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Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho Sexta, 02 de Dezembro de 2011 Edição IV 4º bimestre Foi realizada, entre os dias 16 e 18 de novembro, a semana pedagógica no Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho, que contou com a participação de todos os setores da comunidade educativa local diretoria, docentes e discentes, além da contribuição de bolsistas vinculados à Universidade Federal Fluminense. O evento iniciou com as apresentações do coral e da dança. Duas peças de teatro encerraram a manhã do primeiro dia. Na parte da tarde aconteceram diversas oficinas de matemática e artes. Os alunos puderam conhecer diferentes formas do trabalho com as disciplinas e a relação entre história e artes. No segundo dia período matutino - as oficinas tomaram espaço nas salas de aula. Houve grande diversificação do trabalho quanto às disciplinas de matemática, jogos pedagógicos, brinquedos cantados, experimentos de física, química e biologia, literatura de cordel, teatro de “dedoches”, finalizando com o cinedebate de tema “Escola e Liberdade”. No período vespertino as oficinas prosseguiram com a matemática, além de atividades lúdicas para conhecer melhor a cidade de Niterói. O setor de Educação Física concluiu o dia com uma oficina para expandir noções de Frisbee. No último dia do evento, os trabalhos enfocaram conhecimentos de biologia, química, física e português. A reunião para encerramento das atividades ocorreu no ginásio da escola com a participação dos alunos vinculados ao projeto CNPq (Pibiquinho) na exposição final de trabalhos que atendiam e dinamizavam o ensino para alunos especiais - terminando com apresentações de música e de dança. Durante todos os dias da semana vários trabalhos pedagógicos e de artes ficaram expostos nos corredores da escola. A semana pedagógica atingiu seu propósito educacional quando da interação, estímulo e produtividade entre os setores envolvidos, colaborando na expansão do conhecimento, das competências e habilidades no âmbito estudantil . Semana Pedagógica - IEPIC - 2011. Alunos nos eventos Participação do Ensino Fundamental INTERESSES ESPECIAIS: Semana Pedagógica. Palavras da Equipe Atuação Ler com prazer Diversão NESTA EDIÇÃO: Palavras da Equipe Atuação p. 2 Favela: Problema ou Desafio? p.2 Estudando dinossauros p. 3 Educação Física é importante? p. 4 Gincana promove integração na escola p.4 A formação de Professores no IEPIC p. 5 Os desafios da escola inclusiva p.6 Ler com prazer Crônicas: Um discurso na Praia das Flechas Desabamento 05 de Abril p. 7 Diversão p. 9

Jornal digital iepic 2011

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Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho

Sexta, 02 de Dezembro de 2011 Edição IV – 4º bimestre

Foi realizada, entre os dias 16 e 18 de

novembro, a semana pedagógica no Instituto

de Educação Professor Ismael Coutinho, que

contou com a participação de todos os

setores da comunidade educativa local –

diretoria, docentes e discentes, além da

contribuição de bolsistas vinculados à

Universidade Federal Fluminense. O evento iniciou com as

apresentações do coral e da dança. Duas

peças de teatro encerraram a manhã do

primeiro dia. Na parte da tarde aconteceram

diversas oficinas de matemática e artes. Os

alunos puderam conhecer diferentes formas

do trabalho com as disciplinas e a relação

entre história e artes. No segundo dia – período matutino -

as oficinas tomaram espaço nas salas de aula.

Houve grande diversificação do trabalho

quanto às disciplinas de matemática, jogos

pedagógicos, brinquedos cantados,

experimentos de física, química e biologia,

literatura de cordel, teatro de “dedoches”,

finalizando com o cinedebate de tema

“Escola e Liberdade”. No período vespertino

as oficinas prosseguiram com a matemática,

além de atividades lúdicas para conhecer

melhor a cidade de Niterói. O setor de

Educação Física concluiu o dia com uma

oficina para expandir noções de Frisbee.

No último dia do evento, os trabalhos enfocaram conhecimentos de biologia,

química, física e português. A reunião para

encerramento das atividades ocorreu no

ginásio da escola com a participação dos

alunos vinculados ao projeto CNPq

(Pibiquinho) na exposição final de trabalhos –

que atendiam e dinamizavam o ensino para

alunos especiais - terminando com

apresentações de música e de dança.

Durante todos os dias da semana

vários trabalhos pedagógicos e de artes

ficaram expostos nos corredores da escola. A

semana pedagógica atingiu seu propósito

educacional quando da interação, estímulo e

produtividade entre os setores envolvidos,

colaborando na expansão do conhecimento,

das competências e habilidades no âmbito estudantil.

Semana Pedagógica - IEPIC - 2011.

Alunos nos eventos

Participação do Ensino Fundamental

Contação de história com música

INTERESSES

ESPECIAIS:

Semana Pedagógica.

Palavras da Equipe Atuação

Ler com prazer

Diversão

NESTA EDIÇÃO:

Palavras da Equipe

Atuação p. 2

Favela: Problema ou

Desafio? p.2

Estudando dinossauros

p. 3

Educação Física é

importante? p. 4

Gincana promove

integração na escola p.4

A formação de

Professores no IEPIC p.

5

Os desafios da escola

inclusiva p.6

Ler com prazer –

Crônicas: Um discurso na

Praia das Flechas

Desabamento – 05 de

Abril p. 7

Diversão p. 9

Page 2: Jornal digital iepic 2011

Edição IV – 4º bimestre Página 2

Palavras da Equipe Atuação

“A sociedade

muitas vezes não aceita

uma pessoa só porque

ela mora em uma

favela.”

“Nas favelas de

hoje, não há apenas

marginalidade, há

educação, lazer, centros

culturais e muito mais.” (Thaís Costa)

“... para algumas

pessoas o termo favela

significa “ comunidade

carente”, em que vivem

pessoas desfavorecidos

entram no mundo das

drogas, porque não

têm escolha.”(Tuane

Evelin)

socioeconomicamente,

mas nem todos pensam

assim, para alguns

significa favelado e que

todos os moradores são

bandidos.”( Izabelle

Marques)

“As favelas são

um exemplo do que a

desigualdade social pode causar e tentar

mudar essa realidade é

um desafio muito

grande.”

Aos poucos essas

favelas estão sendo

recuperadas, mas o

desafio ainda continua!”

(Jéssica Aparecida)

“Em algumas

favelas, há muitos

moradores

amedrontados pelo

tráfico. Pessoas inocentes

acabam sendo baleadas ou morrem em

meio ao fogo cruzado

entre policiais e

bandidos.”

“Há pessoas que

Em 2011, através da

parceria IEPIC – PIBID/UFF

propomos estruturar um

Jornal visando à melhoria

da leitura e da escrita,

bem como estimular a

produção textual nos

alunos. O Jornal,

denominado de Atuação,

teve periodicidade

bimestral e foi construído

com a contribuição de

alunos, professores,

funcionários e

licenciandos de Letras

(bolsistas PIBID).

Chegamos à quarta

edição com o orgulho e a

alegria de ter alcançado

bons resultados. A participação

em um projeto amplo

como a produção do

Jornal Atuação envolveu,

principalmente, as três

partes fundamentais: os

docentes, os discentes, e

os aprendizes,

licenciandos, a caminho

da docência. Aliar o meio

acadêmico e o meio

escolar é imprescindível

para a formação de

profissionais conscientes

do seu papel na

sociedade.

O relacionamento

proposto ao longo da

confecção do jornal

permitiu o estreitamento

dessa tripartição

tornando a interação a

mais aprazível, desde a

contribuição de alunos,

revisão, correção e

diagramação do material

até a sua distribuição

pelo Instituto.

Indubitavelmente

que o esforço

empregado foi árduo e

desafiador em princípio,

Equipe Atuação

mas o resultado da

cooperação mútua durante a jornada foi o

aumento significativo e

gradativo das

contribuições do alunado

a cada edição, difusão e

divulgação maciça desse

material. O mesmo ainda

obteve alcance

internacional a partir dos

recursos de mídia digital,

blog.

A recompensa

pelo trabalho foi a

premiação em primeiro

lugar na IX Mostra de

Iniciação à Docência,

realizada na Universidade

Federal Fluminense entre

os dias 17 e 18 do mês de

Outubro. O

reconhecimento no

meio acadêmico com

tal repercussão

certamente fez com que

todas as partes

envolvidas no processo

sentissem orgulho e

motivação para realizar

futuros projetos no

Instituto.

Nossos sinceros

agradecimentos à

direção do colégio –

que concordou com o

desenvolvimento das

atividades – dos

funcionários e dos alunos

– participantes cruciais na produção das

matérias – à supervisão

– por orientar, conduzir e

instruir os bolsistas

envolvidos nas

atividades – e à

Universidade Federal

Fluminense por tão

importante iniciativa na

formação dos

acadêmicos.

Favela: Problema ou Desafio?

As alunas do 9º ano da turma 901 deram a sua opinião sobre as favelas a partir do tema “Estamos

diante de um desafio e não mais diante de um problema dos outros.”

http://www.sodapopart.com

Page 3: Jornal digital iepic 2011

Edição IV – 4º bimestre Página 3

Partindo do interesse da turma 202 pelo

fascinante mundo dos dinossauros, foram reunidas

informações prévias trazidas pelos alunos.

Remanescentes questionamentos relacionados ao

assunto seriam sanados posteriormente em

consultas a bibliografias, internet e até entrevistas.

No recolhimento das informações foi importante a

presença do grupo da UFF que também auxiliou na

organização e na montagem do estudo. O índice

foi confeccionado no seguinte formato:

A partir do já conhecido: Dinossauros nascem dos ovos;

E eles moravam em ilhas (continentes).

O que se deseja conhecer:

O que comiam?

Onde viviam?

Ainda existem dinossauros?

Eles somente nasciam do ovo?

Eles se casavam?

Eles colocavam ovos pequenos ou

grandes?

Passadas as informações citadas à professora Marisol - coordenadora do PIBID

pedagogia - e o consequente interesse pela

proposta, a docente providenciou a visita de um

Biólogo – o mestre Rodrigo – no dia 14/09/2011 à

instituição. A interação permitiu troca de

informações mais detalhadas quanto às

características particulares desses seres pré-

históricos.

Rodrigo, em conversa com a turma,

esclareceu que o paleontólogo não estuda e

pesquisa somente dinossauros, mas também sobre

o que nos remete a épocas passadas e que nos

ajuda a entender o presente e também o futuro.

Respondendo a um dos alunos, o mestre também

ressaltou que há animais que descendem dos

dinossauros em nossos dias. O exemplo mais

próximo de nós são as aves, o que nos deixou

muito surpresos. Também acredita-se que as girafas

tenham antepassados pré-históricos. Outra

pergunta colocada no índice pelos alunos e

explicada foi sobre o relacionamento entre

machos e fêmeas. Rodrigo disse que ao estudar as

aves existentes podemos crer que através do

comportamento destes animais, hoje os

dinossauros herbívoros tinham o que eles chamam

de cuidado parental, ou seja, dividiam-se em

“casais” e cuidavam de seus filhotes. Quanto aos

carnívoros, possivelmente, acasalavam e depois se

separavam.

Falou-se dos animais aquáticos, como as

baleias e dos terrestres como o avestruz - possíveis e

distantes parentes da espécie - do tamanho (os que viviam por aqui eram menores que os argentinos),

dos lugares com maior concentração aqui no Brasil.

Acredita-se também que no Pólo Norte não existiam

dinossauros diferentemente do Pólo Sul. Afirma-se

que os dinossauros eram ovíparos devido à

descoberta de fósseis de ovos, mas que também

foram encontrados fósseis de Plesiossauros dando a

Luz.

Todos os diálogos estabelecidos entre o

biólogo e os alunos geraram grande satisfação por

parte das professoras responsáveis. A iniciativa e a

curiosidade foram fatores importantes no

desenvolvimento dos alunos e motivo de orgulho ao

fim da reunião.

Contribuição: Professora Hanriete Alves Borges

ESTUDANDO OS DINOSSAUROS

OVOS DE DINOSSAURO

http://72ticcp.blogspot.com

Biólogo ensinando sobre os dinossauros

Page 4: Jornal digital iepic 2011

Edição IV – 4º bimestre Página 4

1-Por que a Educação Física é importante na

Escola?

Maristela: Por favorecer a integração dos alunos,

por manter a mente dos alunos ativa. A disciplina

também faz com que o aluno internalize e

respeite regras, tanto no esporte como na vida.

João Teixeira: Evoca o bem estar do aluno, a

socialização e ajuda na disciplina.

João Áquila: Porque, ela promove o

desenvolvimento global da criança, isto é, suas

partes motoras e afetivas.

2- A educação Física incentiva ao aluno a praticar

esporte?

Maristela: Sim. Porque favorece a descoberta das

habilidades físicas. Essa disciplina consegue

estimular a descoberta do talento para o esporte,

por isso praticar diversos esportes facilita na

escolha mais conveniente para o perfil de cada

um.

João Teixeira: Sim. Ela propõe novos valores. É

sempre bom praticar esportes para o bem estar,

para o crescimento individual e grupal.

João Áquila: Visto que um dos seus conteúdos

principais é o esporte - que se classifica em desporto

e autorrendimento - a educação física é instrumento

de produtividade e convivência em todas as

abrangências.

3 – A escola está bem preparada para conduzir

aulas de Educação Física?

Maristela: Sim. Temos professores qualificados, além

de uma ótima estrutura e equipamento à disposição

para as atividades com os alunos.

João Teixeira: A escola possui uma estrutura

excelente, possui dois ginásios, uma quadra

polivalente de 40 metros, onde você pode praticar

qualquer esporte com tranquilidade. A diretoria

disponibiliza todo o equipamento para que os

professores realizem os exercícios com os alunos.

João Áquila: A escola tem estrutura material,

profissional e requisitos básicos a dispor dos docentes

e discentes.

Contribuição: Felipe Cindra, José Paulo e Rodrigo

Carvalho - turma 1003

EDUCAÇÃO FÍSICA É IMPORTANTE?

A entrevista a seguir foi realizada com a colaboração de três professores

de Educação Física pertencentes ao Instituto e a partir da interação do

aluno com os mesmos no que diz respeito à relevância dessa disciplina no contexto escolar.

_________________________________________________________________________________________________

O instituto de educação professor Ismael

Coutinho, escola de formação normal, realizou

uma gincana cultural e esportiva. A proposta

pedagógica era avaliar a integração entre os

alunos dos níveis fundamental e médio, promover

cultura e descobrir novos talentos.

A gincana ocorreu entre os dias 12 e 15 de

setembro e contou com o apoio da direção da

escola. Os organizadores foram os professores de

Ed. Física: Maristella, Antônio, João (professor do

IEPIC) e João (professor do projeto segundo

tempo). Os alunos Julho, Thayla, Aparecida,

Thayne, Letícia e Michele do curso normal e a

aluna Marcelle da turma 903 também

participaram da organização.

Três turmas de terceiro ano foram divididas em

seis grupos e cada um recebeu uma bandeira de

cor distinta. Tiveram que cumprir as tarefas

propostas relacionadas a outras disciplinas como

Português, Artes e Geografia, além de realizar tarefas

voltadas para ação social como arrecadação de

livros e alimentos para a biblioteca infantil e

orfanatos. A primeira colocada foi a equipe preta, a

segunda foi a rosa, a terceira foi a equipe lilás e a

quarta a vermelha. As equipes verde e azul se

uniram, pois havia poucos integrantes, esse fato

serviu de experiência para os próximos eventos.

Participaram da gincana 34 turmas e todos os alunos

se empenharam para que o evento alcançasse seu

principal objetivo.

Contribuição: Aparecida de Cássia G. da Silva e

Thayla C. N. da Silva - Turma: 1003

GINCANA PROMOVE INTEGRAÇÃO NA ESCOLA

Page 5: Jornal digital iepic 2011

Edição IV – 4º bimestre Página 5

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO IEPIC

As matérias a seguir buscam esclarecer os alunos em relação ao curso normal.

Para isso, as alunas do 1º ano entrevistaram o coordenador José Eduardo e

também alguns colegas. Seguem informações do coordenador do curso normal:

1 – O que mudou no IEPIC

desde 1997 até hoje?

Resposta: Cheguei aqui

em 97 então não conheço

muito antes. Houve um

momento que, para poder

entrar no Curso Normal,

era necessário realizar

provas e eram poucas

vagas, consequentemente

muito concorridas. Hoje a

rede pública oferece mais

vagas para que os alunos

possam frequentar o

ensino médio. Sendo assim,

entram no Curso Normal

alunos que são

interessados e outros que

não. Os alunos que

desejam são „seduzidos‟ e

motivados, e os que não

são, perdem o interesse

ainda mais. Além disso, o

Curso Normal está em

transição, porque os anos

letivos foram reduzidos e

organizados em um

período integral, com isso,

outras mudanças podem

ocorrer.

2 – Você acha que o

Curso Normal ainda vale?

Resposta: É válido,

certamente. A legislação

admite a formação do

professor em nível médio.

É no curso normal que se

forma o professor das

séries iniciais. O curso

ensina especificamente o

trato com as crianças, a

compreensão e a

inserção no mundo delas.

3 – Você acredita que

com o ensino do Instituto

de Educação somos

capazes de entrar numa

faculdade?

Resposta: Sim. Essa matriz

nova oferece matérias

necessárias para

ingressar na faculdade.

Talvez seja necessário um

curso pré – vestibular,

mas a escola estará

sempre disposta a dar

esse conhecimento. Mas

vai do interesse do aluno

para com a escola e os

conhecimentos que ela

ministra.

Contribuição: Ana Carolina

Alves, Aparecida

Nogueira, Jéssica Azevedo

e Lays Pereira - Turma:

1003

Coordenador José Eduardo

Partindo da curiosidade das alunas do 1º ano do curso normal, as próprias alunas entrevistaram suas colegas que

estão se formando para ter maiores informações sobre a formação de professores e a sua futura profissão.

Alunas Entrevistadas: Priscila Andrade Silva, 19 Anos e Alessandra Ribeiro Marques, 20 Anos ambas do 4º ano.

1 – Qual é o seu objetivo depois de se formar

professora?

(PRISCILA) São vários, mas um deles é fazer pedagogia

e mestrado. Poder dar aulas às crianças da “alfa” até a

quarta série, que são algumas das turmas que precisam

de bastante atenção no ensino, pois nelas as crianças

estão aprendendo a ler, a escrever ou até mesmo o

alfabeto. Interesso-me bastante em poder trabalhar

com crianças dessa fase.

(ALESSANDRA) Meu objetivo ao concluir o curso é fazer

faculdade, depois me formar, trabalhar em creche, que

sempre foi um dos meus sonhos. Poder trabalhar com

crianças que é uma profissão que exige bastante

cuidado e paciência. Não vejo a hora disso acontecer!

2 – O que você está achando de poder frequentar o

curso normal?

(PRISCILA) O 1º ano, é bastante difícil. Além de ter

muitos trabalhos e matérias, é tudo muito novo. Há

bastante novidade quanto às matérias e aos assuntos,

mas com o tempo, ao chegar ao 2º ano, apesar ter que

estudar mais, se torna mais tranquilo, pois, já tem uma

noção de como é o curso e é a partir do 2º ano que

começam os estágios, o que para alguns é bem legal, e

para outros nem tanto.

(ALESSANDRA) Olha, é bastante complicado, exige

bastante esforço. É um curso bastante cansativo, pois

há bastantes matérias e, por conta disso, muitos alunos

desistem no meio do caminho, mas agora que falta

pouco, vou lutar para alcançar meus objetivos e sonhos

que são o que eu sempre quis.

3 – Qual a sua opinião a respeito da carga horária

imposta aos alunos do ensino médio (curso normal)?

(PRISCILA) Em minha opinião, essa carga horária que é,

por um lado, boa e, por outro, ruim. O lado bom é que

diminui o tempo da formação do curso, pois, ao invés do

aluno passar quatro anos estudando ele o faz em três. No

entanto, é ruim porque o aluno tem que viver para

escola, pois, se não me engano, todos têm que estudar

dois dias na semana de manhã e a tarde.

(ALESSANDRA) Na minha opinião, essa carga horária é

ruim. Isto torna o curso cansativo. Ter que ficar na escola

a tarde inteira é uma escolha para as pessoas que

realmente querem se tornar bons professores, pois exige

bastante esforço.

4 - Você acha que hoje em dia vale a pena seguir essa

profissão?

(PRISCILA) Olha, é um caso a se pensar e depende

bastante do querer de cada um. Para mim, é uma

profissão que exige bastante o gostar porque o salário

de um professor hoje em dia é uma vergonha.

(ALESSANDRA) No meu modo de pensar, essa profissão é

para quem realmente deseja ser professor porque, como

disse na resposta anterior, é uma profissão que não vale

muito a pena, pois o salário é uma miséria, mas quando

se gosta de uma algo, o jeito é se esforçar para alcançar

seus objetivos independente de qualquer coisa.

Contribuição: Andreza Alves, Karina Franco e Rafaela

Gregório – turma 1003

Page 6: Jornal digital iepic 2011

Edição IV – 4º bimestre Página 6

OS DESAFIOS DA ESCOLA INCLUSIVA

Foi realizada uma entrevista com a diretora Elza a respeito de um assunto

muito polêmico no âmbito escolar: Educação inclusiva nas escolas

regulares.

O objetivo primordial era o de esclarecer o leitor sobre conceitos

primordiais a respeito da inserção de alunos com necessidades especiais

em ambiente comum a todos, abordar os tipos de relações que se estabelecem entre professores e alunos em condições específicas de

ensino, conscientizar toda a comunidade escolar sobre igualdade e

respeito em meio às diferenças. As experiências relatadas pela diretora

aproximam o leitor do conteúdo abordado a seguir.

Confira a entrevista:

1 – O IEPIC é uma escola inclusiva. O que é uma

escola inclusiva?

Elza: A escola inclusiva educa o aluno a partir das

diferenças existentes na sociedade, ou seja, educa

na interação, na convivência em diversidade; Essa

diversidade, por sua vez, está relacionada aos

alunos com necessidades especiais, são os alunos com deficiências físicas e mentais. A inclusão desses

alunos na comunidade escolar faz com que eles se

desenvolvam e tenham maior sucesso do que no

meio de crianças com necessidades especiais,

unicamente. Então, vocês aprendem, eles

aprendem, e todo mundo cresce. Isso é inclusão. É

igualdade para todos.

2 – Como você se sente sendo diretora de uma

escola inclusiva?

Elza: Eu tenho uma escola também particular que

dirijo há nove anos. Antes de eu dirigir essa escola,

fiz um curso de inclusão. Desde que terminei o

ensino normal – sou normalista - antes também da

faculdade, investi na inclusão. Contudo, não

concordo com investimento em escolas especiais.

Então fiz testes, trabalhei e realizei cursos dentro da

Pestalosi, definitivamente não concordo com as

práticas anteriormente adotadas. Sempre acreditei

em crianças com necessidades especiais num

único ambiente social. Há um desenvolvimento

muito maior num ambiente comum ao invés de um

ambiente isolado. Então sinto credibilidade nessa

inclusão com que trabalho totalmente.

3 – Quais os principais desafios em ter alunos com

várias deficiências como Deficiência Visual,

Deficiência Auditiva, Deficiência Física e Autismo?

Elza: Acredito que alcançar vitórias com essas

crianças e sucessos escolares são as maiores

realizações para nós. Não têm preço. O desafio é

atingir positivamente os resultados com nossos

esforços.

E qual problema que você encontra?

Problemas de origem pessoal, mesmo o setor

sendo especializado em lidar com essas pessoas,

não são todas as pessoas que aceitam as

diferenças, os problemas maiores estão na própria

comunidade escolar. Há pessoas que não aceitam

as diferenças, fato que não permito que ocorra, de

maneira alguma, aqui no Instituto. Não vi professor

algum discriminar aluno com necessidades

especiais.

4 – Dentre os alunos com essas necessidades

especiais. Qual é a mais difícil de atender?

Elza: O autismo. Existem vários graus de autismo,

não um só. Então é mais trabalhoso, não que seja

impossível, mas o mais trabalhoso, eu diria. Inserir

esse aluno na rotina é bem mais custoso se

comparado às outras duas situações. O surdo pode

recorrer ao intérprete. O cego pode ler através do

braile. O autismo é instável, gerando recaídas. É,

para mim, o mais desafiador no ambiente escolar.

5 – Em relação aos professores que trabalham com

esses alunos, você observa alguma dificuldade?

Elza: Não no Instituto. Porque na verdade não existe

especialização se em parte não predominar a boa

vontade. O amor pela docência favorece no ato

de lidar com essas particularidades. Com a

inclusão, é fundamental ter conhecimento sobre as

deficiências presentes, mas o maior dos feitos está

na vontade e persistência em auxiliar, também o

interesse e a disposição. Esse tipo de informação

pode ser obtida através da internet, e até na sala

de recursos, que aqui funciona. E vejo um interesse

gradativamente maior.

Colaboração de: Ana Carolina Rodrigues, Bruna

Pinto, Mariana Pontes, Sheila Raposo, Carlos André

– Turma 1003

Diretora Adjunta Elza Kattenbach

Page 7: Jornal digital iepic 2011

Edição IV – 4º bimestre Página 7

O Desabamento – 05 de Abril

Era uma segunda-feira de abril. Estávamos em

casa vendo televisão quando começou a chover e

ventar muito forte. De repente, meu tio bateu na porta

falando para minha mãe que minha avó tinha acordado

os vizinhos para avisar que o morro estava desabando. Alguns minutos depois o meu tio trouxe meu avô

para minha casa, pois era a mais segura no momento.

Mas não demorou muito, ouvimos um barulho alto na

parede. Saímos assustados da casa e fomos para a rua

onde vimos todos os nossos vizinhos, alguns estavam só

com a roupa do corpo e outros com algumas coisas que

conseguiram tirar das suas casas. Após descermos o morro com muita dificuldade

ficamos em um sobrado até amanhecer. Logo depois,

fomos para um sítio da igreja local que serviu de abrigo.

Algumas semanas depois, aqueles que ainda

tinham suas casas voltaram para elas e as outras pessoas

- que eram a maioria - alugaram uma casa

pelos bairros mais próximos dali. Muitos até

hoje ainda moram de aluguel.

Colaboração: Karoline Motta do Nascimento

- Turma 801

Por volta de dez horas da manhã do dia 27

de Agosto de 2011, primeiro sábado após a

última forte ressaca que atingiu a baía de

Guanabara, eu e meu pai estávamos

caminhando pelo calçadão da praia das

flechas, com destino ao Supermercado Pão-de-

açúcar quando observamos um homem baixo,

negro e magro à nossa frente, exatamente no

local onde a calçada da praia havia sido

quebrada pela ressaca.

O pequeno homem estava, aparentemente,

conversando sozinho e gesticulando. Quando

nos aproximamos, ele se dirigiu ao meu pai como

se estivesse continuando a conversa:

- Ó doutor, olha só como está isso tudo

quebrado. Foi tudo mal feito, uma porcaria...

Diminuindo o passo meu pai respondeu:

- Pois é! Tudo mal feito...

- Os políticos, doutor, estão indo para os

Estados Unidos de jatinho com malas cheio de

dinheiro...

- E como tu sabes? – perguntou o papai.

-Todos os políticos, doutor... Todos só querem

ganhar dinheiro e nós que os colocamos no poder.

À medida que nós parávamos para ouvir o

homem, ele passou a falar com a voz cada vez

mais alta ao ponto de todas as pessoas do outro

lado da rua ouvir o que ele falava.

Nós continuamos andando e o homem ficou

falando em voz alta. Era uma fala contra os

políticos, mas em algumas vezes não tinha muito

sentido o que falava. Fomos embora com a dúvida, se o homem

estava bêbado ou sofria de deficiência mental. No

entanto, o que ele falava era a verdade, o

calçadão estava quebrado porque foi mal feito.

Colaboração: Nalberto Souza de Carvalho -

Turma 803

Um discurso na praia das flechas

Nesta seção selecionamos duas crônicas produzidas por alunos do Ensino Fundamental. A crônica é um gênero textual de conteúdo não muito extenso, baseado em fatos do cotidiano, que utiliza

o jornal como meio de comunicação. A crônica, porém, difere da notícia porque não tem por finalidade

principal a informação, mas refletir sobre o acontecimento.

Os textos abaixo foram produzidos por alunos do 8º ano que elaboraram crônicas partindo de suas

experiências pessoais.

Praia das Flechas - Niterói

Page 8: Jornal digital iepic 2011

Edição IV – 4º bimestre Página 8

Projeto “A TV que você olha, mas

não vê” no IEPIC: Educação e TV

em discussão.

O IEPIC e o Projeto UFF “A TV que

você olha, mas não vê”

articularam-se para debater o

tema Educação e TV. Produções

pedagógico-culturais conviveram

no espaço da Biblioteca Moura e

Silva, salas de aulas, Laboratório

de Informática no período de

agosto a novembro de 2011.

Diversas construções coletivas

foram criadas e sistematizadas

para apresentação na 16ª

Semana de Extensão/UFF em

outubro/2011.

Pretende-se ampliar posições

crítico-pedagógicas sobre a TV e

estimular o anseio pela

conquista de programações

prazerosas que entrecruzem

nossos sonhos, nossas ideias,

nossas culturas, nossas notícias,

direcionadas à um mundo

cidadão!

Nossa metodologia propõe o

estímulo do diálogo, considerado

elemento de construção do

conhecimento. Assim, os registros

constituem direcionamentos a

reflexões constantes a partir de

campos de estudos diversos.

Foram selecionadas algumas

produções e relatos dos alunos

obtidos na Biblioteca Moura e

Silva, durante a exposição “TV e

Educação” – de agosto a

novembro de 2011

“Com a televisão eu posso me

preparar para algo que vai

acontecer, posso ter mais

cuidado ao passar por lugares

perigosos, pois através dela, fico

sabendo aonde devo ir, enfim

fico sabendo como está o

mundo à minha volta”. R.

Menezes

“A televisão hoje é um meio de

entreter, distrair e modificar

conceitos. Transformou-se numa

forma de influência e

aprendizado para o público. Esse

meio de informação pode ser

benéfico ou destrutivo,

dependendo do que você vê por

isso, anúncios de faixa etária na

televisão ajudam muito para que

o público tenha um bom

aproveitamento”. B Silva

“Na minha opinião, há

programas educativos sim, que

podem contribuir para a

formação da criança, mas em

geral não tem sido assim.” J.

Oliveira

“Eu não conseguiria viver sem a

televisão. Mas acho que ela

incentiva as pessoas e

principalmente as crianças, à

violência, ao sexo e ao

consumo.” S. Raposo

“A televisão vai além de um só

meio de comunicação para

certas pessoas, é como uma

companhia.” J. Lopes

“Quanto mais cedo

aprendermos a conviver com

ela (a TV) é melhor pra vida de

todos nós.” D. Souza

Projeto “A TV que você olha, mas

não vê”

Coordenadora: Profª. Olga Oliveira

Equipe: Dayane Pacheco

Leidiane Nascimento

Maria da Conceição Martins

Prof. Miguel Maués

Paula Zanuto

Prof. Sydnei Cordeiro

Silvana Martins

A TEVÊ QUE VOCÊ OLHA, MAS NÃO VÊ.

Page 9: Jornal digital iepic 2011

Edição IV – 4º mestre Página 9

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PIBID /UFF Coordenadora Geral PIBID:

MMaauurraa CChhiinneellllii

Coordenadora PIBID - Letras:

SSiiggrriidd GGaavvaazzzzii

Supervisora de letras - IEPIC:

LLiieenn RR.. BBoorrggeess

Bolsistas:

SSuuzzaannnnee MMeennddoonnççaa

AAmmaannddaa MMiirraannddaa

PPrriisscciillaa FFrreeiittaass

PPaattrriicckk DDiiaass

Supervisora s PIBID:IEPIC:

LLeettíícciiaa NNeevveess-- PPeeddaaggooggiiaa

IEPIC Diretora Geral:

RReennaattaa AAzzeevveeddoo

Diretores Adjuntos:

EElliizzaabbeetthh SSiillvvaa

LLuuzziiaa CCrriissttiinnaa VViivvaass

EEllzzaa kkaatttteennbbaacchh

Professor orientador

tecnológico:

DDiillmmaarr LLiimmaa

Professores Colaboradores

nesta edição:

AAlleetthhééiiaa VVaassccoonncceellooss

Hanriete Alves Borges

Dos pares de palavras escolha a que

corresponde à definição dada e resolva o

jogo de palavras cruzadas.

A - Multiplicar por três (TREPLICAR - TRIPLICAR)

B - Isenção de serviço, dever ou encargo (DESPENSA -

DISPENSA)

C - Privar do sentido da visão. (CEGAR - SEGAR)

D - Lugar para se guardar mantimentos. (DESPENSA –

DISPENSA)

E - Comércio, negócio ilegal (TRÁFEGO - TRÁFICO)

F - Lugar onde se fixa um governo, uma empresa

etc.(SEDE - CEDE)

G - Recenseamento (SENSO - CENSO)

H - Resolução, plano, intento (TENÇÃO - TENSÃO)

I - Que está no começo; Principiante (INCIPIENTE -

INSIPIENTE)

J - Mergulhar, afundar. (EMERGIR - IMERGIR)

L - Ceifar, cortar. (CEGAR, SEGAR).

M - Põe à disposição de alguém; Empresta (SEDE -

CEDE)

N - Juízo, tino. (SENSO - CENSO)

O - Responder a uma réplica. (TREPLICAR - TRIPLICAR)

P - Ignorante; Insensato. (INCIPIENTE - INSIPIENTE)

Q - Grande atividade; Transito (TRÁFEGO - TRÁFICO)

R - Sair de onde estava mergulhando. (EMERGIR -

IMERGIR)

S - Estado de grande concentração física ou mental.

(TENÇÃO - TENSÃO)

Fonte: NETO, Pasquale Cipro. Nossa língua em

letra de música. SP: EP&A,2002.

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Recebemos pastas de diversos

professores do IEPIC. Preços especiais.

R. Guilherme Briggs, 01 – em frente à AMPLA.

Tel: 2705 3732 e 2722 3039

RESPOSTAS:

A- TRIPLICAR

B- DISPENSA

C- CHEGAR

D- DESPENSA

E- TRÁFICO

F- SEDE

G- CENSO

H- TENÇÃO

I - INCIPIENTE

J- IMERGIR

L- SEGAR

M- CEDE

N- SENSO

O- TREPLICAR

P- INSIPIENTE

Q- TRÁFEGO

R- EMERGIR

S- TENSÃO