Jornal do Commercio - PE · 2012-07-24 · Já a sala de recuperação passou de três para 12 leitos. O ... Recebemos cerca de 500 consultas por dia no ... com mais de 900 leitos

Jornal do Commercio - PE24/07/2012 - 06:47

Barão de Lucena vai ganhar 100 novos leitos Investimento será de R$ 30 milhões e ordem de serviço foi autorizada ontem pelo governador. As obras devem começar imediatamente e conclusão está prevista para 2014

O Hospital Barão de Lucena (HBL), no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife, será restaurado e vai ganhar 100 novos leitos. A unidade de saúde reestruturará as emergências de obstétrica e pediátrica, além do setor oncológico. O centro de consulta e tratamento do câncer, que hoje atende mais de 2 mil pessoas por mês, terá um novo espaço físico e equipamentos modernizados. A ordem de serviço, orçada em R$ 30 milhões, foi autorizada, ontem, pelo governador Eduardo Campos, ao lado do secretário estadual de Saúde, Antônio Carlos Figueira. O plano de obras é considerado o maior já realizado no local, deve começar imediatamente e a previsão é que seja concluído em 2014. O ambulatório do hospital também será beneficiado com a reforma. O novo centro médico terá consultórios de obstetrícia, fisioterapia respiratória, terapia ocupacional, pediatria cirúrgica, psiquiatria, psicologia, fonoaudiologia e clínica pediátrica. Salas para ultrassonografia, aleitamento, triagem neonatal e pequenos procedimentos cirúrgicos fazem parte do plano de mudanças do departamento ambulatorial. De acordo com a diretora do HBL, Claudia Miranda, o hospital tem 54 anos e nunca passou por uma reforma tão ampla. “Em dezembro de 2010 foi a última vez que a unidade de saúde sofreu intervenção para melhorias e o centro cirúrgico recebeu uma área renovada, com equipamentos de ponta”, relata. Segundo a diretora, a restauração do hospital surtirá efeito muito positivo para os pacientes, principalmente nas alas da maternidade, pediatria e oncologia. “Atualmente atendemos 1,5 mil crianças e 2,5 mil mulheres todos os meses. Já no centro oncológico, percebemos que o número de pessoas em busca de tratamento é crescente. Pensando nisso, a partir da reforma e ampliação, queremos oferecer uma passagem mais tranquila pelo HBL, com o maior conforto possível.” A parte de infraestrutura do projeto prevê que as redes elétrica e hidráulica de todos os pavimentos sejam revitalizadas. Os centros de diagnóstico e hemodiálise, as enfermarias, o auditório, o centro de estudos, a diretoria e a ouvidoria são alguns dos setores favorecidos. Os elevadores estão incluídos na lista de prioridades. Serão implantados dois novos equipamentos e modernizados os três que já existem na instituição. O início das obras é imediato e, de acordo com Claudia Miranda, os atendimentos

prosseguirão normalmente. “Hoje mesmo faremos uma reunião para criar um cronograma, de modo que as atividades do hospital não sofram interferências por causa dos serviços. As obras irão acontecer sem penalizar os pacientes”, garantiu.


Hospitais do Agreste com mais estrutura Programação de inaugurações começou no Hospital Jesus Nazareno, unidade de referência para gestação de alto risco

– Duas unidades de saúde do Agreste reforçaram a estrutura. No Hospital Regional (HRA), a UTI dobrou o número de leitos, que passou de dez para 20. O hospital passou a contar com Centro de Reabilitação Motora, o primeiro interdisciplinar público do interior. O Jesus Nazareno inaugurou a nova emergência pediátrica. A programação de inaugurações começou no Hospital Jesus Nazareno, unidade de referência para gestação de alto risco. Lá, o secretário Antônio Carlos Figueira descerrou a placa alusiva à nova emergência obstétrica, que conta com seis leitos e uma sala de classificação de risco. Incluindo a compra de equipamentos, o investimento chegou a R$ 650 mil. Figueira disse que a ideia é fazer uma parceria com a prefeitura para aumentar o número de médicos no atendimento. Para isso, serão convocados profissionais aprovados no último concurso municipal. A maternidade realiza uma média de 320 partos de alto risco por mês. O Hospital Regional também melhorou sua estrutura. O bloco cirúrgico foi ampliado, passando de seis para oito salas. Já a sala de recuperação passou de três para 12 leitos. O HRA também passa a contar com um Núcleo de Reabilitação Física. “Vamos inaugurar uma oficina de órtese e prótese”, explicou a gerente do núcleo, Patrícia Galindo. No HRA foram investidos R$ 3,2 milhões.


Voz do Leitor Da Redação

Medicamentos Sou usuário dos medicamentos Seretide (Salmeterol) e Spiriva (brometo de Tiotrópio), fornecidos pelo SUS, através da Secretaria de Saúde de Pernambuco. Acontece que desde 29 de março eles não existem no Hospital de Areias. Apelo às autoridades responsáveis para que façam algo em nome de todas as pessoas que necessitam desses medicamentos para tratamento. João Moura, por e-mail

Folha de Pernambuco - PE24/07/2012 - 08:13

Barão de Lucena será todo reformado Ordem de serviço no valor de R$ 30 milhões foi assinada ontem pelo governador

Marina Falcão

Na manhã de ontem, o governador do Estado, Eduardo Campos, assinou a ordem de serviço do maior pacote de obras já realizado no Hospital Barão de Lucena (HBL), localizado no bairro da Iputinga, no Recife. O investimento será de cerca de R$ 30 milhões e contará com a reforma de 3,5 mil metros quadrados e a construção de 7,5 mil metros quadrados de novas áreas. Parte desse montante, será investido na restauração de todo o espaço físico do hospital e na construção de áreas para as emergências pediátrica e

obstétrica, ambulatório e novos leitos de enfermaria, que passarão de 342 para 431. A ação faz parte de um projeto do Governo de re-estruturação de seis grandes hospitais estaduais, no qual serão investidos R$ 150 milhões. Além dessas mudanças, a unidade de saúde também passará por uma requalificação da estrutura elétrica e hidráulica da unidade, além da revitalização de todos os pavimentos do prédio, o que inclui setores importantes como o centro de diagnósticos, enfermarias, quimioterapia, hemodiálise, auditório, centro de estudos, diretoria e ouvidoria. Duas novas torres de elevadores também serão implantadas. “Tudo vai melhorar. Questão de ambiência, conforto, avanço tecnológico, além dos elevadores que vão facilitar nosso deslocamento vertical, o que é super importante”, disse a diretora da unidade, Cláudia Miranda. Até o final de 2014, as obras no HBL deverão ser finalizadas. Ainda de acordo com a diretora médica, durante o tempo de obras o atendimento do hospital continuará funcionando normalmente. “Sabemos que é uma unidade importante para a rede. Recebemos cerca de 500 consultas por dia no ambulatório, além das quatro mil consultas mensais na urgência e aproximadamente 1,2 mil internações por mês. Então, o atendimento continuará funcionando, mas vamos resolver como poderemos estruturar a reforma com uma logística que não deixe de atender a nossa população. Com muita tranquilidade conseguiremos organizar isso de uma forma efetiva porque no final será ganho para todo mundo“, pontuou. A dona de casa Maria José Negreiros, de 26 anos, tem uma filha de oito meses, Mariana Vitória, e acredita que o hospital, por ser um dos maiores do estado em termos de atendimento obstétrico e pediátrico, passará a funcionar bem melhor. “Eu costumava levar minha filha à UPA quando acontecia alguma coisa, mas lá eles não atendem todos

Allan Torres

Todo o espaço físico do hospital será restaurado e novas áreas serão construídas

os casos. Agora, com as reformas e ampliações, vou poder trazê-la aqui, que agora terá uma nova área reservada para emergência pediátrica e ainda é mais perto da minha casa do que a UPA”, contou. Segundo o governador Eduardo Campos, a unidade passará por uma renovação. “Agora vamos dar sequência ao plano diretor que foi discutido com a comunidade do Barão (de Lucena). Serão novos equipamentos para diversas áreas, como a do cuidado com a criança, do cuidado com a mulher, além da área da quimioterapia para o cuidado com o câncer. Todos os nossos hospitais estão passando por reformas semelhantes a essa”, relatou Campos. Serviço Hospital Barão de Lucena Avenida Caxangá, 3.860, Iputinga – Recife Telefone: (81) 3184.6400 E-mail: [email protected]


Hospitais do Agreste são reestruturados No Hospital Regional do Agreste, além da duplicação de leitos, o secretário também fez a entrega oficial de duas novas salas de cirurgia, ampliando para oito o número do bloco cirúrgico

Renata Coutinho

O secretário Estadual de Saúde, Antônio Figueira, esteve ontem em Caruaru, Agreste do Estado, para a entrega de reformas e ampliações em dois hospitais públicos estaduais: o Hospital Regional do Agreste (HRA) e do Hospital Jesus Nazareno (HJN). Os centros médicos receberam juntos investimentos de quase R$ 4 milhões. O montante foi aplicado em melhorias físicas dos prédios e também na compra de equipamentos. Entre as melhorias está a duplicação dos leitos de UTI adulto do HRA, que passou de dez para 20 vagas. “Temos investido em todos os segmentos da saúde, urgência, emergência e mais 11 UPAs especialidade. Além disso, temos dois focos fortes na assistência a gestante de alto risco e ao aumento de leitos de UTI. Agora, já contamos com mais de 900 leitos e ainda teremos inaugurações e Salgueiro e Ouricuri”, frisou Figueira. O diretor do HRA, José Bezerra, também destacou o incremento do serviço de terapia intensiva, já que a demanda é uma crescente. “Vaga em UTI é uma urgência há muito tempo e o governo mais que triplicou a oferta em todo o Estado”, comemorou o diretor do HRA, José Bezerra. No Hospital Regional do Agreste, além da duplicação de leitos, o secretário também fez a entrega oficial de duas novas salas de cirurgia, ampliando para oito o número do bloco cirúrgico. A sala de recuperação pós-anestésica, que funciona como uma semi-UTI, também teve um incremento de leitos passando de três para 12. Ainda dentro da área do Hospital Regional foi inaugurado o Centro de Reabilitação Motora. Segundo a gerente do Centro, Patrícia Galindo, o local é o único

do Agreste com atendimento multidisciplinar incluindo profissionais das áreas de fisioterapia, nutrição, terapia ocupacional, psicologia e fonoaudióloga. Já no Hospital Jesus Nazareno (HJN) foi inaugurada a nova emergência obstétrica da unidade, que é referência no atendimento de gestantes de alto risco. O antigo ambulatório foi re-estruturado e adaptado, ampliando para seis o número de leitos de observação e implementando a sala de classificação de risco. Os consultórios ginecológicos, consultórios médicos, sala de ultrassom e posto de enfermagem também foram re-estruturados. “É uma emergência obstetrícia modelo em equipamentos e estrutura física”, destacou Antônio Figueira.


Foco Simone Lima, com Mariana Fontes

Voluntária A médica Valéria Bezerra Silva, chefe da Pediatria do Hospital Barão de Lucena, tem se desdobrado atrás de parceiros para a festa filantrópica que vai angariar recursos para a Associação Barãozinho - que atende pacientes de baixa renda e familiares. Engajados no projeto estão a Carvalheira, que cedeu o espaço, e Ana Góis, com o bufê. O evento acontece nesta quinta-feira.

Diario de Pernambuco - PE24/07/2012 - 07:59

Doença pulmonar avança no mundo Hoje, no Hospital Otávio de Freitas, será feito um mutirão para diagnóstico de possíveis casos

Glynner Brandão

Falta de ar, tosse seca ou com catarro. Esses sintomas combinados podem ser indicativo de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (Dpoc). Pouco conhecida, às vezes confundida com asma, a inflamação obstrui as vias aéreas, interferindo na respiração. Assim como algumas infecções, ela compromete simples tarefas, como subir alguns lances de escada. A enfermidade atinge, principalmente, ex-fumantes e pessoas que ainda não largaram o vício do cigarro. A lesão não tem cura, mas é tratável. Hoje, o Hospital Otávio de Freitas, em Tejipió, faz um mutirão de combate à doenca, das 8h às 17h. A ação é voltada para quem

Médica Patrícia Marinho consulta Seu Horácio, que fumou por 10 anos

ainda não foi diagnosticado. A previsão é de que 400 pessoas sejam atendidas. Basta levar a carteira de identidade.

Como a Dpoc não é uma doença de notificação compulsória, a Secretaria Estadual de Saúde não contabiliza os casos. Mas as médicos acreditam que as lesões causadas pela doença afetem 15% da população pernambucana com 40 anos ou mais, cerca de 416 mil doentes. No Recife, seriam 140 mil enfermos. A patologia mata 33 mil pessoas no país por ano, segundo o Datasus, e a previsão é de que, em 18 anos, torne-se a terceira doença que mais mata no planeta. Hoje, já é a quinta mais letal.

O maior inimigo no combate à doença ainda é a desinformação. Hoje, apenas 12% dos portadores sabem que têm Dpoc. A maioria sequer associa a queda na qualidade de vida à inflamação. Outro complicador é que os seus sintomas se assemelham aos de outras doenças respiratórias. A Dpoc acomete pacientes com 40 anos ou mais, expostos a algum fator de risco, como o consumo de cigarros. O tabagismo justifica cerca de 90% do total de casos. Já a asma tem base genética, não está relacionada ao fumo e atinge, principalmente, as crianças e os jovens. Na prática, a cansaço é indicativo de lesão pulmonar. O que começou como uma tosse aos 35 anos e evoluiu para a presença de catarro aos 40 anos, pode resultar na falta de ar aos 45 anos. “A doença é progressiva e vai tendo exacerbações. O paciente vai bem, mas depois piora, ou seja, A sua função pulmonar cai”, diz a médica pneumologista do Hospital Otávio de Freitas, Alina Oliveira. “Existindo os sintomas e fatores de risco o paciente irá ser investigado. A melhor solução é parar de fumar”. O tratamento é feito por meio de drogas broncodilatadoras. Aliado a isso, o paciente pode ser acompanhado por um programa de reabilitação pulmonar. O diafragma do doente Dpoc perde parte de capacidade de contração, o que afeta a padrão respiratório diafragmático, o mais indicado por especialistas. “O tratamento fortalece o diafragma, por isso é bom. Há o aumento da disposição, da qualidade de vida”, fala a professora do Departamento de Fisioterapia da UFPE, Patrícia Marinho. O Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar na universidade oferece de forma gratuita o acompanhamento aos pacientes. São sempre três consultas por semana. O aposentado Horácio da Silva, 71, fumou dos 10 anos aos 65. Hoje, se pudesse voltar no tempo, garante, faria tudo diferente. “Cigarro é ruim. Ninguém deve fumar”, conta. Seu Horácio respira com a ajuda de aparelhos e já foi internado três vezes em virtude das complicações da doença. O taxista Lindenberg Costa, 67, passa por tratamento. “Até pouco tempo não subia escadas. O tratamento ajuda”, afirma.


Pacientes testarão remédio “São cerca de 200 mil internações por ano. O governo não oferece tratamento”, acrescenta o médico José Roberto Jardim, pneumologista da Escola Paulista de Medicina

Da Redação

O Recife será uma das 11 capitais brasileiras a participar de um estudo mundial sobre a doença pulomonar. O Hospital Otávio de Freitas testará em até 30 pacientes os efeitos do remédio reflumilaste no combate à doença. Eles serão acompanhados por um ano, por três médicos e três enfermeiros. O pontapé inicial do estudo no Recife depende apenas da liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os doentes que testarão o desempenho da droga ainda não foram selecionados. Mas serão pacientes em estado grave, na fase medicamentosa, com tosse e catarro e pelos menos duas agudizações da doença no último ano. O que se busca é avaliar os benefícios da adição de reflumilaste no tratamento inalatório da Dpoc, reduzindo as crises pulmonares e melhorando a qualidade de vida do enfermo. “São cerca de 200 mil internações por ano. O governo não oferece tratamento”, acrescenta o médico José Roberto Jardim, pneumologista da Escola Paulista de Medicina. Hoje, as internações decorrentes da patologia custam cerca de R$ 100 milhões todos os anos. No país, as avaliações já começaram em São Paulo, Porto Alegre e Rio Grande do Sul. Ao todo são 21 centros, também em Goiânia, Florianópolis, Belo Horizonte, Salvador, Santo André, Botucatu e Vitória. A análise será realizada de forma simultânea em 21 países, envolvendo cerca de 2 mil pacientes, sendo 200 do Brasil.


João Alberto

Cidadania Em busca de recursos para suas ações sociais, a Associação Barãozinho, da pediatria do Hospital Barão de Lucena, promove às 20h de quinta-feira, na Cachaçaria Carvalheira, o Barãozinho no Forró, com show de Israel Filho.


JC nas ruas Da Redação

Sem conseguir marcar consulta Paciente do Hospital Oswaldo Cruz passou todo o dia de ontem tentando marcar, por telefone, consulta na unidade. Escutou tanta musiquinha que desistiu.


Conselho proíbe parto em casa Medida, classificada de “arbitrária” pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), provocou reações

Da Redação

– O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) publicou duas resoluções em que proíbe a participação de médicos em partos domiciliares e nas equipes de sobreaviso, que ficam de plantão para o caso de complicações. A entidade também veda a presença de doulas (acompanhantes de parto, reconhecidas pelo Ministério da Saúde) em ambiente hospitalar. Os médicos que descumprirem as determinações serão submetidos ao conselho de ética. A medida, classificada de “arbitrária” pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), provocou reações. O Conselho Regional de Enfermagem (Coren) questionará as resoluções judicialmente e entidades de defesa do parto humanizado convocaram uma passeata para o dia 5 de agosto, em Ipanema. “Em hipótese alguma um conselho pode interferir na regulação de outras profissões e no direito de escolha da mulher. Essa resolução dificulta a nossa atuação”, afirma Pedro de Jesus, presidente do Coren. O obstetra Luiz Fernando Moraes, conselheiro do Cremerj, diz que as resoluções são um “alerta às mães”. “Elas estão sendo informadas de que, se o pré-natal não teve agravo, podem fazer parto em casa. Há problemas que ocorrem durante o trabalho de parto e no parto”, afirma. Ele afirmou que o conselho não está proibindo o parto domiciliar. “A mãe vai optar sabendo do risco. Porque não é a presença do médico que garante segurança, ele tem que ter condições de agir.” Para a médica Daphne Rattner, presidente da Rede pela Humanização do Parto e do

Nascimento (Rehuna), as resoluções vão de encontro às políticas de humanização do parto do Ministério da Saúde, que reconhece o trabalho de parteiras tradicionais e incentiva a participação de doulas nos hospitais públicos. Em março foi assinado convênio entre a pasta e a Universidade de Brasília para o programa Doulas no SUS, de formação dessas acompanhantes, do qual Daphne é gestora. Em nota, o Ministério da Saúde informou que as decisões do conselho “não afetam as políticas” da pasta. O ministério considera, porém, que a participação da doula é um instrumento humanizador e que “a assistência prestada pelas parteiras é uma realidade em diversos locais do País”.


No debate da saúde, Mendonça ataca rivais Candidato do DEM diz que propostas apresentadas pelos postulantes do PT e PSB para o setor atestam as falhas da saúde pública e que eles são responsáveis por isso

Débora Duque

Seguindo a estratégia de tentar quebrar a polarização PT versus PSB na corrida eleitoral, o candidato Mendonça filho (DEM) entrou no debate sobre o tema que provocou o primeiro confronto entre os dois candidatos governistas nesta campanha: a saúde. Enquanto o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico Geraldo Julio (PSB) defende a replicação dos modelos das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para o município, o senador Humberto Costa (PT) afirma que a ideia pode “desorganizar” a sistema de saúde municipal e prefere apostar na ampliação e reestruturação do Programa Saúde da Família (PSFs). Ontem, o democrata afirmou que o embate entre os dois adversários era um “atestado” das falhas na saúde pública do Recife pelas quais, segundo o oposicionista, ambos são diretamente “responsáveis”. “Eles só estão discutindo propostas para a saúde, porque ela vai mal e ambos têm responsabilidade pelo desempenho da saúde no Recife. Por que não adotaram providências antes? O Recife regrediu na área nos últimos anos. Eles são parte desse insucesso”, assinalou, após caminhada pelo bairro da Mangabeira (Zona Norte). Ele não se posicionou sobre a questão das UPAs, mas, assim como o candidato petista, prometeu requalificar os PSFs que, em sua avaliação, estão “sucateados”. Uma das propostas para melhorar a rede de assistência à população é ampliar o horário de funcionamento das policlínicas municipais. “Já defendemos a ideia de policlínicas 24 horas. A população não escolhe o dia que a doença chega. Tem que haver pontos de atendimento o tempo todo”, disse. O ato de ontem foi um dos que mobilizou mais gente desde o início da campanha. Também foi o primeiro a contar com material de divulgação, como bandeiras, panfletos e adesivos. A demora foi atribuída ao atraso da entrega pelas gráficas. Hoje, Mendonça visita, pela manhã, a feira da Encruzilhada e, à tarde, faz caminhada pelo Barbalho (Zona Oeste).


Sem querer polarizar com Mendonça Candidato socialista repetia que “é preciso estratégia, tratar com inteligência e clareza

Carolina Albuquerque

No primeiro embate ao vivo de ideias e projetos, dois dos candidatos à Prefeitura do Recife – Geraldo Julio (PSB), pela Frente Popular, e Mendonça Filho, do DEM – quase combinaram nas propostas e no discurso de oposição. O debate, promovido pelo Clube de Engenharia, no Clube Português, aconteceu na manhã de ontem, e a entidade vai ouvir posteriormente os demais candidatos. Ex-governador de Pernambuco e deputado federal, Mendonça parecia confortável no papel de debatedor. As atenções, então, voltaram-se para o estreante Geraldo, que fez um discurso articulado, afinado com a figura e a gestão do seu principal cabo eleitoral, o governador Eduardo Campos (PSB). Sem muito confronto direto, o debate teve três momentos: apresentação das propostas, perguntas dos presentes e considerações finais. Qualquer que fosse o projeto para a cidade colocado em discussão, o candidato socialista repetia que “é preciso estratégia, tratar com inteligência e clareza”, enquanto organizava insistentemente a disposição dos papéis sobre a mesa de debate. Quando falou sobre mobilidade urbana, Geraldo citou os corredores Norte-Sul, no qual está prevista a construção dos quatro polêmicos viadutos que cruzarão a avenida Agamenon Magalhães. Obra idealizada pelo governo do Estado, foi o ponto de discordância entre os dois. Geraldo garantiu que “estudos de impacto de vizinhança e de trânsito em razão de obras viárias estão sendo feitos”. Já Mendonça condenou, sob o motivo de que há um repúdio consensual entre os técnicos à obra. Afora este tópico, as críticas de Mendonça se detiveram sobre o discurso da mudança sustentado pela chapa da Frente Popular, que tem como candidato à vice-prefeitura Luciano Siqueira (PCdoB), o mesmo vice dos oito anos de governo João Paulo (PT), além de o PSB ter Milton Coelho como atual vice da gestão petista de João da Costa. “O consórcio PT-PSB governou o Recife por 12 anos, mesmo que aqui se apresente como a alternativa para a cidade. Esse discurso é forçado”, atacou Mendonça. No rebate, Geraldo insistiu que “o PSB não governou o Recife, está governando Pernambuco”. Aproveitando, Geraldo respondeu à declaração do candidato petista, Humberto Costa(PT), de que a paternidade do projeto das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) era do governo federal e não estadual. “Quem construiu as UPAs foi Pernambuco e quem banca 75% das despesas mensais de cada umas das 14 UPAs é o Estado. Ele (Humberto) deveria estudar mais sobre a questão da saúde”, replicou. Também em relação ao posicionamento contrário de Humberto à construção de 20 “upinhas”, voltadas para atendimento de emergência, Geraldo foi enfático: “Mais uma vez, Humberto está contra a ampliação da rede de saúde de Pernambuco. Como foi contra a construção dos três hospitais que hoje realizam mais de 400 cirurgias/mês”.


Repórter JC Educação básica

Da Redação

“O que mais irritou Dilma foi a aprovação do projeto que destina 10% para a educação”, desabafa o leitor Antonio Dias, lembrando a reação da presidente: “Isso é pauta da oposição!”. Para ele, um desatino para quem, como ela, fala em “economia do conhecimento”, mas atribui os 10% para a educação como manobra oposicionista. “E o pior é dizer que o PIB nada representa como índice de desenvolvimento econômico”, ironiza. Se o PIB revela o valor de toda a riqueza (bens, produtos e serviços) produzida no País, do pãozinho ao apartamento de luxo, como o governo poderá investir em educação e saúde se a economia vai mal e o governo depende da arrecadação? Em ano eleitoral, lembra Antonio Dias, os governos precisam se desculpar mais que o costume. Por que, então, não se investe mais em educação pública? Ele mesmo responde: “Por que gente instruída não elege corruptos”. Siga o chefe “Quem hoje critica as UPinhas também foi contra os três hospitais”,disse Geraldo Júlio (PSB), no encontro Recife em Debate, indicando qual será seu modelo de gestão, se eleito. Com a palavra, o leitor Vergonha nacional O que se faz por hospital sem condição de funcionar? Decreta-se calamidade e 180 dias para resolver o problema. Calamidade é ter governantes tão incompetentes. Mário Lima - Recife


Planos pequenos terão novas regras Em outras palavras, os contratos coletivos de grupos com menos de 30 pessoas, por adesão ou empresariais, continuarão sob negociação livre entre as partes

Da Redação

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vai colocar em consulta pública, nos próximos dias, a proposta de dispositivo de reajuste para planos com menos de 30 beneficiários. A ideia não é regular os reajustes dos planos coletivos pequenos, mas criar uma fórmula, de forma a impedir que grupos pequenos tenham reajuste acima de 30%, como acontece quando há um desequilíbrio na carteira. Ou seja, quanto menor um

grupo, maior o impacto da sinistralidade. Basta uma pessoa usar o plano para que haja um desequilíbrio financeiro no plano coletivo pequeno. Em outras palavras, os contratos coletivos de grupos com menos de 30 pessoas, por adesão ou empresariais, continuarão sob negociação livre entre as partes. De acordo com a assessoria da ANS, a proposta básica que será colocada em consulta é a criação do pool de risco. Dessa forma, cada operadora de plano de saúde terá de juntar seus planos coletivos de até 30 vidas num só conjunto, de forma que o reajuste seja diluído entre todos. A proposta é unificar os “grupinhos”, que hoje têm de negociar isoladamente com cada operadora para transformar num grande grupo, evitando, assim, reajustes escorchantes. Atualmente, os planos com até 30 vidas representam 86% do total dos planos coletivos, atingindo um universo de 1,2 milhão de beneficiários no Brasil, segundo a ANS. A proposta da agência reguladora já passou pela câmara técnica da ANS. A ideia está agora no jurídico do órgão e, em breve – a ANS não diz quando –, será lançada a consulta pública. A proposta receberá contribuições durante 30 dias e depois de tudo analisado será regulamentada pela Agência.


Pela Metrópole Da Redação

Tiúma pertence a São Lourenço? A sãolourecense Isis Alves desconfia que Tiúma não mais integra a divisão geográfica de São Lourenço da Mata. É que a prefeitura anunciou a requalificação de todos os postos de saúde da família, mas a unidade do bairro não dispõe nem de agulhas para exames em diabéticos. Além disso, quem chega com um problema pode sair com outro. O acesso é difícil. Fácil mesmo é escorregar na lama que fica no entorno do prédio em período chuvoso ou logo após as chuvas.


Destaque para saúde e transporte Prefeiturável contou que a má qualidade da saúde recifense é tão evidente que até mesmo os partidos que nomeia como “governistas” - PT e PSB - têm debatido o tema

Monaliza Brito

Seguindo a estratégia, já anunciada anteriormente, de concentrar seus esforços eleitorais no corpo a corpo com eleitores, o candidato a prefeito do Recife, Mendonça Filho (DEM), caminhou na tarde de ontem pela comunidade de Mangabeira junto com seu vice, Alexandre Guarines (PMN), e com militantes e candidatos a vereador da coligação

que o apoia. As principais propostas apresentadas pelo democrata para os moradores locais giravam em torno dos temas saúde e transporte público. “Os moradores me pediram para prometer que, se eleito, colocasse esse PSF para funcionar realmente”, afirmou Mendonça, referindo-se à Unidade de Saúde da Família da comunidade, que os moradores alegaram estar fechada. “Olha esse PSF. Nem placa tem”, disparou o democrata. “Isso sem falar que fica em uma casa modestíssima, para não dizer coisa pior”, completou, reforçando que a cidade precisa avançar em uma direção nova. O prefeiturável contou que a má qualidade da saúde recifense é tão evidente que até mesmo os partidos que nomeia como “governistas” - PT e PSB - têm debatido o tema. “A pergunta que fica no ar é: se a situação está tão mal, por que não foi tomada uma providência antes?”, questionou, defendendo que PT, PSB, e até PCdoB, são corresponsáveis pelos problemas já que estiveram no poder nos últimos 12 anos - PT com dois mandatos de João Paulo e um de João da Costa, PSB com o atual vice-prefeito do Recife e PCdoB com a vice-prefeitura da cidade, durante os dois mandatos de João Paulo. O democrata propôs a reestruturação das unidades do Programa de Saúde da Família (PSF) e a transformação das políclinicas em unidades de atendimento 24 horas. Porque, afinal, segundo ele, “doença não tem hora para acontecer”. “Não adianta propor a criação de novas unidades se as que estão aí não funcionam bem”, criticou Mendonça. O prefeiturável sugeriu ainda a transformação da Maternidade Bandeira Filho em um hospital especializado em saúde da mulher, e ainda a municipalização do hospital de Areias, que seria transformado em um centro de atendimento especializado para pacientes da terceira idade. “A população do Recife está crescendo, envelhecendo, e é preciso oferecer atendimento especializado”, defendeu o postulante.


Confronto entre Mendonça Filho e Geraldo Julio Candidatos a prefeito do Recife trocam acusações durante debate

Alex Ribeiro

A campanha eleitoral no Recife deve ser caracterizada por acusações, indiretas e ironias. Pelo menos foi o que mostraram dois dos principais candidatos ao pleito - Geraldo Júlio (PSB) e Mendonça Filho (DEM) -, no debate promovido pela Associação das Empresas de Planejamento e Consultoria Empresarial do Nordeste (ASSEMP) e o Clube de Engenharia de Pernambuco na manhã de ontem, no restaurante do Clube Português. A ruptura do PSB com o PT, a construção dos viadutos na Agamenon Magalhães e a discussão sobre o índice de violência nas últimas gestões do Estado elevaram os ânimos dos prefeituráveis. Em diversos momentos do encontro, Mendonça Filho criticou o PSB. A cada proposta para a melhoria da cidade do Recife, o democrata ironizava a situação da nova Frente Popular. Segundo ele, Geraldo Julio não poderia negar que o PSB esteve presente na gestão do município nos últimos anos. “Na prática, o PSB está na Prefeitura há 12 anos, não

venha dizer que não está no Governo. Tenho respeito a sua pessoa, mas tenho coragem de dizer aquilo que penso. O fracasso da gestão do Recife, nos últimos anos, tem culpa também do PSB”, alfinetou o deputado federal. Em contraponto, Geraldo Julio criticou os nove meses que Mendonça Filho ficou à frente do Governo Estadual, em 2006. O democrata assumiu a gestão logo após a saída de Jarbas Vasconcelos (PMDB), que deixou o cargo para concorrer ao Senado. “Nesses nove meses, a cidade do Recife teve o maior índice de homicídios da sua história”, relatou o socialista. Mendonça argumentou que a informação de Geraldo estava errada, afirmando que a sua gestão teve sucesso com projetos de inclusão social dos jovens das periferias. “O maior índice de homicídios foi no fim da gestão de Miguel Arraes, tivemos um projeto de profissionalização que é um sucesso”, defendeu. Quanto às propostas de governo, o candidato do PSB disse que o planejamento nas áreas de saúde, educação e mobilidade urbana precisam ser moldados com características parecidas com o Estado. “Nossa decisão é coletiva, vamos sentar com todos os partidos da Frente Popular para resolver os problemas da cidade. Já trouxemos um projeto para a área de saúde, com a construção de 20 Upinhas para desafogar as UPAs e melhorar o atendimento à população. Na mobilidade urbana, a prioridade é o transporte público, enquanto na área de educação iremos construir escolas de tempo integral”, argumenta. Segundo Mendonça Filho, a cidade do Recife carece de planejamento. Para ele, novos projetos na infraestrutura devem ser executados o mais rápido possível. “O Centro do Recife é uma lástima. Precisamos fazer uma gestão que possa atrair o turismo de volta à cidade, ninguém quer vir para cá, em boa parte da cidade o odor é insuportável”, destacou o democrata.


Petista também foi alvo de crítica Humberto Costa declarou que construir Upinhas não é a solução e que a maioria dos recursos que bancam as UPAs são do Governo Federal e não estadual

Carol Brito

Não foi só em relação a Mendonça Filho (DEM) que Geraldo Julio endureceu o discurso, ontem. O senador Humberto Costa (PT) também foi alvo, quando o candidato do PSB rebateu as críticas do petista às suas propostas para a saúde. O socialista asseverou que o concorrente mais uma vez está contra ao projeto de melhoria do atendimento, citando a oposição que ele fez à proposta do governador Eduardo Campos (PSB) de construir três novos hospitais. Segundo o prefeiturável, a população deseja e necessita de ampliação da rede de saúde na cidade e insinuou que o grupo do petista “precisa estudar mais”. “Mais uma vez Humberto é contra o projeto de melhora da saúde de Pernambuco. Em 2010, ele foi contra a construção dos três hospitais e, hoje, a importância deles é

reconhecida por toda a população. Nós vamos fazer as Upinhas (versão reduzida das Unidades de Pronto Atendimento - UPA). É só perguntar ao povo para saber da necessidade de mais locais de emergência”, ressaltou Geraldo. Humberto Costa declarou que construir Upinhas não é a solução e que a maioria dos recursos que bancam as UPAs são do Governo Federal e não estadual. Em contrapartida, Geraldo Julio contou que o Estado paga 75% das despesas e a União 25%. O socialista ainda fez questão de ressaltar que os investimentos nas unidades não impedem que ele fortaleça o Programa de Saúde da Família (PSF). Pela manhã, Geraldo Julio teve um encontro com dirigentes dos 14 partidos da Frente Popular. O objetivo é alinhar as ações da campanha para aproveitar ao máximo a força da coligação que conta com cerca de 300 candidatos a vereador. O grupo definiu as próximas ações e programou uma integração maior entre a juventude e o setor das mulheres dos partidos. Em seguida, o candidato teve duas Agendas 40. Em Brasília Teimosa, foi acompanhado do candidato mais votado na primeira Zona Eleitoral, Eduardo Chera (PTN). O segundo evento foi na Tamarineira, com o vereador Augusto Carreras (PV). Nos encontros, a equipe socialista entregou cartas apresentando o prefeiturável e reconhecendo as ações dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff (PT), mas ressaltando que o Governo do Estado “soube aproveitar” os recursos para desenvolver Pernambuco.


Conselho contesta proibição Documento é assinado pelo presidente, o enfermeiro Pedro de Jesus

ABr

O Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) anunciou que irá entrar com ação civil pública contra as resoluções 265 e 266/2012 do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) que proíbem a participação de médicos obstetras em partos domiciliares e a presença das obstetrizes (profissionais da área de saúde que acompanham as gestantes no pré-natal, parto e pós-parto), doulas (acompanhantes) ou parteiras em ambientes hospitalares. “As resoluções do Cremerj inibem o direito da mulher de decidir onde e por quem será acompanhada no seu parto, praticamente a obrigando a dar à luz no hospital. O Cremerj desrespeita os preceitos dos manuais do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre os direitos sexuais e reprodutivos, além dos decretos do Ministério da Saúde referentes à humanização no parto”, afirmou a instituição em nota divulgada em seu site na última sexta-feira. O documento é assinado pelo presidente, o enfermeiro Pedro de Jesus. O Coren representa os enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, além de obstetrizes. Segundo a nota, o Coren critica os vetos e os classifica de “atitude arbitrária, inconsequente, antiética e ilegal”.


Barulhos extremos podem até prejudicar a saúde Colaborador fica disperso, irritado, o que causa queda no rendimento

Eutalita Bezerra

Máquinas, conversas paralelas, o telefone que toca e até uma banda que ensaia no prédio ao lado. O barulho que adentra ao ambiente de trabalho pode causar transtornos e falta de concentração. Desviar o foco ou utilizar protetores auriculares ajudam a minimizar os problemas e evitar queda de rendimento. De acordo com a psicóloga organizacional Alexandra Pontes, o que diferencia um barulho simples de algo que vai prejudicar a saúde (e o desempenho) do colaborador é o nível de aceitação dos ruídos. “Algumas pessoas são mais resistentes enquanto outras apresentam uma sensibilidade maior”, explica. Segundo ela, o ruído altera o humor e suas relações no trabalho, além de provocar ansiedade, estresse, dores de cabeça, perda da capacidade auditiva, irritabilidade, dificuldades na atenção e concentração, sono agitado ou insônia. “Esses sintomas poderão ser visualizados na queda de rendimento das atividades, pelo fato da saúde estar abalada”, afirma. A operadora de call center Carolina Nascimento tem dificuldades em realizar algumas de suas tarefas dado o barulho no local em que trabalha. “Às vezes, o cliente me faz uma solicitação e, ao meu lado, outro operador está falando sobre outro assunto. Eu peço um minuto para atender a demanda, mas acabo me perdendo”, reclama. Desta forma, seu trabalho fica prejudicado e o consumidor reclama. “O barulho é grande demais. As pessoas ficam falando, quem está na linha critica, acha que você não está falando com ele”, conta. Para minimizar estes problemas, a operadora de call center criou um modus operandi. “Eu procuro ter bastante atenção no que está sendo solicitado, faço várias perguntas para não me perder e só então vou fazer a tarefa”, afirma. A psicóloga Alexandra Pontes indica algumas possibilidades para minimizar o barulho na execução das atividades. Dependendo do cargo, ela sugere o uso de protetor auditivo como uma forma de assegurar a segurança da saúde no trabalhador. Além disso, pode-se treinar o pensamento exatamente naquilo que está sendo executado. Para conseguir a concentração necessária, a psicóloga sugere hábitos saudáveis. “São necessárias uma boa noite de sono, alimentação adequada e prática de exercícios físicos regulares. Com esses cuidados sua mente estará mais descansada e aberta para a atividade que desejará realizar”, aconselha. Quando possível, pode-se, ainda, procurar, no próprio ambiente de trabalho, algum lugar com menos barulho para realizar as atividades que exijam maior concentração. Outra dica é ouvir uma música baixa e tranquila enquanto trabalha, sempre tendo o cuidado de não incomodar o colega. “Caso não seja possível colocá-la em um volume baixo, o colaborador poderá utilizar fones de ouvido, desde que não prejudique a comunicação”, descreve a psicóloga. Ela sugere, ainda, que, caso o cargo necessite estar em contato direto com barulho, ele deve se organizar e estabelecer períodos de

atendimento para resolver diversas situações e ter um tempo para realizar outras atividades que exijam mais concentração em outro local.


Folha da Cidade Robson Sampaio

Idoso - O Instituto de Medicina do Idoso abriu inscrições para profissional de saúde participar da Reunião Científica da instituição, que abordará doenças cardíacas e dermatoses. Informações: 3037.8686.


Muito lixo acumulado na frente dos mercados Folha flagrou muitos dejetos acumulados e banheiros sujos

Júlia Veras

Lixo acumulado, banheiros sujos e animais que se alimentam de restos de comida do chão são uma constante na maioria dos mercados públicos do Recife. Na semana passada, uma ação conjunta da Delegacia de Afogados, da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) e a Vigilância Sanitária do Recife apreendeu quase uma tonelada de alimentos impróprios para consumo no Mercado Público de Afogados. Na manhã de ontem, a Folha de Pernambuco fez uma varredura em três por outras unidades e registrou reclamações de frequentadores e comerciantes.

No bairro de Nova Descoberta, na Zona Norte, o lixo é um problema, tanto no mercado público quanto na feira livre que funciona ao lado, além da falta de higiene nos banheiros. Para a comerciante Doralice Amorim, 55, a questão é também de falta de educação de algumas pessoas que trabalham no local. “Muitos aqui varrem a sua área de trabalho, mas tem muita gente que não está nem aí. Mas, semanalmente, a prefeitura vem aqui e faz uma grande limpeza”. Quanto aos banheiros, os que trabalham no local afirmam que não há uma regularidade na limpeza. No Mercado Público de Beberibe, também na Zona Norte, a principal queixa é o consumo de drogas e a prostituição no banheiro destinado ao público. “Moro nas proximidades e sou frequentador desse mercado. Por mais de uma vez entrei no banheiro e usuárias de drogas me ofereceram um programa por R$ 10. Vez por outra eles brigam acaba saindo alguma confusão”, pontuou José da Silva, 43. Já o comerciante Israel José da Silva, 57, reclama da falta de cuidados com a limpeza e a estrutura. “Há muito tempo a prefeitura promete que vai reformar os mercados, mas nada acontece. E pintura não é reforma”, disparou. Também foi encontrado lixo acumulado na entrada do estabelecimento. Nos últimos dois meses, o não pagamento dos funcionários terceirizados que fazem o serviço de limpeza nos mercados tem tornado a situação ainda mais difícil. De acordo

com os trabalhadores, todos eles estão sob aviso prévio e devem ser demitidos até o próximo dia 31, quando será encerrado o contrato. A informação que eles têm sobre o próprio destino seria que não receberiam os dois meses de salário. No Mercado de Água Fria, outro localizado na Zona Norte, os comerciantes se mobilizaram para pagar passagens de ônibus e até mesmo alimentos. “Os meninos que trabalham aqui estão em uma situação difícil. Como a pessoa pode trabalhar sem receber? Essa situação só piora o estado do mercado, que já anda pouco frequentado”, asseverou a comerciante Albienice de Vasconcelos, 43. Por meio de nota oficial, a assessoria de Imprensa da Companhia de Serviços Urbanos (Csurb) esclareceu que fez o repasse do recurso para pagamento dos funcionários da empresa terceirizada que, no entanto, ainda não efetuou o depósito na conta dos trabalhadores. O caso, inclusive, está sendo acompanhado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que recebeu todos os comprovantes da Csurb. O atual contrato se encerra no próximo dia 31 de julho e já estão sendo tomadas as medidas administrativas para a contratação dos serviços. A Csurb informou, ainda, que tem equipes permanentes de limpeza e manutenção dos mercados. No entanto, é preciso a colaboração de permissionários e clientes para que os espaços sejam mantidos limpos, evitando o descarte irregular de resíduos e utilização indevida dos sanitários, que sofrem danos com a ação de vândalos.


Cartas à redação Da Redação

Farmácias maldosas Farmácias rotuladas de “populares” estão cometendo o absurdo de atender os idosos, substituindo remédios para pressão alta por medicamentos genéricos, desprovidos de qualquer recomendação médica, quando deveriam seguir a orientação das receitas dos médicos, os quais sempre recomendam aos seus pacientes, drogas de respeitados laboratórios e jamais de desconhecidos. Lembro que os idosos merecem mais respeito das farmácias, pois estão colocando em risco a saúde do povo. Caso essas farmácias continuem agindo com deslealdade, vou oficializar essa denúncia. Carlos Arthur Ferrão – Recife Campanha eleitoral Começou a campanha eleitoral para prefeitos e vereadores. A legislação eleitoral tem sido usada como argumento para silenciar o debate sobre os grandes temas que preocupam os munícipes de diversas cidades. Postos de saúde depredados; escolas destruídas; creches que não existem; trânsito caótico. Será que não é preciso ouvir e exigir dos candidatos? Rádios e TVs são concessões públicas e devem servir à coletividade. O que a lei eleitoral proíbe é o favorecimento de determinados candidatos em relação à exposição diferenciada, maior que a dos demais concorrentes. Não vamos

confundir as coisas. É tempo de debater e discutir a cidade que queremos, que merecemos. Portanto, senhores candidatos, somos todos ouvidos e garganta! Célio Cruz – Recife


Geraldo avança nas bases do PT Candidato do PSB faz reunião em Brasília Teimosa, bairro simbólico para petistas

Rosália Rang

O candidato do PSB a prefeito do Recife, Geraldo Julio, passou ontem por uma prova de fogo. O socialista esteve em Brasília Teimosa para falar de suas propostas para a cidade. Foi sua primeira aparição na comunidade, considerada emblemática pela sua história política e onde o PT tem forte inserção. O ex-presidente Lula (PT), por exemplo, em janeiro de 2003, esteve no local para anunciar a retirada das palafitas, na primeira ação do governo dele no Recife. Já o ex-prefeito do Recife João Paulo (PT) também deixou a marca da sua gestão ao revitalizar a orla da principal da avenida do bairro, que passou a ser chamada de Brasília Formosa. Um cenário, portanto, desfavorável para o socialista. Mas ao contrário disso, os aliados de Geraldo Julio se mobilizaram e conseguiram arregimentar quase 500 pessoas. Um público que teve paciência para esperar por algumas horas o candidato do PSB. O evento, previsto para começar às 19h, aconteceu quase uma hora depois. Geraldo foi recepcionado pela juventude do partido e chegou a acompanhar coreografia ensaiada pelos jovens na entrada da casa onde ocorreu a reunião. Receptividade Questionado sobre a receptividade das pessoas numa área onde o PT é majoritário, o candidato optou por generalizar a resposta. “Todos os atos da campanha têm sido bastante positivos. Vi nos olhos das pessoas a esperança por dias melhores. Fiquei muito feliz”, ponderou. Ontem, o evento da Agenda 40 foi organizado por aliados do candidato a vereador Eduardo Chera (PTN). Antes dos discursos do anfitrião e do candidato, o público ouviu as palavras de alguns dos pastores que atuam em igrejas evangélicas da comunidade. Um deles, o pastor David Pedro, da 1ª Igreja Batista do Pina, alertou as pessoas para os políticos que aparecem no bairro com intuito de pedir votos, mas que não cumprem suas promessas. “Todos os anos somos procurados por políticos que compram os votos e oferecem cargos comissionados. Depois somem e não fazem nada pelo bairro. Então, é através de Geraldo Julio que o Recife vai tomar outro rumo”, ressaltou. Geraldo Julio, além de convocar a comunidade para eleger o candidato a vereador da área, também detalhou suas propostas para área de saúde, citando a construção de 20 Upinhas, seis Upas especialidades e do Hospital da Mulher. O evento contou com a presença dos deputados estaduais Silvio Costa Filho (PTB) e Ricardo Costa (PTC). Agenda do candidato

Humberto Costa (PT) 15h30 – Reunião com todas as tendências do PT 19h – Caminhada na Mustardinha Jair Pedro (PSTU) 15h – Reunião Comitê Político Edna Costa (PPL) 16h – Reunião com lideranças comunitárias na Pçª do Bongi 19h – Encontro com lideranças no Ibura de Baixo Daniel Coelho (PSDB) 11h – Panfletagem no Parque Amorim 16h – Caminhada na Comunidade de Entra a Pulso Geraldo Julio (PSB) 19h – Agenda 40 na Campina do Barreto 21h – Jantar de adesão dos delegados da Polícia Civil Mendonça Filho (DEM) 8h – Reunião de Programa de Governo 10h – Visita a Feira da Encruzilhada 16h30 – Caminhada no Detran Roberto Numeriano (PCB) Gravação de guia eleitoral Esteves Jacitno (PRTB) Não divulgou agenda


Mais uma ajuda aos pacientes Trastuzumabe, remédio para câncer de mama, deverá ser distribuído no SUS dentro de 180 dias

Grasielle Castro

Um dos medicamentos mais procurados para o tratamento de câncer de mama passará a fazer parte do rol do Sistema Único de Saúde (SUS). O Ministério da Saúde anunciou ontem que o Trastuzumabe foi aceito pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec). A decisão será publicada no Diário Oficial da União ainda nesta semana e deverá ser efetivada no SUS em 180 dias. A inclusão do medicamento contará com um protocolo indicando como e em quais situações ele deve ser usado. Essa incorporação faz parte da expansão do plano de assistência oncológica do país e custará R$ 130 milhões por ano aos cofres públicos. Presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Anderson Silvestrini espera a divulgação do protocolo do ministério para comemorar. Segundo ele, é aconselhável

que a aplicação do composto seja realizada por um longo período. “O Trastuzumabe beneficia de 20% a 30% da população que tem câncer de mama, mas seu uso tem algumas nuances. A indicação que apresenta bons resultados é a de que seja administrado por pelo menos um ano combinado com quimioterapia”, explica. O medicamento era uma demanda antiga dos médicos e pacientes do SUS e tem sido um dos mais solicitados pela população em ações judiciais. De acordo com dados do ministério, só no ano passado foram gastos R$ 4,9 milhões para atender a 61 ações. Neste ano, o valor já chega a R$ 12,6 milhões para o mesmo composto. Além disso, o Ministério da Saúde custeou mais de 100 mil procedimentos para quimioterapia do câncer de mama inicial ou localmente avançado em 2012. A estimativa para este ano é de 52,6 mil novos casos de câncer de mama no país. Em 2010, a doença foi responsável pela morte de 12,8 mil pessoas, entre elas, 147 homens.

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Jornal do Commercio - PE · 2012-07-24 · Já a sala de recuperação passou de três para 12 leitos. O ... Recebemos cerca de 500 consultas por dia no ... com mais de 900 leitos