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www.canalmoz.co.mz | ano 4 | numero 783 | Maputo, Quarta-Feira 29 de Agosto de 2012 Director: Fernando Veloso | Propriedade da Canal i, lda Sede: Av. Samora Machel n.º 11 - Prédio Fonte Azul, 2º Andar , Porta 4, Maputo | Registo: 18/GABINFO-DEC/2009 e-mail: [email protected] | grafi[email protected] | Telefones: 823672025 - 842120415 - 828405012 Publicidade Na cidade de Maputo Direcção da Indústria e Comércio prova a ministra da Função Pública que o Estado está partidarizado Maputo (Canalmoz) – Depois de a ministra da Função Pública, Vitória Diogo, ter dito a uma agência por- tuguesa de notícias que a partidari- zação do Estado é uma invenção e “discurso propositado de pessoas”, tendo, na ocasião, exigido provas, eis que a Direcção da Indústria e Comércio da cidade de Maputo trouxe as provas desmentindo to- tal e completamente a ministra. Num anúncio de necrologia publi- cado na edição de 23 de Agosto do corrente ano do jornal Notícias, a Direcção da Indústria e Comércio da cidade de Maputo prova a ministra que a partidarização do Estado não é “invenção” muito menos “discurso propositado de pessoas”, mas, sim, uma prática do seu partido Frelimo. No referido anúncio, os mem- bros e simpatizantes do Comité de Círculo do partido Frelimo da Direcção da Indústria e Comércio da cidade de Maputo informam a morte do seu ex-secretário, Cau- tela Jorge Munjovo, ocorrida no dia 19 de Agosto do corrente ano. Negar o irrefutável

Jornal Diario de Moçambique

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Noticiario nacional

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www.canalmoz.co.mz | ano 4 | numero 783 | Maputo, Quarta-Feira 29 de Agosto de 2012Director: Fernando Veloso | Propriedade da Canal i, lda

Sede: Av. Samora Machel n.º 11 - Prédio Fonte Azul, 2º Andar , Porta 4, Maputo | Registo: 18/GABINFO-DEC/2009

e-mail: [email protected] | [email protected] | Telefones: 823672025 - 842120415 - 828405012

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Na cidade de Maputo

Direcção da Indústria e Comércio prova a ministra da Função Pública

que o Estado está partidarizadoMaputo (Canalmoz) – Depois de a

ministra da Função Pública, Vitória Diogo, ter dito a uma agência por-tuguesa de notícias que a partidari-zação do Estado é uma invenção e “discurso propositado de pessoas”, tendo, na ocasião, exigido provas, eis que a Direcção da Indústria e Comércio da cidade de Maputo trouxe as provas desmentindo to-

tal e completamente a ministra.Num anúncio de necrologia publi-

cado na edição de 23 de Agosto do corrente ano do jornal Notícias, a Direcção da Indústria e Comércio da cidade de Maputo prova a ministra que a partidarização do Estado não é “invenção” muito menos “discurso propositado de pessoas”, mas, sim, uma prática do seu partido Frelimo.

No referido anúncio, os mem-bros e simpatizantes do Comité de Círculo do partido Frelimo da Direcção da Indústria e Comércio da cidade de Maputo informam a morte do seu ex-secretário, Cau-tela Jorge Munjovo, ocorrida no dia 19 de Agosto do corrente ano.

Negar o irrefutável

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Refira-se que esta não é a pri-meira vez que prova inequí-voca da partidarização do Es-tado é colocada em público.

Por várias vezes a Imprensa já publicou provas de funcionamento de células do partido Frelimo nas instituições do Estado e reuniões marcadas em plena hora de traba-lho. Mais recentemente, em várias partes do país, muitos funcionários públicos foram descontados seus salários para custear as despesas da realização do congresso da Fre-limo que terá lugar em Setembro.

Mas na sua entrevista e na tentati-va de justificar que o Estado não está partidarizado a ministra afirmou que

Maputo (Canalmoz) – No prosse-guimento da divulgação do progra-ma de Base de Dados de Interesses Empresariais, o Centro de Integri-dsde Pública (CIP) divulgou ontem informação sobre a tendência das áreas de negócio das elites políticas moçambicanas ao longo do tempo. O CIP mostra que os políticos mo-çambicanas vinham apostando em investir no sector pesqueiro a uma dada altura, mas agora eles concen-tram seus negócios no sector mineiro.

Eis a parte essencial doartigo do CIP.

“No princípio dos anos 1990

“um Estado partidarizado é aquele que a sua estrutura está partidariza-da e em termos de procedimentos e normas tem implicitamente que con-duzam a uma definição com base

as áreas de interesse empresarial para uma parte da nossa elite po-lítica se circunscreviam ao sector das pescas onde podemos destacar empresas como a Mavimbi, Limita-da detida pelo empresário e actual Presidente da República, Armando Emílio Guebuza. Pode-se destacar ainda outras empresas que opera-vam no mesmo sector tais como a Moçambique Pescas, Limitada em que um dos sócios é o actual minis-tro da Cultura, Armando Artur João; a E.T.S – Pescas, Limitada detida pelo ex-presidente do Conselho de Administração da Electricidade de Moçambique, Vicente Mebunia Ve-

na filiação partidária”, disse a mi-nistra. É, na verdade, uma definição que coincide com o funcionamento do Estado moçambicano, segun-do vários estudos. (Matias Guente)

loso e a IPESCA - Indústrias de Pesca Santa Carolina, S.A.R.L. empresa na qual a estrutura accionista integra o deputado e Presidente do Conselho de Administração das Linhas Aéreas de Moçambique, Teodoro Andrade Waty como também o actual minis-tro da Energia, Salvador Namburete.

Tal como a área pesqueira, a ex-ploração madeireira também atraiu uma parte considerável deste gru-po de empresários e concomitante-mente políticos, privilegiados pelas posições que ocupam no xadrez po-lítico – partidário moçambicano. Foi assim que na segunda metade dos anos 1990 começaram a ganhar ex-

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Tendências de migração dos interesses empresariais da elite política moçambicana

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pressão as empresas deste ramo tais como a Madeira Tropical, Limitada que tem como um dos sócios Jacin-to Soares Veloso; Madeiras Rovuma, Limitada que tem como sócio em nome individual o General Alberto Joaquim Chipande e a Madeiras do Lúrio, Limitada detida pelo presiden-te do Conselho de Administração da Petromoc, José Mateus Kathupa.

Posteriormente o processo de mi-gração dos interesses das elites pas-sou pelo sector dos serviços, e aqui pode-se encontrar empresas como a Focus 21, Gestão e Desenvolvimen-to, Limitada detida pelo actual Pre-sidente da República, a W e W Con-sultoria e Investimentos, Limitada propriedade do presidente da Co-missão de Assuntos Constitucionais Direitos Humanos e de Legalidade, o deputado Teodoro Andrade Waty, como também a Final - Financiamen-tos, Investimentos e Agenciamentos, Limitada cujo sócio em nome in-dividual é o actual ministro do Tu-rismo, Fernando Sumbana Júnior.

O “boom” dos recursos minerais em Moçambique definiu um novo rumo nas áreas de interesses empre-sariais da elite política moçambica-na. Compulsando a Base de Dados de Interesses Empresariais é possível perceber que de forma transversal toda ela se virou para a indústria extractiva, abrindo espaço para o surgimento de empresas como a Mi-ning Exploration and Development Corporation, Limitada que tem na sua estrutura accionista o General Alberto Joaquim Chipande; a Com-panhia Mineira de Naburi, S.A.R.L cujo sócio é Jacinto Soares Veloso; a Companhia Mineira de Uelela, Limitada detida pelo ex-presidente do Conselho de Administração da empresa Electricidade de Moçambi-que, Vicente Mebunia Veloso; Mo-zouro Recursos, Limitada empresa ligada ao ex-ministro dos Recursos Minerais, Castigo José Correia Lan-ga; a CCM General Mining, Limi-tada empresa do ex-ministro dos Recursos Minerais e ex- ministro da Coordenação da Acção Ambiental, John William Kachamila; Mozvest

Mining, Limitada detida por David Simango actual edil do Município de Maputo, José Candugua António Pa-checo actual ministro da Agricultura e Felício Zacarias ex-ministro das Obras Públicas, estas três figuras têm a qualidade de sócios desta empresa por intermédio da empresa Conjane Limitada. A Base de Dados de Inte-resses Empresariais permite analisar as dinâmicas que vêm acontecendo no plano económico em Moçambi-que e, um dos aspectos que fica pa-tente é o de se observar a existência de uma corrida desenfreada por par-te da elite política em busca de um

melhor posicionamento naqueles sectores que se afiguram estratégi-cos para a economia moçambicana e mais rentáveis financeiramente.

Três casos elucidativos de empre-sas recentemente criadas e viradas para o sector energético são os da Secof Participações, empresa detida pelo ministro do Turismo Fernando Sumbana Júnior que também está posicionado no sector energético; a Pequenos Libombos Holdings, Limi-tada que tem na estrutura accionista Octávio Muthemba e a Marrangue Engineering, Limitada detida pelo ex-ministro dos Recursos Mine-

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rais, Castigo José Correia Langa. Portanto, as empresas acima ar-

roladas foram recentemente cria-das e de certa forma confirmam o

Maputo (Canalmoz) - O Gover-no da província de Maputo, di-rigido por Maria Jonas, acaba de introduzir uma nova metodolo-gia para as conferências de Im-prensa, uma fórmula que traz consigo “algo de censura prévia”.

O Canalmoz sabe que a gover-nadora da província de Maputo vai conceder na primeira semana do próximo mês de Setembro, uma conferência de Imprensa com vista a apresentar o balanço das activida-

Inhambane (Canalmoz) – Os proprietários dos transportes semi--colectivos de passageiros, vulgos “chapas”, que operam na rota Mas-singa-Maputo, Massinga-Maxixe, paralisaram a sua actividade esta se-gunda-feira, alegadamente porque o Conselho Municipal local os man-dou usar o novo terminal (praça) localizado a quilómetros da Estrada Nacional. No tal novo local (próxi-

padrão de intervenção nos negó-cios por parte da elite política, mi-grando por conseguinte para secto-res que poderão vir a confirmar-se

des realizadas durante o primeiro se-mestre do ano em curso e exige per-guntas prévias antes da conferência.

Embora não sejam conhecidos os pontos o Gabinete de Imprensa, di-rigido por Maria Fernandes, emitiu um Comunicado de Imprensa com 10 dias de antecedência, na qual exige aos jornalistas para mandaram as perguntas que vão fazer a gover-nadora na referida conferência de Imprensa. “A mesma será concedida pela governadora da Província de

mo ao aeródromo) não estão criadas as condições para os passageiros es-perarem pelo transporte. Ao parali-sar a sua actividade muitos utentes viram prejudicados os seus progra-mas. Estudantes não foram a escola, trabalhadores não foram aos seus postos de trabalho ou atrasaram.

Por volta das 7 horas quando os passageiros começaram a chegar à paragem, depararam-se com uma

como nevrálgicos para a econo-mia nacional, nomeadamente para a área dos recursos minerais e energias”. (Redacção com o CIP)

Maputo, Maria Elias Jonas, aos ór-gãos de comunicação social, estan-do previsto para a primeira semana do mês de Setembro, com a data e hora por anunciar”, lê-se no referi-do comunicado. O comunicado conclui que “de modo a criar-se condições para que a mesma pro-ceda da melhor forma, solicitamos junto do vosso órgão, que nos en-vie as questões até ao dia 28 do mês em curso, para o endereço electró-nico abaixo”. (Bernardo Álvaro)

situação estranha. Nenhum dos automobilistas estava a carregar.

Segundo alguns entrevistados, o problema está no facto de a edili-dade forçar a saída dos “chapeiros” para um terminal onde não existem mínimas condições para os pas-sageiros esperarem pelo transpor-te. Ademais, a referida praça está muito longe da Estrada Nacional, e não só: a estrada que dá acesso ao

Governo da província de Maputo apresenta nova fórmula para as conferências de Imprensa

Em Massinga

“Chapeiros” fazem braço-de-ferro com a Polícia Camarária e prejudicam passageiros

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tal terminal está muito degradada. Estêvão Salomão, estudante na

Universidade Sagrada Família, sede-ada na Maxixe, vive na Massinga e diariamente faz o trajecto Maxixe--Massinga. Disse que o braço-de--ferro entre a edilidade e os “chapei-ros” está a prejudicar muita gente.

Olinda Nuvunga, funcionária pú-blica na Direcção da Educação Ju-ventude e Tecnologia da cidade de

Maputo (Canalmoz) – A Polícia Municipal da cidade de Maputo refere que as multas aplicadas por irregularidades em diversos sectores de actividade no município de Ma-puto, na semana passada, de 20 a

Maputo (Canalmoz)- Pelo menos 35 pessoas morreram e outras 26 ficaram gravemente feridas como consequência de 37 acidentes de viação ocorridos na semana de 18 a 24 de Agosto, em todo o País. De acordo com chefe de repartição de imprensa do Comando Geral da polícia, Raul Freia, apesar da redu-ção de número de acidentes com-parando com igual período do ano

Maxixe, vive na Massinga e também trabalha na Maxixe. No período noc-turno frequenta a Faculdade de Bio-logia na Universidade Pedagógica da Massinga, facto que a faz utente por excelência da via. Lamentou o fac-to de a tal nova paragem para onde a edilidade está a mandar os “cha-peiros” não ter mínimas condições.

Município diz que a medida

25 de Agosto em curso, resultaram em cerca de 195.200,00 meticais.

O chefe da Repartição de Edu-cação Cívica na Polícia Municipal de Maputo, o sub-inspector, Eno-que Safrão, precisou nesta terça-

passado, continua a registar maior quantidade de pessoas que perdem a vida nessas situações. “Registamos poucos acidente em relação ao ano passado, mas o número de óbitos é preocupante”, sublinhou Freia.

“O excesso de velocidade dos automobilistas nas zonas suburba-nas anula a atenção dos mesmos na travessia de peões . Por sua vez os peões não tomam cuidado antes de

vai continuarO Canalmoz ouviu o presidente

do Município de Massinga, Cle-mente Boca, que disse que a me-dida é irreversível mesmo sabendo que está a prejudicar a população. O município diz que a disposi-ção do actual terminal dificulta o trabalho do Conselho Municipal, nomeadamente o controlo. (Lucia-no da Conceição, em Massinga)

-feira em declarações exclusivas ao Canalmoz que no período em análise, a Polícia Camarária apli-cou 22 multas por desvio e en-curtamento de rotas por parte dos transportadores semi-colectivos.

atravessar”, disse o porta-voz da Po-lícia para explicar as possíveis cau-sas da sinistralidades rodoviária.

A fiscalização rodoviária abran-geu 18.687 viaturas. Segundo Raul Freia, das viaturas fiscalizadas, em 4.662 foram encontradas irregu-laridades e os condutores multa-dos, livretes foram apreendidos e 3 indivíduos detidos por condu-ção ilegal. (Arcénia Nhacuahe)

Em uma semana

35 mortos em acidentes de viação

Ao longo da semana passada

Multas da Polícia Municipal totalizaram perto de 200 mil meticais na cidade de Maputo

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Enoque Safrão acrescentou que ou-tras 235 multas foram aplicadas por falta de pagamento de Imposto Au-tárquico de Veículos (IAV), 113 mul-tas por diversas irregularidades e 10 ao abrigo da portaria 17548, referen-te à poluição sonora e porta aberta.

De acordo com o porta-voz da Polícia Municipal da cidade de Ma-puto, ao longo dos dias 20 a 25 de Agosto, a corporação camarária par-queou 135 veículos, tendo acom-panhado 1 obra e 46 descargas.

Sobre os documentos retidos, a nossa fonte precisou que 22 car-tas de condução e 147 livretes foram apreendidos pela Polícia Municipal da cidade de Maputo.

No total, ainda de acordo com Enoque Safrão, foram fiscalizadas 2559 viaturas em seis dos sete distri-tos municipais, na Direcção Muni-cipal de Mercados e Feiras, na Praça dos Combatentes, também conhe-cido por Xiquelene e na reserva do Comando da Polícia Municipal.

No concernente ao Piquete, tam-

Maputo (Canalmoz) - Mais uma empresa de distribuição de vi-nhos acaba de ser criada no país.

Trata-se da empresa “Moza-mvini”, detida maioritariamen-te por capitais portugueses e que vai passar a distribuir e a promo-ver diversas marcas e sabores de vinhos produzidos em Portugal.

bém conhecido por gabinete de per-manência ou oficial dia, o nosso en-trevistado disse que foram atendidos 99 casos, contra 109 da semana an-terior, sendo 86 casos apresentados por homens e outros 13 por mulheres.

Por outro lado, o oficial de per-manência da Polícia Municipal registou 20 casos de denúncias, dentre os quais 2 casos sobre transportadores de passageiros e um de perca de carteira de uma mulher que, segundo Enoque Sa-frão, continha 2 mil meticais.

O chefe da Repartição de Edu-cação Cívica na Polícia Municipal precisou que no distrito municipal de Nhlamankulo foram encerra-das ao longo do período em aná-lise 27 barracas, no KaMpfumo 05 barracas, no distrito de KaMa-xaqueni 41 barracas e 7 multas.

Outras seis barracas foram fe-chadas segundo as autoridades no distrito municipal de KaMavo-ta onde igualmente uma multa foi aplicada ao abrigo da porta aber-

A criação desta empresa, se-gundo o administrador da “Moza-mvini”, José Campos, tem como o principal objectivo contribuir para o desenvolvimento sustentável do sector em Moçambique, uma vez que no futuro a mesma vai passar a produzir vinhos no país.

José Campos diz que a “Mozamvi-

ta. E no distrito municipal de Ka-Mubukwana, 19 barracas foram encerradas e 2 aplicadas multas.

Esses dados, segundo a nosso in-terlocutor, representam uma ten-dência de diminuição em compa-ração com os períodos anteriores, isso graças ao trabalho de sensibi-lização que tem sido levada a cabo pela Polícia Municipal de Maputo.

Campanha de fiscalização de licenças

Sobre a campanha de fiscaliza-ção de licenças aos transportadores semi-colectivos que arranca em Se-tembro, a fonte disse não ter sido de-cidida até agora “a data exacta para o arranque da operação”. “Nós ain-da continuamos a apelar as pessoas para aderirem ao licenciamento que já decorre há 3 meses, porque não gostaríamos de apanhar as pessoas em contra pé”, disse o chefe da Re-partição de Educação Cívica na Po-lícia Municipal. (Bernardo Álvaro)

ni” assume-se como uma empre-sa deferente no mercado nacional e internacional, pela proximidade que tem da produção dos vinhos portugueses, pelo “know-how” adquirido no sector pela sua equi-pa de gestão nos últimos 25 anos.

Ao nível das comunidades dos pa-íses falantes da língua portuguesa a

De capitais portugueses

Mais uma empresa de distribuição de vinhos entra no mercado moçambicano

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“Mozamvini” já se instalou em qua-tro países nomeadamente: Brasil, Angola, Cabo Verde e Moçambique.

Lisboa (Canalmoz) – Continuam a chover críticas em torno da proposta avançada publicamente pelo econo-mista e consultor do Governo do PSD em Portugal, António Borges, sobre a privatização do serviço público de televisão. Desta vez foi Mário Soares quem decidiu reagir à proposta. O an-tigo Presidente da República de Por-tugal considerou «uma pouca-vergo-nha» a proposta de concessão da RTP apresentada por António Borges, se-gundo escreve o “Diário de Notícias”.

«Acho que era uma pouca-vergo-nha. Mas, como agora foi conside-rado que esse modelo de concessão seria inconstitucional, vão ter de mu-dar de opinião», disse o antigo chefe de Estado em declarações ao DN.

Nas mesmas declarações, Mário Soares afirma acreditar que a pro-

Refira-se que, para além do Bra-sil, Angola, Cabo Verde e Mo-çambique, a “Mozamvini” tam-

posta não passe do papel: «A não ser queiram destruir a Constituição. Mas isso não creio que o Governo faça».

Por seu lado, o actual Presidente da República, Cavaco Silva, defen-deu enquanto primeiro-ministro que o papel do Estado se devia restrin-gir a um canal e limitar «à garantia de um serviço público mínimo».

No primeiro volume da sua Au-tobiografia Política, publicado em 2002, Cavaco Silva escreveu que o primeiro Governo que liderou (en-tre 1985 e 1987) «declarou como seu objectivo a redução da pos-se estatal a um canal de televisão e uma estação de rádio, de uma agên-cia noticiosa e um jornal diário».

No segundo volume da sua Auto-biografia Política, de 2004, Cavaco voltou a abordar o tema. Para o então

bém está presente em mais de 40 países de todos os cantos do mundo. (Raimundo Moiane)

primeiro-ministro, «não era missão do Estado ser proprietário de jornais» e «a presença pública na comunica-ção social» devia limitar-se «à garan-tia de um serviço público mínimo no domínio da rádio e da televisão».

Em 2001, Cavaco Silva admitiu, numa entrevista à RTP, a privatização de um dos canais, ressalvando no en-tanto que «talvez» fosse «convenien-te manter um no serviço público».

Durante os governos liderados por Cavaco Silva foram alienados, entre 1988 e 1989, os jornais A Capital, Diário Popular, Jornal de Notícias, O Comércio do Porto e Record, assim como o Diário de Notícias, em 1991.

Já em 1989 teve lugar a atribuição de alvarás para a radiodifusão local e regional e em 1991, após a revisão constitucional de 1989, foi aberto o

Privatização da RTP agita Portugal

Mário Soares diz que proposta de concessão da RTP é “uma pouca-vergonha”

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Capitais Provinciais

Maputo

Xai-Xai

Beira

Quelimane

Nampula

Lichinga

Inhambane

Chimoio

Tete

Pemba

Quinta-Feira Sexta-Feira Sábado

Previsão do Tempo até Sábado

max: 31º min: 19º

max: 30º min: 17º

max: 27º min: 21º

max: 26º min: 16º

max: 26º min: 14º

max: 28º min: 18º

max: 31º min: 20º

max: 31º min: 16º

max: 28º min: 21º

max: 23º min: 15º

max: 32º min: 16º

max: 31º min: 17º

max: 28º min: 21º

max: 28º min: 18º

max: 28º min: 14º

max: 30º min: 21º

max: 34º min: 22º

max: 30º min: 13º

max: 29º min: 20º

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max: 31º min: 18º

max: 33º min: 20º

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max: 34º min: 22º

max: 33º min: 18º

max: 36º min: 22º

max: 38º min: 22º

max: 32º min: 16º

max: 29º min: 22º

max: 27º min: 14º

Quarta-Feira

concurso para o licenciamento de dois canais de televisão ao sector privado.

Na quinta-feira, o economista e consultor do Governo António Bor-ges considerou, em entrevista à TVI, que a possibilidade de concessio-nar a RTP1 a investidores privados é um cenário «muito atraente», mas assegurou que nada está ainda de-cidido sobre o futuro da empresa.

Borges disse que a RTP2 irá «muito provavelmente» fechar, independen-temente do cenário a adoptar para o futuro da empresa, em razão do seu avultado custo, para reduzidas audi-ências. Já na sexta-feira, o Governo admitiu a concessão da RTP1 e o even-tual encerramento da RTP2, afirman-do que esta decisão permitirá «reduzir os encargos públicos» com a estação de televisão, garantindo em simul-tâneo a sua «propriedade pública».

Administração da RTP também questionou

Muito antes de Mário Soares, a administração da RTP (que poderá jogar um papel importante) já ha-via questionado o cenário de con-cessão da empresa a um privado, declarando que tal cenário «envol-ve o mesmo custo para o contri-buinte que a manutenção da RTP sob propriedade e gestão pública».

Em nota interna publicada pela agência Lusa, a administração diz ainda aos colaboradores da RTP que tal cenário, de concessão a um pri-vado, «talvez» não garanta o «mes-mo serviço público nem o mesmo retorno financeiro para o Estado».

O documento surge pouco depois de uma nota geral à imprensa onde a empresa liderada por Guilherme Cos-ta aponta que manifestou em «tempo oportuno» junto do Governo a sua dis-cordância perante o cenário de uma concessão a um privado da empresa, como anunciado na semana passada.

No texto endereçado internamen-te aos funcionários, a administra-ção da estação pública assevera ainda que «não é o momento de dar detalhes sobre os fundamen-tos» da rejeição pelo cenário da concessão, como não deveria ter sido o momento para ser avançada uma preferência por este cenário.

«Parece ser no entanto o momento apropriado para contradizer o argu-mento económico utilizado para jus-tificar aquela preferência, argumento que em nossa opinião não só não colhe como esquece os sacrifícios que vêm sendo pedidos a todos os colaboradores da empresa - admi-nistrações e direcção não excluídos - desde 2003 e mais intensamente a partir de 2010», apontam os gestores.

«Os números da empresa, desde 2003 (data de celebração do Acordo de Reestruturação Financeira com o Estado, escrupulosamente cumprido) e os seus resultados recentes (com lu-cros em dois anos consecutivos pela primeira vez em 20 anos, lucros que se prevê irem continuar em 2012), atestam o rigor que vem sendo im-primido à gestão», nota ainda a equi-pa liderada por Guilherme Costa.

A administração da RTP diz também que encetará um programa de comu-nicação interna com «informação de-talhada sobre a evolução económica e financeira da empresa, componente sempre presente da discussão sobre o futuro do serviço público, de forma a permitir a participação esclarecida no debate público sobre os verdadeiros custos actuais do serviço público».

O actual Conselho de Administra-ção da RTP diz ter um «mandato de gestão claro», que passa pela exe-cução do Plano de Sustentabilida-de Económica e Financeira (PSEF).

«O objectivo fixado no PSEF e aprovado pela tutela dos 180 mi-lhões de custos operacionais só poderá ser alcançado pela recon-figuração do ‘portfolio’ de acti-vidades e serviços da empresa e subsidiariamente pela redução do número de efectivos», é dito na nota interna. (Redacção/Lusa/ SOL)