12
Jornal do CFC, fevereiro de 2001 JORNAL DO CFC ANO 4, N 0 34, FEVEREIRO DE 2001 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Editorial Homenagem Pág. 2 Pág. 9 ARTIGO: Avaliação de cursos de Ciências Contábeis ARTIGO: Avaliação de cursos de Ciências Contábeis ARTIGO: Avaliação de cursos de Ciências Contábeis ARTIGO: Avaliação de cursos de Ciências Contábeis ARTIGO: Avaliação de cursos de Ciências Contábeis O objetivo do artigo é demonstrar os principais instrumentos de avaliação dos cursos. (Jorge K. Niyama ) (Página 10) Notas Pág. 4 Visitas Pág. 8 CFC investe na formação de novos mestres e doutores O Conselho Federal de Contabilidade está investindo todos os seus esforços na implantação de cursos de mestrado e doutorado em Ciências Contábeis. Além do convênio assinado no ano passado com a Universidade de São Paulo (USP), o CFC e a Universidade de Brasília (UnB) estão estudando um convênio para a implantação de cursos em Brasília, Natal, Recife e João Pessoa. Até o ano de 2006, um terço dos professores de cursos superiores de cada área serão obrigados a terem cursos de mestrado e/ou doutorado. A exigência faz parte do artigo 52 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Hoje existem em todo o país 400 cursos de Ciências Contábeis; o total de professores chega a 2 mil, mas somente 250 são mestres e 60, doutores. Para atender à exigência do Ministério da Educação, serão necessários mais 2 mil professores mestres ou doutores. (Página 10) Entrevista: Poubel de Castro analisa a profissão LRF FÁCIL Contabilistas recebem treinamento sobre a LRF em Brasília (Página 7) O CFC inicia ainda neste mês a instalação do Projeto de Educação a Distância nos Conselhos Regionais de Contabilidade. O projeto já foi aprovado pelo plenário. Os CRCs terão à sua disposição uma série de cursos que poderão ser vistos pela televisão. Os programas terão uma hora de duração por dia. (Página 3) Veja ainda: Fernando Henrique garante que reforma tributária sai ainda neste semestre. Museu Brasileiro de Contabilidade vai percorrer o país a partir de maio. Primeiro Exame de Suficiência de 2001 acontece em março. Ministro do Planejamento, Martus Tavares, elogia CFC. (Página 6) (Página 12) (Página 6) O contador e chefe da Secretaria de Controle Interno do Ministério da Fazenda, Domingos Poubel de Castro, diz que o contador público está deixando de ser um profissional com a função de verificar atos praticados para ser alguém que vai subsidiar a gestão. Na entrevista ao Jornal do CFC, Poubel de Castro afirma que falta formação orçamentária e social aos contabilistas: “O contador tem que ser preparado para ser o futuro gestor, entender da ciência social e perceber que na ponta tem uma necessidade a ser atendida”. (Página 5) Convênio para instalação de cursos de mestrado assinado em março entre o CFC, a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da Universidade de São Paulo (USP) (Página 9)

Jornal do CFC nº 34 de Fevereiro de 2001Jornal do CFC, fevereiro de 2001 3pág. CFC CONVÊNIOSCONVÊNIOS Em 2006, 1/3 (um terço) do corpo docente das faculdades e universidades brasileiras

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Jornal do CFC nº 34 de Fevereiro de 2001Jornal do CFC, fevereiro de 2001 3pág. CFC CONVÊNIOSCONVÊNIOS Em 2006, 1/3 (um terço) do corpo docente das faculdades e universidades brasileiras

Jornal do CFC, fevereiro de 2001 1pág.

JORNAL DO CFCANO 4, N0 34, FEVEREIRO DE 2001 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Editorial

Homenagem

Pág. 2

Pág. 9

ARTIGO: Avaliação de cursos de Ciências ContábeisARTIGO: Avaliação de cursos de Ciências ContábeisARTIGO: Avaliação de cursos de Ciências ContábeisARTIGO: Avaliação de cursos de Ciências ContábeisARTIGO: Avaliação de cursos de Ciências ContábeisO objetivo do artigo é demonstrar os principais instrumentos deavaliação dos cursos. (Jorge K. Niyama )(Página 10)

Notas Pág. 4Visitas Pág. 8

CFC investe na formação de novos mestres e doutoresO Conselho Federal de Contabilidade está investindo todos

os seus esforços na implantação de cursos de mestrado edoutorado em Ciências Contábeis.

Além do convênio assinado no ano passado com aUniversidade de São Paulo (USP), o CFC e a Universidade deBrasília (UnB) estão estudando um convênio para a implantaçãode cursos em Brasília, Natal, Recife e João Pessoa.

Até o ano de 2006, um terço dos professores de cursossuperiores de cada área serão obrigados a terem cursos demestrado e/ou doutorado. A exigência faz parte do artigo 52 daLei de Diretrizes e Bases da Educação.

Hoje existem em todo o país 400 cursos de CiênciasContábeis; o total de professores chega a 2 mil, mas somente250 são mestres e 60, doutores.

Para atender à exigência do Ministério da Educação,serão necessários mais 2 mil professores mestres ou doutores.

(Página 10)

Entrevista: Poubel de Castro analisa a profissãoLRF FÁCIL

Contabilistas recebem treinamento sobre a LRF em Brasília (Página 7)

O CFC inicia ainda neste mês a instalação do Projeto de Educação a Distância nos Conselhos Regionais de Contabilidade. Oprojeto já foi aprovado pelo plenário. Os CRCs terão à sua disposição uma série de cursos que poderão ser vistos pelatelevisão. Os programas terão uma hora de duração por dia. (Página 3)Veja ainda: Fernando Henrique garante que reforma tributária sai ainda neste semestre. Museu Brasileiro de Contabilidade vai percorrer o país a partir de maio. Primeiro Exame de Suficiência de 2001 acontece em março. Ministro do Planejamento, Martus Tavares, elogia CFC.

(Página 6)

(Página 12)

(Página 6)

O contador e chefe da Secretaria de Controle Interno do Ministério daFazenda, Domingos Poubel de Castro, diz que o contador público está deixandode ser um profissional com afunção de verificar atos praticadospara ser alguém que vai subsidiara gestão.

Na entrevista ao Jornal doCFC, Poubel de Castro afirmaque falta formação orçamentáriae social aos contabilistas: “Ocontador tem que ser preparadopara ser o futuro gestor, entenderda ciência social e perceber quena ponta tem uma necessidade aser atendida”.

(Página 5)

Convênio para instalação de cursos de mestrado assinado em março entre o CFC, a Fundação Instituto de PesquisasContábeis, Atuariais e Financeiras da Universidade de São Paulo (USP)

(Página 9)

Page 2: Jornal do CFC nº 34 de Fevereiro de 2001Jornal do CFC, fevereiro de 2001 3pág. CFC CONVÊNIOSCONVÊNIOS Em 2006, 1/3 (um terço) do corpo docente das faculdades e universidades brasileiras

pág.Jornal do CFC, fevereiro de 2001 2

EXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTEEXPEDIENTE

Conselheiros Efetivos

Contador Alcedino Gomes BarbosaContador Antonio Carlos Morais da SilvaContador Daniel Salgueiro da SilvaContadora Delza Teixeira LemaContador Dorgival Benjoíno da SilvaContador José Martônio Alves CoelhoContador José Serafim AbrantesContador Olivio KoliverContador Raimundo Neto de CarvalhoContador Washington Maia FernandesTéc. Cont. Gil Nazareno LossoTéc. Cont. Marta Maria Ferreira ArakakiTéc. Cont. Mauro Manoel NóbregaTéc. Cont. Paulo Viana NunesTéc. Cont. Waldemar Ponte Dura

Conselheiros Suplentes

Contador Edilton José da RochaContador Francisco de Assis Azevedo GuerraContador Gastão BrockContador João Batista LobatoContador Jomar da Silva MarquesContador José Antonio de GodoyContador Liduíno CunhaContadora Maria do Socorro Bezerra MateusContador Solindo Medeiros e SilvaContadora Verônica Cunha de Souto MaiorTéc. Cont. Edeno Teodoro TostesTéc. Cont. Gaitano Laertes P. AntonaccioTéc. Cont. José Augusto Costa SobrinhoTéc. Cont. Luilson Gomes da SilvaTéc. Cont. Windson Luiz da Silva

JORNAL DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFCBRASÍLIA - DFANO 4 - NÚMERO 34 - FEVEREIRO DE 2001

PresidenteJosé Serafim Abrantes

Vice-presidente de Administração Delza Teixeira Lema

Vice-presidente OperacionalJosé Martônio Alves Coelho

Vice-presidente de Controle InternoDaniel Salgueiro da Silva

Vice-presidente de Registro e FiscalizaçãoAlcedino Gomes Barbosa

Vice-presidente TécnicoOlivio Koliver

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADESAS - QUADRA 5 - BLOCO J - Ed. CFCTEL: (61) 314-9600 - FAX: (61) 322-2033CEP 70070-920 - BRASÍLIA-DFEndereço eletrônico: www.cfc.org.brE-mail: [email protected]

JORNAL DO CFC

SUPERVISÃO EDITORIAL: AP Vídeo Comunicação Ltda.JORNALISTA RESPONSÁVEL: Marccio W. Varella -MTb 108/2/20PROJETO GRÁFICO: Anagraphia DesignE-mail: [email protected]ília-DFAno 4 - Número 34Fevereiro de 2001Tiragem: 23.000 exemplares

C F CC F CC F CC F CC F C

Novos tempos e maiores desafiosC F CC F CC F CC F CC F C EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL

> José Serafim Abrantes

“Leitor assíduo do boletim do CFC, sinto-me na obrigação de colaborarcom os nossos MESTRES. Em primeiro lugar, quero parabenizar osidealizadores na mudança do nome do informativo oficial do ConselhoFederal de Contabilidade para JORNAL DO CFC.

Os artigos, pareceres e mensagens dirigidas para os Contabilistas, bemcomo o papel de imprensa do JORNAL DO CFC, estão ótimos. Quanto aoformato, acho que se poderia manter as mesmas dimensões do antigoBoletim CFC. Acredito que as vantagens seriam: economia de papel, fácilmanuseio para leitura, eliminação de dobras do jornal e o arquivamento padronizado dos números dos jornais editados.”

Paulo Correia LeiteContador CRCRJ – Reg. Nº. 000187/0

“O contador público está deixando deser um profissional com a função deverificar atos praticados para ser alguémque vai subsidiar a gestão”.

Esta frase, de autoria do contadorDomingos Poubel de Castro, contida naentrevista que o leitor vai ter o prazer deler nesta edição do Jornal do CFC,resume o momento atual daContabilidade brasileira.

O resultado do nosso trabalhoveiculado em dezenas de reportagens eartigos na mídia nacional (jornais,revistas, emissoras de rádio e TV) mostrao esforço de toda a categoria no sentidode colocar a nossa profissão em seudevido lugar, de valorizar o profissional,de dar a ele uma visão universal dos fatospara que ele possa, como disse ocontador Poubel de Castro, ser alguémque vai subsidiar a gestão com umtrabalho com responsabilidade etransparência.

O fato é que estamos realmentemudando nossa postura diante dasociedade. Estivemos reunidos emSão Paulo com o nosso parceiro, oInsti tuto Ethos de Empresas eResponsabil idade Social , paradefinirmos a premiação do certificadode gestão pública, que no final desteano vai premiar os melhores gestoresda Lei de Responsabilidade Fiscal.

Em Brasília, presenciamos oseminário de treinamento dos instrutoresda LRF, que serão os agentesmultiplicadores, voluntários e, por issomesmo, nobres, desta lei que, semdúvida alguma, ajudará a se não acabar

pelo menos diminuir a corrupção pública.Como disse o nosso vice-presidenteDaniel Salgueiro da Silva, na abertura dotreinamento, já que não podemos acabarcom a corrupção, pelo menos vamospremiar os que lutam para por fim a ela.

Desde a nossa primeira gestão noCFC, venho pregando a necessidade deimplantar cursos de mestrado edoutorado nas nossas faculdades euniversidades. O Ministério da Educaçãoexigiu que dentro de cinco anos todosos cursos universitários terão de ter pelomenos 1/3 (um terço) de professoresmestres e ou doutores. Nos cursos deCiências Contábeis temos apenas 300.Precisamos de pelo menos mais 2 milpara atender à exigência do GovernoFederal.

Implantamos o projeto Excelência naContabilidade e passamos a fazercontatos com as universidades no sentidode elaborar os convênios e implantar oscursos. Já conseguimos muita coisa. Nosconveniamos à Universidade de SãoPaulo (USP) e estamos fazendo o mesmocom a Universidade de Brasília (UnB).

Temos certeza de que vamosconseguir o intento. Poucos relacionamos fatos, mas a verdade é que o Examede Suficiência, implantado em março doano passado e que já aprovou 12 milnovos contabilistas, foi um dos fatoresfundamentais para a melhoria dos cursosde Ciências Contábeis e de Técnico emContabilidade. Com o Exame, que nopróximo mês será realizado em todo opaís novamente, os alunos estão exigindomais qualidade das instituições

de ensino.Por fim, neste número do Jornal do

CFC, estamos publicando umareportagem especial sobre a reformatributária. Desta vez, o presidente daRepública, Fernando Henrique Cardoso,garantiu a aprovação das mudanças tãonecessárias para os brasileiros. Uma boa

leitura. E não se esqueçam de que emmaio estaremos comemorando com todoo vigor a passagem dos 55 anos defundação dos Conselhos deContabilidade. Parabéns antecipadospara todos.

José Serafim AbrantesPresidente do CFC

CARTASC F CC F CC F CC F CC F C

Este espaço pertence aos leitores do Jornal do CFC. É por meio dele que seráfeita a interação entre a vontade do leitor e os editores do Jornal. Para incentivareste diálogo, cartas, opiniões, sugestões e pedidos serão bem-vindos.

Os editores

Presidência

Page 3: Jornal do CFC nº 34 de Fevereiro de 2001Jornal do CFC, fevereiro de 2001 3pág. CFC CONVÊNIOSCONVÊNIOS Em 2006, 1/3 (um terço) do corpo docente das faculdades e universidades brasileiras

Jornal do CFC, fevereiro de 2001 3pág.

C F CC F CC F CC F CC F C CONVÊNIOSCONVÊNIOSCONVÊNIOSCONVÊNIOSCONVÊNIOS

Em 2006, 1/3 (um terço) do corpodocente das faculdades e universidadesbrasileiras terá de ser formado pormestres ou doutores. O prazo foi dadopelo Ministério da Educação e éimprorrogável.

Existem hoje, em todo o país, 400cursos de Ciências Contábeis, entreaqueles instalados em universidades efaculdades isoladas. Pelo menos 5professores das diversas áreas daContabilidade atuam em cada uma dessasinstituições de ensino, levando a umcontigente de, aproximadamente, 2 milprofessores. Os dados mais recentesconfirmam a existência de 250 mestres e60 doutores em salas de aulas.

Para atender à exigência legal doMEC, os cursos de Ciências Contábeisnecessitam, com urgência, de mais 2 milprofessores mestres ou doutores. Opresidente do CFC, José SerafimAbrantes, lembra: “Se não conseguirmosformar este número de mestres edoutores, com certeza as instituições deensino preencherão o quadro com outrasprofissões”.

PROJETOS - Este é o principal motivopelo qual o CFC está empenhado noPrograma de Educação Continuada,investindo todos os seus esforços naimplantação de cursos de mestrado edoutorado em Ciências Contábeis. Noinício do trabalho para cumprir adeterminação do MEC, muitosparadigmas foram quebrados e não forampoucas as horas despendidas pelosprofissionais do Sistema CFC/CRCs paradesenvolver estudos no sentido de propor

mudanças estruturais na política deatuação de todo o seu colegiado.

Por entender que a formaçãoacadêmica é requisito fundamental paraa educação integral e que o processo deaprendizagem deve ser contínuo, o CFCintensificou os projetos – palestras,treinamentos e parcerias com instituiçõespara subsidiar cursos de especialização– voltados ao aperfeiçoamento doscontabilistas, oferecendo-lhesoportunidade de constante reciclagemprofissional.

Para cumprir o disposto no artigo 52,inciso II, da Lei de Diretrizes e Bases daEducação, que determina que asuniversidades devem ter “um terço docorpo docente, pelo menos, comtitulação acadêmica de mestrado oudoutorado”, e o artigo 88, § 2º dasdisposições transitórias da mesma Lei,que determina seu cumprimento no prazode 8 anos (3 anos já se passaram), oConselho Federal de Contabilidadepropôs a criação de pólos para instalaçãode cursos de mestrado e/ou doutorado,a serem ministrados mediante convêniosfirmados com instituições de ensinosuperior que já possuem mestradoconsolidado na área de CiênciasContábeis.Presidente.

USP e UnB - A formação de convêniospara a implantação dos cursos teve iníciono ano passado, quando o plenário doCFC aprovou parceria com a FundaçãoInstituto de Pesquisas Contábeis,Atuariais e Financeiras FIPECAFI ,órgão de apoio institucional doDepartamento de Contabilidade eAtuária da FEA/USP, para proceder a

um programa de capacitação strictosensu, investindo na formação demestres e doutores em Contabilidade.Foi instituído o Programa Excelência naContabilidade.

Foram implantadas cinco turmas doPrograma de Mestrado em Controladoriae Contabilidade. Cada turma é compostapor 25 alunos. Foram selecionadas cincocapitais de estados das diferentesregiões para sediar esses cursos –Sudeste, Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte do país.

A gestão do convênio é exercida peloComitê de Coordenação, composto pordois representantes de cada conveniada.Pelo CFC, o contador José MartônioAlves Coelho e a professora LuziaGuimarães foram escolhidos comoCoordenador Operacional e Coorde-nador Substituto, respectivamente. Paraviabilizar a realização dos cursos, foramfirmados convênios paralelos entre oCFC, os Conselhos Regionais einstituições de ensino dos respectivosestados.

Outra iniciativa do presidente doCFC, José Serafim Abrantes, foi iniciarentendimentos com o Departamento deCiências Contábeis da Universidade deBrasília (UnB) para a implantação decursos stricto sensu em Brasília, Natal-RN, Recife-PE e João Pessoa-PB, aexemplo do convênio firmado com aUSP. A diretoria da UnB aceitou a idéiae está examinando a possibilidade deelaborar o projeto, que deve ficar prontoainda neste semestre. Os cursos jáforam autorizados pelo Capes. O CFCtambém já iniciou entendimentos neste

mesmo sentido com a Universidade doEstado do Rio de Janeiro. Em relaçãoaos cursos de pós-graduação latosensu, que são os de especialização,destinados a professores e profissionais,o CFC já implantou 12 turmas, com 40alunos cada. Veja os cursos implantadospelo CFC em convênio com a USP:

CFC aprova cursos a distânciaEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADAEDUCAÇÃO CONTINUADA

O CFC inicia ainda neste mês ainstalação do Projeto de Educação aDistância nos Conselhos Regionais deContabilidade. O projeto foi aprovadopelo plenário do CFC no dia 25 dejaneiro deste ano, após reunião entre adiretoria do Conselho, o contadorCésar Abicalaffe e a diretoria da empresaDTCOM – Direct to Company, que seráa responsável pela implantação doprojeto.

Os CRCs terão à sua disposiçãouma série de cursos de Contabilidadepor meio dos canais “DTCOM ” detelevisão. Os Regionais poderãoescolher os cursos que desejam seguire manter seu próprio horário, assistindoàs aulas em um terminal de TV oudiretamente em seu computadorequipado com uma placa de TV.

PARCEIROS - Os programas serão

transmitidos durante uma hora por dia viasatélite – os CRCs receberão aprogramação por meio de umequipamento codificado de recepção(antenas de 60cm e receptor/codificador).

A empresa DTCOM é parceiraexclusiva na América Latina da NationalTechnological University Corporation(NTCU) e da empresa The Business andTechnology Network (PBS), que juntasformam a maior empresa do mundo emeducação corporativa a distância. Produzemprogramas para a DTCOM as seguintesuniversidades: Boston University, ColumbiaUniversity, The George WashingtonUniversity, Illinois Institute of Technology,Massachusetts Institute of Technology,Michigan State University, University ofNotre Dame e University ofCalifornia at Berkley.

C F CC F CC F CC F CC F C

Novos mestres e doutores no ensino da Contabilidade

Região SudesteRegião SudesteRegião SudesteRegião SudesteRegião SudesteCidade: Belo Horizonte/MGInstituição de Ensino: UNA –Ciências GerenciaisInício: Março de 2000

Região NordesteRegião NordesteRegião NordesteRegião NordesteRegião NordesteCidade: Fortaleza-CEInstituição de Ensino: UNIFOR -Universidade de FortalezaInício: Março de 2000

Região SulRegião SulRegião SulRegião SulRegião SulCidade: Florianópolis-SCInstituição de Ensino: UNIVALIUniversidade do Vale do ItajaíInício: Setembro de 2000

Região Centro-OesteRegião Centro-OesteRegião Centro-OesteRegião Centro-OesteRegião Centro-OesteCidade: Cuiabá-MTInstituição de Ensino:UNIRONDON - FaculdadesIntegradas Cândido RondonInício: Setembro de 2000

Região NorteRegião NorteRegião NorteRegião NorteRegião NorteCidade: Belém-PAInstituição de Ensino: UNAMA –Universidade da AmazôniaInício: Março de 2001

Page 4: Jornal do CFC nº 34 de Fevereiro de 2001Jornal do CFC, fevereiro de 2001 3pág. CFC CONVÊNIOSCONVÊNIOS Em 2006, 1/3 (um terço) do corpo docente das faculdades e universidades brasileiras

pág.Jornal do CFC, fevereiro de 2001 4

C F CC F CC F CC F CC F C

CFC anuncia eventos para 2001 Sancionada a lei de informática

C F CC F CC F CC F CC F C NOTNOTNOTNOTNOTASASASASAS

A lei que trata dos incentivos fiscaispara o setor de tecnologia da informaçãofoi sancionada no último dia 11 pelopresidente da República, FernandoHenrique Cardoso.

A proposta estava em discussão háquase dois anos. Entre outrosdispositivos, a lei transforma telefones

celulares e monitores de computador embens de informática e concede reduçãoescalonada do Imposto sobre ProdutosIndustrializados (IPI) para bens eserviços de informática. O incentivo é de95% este ano, 90% em 2002, 85% em2003, 80% em 2004, 75% em 2005 e60% de 2006 a 2009.

Reunião plenária do CFC realizadanos dias 25 e 26 de janeiro, emBrasília, anunciou os seguintes eventosa serem realizados em 2001: no finalde março lançamento do Certificadode Gestão Pública Responsável; emmaio, comemoração dos 55 anos de

criação dos Conselhos Regionais deContabilidade; em agosto, semináriosobre a reforma tributária; e emnovembro, entrega do certificado aosgestores públicos que melhoraplicaram a Lei de ResponsabilidadeFiscal.

Fotolegenda

C F CC F CC F CC F CC F C POSSE NA OABPOSSE NA OABPOSSE NA OABPOSSE NA OABPOSSE NA OAB

O novo presidente nacional daOrdem dos Advogados do Brasil(OAB), Rubens ApprobatoMachado, tomou posse no dia 1ºdeste mês em Brasília. A possefoi realizada no auditório do novoprédio da entidade, inauguradono final do ano passado, noSetor de Autarquia Sul.

Presentes à posse do novopresidente da OAB, o presidenteda Câmara Federal, Dep. MichelTemer (PMDB), o presidente doConselho Federal de Conta-blilidade, José Serafim Abrantes,autoridades do Governo Federal eministros e representantesdo Poder Judiciário.

O presidente da OAB, RubensApprobato Machado, disse em seudiscurso de posse, que a entidadeque agora dirige vai pautar seustrabalhos pela plena democracia nosdiversos segmentos da sociedade

brasileira. O presidente do CFC,José Serafim Abrantes, elogioua escolha de ApprobatoMachado para a presidência da

OAB e disse que a luta pelaimplantação dos princípiosdemocráticos só vai terminarquando a distribuição da renda eda justiça se fizerem presentes deforma inquestionável no país.

O presidente do CFC, José Serafim Abrantes, cumprimentao presidente da OAB, Rubens Approbato Machado

O dólar comercial rompeu abarreira dos R$ 2,00 na tarde do últimodias 5 de fevereiro. Às 16h, a moedanorte-americana foi cotada a R$ 1,999para compra e R$ 2,01 para venda.Aos R$ 2,00 o dólar comercial voltaao patamar da crise da desvalorizaçãodo real. A cotação de hoje é a maiordesde 4 de março, quando atingiuR$ 2,08 em um fechamento do dia.

No dia, o dólar subiu 0,60%. Nasexta, dia 2, o dólar comercial aindaestava a U$ 1,989. Para o economista-chefe da Santos Asset Management,Rogério Mori, o governo não quer umdólar baixo, já que isso seria prejudicialpara as exportações. “O câmbio é muitoimportante para a balançacomercial”, disse.

No dia 5, o governo divulgou oresultado da balança comercialbrasileira na primeira semana defevereiro (entre os dias 1 e 4), queregistrou déficit de US$ 78 milhões.

As exportações no período somaramUS$ 342 milhões e as importações,US$ 420 milhões.

Com esse resultado a balançacomercial já acumula em 2001, (até odia 4 deste mês), um déficit US$ 557milhões. Esse déficit corresponde aaproximadamente 80% do resultadonegativo de todo o ano passado, quefoi de US$ 697 milhões.

No mercado futuro, o dólar paraentrega em março já havia rompido abarreira dos R$ 2,00 no dia 4 defevereiro.

PESQUISA PESQUISA PESQUISA PESQUISA PESQUISA - Pesquisa realizada pelaFIERJ e a CNI em 321 empresasrevela que o índice de confiança doempresário industrial do Rio deJaneiro voltou a crescer, alcançando63,3 pontos em janeiro, o mais altoda série iniciada em outubro de 1998.Em relação a outubro de 2000, oíndice mostrou alta de 2,1%.

Dólar quebra a barreira dos R$ 2,00

Saldo do FGTS na internetDesde o dia 15 de janeiro os

trabalhadores podem verificar o saldo doFundo de Garantia por Tempo deServiço (FGTS) na internet. Segundo aCaixa Econômica Federal, responsávelpela administração das contas do FGTS,

o sistema vai funcionar por um mês deforma experimental.

Na página, além do saldo, otrabalhador pode tirar dúvidas sobre acorreção dos saldos das contas. Oendereço do site é: www.fgtsfacil.com.br.

Arrecadação de 2000 é recordeO Governo Federal bateu o recorde

de arrecadação no ano passado. O totalde impostos recolhidos chegou a R$183,74 bilhões ou US$ 96,33 bilhões.Esse montante significa um aumento de16,17% em relação a 1999.

A arrecadação de 2000 é uma dasconseqüências de um severo plano deajuste fiscal, desencadeado depois dacrise financeira de 1999, para sanear ascontas públicas e que se baseou em dois

pontos: o ajuste orçamentário e o aumentode impostos. Só a Contribuição Provisóriasobre Movimentação Financeira (CPMF)engordou a arrecadação do Governo emmais de R$ 15 bilhões. Na outra ponta, osbrasileiros nunca pagaram tanto impostocomo no ano passado. O volumearrecadado representou 15,35% doProduto Interno Bruto (PIB). Em média,cada cidadão pagou R$ 980,00de imposto.

Quebra de sigilo bancárioA Receita Federal só poderá quebrar

o sigilo bancário de pessoas físicas ejurídicas quando a movimentaçãofinanceira desses contribuintes forsuperior a R$ 80 mil por ano ou 10 vezesmaior do que a renda declarada.Segundo o Secretário da Receita,Everardo Maciel, no Brasil, a

movimentação financeira doscontribuintes é, em média, 4 vezessuperior à renda.

O sigilo também poderá serquebrado quando forem identificadasinformações falsas em fichas cadastraisde pessoas físicas ou jurídicas nasinstituições financeiras.

mercado. O Governo pretende utilizarrecursos do Fundo de Universalizaçãodas Telecomunicações (FUST) paracomprar computadores que serãoinstalados em escolas, centros de saúdee para uso público em pequenascomunidades. A compra poderá ser feitapor meio da Caixa Econômica Federal.Para adquirir um computador parceladoem 24 meses, a prestação será de dezdólares mensais.

O Governo brasileiro vai disponibilizara fabricação de computadores pessoaisa um preço que oscila entre os 200 e os250 dólares, utilizando tecnologiadesenvolvida pela Universidade Federalde Minas Gerais, informou o ministro dasComunicações, João Pimenta da Veiga.

Pimenta da Veiga espera que, em umprazo de 120 dias, estes computadores,com um processador similar ao Pentiumde 500 Mhz, sejam lançados no

Computadores mais baratos

FBC tem página na internetA Fundação Brasileira de Contabilidade

lançou uma página na internet. O endereçoeletrônico é www.fbc.org.br. Quem visita osite pode participar de uma pesquisa interativasobre imposto único e sobre a fiscalização

das organizações contábeis pelos CRCs.A FBC é uma entidade de naturezacultural, sem fins lucrativos, que funcionano 4o andar do edifício sede do ConselhoFederal de Contabilidade, em Brasília.

Page 5: Jornal do CFC nº 34 de Fevereiro de 2001Jornal do CFC, fevereiro de 2001 3pág. CFC CONVÊNIOSCONVÊNIOS Em 2006, 1/3 (um terço) do corpo docente das faculdades e universidades brasileiras

Jornal do CFC, fevereiro de 2001 5pág.

C F CC F CC F CC F CC F C ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTA - DOMINGOS POUBEL DE CASTROA - DOMINGOS POUBEL DE CASTROA - DOMINGOS POUBEL DE CASTROA - DOMINGOS POUBEL DE CASTROA - DOMINGOS POUBEL DE CASTRO

O contador Domingos Poubel de Castro gosta de falar na ordem direta dosseus pensamentos. Ele não costuma usar de meias palavras. Contador experiente,chefe da Secretaria de Controle Interno do Ministério da Fazenda, responsáveldireto pelo controle dos gastos do dinheiro público, Poubel de Castro acreditaque se o contabilista não tivesse acordado a tempo, ele hoje já estaria sendosubstituído pela máquina. Leia a entrevista que ele deu ao Jornal do CFC.

Jornal do CFC – O Ministro da Fazenda, Pedro Malan, costuma dizer queo Brasil está vivendo um círculo virtuoso. Qual o papel da Contabilidadepública no atual cenário de crescimento da economia nacional?DPC – A área contábil, que foi uma área meramente acostumada a fazer registrose arquivos, vive um novo momento. Infelizmente no Brasil se faz a distinçãoentre o contador público e o contador privado. A diferença é que o público seespecializou em leis e o privado em receita federal. Um teme o fisco o outroteme a lei, quando na realidade os dois grupos deveriam se especializar emsubsidiar o gestor naquilo para o qual a Contabilidade nasceu: ser fonte deinformações. O contador públicoestá deixando de ser umprofissional com a função deverificar atos praticados para seralguém que vai subsidiar agestão. Você não pode maisesperar que o gestor te peçainformação, você tem que fazero inverso: produzir informaçãopara ele.

Jornal do CFC – Como osenhor avalia a Lei deResponsabilidade Fiscal ecomo o contabilista público seinsere nesse assuntoespecífico?DPC – Infelizmente o brasileironão tem consciência se não forcom penalidade. É precisomexer no bolso. Esperar aconsciência do indivíduo levamuito tempo. Por que as pessoasdão atenção ao fisco? Porquetem penalidade. Na área públicanão tinha penalidade. Se vocênão fechasse o balanço, não publicasse, não tinha penalidade. Agora não; sevocê não publicar é crime. O gestor agora pode ser preso por não saber quantodeve, não saber quanto gasta, não saber quanto arrecada. Ele necessita terinformações precisas e atualizadas e o profissional de Contabilidade éfundamental nesse processo. Na empresa privada, se você não sabe a quantasanda a Contabilidade você quebra; na área pública, se você não sabia nãoacontecia nada.

Jornal do CFC– Além da LRF, o que mais é preciso fazer no campo dafiscalização e da gestão de recursos para acertar as contas públicas?DPC – Essa questão envolve outras áreas como o Direito e até a polícia. Maspara ficar só no campo da Contabilidade podemos dizer que o que se esperado profissional contábil é que ele esteja pronto a prestar a informação na horacerta e para a pessoa certa. Há também a necessidade de um envolvimento dasociedade nesse processo; não se pode esperar que seja a Contabilidade quevá controlar tudo isso. Mas, por outro lado, dentro dessa questão, cabe destacara importância e o papel da auditoria. À Contabilidade cabe registrar e formarindicadores. A Auditoria tem que usar essas ferramentas de forma a auxiliar ogestor. Não adianta fazer auditoria de dados passados. A auditoria tem que serpreventiva e essa é uma mudança grande. O brasileiro não tem o hábito daprevenção. Mas, agora, voltando à Lei de Responsabilidade Fiscal, o descaso

com a prevenção pode significar até cadeia.

Jornal do CFC – Como é possível compatibilizar a gestão rigorosa dosrecursos com a questão política? Afinal, promessas foram feitas.DPC – Essa é a grande arte. Como disse o mestre Delfim (deputado federal/PPB-SP e ex-ministro Delfim Neto): “nós temos que entender que além dissotem uma urna”. Essa questão passa pela conscientização do eleitor, que hojeainda vota naqueles que fazem promessas impossíveis de serem cumpridas.Mas daqui a pouco o povo vai aprender que não bastam promessas; tem queter capacidade gerencial. Aí é um processo de mudança da sociedade e não éuma questão só da Contabilidade.

Jornal do CFC – Como o senhor avalia a polêmica sobre o pacote demedidas aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente FernandoHenrique para combater a sonegação: a quebra do sigilo bancário, a leiantielisão e o cruzamento das informações da CPMF com o imposto derenda?

DPC – É difícil acreditar quealguém que é honesto tenhamedo de mostrar os seusgastos. A única questão quepode ser levantada nesse casoé se exigir responsabilidade dequem vai manusear essesdados. Infelizmente você temque fazer isso. Quais são osoutros instrumentos que nosrestam?

Jornal do CFC – Como osenhor vê iniciativas como ado CFC, que lançou o GuiaContábil da Lei deResponsabilidade Fiscal e seprepara, agora, para treinarprofissionais que vão sermultiplicadores e levar paraseus municípios os prin-cípios de aplicação da LRF?DPC – Eu sempre defendidiante do nosso presidente amudança de papel do nossopessoal. Na verdade, eu vejo

que o nosso papel é ser esse representante social, a nossa área é social. OContabilista, se a categoria não acordasse, ia ser substituído pela máquina.Para fazer “débito e crédito” já existe a máquina. O papel do contabilista é o decidadão social, que sabe interpretar o “débito e crédito”. Se nós somos umaciência social nós não podemos ficar desatrelados do físico e cuidar só da partefinanceira.

Jornal do CFC – Vamos falar agora sobre a formação dos profissionais deContabilidade. Como está o nível desses profissionais e qual a importânciado Exame de Suficiência?DPC – Falta ao nosso pessoal formação orçamentária e social. Os cursosprecisam oferecer isso. Nós somos preparados em números e em leis; até pareceque indicador não é problema nosso. O contador tem que ser preparado paraser o futuro gestor, entender da ciência social e perceber que na ponta tem umanecessidade a ser atendida.

A partir daí vão surgir os dirigentes na nossa área. Hoje, menos de 20% dosformandos estão preparados para representar a nossa área, por isso o Provãopara a Contabilidade é uma necessidade urgente. É preciso cobrar um nívelmelhor das universidades. O Exame de Suficiência precisa ser mais rigoroso;quem não tem capacidade de passar no Exame do jeito que ele é hoje deveriaser excluído definitivamente do processo.

Domingos Poubel de Castro

Contabilista deve produzir informação para o cliente“Falta ao nosso pessoal formação orçamentária e social. Os cursos precisam oferecer isso. O Exame de Suficiênciaprecisa ser mais rigoroso. Hoje, menos de 20% dos fomandos estão preparados para representar a nossa área. Por isso,o Provão para Contabilidade é uma necessidade urgente”. (Domingos Poubel de Castro)

Page 6: Jornal do CFC nº 34 de Fevereiro de 2001Jornal do CFC, fevereiro de 2001 3pág. CFC CONVÊNIOSCONVÊNIOS Em 2006, 1/3 (um terço) do corpo docente das faculdades e universidades brasileiras

pág.Jornal do CFC, fevereiro de 2001 6

C F CC F CC F CC F CC F C REFORMA TRIBUTÁRIAREFORMA TRIBUTÁRIAREFORMA TRIBUTÁRIAREFORMA TRIBUTÁRIAREFORMA TRIBUTÁRIA

“não”. O fim dos impostoscumulativos, que pode serconsiderado o “pomo da discórdia”entre o projeto da Câmara e oGoverno Federal, está definido noartigo 154 da proposta de emenda àConstituição, aprovada pelaComissão Especial de ReformaTributária. Diz o artigo que a União,os Estados e o Distrito Federalarrecadarão, compartilhadamente,impostos sobre operações relativas àcirculação de mercadorias e prestaçõesde serviços e à circulação decombustíveis automotivos. No segundoparágrafo deste artigo, consta queesses impostos serão não-cumulativos.

O Governo Federal não vai afrouxarnas exigências de ajuste previstas na Leide Responsabilidade Fiscal porquevários dos atuais prefeitos encontraramos cofres vazios. O ministro doPlanejamento, Martus Tavares, disse ajornalistas em Brasília, na semanapassada, que é melhor os prefeitosfazerem o ajuste do que perder tempovindo à capital pressionar o governo.“Todos se candidataram sabendo darealidade. Agora vão ter de fazer odever de casa”, afirmou o ministro.

Para ele, todos os administradorestêm condições de superar os problemas,desde que assumam o ônus político dasdecisões, como já fizeram os governosfederal e estaduais. “Vai ser precisoarcar com o sacrifício”, avisou ele.

O ministro mandou um recado às

lideranças políticas que querem fazercrer que os problemas de elevadoendividamento concentrado em SãoPaulo e Rio de Janeiro sãogeneralizados para os outros mais de 5mil municípios brasileiros. “As liderançaspolíticas deveriam trabalhar com osprefeitos para criar as condiçõesmateriais, de treinamento e capacitaçãopara melhorar a gestão”, afirmou.

Martus Tavares citou o exemplo daLei Camata (que fixou limites de gastoscom pessoal) e que teve sua aplicaçãopostergada por quatro anos: “O queocorre é que na nossa gestão a coisavai ser diferente. Vai ser a primeira ges-tão de prefeitos responsáveis”.ELOGIOS AO CFC - A punição dosantecessores dos atuais prefeitos, poratos de irresponsabilidade fiscal, é ainda

uma dúvida jurídica. A LRF foi aprovadaem maio, exigindo compromissos dosentão administradores. Mas a lei queestabeleceu punições só entrou em vigorem novembro de 2000. Só a Justiçapoderá dirimir a dúvida.

Independentemente disso, o ministroacredita na punição eficiente do mercadoe da sociedade. Ele citou como exemploa iniciativa do Conselho Federal deContabilidade (CFC), que criou ocertificado de gestão pública para osmunicípios que estiverem cumprindo oajuste fiscal. “Este certificado, política eeconomicamente, é uma idéia muitopositiva. O detentor do selo vai tercrédito, vai poder tomar emprestado emcondições mais favoráveis. É como umaagência de classificação de riscos (rating)sem fins lucrativos’.

Leia a reportagem completa sobre oseminário de treinamento de instrutoresda LRF promovido pelo CFC e asúltimas novidades sobre o certificado degestão pública na página 7 deste jornal.

C F CC F CC F CC F CC F C LEI DE RESPONSABILIDADE FISCALLEI DE RESPONSABILIDADE FISCALLEI DE RESPONSABILIDADE FISCALLEI DE RESPONSABILIDADE FISCALLEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL

FHC garante aprovação das alterações ainda neste ano

Martus não cede a mudanças e elogia o CFC

Martus Tavares destaca trabalho do CFC

Rigotto: “Vamos acabar com o imposto cumulativo”

O jogo virou e ainda neste semestre,ao contrário de todas as previsões, areforma tributária vai ser decidida peloCongresso Nacional. A garantia é dopróprio presidente Fernando HenriqueCardoso. Em entrevista aos repórteresque acompanharam o presidente daRepública ao Fórum EconômicoMundial, realizado no final do mêspassado em Davos, Suíça, FernandoHenrique afirmou que a reforma fiscal éuma das prioridades do GovernoFederal para este ano.

Além dareforma fiscal,fontes palacianastambém garantiramque em 2001 serãodefinidas a reformapolítica, o incre-mento das expor-tações, incentivosaos pequenos emédios empre-sários, além dacolocação em prá-tica de programasna área social.

Em Davos, opresidente deixouclaro aos jornalistasque será impossível o Brasil acompanhare participar de novos acordoscomerciais internacionais sem desonerarsuas empresas. Esta preocupação dopresidente tem sentido: está começandoem Lima, Peru, a rodada decisiva denegociações da Área de LivreComércio das Américas (Alca) – osEUA estão tentando antecipar a entradaem vigor do acordo.

ESPERANÇA ESPERANÇA ESPERANÇA ESPERANÇA ESPERANÇA - A questão da reformafiscal prende-se, agora, a detalhes: o quevai ser ou não aprovado pelo plenáriodas duas Casas do Congresso. Odeputado Germano Rigotto (PMDB-RS), presidente da Comissão Especialde Reforma Tributária da Câmara,garantiu ao Jornal do CFC que vairecolocar as alterações do sistematributário nacional em discussãonovamente, a partir de março próximo.“Temos esperança de aprovar a reformaantes do final deste primeiro semestre”,

afirmou o deputado.Para ele, o

principal obstáculo àaprovação dasmudanças é o fimdos impostoscumulativos. “OGoverno Federal,durante os cincoanos em que oprojeto da reformaesteve na Câmara,não quis excluir esteitem da reforma.Agora vamos ver oque acontece”, disseRigotto. O Conselho

Federal de Contabilidade, nas sugestõesenviadas à Comissão Especial, defendeucom vigor o fim dos impostoscumulativos e a desoneração da folhade pagamentos das empresas. Opresidente do CFC, José SerafimAbrantes, já manifestou posiçãofavorável ao projeto aprovado pelaComissão Especial: “O país necessitacom urgência de uma reforma fiscal que

faça justiça a todosos que pagamimpostos”.HISTÓRICOHISTÓRICOHISTÓRICOHISTÓRICOHISTÓRICO - AProposta deEmenda à Consti-tuição número 175-A, elaborada pelaComissão Especialde Reforma Tribu-tária, nem chegou air à votação peloplenário da Câmara.O projeto do relatordeputado MussaDemes (PFL-PI)unificou todas aspropostas apro-vadas em seguidasreuniões entree m p r e s á r i o s ,representantes desindicatos patronaise dos trabalhadores,dirigentes, prefeitos e técnicos dosExecutivos estaduais e municipais, e foiaprovada por unanimidade pelosmembros da Comissão Especial.

Esta proposta foi colocada empauta para votação no final de outubrodo ano passado, mas logo em seguidafoi retirada por falta de acordo entregoverno e oposição. Logo em seguida,no início de novembro, o presidenteda Câmara dos Deputados, MichelTemer, tentou colocar a reformatributária em pauta novamente, emforma de destaques (dividiu o relatórioDemes para ser votado em partes,separadamente), mas não obtevesucesso: mais uma vez o governo disse

FHC garante reforma tributária

Page 7: Jornal do CFC nº 34 de Fevereiro de 2001Jornal do CFC, fevereiro de 2001 3pág. CFC CONVÊNIOSCONVÊNIOS Em 2006, 1/3 (um terço) do corpo docente das faculdades e universidades brasileiras

Jornal do CFC, fevereiro de 2001 7pág.

C F CC F CC F CC F CC F C LRF FÁCIL

O CFC realizou no dia 1º deste mêsem sua sede, em Brasília, treinamentodos instrutores da Lei deResponsabilidade Fiscal. Durante otreinamento, os voluntários receberamo o Kit do Instrutor da LRF. O encontrofoi aberto pelo presidente do CFC,contador José Serafim Abrantes, e pelovice-presidente de Controle Interno doCFC, contador Daniel Salgueiro daSilva.

Os palestrantes foram a mestre emPlanejamento e Organização eresponsável pela elaboração do materialdidático do Kit, Helena Corrêa Tonet;a assessora especial do Ministério doPlanejamento, Celene Peres Nunes; oassessor da Secretaria de ControleInterno do Ministério da Fazenda,contador José Antônio Meyer PiresJúnior; e o coordenador deContabilidade da Secretaria do TesouroNacional, contador Wander Luiz.

No seminário, o Kit de treinamentofoi entregue ao primeiro grupo decontabilistas públicos que vão trabalharcomo multiplicadores, levando osprincípios da Lei de ResponsabilidadeFiscal (LRF) para os seus respectivosmunicípios.

Esses multiplicadores são voluntáriosindicados pelos Conselhos Regionais deContabilidade e selecionados pelo CFC.Além da experiência em ContabilidadePública, o CFC levou em consideraçãoa formação de professor ou a afinidadecom a área de ensino.

O presidente do CFC agradeceu ovoluntarismo dos 38 instrutores da LRFe afirmou que “quem vai lucrar com estetrabalho é a sociedade, que estaráaprendendo com os ensinamentosdesses instrutores, a combater acorrupção e a lutar pela transparência”.Para o vice-presidente do CFC e umdos coordenadores do curso, DanielSalgueiro da Silva, o treinamento “é umprojeto de socialização do trabalhocontábil. Temos de cumprir o nossopapel como instrumento da cidadania”.

.ÊNFASE NO SOCIAL - A proposta doConselho Federal de Contabilidade étreinar 150 profissionais, que formarãooutros 3 a 5 mil servidores públicosligados ao controle de gastos nas maisde 5 mil prefeituras do país e gestorespúblicos, como prefeitos e secretáriosde finanças. Por acreditar nos frutosdesse trabalho, o CFC vai absorvertodo o custo desse processo.

O Kit do Instrutor da Lei deResponsabilidade Fiscal é composto porquatro publicações: Manual do Instrutor,Guia de Estudo, Caderno de Exercícioe a 3ª Edição do Guia Contábil da Leide Responsabilidade Fiscal. O materialdidático inclui ainda um disquete com

Instrutores iniciam treinamento em Brasília

transparências.O vice-presidente

de Controle Internodo CFC, DanielSalgueiro da Silva, eo coordenador deContabilidade da Se-cretaria do TesouroNacional, WanderLuiz, supervisionaramo trabalho de elabo-ração do Kit. ParaDaniel Salgueiro, oaspecto mais impor-tante do treinamentonão é o técnico, maso social. Segundoele, é precisoconscientizar osfuturos instrutores daimportância dessetrabalho. DanielSalgueiro considerainviável implementar a LRF sem ocompleto envolvimento dessesvoluntários. Ainda, segundo ele, aquestão mais controversa da LRF é odispositivo que prevê a limitação degastos com pessoal. A determinação,em muitos municípios, vai significarnumerosas demissões, o que têm umaconseqüência social. Mas o ajuste éimprescindível para o bem das finançaspúblicas; em um segundo momento, vaiacabar refletindo na criação de novasoportunidades de trabalho nessesmunicípios.

Este é o segundo curso detreinamento de instrutores promovidopelo CFC. Os contabilistas quedesejarem participar dos treinamentosainda podem enviar seus currículos paraa sede do CFC em Brasília, no Setorde Autarquias Sul, quadra 5, lote 3,bloco J, CEP 70070-920, Brasília-DF.Os candidatos deverão ter experiênciaem Contabilidade Pública e emMagistério e aindaestarem disponíveis paraatuar como instrutores.

HISTÓRICO - O lançamentodo Kit e os cursos detreinamento são mais umpasso no esforço doConselho Federal deContabilidade para ver aLRF em aplicação. Aprimeira iniciativa nessesentido foi o lançamentodo Guia Contábil da Leide ResponsabilidadeFiscal, em julho do anopassado em parceriacom o Instituto Ethosde Empresas eR e s p o n s a b i l i d a d eSocial. A publicação,

lançada em um evento que contou coma participação do Ministro doPlanejamento, Martus Tavares, marcouo início da parceria do CFC com oGoverno Federal.

O Guia já teve mais de 30 milexemplares publicados e distribuídospara todas as prefeituras do país. Nomomento, o CFC está lançando umaterceira edição do Guia, atualizada.Outro momento importante nesseprocesso de engajamento pelaimplantação da LRF foi o XVICongresso Brasileiro de Contabilidade,evento com mais de 3.600 participantes,realizado em Goiânia, em outubroúltimo. O Congresso, que teve comotema “Profissão Contábil: Fator deProteção da Sociedade”, foi mais ummomento no qual a mensagem docompromisso social dos contabilistas foireforçada.

CERTIFICADO – Outro passo no sentido deaprimorar este processo de engajamento

da sociedade à LRF é a decisão doCFC de instituir o Certificado deGestão Pública Responsável, queserá entregue aos gestores públicosque melhor aplicarem a lei. No finalde janeiro, em São Paulo, umareunião entre o presidente do CFC,José Serafim Abrantes, o vice-presidente Daniel Salgueiro da Silva;o consultor Gilberto Massarente, daempresa Portela & Associados; orepresentante do Instituto Ethos,Marcelo Linguitte; e o consultor econtador Antoninho Marmo Trevisandefiniu a estratégia que vai estabeleceros critérios para a escolha dosmelhores gestores públicos.

Ainda em fevereiro, o CFC vaiconvidar a Transparência Nacional,uma organização que luta contra acorrupção em todas as partes domundo, para par t ic ipar desteprojeto. Até o final do mês, seráanalisada a primeira versão doprojeto.

Abertura do treinamento de instrutores da LRF na sede do CFC, em Brasília

O vice-presidente Daniel Salgueiro da Silva e o presidente José Serafim Abrantes na abertura do treinamento

Page 8: Jornal do CFC nº 34 de Fevereiro de 2001Jornal do CFC, fevereiro de 2001 3pág. CFC CONVÊNIOSCONVÊNIOS Em 2006, 1/3 (um terço) do corpo docente das faculdades e universidades brasileiras

pág.Jornal do CFC, fevereiro de 2001 8

CNPJ tem novas regrasO Governo simplificou o processo

para o registro das empresas noCadastro Nacional das PessoasJurídicas (CNPJ). A partir de agora, osempresários ou seus representantes nãoterão mais que ir às delegacias da Secretariada Receita Federal fazer a inscrição ouqualquer alteração nos registros. Todo oprocesso pode ser feito por meio dapágina da Receita na internet.

Depois de preencher o formulárioeletrônico no computador, oempresário tem que esperar que osistema faça uma consulta para ver seexiste alguma pendência no nome dossócios, sejam eles pessoas físicas oujurídicas. Caso nada seja encontrado,um protocolo eletrônico é emitido. Adocumentação exigida para o registro

deve ser enviada para a Receita viaSedex, com cópias autenticadas detodos os atos constitutivos da empresana junta comercial . A Receitaconfronta os dados fornecidos viainternet com os documentosapresentados e, se não houverdivergências, a empresa recebe umregistro provisório. O cartão com onúmero definitivo do CNPJ é enviadopelo Correio em um prazo máximo de60 dias. O comparecimento pessoal sóé obrigatório no caso de fechamentoda empresa, quando são regularizadasquaisquer pendências fiscais. O registroda CNPJ só vai ser feito diretamentenas delegacias da Receita até o dia 30de junho. Depois dessa data, ainscrição só será aceita via internet.

O CFC está enviando ofícioaos Conselhos Regionais paraque divulguem entre oscontabilistas o programa devisitas mensais à sede doConselho, em Brasília, nos diasde realização das reuniõesplenárias. Os que desejarem seinscrever no programa devemavisar aos Regionais, queenviarão as listas para Brasília.Nas reuniões plenárias, osnomes dos visitantes serãosorteados.

Nas visitas, os dois delegados, osdois conselheiros dos CRCs e orepresentante sindical têm acesso aoplenário, durante as reuniões, àbiblioteca, ao Museu Brasileiro deContabilidade, à Galeria de Arte e aindapodem conhecer os detalhes do trabalhodesenvolvido pelos funcionários doConselho Federal de Contabilidade.

A presença de um representantesindical no programa de visitas foiautorizada a partir do ano passado.Já visitaram o CFC sindicalistas deBlumenau-SC, For ta leza-CE,Curitibanos-SC, Recife-PE, São

Paulo- SP e Vitória da Conquista-BA.Ao todo, 21 conselheiros e 50

delegados de cidades interioranas detodas as regiões do país dos CRCs jáconheceram a sede do CFC em Brasília.O presidente do CFC, José SerafimAbrantes, é um entusiasta deste programade visitas. Segundo ele, “embora simbólico,esse gesto (a visita), tenho certeza, servirápara estreitarmos ainda mais os nossoslaços.

Contamos com todos os delegados,conselheiros e sindicalistas para levaradiante nossos projetos junto com quemconvive muito perto do nossoprofissionalismo contábil”.

C F CC F CC F CC F CC F C NOTÍCIAS CONTÁBEISNOTÍCIAS CONTÁBEISNOTÍCIAS CONTÁBEISNOTÍCIAS CONTÁBEISNOTÍCIAS CONTÁBEIS

Em resposta a ofício do ConselhoFederal de Contabilidade, que exigiuque apenas diplomados em CiênciasContábeis possam participar doconcurso para auditor-fiscal daReceita Federal , a Escola deAdministração Fazendária (ESAF)disse que é impossível atender àsolicitação do Conselho.

O CFC entende que a Escola deAdministração Fazendária, ao abrir oconcurso para qualquer candidatoque detenha curso superior, prejudicao exercício da auditoria fiscal.

Por essa razão, enviou ofício àEscola reivindicando alteração doitem 4.1, letra “e” do Edital 22/2000,

para permitir que apenas o portadordo curso de Ciências Contábeis possa inscrever-se no concurso.

RAZÕES - Segundo o diretor-geraladjunto da ESAF, João GomesGonçalves, em seu ofício ao ConselhoFederal de Contabi l idade, “aocontrário do profissional graduadoem Contabilidade que organiza eexecuta os serviços de Contabilidadeem geral, o auditor-fiscal da ReceitaFederal tem atribuições mais amplas,razão que por si só explica a inclusãode disciplinas diversas da atividadecontábil, no programa do aludidocertame”.

ESAF não muda regra de concurso

CFC incentiva projeto de visitas

Visitantes conversam com o presidente do CFC

Delegados participam de reunião plenária

O board do IFAC tem reun ião marcada para o Bras i l em 2001. Va ise r no R io de Jane i ro , en t re o s d ia s 8 e 11 de abr i l . O Conse lhoFedera l de Con tab i l i dade va i par t i c ipar a t i vamente da organ izaçãodo even to e anunc ia r aos l e i to res do Jorna l do CFC todos os de ta lhesdes ta reun ião que o board do IFAC rea l i za no pa í s . No ano passado ,e m S ã o P a u l o , f o i r e a l i z a d a u m a r e u n i ã o d o b o a r d d o I A S C .

IFAC se reúne no Rio em abril

A partir deste mês, as seguradoras passarão a ter 30 dias para pagar aocliente a indenização por furto, roubo ou perda total do veículo. A nova norma éda Superintendência de Seguros Privados (Susep). O prazo para o pagamentocomeça a contar com a entrega da documentação completa. Caso seja precisosolicitar algum documento extra, o processo fica suspenso. Isso pode ocorrer,por exemplo, se houver dúvida de ocorrência de fraude.

Além da agilidade no processo, a liberação do dinheiro deverá ser mais rápidatambém porque as seguradoras terão que definir no contrato o valor a ser pagona indenização ou utilizar uma tabela de referência previamente definida. Muitasempresas passarão a adotar a tabela da Fundação Instituto de PesquisasEconômicas (Fipe) para corrigir o valor do contrato anualmente.

Seguros terão menor prazo para indenizar

GDF suspende cobrança do CFCA Secretaria de Fazenda e

Planejamento do Governo do DistritoFederal decidiu suspender a cobrança doImposto Predial e Territorial Urbano(IPTU), exercício de 2000, do ConselhoFederal de Contabilidade. A Secretariaacatou requerimento do CFC nessesentido, já que o Conselho estápleiteando imunidade tributária, baseadono §

6o , do artigo 58 da Lei número

9.649, de 27 de maio de 1998. Aquestão ainda está sendo apreciada noSupremo Tribunal Federal, por força deuma Ação Direta de Inconstitucionalidade

impetrada pelo Partido Comunista doBrasil (PCdoB), Partido dosTrabalhadores (PT) e PartidoDemocrático Trabalhista (PDT).

Desta forma, fica suspensa acobrança do IPTU, bem como a dequalquer outro imposto incidente sobreo patrimônio e os serviços vinculados àsfinalidades essenciais do CFC e dosdemais conselhos fiscalizadores deprofissões regulamentadas até decisãofinal do Supremo, com exceção da Ordemdos Advogados do Brasil (OAB) por nãoestar sujeita à lei em discussão judicial.

Page 9: Jornal do CFC nº 34 de Fevereiro de 2001Jornal do CFC, fevereiro de 2001 3pág. CFC CONVÊNIOSCONVÊNIOS Em 2006, 1/3 (um terço) do corpo docente das faculdades e universidades brasileiras

Jornal do CFC, fevereiro de 2001 9pág.

O Jornal do CFC publicou, na últimaedição (de janeiro/2001), nota sobreo Simples que teve grande repercussãoentre os contabilistas de todo o país.Segundo a nota, “as empresasprestadoras de serviços de profissõesregulamentadas já podem aderir aoSimples, conforme dispõe onovo texto da lei...”.

O Jornal do CFC baseou ainformação nas agências de notícias aque tem acesso – no caso, a AgênciaFolha. O que houve foi que essasagências publicaram o texto aprovadopelo Congresso mas que ainda não foisancionado pelo presidente daRepública. O presidente vetou o artigo3º da lei 10.034, de 24 de outubro de2000, que alterou a lei 9.317, de 5 dedezembro de 1996, que instituiu oSistema Integrado de Imposto eContribuições das Microempresas e

das Empresas de Pequeno Porte –Simples. Este artigo ampliaria o alcancedas empresas prestadoras de Serviçosde profissões regulamentadas aoSimples.

Pelo novo texto, somente as creches,pré-escolas e estabelecimentos de ensinofundamental obtiveram acesso aoSimples.

O texto completo da lei10.034 é o seguinte:

Art. 1º Ficam excetuadas darestrição de que trata o inciso XIIIdo art. 9º da Lei no 9.317, de 5 dedezembro de 1996, as pessoasjurídicas que se dediquem àsseguintes atividades: creches, pré-escolas e estabelecimentos deensino fundamental.

Art. 2º Ficam acrescidos decinqüenta por cento os percentuais

As provas do primeiro Exame deSuficiência de 2001 já estão sendoelaboradas pelo CFC. O teste estámarcado para o dia 25 de março,domingo, em todo o país. As inscriçõesforam encerradas neste dia 9 defevereiro.

A Comissão de Elaboração deProvas, coordenada pelo conselheiroDaniel Salgueiro da Silva, reuniu-se háduas semana para dar continuidade aotrabalho de elaboração do teste.

No endereço e le trônico

www.institutoindicare.com.br, os

contabilistas poderão fazer quantas

cópias quiserem do Orçamento

Familiar preparado pelo professor

de Contabilidade César Abicalaffe,

membro da Academia Brasileira de

Ciências Contábeis. O modelo do

orçamento foi aperfeiçoado pelo

professor. Ele recomenda que os

modelos sejam presenteados aos

clientes dos contabilistas. Segundo

o professor, o modelo é fácil de ser

preenchido pe lo in teressado.

referidos no art. 5o da Lei no 9.317,de 5 de dezembro de 1996, alteradopela Lei no 9.732, de 11 de dezembrode 1998, em relação às atividadesrelacionadas no art. 1º desta Lei.

Parágrafo único. O produto daarrecadação proporcionado pelodisposto no caput será destinadointegralmente às contribuições deque trata a alínea f do § 1º do art. 3ºda Lei no 9.317, de 5 de dezembrode 1996.

Art. 3º (VETADO)Art. 4º Esta Lei entra em vigor

na data de sua publicação.

Brasília, 24 de outubro de 2000; 179ºda Independência e 112º daRepública.

Fernando Henrique Cardoso

Comissão prepara provas do Exame de Suficiência

O déficit comercial de janeiro, queatingiu US$ 479 milhões, correspondea 70% do saldo negativo de todo o anode 2000, que fechou em US$ 691milhões. O governo chegou a prometerum superávit de US$ 5 bilhões para2000, mas a projeção falhou devido àalta do petróleo, à baixa recuperaçãodos preços das commodities (produtosnegociados internacionalmente)agrícolas e ao aumento de 18,3%, emrelação a 99, das importações de

matérias-primas e componentes.Segundos os analistas, o desempenho

da balança comercial é um dos pontoscruciais para o governo em 2001. Obterum saldo positivo virou prioridade paraos ministérios da área econômica.

Há o desafio, segundo os economistas,de conciliar o crescimento da produçãoindustrial, que requer importação demáquinas e equipamentos, e a meta de opaís obter um superávitcomercial.

Déficit de janeiro é de US$ 691 mi

Errata - FHC sanciona mudanças no Simples

A reunião do plenário do Conselho Federal de Contabilidade, realizada nos dias 25e 26 de janeiro deste ano, aprovou por unanimidade a concessão da medalha e doDiploma de Honra ao Mérito Contábil ao professor Hilário Franco, falecido em SãoPaulo a 22 de dezembro de 2000, aos 79 anos de idade.

Detentor da Medalha de Ouro João Lyra, contador, economista, administrador,professor e escritor, Hilário Franco deixou 12 livros sobre Contabilidade. Durantemais de 35 anos, Hilário Franco lecionou disciplinas do curso de Ciências Contábeisem dezenas de escolas, faculdades e universidades do país.

A medalha e o Diploma de Honra ao Mérito Contábil serão entregues à sua famíliaem maio deste ano, durante as comemorações dos 55 anos de criação dosConselhos Regionais de Contabilidade.

RESOLUÇÃO - O Diploma de Honra ao Mérito Contábil foi criado pela ResoluçãoCFC 740/92, destinado a “premiar os que se tenham distinguido de forma notável ourelevante e contribuído, direta ou indiretamente, para o aprimoramento eengrandecimento das entidades fiscalizadoras do exercício profissional (Conselhosde Contabilidade – Federal e Regionais)”.

Este diploma já foi outorgado ao padre Antônio Geraldo Amaral Rosa e ao deputadoVictor Faccione, em 1993, e ao contabilista Edson Queiroz, em 1997.

A homenagem do CFC a Hilário Franco

Orçamento familiar

Participaram da reunião os contadoresDaniel Salgueiro da Silva, (coordenador),Alex Oliveira Rodrigues Lima, FranciscoJosé dos Santos, Lopes da Silva,Wander Luiz e Neusa Satuf Rezende, eos técnicos em contabilidade FranciscoClaudeci Ramos Semião e WaldemarPonte Dura.

No ano passado, os dois Examesde Suficiência aprovaram 12 milcandidatos ao registro profissional decontabilista.

Page 10: Jornal do CFC nº 34 de Fevereiro de 2001Jornal do CFC, fevereiro de 2001 3pág. CFC CONVÊNIOSCONVÊNIOS Em 2006, 1/3 (um terço) do corpo docente das faculdades e universidades brasileiras

pág.Jornal do CFC, fevereiro de 2001 10

C F CC F CC F CC F CC F C ARTIGOARTIGOARTIGOARTIGOARTIGO

A valorização da profissão contábilé conseqüência de um amplo processode educação continuada fundamentadanum sólido processo de formaçãoacadêmica agora reforçado com aimplementação, pelo Conselho Federalde Contabilidade, do Exame deSuficiência profissional.

Sem dúvida, é preocupação doConselho Federal de Contabilidadeque os cursos de graduação emCiências Contábeis sejam capazes deformar profissionais competentes ehabilitados para o exercício daprofissão, constituindo-se num dosimportantes instrumentos de avaliaçãode cursos disponíveis.

O MEC por sua vez, por meio daPortaria 249, de 18.03.96, instituiu oExame Nacional de Cursos (conhecidopor “provão”), como uma dasmetodologias de avaliação deinstituições de ensino público eprivado.

Entretanto, a nossa área de CiênciasContábeis não foi ainda incluída no elencode cursos submetidos ao referido Exame,mas entendemos que em face daexpressiva quantidade de cursos e deprofissionais registrados, sua inclusão équestão de tempo.

A conjugação dos dois instrumentosde avaliação deve contribuirdecisivamente para o aprimoramentoe valorização da profissão contábil.

AVALIAÇÃO DO MEC

O fato de os cursos de ciênciascontábeis não terem sido aindaincluídos no Exame Nacional deCursos significa que os mesmos nãosão avaliados pelo MEC?

Não é verdade, já que porintermédio da Comissão deEspecialistas de Ensino, constituída deprofessores com larga experiência noensino de graduação, promove ummonitoramento dos cursos,principalmente em tres momentos:a) por ocasião da autorização para funcionamento;b) por ocasião do reconhecimento do curso;c) e por ocasião da renovação do reconhecimento.

A Comissão de Especialistas deEnsino do MEC subordina-se àSecretaria de Ensino Superior–SESUe é a primeira instância dehomologação dos pedidos deautorização e funcionamento de cursos.

AUTORIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENT0DE CURSOS

A Comissão de Especialistas deEnsino designa consultores ad hoc

Avaliação dos cursos de Ciências Contábeis no Brasil

para visitar in loco as condições deoferecimento de cursos pelasinstituições de ensino superior, comvistas à autorização. A referidacomissão de verificação, baseada emInstrumentos de Avaliação dosPadrões de Qualidade, atribuiconceitos e manifesta-se sobre aadequação do pedido formulado, combase em três parâmetros principais:

Estrutura Curricular das disciplinas,principalmente na avaliação daadequação do conteúdo aos objetivose perfil desejado do formando, análisedo fluxo do currículo quanto àdistribuição de carga horária,balanceamento e lógica interna entre osconteúdos teóricos e práticos,adequação do ementário ecompatibilização da bibliografiaproposta e cumprimento àsdisposições da Resolução 03/92 doMEC que trata da distribuição entreas disciplinas de natureza humanísticae social, com as de natureza profissionale complementar.

Qualificação do corpo docente e docoordenador. Nesse bloco, apreocupação da comissão verificadoraé com a disponibilidade de tempo dodocente(regime de trabalho), suatitulação (se especialista, mestre oudoutor) e sua produção intelectual(publicações de livros, artigos, eparticipações em congressos e eventosde natureza científica). No caso docoordenador, é fundamental o tempode dedicação destinado a essaatividade.

Infra-estrutura física. Nessaavaliação, a comissão busca verificarse as salas de aula oferecem condições

> Jorge Katsumi Niyama

de espaço físico compatível com aquantidade de alunos e proporcionamconforto acústico e de luminosidade,se os laboratórios incentivam atividadede pesquisa, se existem salas de estudoe pesquisa aos docentes, bem comopara monitores, coordenação esecretaria . Além disso, a Comissãobusca verificar se os laboratórios deinformática apresentam espaço

adequado e relação compatível com onúmero de alunos do curso. E,finalmente, se a biblioteca encontra-seinstalada adequadamente e se o acervoconta com exemplares e títulos delivros, periódicos, anais e tesessuficientes e compatíveis com abibliografia básica e complementarprevista no projeto pedagógico.Mesmo se tratando de autorização, abiblioteca deve estar em condições depleno funcionamento, com obrasdevidamente tombadas e catalogadase equipamentos/programas compu-tacionais devidamente instalados.

RECONHECIMENTO DE CURSOS

Uma vez autorizado o funcionamentodo curso, a instituição de ensino deverásolicitar nova visita dos consultores doMEC um pouco antes de a primeiraturma de formandos concluírem seucurso. Normalmente, como os cursos deciências contábeis são oferecidos em 4anos, a solicitação deve ser feita entre o7º e o 8º semestres do curso. O processode reconhecimento é mais complexo queo de autorização, já que a comissãodeverá verificar ao longo do períodoque o elenco de atividadesdesenvolvidas pelo alunado foram as

previstas por ocasião do processo deautorização e se conduzem ao objetivoe perfil estabelecidos para o formando.

Inclui ainda, usualmente, entrevistascom alunos e professores além daverificação de atividades de pesquisae práticas pedagógicas inovadoras.

Como se pode depreender, o fatode uma instituição ser autorizada afuncionar não implica necessariamenteno seu reconhecimento.

RENOVAÇÃO DE RECONHECIMENTO

O processo de renovação dereconhecimento é uma repetição doprocesso de reconhecimento para seavaliar periodicamente se os padrõesde qualidade e procedimentosadotados por ocasião doreconhecimento vêm sendo mantidospela instituição de ensino. Trata-se deum processo de avaliação contínua dainstituição de ensino, sendo realizadacom a periodicidade de 5 (cinco) anos.

EXIGÊNCIAS DO CFC X MEC

Outro aspecto que merece maiorreflexão é a necessidade de secompatibilizar o conteúdo de exigênciasprevisto no Exame de Suficiênciapromovido pelo Conselho Federal deContabilidade e o conteúdo mínimo“básico” incluído nas disciplinas queintegram a estrutura curricular.

CONCLUSÃO

O principal objetivo neste artigo foidemonstrar os principais instrumentosde avaliação de cursos de CiênciasContábeis promovidos pelo MEC,procedimentos que visam contribuirpara o aprimoramento da qualidade deensino no Brasil.

Professor Jorge Katsumi Niyama

Professor titular doDepartamento de Ciências

Contábeis da UnB

Mestre e Doutor emContabilidade pela FEA/USP

Membro da Comissão deEspecialistas de Ensino da Área deCiências Contábeis do MEC/SESU

JORGE KAJORGE KAJORGE KAJORGE KAJORGE KATSUMI NIYTSUMI NIYTSUMI NIYTSUMI NIYTSUMI NIYAMAAMAAMAAMAAMA

Page 11: Jornal do CFC nº 34 de Fevereiro de 2001Jornal do CFC, fevereiro de 2001 3pág. CFC CONVÊNIOSCONVÊNIOS Em 2006, 1/3 (um terço) do corpo docente das faculdades e universidades brasileiras

Jornal do CFC, fevereiro de 2001 11pág.

Riscos nas empresas e evidências de suas realidadesC F CC F CC F CC F CC F C ARTIGOARTIGOARTIGOARTIGOARTIGO

O risco que as atividades comportamfaz parte da própria natureza dasmesmas. Tantos são os fatores queinfluem no comportamento das riquezasque é difícil superar as ameaças deperdas sem que exista uma estratégiaque considere as prioridades deproteção ao risco.

A incerteza sobre acontecimentosinflui no entendimento sobre a situaçãodas empresas, especialmente sedistantes são os tempos entre aspublicações das demonstraçõesapresentadas e a realidade que aempresa está vivendo.

A época das informações podeapresentar estados discrepantes emrelação à época dos acontecimentos deuma atualidade que pode ser relevante.

O fator continuidade dosempreendimentos, em face dastransformações permanentes doscapitais, pois, é algo que preocupa.

Os riscos dos negócios estãoespecialmente e estreitamente ligados àsvariações dos resultados (reditos)conseguidos. Se os lucros sãoconstantes e se agregam ao capital,ocorre a prosperidade e asprobabilidades de continuidade tendema ser positivas.

Se, ao contrário, as perdas é que sãoconstantes e reduzem o capital próprio,ocorre o definhamento e asprobabilidades de continuidade sãonegativas. As perspectivas dosresultados influem naquelas dacontinuidade de um empreendimento.

Os que dependem das informaçõescontábeis estão, pois, na atualidade,preocupados com a opinião sobre osestados futuros, pois, têm sido comunsos balanços aparentemente sólidos quenão denotam que no futuro ocorreria asurpresa até do fechamento de empresas.

Pode ocorrer, por exemplo, que umaoperação eventual de vulto, com bomresultado, ofereça um excelente aspectoao balanço, mas, como algo atípico oufora do comum. No caso exemplificado,a empresa pode aparentar um magníficoestado, mas, não ter condição de repetireste desempenho.

A lei brasileira nada prevê neste caso;e nem a inadequada reforma contábil dalei das sociedades por ações enfoca deforma competente este assunto, e emmeu modo de entender não passa ela deum remendo de discutível qualidadetécnica.

Segmentar resultado funcionaldaqueles extraordinários deveria ser algoobrigatório. Outras vezes, um resultadoque só aparece em um exercício foi frutode custos formados em outros nos quaisse dissolveram e isto também não se temobrigado claramente a evidenciar.

Ainda há o caso de situações que em31 de dezembro de um ano são boas,mas, que se alteram substancialmente diasdepois de iniciado o exercício seguinte.Em tal caso, o balanço está magnífico,mas a situação da empresa já pode atéser de insolvência quando a peçademonstrativa é publicada.

Publica-se o bom e esconde-se o

mau, tudo em razão de sistemasinadequados e incompetentesestampados em textos de lei. Fatosopostos também podem ocorrer, ou seja,de o balanço mostrar uma situação depenúria e já no início do exercícioseguinte a empresa estar realizando altoslucros.

Na Europa tem-se exigido dosauditores uma opinião sobre acapacidade decontinuidade dosempreendimentos etal fato deve constarobrigatoriamente daopinião, inclusiveabrangendo fatosapós o balanço.

Os intelectuais daC o n t a b i l i d a d e ,todavia, ainda não seencontram satisfeitoscom o que se temregulamentado ereclamam sobre aindefinição daqualidade do risco aser denunciada e quala extensão dosperíodos de examedas faixas de risco.

Tudo isto nosevidencia que amatéria contábil nãopode estar ao saborde leigos, de decisõespolíticas, mas, sim deequipes de alto nível, *É contador, escritor e professor universitário

Comissão anuncia Diretoria da IASBC F CC F CC F CC F CC F C NORMAS INTERNACIONAISNORMAS INTERNACIONAISNORMAS INTERNACIONAISNORMAS INTERNACIONAISNORMAS INTERNACIONAIS

Os curadores da IASC indicaram anova Diretoria de Normas Internacionaisde Contablilidade (IASB).A Diretoria será composta porprofissionais experts em Contabilidadee terá a responsabilidade de elaborar umconjunto simples de normas de altaqualidade, para que todas asorganizações internacionais possam serbeneficiadas.

Essas normas poderão proporcionarbenefício direto para auditores, usuários,preparadores e regulamentadores deinformações financeiras e declarações.

DADOS CONFIÁVEIS

De um modo geral, a disponibilidadede dados financeiros mais confiáveisdeverá facilitar os investimentosinternacionais e reduzir mundialmente ouso de capital.

Os custos contábeis para empresasmultinacionais que operam em diferentes

países será reduzido pela diminuição eeliminação de diferenças nacionais.

A IASC, presidida pelo ex-presidentedo U.S.Federal Reserve, Paul A. Volcker,é uma organização supervisora compostade dezenove membros, representandoseis continentes e quatorze países.

QUALIDADES

Os curadores da IASC analisarammais de duzentos candidatos para aDiretoria, que foi escolhida com base naexperiência e nas qualificaçõesprofissionais de cada candidato.

De acordo com a nova Constituiçãoda IASC, os curadores nomearam dozedos novos membros para trabalho emtempo integral , inclusive o presidente e ovice-presidente; dois vão trabalhar emtempo parcial. A diretoria será dirigida porDavid Tweedie. Sete dos curadores foramnomeados como oficiais de ligaçãoperante as organizações nacionais. Além

disso, os membros da Diretoria terãocontatos freqüentes comregulamentadores financeiros e bancoscentrais, indústria privada, analistas esetores acadêmicos em todo o mundo.

MISSÃO DA IASB

Segundo o presidente da IASB,David Tweedie , “a missão da nova IASBé simples. Em sociedade com osestabelecedores de normas nacionais,nós pretendemos aumentar atransparência de relatórios financeiroscriando um único e global método deContabilidade para transações – seja emStuttgard, Sydnei, Seattle ou Cingapura.Remover barreiras para investimentospor meio da aplicação de normasuniformes e de alta qualidade traráenormes benefícios para a econômiamundial. .

Os profissionais escolhidos paraapoiar esse projeto, renunciaram

importantes posições em carreiras desucesso. Isso é extremamente positivo”.

Os curadores deram ênfase ao seucompromisso de conseguir um amplo erepresentativo saldo de perspectiva, tantogeográfica como profissionalmente, pormeio da criação de um ConselhoConsultivo de Normas.

A nova Diretoria se reunirá pelaprimeira vez em abril desse ano.

PRIORIDADES

O Conselho Consultivo vai se reunirregularmente com a IASB a fim deinformar a Diretoria sobre asprioridades e implicalções das novaspropostas para os usuários eprodutores de contas financeiras.

Este Conselho deve representar osdiversos interesses envolvidos noprocesso do estabelecimento denormas e será o veículo-chave paranovas idéias.

entregues à classe dos Contadores.Ou seja, exatamente o contrário do

que está estabelecido no projeto daCVM e que deseja tirar o poder daprodução de normas de Contabilidadeda mão do Conselho Federal deContabilidade, expondo o público queutiliza da informação a uma sensívelredução de qualidade técnica em face dasrealidades.

> Antônio Lopes de Sá*

Page 12: Jornal do CFC nº 34 de Fevereiro de 2001Jornal do CFC, fevereiro de 2001 3pág. CFC CONVÊNIOSCONVÊNIOS Em 2006, 1/3 (um terço) do corpo docente das faculdades e universidades brasileiras

pág.Jornal do CFC, fevereiro de 2001 12

C F CC F CC F CC F CC F C

A História da Contabilidade vai percorrer o Brasila partir de maio deste ano, quando o CFC comemoraseus 55 anos de existência. O Conselho Federal deContabilidade, por meio de um projeto elaboradopela museóloga Célia Corsino, vai dividir o país porregiões. Durante dois meses o Museu Brasileiro deContabilidade ficará exposto à visitação pública. Doismeses depois, o Museu será levado para outra região.

O principal objetivo deste projeto é divulgar aHistória da Contabilidade por meio de um instrumentocientífico e cultural. Fundado em Brasília, na sede doCFC, em 1996, o Museu ocupa uma área de 267metros quadrados.

AS PEÇAS - O Museu é uma instituição permanentesem fins lucrativos e que tem como objetivos aaquisição, a conservação, a pesquisa e a exposição

Museu Brasileiro de Contabilidade vai percorrer o paísEXPOSIÇÃO

da história da evolução da Contabilidade noBrasil e no mundo. O Museu destaca tambémo trabalho do Conselho Federal deContabilidade desde a sua fundação, em 1946.Os brasileiros que irão conhecer o Museu pormeio desta exposição itinerante poderão verum rico panorama do mundo desde que LucaPaccioli sistematizou a Contabilidade. Estarão

à mostra asmáquinas demecanografia ede calcular dosanos 40 doséculo passado,o mobiliário daépoca, osantigos livros deregistro contábil,objetos pessoaisde contabilistas,fotografias, telas elivros teóricos –todos exemplar-mente conser-vados.

HOMENAGENS - O Museu homenageia osgrandes vultos da Contabilidade, como o patronodos contabilistas, o senador João Lyra, e os ex-presidentes do CFC.

O Museu tem chamado a a tençãoprincipalmente de estudantes de Brasília, que sedivertem e se educam diante das cédulas querecontam a história do dinheiro no Brasil e das

complexas máquinas de balancetes, ancestraisdos modernos computadores.

A exposição que viajará pelo Brasil seráapresentada em três momentos: evolução dopensamento contábil, História da Contabilidade eatuação do Conselho Federal de Contabilidade.