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Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho
Sexta, 02 de Dezembro de 2011 Edição IV – 4º bimestre
Foi realizada, entre os dias 16 e 18 de
novembro, a semana pedagógica no Instituto
de Educação Professor Ismael Coutinho, que
contou com a participação de todos os
setores da comunidade educativa local –
diretoria, docentes e discentes, além da
contribuição de bolsistas vinculados à
Universidade Federal Fluminense. O evento iniciou com as
apresentações do coral e da dança. Duas
peças de teatro encerraram a manhã do
primeiro dia. Na parte da tarde aconteceram
diversas oficinas de matemática e artes. Os
alunos puderam conhecer diferentes formas
do trabalho com as disciplinas e a relação
entre história e artes. No segundo dia – período matutino -
as oficinas tomaram espaço nas salas de aula.
Houve grande diversificação do trabalho
quanto às disciplinas de matemática, jogos
pedagógicos, brinquedos cantados,
experimentos de física, química e biologia,
literatura de cordel, teatro de “dedoches”,
finalizando com o cinedebate de tema
“Escola e Liberdade”. No período vespertino
as oficinas prosseguiram com a matemática,
além de atividades lúdicas para conhecer
melhor a cidade de Niterói. O setor de
Educação Física concluiu o dia com uma
oficina para expandir noções de Frisbee.
No último dia do evento, os trabalhos enfocaram conhecimentos de biologia,
química, física e português. A reunião para
encerramento das atividades ocorreu no
ginásio da escola com a participação dos
alunos vinculados ao projeto CNPq
(Pibiquinho) na exposição final de trabalhos –
que atendiam e dinamizavam o ensino para
alunos especiais - terminando com
apresentações de música e de dança.
Durante todos os dias da semana
vários trabalhos pedagógicos e de artes
ficaram expostos nos corredores da escola. A
semana pedagógica atingiu seu propósito
educacional quando da interação, estímulo e
produtividade entre os setores envolvidos,
colaborando na expansão do conhecimento,
das competências e habilidades no âmbito estudantil.
Semana Pedagógica - IEPIC - 2011.
Alunos nos eventos
Participação do Ensino Fundamental
Contação de história com música
INTERESSES
ESPECIAIS:
Semana Pedagógica.
Palavras da Equipe Atuação
Ler com prazer
Diversão
NESTA EDIÇÃO:
Palavras da Equipe
Atuação p. 2
Favela: Problema ou
Desafio? p.2
Estudando dinossauros
p. 3
Educação Física é
importante? p. 4
Gincana promove
integração na escola p.4
A formação de
Professores no IEPIC p.
5
Os desafios da escola
inclusiva p.6
Ler com prazer –
Crônicas: Um discurso na
Praia das Flechas
Desabamento – 05 de
Abril p. 7
Diversão p. 9
Edição IV – 4º bimestre Página 2
Palavras da Equipe Atuação
“A sociedade
muitas vezes não aceita
uma pessoa só porque
ela mora em uma
favela.”
“Nas favelas de
hoje, não há apenas
marginalidade, há
educação, lazer, centros
culturais e muito mais.” (Thaís Costa)
“... para algumas
pessoas o termo favela
significa “ comunidade
carente”, em que vivem
pessoas desfavorecidos
entram no mundo das
drogas, porque não
têm escolha.”(Tuane
Evelin)
socioeconomicamente,
mas nem todos pensam
assim, para alguns
significa favelado e que
todos os moradores são
bandidos.”( Izabelle
Marques)
“As favelas são
um exemplo do que a
desigualdade social pode causar e tentar
mudar essa realidade é
um desafio muito
grande.”
Aos poucos essas
favelas estão sendo
recuperadas, mas o
desafio ainda continua!”
(Jéssica Aparecida)
“Em algumas
favelas, há muitos
moradores
amedrontados pelo
tráfico. Pessoas inocentes
acabam sendo baleadas ou morrem em
meio ao fogo cruzado
entre policiais e
bandidos.”
“Há pessoas que
Em 2011, através da
parceria IEPIC – PIBID/UFF
propomos estruturar um
Jornal visando à melhoria
da leitura e da escrita,
bem como estimular a
produção textual nos
alunos. O Jornal,
denominado de Atuação,
teve periodicidade
bimestral e foi construído
com a contribuição de
alunos, professores,
funcionários e
licenciandos de Letras
(bolsistas PIBID).
Chegamos à quarta
edição com o orgulho e a
alegria de ter alcançado
bons resultados. A participação
em um projeto amplo
como a produção do
Jornal Atuação envolveu,
principalmente, as três
partes fundamentais: os
docentes, os discentes, e
os aprendizes,
licenciandos, a caminho
da docência. Aliar o meio
acadêmico e o meio
escolar é imprescindível
para a formação de
profissionais conscientes
do seu papel na
sociedade.
O relacionamento
proposto ao longo da
confecção do jornal
permitiu o estreitamento
dessa tripartição
tornando a interação a
mais aprazível, desde a
contribuição de alunos,
revisão, correção e
diagramação do material
até a sua distribuição
pelo Instituto.
Indubitavelmente
que o esforço
empregado foi árduo e
desafiador em princípio,
Equipe Atuação
mas o resultado da
cooperação mútua durante a jornada foi o
aumento significativo e
gradativo das
contribuições do alunado
a cada edição, difusão e
divulgação maciça desse
material. O mesmo ainda
obteve alcance
internacional a partir dos
recursos de mídia digital,
blog.
A recompensa
pelo trabalho foi a
premiação em primeiro
lugar na IX Mostra de
Iniciação à Docência,
realizada na Universidade
Federal Fluminense entre
os dias 17 e 18 do mês de
Outubro. O
reconhecimento no
meio acadêmico com
tal repercussão
certamente fez com que
todas as partes
envolvidas no processo
sentissem orgulho e
motivação para realizar
futuros projetos no
Instituto.
Nossos sinceros
agradecimentos à
direção do colégio –
que concordou com o
desenvolvimento das
atividades – dos
funcionários e dos alunos
– participantes cruciais na produção das
matérias – à supervisão
– por orientar, conduzir e
instruir os bolsistas
envolvidos nas
atividades – e à
Universidade Federal
Fluminense por tão
importante iniciativa na
formação dos
acadêmicos.
Favela: Problema ou Desafio?
As alunas do 9º ano da turma 901 deram a sua opinião sobre as favelas a partir do tema “Estamos
diante de um desafio e não mais diante de um problema dos outros.”
http://www.sodapopart.com
Edição IV – 4º bimestre Página 3
Partindo do interesse da turma 202 pelo
fascinante mundo dos dinossauros, foram reunidas
informações prévias trazidas pelos alunos.
Remanescentes questionamentos relacionados ao
assunto seriam sanados posteriormente em
consultas a bibliografias, internet e até entrevistas.
No recolhimento das informações foi importante a
presença do grupo da UFF que também auxiliou na
organização e na montagem do estudo. O índice
foi confeccionado no seguinte formato:
A partir do já conhecido: Dinossauros nascem dos ovos;
E eles moravam em ilhas (continentes).
O que se deseja conhecer:
O que comiam?
Onde viviam?
Ainda existem dinossauros?
Eles somente nasciam do ovo?
Eles se casavam?
Eles colocavam ovos pequenos ou
grandes?
Passadas as informações citadas à professora Marisol - coordenadora do PIBID
pedagogia - e o consequente interesse pela
proposta, a docente providenciou a visita de um
Biólogo – o mestre Rodrigo – no dia 14/09/2011 à
instituição. A interação permitiu troca de
informações mais detalhadas quanto às
características particulares desses seres pré-
históricos.
Rodrigo, em conversa com a turma,
esclareceu que o paleontólogo não estuda e
pesquisa somente dinossauros, mas também sobre
o que nos remete a épocas passadas e que nos
ajuda a entender o presente e também o futuro.
Respondendo a um dos alunos, o mestre também
ressaltou que há animais que descendem dos
dinossauros em nossos dias. O exemplo mais
próximo de nós são as aves, o que nos deixou
muito surpresos. Também acredita-se que as girafas
tenham antepassados pré-históricos. Outra
pergunta colocada no índice pelos alunos e
explicada foi sobre o relacionamento entre
machos e fêmeas. Rodrigo disse que ao estudar as
aves existentes podemos crer que através do
comportamento destes animais, hoje os
dinossauros herbívoros tinham o que eles chamam
de cuidado parental, ou seja, dividiam-se em
“casais” e cuidavam de seus filhotes. Quanto aos
carnívoros, possivelmente, acasalavam e depois se
separavam.
Falou-se dos animais aquáticos, como as
baleias e dos terrestres como o avestruz - possíveis e
distantes parentes da espécie - do tamanho (os que viviam por aqui eram menores que os argentinos),
dos lugares com maior concentração aqui no Brasil.
Acredita-se também que no Pólo Norte não existiam
dinossauros diferentemente do Pólo Sul. Afirma-se
que os dinossauros eram ovíparos devido à
descoberta de fósseis de ovos, mas que também
foram encontrados fósseis de Plesiossauros dando a
Luz.
Todos os diálogos estabelecidos entre o
biólogo e os alunos geraram grande satisfação por
parte das professoras responsáveis. A iniciativa e a
curiosidade foram fatores importantes no
desenvolvimento dos alunos e motivo de orgulho ao
fim da reunião.
Contribuição: Professora Hanriete Alves Borges
ESTUDANDO OS DINOSSAUROS
OVOS DE DINOSSAURO
http://72ticcp.blogspot.com
Biólogo ensinando sobre os dinossauros
Edição IV – 4º bimestre Página 4
1-Por que a Educação Física é importante na
Escola?
Maristela: Por favorecer a integração dos alunos,
por manter a mente dos alunos ativa. A disciplina
também faz com que o aluno internalize e
respeite regras, tanto no esporte como na vida.
João Teixeira: Evoca o bem estar do aluno, a
socialização e ajuda na disciplina.
João Áquila: Porque, ela promove o
desenvolvimento global da criança, isto é, suas
partes motoras e afetivas.
2- A educação Física incentiva ao aluno a praticar
esporte?
Maristela: Sim. Porque favorece a descoberta das
habilidades físicas. Essa disciplina consegue
estimular a descoberta do talento para o esporte,
por isso praticar diversos esportes facilita na
escolha mais conveniente para o perfil de cada
um.
João Teixeira: Sim. Ela propõe novos valores. É
sempre bom praticar esportes para o bem estar,
para o crescimento individual e grupal.
João Áquila: Visto que um dos seus conteúdos
principais é o esporte - que se classifica em desporto
e autorrendimento - a educação física é instrumento
de produtividade e convivência em todas as
abrangências.
3 – A escola está bem preparada para conduzir
aulas de Educação Física?
Maristela: Sim. Temos professores qualificados, além
de uma ótima estrutura e equipamento à disposição
para as atividades com os alunos.
João Teixeira: A escola possui uma estrutura
excelente, possui dois ginásios, uma quadra
polivalente de 40 metros, onde você pode praticar
qualquer esporte com tranquilidade. A diretoria
disponibiliza todo o equipamento para que os
professores realizem os exercícios com os alunos.
João Áquila: A escola tem estrutura material,
profissional e requisitos básicos a dispor dos docentes
e discentes.
Contribuição: Felipe Cindra, José Paulo e Rodrigo
Carvalho - turma 1003
EDUCAÇÃO FÍSICA É IMPORTANTE?
A entrevista a seguir foi realizada com a colaboração de três professores
de Educação Física pertencentes ao Instituto e a partir da interação do
aluno com os mesmos no que diz respeito à relevância dessa disciplina no contexto escolar.
_________________________________________________________________________________________________
O instituto de educação professor Ismael
Coutinho, escola de formação normal, realizou
uma gincana cultural e esportiva. A proposta
pedagógica era avaliar a integração entre os
alunos dos níveis fundamental e médio, promover
cultura e descobrir novos talentos.
A gincana ocorreu entre os dias 12 e 15 de
setembro e contou com o apoio da direção da
escola. Os organizadores foram os professores de
Ed. Física: Maristella, Antônio, João (professor do
IEPIC) e João (professor do projeto segundo
tempo). Os alunos Julho, Thayla, Aparecida,
Thayne, Letícia e Michele do curso normal e a
aluna Marcelle da turma 903 também
participaram da organização.
Três turmas de terceiro ano foram divididas em
seis grupos e cada um recebeu uma bandeira de
cor distinta. Tiveram que cumprir as tarefas
propostas relacionadas a outras disciplinas como
Português, Artes e Geografia, além de realizar tarefas
voltadas para ação social como arrecadação de
livros e alimentos para a biblioteca infantil e
orfanatos. A primeira colocada foi a equipe preta, a
segunda foi a rosa, a terceira foi a equipe lilás e a
quarta a vermelha. As equipes verde e azul se
uniram, pois havia poucos integrantes, esse fato
serviu de experiência para os próximos eventos.
Participaram da gincana 34 turmas e todos os alunos
se empenharam para que o evento alcançasse seu
principal objetivo.
Contribuição: Aparecida de Cássia G. da Silva e
Thayla C. N. da Silva - Turma: 1003
GINCANA PROMOVE INTEGRAÇÃO NA ESCOLA
Edição IV – 4º bimestre Página 5
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO IEPIC
As matérias a seguir buscam esclarecer os alunos em relação ao curso normal.
Para isso, as alunas do 1º ano entrevistaram o coordenador José Eduardo e
também alguns colegas. Seguem informações do coordenador do curso normal:
1 – O que mudou no IEPIC
desde 1997 até hoje?
Resposta: Cheguei aqui
em 97 então não conheço
muito antes. Houve um
momento que, para poder
entrar no Curso Normal,
era necessário realizar
provas e eram poucas
vagas, consequentemente
muito concorridas. Hoje a
rede pública oferece mais
vagas para que os alunos
possam frequentar o
ensino médio. Sendo assim,
entram no Curso Normal
alunos que são
interessados e outros que
não. Os alunos que
desejam são „seduzidos‟ e
motivados, e os que não
são, perdem o interesse
ainda mais. Além disso, o
Curso Normal está em
transição, porque os anos
letivos foram reduzidos e
organizados em um
período integral, com isso,
outras mudanças podem
ocorrer.
2 – Você acha que o
Curso Normal ainda vale?
Resposta: É válido,
certamente. A legislação
admite a formação do
professor em nível médio.
É no curso normal que se
forma o professor das
séries iniciais. O curso
ensina especificamente o
trato com as crianças, a
compreensão e a
inserção no mundo delas.
3 – Você acredita que
com o ensino do Instituto
de Educação somos
capazes de entrar numa
faculdade?
Resposta: Sim. Essa matriz
nova oferece matérias
necessárias para
ingressar na faculdade.
Talvez seja necessário um
curso pré – vestibular,
mas a escola estará
sempre disposta a dar
esse conhecimento. Mas
vai do interesse do aluno
para com a escola e os
conhecimentos que ela
ministra.
Contribuição: Ana Carolina
Alves, Aparecida
Nogueira, Jéssica Azevedo
e Lays Pereira - Turma:
1003
Coordenador José Eduardo
Partindo da curiosidade das alunas do 1º ano do curso normal, as próprias alunas entrevistaram suas colegas que
estão se formando para ter maiores informações sobre a formação de professores e a sua futura profissão.
Alunas Entrevistadas: Priscila Andrade Silva, 19 Anos e Alessandra Ribeiro Marques, 20 Anos ambas do 4º ano.
1 – Qual é o seu objetivo depois de se formar
professora?
(PRISCILA) São vários, mas um deles é fazer pedagogia
e mestrado. Poder dar aulas às crianças da “alfa” até a
quarta série, que são algumas das turmas que precisam
de bastante atenção no ensino, pois nelas as crianças
estão aprendendo a ler, a escrever ou até mesmo o
alfabeto. Interesso-me bastante em poder trabalhar
com crianças dessa fase.
(ALESSANDRA) Meu objetivo ao concluir o curso é fazer
faculdade, depois me formar, trabalhar em creche, que
sempre foi um dos meus sonhos. Poder trabalhar com
crianças que é uma profissão que exige bastante
cuidado e paciência. Não vejo a hora disso acontecer!
2 – O que você está achando de poder frequentar o
curso normal?
(PRISCILA) O 1º ano, é bastante difícil. Além de ter
muitos trabalhos e matérias, é tudo muito novo. Há
bastante novidade quanto às matérias e aos assuntos,
mas com o tempo, ao chegar ao 2º ano, apesar ter que
estudar mais, se torna mais tranquilo, pois, já tem uma
noção de como é o curso e é a partir do 2º ano que
começam os estágios, o que para alguns é bem legal, e
para outros nem tanto.
(ALESSANDRA) Olha, é bastante complicado, exige
bastante esforço. É um curso bastante cansativo, pois
há bastantes matérias e, por conta disso, muitos alunos
desistem no meio do caminho, mas agora que falta
pouco, vou lutar para alcançar meus objetivos e sonhos
que são o que eu sempre quis.
3 – Qual a sua opinião a respeito da carga horária
imposta aos alunos do ensino médio (curso normal)?
(PRISCILA) Em minha opinião, essa carga horária que é,
por um lado, boa e, por outro, ruim. O lado bom é que
diminui o tempo da formação do curso, pois, ao invés do
aluno passar quatro anos estudando ele o faz em três. No
entanto, é ruim porque o aluno tem que viver para
escola, pois, se não me engano, todos têm que estudar
dois dias na semana de manhã e a tarde.
(ALESSANDRA) Na minha opinião, essa carga horária é
ruim. Isto torna o curso cansativo. Ter que ficar na escola
a tarde inteira é uma escolha para as pessoas que
realmente querem se tornar bons professores, pois exige
bastante esforço.
4 - Você acha que hoje em dia vale a pena seguir essa
profissão?
(PRISCILA) Olha, é um caso a se pensar e depende
bastante do querer de cada um. Para mim, é uma
profissão que exige bastante o gostar porque o salário
de um professor hoje em dia é uma vergonha.
(ALESSANDRA) No meu modo de pensar, essa profissão é
para quem realmente deseja ser professor porque, como
disse na resposta anterior, é uma profissão que não vale
muito a pena, pois o salário é uma miséria, mas quando
se gosta de uma algo, o jeito é se esforçar para alcançar
seus objetivos independente de qualquer coisa.
Contribuição: Andreza Alves, Karina Franco e Rafaela
Gregório – turma 1003
Edição IV – 4º bimestre Página 6
OS DESAFIOS DA ESCOLA INCLUSIVA
Foi realizada uma entrevista com a diretora Elza a respeito de um assunto
muito polêmico no âmbito escolar: Educação inclusiva nas escolas
regulares.
O objetivo primordial era o de esclarecer o leitor sobre conceitos
primordiais a respeito da inserção de alunos com necessidades especiais
em ambiente comum a todos, abordar os tipos de relações que se estabelecem entre professores e alunos em condições específicas de
ensino, conscientizar toda a comunidade escolar sobre igualdade e
respeito em meio às diferenças. As experiências relatadas pela diretora
aproximam o leitor do conteúdo abordado a seguir.
Confira a entrevista:
1 – O IEPIC é uma escola inclusiva. O que é uma
escola inclusiva?
Elza: A escola inclusiva educa o aluno a partir das
diferenças existentes na sociedade, ou seja, educa
na interação, na convivência em diversidade; Essa
diversidade, por sua vez, está relacionada aos
alunos com necessidades especiais, são os alunos com deficiências físicas e mentais. A inclusão desses
alunos na comunidade escolar faz com que eles se
desenvolvam e tenham maior sucesso do que no
meio de crianças com necessidades especiais,
unicamente. Então, vocês aprendem, eles
aprendem, e todo mundo cresce. Isso é inclusão. É
igualdade para todos.
2 – Como você se sente sendo diretora de uma
escola inclusiva?
Elza: Eu tenho uma escola também particular que
dirijo há nove anos. Antes de eu dirigir essa escola,
fiz um curso de inclusão. Desde que terminei o
ensino normal – sou normalista - antes também da
faculdade, investi na inclusão. Contudo, não
concordo com investimento em escolas especiais.
Então fiz testes, trabalhei e realizei cursos dentro da
Pestalosi, definitivamente não concordo com as
práticas anteriormente adotadas. Sempre acreditei
em crianças com necessidades especiais num
único ambiente social. Há um desenvolvimento
muito maior num ambiente comum ao invés de um
ambiente isolado. Então sinto credibilidade nessa
inclusão com que trabalho totalmente.
3 – Quais os principais desafios em ter alunos com
várias deficiências como Deficiência Visual,
Deficiência Auditiva, Deficiência Física e Autismo?
Elza: Acredito que alcançar vitórias com essas
crianças e sucessos escolares são as maiores
realizações para nós. Não têm preço. O desafio é
atingir positivamente os resultados com nossos
esforços.
E qual problema que você encontra?
Problemas de origem pessoal, mesmo o setor
sendo especializado em lidar com essas pessoas,
não são todas as pessoas que aceitam as
diferenças, os problemas maiores estão na própria
comunidade escolar. Há pessoas que não aceitam
as diferenças, fato que não permito que ocorra, de
maneira alguma, aqui no Instituto. Não vi professor
algum discriminar aluno com necessidades
especiais.
4 – Dentre os alunos com essas necessidades
especiais. Qual é a mais difícil de atender?
Elza: O autismo. Existem vários graus de autismo,
não um só. Então é mais trabalhoso, não que seja
impossível, mas o mais trabalhoso, eu diria. Inserir
esse aluno na rotina é bem mais custoso se
comparado às outras duas situações. O surdo pode
recorrer ao intérprete. O cego pode ler através do
braile. O autismo é instável, gerando recaídas. É,
para mim, o mais desafiador no ambiente escolar.
5 – Em relação aos professores que trabalham com
esses alunos, você observa alguma dificuldade?
Elza: Não no Instituto. Porque na verdade não existe
especialização se em parte não predominar a boa
vontade. O amor pela docência favorece no ato
de lidar com essas particularidades. Com a
inclusão, é fundamental ter conhecimento sobre as
deficiências presentes, mas o maior dos feitos está
na vontade e persistência em auxiliar, também o
interesse e a disposição. Esse tipo de informação
pode ser obtida através da internet, e até na sala
de recursos, que aqui funciona. E vejo um interesse
gradativamente maior.
Colaboração de: Ana Carolina Rodrigues, Bruna
Pinto, Mariana Pontes, Sheila Raposo, Carlos André
– Turma 1003
Diretora Adjunta Elza Kattenbach
Edição IV – 4º bimestre Página 7
O Desabamento – 05 de Abril
Era uma segunda-feira de abril. Estávamos em
casa vendo televisão quando começou a chover e
ventar muito forte. De repente, meu tio bateu na porta
falando para minha mãe que minha avó tinha acordado
os vizinhos para avisar que o morro estava desabando. Alguns minutos depois o meu tio trouxe meu avô
para minha casa, pois era a mais segura no momento.
Mas não demorou muito, ouvimos um barulho alto na
parede. Saímos assustados da casa e fomos para a rua
onde vimos todos os nossos vizinhos, alguns estavam só
com a roupa do corpo e outros com algumas coisas que
conseguiram tirar das suas casas. Após descermos o morro com muita dificuldade
ficamos em um sobrado até amanhecer. Logo depois,
fomos para um sítio da igreja local que serviu de abrigo.
Algumas semanas depois, aqueles que ainda
tinham suas casas voltaram para elas e as outras pessoas
- que eram a maioria - alugaram uma casa
pelos bairros mais próximos dali. Muitos até
hoje ainda moram de aluguel.
Colaboração: Karoline Motta do Nascimento
- Turma 801
Por volta de dez horas da manhã do dia 27
de Agosto de 2011, primeiro sábado após a
última forte ressaca que atingiu a baía de
Guanabara, eu e meu pai estávamos
caminhando pelo calçadão da praia das
flechas, com destino ao Supermercado Pão-de-
açúcar quando observamos um homem baixo,
negro e magro à nossa frente, exatamente no
local onde a calçada da praia havia sido
quebrada pela ressaca.
O pequeno homem estava, aparentemente,
conversando sozinho e gesticulando. Quando
nos aproximamos, ele se dirigiu ao meu pai como
se estivesse continuando a conversa:
- Ó doutor, olha só como está isso tudo
quebrado. Foi tudo mal feito, uma porcaria...
Diminuindo o passo meu pai respondeu:
- Pois é! Tudo mal feito...
- Os políticos, doutor, estão indo para os
Estados Unidos de jatinho com malas cheio de
dinheiro...
- E como tu sabes? – perguntou o papai.
-Todos os políticos, doutor... Todos só querem
ganhar dinheiro e nós que os colocamos no poder.
À medida que nós parávamos para ouvir o
homem, ele passou a falar com a voz cada vez
mais alta ao ponto de todas as pessoas do outro
lado da rua ouvir o que ele falava.
Nós continuamos andando e o homem ficou
falando em voz alta. Era uma fala contra os
políticos, mas em algumas vezes não tinha muito
sentido o que falava. Fomos embora com a dúvida, se o homem
estava bêbado ou sofria de deficiência mental. No
entanto, o que ele falava era a verdade, o
calçadão estava quebrado porque foi mal feito.
Colaboração: Nalberto Souza de Carvalho -
Turma 803
Um discurso na praia das flechas
Nesta seção selecionamos duas crônicas produzidas por alunos do Ensino Fundamental. A crônica é um gênero textual de conteúdo não muito extenso, baseado em fatos do cotidiano, que utiliza
o jornal como meio de comunicação. A crônica, porém, difere da notícia porque não tem por finalidade
principal a informação, mas refletir sobre o acontecimento.
Os textos abaixo foram produzidos por alunos do 8º ano que elaboraram crônicas partindo de suas
experiências pessoais.
Praia das Flechas - Niterói
Edição IV – 4º bimestre Página 8
Projeto “A TV que você olha, mas
não vê” no IEPIC: Educação e TV
em discussão.
O IEPIC e o Projeto UFF “A TV que
você olha, mas não vê”
articularam-se para debater o
tema Educação e TV. Produções
pedagógico-culturais conviveram
no espaço da Biblioteca Moura e
Silva, salas de aulas, Laboratório
de Informática no período de
agosto a novembro de 2011.
Diversas construções coletivas
foram criadas e sistematizadas
para apresentação na 16ª
Semana de Extensão/UFF em
outubro/2011.
Pretende-se ampliar posições
crítico-pedagógicas sobre a TV e
estimular o anseio pela
conquista de programações
prazerosas que entrecruzem
nossos sonhos, nossas ideias,
nossas culturas, nossas notícias,
direcionadas à um mundo
cidadão!
Nossa metodologia propõe o
estímulo do diálogo, considerado
elemento de construção do
conhecimento. Assim, os registros
constituem direcionamentos a
reflexões constantes a partir de
campos de estudos diversos.
Foram selecionadas algumas
produções e relatos dos alunos
obtidos na Biblioteca Moura e
Silva, durante a exposição “TV e
Educação” – de agosto a
novembro de 2011
“Com a televisão eu posso me
preparar para algo que vai
acontecer, posso ter mais
cuidado ao passar por lugares
perigosos, pois através dela, fico
sabendo aonde devo ir, enfim
fico sabendo como está o
mundo à minha volta”. R.
Menezes
“A televisão hoje é um meio de
entreter, distrair e modificar
conceitos. Transformou-se numa
forma de influência e
aprendizado para o público. Esse
meio de informação pode ser
benéfico ou destrutivo,
dependendo do que você vê por
isso, anúncios de faixa etária na
televisão ajudam muito para que
o público tenha um bom
aproveitamento”. B Silva
“Na minha opinião, há
programas educativos sim, que
podem contribuir para a
formação da criança, mas em
geral não tem sido assim.” J.
Oliveira
“Eu não conseguiria viver sem a
televisão. Mas acho que ela
incentiva as pessoas e
principalmente as crianças, à
violência, ao sexo e ao
consumo.” S. Raposo
“A televisão vai além de um só
meio de comunicação para
certas pessoas, é como uma
companhia.” J. Lopes
“Quanto mais cedo
aprendermos a conviver com
ela (a TV) é melhor pra vida de
todos nós.” D. Souza
Projeto “A TV que você olha, mas
não vê”
Coordenadora: Profª. Olga Oliveira
Equipe: Dayane Pacheco
Leidiane Nascimento
Maria da Conceição Martins
Prof. Miguel Maués
Paula Zanuto
Prof. Sydnei Cordeiro
Silvana Martins
A TEVÊ QUE VOCÊ OLHA, MAS NÃO VÊ.
Edição IV – 4º mestre Página 9
No Atuação Digital você
encontrará: Entrevistas
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Visite nosso Blog: atuacaoiepic.blogspot.com
Nosso e-mail
EEXXPPEEDDIIEENNTTEE
PIBID /UFF Coordenadora Geral PIBID:
MMaauurraa CChhiinneellllii
Coordenadora PIBID - Letras:
SSiiggrriidd GGaavvaazzzzii
Supervisora de letras - IEPIC:
LLiieenn RR.. BBoorrggeess
Bolsistas:
SSuuzzaannnnee MMeennddoonnççaa
AAmmaannddaa MMiirraannddaa
PPrriisscciillaa FFrreeiittaass
PPaattrriicckk DDiiaass
Supervisora s PIBID:IEPIC:
LLeettíícciiaa NNeevveess-- PPeeddaaggooggiiaa
IEPIC Diretora Geral:
RReennaattaa AAzzeevveeddoo
Diretores Adjuntos:
EElliizzaabbeetthh SSiillvvaa
LLuuzziiaa CCrriissttiinnaa VViivvaass
EEllzzaa kkaatttteennbbaacchh
Professor orientador
tecnológico:
DDiillmmaarr LLiimmaa
Professores Colaboradores
nesta edição:
AAlleetthhééiiaa VVaassccoonncceellooss
Hanriete Alves Borges
Dos pares de palavras escolha a que
corresponde à definição dada e resolva o
jogo de palavras cruzadas.
A - Multiplicar por três (TREPLICAR - TRIPLICAR)
B - Isenção de serviço, dever ou encargo (DESPENSA -
DISPENSA)
C - Privar do sentido da visão. (CEGAR - SEGAR)
D - Lugar para se guardar mantimentos. (DESPENSA –
DISPENSA)
E - Comércio, negócio ilegal (TRÁFEGO - TRÁFICO)
F - Lugar onde se fixa um governo, uma empresa
etc.(SEDE - CEDE)
G - Recenseamento (SENSO - CENSO)
H - Resolução, plano, intento (TENÇÃO - TENSÃO)
I - Que está no começo; Principiante (INCIPIENTE -
INSIPIENTE)
J - Mergulhar, afundar. (EMERGIR - IMERGIR)
L - Ceifar, cortar. (CEGAR, SEGAR).
M - Põe à disposição de alguém; Empresta (SEDE -
CEDE)
N - Juízo, tino. (SENSO - CENSO)
O - Responder a uma réplica. (TREPLICAR - TRIPLICAR)
P - Ignorante; Insensato. (INCIPIENTE - INSIPIENTE)
Q - Grande atividade; Transito (TRÁFEGO - TRÁFICO)
R - Sair de onde estava mergulhando. (EMERGIR -
IMERGIR)
S - Estado de grande concentração física ou mental.
(TENÇÃO - TENSÃO)
Fonte: NETO, Pasquale Cipro. Nossa língua em
letra de música. SP: EP&A,2002.
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RESPOSTAS:
A- TRIPLICAR
B- DISPENSA
C- CHEGAR
D- DESPENSA
E- TRÁFICO
F- SEDE
G- CENSO
H- TENÇÃO
I - INCIPIENTE
J- IMERGIR
L- SEGAR
M- CEDE
N- SENSO
O- TREPLICAR
P- INSIPIENTE
Q- TRÁFEGO
R- EMERGIR
S- TENSÃO