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FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO PARA ANIMADORES Diocese de São José dos Campos - SP - Informativo das CEBs - Ano VIII - Setembro de 2012 - Nº 82 Cidadania, Ética e Política LEIA + NA PÁGINA 3 3 Semana Social Brasileira LEIA + NA PÁGINA 5 5 Formação LEIA + NA PÁGINA 6 6 Aconteceu Baile das CEBs LEIA + NA PÁGINA 7 7 Irá Acontecer LEIA + NA PÁGINA 8 8 Palavra do Assessor LEIA + NA PÁGINA 2 2 As CEBs com certeza tem uma grande parcipação na divulgação da Bíblia Sagrada e por seu uso constante nas comunidades, tanto é que o Doc. de Aparecida, declara: “ As comunidades eclesiais de base, no seguimento missionário de Jesus, têm a Palavra de Deus como fonte de sua espiritualidade e a orientação de seus pastores como guia que assegura a comunhão eclesial. De- monstram seu compromisso evangelizador e missionário entre os mais simples e afastados, e são expressão visível da opção pre- ferencial pelos pobres. São fonte e semente de variados serviços e ministérios a favor da vida na sociedade e na Igreja.” (Dap-179) Ouve, meu povo, o Senhor quer te falar./ Fala Senhor, teu povo quer te escutar. Tua Palavra é força em nosso caminhar/É luz guiando para nos fazer chegar/ Boa Nova que nos faz acreditar / Na vida plena que vai se concretizar. (Zé Martins) Foto: Bernadete Mota

Jornal das CEBs - mês de setembro

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Page 1: Jornal das CEBs - mês de setembro

CEBs - Informação e Formação para animadores 1

FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO PARA ANIMADORES

Lá vem o Trem das CEBs...Diocese de São José dos Campos - SP - Informativo das CEBs - Ano VIII - Setembro de 2012 - Nº 82

Cidadania, Éticae PolíticaLEIA + NA PÁGINA 33 Semana Social

BrasileiraLEIA + NA PÁGINA 55 Formação

LEIA + NA PÁGINA 66 AconteceuBaile das CEBsLEIA + NA PÁGINA 7

7 Irá AcontecerLEIA + NA PÁGINA 88Palavra

do AssessorLEIA + NA PÁGINA 2

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As CEBs com certeza tem uma grande participação na divulgação da Bíblia Sagrada e por seu uso constante nas comunidades, tanto é que o Doc. de Aparecida, declara: “ As comunidades eclesiais de base, no seguimento missionário de Jesus, têm a Palavra de Deus como fonte de sua espiritualidade e a orientação de seus pastores como guia que assegura a comunhão eclesial. De-monstram seu compromisso evangelizador e missionário entre os mais simples e afastados, e são expressão visível da opção pre-ferencial pelos pobres. São fonte e semente de variados serviços e ministérios a favor da vida na sociedade e na Igreja.” (Dap-179)

Ouve, meu povo, o Senhor quer te falar./ Fala Senhor, teu povo quer te escutar.Tua Palavra é força em nosso caminhar/É luz guiando para nos fazer chegar/

Boa Nova que nos faz acreditar / Na vida plena que vai se concretizar. (Zé Martins)

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CEBs - Informação e Formação para animadores2PALAVRA DO ASSESSOR Foto: Bernadete Mota

Foto: Pascom SJTadeu

BÍBLIA: COMUNICAÇÃO DE AMOR

IGREJA NAS CASAS

Olá queridos amigos e amigas das Co-munidades Eclesiais de Base.

Quando falamos em comunicação, logo vem à mente um monte de para-fernálias tecnológicas, jornais, internet, rádio, televisão, celular, boletins, Orkut, Facebook, twitter, blog, msm e por aí vai. Juntando tudo isso mais o marketing, te-mos o que chamamos de comunicação de massa.

Para os cristãos e principalmente para quem trabalha com pessoas é importante um meio de comunicação. Temos que ser claros nas mensagens que queremos pas-sar, para atingir nossos ouvintes.

A Bíblia não foi escrita da noite para o dia, tampouco por uma única pessoa, mas por homens e mulheres, sob a inspi-ração de Deus. Deus sempre se mostrou preocupado com sua criação e, através da Sagrada Escritura, ele se comunica com seu povo,

Primeiro, o povo viveu acontecimen-tos que marcaram suas vidas! Depois, esses acontecimentos ficaram guardados na memória. Durante muitos séculos fo-ram sendo contados de viva voz às outras pessoas, até que, num determinado mo-mento em que o povo viveu uma situação semelhante à do passado, esses fatos fo-ram escritos.

Mais tarde, esses escritos foram reu-

nidos e assim se formou a Bíblia. Dizemos que o texto sagrado foi escrito a várias mãos, isto é, por várias pessoas da comu-nidade.

A Bíblia mais do que um livro, ela é uma biblioteca composta de 73 livros que narram a história e os fatos do povo de

Israel, o povo escolhido, do qual nós hoje somos descendentes. Ela contém a men-sagem de Deus revelada a seu povo.

Deus sempre se mostrou preocupa-do com sua criação e, através da Sagrada Escritura, ele se comunica com seu povo, como nos relata Dei Verbum - documen-to do Concílio Vaticano II: “Nos livros sa-grados, o Pai que está no céu vem amoro-samente falar a seus filhos. É tão grande a força e a virtude da Palavra de Deus, que

ela sustenta e dá vigor à Igreja, confirma a fé de seus filhos, alimenta a alma, jorra como fonte pura e perene da vida espiri-tual” (DV 21).

Certamente você já ouviu falar da Bí-blia, e talvez já tenha tido contato com ela. “Bíblia” não é uma palavra que tem

origem na língua portu-guesa. Ela vem da palavra grega “Biblos” e significa “livros” ou “coleção de li-vros”.

A Bíblia nasceu da par-ceria entre Deus, que se comunica, e o povo, que o descobre nos aconteci-mentos da vida, na histó-ria.

De fato, os livros da Bíblia não foram escritos só em lugares diferentes,

mas às vezes o mesmo livro começou a ser escrito em um lugar e foi completado, copiado ou revisado, muitas vezes rece-bendo acréscimos, em outros.

Grande parte dos livros do AT foi es-crito na terra de Israel, onde se formou e viveu o povo de Israel, lugar onde Jesus nasceu, viveu, ensinou, morreu e ressus-citou.

Alguns livros da Bíblia foram escritos fora de Israel: na Babilônia, no Egito, na

“Venha de onde vier, chegue de onde chegar. Não importa o lu-gar, o importante é que bem vindo aqui você sempre será! Este nos-so encontro é pro povo de Deus. Então venha prá cá, o importan-te meu amigo é você participar.” (Música de Pedroso - MG).

É neste espírito que nos reu-nimos todas as 4ª Feiras em uma casa para um olhar crítico sobre a realidade, momento em que todos gostam de expor suas ideias por mais simples que lhes pareçam. Na simplicidade de cada um, no diálogo o grupo se reanima para a caminhada de mais uma semana. O encontro com a “Palavra” lida, relida, partilhada e orada fortale-

ce cada um dos participantes e o com-promisso semanal é selado com alegria. As preces brotam de forma espontânea, impulsionadas pelo Evangelho. É desta forma que tomamos consciência de que somos capazes de ajudar sempre de algu-ma maneira e que cabe a cada um de nós ser agentes de transformação a começar de nós, e em nossa família, comunidade, sociedade, para que ela seja mais justa e solidária. Assim é a CEBs lutando contra o individualismo, preconceitos, discrimi-nações e divisões; fortalecendo a vida comunitária, buscando vivenciar o ecu-menismo, o diálogo interreligioso, o res-peito ao diferente (Alteridade) a valoriza-ção das mulheres, jovens, crianças e de todos os excluídos. Buscando fortalecer a política do bem comum, a luta por justiça

Ásia Menor, na Grécia e na Itália, lugares por onde se espalharam os judeus e as comunidades cristãs primitivas.

Pela diversidade de autores e lugares, podemos imaginar uma variada riqueza de costumes, culturas, situações sócio--econômicas, políticas e religiosas que se refletem em cada livro.

Esses autores certamente sofreram influências de outros povos na maneira de ver, viver e transmitir a mensagem de Deus à humanidade, com um novo olhar e uma nova forma.

Nós lemos a Bíblia para que ela ilumi-ne nossa vida: essa é a finalidade princi-pal. Lemos a Bíblia sempre levando em conta a dimensão comunitária, mesmo quando a lemos individualmente. Le-mos a Bíblia para atualizar a nossa his-tória diante da história de Deus e provê a história de Deus como inspiração para a nossa história. (aqui me refiro a Bíblia como um parâmetro para a nossa vida – provê no sentido de que a história de Deus é estimuladora e providencial para a história da humanidade)

Um abraço e minha bênção a todo o povo de Deus que faz parte das Comuni-dades Eclesiais de Base.

Pe. Fabiano KleberCavalcante do Amaral

social, estamos frente a um desafio, o de levantar sete mil assinaturas do presen-te abaixo assinado de projeto de lei de iniciativa popular que tem por objetivo assegurar o repasse efetivo e integral de 10% da receita corrente bruta da União para a saúde pública brasileira, alterando dessa forma, a Lei Complementar nº141 de janeiro de 2012. Esse documento será encaminhado a Câmara dos Deputados nos termos dos artigos 1º, III e artigo 61 §2º, da Constituição Federal.

Queridos animadores e animadoras renovemos nossa esperança e nossa luta, pois fazemos a diferença.

Maria das Graças B. FariasSantuário São Judas Tadeu

Coord. Paroquial

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CEBs - Informação e Formação para animadores 3

CIDADANIA, ÉTICA E POLÍTICADesafio aos cristãos

fORmAçãO

Parte VI - FinalCom este informativo encerra-se o

projeto de reflexão política para as elei-ções municipais. Quem acompanhou toda a série, certamente terá percebi-do que vários boletins fizeram críticas a certas ideias inscritas na cultura política brasileira. Talvez elas correspondessem a realidades antigas, mas já não correspon-dem mais à realidade política em vigor desde a promulgação da Constituição ci-dadã de 1988. De fato, estamos diante de um desafio novo: é preciso mudar nossa cultura política, nosso modo de pensar, para desenvolvermos uma verdadeira democracia em nosso País.

É claro que isso poderá levar muito tempo, como acontece a toda mudan-ça nas formas de pensar e de agir. Veja bem: há apenas trinta anos, pouca gente se preocupava com a poluição dos rios. Muita gente jogava lixo no córrego, pen-sando que dali ele seguiria por algum rio até desaguar no mar, onde toda sujeira se dissolveria na enormidade das águas. Foi preciso muitas campanhas em favor da ecologia e do respeito à natureza, re-forçadas por leis de proteção ambiental, para que essa mentalidade começasse a mudar. Hoje em dia, ninguém mais se sente no direito de jogar lixo nos córregos e rios, e quem o faz é objeto de censu-ra dos outros. Assim também acontece-rá com a consciência democrática: com perseverança, um dia teremos uma nova cultura política.

No próximo mês deveremos compa-recer a uma seção eleitoral para votar, fazendo valer nosso direito de cidadãos e cidadãs. Muitas pessoas estarão co-laborando como mesários ou fiscais de partidos, sentindo orgulho de prestarem um serviço à democracia. Dia de eleições deve ter um ar de festa cívica, ser um dia especial a partir do qual muita coisa po-derá mudar em nossa cidade. Algumas pessoas, contudo, dirão que só votam por serem obrigadas e que o voto deve-ria ser facultativo. No fundo, prefeririam não se envolverem com a política, como se isso fosse possível. Não somos nós que nos envolvemos com política: é a política

que nos envolve. A questão é saber como lidar com ela.

ÉTICA DA POLÍTICA E NA POLÍTICAAqui entramos no ponto crucial: a éti-

ca da política. Desde a mobilização social do “fora Collor”, vem crescendo na socie-dade brasileira a consciência da ética na política, isto é, o dever que têm os polí-ticos de se comportarem conforme os preceitos da Democracia. Eles são obri-gados a agirem com honestidade, fideli-

dade às promessas e a colocarem o bem--comum acima dos interesses individuais. Essa obrigação é tão forte que eles têm o mandato cassado quando se comprova que eles cometeram alguma corrupção. Não é como no regime militar, que cassou mandatos de políticos para calar as vozes que se opunham ao autoritarismo: hoje só pode ter o mandato cassado quem co-mete desvios na conduta ética. Mas esta dimensão da ética, embora muito impor-tante, não esgota sua aplicação à política.

Por isso, falar de ética da política é dizer que a política deve ser a realização dos princípios éticos na esfera pública. E quando se pergunta quais seriam os prin-cípios éticos fundamentais, isto é, aque-

les dos quais não se podem abrir mão, a resposta está nos Direitos Humanos. No mínimo, os direitos que, tendo sido incluídos na Constituição, tornaram-se direitos extensivos a todos os cidadãos e cidadãs de um País. Ou seja, a política como atividade humana deve ser regida pelo cumprimento dos Direitos Huma-nos, segundo sua hierarquia: os direitos referentes à vida devem prevalecer sobre os direitos referentes às coisas e os direi-tos referentes ao bem de todos devem

prevalecer sobre os direitos referentes ao bem particular. Por exemplo: se for obrigado a cortar custos, o governo deve cortar antes o serviço da dívida pública do que os gastos com saúde e educação.

Neste ponto, a Ética fundamentada na razão moderna encontra-se com a “re-gra de ouro” da ética tradicionalmente ensinada pelas religiões: “não fazer nem permitir que seja feito aos outros aquilo que não queremos que nos façam”.

Isto nos ensina também o Papa Bento XVI, em sua encíclica sobre o amor. Sua reflexão sobre fé e política, Igreja e Es-tado, conclui dizendo que o dever ime-diato de trabalhar por uma ordem justa na sociedade é próprio dos fieis leigos.

Estes, como cidadãos do Estado, são chamados a participar pessoalmente na vida pública destinada a promover o bem comum. Embora as manifestações espe-cíficas da caridade eclesial nunca possam confundir-se com a atividade do Estado, no entanto a verdade é que a caridade deve animar a existência inteira dos fieis leigos e, consequentemente, também a sua atividade política vivida como “cari-dade social”.

DO VOTO CONSCIENTE ÀPARTICIPAÇÃO POLÍTICA

O tempo de preparação para as elei-ções municipais deve ser então dedicado à prática da verdadeira Política, que cria estruturas justas. O voto consciente é im-portante, mas ainda mais importante é o trabalho de conscientização política que pode ser feito nesses dias que antece-dem as eleições, quando política é assun-to em qualquer conversa.

Você que desde os primeiros meses do ano veio acompanhando a reflexão, é agora convidado a dar mais um passo, com uma ação concreta:

• Leve este informativo a outras pes-soas para juntos debaterem a relação en-tre ética e política;

• Se o grupo considerar proveitosa a leitura, estimule-o a fazer o mesmo com os boletins anteriores.

• Enfim, convide esse grupo a partici-par ativamente das eleições, apoiando a candidatura que lhes pareça trazer maior contribuição para uma cidade onde rei-nem a Justiça e a Paz.

Esteja certo de que essa ação será de grande importância para construir em nosso País uma verdadeira Democracia: política, social, cultural, étnica e eco-nômica. Mais que isso, ela fará a Igreja avançar em sua missão de anunciar e construir o Reino de Deus na história hu-mana. Lembre-se sempre da exortação do Apóstolo:

“Meus irmãos, se alguém disse que tem fé, mas não tem obras, que adianta isso?” (Tg 2, 14)

Fonte: Escola de Fé e Política - CEFEP

Foto: Divulgação

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com a graça de Deus assumindo o com-promisso com a construção do Reino.

Vamos seguindo em frente com o tra-balho incessante de animadores e anima-doras que abraçam o ideal de propagar a mensagem de Cristo “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Noticia para toda a humanidade” (Mc 16,15). Neste mês de setembro dedicado a Bíblia Sagrada a CNBB nos propõe para estudo o Evan-gelho de Marcos com o tema: Discípulos Missionários a partir do Evangelho de Marcos e o lema: Levanta-te Ele te cha-ma! (Mc 10,49).

Para terminar encerramos com este verso: “Ouve, meu povo, o Senhor quer te falar./ Fala Senhor, teu povo quer te escutar. Tua Palavra é força em nosso caminhar/É luz guiando para nos fazer chegar/ Boa Nova que nos faz acreditar / Na vida plena que vai se concretizar. (Zé Martins)

FraternalmenteLuiz Marinho

Paróquia Coração de Jesus

Brasil. Em 1972 foi indicado para o Prêmio

Nobel da Paz. Aposentou-se em 1985, tendo organizado mais de 500 comunida-des eclesiais de base. No final da década de 1990, já aposentado, lançou a campa-nha “Ano 2000 Sem Miséria”.

O Velho Profeta faleceu aos 90 anos de parada cardíaca, foi no dia 27 de agosto de 1999. Coincidentemente, também no dia 27 de agosto, faleceu outro Profeta dos tempos modernos, D. Luciano Mendes de Almeida, mas esta é outra história, que contaremos qualquer hora dessas.

José Carlos DiogoAdvogado e Membro da Irmandade

dos Mártires da CaminhadaLatino-Americana (Jacareí – SP)

que anunciava a boa nova e denunciava as injustiças praticadas contra seu povo. Parceiro dos pobres, testemunha incontestável do Cristo li-bertador e da opção pre-ferencial pelos pobres, feita pela Igreja Católica, a partir do Concílio Vatica-no II, lembro-me de Dom Helder Câmara.

Helder Pessoa Câmara, nascido em 07 de feverei-ro de 1909, em Fortaleza, Ceará. Na festa da assun-ção de Nossa Senhora, comemorada no dia 15 de agosto de 1931, foi orde-

nado sacerdote, por especial autorização da Santa Sé, em virtude de ainda não ter completado a idade mínima exigida para ordenação, que era de 24 anos. À época o jovem seminarista Helder havia acabado de completar 22 anos.

Em 1946 foi convidado para assesso-rar o Arcebispo do Rio de Janeiro e em 20 de abril de 1952 foi ordenado Bispo, tornando-se Bispo auxiliar da capital da-quele Estado. Realizou sua missão pasto-ral no Rio de Janeiro por 28 anos, onde foi colaborador de diversas revistas cató-licas, exerceu funções na Secretaria Esta-dual de Educação e no Conselho Nacional

de Educação, fundou a Cruzada de São Sebastião, para atender os favelados e o Banco da Providência, destinado a ajudar famílias pobres.

No dia 20 de março de 1964, dias an-tes do golpe militar, foi nomeado Arcebis-po de Olinda e Recife, onde permaneceu por mais de 20 anos. D. Helder foi um dos fundadores da CNBB (Conferência Na-cional dos Bispos do Brasil), entidade da qual foi Secretário Geral por 12 anos.

Devido a sua atuação religiosa e so-cial, por sua pregação libertadora, pela denúncia da exploração praticada contra os países subdesenvolvidos, foi chamado de comunista e passou a sofrer retalia-ções e perseguições por parte dos milita-res. Foi proibido de fazer manifestações nos meios de comunicação de massa du-rante todo o período ditatorial. Certa vez o velho profeta escreveu: “quando dou pão aos pobres, chamam-me de santo, quando pergunto pelas causas da pobre-za, me chamam de comunista”.

Sua figura pública extrapolou frontei-ras e ele começou a fazer conferências e pregações no exterior, continuou de-senvolvendo intensa atividade pastoral, tornando-se um ícone na defesa dos mais necessitados no Brasil e no exterior. Em 1970, D. Helder fez um pronunciamento em Paris denunciando pela primeira vez a prática de tortura a presos políticos no

SAUDADES DOS PROfEtASFoto: Divulgação

Ao adentrarmos o mês de setem-bro, logo vem à mente o dia sete, considerado o dia da Independência do Brasil, bem como o feria-do Cívico, a Romaria dos Trabalhadores realizada anualmente pela pasto-ral operária na cidade de Aparecida e o Grito dos Excluídos.

O Grito dos Excluídos nos remete a 1ª Semana Social Brasileira realiza-da em 1991, por ocasião dos 100 anos da Encíclica Rerum Novarum, do Papa Leão XXIII e à Campanha da Fraternidade de 1995, que tinha como tema: “Fraternidade e os Excluídos”, e como lema: “Eras Tu Senhor”.

Vem à lembrança o nome de tantos brasileiros e brasileiras, de movimentos, entidades e instituições, que em dado momento da história deram a sua con-tribuição na luta pela construção de uma nação brasileira, verdadeiramente sobe-rana, onde muitos chegaram a doar suas vidas pela construção de uma sociedade mais justa e menos desigual socialmente.

Neste momento, recordo-me de um velho Profeta da nossa Igreja Católica, destes tempos mais recentes, um Profeta

Sagrada e por seu uso constante nas co-munidades, tanto é que o Doc. de Apare-cida, declara: “As comunidades eclesiais de base, no seguimento missionário de Jesus, têm a Palavra de Deus como fon-te de sua espiritualidade e a orientação de seus pastores como guia que assegura a comunhão eclesial. Demonstram seu

compromisso evangelizador e missio-nário entre os mais simples e afasta-dos, e são expressão visível da opção preferencial pelos pobres. São fonte e semente de variados serviços e ministé-rios a favor da vida na sociedade e na Igreja.” (Dap-179)

Para vivenciar esta Palavra , nossa diocese utiliza o livreto “A Palavra de Deus na vida do povo”. Este subsídio com conteúdo para reunião semanal

das comunidades, tem sido fonte de imensa graça, pois proporciona a cada um de nós orientação para expressarmos nossa fé e prática dela em nossa vida. É gente simples elaborando textos para gente simples e lá se vão mais de 20 anos

A PALAVRA DE DEUS NA VIDA E NA MISSÃO DA IGREJANa XII Assembleia sinodal, Pastores

vindos de todo mundo congregaram-se ao redor da Palavra de Deus, colocando simbolicamente no centro da Assembleia o texto da Bíblia para redescobirem algo que nos arriscamos de dar por adquiri-do no dia a dia: o fato de que Deus fale e responda às nossas perguntas. Juntos escutamos e celebramos a Palavra do Se-nhor. Narramos uns aos outros aquilo que o Senhor está a realizar no Povo de Deus, partilhando esperanças e preocupações. Tudo isto nos tornou conscientes de que só podemos aprofundar a nossa relação com a Palavra de Deus dentro do “nós” da Igreja, na escuta e no acolhimento recípro-co. (Introdução do Doc.Verbum Domini)

A introdução do Doc. Verbum Domini nos relata esta experiência da proximida-de com a Palavra do Senhor, o que vem reafirmar a metodologia que usamos nas comunidades, todos em volta da Palavra. ouvindo, meditando, refletindo, saborean-do , partilhando e praticando, para que te-nhamos mais vida e vida em abundância.

“Os fieis leigos são chamados a exer-cer a sua missão profética, que deriva di-retamente do batismo, e testemunhar o Evangelho na vida diária onde quer que se encontrem” (Verbum Domini-94).

Este chamado foi impulsionado com o Concílio Vaticano II, que foi para a Igre-ja um novo Pentecostes, com o Espírito

Santo abrindo as janelas e as portas e um novo horizonte surgiu: a Palavra se expan-diu, o povo de Deus a abraçou e com ale-gria a anunciou no idioma de cada nação.

As CEBs com certeza tem uma gran-de participação na divulgação da Bíblia

Foto: Bernadete Mota

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EStADO PARA qUE E PARA qUEM? - 5ª SEMANA SOCIAL BRASILEIRA

As semAnAs sociAis BrAsileirAs

Ao contrário do que possa parecer, a resposta à pergunta proposta pela 5ª Semana Social Brasileira não é simples, nem tampouco pode ser dada de for-ma satisfatória como um dado pronto e acabado, como uma resposta que deva ser aprendida e assimilada. Mais do que uma per-gunta a ser respondida, o que se tem diante de tal indagação é a opor-tunidade para refletir sobre a construção de um Estado democrático, sobre o papel do Estado na vida dos brasileiros. Para isso, a 5ª Sema-na Social Brasileira propõe que se par-ta de uma perspectiva crítica, em que se tem consciência das dificuldades e erros, mas também propositiva, com a ousadia de propor outros caminhos.

Vale destacar que, mais importante que a resposta em si, é o processo de construção e participação na busca de tal resposta que deve ser valorizado. A importância político-social das Semanas Sociais está em intensificar a presença pública da Igreja, sugerir a participação nos debates sobre os rumos da sociedade

As Semanas Sociais são parte da ação evangelizadora da Igreja. A 1ª Semana Social Brasileira foi realizada em 1991 com a finalidade de celebrar os cem anos da Encíclica Rerum Novarum. Reuniu li-deranças de todo o país para refletir so-bre o tema: “Mundo do Trabalho, Desa-fios e Perspectivas”. A 2ª Semana Social teve início em 1992 e estendeu-se até 1994; seu tema central foi “Brasil: Alter-nativas e Protagonistas”. O foco da 2ª Se-mana foi a Sociedade, enquanto o da 5ª Semana é o Estado, ou seja, nota-se que são questões muito próximas, mas refle-tidas a partir de contextos conjunturais diferentes. A 3ª Semana Social aconteceu

em vista da construção do bem comum, dialogar com outras forças sociais popu-lares e sugerir uma prática participativa. O Instrumental Metodológico da 5ª Se-mana Social afirma que “o agir político

supõe a capacidade de dialogar com diferentes segmentos, sem perder a identidade e o sentido da luta”. Desta forma, a 5ª Semana Social Bra-sileira tem como tema “A participação da so-ciedade no processo de democratização do Es-tado brasileiro – Estado para que e para quem?”, ou seja, quer ser uma

ocasião oportuna para repensarmos o Estado que temos e o Estado que que-remos, um novo Estado, caminho para uma nova sociedade do Bem Viver.

A 5ª Semana Social Brasileira, mais que uma única semana cronológica, é um processo que se iniciou em agos-to de 2011, com o seu lançamento durante o Seminário das Pastorais So-ciais em Brasília-DF; em abril de 2012, aprofundou-se com o Debate na 50ª Assembleia da CNBB; de abril a setem-bro de 2012, realiza-se a Semana Social

nas dioceses, municípios, estados e re-gionais e; em maio de 2013, acontece a Semana Social em nível nacional, bem como a aprovação do documento final.

Além da sua participação nas regiões pastorais e paróquias de nossa diocese, indicamos o site da 5ª Semana Social Brasileira: www.semanasocialbrasileira.org.br para maiores informações, bem como as publicações da Comissão Epis-copal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz: “Participação da so-ciedade no processo de democratização do Estado brasileiro – Instrumental Me-todológico” e “Um novo Estado, caminho para uma nova socie-dade do bem viver – Subsídio de estudo”. Além de tudo isso, uma oportunidade para aprofundar na prática da política e da cidadania, à luz do Evangelho, dos princí-pios éticos emanados da Doutrina Social da

em 1998 e marcou o tríduo de prepara-ção do Jubileu do ano 2000 em vista da questão do “perdão das dívidas” e teve como tema: “Resgate das Dívidas Sociais: Justiça e Solidariedade na construção de uma sociedade democrática”. Já a 4ª Se-mana Social, realizada entre 2004 e 2006, refletiu sobre o tema: “Mutirão por um Novo Brasil” a fim de que as forças sociais se articulassem na construção de um Pro-jeto para o Brasil. As Semanas Sociais ar-ticulam as forças populares e intelectuais para debater questões sociais, políticas e econômicas relevantes baseadas no Ensi-no Social da Igreja.

Igreja e do conhecimento teórico e práti-co da realidade brasileira, é a participação na Escola de Política e Cidadania de nos-sa diocese (maiores informações no site: www.escoladepolitica.org.br). Almeja-mos que a 5ª Semana Social nos desperte para o protagonismo frente aos desafios e reforçamos o convite para a sua ins-crição na Escola de Política e Cidadania.

Foto: Bernadete Mota

Sem. Jairo Augusto dos Santos - Paróquia Coração de Jesus

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CEBs - Informação e Formação para animadores6

Os princípios e os impulsos do siste-ma capitalista estão entranhados na vida das pessoas, bem como nas instituições e nas relações sociais. Sua lógica é perversa, uma vez que promove a exclusão, brutais desigualdades, injustiças, individualismo, competição, destruição e morte. Não é possível que nos acomodemos à sua fúria avassaladora. Muito pior é contribuir para que ela se reproduza, prospere e destrua o que temos de mais caro e nobre: a vida com todos os seus significados.

A motivação para resistir a este sis-tema pode partir de diferentes análises, perspectivas teóricas ou posicionamentos políticos. Dentre os lugares de onde se levantam gritos proféticos de indignação diante da dinâmica de morte produzida pelo capitalismo estão as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs).

Berço de onde surgiram múltiplos mo-vimentos sociais populares, as CEBs se-guem, com teimosia, lutando em função de uma sociedade mais justa, igualitária e sustentável, organizada a partir da base. Esse novo jeito de ser Igreja continua, em parte, como uma realidade que se concre-tiza e, em grande parte, como uma utopia que está sempre na mira das esperanças.

Para dar mais concretude às esperan-ças e possibilidades de um mundo melhor, creio ser importante pensar no fortaleci-mento daquilo que denomino de Comuni-dades Integrativas de Base. Refiro-me às próprias CEBs, as quais necessitam avan-çar sob múltiplas dimensões e avançar de maneira integrativa. Ao invés de identifi-

car essas dimensões como pilares, colunas estáticas, prefiro falar delas como “pneus” das comunidades, uma vez que, historica-mente, as CEBs se assumiram como Igreja “em” movimento. De modo simbólico, cito quatro “pneus”, que estão na base da mo-vimentação. Mas, esse número pode ser ampliado.

Comunidades Eclesiais de Base: Diante

do individualismo, preconceitos, discrimi-nações e divisões é preciso fortalecer a vida comunitária, o ecumenismo, o diálo-go interreligioso, o respeito ao diferente, a valorização das mulheres, dos jovens, das culturas oprimidas, dos excluídos em geral. A espiritualidade solidária, liberta-dora, profética e missionária torna-se fun-damental na superação do espírito e das estruturas capitalistas. As CEBs precisam ser cada vez mais eclesias no sentido de estreitar laços de fraternidade, superar centralismos e autoritariasmos, exercitar a democracia interna, lutar pela justiça, pelo direito, pela vida e dignidade huma-na. Para isso, é importante aprimorar a organização dos pobres e excluídos em co-munidades, grupos, associações, redes... Segue válido o princípio de que a força aparece quando a fraqueza se organiza.

As CEBs, alinhadas com a perspectiva da Teologia da Libertação, entendem que a fé precisa estar articulada com a vida, tanto no nível pessoal como social. Nesse sentido, são possíveis inúmeras ações nas pequenas comunidades visando compre-ender a necessária relação existente en-tre a fé e suas implicações sociais. Entre os múltiplos eventos e mobilizações que podem contribuir nessa direção, está a 5ª Semana Social Brasileira, que será realiza-da em 2013 com o tema “Um novo Esta-do: caminho para uma nova sociedade do bem viver”. A mesma tem como objetivo discutir com a sociedade questões socio-políticas e traçar perspectivas para o país, com base na Doutrina Social da igreja.

Comunidades Econômicas de Base: O livro dos Atos dos Apóstolos (2,42-47) afir-ma que os primeiros cristãos tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e seus bens e dividiam entre todos, segundo a necessidade de cada um. Esse modo de viver é revolucionário, totalmente distinto da economia de mercado que rege a so-ciedade moderna, transformando os mais fugazes desejos em necessidades inevitá-veis e fazendo com que muitas necessida-des básicas de uma multidão de pobres e excluídos não sejam atendidas.

As comunidades, configuradas como eclesiais de base, ficarão impossibilita-das de seguir seu caminho se tiverem o “pneu” da economia desalinhado. Diante do sistema capitalista, que estimula o lu-cro a qualquer custo, a competição indivi-dualista, a exploração e a exclusão social é preciso fortalecer a economia solidária,

viva com a vida de tudo e de todos os que vivem transformará as comunidades em comunidades ecológicas de base.

Nesse sentido, é importante adotar o consumo ecologicamente correto e social-mente justo; praticar a separação dos resí-duos na fonte; realizar a coleta seletiva, a reciclagem, a reutilização, etc.; fortalecer as organizações dos catadores de mate-riais recicláveis; criar eficientes mecanis-mos para concretizar a política nacional dos resíduos sólidos nos municípios... Há muitas ações que podemos e devemos desenvolver de modo a enfrentar os diver-sos problemas. As ações das comunidades serão tanto mais eficientes quanto mais forem articuladas e integradas.

Enquanto houver desigualdades, in-justiças, agressão à dignidade humana e à natureza, as CEBs permanecerão atuais, necessárias e indispensáveis na sua mis-são fundamental de defender e promover a vida. Necessárias para enfrentar a lógica capitalista que atua fora e dentro de cada um de nós e para fortalecer a sociedade do bem viver, utopia feita realidade pelos povos indígenas Aymara, Quétchua, Gua-rani e outros. As comunidades serão mais fortes e autênticas na medida em que fo-rem eclesiais, econômicas, políticas e eco-lógicas de base!

Dirceu Benincá - Doutor em Ciências Sociais e co-autor do livro CEBs: nos trilhos da inclusão

libertadora. Paulus, 2006, entre outros.

fortalecer as Comunidades Integrativas de BaseFotos: Bernadete Mota

o consumo responsá-vel, o comércio justo e ético. Entre tantas ou-tras ações possíveis, está a mobilização para obter 1,5 milhão assinaturas a fim de aprovar a lei de inicia-tiva popular em vista da criação de uma po-lítica nacional da Eco-nomia Solidária.

Comunidades Po-líticas de Base: Em nosso país ainda per-siste a corrupção, o colonialismo, o assis-tencialismo, a dominação de uma elite, a utilização da máquina pública para inte-resses particulares, a indiferença e o anal-fabetismo político de muitos. Sabe-se que é no mundo da política que se definem os rumos de um país e de seu povo. Nesse cenário, as comunidades eclesiais e eco-nômicas de base necessitam fortalecer a política do bem comum, as lutas por justi-ça social, a democracia direta, as práticas cidadãs e a cultura de participação ativa nos espaços decisórios.

Entre outras ações possíveis, destaca--se a fiscalização da ficha dos candidatos a cargos eletivos. Originada de um projeto de iniciativa popular, aprovada pelos de-putados e senadores e sancionada pelo Presidente da República, a Lei da Ficha Limpa/2012 será aplicada integralmen-te nas eleições municipais de 2012. Seria importante, inclusive, que os critérios da Ficha Limpa fossem extensivos a todos os ocupantes de funções públicas. É funda-mental também fiscalizar a conduta dos candidatos, fazendo valer a Lei 9.840/99, Contra a Corrupção Eleitoral. Para garan-tir mais ética na política, faz-se necessária ainda ampla reforma do sistema político, incluindo, entre outras questões, o finan-ciamento público exclusivo de campa-nhas, como reivindica o novo projeto de lei de iniciativa popular lançado há um ano pela Plataforma dos Movimentos Sociais.

Comunidades Ecológicas de Base: Diante das graves crises e problemas ambientais, como a poluição, as mono-culturas, o aquecimento global e tantos outros, há necessidade de criar e ampliar as práticas ecológicas sustentáveis e res-ponsáveis. Como afirma Leonardo Boff: “O cuidado salvará a Vida, fará justiça ao empobrecido e resgatará a Terra como Pá-tria e Mátria de todos.” A articulação da fé

iDEntiDADE DAS CEBs

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CEBs - Informação e Formação para animadores 7

A luta diária pela sobrevi-vência e a busca desenfrea-da pela subsistência levam as pessoas a trabalharem demais para suprir as necessidades da família e às vezes deixam de se reunirem para festejar e cele-brar a festa da vida. As comu-nidades eclesiais de base tem um jeito todo especial de cele-brar a vida e a esperança nos encontros semanais, nas cele-brações de setores, nos gran-des encontros de formação das regiões, nos encontros celebra-tivo e diocesano.

E uma vez no ano acontece um mo-mento muito especial de alegria e con-fraternização, lazer e descontração das famílias: o baile das cebs, realizado este ano no dia do aniversário de nossa ci-dade, numa sexta-feira, dia 27/07. De todos os cantos de nossa diocese e das paróquias vieram pessoas de carro, de vans, de ônibus e foram se juntando lá no clube Nova Era e a partir das 21h o salão ficou lotado daquele povo anima-do com vontade de dançar foi quando a banda Som da Terra começou a anima-

ção e ninguém mais ficou parado. Não: jovens , adultos e até as crianças dan-

ACOntECEU Fotos: Maria Helena Moreira

Baile das ceBsFestejar em família e em comunidade

“O trem das CEBsparou pra festejar”

Este belo momento de lazer que mais uma vez as CEBs promoveram, vem es-tabelecer novos laços de amizade do qual tanto precisamos. Animado pela Banda Som da Terra, tocando ritmos variados, agradou e contagiou a todos.

A família “cebiana” se orgulha de con-tinuar criando estes gestos de confrater-

OpiNiãO – BailE das CEBs

Impulsionar a ação Evangelizadora na vivência da Alteridade e GratuidadeNo dia 05 de agosto aconteceu a for-

mação missionária para os membros da Paróquia Santuário São Judas Tadeu, rea-lizada na Sede dos Vicentinos, no Jardim Paulista. Iniciou-se às 08h30 com a aco-lhida aos participantes e um deli-cioso café. A animação foi realizada pelo grupo de música São Francisco de Assis. Em seguida, a coordena-dora paroquial Maria das Graças Bustamante Farias acolheu e apre-sentou o palestrante da formação, o Diácono José Oliveira Torres, que carinhosamente agradeceu o convi-te e iniciou a palestra com o tema central: Nova Evangelização para a Transmissão da Fé Cristã. Diácono Torres, explicou que a nova evangeliza-ção deve ser feita a partir de Jesus Cristo, e que somos pedras preciosas para Ele; mas para nos prepararmos e aderirmos a essa nova evangelização, é preciso silen-

ciar o nosso ser e ouvir o que Deus fala ao nosso coração, a cada instante (o chama-do de Deus para nós – missão). Ressaltou a importância de anunciar a boa nova, pois a conversão vem de Deus a partir da

abertura do coração de cada um de nós. É preciso crer e se converter, mudar de mentalidade. Antes de sairmos em mis-são é preciso fazer, primeiramente, uma experiência pessoal com Jesus Cristo vivo

e ressuscitado. Ele transforma nossa pró-pria vida e nos leva a evangelizar a partir da Alteridade e da Gratuidade (Doc. 94 – CNBB). Alteridade se refere àquele que, em Jesus Cristo, é meu irmão ou irmã,

mesmo sendo diferen-te de mim. Contrapõe--se ao individualismo. Gratuidade é “sair de si”, indo ao encontro do outro, sem nada espe-rar em troca.

É necessário um despertar missionário para uma Igreja que de-seja ser missionária – a missão aponta sempre

para um êxtase, “sair de si” para tornar--se dom para o outro. Como Deus, que no Espírito Santo, sai de si para doar a si mesmo. Para isso é necessário lançar-mos as redes; mas como? Com a Bíblia

nas mãos, Deus no coração e os Pés na missão.

Salientou cinco urgências na Ação Evangelizadora: estado permanente de missão; iniciação da vida cristã – valores do Evangelho; animação bíblica da vida e da vida pastoral; comunidade de comuni-dade – dar testemunho dentro da própria comunidade; a serviço da vida – defesa da vida.

No final do encontro, Diácono Torres se emocionou ao partilhar seu testemu-nho de vida e fé. A coordenadora paro-quial fez um breve comentário sobre todo o conteúdo abordado, agradeceu a todos os participantes e em especial ao Diácono Torres, pela sua disponibilidade e partilha.

Ângela Ferreira - Equipe decomunicação diocesana das CEBs

nização entre as comunidades, num ambiente gostoso para se curtir, até porque o dia a dia do povo é extrema-mente estressante e momentos como este são importantes, tanto para o cor-po quanto para a alma.

Para quem esteve presente para-béns, para quem não foi, programe-se para o próximo, porque é bom demais!

Selma Santos - ParóquiaN. Sra. do Perpétuo Socorro

çaram muito arrastando seus calçados, bailaram com alegria, momento lindo de união, de descontração.

No final houve uma pausa para sor-teio de brindes doados pelas regiões e pelas paróquias. A dança, a música da banda Som da Terra se estendeu até às 2h da manhã. E o povo se despediu com gostinho de quero mais.. Com as forças reanimadas, afinal alegria faz bem para alma, alivia o estresse; reabastece as energias e é sempre bom encontrar o ir-mão, se alegrar e juntos celebrar a festa da vida. Fizemos na prática o que foi pro-posto pela Semana da Família deste ano, a reflexão sobre: família, trabalho e festa.

Os nossos agradecimentos a todos que se empenharam na organização deste evento, a todos que venderam os con-vites e em especial às famílias que se uniram e vieram celebrar conosco. Ale-gria, alegria é o povo de Deus a cantar ! Alegria, alegria, alegria! a cebs unida vem celebrar...E já contamos com sua presença no ano que vem !

Maria de Fátima silvaVice-coordenadora diocesana.

Paróquia São Vicente de Paulo.

Foto: Pascom SJTadeu

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CEBs - Informação e Formação para animadores8

Dia: 16/09/2012Horário: das 7h30 às 16h

Local: Comunidade Santo ExpeditoRua Francisco Rosa Marques, 371

Residencial União

Tema: Espiritualidade das CEBs

Assessor: Rafael Rodrigues da Silva

CONTRIBUIÇÃO – R$ 5,00 e bolo, pão doce ou rosca para partilhar.

Solicitado levar: Bíblia, caneta, papel para anota-ções e kit refeição: caneca, prato e talheres.

Celebração junto com a comunidade às 8h.

fORMAÇÃO DIOCESANA DAS CEBsDiocese de São José dos Campos – SP

Sugestões, críticas, artigos, envie para Bernadete.Av. Ouro Fino, 1.840 - Bosque dos Eucalíptos CEP 12.233-401 - S. J. Campos - SP

E-mail do informativo: [email protected]

Fale com a Redação...

Publicação Mensal das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Diocese de São José dos Campos – Diretor: Dom Moacir Silva – Diretor Técnico: Pe. Fabiano Kleber Cavalcante Amaral - Jornalista Responsável: Ana Lúcia Zombardi - Mtb 28496 – Equipe de Comunicação das CEBs: Coordenadora: Maria Bernadete P. Mota de Oliveira - Vice Coordenador: Luiz Antonio de Oliveira - Integrantes: Paulo José de Oliveira, Maria Helena Moreira e Ângela Ferreira - Colaboradores: Madalena das Graças Mota e Celso Correia Diagramação: Maria Bernadete de Paula Mota Oliveira - Correção: Maria Lairde Lopes de Siqueira Ravazzi - Revisão: Pe. Fabiano Kleber Cavalcante Amaral - Arte Final e Impressão: Katú Editora Gráfica - Tiragem: 6.200 Exemplares

Esperamos seu contato!

iRÁ ACOntECER

Em 15 de julho, realizamos Encontro de Formação Paroquial das CEBs, na Comuni-dade São Paulo Apóstolo, assessorado por Carlos Alberto Soares de Oliveira, da Paró-quia Santa Cecília. Foi, graças a Deus, uma manhã de bem viver e bem conviver com os irmãos e irmãs comprometidos/as e/ou interessados/as no viver e conviver com o Reino de Deus. Com grande alegria par-tilhamos que esta foi a primeira, de uma série de formações/encontros, que estare-mos realizando, para reavivar as CEBs em nossa paróquia, com apoio de nosso páro-co, Pe. Luiz Fernando de Siqueira Fonseca

ACOntECEU

Fotos: CEBs Paróquia N. Sra. do Paraíso Fotos: CEBs Paróquia São Bento

CEBs Paróquia Nossa Senhora do Paraíso Paróquia São Bento - Encontro de formação para animadores e coordenadores pastorais

e assessoria do Carlos.

Graça Maria MachadoParóquia Nossa Senhora do Paraíso

O encontro aconteceu no último do-mingo - 19-08, na Comunidade Santo Ex-pedito e teve a ilustríssima participação

do Pe. Fabiano Kleber - Assessor Diocesa-no da CEBs, que abordou o tema “Missão Profética Evangelizadora da CEBs” , e foi

um momento de grande reflexão e motivação para todos os animadores que trabalham diariamente nos setores.

Maria ConceiçãoVenâncio - Coordena-dora da CEBs da RP V