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Jornal da UFOPA [Santarém/PA, abril-maio de 2012 - Ano II, nº 7] anos CALOUROS Mais de 1.000 novos alunos ingressaram na UFOPA em 2012. A seleção foi pelo Exame Nacional do Ensino Médio Página 6 HONORIS CAUSA DOUTORADOS [página 4] [página 7] Foto: Daniel Ramalho [página 5] VISITA DO MINISTRO FERNANDO BEZERRA

JORNAL DA UFOPA ANO II N 7

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Jornal da UFOPA[Santarém/PA, abril-maio de 2012 - Ano II, nº 7]

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CALOUROSMais de 1.000 novos alunos ingressaramna UFOPA em 2012. A seleção foi peloExame Nacional do Ensino Médio

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HONORIS CAUSA DOUTORADOS HONORIS CAUSA[página 4] [página 7]

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VISITA DO MINISTRO FERNANDO BEZERRA

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E x p e d i e n t eUniversidade Federal do Oeste do Pará

Reitor: José Seixas Lourenço | Vice-Reitor: Clodoaldo Alcino Andrade dos Santos | Pró-Reitor de Ensino de Graduação: |Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação Tecnológica: Marcos Ximenes Ponte | Pró-Reitor de Planejamento Institucional: Aldo Gomes Queiroz | Pró-Reitora de Administração: Arlete Moraes

Coordenadora de Comunicação: Maria Lúcia Morais | Jornalistas Responsáveis: Jussara Kishi (DRT/PA 2309), Lenne Santos (DRT/PR 3413), Maria Lúcia Morais (DRT/MG 6261) e Talita Baena (DRT/PA 1991)| Revisão: Júlio César da Assunção Pedrosa | Fotos: Daniel Ramalho, Guilherme Feijó , Lenne Santos, Luciana Leal, Maria Lúcia Morais, Talita Baena e Ediclei dos Santos | Projeto gráfico e Diagramação: Luciana Leal | Finalização: Ediclei dos Santos Coordenação de Comunicação da UFOPA | Campus Tapajós, Prédio da Reitoria | R. Vera Paz, s/n - Salé - Santarém, PA - 68035-110 | [email protected], [email protected]| Tel. (93) 2101- 4922

José Antônio de Oliveira Aquino Pró-

Internacionalizando o ensino superior

FORMAZON lança livro sobre educação do campo

As mudanças no sistema de educação superior europeu, analisadas por Alex Fiúza de Mello durante estágio pós-doutoral nos anos de 2009 e 2010, em Madri (Espanha), teve como resultado “Globalização, sociedade do conhecimento e educação superior: os sinais de Bolonha e os desafios do Brasil e da América Latina”, lançado pela Editora da Universidade de Brasília, em 2011. Durante a Aula Magna deste ano, a UFOPA teve a honra de receber o ex-reitor da UFPA, que abordou aspectos da obra e também lançou o livro em Santarém.

Na obra, a dinâmica do mundo contemporâneo, que desafia o papel da educação superior em todo o mundo, é elemento para reflexão. O estudo tipológico do “Processo de Bolonha”, configurado como o esforço que reuniu estados europeus em um sistema de graus acadêmicos comparáveis e compatíveis, visando à criação de um Espaço Europeu de Educação Superior (EEES), evidencia, de acordo com o autor, as tendências do atual momento de reestruturação do capitalismo mundial, o seu novo paradigma tecnológico e seus impactos no modelo universitário tradicional em todo o mundo.

Leitura fundamental para professores, alunos e pesquisadores brasileiros de diversas áreas do conhecimento, o livro revela ainda quais os desafios da reforma universitária brasileira e os valores para sua transformação.

PERFILAlex Fiúza de Mello é sociólogo, com doutorado em Ciência Política pela Unicamp e pós-doutorado pela Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris (França) e pela Universidade Politécnica de Madri (Espanha). Foi reitor da UFPA (2001-2009) e integrou o Conselho Nacional de Educação do MEC (2004-2008). Atualmente é secretário de Ciência e Tecnologia do Pará. Seu livro foi lançado pela Editora da UnB com o apoio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Lançado na Aula Magna da UFOPA livro de Alex Fiúza de Mello

Serviço – O livro “Globalização, sociedade do conhecimento e educação superior: os sinais de Bolonha e os desafios do Brasil e da América Latina” pode ser adqui-rido na Pró-Reitoria de Planejamento Institucional (PROPLAN) da UFOPA.

O grupo de Estudo e Pesquisas Formação de Professores na Amazônia Paraense (FORMAZON) publicou pela editora CRV, em janeiro deste ano, o livro intitulado “Formação de Professores: Pesquisas com ênfase na Escola do Campo”, que reúne o resultado de estudos feitos por pesquisadores acerca da escola do campo. “São estudos instigantes que muitas vezes contestam os discursos generalizantes sobre a escola do campo, e por esta razão servem de base para novas pesquisas”, afirmam as organizadoras, Solange Ximenes-Rocha e Maria Lília Imbiriba.

Para o lançamento, o Instituto de Ciências da Sociedade (ICED), por meio da Escola de Gestores, convidou o Prof. Dr. Pedro Goergen (que redigiu o prefácio) para proferir a conferência: “A pesquisa como fonte de desenvolvimento humano e social”.

Serviço: O livro custa R$ 35,00 e pode ser adquirido na sala do Grupo de Pesquisa FORMAZON, localizada na sala 321 (3º andar) do Centro Empresarial Amazônia Boulevard (Av. Mendonça Furtado), no horário das 8h às 11h e das 14h às 18h.

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33Lançamento do programa Jovens Talentos para a Ciência

UFOPA firma parceria com universidade americana

O reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço, participou da reunião de lançamento do programa Jovens Talentos para a Ciência, realizado no dia 5 de março de 2012, em Brasília (DF), pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A iniciativa é destinada a graduandos de todas as áreas do conhecimento e t e m o o b j e t i v o d e i n s e r i r precocemente os estudantes no meio científico.

Estudantes e professores da UFOPA poderão estudar e até realizar pesquisas

com a Universidade da Virgínia Ocidental (West Virginia University, WVU),

Estados Unidos. O termo de intenção para futura cooperação técnica foi

assinado em março de 2012 durante o simpósio intitulado “Recursos Naturais e

Saúde na Amazônia”, promovido pela UFOPA e pelo Instituto Esperança de

Ensino Superior (IESPES), o qual contou com a parceria da Universidade do

Estado do Pará (UEPA), das Faculdades Integradas do Tapajós (FIT) e do Centro

Universitário Luterano de Santarém (CEULS/ULBRA).

O pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Tecnológica (PROPPIT) da

UFOPA, Prof. Marcos Ximenes, que na ocasião representou o reitor, Prof. José

Seixas Lourenço, apresentou o modelo acadêmico da UFOPA ao grupo de

americanos composto por dois funcionários da reitoria da WUV e três

professores ligados às áreas da administração e meio ambiente.

Em Santarém, o grupo visitou os campi universitários das instituições de ensino

envolvidas no projeto e conheceu as principais linhas de pesquisas que podem

vir a se transformar em futuras parcerias. “Discutimos também o intercâmbio

de professores, a elaboração de projetos de pesquisa conjuntos, até mesmo a

doação de equipamentos, desde que justificado seu uso em pesquisas aqui no

Brasil”, afirmou o Prof. Roberto Branco Filho (UFOPA/IEG).

“As oportunidades, no entanto, não param por aí. Nosso objetivo é assinar um

convênio amplo, que facilite ligações também entre professores que não vieram

ao Brasil nesta viagem, mas que, no entanto, possuem interesse em parcerias

conosco. Com isso, outras áreas diversas das áreas dos professores que aqui

vieram podem fechar parcerias. Um dos integrantes do grupo, George Lies, irá

realizar um levantamento de quais professores (e suas respectivas áreas de

interesse, por exemplo, engenharia, línguas, etc.) poderiam realizar futuras

pesquisas em parceira conosco”, completou o professor.

A presidente do Fórum de Pesquisadores das Instituições de Ensino Superior de

Santarém (FOPIES), Irene Escher, apresentou a entidade aos pesquisadores

americanos e ressaltou a importância de parcerias como esta. “Nós,

pesquisadores aqui da região, realizamos pesquisas cujos resultados serão

utilizados no processo de tomadas de decisões para melhorar a qualidade de

vida na região Oeste do Pará”.

A WVU é uma tradicional universidade americana, criada no fim do século XIX,

que atua numa perspectiva multidisciplinar. Lá, em vez de institutos, há centros

interdisciplinares nas áreas de geociências, biotecnologia, entre outras. Os

principais temas desenvolvidos nas pesquisas na WVU envolvem

principalmente as áreas da agricultura, recursos naturais, turismo e recreação e

gestão de florestas.

Colóquio de Matemática

De 6 a 11 de agosto de 2012 a UFOPA recebe o

II Colóquio de Matemática da Região Norte,

em Santarém (PA). O evento congregará

pesquisadores, professores e alunos de

Matemática e de áreas afins. A iniciativa é da

Sociedade Brasileira de Matemática (SBM),

com apoio do Instituto de Matemática Pura e

Aplicada (IMPA) e das universidades federais

da região Norte. Mais informações:

w w w . s b m . o r g . b r e

www.clubedematematica.com.br/coloquionor

te2012.

ENEM será usado no Processo Seletivo

2013

O Processo Seletivo 2013 da UFOPA adotará

como referencial de seleção o maior resultado

do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)

de 2011 e 2012. O candidato deverá preencher

formulário de inscrição específico e informar

seus respectivos números de inscrição no

ENEM destes anos. O PS 2013 habilitará para

admissão à UFOPA no semestre inicial,

denominado Formação Interdisciplinar I.

SIG-UFOPA

Em breve, a UFOPA terá novo sistema de

gestão – o SIG-UFOPA. Com sistemas

operacionais integrados, o SIG-UFOPA vem

sendo implantado de forma gradual pelo

Centro de Tecnologia de Informação e

Comunicação (CTIC). Três módulos do sistema

já foram lançados – o módulo Férias e o módulo

Cadastro do sistema SIGRH, além do módulo

P r o t o c o l o . P a r a i n f o r m a ç õ e s e

acompanhamento de todas as fases de

implantação do sistema SIG-UFOPA, o CTIC

criou um blogue, que o servidor pode acessar

n o s e g u i n t e e n d e r e ç o e l e t r ô n i c o :

http://www.ufopa.edu.br/sigufopa/.

Eletronorte apoiará projetos da

UFOPA

A UFOPA e a Eletronorte firmarão acordo de

cooperação e de parceria técnica ainda no

primeiro semestre deste ano. A assinatura do

termo de parceria entre as duas instituições

ocorrerá em junho de 2012, em Santarém (PA).

Na oportunidade também será implantada a

pedra fundamental da base científica da

UFOPA na Hidrelétrica de Curuá-Una.

CircularUFOPA

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Reitor Seixas Lourenço acompanhado dos diretores da Capes, Jorge Almeida Guimarães, e do CNPq, Glaucius Oliva

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44Seminário Amazônia na Rio+20

O Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Pará (SECTI), Alex Fiúza de Mello, defendeu uma mudança de foco no que se refere à preservação da Amazônia. “Não podemos defender a Amazônia do ponto de vista apenas da preservação. A Amazônia tem de ser resgatada como sendo o que realmente é: grande celeiro de produção de materiais estratégicos para as necessidades do mundo”. Fiúza foi um dos palestrantes na abertura do I Seminário Amazônia na Rio+20, ocorrido em Santarém, na UFOPA, nos dia 19 e 20 de janeiro de 2012.

“É necessário levar em conta também a inclusão social e a aplicação de conhecimento em bases sustentáveis que sejam capazes de gerar um modelo racional de aproveitamento das nossas riquezas renováveis, isso levando em conta a aplicação de Ciência e Tecnologia”, completou o secretário Alex Fiúza de Mello.

Organizado pela UFOPA, Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Universidade do Estado do Pará (UEPA), com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (CAPES), o seminário reuniu representantes de universidades e instituições de pesquisa com sede na Amazônia e instâncias nacionais de fomento ao desenvolvimento da ciência e tecnologia. Entre os debatedores esteve presente o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães.

A partir das discussões realizadas durante o Seminário, será elaborado um documento com propostas das instituições de Ciência e Tecnologia da Amazônia, a ser apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), a ser realizada na cidade do Rio Janeiro, em junho deste ano.

A base para as propostas será o documento já elaborado pela Academia Brasileira de Ciências, intitulado “Amazônia Desafio Brasileiro do Século XXI: a necessidade de uma revolução científico-tecnológica”. “Neste documento estão indicados pontos de fundamental importância e alguns grandes desafios, entre eles a criação de universidades como a UFOPA”, afirmou o reitor da UFOPA, José Seixas Lourenço. Anfitrião do I Seminário, Seixas Lourenço disse que o próximo passo será a consolidação do documento com as propostas debatidas em Santarém.

“É necessário levar em conta também a inclusão social e a

aplicação de conhecimento em bases sustentáveis que sejam capazes de

gerar um modelo racional de aproveitamento das nossas riquezas

renováveis, isso levando em conta a aplicação de Ciência e

Tecnologia.”

Novo modelo de desenvolvimento para a Amazônia

[ Jornal da UFOPA - Ano II, nº 7 ]

HONORIS CAUSA

Ao final do evento, foi realizada a solenidade de entrega do primeiro título de Doutor Honoris Causa concedido pela UFOPA; o agraciado foi o presidente da CAPES, Jorge Almeida Guimarães. A concessão de título de Doutor Honoris Causa é uma das mais importantes comendas dentro de todo o ritual universitário. A prática é adotada há pelo menos oito séculos e reflete a importância da pessoa que o recebe na vida de todos os envolvidos no ambiente acadêmico.

Jorge Almeida Guimarães preside a CAPES desde 2004, é doutor em Biologia Molecular pela Escola Paulista de Medicina (atual Universidade Federal de São Paulo, Unifesp), com pós-doutorado no National Institute of Health (NHI/EUA). Foi diretor científico do CNPq, diretor nacional e binacional do Centro Brasil-Argentina de Biotecnologia, secretário nacional de Políticas Estratégicas e Desenvolvimento Científico do MCT. Publicou 155 artigos científicos originais, dos quais recebeu mais de 2.100 citações. Orientou 30 mestres e doutores em química de macromoléculas, toxinas proteicas, farmacologia bioquímica e molecular. Já participou também de diversas comissões de avaliação institucional.

Reitor José Seixas Lourenço e Jorge Guimarães

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[ Jornal da UFOPA - Ano II, nº 7 ]

Ministro da Integração Nacional conhece projetos na UFOPA

disse, citando o Simpósio Brasileiro de Óleos Essenciais, a ser realizado no próximo semestre, e o VI Simpósio

Brasil/Alemanha de Desenvolvimento, a ocorrer em 2013. Seixas Lourenço também citou a Criação do Parque de Ciência e

Tecnologia do Tapajós como um dos principais avanços da UFOPA.

"Podemos nos transformar em um polo de produção de fitoterápicos que possa atender, por exemplo, pacientes do SUS de

toda a região Oeste do Pará". A referência é apenas a um dos projetos que vão integrar o parque. Outro projeto do PCT e que

já está em processo de implantação é o Núcleo Tecnológico em Aquicultura (NTA), resultado de parceria entre a UFOPA e o

Ministério da Integração Nacional, por meio da SUDAM.

O diretor do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA), Prof. Dr. José Reinaldo Pacheco Peleja, fez um breve

relato do processo de implantação do Núcleo Tecnológico em Aquicultura, que além de dar suporte aos cursos de graduação

e mestrado do ICTA, irá realizar pesquisas que auxiliarão agricultores familiares no manejo das espécies tambaqui e aracu-

cabeça-gorda. "O terreno para a construção da estrutura física já foi adquirido e parte dos equipamentos já está comprada.

A previsão é de que até o final do ano de 2013 o projeto esteja concluído".

"Ficamos muito felizes em apoiar esse projeto, na área da pesca e aquicultura, por meio da parceira com a SUDAM, que

poderá agregar mais emprego e renda aos moradores do Oeste. Projeto esse que no futuro poderá servir de referência para

toda a região Norte", afirmou Bezerra Coelho. O ministro deixou aos pesquisadores da UFOPA o desafio de realizar

pesquisas que possam contribuir para a elaboração de políticas públicas que beneficiem a população desta região. Desafio

imediatamente aceito pelo reitor, que afirmou levar ao conhecimento do ministério os diversos projetos que são

desenvolvidos na UFOPA. "Estamos abertos a ampliar a cooperação e os investimentos aqui na região Norte, e com isso

cumprir uma meta da presidenta Dilma Roussef, que é intensificar a presença do Ministério da Integração Nacional nas

diversas regiões do País", finalizou o ministro.

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho,

conheceu, no dia 11 de maio de 2012, projetos que estão sendo

desenvolvidos na UFOPA, em parceira com o ministério, por meio da

Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), os

quais somam cerca de 2 milhões de reais, durante audiência com o

reitor da UFOPA, José Seixas Lourenço, da qual participaram também

diretores de institutos e pró-reitores, além da prefeita de Santarém,

Maria do Carmo Martins. O reitor Seixas Lourenço apresentou ao

ministro o modelo acadêmico da UFOPA e os avanços conquistados

pela universidade nos últimos dois anos. "Construímos modernas salas

de aula com capacidade para 50 alunos, temos também um moderno

auditório que está ajudando a transformar a cidade de Santarém em

um importante polo de eventos científicos nacionais e internacionais",

UFOPA e Santander ampliam parceria

Durante audiência ocorrida em maio, em Santarém (PA), da qual participaram o reitor José Seixas Lourenço e a assessora

de Relações Nacionais e Internacionais, Profa. Patrícia Chaves, o gerente do Programa Amazônia 2020 das Universidades

Federais da Rede Centro-Oeste-Norte do Santander/Universidades, Alexssandro da Silva Lima, informou que o programa

está ampliando o número de bolsas que serão ofertadas para a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) em 2012.

“Vamos oferecer mais 100 bolsas de estudo de Inglês e mais 200 bolsas de Espanhol, que não estavam previstas

inicialmente, isso porque a quantidade de inscrições dos alunos em todos os nossos programas aqui na UFOPA têm

chamado a atenção do Santander, o que faz com que olhemos para a UFOPA de forma diferente”.

Além das bolsas de estudo, o Santander também irá oferecer à UFOPA uma sala digital, cujo local de instalação está sendo

definido. Ao todo serão instalados 16 computadores. O banco será responsável por toda a infraestrutura, como o

mobiliário, impressora, escâner, cabeamento etc., além de garantir a manutenção do espaço por 5 anos.

Outra parceria foi firmada para a doação, pelo banco, da Targeta Universitária Inteligente (TUI), ou seja, o Santander irá

fornecer a professores e técnicos cartão de identificação e, aos alunos, carteira estudantil. “Vamos patrocinar para a

UFOPA o TUI, que é uma espécie de identificação inteligente que comporta até 60 funções a serem definidas pela própria

Universidade”, afirmou Alexssandro. Com o TUI, os alunos podem, por exemplo, registrar desde a presença em sala de

aula até um pagamento de fotocópias, ou ainda pagar sua refeição. Ele reforça que o cartão é da Universidade, e não do

banco, portanto não será necessária a abertura de conta para desfrutar dos benefícios.

Alexssandro define a parceria com a UFOPA: “Sucesso. Eu fiz questão de trazer pessoalmente a carta do programa

assinada pelo Sr. Jamil Hannouche, presidente do programa Santander/Universidades no Brasil. O crescimento desta

Universidade é visual. Há um ano estive aqui, e hoje percebo o quanto os espaços foram ampliados. O Santander quer

crescer junto com a UFOPA”.

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Reitor Seixas Lourenço apresentou ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, projetos desenvolvidos na UFOPA

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66UFOPA recebe calouros 2012

A Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) recebeu, no último dia 27 de fevereiro, mais uma turma de novos alunos. É o segundo processo seletivo da Universidade, criada há dois anos. De acordo com o modelo acadêmico da UFOPA, os calouros ingressam no Centro de Formação Interdisciplinar (CFI), onde cursam módulos do primeiro semestre, cujo conteúdo vai de Língua Portuguesa a Meio Ambiente, passando por Produção de Textos e Estatística, sempre com foco nas questões amazônicas.

Ana Paula de Oliveira Bicalho, 20 anos, veio de Paragominas para cursar Geofísica. “É muito diferente do que imaginei. Aqui estudamos, logo no primeiro semestre, Estatística e ao mesmo tempo Meio Ambiente, Língua Portuguesa; enfim, gostei muito dessa metodologia”.

O processo seletivo – Em 2011, 16.725 candidatos disputaram uma vaga, dos quais 1.150 foram os aprovados. Destes, 35.65% são oriundos da região Oeste do Pará; quase a metade, ou seja, 38,26%, são da região Metropolitana de Belém; 2,96% do Sul do Pará e 22,52% de outros estados brasileiros. A maior nota neste segundo processo de seleção foi 792,74, e a menor, 624,10.

A UFOPA oferta 1.200 vagas distribuídas em cinco institutos temáticos. Dessas vagas, 50 são destinadas ao Processo Seletivo Especial Indígena. Em 2012 a Universidade realizou 5 cinco chamadas complementares.

A UFOPA não realiza vestibular; utiliza integralmente a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para o acesso dos candidatos. Entre os aprovados para a UFOPA pelo ENEM, o primeiro lugar geral ficou com Clariano Pires de Oliveira Neto. Entre os candidatos da região Oeste do Pará, o primeiro colocado foi Fábio Henrique Dolzany Rosales. Fernando Silva Almeida conquistou o segundo lugar e o terceiro lugar ficou com Jair

Marlon Vítor Oliveira, calouro 2012: "Escolhi a UFOPA."

É muito diferente do que imagi-nei. Aqui estudamos, logo no primeiro semestre, Estatística e

ao mesmo tempo Meio Ambiente, Língua Portuguesa; enfim, gostei muito dessa metodologia.

Com um modelo acadêmico inovador, a UFOPA se pauta pela interdisciplinaridade. Oferta módulos, em vez de disciplinas isoladas, os quais abrangem as mais diversas áreas do conhecimento. Antes de chegar a um dos cinco institutos temáticos da Universidade, o aluno cumpre um percurso acadêmico que o faz entrar em contato com conhecimentos ligados à área pretendida. É a única universidade brasileira que adota integralmente esse modelo.

O panorama das universidades brasileiras, no que se refere à evasão e retenção de vagas, é “cruel”. De cada cem alunos que ingressam, apenas 50 chegam até o final do curso. A afirmação é do pró-reitor de Ensino de Graduação, Prof. José Antonio de Oliveira Aquino. De acordo com ele, nas universidades federais a evasão é de 25%. “Nesses três semestres de funcionamento do modelo acadêmico da UFOPA, a nossa evasão ficou em torno de 15%; isso mostra que estamos no caminho certo”. Aquino afirmou ainda que a evasão alcançou esse patamar por causa do desconhecimento da maioria dos alunos sobre o processo de mobilidade acadêmica interna. “Nosso alunos têm a possibilidade de optar por um percurso acadêmico que os levará ao curso pretendido”, concluiu.

Marlon Vítor Oliveira, 20 anos, é um exemplo disso. Em 2011 foi aprovado no curso de Teatro da Universidade Federal do Pará (UFPA), chegou a cursar um semestre e desistiu. “Não era o que eu queria, tinha uma visão errada do curso. Desisti e voltei para a UFOPA, porque aqui terei tempo para me decidir enquanto curso esse primeiro semestre”, disse, ao se referir ao modelo acadêmico da UFOPA, pautado na interdisciplinaridade.

O modelo acadêmico

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[ Jornal da UFOPA - Ano II, nº 7 ]

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77UFOPA lança novos cursos de doutorado

Focando no objetivo de consolidar o ensino e a pesquisa no coração da região amazônica, a Universidade Federal do Oeste do Pará lançou, nos meses de abril e maio deste ano, dois novos cursos de pós-graduação, nível stricto sensu: o doutorado interdisciplinar em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento e o doutorado interinstitucional em Educação, este em parceria com a Universidade de Campinas (Unicamp).

O doutorado em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento será o primeiro doutorado ofertado, integralmente, pela UFOPA. A aprovação pela

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) foi anunciada no mês de abril, durante coletiva de imprensa que teve a

participação da coordenadora do curso, Prof. Dra. Tereza Ximenes, e do reitor, Prof. Dr. José Seixas Lourenço.

Como esclareceu a coordenadora, o curso será conduzido por uma metodologia interdisciplinar, que buscará a interface entre as ciências

sociais e naturais, possibilitando, desta forma, a realização de pesquisas relevantes sobre a região Amazônica. “Este curso será muito

importante para a região, pois ele é conduzido pela metodologia interdisciplinar, o que significa a interação entre ciências sociais e ciências

naturais. Teremos várias linhas de pesquisa, o que permitirá ao aluno, ao integrar este conhecimento, trabalhar com problemáticas que

demandam uma visão holística da realidade”, considera a Profa. Tereza Ximenes.

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Inicialmente, serão ofertadas 15 vagas e a seleção está

prevista para o mês de julho. O início das aulas deverá

ocorrer na segunda quinzena do mês de agosto.

Dinter em Educação

Outra conquista na pós-graduação é na área da

Educação. A consolidação de parceria entre a Unicamp

e a UFOPA irá possibilitar a oferta de doutorado

interinstitucional (Dinter) voltado para a área da

Educação. Com a parceria, será atendido um grande

anseio por cursos de pós-graduação stricto sensu da

comunidade docente em toda a região do Baixo

Amazonas.

Poderão participar do processo seletivo do Dinter os professores das instituições de ensino superior (IES) que já possuem o título de mestre. O

curso terá duração de quatro anos e os aprovados no processo de seleção, que deverá ser realizado durante o mês de junho, cursarão as

disciplinas em Santarém, na UFOPA, durante o 2° semestre de 2012 e 1° semestre de 2013. Após esta etapa, o pesquisador deverá deslocar-se

até a cidade de Campinas, onde terá a vivência dos grupos de pesquisa da Unicamp, com oferta de bolsa. Esta fase de preparação do

pesquisador terá a duração de um ano e, ao término dela, o pesquisador voltará a Santarém para a conclusão de sua tese de doutorado.

O edital com as diretrizes do processo seletivo do curso será publicado pela Unicamp ainda este mês. Ao todo serão ofertadas 20 vagas,

distribuídas em três linhas de pesquisa: “História e Filosofia em Educação”; “Políticas de Educação e Sistemas Educacionais”; e “Ensino e

Práticas Culturais”.

De acordo com o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unicamp, Dario Fiorentini, a Unicamp recebeu 15 propostas de

parceria interinstitucional, e a escolhida foi a UFOPA. “A parceria com a UFOPA foi vista como uma oportunidade de a Unicamp ter uma

experiência diferente de formação de professores e de pesquisadores, devido ao projeto diferente de organização institucional da UFOPA. O

Instituto de Ciências da Educação (ICED), por exemplo, é um instituto no qual todas as disciplinas –Matemática, Física, Química, Biologia,

História, Letras – enfim, todas estão alocadas em um mesmo instituto, que é o de Educação. E isso nos faz pensar a formação do professor das

diferentes áreas de conhecimento de forma mais articulada, integrada, ou seja, pensar a Química, a Física e a Matemática na perspectiva da

relação com o outro, com o aluno, com o aprendiz, de modo que essa Matemática, que todo mundo acha chata, possa ter uma outra relação, um

outro sentido para os alunos, que esses encontrem, nestes conteúdos, algo de valor, que faça sentido, e portanto passem a se interessar e a

gostar, se interessar por este tipo de conhecimento. Enfim, nós vimos aqui a oportunidade de um projeto interessante, e pensamos que

podemos contribuir, sim, mas também podemos aprender junto”, avalia o coordenador.

Demanda histórica

A necessidade de formação continuada para os professores formados em experiências de interiorização, em Santarém, é histórica. De acordo

com o Prof. Dr. Anselmo Colares, há uma demanda que se prolonga desde a década de 1980, quando foram ofertados os primeiros cursos de

licenciatura. “Essas pessoas que se formaram em licenciatura e permaneceram aqui não passaram do nível da especialização. Alguns dos

doutores que aqui encontramos buscaram sua formação em outras cidades, e alguns não voltaram. Ou seja, este Dinter em Educação é de

grande importância estratégica para a região e para a universidade, pois a partir dele poderemos alcançar a independência, com a criação do

nosso programa de pós-graduação em Educação, atendendo esta demanda antiga por pós-graduação stricto sensu”, destaca.

Foi com o intuito de superar estas e outras desigualdades educacionais históricas, vividas pela população do interior da Amazônia, que, da

união das unidades da UFPA e da UFRA no Oeste do Pará, surgiu a UFOPA, um marco no que se refere ao ensino superior público na região

Amazônica. “Para se ter uma ideia da velocidade com que a UFOPA está se consolidando: estamos caminhando para superar o nível de

professores da UFRA, uma das instituições que nos deram origem. Em apenas dois anos alcançamos a marca de 228 professores; a UFRA tem

250, e com a realização de mais de 100 concursos para professor adjunto da UFOPA, daremos um salto que superará uma das instituições que

nos deram origem”, salienta o reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço.

[ Jornal da UFOPA - Ano II, nº 7 ]

A Universidade Federal do Oeste do Pará recebeu, nesta segunda-feira, dia 27, no Auditório Curuá-Una do Barrudada Tropical Hotel, cerca de 1.200 novos alunos egressos do Enem. A solenidade, que teve a participação do reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço, e do Prof. Dr. Alex Fiúza de Mello, abriu as atividades do ano letivo de 2012.

Antes do início da Aula Magna, proferida pelo Prof. Alex Fiúza de Mello, o reitor felicitou os novos alunos por dois motivos: primeiramente, por terem eles vencido a grande concorrência que é ingressar em um curso universitário; e, segundo, por, a partir de agora, estarem integrados a um projeto universitário inovador e que já se destaca no Brasil e no exterior. “Com pouco mais de dois anos de existência como universidade autônoma, a UFOPA já pode comemorar, além das primeiras obras estruturais, as muitas conquistas na graduação, na pós-graduação, na pesquisa e na articulação com a sociedade, conquistas estas que foram amplamente reconhecidas pela comunidade acadêmica e pela sociedade, manifestadas pelos prêmios conseguidos neste período. É importante registrar que, neste curto período de tempo, conseguimos implantar três mestrados e um doutorado, e com este crescimento qualitativo a UFOPA se consolida como uma genuína universidade, no seu sentido legítimo e legal, já que atualmente cerca de 40% das universidades não cumprem os critérios exigidos pelo MEC”, enfatizou.

Aula inaugural – Após as boas-vindas, foi dada a palavra ao Prof. Dr. Alex Fiúza de Mello, ex-reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA) e atual secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação. Em seu pronunciamento, enfatizou inicialmente que a oportunidade de proferir a Aula Magna tem simbolismo particular para ele. “Estar aqui e ver realizado um sonho de tantos e durante tanto tempo na busca da constituição desta instituição, que é na verdade um símbolo diferenciado para esta região e para o país. Primeiro, porque é resultado de um trabalho de tantos e de tantas gerações que aspiraram por ela, da sociedade local que aspirou por ela; mas porque a universidade também tem uma característica única e impar e que é histórica, ela é primeira universidade pública do interior da região amazônica”, declarou.

O professor lembrou que, tradicionalmente, as universidades se situaram nas capitais. A UFOPA, portanto, por estar no coração da região amazônica, tem um destino diferenciado das tradicionais instituições universitárias. “Se nós tivermos a grandeza de perceber isso, e construirmos nessa perspectiva um destino impar e que pode, na verdade, destacá-la dentro do cenário da educação superior brasileira, e eu diria também no cenário latino-americano, nós estamos apenas no início de um processo, cujo futuro nós não temos consciência possível para saber”.

O orador defendeu a tese de que a universidade, uma das instituições mais antigas da sociedade, vive uma crise, pois seu modelo histórico vem passando por transformações, também vivenciadas pela própria sociedade, marcada pela globalização e pelo conhecimento, que não se dá mais apenas na escola. “A crise é a crise da reestruturação da instituição universitária. Então, a UFOPA, como instituição nova, tem que pensar em constituir-se de uma forma que possa vir a atender a esses novos tipos de demanda que são colocados para as velhas estruturas universitárias. Uma universidade, para ser uma boa universidade e atender à sua finalidade social e histórica, no mínimo tem que ser uma universidade com um quadro de professores bem qualificados, que saibam produzir conhecimento e que saibam ensinar aos alunos a aprender e a conhecer, aplicando o conhecimento universal disponível às necessidades da região onde ela se encontra; isso é que é fundamental para que ela se torne útil e sirva de referência; eu diria que isso já é uma grande agenda para UFOPA”, concluiu.

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[ Jornal da UFOPA - Ano II, nº 7 ]

Aula Magna recebe novos alunos

Em sua Aula Magna, o Prof. Dr. Alex Fiúza de Mello apresentou os desafios das instituições universitárias no século XXI

Prof. Fiúza de Mello: ‘‘A crise da educação superior é a crise da reestruturação da instituição universitária.’’

Mais de mil calouros participaram da cerimônia

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A implantação do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) do Tapajós foi o tema central de reunião entre os representantes da UFOPA e do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social, sem fins lucrativos, que está realizando um estudo, para o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), sobre a

implantação de Parques Tecnológicos e Científicos da Amazônia.Ocorrido em março de 2012, na Reitoria da UFOPA, o encontro contou com a participação de professores, pesquisadores e representantes de diferentes segmentos da sociedade civil, que apresentaram suas expectativas com relação ao PCT Tapajós, que será implantado no Campus da UFOPA, em Santarém (PA).

"Essa é uma oportunidade excelente para estabelecermos um intercâmbio maior com o CGEE e a sociedade local", afirmou, durante o encontro, o reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço. "Estamos buscando a nossa própria identidade e estudando a melhor forma de governança para o Parque Tecnológico do Tapajós, que se adeque às necessidades e exigências tanto do governo estadual quanto federal".

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UFOPA e CGEE discutem implantação do Parque Tecnológico do Tapajós

Parque - "As definições de Parque Tecnológico são tão amplas que englo-bam desde incubadoras de empresas até o conceito de tecnópole. No entanto, cada região ou comunidade tem o direi-to de inventar o seu parque tecnológico, de definir uma identidade própria para este", explicou Roberto Spolidoro, do CGEE. "O Parque Tecnológico deve responder com eficácia aos desafios da economia globalizada e da sociedade do conhecimento. Ele deve ser concebido no âmbito desse novo paradigma".

Além de explicar a estrutura acadêmica da universidade, o reitor da UFOPA apresentou as principais áreas indica-das para inovação no âmbito do plano de negócios do PCT Tapajós. São elas: tecnologia da madeira; agricultura tropical e produtos da floresta; pesca e aquicultura; geologia mineral; energias renováveis; e produção de softwares.

"Cada parque tecnológico tem uma vocação e o papel da universidade é de fundamental importância na definição dessa identidade", afirmou Seixas Lourenço, ao ressaltar ainda que a UFOPA tem o papel de formar pessoas com espírito empreendedor. "Há uma preocupação muito grande de interagir-mos também com as cooperativas populares e de incentivarmos a criação de empresas juniores no PCT Tapajós".

SINFRA integra projeto piloto de Gestão por Competências

O grupo de consultores internos da

UFOPA, o qual atua no projeto piloto de

implantação do Sistema de Gestão por

Competências na Superintendência de

Infraestrutura (SINFRA), entra na

terceira fase. Nesta etapa, está sendo

feita a validação do texto das

competências referentes aos cargos e a

também a competência institucional.

Nas fases anteriores, por meio da análise

documental e da metodologia de grupo

focal, foram redigidas as competências

relativas aos cargos. Como competência

e n t e n d e - s e “ o c o n j u n t o d e

conhecimentos, habilidades e atitudes

necessárias ao desempenho das funções

dos servidores, visando ao alcance dos

objetivos da instituição”.

A competência institucional da

Universidade ficou assim redigida: “O

conjunto de conhecimentos expressos

pelos desempenhos didático-científico-

a d m i n i s t r a t i v o s c a l c a d o s n a

interdisciplinaridade que caracterizam

a UFOPA no cumprimento de seu papel

institucional com foco na natureza, na

sociedade e no desenvolvimento da

Amazônia”.

O que é – A gestão por competências é

uma exigência do Decreto 5.707/2006 a

todos os órgãos da administração

pública federal, o qual a define como a

g e s t ã o o r i e n t a d a p a r a o

desenvolvimento das habilidades e

atitudes necessárias ao desempenho das

funções dos servidores.

Contratada para auxiliar a equipe de

consultores internos responsáveis pela

implantação do projeto piloto, a

Unitalentos, empresa fundada em 2006 e

[ Jornal da UFOPA - Ano II, nº 7 ]

com sede em Brasília, atua na área de

c r i a ç ã o , d e s e n v o l v i m e n t o e

g e r e n c i a m e n t o d e c u r s o s e

metodologia para a área de educação

corporativa.

A ideia de implantar o Sistema de

Gestão por Competências na UFOPA

surgiu por meio da aprovação do

projeto intitulado “Gestão de pessoas

c o m f o c o e m c o m p e t ê n c i a s :

preparando um novo profissional para

uma nova universidade na Amazônia”,

da Coordenadoria de Desempenho e

Desenvolvimento (CDD), junto ao

comitê gestor da Secretaria de

Recursos Humanos do Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão

(SRH/MPOG), em outubro de 2010.

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Comitê de Ética em Pesquisa elege coordenação

O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da

UFOPA, durante reunião realizada no

ú l t i m o d i a 1 4 d e m a r ç o , e l e g e u

coordenadores e definiu diretrizes para a

formação do Conselho de Pesquisa e o seu

estatuto. O biólogo Luís Reginaldo

Rodrigues e o médico veterinário Kedson

Alessandrini Lobo Neves foram eleitos

coordenador e v ice-coordenador ,

respectivamente.

De caráter consultivo, deliberativo e

e d u c a t i v o , c o m c o l e g i a d o s

interdisciplinares, o Comitê de Ética tratará

de pesquisas com envolvimento humano e

deverá funcionar como um fi ltro

institucional.

O pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e

Inovação Tecnológica, Marcos Ximenes

Ponte, esteve presente à reunião e explicou a

origem dos comitês de ética. “Eles têm

origem na área da saúde, quando se fazia

pesquisa com experimentos clínicos etc.

Atualmente, o entendimento dessa matéria

ultrapassa esse limite puramente humano

do ponto de vista orgânico, e passa também a

ter um envolvimento em pesquisas da área

de ciências sociais, na qual há envolvimento

de pessoas ou grupos sociais. Como essas

pessoas são envolvidas com informações

pessoais, ou informações do grupo, há a

exigência de que se estabeleçam critérios

éticos para a realização da pesquisa”,

explica. O próximo passo do comitê será a

elaboração do regimento. Nele, serão

estabelecidas as normas de operação e as

agendas de pesquisa. “Hoje o Conselho de

Ética é um elemento muito importante na

institucionalidade brasileira na área da

pesquisa. Muitos órgãos cobram das

instituições a aprovação dos seus projetos

em comissões de ética. Já utilizamos outros

conselhos de ética instalados fora, para que

eles pudessem avaliar os nossos projetos, e

isso demonstra que, hoje em dia, a criação

de conselhos de ética é uma sistemática que

as instituições usam, e nenhuma

universidade pode deixar de ter um

conselho de ética”, conclui.

Novos servidores públicos federais são empossados

A UFOPA realizou no dia 3 de fevereiro de 2012, no Auditório Wilson Fonseca, a cerimônia de posse dos seus novos servidores. Durante a cerimônia foram empossados 42 servidores públicos federais aprovados nos concursos públicos realizados pela instituição. São 10 professores, 7 técnicos administrativos (nível superior) e 32 assistentes administrativos.

Lílian Oliveira fez o juramento do servidor público e assumiu o cargo de assistente administrativo

Organizada pela Pró-Reitoria de Planejamento Institucional (PROPLAN), por meio da Diretoria de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas (DGDP), a solenidade contou com a participação da comunidade acadêmica e foi presidida pelo reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço, que fez um balanço sobre a atual situação da universidade. A iniciativa faz parte da política de valorização dos recursos humanos da instituição e teve por objetivo proporcionar aos novos servidores públicos federais um momento de acolhimento e de integração com o ambiente institucional e a comunidade acadêmica.

Prof. Dr. José Seixas Lourenço empossando novo servidor

Reitor Seixas Lourenço explicando aservidores sobre a estrutura acadêmica da UFOPA

os novos

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[ Jornal da UFOPA - Ano II, nº 7 ]

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A busca por um turismo que vá além do turismo de sol e praia é o que pretende o projeto de extensão Roteiros Santarenos, coordenado pela Profa. Deize Carneiro, geógrafa especializada em dinâmicas fluviais, e também pelo Prof. Eduardo Martins, oceanógrafo que atua na área de sedimentologia. Vinculado ao programa de extensão “Cultura, Identidade e Memória na Amazônia” do Centro de Formação Interdisciplinar (CFI), o projeto é promovido pelo Programa de Ciências da Terra do Instituto de Engenharia e Geociências (IEG).

A mobilização da comunidade acadêmica e da sociedade santarena em geral, para a necessidade de se conhecer a geologia e a história da formação do lugar, é o objetivo do projeto, que também promoverá um tipo de turismo voltado para a geoconservação, denominado geoturismo. “É uma forma alternativa de fazer educação ambiental, e está dentro de uma área da Geologia, das Ciências da Terra, chamada Geoconservação, uma linha teórica que contribui para a conservação de ambientes abióticos, isto é, rochas, relevos, minerais, ou seja, ambientes não vivos. É todo um movimento, uma linha teórica da Geologia que busca conservar a diversidade desses ambientes abióticos que chamamos geodiversidade. Não temos só a biodiversidade, temos também a geodiversidade, que é a diversidade de monumentos geológicos”, explica a coordenadora.

ROTEIROS SANTARENOS: Projeto pretende mobilizar sociedade para turismo de conservação

Conhecendo a terra em pesquisa e ação

Conhecer, mas também transformar a realidade pesquisada, foi a saída encontrada pelos idealizadores do projeto para solucionar a questão dos professores vinculados ao programa de Ciências da Terra, do Instituto de Engenharia e Geociências (IEG), que ainda não conhecem as características locais. “O programa de Ciências da Terra existe há um ano, e como a maioria dos professores ainda não conhecem as características locais, tivemos a ideia de conhecer os ambientes que iremos explorar nos trabalhos de campo, nas disciplinas, nas pesquisas, considerando a vocação n a t u r a l , o t u r i s m o , q u e e s t á acontecendo e a necessidade de haver uma educação ambiental e patrimonial, enfim, uma necessidade maior por parte da população. Pensamos então em unir a necessidade de explorar ambientes e abrir a experiência para a comunidade, realizando uma pesquisa tipo pesquisa-ação”, ressalta.

Ao todo, estão programadas 10 excursões a lugares de grande potencial turístico de Santarém. Em cada excursão a comunidade poderá participar por meio de inscrição via e-mail, informa a coordenação do projeto.

Os participantes da excursão caminharam até a Serra da Piraoca, onde alunos participaram de aula de geologia ao ar livre

Alter do Chão foi a primeira comunidade visitada pelo projeto Roteiros Santarenos

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[ Jornal da UFOPA - Ano II, nº 7 ]

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12Um novo percurso para as Geociências na Amazônia

Geólogo de formação, com um extenso currículo acadêmico-

profissional, o professor Dr. Bernardino Ribeiro de

Figueiredo, da Universidade Estadual de Campinas

(UNICAMP), faz um balanço sobre sua permanência na

UFOPA, onde, nos últimos dois anos, vem contribuindo para

a implantação do Instituto de Engenharia e Geociências (IEG)

e dos cursos de graduação de Geologia e Geofísica. Nascido

em Belém (PA), Figueiredo possui formação pós-graduada

pela Universidade de Uppsala, na Suécia, e atua em

diferentes áreas das Geociências, como Metalogenia,

Geoquímica Ambiental e Geologia Médica. Atualmente tem

focado suas pesquisas para um tema que considera

preocupante: os efeitos das poeiras sobre o meio ambiente e

às populações humanas.

A principal motivação foi o projeto da UFOPA, que é bastante diferenciado no Brasil e vem ao encontro das discussões que se desenvolveram, ao longo das últimas décadas, sobre o que deve ser uma universidade. E também pelo fato de eu ter desenvolvido toda a minha carreira acadêmica na UNICAMP, e ter essa oportunidade de contribuir para uma instituição na Amazônia.

Há alguns aspectos a se considerar. O primeiro é de que as profissões de geólogos e geofísicos são regulamentadas por lei. Na formulação dos cursos da UFOPA esses regulamentos já estabelecidos têm que ser obedecidos, o que restringe o espaço para grandes inovações ou novidades. A universidade vai conferir o diploma de bacharel em Geologia ou em Geofísica a esses estudantes, que vão ter que se registrar no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) para poder exercer a profissão, e nós não vamos correr o risco de que, no final do curso, por conta de uma série de mudanças, eles sejam impedidos de exercer a profissão por falta de registro no CREA.

O que acontece, como resultado de todas as discussões no

Brasil e nos países desenvolvidos, é que expor esses alunos a

conteúdos de ciências humanas, de línguas, informática, ou

seja, de uma série de conteúdos complementares, resultará

em um melhor desempenho profissional. Os geólogos têm

que ser bons técnicos, porém capazes de também analisar a

realidade brasileira, o contexto internacional, de dominar

outros conteúdos para melhorar seu desempenho. Nesse

sentido, o projeto da UFOPA contribuirá para a formação de

um profissional diferenciado.

A UFOPA é como um videoteipe daquilo que já vivi, porém em uma escala muito maior, pois já não é a implantação de um instituto, mas de toda uma universidade, uma situação muito mais complexa. Estou recebendo os novos professores e tenho mostrado para eles que todas essas dificuldades por que estamos passando são próprias do momento de implantação.

Fui um dos pioneiros no Instituto de Geociências da

UNICAMP no início da década de 1980. Lá partimos do zero,

embora a Unicamp já existisse havia uns 15 anos. O Instituto

de Geociências da UNICAMP constava apenas dos estatutos.

Partir do zero significa nenhum laboratório, nenhum espaço

físico, nada de biblioteca. Começamos formulando os cursos

de pós-graduação, elaborando os primeiros projetos de

pesquisa, construindo os primeiros laboratórios e biblioteca,

ocupando espaços físicos já existentes na universidade.

Após 15 anos de curso de pós-graduação, também coordenei

na Unicamp a comissão que criou os cursos de Geologia e

Geografia, e essa experiência está sendo útil aqui, no

momento em que a UFOPA previu a criação do IEG, a criação

Qual sua motivação para vir a Santarém atuar como professor na UFOPA? Como está sendo essa experiência?

Qual sua opinião a respeito do modelo acadêmico interdisciplinar adotado pela UFOPA? É possível formar bons profissionais, principalmente das geociências, por meio desse sistema?

Você acompanhou a implantação do Instituto de Geociências da Unicamp e hoje está participando da implantação do Instituto de Engenharia e Geociências (IEG) da UFOPA. Como foi esse processo na UNICAMP?

do Programa de Ciências da Terra e os cursos de Geologia e

Geofísica, como estão sendo propostos hoje.

Na UFOPA você coordena a pesquisa “Estudos Integrados de

Solo Superficial em Áreas da Amazônia”. Qual o objetivo

dessa pesquisa e como ela está sendo realizada?

A pesquisa analisa as partes mais superficiais do solo para

verificar como ocorre a influência das deposições

atmosféricas, ou seja, as deposições dos aerossóis e das

poeiras. Essas poeiras têm diferentes origens: queimadas,

erupções vulcânicas, ressuspensão de solo por vento, etc.

Podem se originar também em fontes muito distantes da

Amazônia, como o deserto do Saara, onde se originam as

poeiras transoceânicas. Trata-se de uma pesquisa muito

difícil. Temos uma equipe que inclui professores do Instituto

de Geociências da Universidade Federal do Pará (UFPA),

além de vários colegas da UFOPA. Já incorporamos dois

bolsistas de iniciação científica e uma pós-doutora, com uma

bolsa PRODOC, concedida pela Capes, sob a minha

supervisão.

O mesmo projeto, com outro nome, “Influência das

deposições atmosféricas em solos da Amazônia”, foi

aprovado no último edital universal do CNPq, para o período

2012 a 2014. Com a aprovação no CNPq, temos agora um

financiamento maior, além de uma equipe ampliada,

inclusão de estudantes da UFOPA e da Unicamp, uma pós-

doutora e um fortalecimento com os nossos laços de

cooperação com o Instituto de Geociências da UFPA.

Já coletamos amostras de solo superficial nos municípios de

Monte Alegre e Itaituba e na Floresta Nacional do Tapajós.

Vamos adquirir um coletor de particulados, que

instalaremos nesses locais, de maneira que saberemos a

composição química desse material, ao mesmo tempo em

que teremos amostras dos solos para comparar e verificar se

há indicadores químicos da influência da atmosfera na

composição dos solos. Isso é uma novidade, porque o solo é

normalmente entendido como derivado apenas do substrato

rochoso. Embora se saiba que existam micro-organismos,

organismos vivos, vegetais e animais no solo, que existe uma

grande atividade química, formando um sistema onde

ocorre uma enormidade de processos, normalmente se

esquece das deposições atmosféricas, que podem trazer uma

série de materiais completamente estranhos àquela área, de

outras partes, e é isso que estamos querendo analisar. Se for

possível, também tentaremos apontar efeitos benéficos ou

adversos à saúde humana dessas poeiras.

Metalogenia ou Metalogênese é o campo do conhecimento

onde se estudam as jazidas minerais, o que para o Pará é algo

extremamente importante, porque o estado detém uma das

maiores províncias mineral do planeta, Carajás, onde

realizei estudos na década de 1980; enormes jazidas de

bauxita e caulim; e, na bacia do Tapajós, inúmeros depósitos

de ouro. Esse estudo das províncias metalogenéticas, da

origem das províncias minerais e do uso racional dos bens

minerais, é importantíssimo para o nosso curso de Geologia e

para a região amazônica.

A Geoquímica tem várias aplicações, inclusive a prospecção

para a localização de jazidas minerais. A Geoquímica

Ambiental usa os mesmos conhecimentos da Geoquímica, ou

seja, a química da crosta terrestre e dos materiais terrestres.

A Geoquímica pode contribuir muito para os estudos

ambientais, identificando fontes naturais de contaminação,

de fontes antrópicas, poluição causada pelo homem, dos

mais variados materiais como águas, solo, poeiras,

Como pesquisador, você atua em diferentes áreas, como

Metalogenia, Geoquímica Ambiental e Geologia Médica. Qual

a importância de se formar profissionais para atuar nessas

áreas, especialmente na região amazônica?

Prof. Dr. Bernardino Ribeiro de Figueiredo, da UNICAMP

Professor visitante na UFOPA, Bernardino Figueiredo fala sobre sua trajetória acadêmica, os desafios de uma universidade em construção no interior da Amazônia e os avanços das pesquisas em Geociências, que estão na fronteira do conhecimento

alimentos, objetos de estudos geoquímicos. É a aplicação da

Geoquímica em Ciências Ambientais. Há na UFOPA ainda o

interesse de aplicar os métodos da Geoquímica em estudos

de Geoarqueologia sob a liderança de pesquisadores do ICS.

No final de década de 1990, começou-se a difundir no

mundo a ideia de utilizar a Geoquímica Ambiental para

verificar os efeitos benéficos ou adversos dos materiais

terrestres à saúde humana e dos animais. É o que se chama

Geologia Médica. Já estive envolvido em pesquisas de

populações expostas a substâncias tóxicas, como arsênio,

chumbo, excesso de flúor na água, mercúrio, etc. Cada uma

dessas substâncias tem efeitos, de maneira que a Geologia

Médica pode contribuir para, ao descobrir áreas com

anomalias geoquímicas, alertar as populações, por meio de

campanhas preventivas sobre o perigo de ingerir

determinado tipo de água, em que se descobriu excesso de

substância tóxica, ou de se utilizar um solo contaminado

por metal para plantação de alimentos.

A Geologia Médica passou a ser muito difundida nesse

século, a partir do ano 2000. Em 2006, publicamos o

primeiro livro de Geologia Médica do Brasil. No momento

estou mais preocupado em estudar poeiras, que é um tema

de interesse internacional. Fazemos parte de um grupo

internacional de pesquisas sobre poeiras, porém não está

excluída a possibilidade de estudarmos essas poeiras

também do ponto de vista da Geologia Médica, das ameaças

e dos perigos que elas podem representar para

determinados grupos populacionais.

É um tema preocupante. Existem agravos à saúde causados

pelas poeiras, principalmente a parte mais fina da poeira,

chamada ultrafina, partículas que, uma vez inaladas, têm

acesso direto aos alvéolos dos pulmões. Já foi constatado

que em São Paulo, onde se queima a palha da cana antes do

corte, essas queimadas provocam, além do fechamento de

aeroportos e outros transtornos, diversos problemas à

saúde humana.

Acho preocupante esse nível de poeira que existe em

Santarém, pela não pavimentação das ruas, e a Amazônia,

assim como o Sudeste e o Centro-Oeste, também é afetada

pelas queimadas. Além de material inorgânico, as poeiras

também transportam micro-organismos, bactérias e vírus

transmissores de doenças, que muitas vezes aparecem nos

lugares de maneira inexplicável, porque não houve

contágio humano. Essas coisas estão na fronteira do

conhecimento. A nossa pesquisa ainda não está entrando

nisso. Estamos analisando apenas os materiais inorgânicos,

mas a tendência é de aumentar bastante o estudo sobre

poeira nos próximos anos.

Por que esse tipo de estudo é tão importante?

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[ Jornal da UFOPA - Ano II, nº 7 ]