, des-de tenra idade, sobretudo noque respeita à capacidade deaprendizagem comprome-tendo o futuro dos jovens re-lacionado com o ciclo viciosode pobreza, a baixa capacida-de laboral e as fortes influên-cias para o pouco desenvolvi-mento dos países.

Obesidade galopante

O ministro da saúde afirmouque se associou à celebraçãodo Dia Mundial da Saúde e àrealização das primeiras Jor-nadas Nacionais de Nutriçãoporque, nas últimas décadas,a obesidade surgiu como

uma das doenças crónicasnão transmissíveis mais gra- ves, tais como a diabetes, a hi-pertensão arterial e outras pa-tologias cardiovasculares. “Omomento de reflexão sobre asituação actual da alimenta-ção e nutrição do país podeconstituir a base para a im-plementação de estratégiasmais abrangentes e eficien-tes”, acrescentou José Van-Dúnem.

Durante a sua interven-ção, saudou todos os profis-sionais do sector e parceiros“por serem os mentores que,

no dia-a-dia, participam comcoragem e firmeza num con- junto de acções desenvolvi-das pelo MINSA, para o de-senvolvimento e melhoria dasaúde dos angolanos”.

FrAnciScO cOSMe DOS SAntOS

!m cl4uDiA PintO

Este ano, o Dia Mndial da

Sa'de te!e como tema prin-

cipal (Alimenta%$o segra:

do campo ao prato, torne os

alimentos mais segros).

Em Angola, reali"aram-se as

 Jornadas Nacionais de N-

tri%$o, a 7 e 8 de Abril, orga-

ni"adas pela Direc%$o Na-

cional de Sa'de P'blica.

A progressi!a red%$o no consmo de legmes, sobretdo por 

crian%as e adolescentes nas #reas rbanas, & ma realidade qe

preocpa o Minist&rio da Sa'de. A introd%$o da alimenta%$o

infantil mal orientada pode ser apontada entre os !#rios facto-

res da insegran%a alimentar e da desntri%$o

2O% h*bi&!% ali-me&a$e% iade-#'ad!%, a%c$ea% e &ab'%, aac'l&'$a! "elagl!bali)a! de!(!% c!m"!$&a-me&!% e "$*&ica%alime&a$e%, c$iam!(!% $i%c!% "a$aa %eg'$aa '&$i-ci!al da% "!"'-la/e%3 1 J!%. Va

D0m

2A OMS chama aa&e! de fab$i-

ca&e% e c!me$-cia&e% de alime- &!% "a$a a im-"!$&+cia da %e-g'$aa alime&a$ e ! "a"el #'e !%i&e$(eie&e% acadeia alime&a$ de%em"eham aga$a&ia de #'e !%alime&!% "!%%am%e$ c!%'mid!%

%em ameaa%"a$a a %a0de3 1 H$ad! Ag'd!

Hernando Agudelo

“Queremos tornar os alimentos mais seguros”

Por sua e!, o representante da OMS, Hernando Agudelo, afirmou que o maior objectio da Organi!a-

&%o na comemora&%o do Dia Mundial da Sa+de foi tornar os alimentos mais seguros. A OMS chama

assim # aten&%o de fabricantes e comerciantes de alimentos sobre a import$ncia da seguran&a alimen-

tar e o papel que os interenientes na cadeia alimentar desempenham na garantia de que os alimentos

possam ser consumidos sem amea&as para a sa+de. Para que tal objectio seja concreti!ado, a OMS

recomenda que os goernos, e os respons"eis das cadeias alimentares, adoptem normas, criem siste-

mas e infraestruturas adequadas # protec&%o alimentar. S) trabalhando nesse sentido ' que ' poss(el

eirar a morte de dois milh*es de pessoas por ano na regi%o africana, deido a (rus, parasitas, bact'rias

e subst$ncias qu(micas transmitidas por alimentos contaminados, acrescentou o respons"el. Foi dadaa garantia de que a OMS continuar" a prestar apoio t'cnico necess"rio para que a seguran&a alimentar

seja uma prioridade de sa+de p+blica de grande import$ncia no pa(s, com ista a serem intensificadas as

medidas para a educa&%o, sa+de, preen&%o e a adequada resposta #s amea&as de sa+de associadas aos

alimentos n%o seguros. Os representantes e outras entidades refor&aram a mesma ontade de aposta

cont(nua nestas iniciatias.

Um alerta paraa importância

da segurançaalimentar 

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10DIA MUNDIAL DA MALÁRIA Abril 2015 JSA

Mal("ia eliminada em Angola em 2025 #e ho%&e" g"andede#en&ol&imen$o #ocioecon+mico e cobe"$%"a #ani$("ia ade!%ada

nCondições de saneamentoapropriadas, uma coberturade redes mosquiteiras acimados 80 por cento, e uma co-bertura sanitária superior aos85 por cento, são também im-periosas para permitir que ascomponentes técnicas, comoo diagnóstico precoce, o tra-tamento rápido e a preven-ção da picada do mosquitopossam ser eficazes, afirmouFilomeno Fortes, coordena-dor do Programa Nacional deControlo da Malária, em en-trevista ao Jornal da Saúde.

Desenvolvimento,pobreza e malária

“Há uma relação biunívocaentre pobreza e a malária. Se,por um lado, a pobreza é umfactor de manutenção, ou deagravamento, da malária, ocontrário também é verda-de”, adiantou o especialista àmargem do 1º Congresso Lu-sófono de Doenças Transmi-tidas por Vectores, integradono 3ª Congresso Nacional deMedicina Tropical que de-correu em Lisboa, Portugal,entre 20 e 21 de Abril.

O responsável sublinhouque um estudo realizado em Angola, em 2006, indicou queo país gastava em média cer-ca de 150 milhões de dólarespor ano com a malária emcustos directos e indirectos,quer em termos de tratamen-tos, internamentos, ou deóbitos relacionados com adoença.

“Para além disso, frisou, amalária tem outras implica-ções. Provoca, por exemplo,anemia, uma das principaiscausas de mortalidade emcrianças, o que significa quehá crianças que não morrempor malária, mas em conse-quência da anemia ou damá-nutrição provocada poracessos frequentes de malá-ria e anemia”.

“Como se vê, há uma rela-ção muito grande entre de-senvolvimento, pobreza emalária”, afirmou.

Perspectiva de eliminaçãoda malária em 2025

“A perspectiva de eliminaçãoda malária, na minha óptica,

será atingida em 2025, tendoem conta o Plano Nacionalde Desenvolvimento Sanitá-rio (PNDS) que está a seraperfeiçoado e que prevê me-

tas intermédias em 2017 e2019”, disse.

 Vacina eficazcontra malária

“Tendo em conta os actuaisindicadores sociodemográfi-cos do país, não temos condi-ções, antes de 2025, de pensarna eliminação da doença, amenos que surja uma vacinaeficaz a nível internacionaldurante este período, o quenão me parece ser o caso. Em Angola a malária continua aser a principal causa de mor-bilidade e mortalidade. Afec-ta todos os grupos da popula-ção, mas é mais proeminentenas grávidas e nas criançascom menos de cinco anos”,frisou.

Malária distribui-se demaneira diferente no país

“A doença não se distribuiuniformemente em todo opaís. Nas províncias do norteé mais severa, nas provínciasdo centro é mais estável emoderada e nas provínciasdo sul, em que a transmissãoé mais baixa e a populaçãotem menos imunidade, háriscos de epidemia.

Em função desses estratosde endemicidade – subli-nhou Filomeno Fortes – oPrograma Nacional de Com-bate à Malária tem uma estra-tégia global em que cadacomponente é mais ou me-nos intensa em função da zo-na geográfica”.

Componentes técnicas,no geral, de combate

à maláriaO responsável delineou ascomponentes técnicas para otratamento da malária, quecomeçam com um diagnós-tico precoce, efectuado nasprimeiras 24 horas em que odoente começa a sentir febre,e um tratamento correcto eadequado, com base numacombinação terapêutica quecontenha uma artemisinina.

Uma rede mosquiteirapara cada dois cidadãos

 As medidas preventivas ba-seadas nas redes mosquitei-ras constituem a segundacomponente estratégica. Ogoverno pretende distribuirnos próximos cinco anosuma rede mosquiteira paracada dois cidadãos.

“Está em curso uma cam-panha de distribuição massi- va que cobre as províncias deCabinda, Cuanza Norte, Ben-

go, Lunda Norte, Lunda Sul ea província do Namibe. Ainda este ano, o governopretende cobrir as provínciasdo Huambo, Benguela,

Luanda e começar já umadistribuição universal na pro- víncia da Huila”, afirmou Fi-lomeno Fortes.

Luta contra vector,luta anti-larvar

Outra componente estratégi-ca é a luta contra o vector, cu- ja base principal deve ser o sa-neamento do meio, para oqual é necessário o apoio dosgovernos das províncias, dasadministrações municipais,e da própria comunidade.

“Temos implantado em Angola um projecto de lutaanti larvar que cobre cerca de60 municípios do país, e queconsiste em controlar as lar- vas dos mosquitos nos cria-dores, que podem ser do-mésticos ou extra domésti-

cos.No caso dos criadores do-

mésticos – adiantou – há a vantagem de que, além damalária, podem ser tambémcontroladas doenças como adengue e o chikungunya”.

Pulverização das casascom insecticida

Outra componente impor-tante em Angola é a pulveri-zação das paredes das casascom um insecticida de efeitoresidual. Esse insecticida pro-tege as casas durante quatroa seis meses, quer dos mos-quitos quer de outros insec-tos transmissores de doençascomo carraças. pulgas etc. In-felizmente as iniciativas nestedomínio ainda são muito té-nues.

Informação, educação ecomunicação para a saúde.“Temos que ensinar a popu-lação a agir de imediato pe-rante situações de febre, autilizar correctamente a redemosquiteira, e a efectuar cor-rectamente o tratamento,que deve ser levado até ao fime nunca abandonado preco-cemente. A população devetambém participar nas activi-dades de saneamento domeio”, frisou Filomeno For-tes.

 A pesquisa é fundamental Angola está a efectuar esteano estudos de resistênciaaos medicamentos e aos in-secticidas. Vai ainda dar iní-cio a um inquérito para saber

como estão os indicadores dopaís para se poder fazer umaavaliação e uma adequaçãoao plano estratégico.

Sustentabilidadedos indicadoresconseguidos face

à redução de meios“Face à redução do Orça-mento Geral do Estado para aárea da saúde, o objectivoprincipal para 2015 é tentar asustentabilidade dos indica-dores que foram conseguidosaté à data reforçando-se o ri-gor da gestão dos meios dis-poníveis e o lançamento deuma campanha de apoio dosparceiros”, disse.

Três milhões de casosde malária

“Estima-se que em Angolahaja menos de três milhõesde casos de malária. Deve-mos andar entre dois milhõese dois milhões e meio, embo-ra as estatísticas apontem pa-ra três milhões devido aindaà insuficiente e frágil cobertu-ra do sistema de diagnósticolaboratorial. A orientação ac-tual da OMS é que nenhumcaso de malária deve ser noti-ficado sem ser confirmadocom um teste rápido ou comum exame de gota espessa”,alertou.

Cerca de 5.500 óbitos porano em 2014

Em termos de mortalidade,estima-se que em Angola, noano de 2000, tenha havidocerca de 20 mil óbitos. Em2009, estava perto dos 11 milóbitos e, em 2014, foram noti-ficados pouco mais de 5.500óbitos, o que significa uma re-dução substancial na morta-lidade. Urge a necessidade dese continuar a melhorar agestão de casos graves a nívelhospitalar através da capaci-tação o permanente dos pro-fissionais da saúde e da me-lhoria dos meios técnicos pa-ra uma abordagem mais efi-ciente em cuidados intensi- vos.

Pré-eliminação da malária

“Angola está engajada noprojecto de pré-eliminaçãoda malária da África Australdenominado “E8”, disse o es-pecialista, adiantando que aestratégia envolve oito paísesda região da África Austral,dos quais quatro devem fazera eliminação e outros quatrodevem, ao longo das suasfronteiras, colaborar com a

eliminação nos quatro paísesiniciais, e iniciar a pré-elimi-nação a partir das suas fron-teiras.

Os países que estão em fa-

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12 DIA MUNDIAL DA MALÁRIA Abril 2015 JSA

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se de eliminação são a Namí-bia, África do Sul, Suazilândiae Lesotho. Os países tampõessão Moçambique, Angola,Zâmbia e Zimbabué”, afir-mou o responsável.

Em Angola apenasHuambo e Namibe estão

preparadas paraa pré-eliminação Angola, nessa perspectiva,tem uma iniciativa “trans-Cunene” com a Namíbia euma iniciativa “trans-Zam-beze” com a Zâmbia.

 Actualmente, em Angola,há apenas duas provínciasem condições de iniciar apré-eliminação da malária –o Huambo e a o Namibe. Aincidência de casos nessasduas províncias é inferior acinco casos por cada 1.000habitantes.

 A partir da província doHuambo, o programa damalária pretende lançaruma iniciativa de elimina-ção que cubra os municípiosque fazem fronteira com aprovíncia do Huambo, nas

províncias de Benguela, doBié e do Cuanza Sul.

Prevê-se que, a partirde 2018, metade do país

possa estar já numa fasede pré-eliminação

 A eliminação da maláriaem países como a Namíbia e

a África do Sul é mais fácilporque são nações que pos-suem condições atmosféri-cas e situação geomorfológi-ca que não facilitam o de-senvolvimento do vector,nem do parasita.

Porém, em Angola - quetem florestas, uma bacia hi-drográfica muito grande,uma densidade populacio-nal concentrada em re-giões periurbanas, factoque tem implicações com osaneamento do meio – émuito mais difícil controlar

o vector.Por outro lado, as gran-des distâncias a que as po-pulações, por vezes, estãodas unidades sanitárias fazcom que o diagnóstico e otratamento não sejam feitos

atempadamente.Há ainda uma zona mui-

to grande de fronteira coma África Central, nomeada-mente com a RepúblicaDemocrática do Congo,que é um dos países maisendémicos da região cen-tro-africana, e onde há uma

grande mobilidade de po-pulação de uma área para aoutra.

Critérios de pré-elimina-ção e eliminação

Os países entram na fase de

pré-eliminação quando têmuma prevalência de menosde cinco casos por cada milhabitantes.

É considerado que o paísentrou na fase de elimina-ção quando tem menos deum caso por cada mil habi-tantes.

E, finalmente, é conside-rada eliminada quando aofim de dois ou três anos nãotem nenhum caso autócto-ne. Pode ter casos importa-dos mas não de origem lo-cal”.

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13publicidAdeJSAAbril 2015

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14DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA O PALUDISMO Abril 2015 JSA

Invista no futuro. Vença o paludismo

nO paludismo pode ser evita-do e controlado através douso de mosquiteiros tratadoscom insecticida de longa du-ração, da pulverização intra-domiciliar com insecticidasde efeito residual, tratamen-tos preventivos para mulhe-res grávidas, bebés e criançascom menos de cinco anos, as-sim como testes de diagnósti-co e tratamento de qualidadegarantida. A maioria dos paí-ses expostos ao paludismoainda está longe de alcançar acobertura universal das inter- venções contra a doença.

É necessário haver um au-mento do financiamento pa-ra a luta contra o paludismopara se salvar vidas e alargarainda mais o acesso aos servi-ços de prevenção, diagnósti-co e tratamento do paludis-mo na região. Isto é aindamais importante dada a ne-cessidade urgente de se com-bater a resistência aos medi-camentos contra o paludis-

mo e outras ameaças emer-gentes, tais como a resistên-cia dos mosquitos aos insec-ticidas.

Estima-se que, em 2013,tenha havido 163 milhões decasos de paludismo na ÁfricaSubsariana, causando apro- ximadamente 528 mil óbitos.Entre 2000 e 2013, o númeroestimado de casos de palu-dismo na população em riscodiminuiu em 34%, enquantoas taxas de mortalidade asso-ciadas ao paludismo dimi-nuíram em 54% na regiãoafricana. A despeito destesprogressos, é pouco provávelque os países da região africa-na atinjam a meta estabeleci-da pela OMS de uma redução

de 66% dos casos de paludis-mo e dos óbitos resultantesda doença até 2015.

 Acesso limitado

O acesso limitado e a fracautilização das intervençõescontra o paludismo disponí- veis nos países constituem asprincipais causas do fardo ex-cessivamente elevado dos ca-sos de paludismo e óbitos.Por exemplo, em 2013, cercade 33% das casas na regiãoainda não possuíam nem umúnico mosquiteiro tratadocom insecticida de longa du-ração e apenas cerca de 29%das casas possuíam mosqui-teiros tratados com insectici-da de longa duração suficien-

tes para todos os seus habi-tantes.

Existe um consenso geralpara reduzir a mortalidadeassociada ao paludismo, bemcomo as taxas de incidênciada doença em, pelo menos,90% até 2030, e para eliminaro paludismo. A percentagemdas pessoas protegidas por,pelo menos, um método decontrolo do paludismo au-mentou nos últimos anos. Noentanto, o total dos financia-mentos só satisfará as neces-sidades se os doadores, osparceiros internacionais e osgovernos nacionais deremprioridade ao aumento de in- vestimentos para o controlodo paludismo.

 Apelo aos países

Neste dia em que comemo-ramos o Dia Mundial de Lutacontra o Paludismo, lançoum apelo aos países e às par-tes interessadas para que di-reccionem os recursos dispo-níveis para as localidadesmais afectadas pelo paludis-mo e para as populações egrupos mais expostos ao riscode contraírem a doença.

Gostaria igualmente deexortar os países e as partes in-teressadas a investirem nossistemas nacionais e comuni-tários para que todos os casossuspeitos de paludismo se- jam testados antes que o tra-tamento seja administrado.Todos os casos confirmados

de paludismo deverão tam-bém ser documentados e no-tificados para que se possa de-terminar as zonas geográficasonde há uma maior prevalên-cia da doença e os grupos po-pulacionais que estão maisem risco.

Por sua vez, o Escritório Re-gional da OMS para a África vai continuar a prestar orien-tações baseadas em evidên-cias a todos os países e partesinteressadas para melhor di-reccionarem as intervençõescontra o paludismo, reforça-rem os sistemas nacionais desaúde com vista à coberturauniversal de saúde, e acelera-rem os progressos para uma África livre do paludismo.

M tshidiso Moeti

drcra Rgnal a oMs para Áfrca

O m"ndo comemora a, 25de Abril de 2015, o Dia M"n-

dial de L"!a con!ra o pal"-dimo ob o !ema (In#i!ano f"!"ro. Ven'a o pal"di-mo). O !ema real'a a nece-idade de e a"men!ar o re-c"ro financeiro e h"ma-no, do prod"!o e o in#e-!imen!o em infrae!r"!"rapara con!rolar e eliminar e-!a doen'a po!encialmen!emor!al.

!É necessáriohaver umaumento do

financiamentopara a lutacontra opaludismo parase salvar vidas ealargar aindamais o acessoaos serviços deprevenção,diagnóstico etratamento dopaludismo naregião"

Menagem da Direc!oraRegional da OMS para*frica, Ma!hidio Moe!i,por ocai&o da SemanaAfricana da Vacina'&o

O& #a&e& da Regi /" Af%ica!ac"e"%a a 5.7 edi/" da Se-a!a Af%ica!a da Vaci!a/"(SAV) de 24 a 30 de Ab%il. ac"!'ecie!'" c" d%a/"de a &ea!a, $e &e de&'i!aa %ef"%a% a &e!&ibili+a/" d"#6blic" e a #%"c%a #"% &e%i-"& de aci!a/" #"% #a%'e da&c"!idade&, elh"%a% " ace&-&" a #"#lae& de al'" %i&c" ea +"!a& de difcil ace&&" !a Re-gi/", e, ai!da, e*e%ce% ad"caciac" i&'a "bili+a/" de %e-c%&"& #a%a a aci!a/". A SAV"fe%ece igale!'e a "#"%-

'!idade #a%a ae!'a% a #%"-c%a e a 'ili+a/" de "'%a& i!-'e%e!e& $e &ala ida&,&"b%e'd" a$ela& $e i&a a&lhe%e& e a& c%ia!a& c"

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#e&&"a& de '"da& a& idade& c"!-'%a a& d"e!a&. A& aci!a& &/" d"& ai"%e& aa!"& !a hi&-'%ia da ha!idade. Salailhe& de ida& '"d"& "& a!"&e c"!'a-&e e!'%e a& i!'e%e!-e& de &a6de c" elh"% %e-la/" c&'"-eficcia jaai& de-&e!"lida&.

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gi"!al de Vaci!a/" 201482020,$e f"i %ece!'ee!'e a#%"a-d", dee% &e% a#licad" !a #%-'ica e #%i"%idade& e ace&!aci"!ai& $e &e de&'i!e a

di&#"!ibili+a% ace&&" !i-e%&al aci!a/" e a "'%a& i!-'e%e!e& $e &ala ida&#a%a '"d"& a' 2020, &"b%e'd"#a%a a& #"#lae& l!e%ei&.

O *i'" da SAV de#e!de%da ca#acidade d"& #a&e& e i!-cl%e a SAV !"& &e& #la!"&

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Vacinação: uma dádiva de vida!Estima-se quecerca de trêsmilhões de

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15publicidAdeJSAAbril 2015

Maio de 2 15

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16ONCOLOGIA Abril 2015 JSA

Tratamento do cancro: o papel da quimioterapiae os cuidados na sua preparação

nExistem outros tipos de me-dicamentos utilizados para otratamento do cancro ao blo-quear a função de estruturasespeciais das células malig-nas como os receptores damembrana celular, recepto-res intra-celulares, estruturasintracelulares que transmi-tem sinais biológicos ao nú-cleo da célula induzindo amultiplicação celular, ou queajudam a promover a respos-ta imunitária. Estes tipos demedicamentos são conheci-dos como medicamentoscontra alvos biológicos e sãomais específicos (Figura 1).

Este conjunto de fármacosque são utilizados para trataro cancro é denominado vul-garmente por quimioterapia.São utilizados para matar ascélulas malignas que estão notumor inicial nas suas metás-

tases e nas células malignasque estão em circulação.

Para ter este efeito sistémi-co (actuando em todo o cor-po) a sua administração é ge-

ralmente realizada por via in-travenosa. Existem situaçõesespeciais em que a adminis-tração é oral, intra-vesical, in-tra-abdominal, intra-tecal,

intra-pleural e cutânea.Os medicamentos citotó-

 xicos não matam apenas cé-lulas malignas. Podem matarcélulas benignas geralmente

que estão a dividir-se comoas células do folículo piloso(cabelo), unhas, células damucosa oral, do tubo digesti- vo e células sanguíneas. Poreste motivo, são responsáveispor efeitos indesejáveis co-nhecidos como os efeitos ad- versos (Figura 2). Felizmente,existem medicamentos quequando são administradosantes, durante e depois daquimioterapia impedem ouminimizam de forma muitoeficaz esses efeitos.

 Assim a quimioterapia éuma forma muito importante

de tratar o cancro e pode serusada antes da cirurgia, e ouradioterapia, para diminuir otamanho do tumor (chama-da neoadjuvante), ou após acirurgia curativa para matar

eventuais células em circula-ção (chamada adjuvante) epara tratar as metástases lon-ge do tumor inicial (chamadapaliativa).

Como são medicamen-tos que vão ser introduzidosna corrente sanguínea dosdoentes não podem estarcontaminados por micro-organismos. Os profissio-

nais de saúde que preparamou administram estes medi-camentos não devem con-tactar como os mesmos, sejapela respiração, pela pele,ou pelos olhos, senão vãosofrer os seus efeitos. Por es-se motivo a preparação des-tes medicamentos deve serrealizada em salas especiaise os profissionais de saúdedevem utilizar equipamentode proteção apropriado. Es-sas salas especiais são anali-sadas regularmente paranão haver contaminação e oar que entra e sai é filtrado

utilizando aparelhos espe-ciais (Figura 3).

Em Luanda, recentemen-te, a Clínica Girassol inaugu-rou uma sala de preparaçãode quimioterapia com todos

estes recursos e uma sala deadministração de quimiote-rapia adequada. A Clinica Sa-grada Esperança está a ter-minar as obras de construçãoe o equipamento de uma salade preparação e de adminis-tração de quimioterapia mo-derna. O IACC (antigo Cen-tro Nacional de Oncologia) játem um projecto para a refor-

mulação e modernização dasua sala de preparação dequimioterapia e das salas deadministração da quimiote-rapia. Isto significa que gran-des passos foram e estão a serdados no nosso país, paraque os medicamentos para otratamento contra o cancrosejam preparados e adminis-trados com segurança defen-dendo o doente, os profissio-nais de saúde e o próprio me-dicamento.

O Jornal de Saúde de An-gola compromete-se, após oseu 5º aniversário, a divulgar

com regularidade os aspec-tos mais importantes sobreas doenças oncológicas e osavanços observados no seucontrolo em Angola e nomundo.

Lcio Lara SantoS

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Page 17: Jornal Da Saúde de Angola n.60

7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60

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18TOXICOLOGIA Abril 2015 JSA

Estudo sobre venenos de serpentes em Angolairá permitir produzir um anti veneno experimental

nNo âmbito da preparaçãodo primeiro seminário dodoutoramento em CiênciasFarmacêuticas, especialida-de em Toxicologia, que PaulaOliveira, Vice Decana para os Assuntos Científicos da Uni- versidade Lueji A'Nkonde,em Malanje, está a fazer naFaculdade de Farmácia daUniversidade do Porto, sur-giu a ideia de preparar um te-ma actual e pertinente. Em si-multâneo, e não menos im-portante, esse tema teria deconstituir “uma novidadecientífica”.

O estudo sobre os venenose envenenamentos de ser-pentes em Angola foi iniciadocom uma actividade de cam-po denominada “ExpediçãoNdala Lutangila (termos uti-lizados pela população quan-do se referem à mamba negraque levam a óbito e não deixasair da lavra com vida quan-do morde)” que contou coma participação de dois espe-cialistas do Instituto Butan-tan, instituto de referência deprodução de soros do Brasil

para a captação das serpentese conservação e tratamentolaboratorial do veneno. “Fo-ram percorridos 3.500 quiló-metros entre as províncias deCuanza Sul, Benguela, Huílae Malanje e visitados váriascomunas de, pelo menos,dois municípios de cadauma, inquiridas mais de 260pessoas, entre profissionaisde saúde e população deáreas de risco, a maior parte,camponeses e pastores”, po-de ler-se nos resultados preli-minares do referido estudo.Foram apresentadas cincoconferências sobre a impor-tância da problemática nasprincipais unidades de saúdedas referidas províncias e fo-ram colocadas “placas de avi-so de perigo de mordedurasde serpentes nas áreas demaior risco, tendo sido aindadistribuídos folhetos e pos-ters sobre como prevenir oaparecimento de serpentes, aprevenção dos acidentes e asmedidas adequadas para osprimeiros socorro se necessá-rio (ver caixa).” O objectivopassa por reverter o quadroda “patologia mais negligen-ciada das doenças tropicais”.

Benefícios práticosda investigação

 Após alguma pesquisa, a dou-toranda Paula Oliveira verifi-cou que esta era uma das

áreas que merecia ser investi-gada e documentada em An-gola uma vez que “não exis-tem registos sobre a proble-mática das mordeduras deserpentes e não há estudoscientíficos deste tema”, expli-ca ao Jornal da Saúde. Por ou-tro lado, as conclusões retira-das desta investigação pode-rão ser extremamente benéfi-cas para aquela que é já con-siderada “uma doença da po-breza e a mais negligenciadadas doenças tropicais, segun-do a Organização Mundial deSaúde”. Em simultâneo coma captação de serpentes, foiaplicado um questionário on-de se verificou que as pessoasnão acorrem aos serviços desaúde, o que dificultará emgrande medida a possibilida-de de se ter uma estatística daproblemática. No entanto, háresultados preliminares queimportam destacar, como porexemplo, o facto de se ter con-seguido “captar serpentesmortas e vivas e extraído o seu veneno para a etapa subse-quente e terem sido encon-tradas vários espécimes de Bi-tis Gabonica, quer em Ben-guela, como em Malange, oque não está descrito na lite-ratura toxicológica mundial”,explica Paula Oliveira.

No futuro, quando Angolaproduzir “os seus soros anti-ofídicos, o mesmo terá de es-

tar na composição do antive-neno pois agora existe a pro- va de que esta serpente habi-ta no Sul e Centro do país. Sóde Mufuma Selela, uma co-muna de Kalandula, captá-mos 5 exemplares, das quaisuma está viva no serpentáriodo Centro de Investigação eInformação de Medicamen-tos e Toxicologia da Faculda-de de Medicina de Malangeda Universidade Lueji (Cime-

tox)”. Sabe-se que o único eefectivo tratamento do enve-nenamento sistémico demordeduras de cobras é o an-tiveneno, constituído por so-ros específicos.

Estudo pioneiroPassada a fase da conclusãodo estudo, “os resultados dacomposição imunoquímicados venenos das serpentes de Angola servirão para elaborar

o dito antiveneno experi-mental. Para a sua produçãoem grande escala e para satis-fazer as necessidades no nos-so país, o investimento é mui-to grande, pelo que o projecto já foi submetido a instânciassuperiores, como o Cimetox.Penso que a seu tempo mere-cerá a devida atenção paracomeçar a ser executado”, es-clarece Paula Oliveira. O Ci-metox é o único centro de in- vestigação de medicamentose toxicologia que o país tem.Existe há três anos na Facul-dade de Medicina da Univer-sidade Lueji A'Nkonde, mas“não tem orçamento próprio,o que limita muito a investi-gação que se poderiam levara cabo, caso tivesse”.

No que respeita à impor-tância do estudo em particu-lar, Paula Oliveira consideraque o mesmo representa asua “modesta contribuiçãopara esta Angola que é de to-dos e que pode contribuir pa-ra a sua reconstrução comoprodução científica”. Consi-dera-se “feliz” por saber queintegra um estudo pioneiroem Angola que irá permitirminimizar um problema desaúde, sobretudo, “entre aspopulações pobres. É gratifi-cante poder dizer-se que, em Angola, alguma coisa está aser feita para o combate destadoença”, defende.

Cláudi Pinto

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A ExtrA4>O dO vENENO pErMitir? prOduzir SOrO ANtiOf@diCO, iStO , uM MEdiCAMENtO pArA trAtAr MOrdidAS dE SErpENtES vENENOSAS

Descoberta mundial

Serpente BitisGabonica habitao sul e centro de

Angola

No !mbito do trabalho de

campo, encontraram-se v-

rios esp#cimes da serpente

Bitis Gabonica, quer em

Benguela, como em Malan-

ge, o que n"o est descrito

na literatura toxicol%gica

mundial. S% em Mufuma Se-lela, uma comuna de Kalan-

dula, captmos cinco exem-

plares. Agora existe a prova

de que esta serpente habita

no sul e centro do pa$s.

Esta esp(cie, embora muito robusta, ( aquela que den-tro do g(nero +Bitis tem as maiores presas e gl%ndulasde veneno. " etremamente tranquila, capa! de passardias num s) lugar e mesmo que a irritem, raramentereage para o ataque, ao contr#rio do que acontececom a Bitis Arientans, a que mais acidentes causa, re-vela a doutoranda. Segundo o inqu(rito que est# a sertrabalhado neste momento, +os acidentes ocorremquando elas s&o inadvertidamente picadas, pelo quePaula Oliveira deia algumas mensagens preventivasaos leitores. +O primeiro conselho a dar $s pessoasquando v&o ao campo ( que vejam, de facto, onde e oque est&o a pisar e n&o passem em cima da vegeta'&o.Devem andar de botas de borracha de cano alto e emcaso de acidente, devem lavar com #gua e sab&o e iremde imediato para uma unidade de sa*de para que se fa-'a o tratamento adequado. Desaconselhamos total-mente a coloca'&o de folhas p)s o acidente ou o cortedo local da mordedura que (, infeli!mente, o que aspessoas normalmente fa!em, conclui.

Como prevenir e agir peranteum acidente?

    C   a   m    i    l    l   a    C   a   r   v   a    l    h   o    /    A   c   e   r   v   o    I   n   s   t    i   t   u   t   o    B   u   t   a   n   t   a   n

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MINSA preconiza reforço da gestão do sector n Com efeito, e de acordocom as conclusões do XXV Conselho Consultivo doMINSA, que decorreu, re-centemente, em Ndalatan-do, sede da província doCuanza Norte, sob o lema:“40 anos de independência,40 anos de Serviço Nacionalda Saúde”, com o signo deuma “Melhor gestão para ga-rantir a sustentabilidade doserviço nacional da saúde”,foi dado ênfase especial ao

ajustamento das despesasaos fundos disponíveis parafinanciar o sistema.

Para tal, foi preconizado aimplementação de medidasestruturais que envolvem aorganização dos serviços porníveis de atenção, tendo emconta a redução dos recursosfinanceiros, originada pelabaixa do preço do petróleo,principal fonte de receitas doOrçamento Geral do Estado.

 A redefinição das acções

prioritárias a serem desen- volvidas harmonizando-ascom a alocação de fundos,avaliando a disponibilidadedas fontes e alternativas de fi-nanciamentos, o tipo e o cus-to dos serviços necessários,sem contudo, afectar o aces-so e a qualidade dos serviçosa prestar as populações, par-ticularmente, nas áreas deimunização e atendimentopediátrico e obstétrico, cons-titui outros dos objectivos

pretendidos pelo MINSA.O referido encontro que

foi orientado pelo titular dopelouro, o ministro José Vie-ra Dias Van-Dúnem, mani-festou também inquietaçãocom a prevalência e incidên-cia da tuberculose no país,incluindo as suas formas re-sistentes, tendo por isso, ad- vogado mecanismos que as-segurem o funcionamentode unidades sanitárias comcapacidades de resposta pa-

ra este desiderato.Foi ainda preconizado

que, ao lado de cada unidadede tratamento de VIH/sida,exista outra de diagnóstico etratamento da tuberculose.

O evento, no dizer daque-le governante, constituiuuma oportunidade para con-solidar o plano de acção paraa prossecução dos objectivose metas fixadas para o sectorda saúde à luz do OGE revistopara o ano de 2015.

Diniz Simão

  rrespdete e ndalatad

O Mii%&$i! da Sade #'e$ 

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Vice-governador do CuanzaNorte apela a rigor na gestãofinanceira face à “petrocrise”

JSA  ril 2015 20Saúde Cuanza norte

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Hospital de Quiculungo aumenta consultas

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19publicidAdeJSAAbril 2015

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21publicidAdeJSAAbril 2015

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Assistência sanitária no municípiodo Amboim apresenta bons indicadores

nElídia da Conceição Huam-

bo fez saber ao Jornal da Saú-

de que, como indicador de

sucesso, está a adesão massi-

 va de mulheres às consultas

pré-natais, o que tem permi-

tido reduzir a taxa de mortali-

dade materno-infantil no

município do Amboim.

Outro aspecto destacado

pela responsável da saúde no

município do Amboim con-

siste no aumento de unida-

des sanitárias nas zonas de

maior concentração popula-

cional, como sendo o factor

que propiciou a oferta dos

serviços de assistência hospi-

talar nas comunidades e, ao

mesmo tempo, constitui mo-

tivação para as populações,

sobretudo mulheres, procu-

rarem assistência.

Elídia da Conceição

Huambo reconheceu que o

sector que dirige ainda en-

frenta problemas da falta de

médicos e outros técnicos de

especialidade para respon-

der às solicitações nas áreas

de obstetrícia, cirurgia e orto-

pedia. Já no cômputo geral, a

responsável da saúde no Am-

boim adiantou que são ne-

cessários mais 300 enfermei-

ros e 25 médicos para mini-

mizar a carência de pessoal.

— Como avalia o sector dasaúde no vosso município?— A realidade actual do sec-

tor da saúde no município re-

 vela-se dinâmica, porque as

populações já vão acreditan-

do que, quando estão doen-

tes, podem ser curadas nas

unidades sanitárias distribuí-

das pelo município, graças à

dedicação dos técnicos, a vá-

rios níveis, e das condições de

trabalho colocadas à disposi-

ção.

Neste aspecto, tenho de

destacar a afluência das mu-

lheres às consultas pré-natais

o que tem contribuído bas-

tante para a redução da taxa

de mortalidade materno-in-

fantil. A par disso, devo referir

o fornecimento regular de

medicamentos, quer seja

através das aquisições locais

pelos fornecedores que pres-

tam serviços ao município,

quer dos fornecimentos atra-

 vés do Depósito provincial de

medicamentos essenciais da

Direcção Provincial de Saúde.

Com o ritmo do trabalho

neste sector, as evacuações

para os hospitais de referên-

cia diminuíram substancial-

mente. Estamos em crer que,

nos próximos tempos, tere-

mos que evacuar apenas ca-

sos de especialidade, por fal-

ta de médicos especializa-

dos.

Em suma, a situação sani-

tária no Amboim melhorou

significativamente, quer no

domínio das infraestruturas,

como dos recursos huma-

nos. O município conta ac-

tualmente com uma rede sa-

nitária composta por dois

hospitais municipais, seis

centros médicos e 14 postos

de saúde. Prestam serviço oi-

to médicos e 90 enfermeiros

de vários escalões.

—Quais as principais doen-ças que assolam o municí-pio do Amboim?— Quanto às principais pato-

logias que assolam as popu-

lações do município do Am-

boim, temos em primeiro lu-

gar a malária, seguida das

doenças diarreicas e respira-

tórias agudas, anemia e tu-

berculose.

Lamentavelmente, conti-

nuamos a registar casos em

que as pessoas só procuram a

assistência sanitária quando

estão em estado crítico. Daí a

razão de incrementarmos as

campanhas de sensibilização

e educação para a saúde nas

comunidades.

—Quais as principais preo-cupações que o sector dasaúde enfrenta no municí-pio?— A grande preocupação

que o sector da saúde enfren-

ta no município é a degrada-

ção das infraestruturas dos

hospitais da Gabela e da Boa

Entrada que apresentam fis-

suras no tecto, entre outras.

No hospital municipal do

 Amboim, na cidade da Gabe-

la, a capacidade de interna-

mento foi reduzida de 250 pa-

ra 150 camas, uma vez que al-

gumas salas não estão em

condições para acomodar os

doentes. Outra preocupação

é a degradação das vias de

acesso que ligam a sede mu-

nicipal às distintas localida-

des da circunscrição munici-

pal o que dificulta as desloca-

ções para constatar o funcio-

namento das unidades sani-

tárias, ou em casos de eva-

cuação de doentes que ne-

cessitem de serviços de espe-

cialidade.

Outros constrangimentos

que enfrentamos consistem

nas evacuações das localida-

des longínquas para o hospi-

tal municipal, em que temos

de sacrificar a ambulância

devido ao mau estado das es-

tradas.

Por outro lado, temos re-

gistado com frequência o

aparecimento no hospital

municipal de casos graves,

fruto da negligência das famí-

lias.

— Quais os programas queestão a ser executados paraa melhoria da assistência nomunicípio do Amboim?— Os programas em execu-

ção do Amboim são os rece-

bidos da Direcção Provincial

da Saúde, nomeadamente os

referentes à malária – com a

distribuição de mosquiteiros

e de Albendazol –, a medição

da tensão arterial, testes de

 VIH/Sida e campanhas de

 vacinação. Além destes, esta-

mos também a executar ou-

tros programas, como os de

tuberculose e lepra, de vigi-

lância epidemiológica, de

educação para a saúde e água

e saneamento ambiental. Pa-

ra surtirem efeitos, a colabo-

ração das comunidades é es-

sencial.

— Quais os desafios os pró- ximos tempos?— Os principais desafios

apontam para a continuida-

de da superação permanente

de técnicos de saúde de for-

ma a respondam às exigên-

cias do presente e do futuro.

Já estamos a desenvolver um

programa de formação inten-

siva a 50 enfermeiros e 15 téc-

nicos, com a duração de qua-

tro dias, na razão de oito ho-

ras. Vamos, por outro lado,

continuar a desenvolver es-

forços no sentido de aproxi-

marmos, cada vez mais, os

serviços da saúde nas comu-

nidades, com a extensão da

rede sanitária e o melhora-

mento das unidades sanitá-

rias já existentes. Além disso,

 vamos melhorar os mecanis-

mos de educação para a saú-

de das comunidades para di-minuir a proliferação das

doenças evitáveis, como a

malária, febre tifóide, infec-

ções da pele, entre outras.

C Simiro oSé

Gabela

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Administrador municipal do Amboim Francisco Manuel Mateus

“Hospitais municipais vão ser reabilitados”

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7/17/2019 Jornal Da Saúde de Angola n.60

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23reSponSAbilidAde SociAlJSA Abril 2015

Trabalhador es da BP Angola

doam bens às vítimas das cheiasA BP Angola soma e segue com a implementa#"o de projectos sociais, no !mbito das suas práticas deresponsabilidade social corporativa. Desta vez, no entanto, foram os seus pr&prios trabalhadores que,imbu%dos de um esp%rito francamente solidário ' que, aliás, espelha a cultura da empresa ' , tomarama iniciativa de oferecer roupas, sapatos e material didáctico s v%timas das cheias, atrav$s dos servi#osde Protec#"o Civil e bombeiros de Luanda.

  través da Protecção Civil e Bombeiros

nO donativo resultou de um apelo que aempresa fez aos trabalhadores de formaa ajudar as pessoas afectadas pelas cala-midades naturais que assolam algumasregiões do país e, com alguma acutilân-cia, as vítimas das cheias da cidade de Lo-bito, na província de Benguela, e tambémno Cuanza Sul.

O Comissário Paulo Tomás de Sousa,chefe de departamento da logística dosServiços de Protecção Civil e Bombeiros,aquando na recepção dos bens, elogiou “ogesto dos trabalhadores da BP Angola” eexplicou que os serviços de Protecção Ci- vil e Bombeiros co nstituem um órgãomultissectorial onde estão envolvidos vá-rios ministérios. “Enquanto operativos,com a responsabilidade de recepcionar osmeios que as empresas e particulares com vontade de ajudar trazem. Temos a mis-são de garantir que os mesmos cheguemaos respectivos destinatários”, reforçou.

 A actuação dos serviços de protecçãocivil e bombeiros é ampla. Acodem às di-ferentes situações que ocorrem no país,

desde as calamidades naturais, às cheias,à seca e aos incêndios florestais.

“Apelamos a toda a sociedade queacompanhem os trabalhos efectuados pe-la comissão de protecção civil e bombei-ros e que façam as suas doações pois as ca-tástrofes naturais são fenómenos que fre-quentemente provocam uma grande des-truição material, perda de vidas humanase alterações na superfície terrestre”, acres-centou Paulo Tomás de Sousa.

 Actualmente, a frequência deste tipode fenómenos é cada vez maior, sobretu-do devido às alterações provocadas peloser humano, como por exemplo, as cons-truções não urbanas em zonas de risco,tendo sido já identificadas actividadeshumanas mal planeadas em conjuntocom factores naturais, como precipita-ções anormais e natureza dos solos.“Nunca se sabe quando é que acontececonnosco, daí a importância de sermossolidários”, esclareceu o responsável,apelando à contínua solidariedade porparte da população.

 “Nunca se

sa be quando é

que acon tece

connosco, daí a im-

por tância de sermos

solidários ”  – Paulo

 Tomás de Sousa

ESMER LD MIZ

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