8
Educador JORNAL DO Edição de maio de 2015 O Projeto Político Pedagógico (PPP) não é algo novo na Rede Municipal de Ensino de Lençóis Paulista. Tampouco significa mudar completamente a rotina de profissionais e alunos. Esse movimen- to já vem acontecendo nas nossas esco- las e a diretriz deste ano é aperfeiçoá-lo, com o envolvimento de todos os agentes da educação: gestores, professores, fun- cionários, alunos e suas famílias. Confira a seguir a entrevista da Diretora de Educação de Lençóis Pau- lista, Lucinara Barbosa, que nos ajuda a entender melhor o que o PPP significa e quais são as suas dimensões. Jornal do Educador: O que é o Projeto Político Pedagógico? Lucinara Barbosa: O PPP define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade. Toda escola tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida ao Projeto Político Pedagógico. Jornal do Educador: As pala- vras que compõem o nome “Projeto Po- lítico Pedagógico” já ajudam a definir muito sobre ele. Explique essa relação. Lucinara Barbosa: Realmente. É “Projeto” porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo. É “Político” por consi- Que cidadão queremos formar? Qual a escola que queremos? É no universo da reflexão e das conquistas coletivas que está inserido o Projeto Político Pedagógico de uma escola Escola viva e construída coletivamente Entenda as alterações propostas na Lei do Estatuto do Magistério Pág. 5 a 7 Escolas recebem pintura e revitalização Pág. 4 Creches em construção Pág. 5 O agente administrativo Pág. 3

Jornal do Educador - Maio 2015

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Diretoria de Educação Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista www.lencoispaulista.sp.gov.br

Citation preview

Page 1: Jornal do Educador - Maio 2015

EducadorJORNAL DO

Edição de maio de 2015

O Projeto Político Pedagógico (PPP) não é algo novo na Rede Municipal de Ensino de Lençóis Paulista. Tampouco significa mudar completamente a rotina de profissionais e alunos. Esse movimen-to já vem acontecendo nas nossas esco-las e a diretriz deste ano é aperfeiçoá-lo, com o envolvimento de todos os agentes da educação: gestores, professores, fun-cionários, alunos e suas famílias. Confira a seguir a entrevista da Diretora de Educação de Lençóis Pau-lista, Lucinara Barbosa, que nos ajuda a entender melhor o que o PPP significa e quais são as suas dimensões.

Jornal do Educador: O que é o Projeto Político Pedagógico? Lucinara Barbosa: O PPP define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade. Toda escola tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida ao Projeto Político Pedagógico.

Jornal do Educador: As pala-vras que compõem o nome “Projeto Po-lítico Pedagógico” já ajudam a definir muito sobre ele. Explique essa relação. Lucinara Barbosa: Realmente. É “Projeto” porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo. É “Político” por consi-

Que cidadão queremos formar? Qual a escola que queremos? É no universo da reflexão e das conquistas coletivas que está inserido o Projeto Político Pedagógico de uma escola

Escola viva e construída

coletivamente

Entenda as alterações propostas na Lei do Estatuto do MagistérioPág. 5 a 7

Escolas recebempintura e revitalizaçãoPág. 4

Creches emconstruçãoPág. 5

O agenteadministrativoPág. 3

Page 2: Jornal do Educador - Maio 2015

“Envolver a comunidade nesse trabalho e compartilhar a responsabilidade de definir os rumos da escola é um desafio e tanto. Mas o esforço compensa: com um PPP bem estruturado, a escola ganha uma identidade clara, e a equipe, segurança paratomar decisões. ”

2

PPPderar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na socie-dade, modificando os rumos que ela vai seguir. E é “Pedagógico” porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem. Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha a força de um guia, aque-le que indica a direção a seguir não apenas para gestores e professores, mas também para funcionários, alu-nos e famílias. Ele precisa ser com-pleto o suficiente para não deixar dúvidas sobre essa rota e flexível o

bastante para se adaptar às necessida-des de aprendizagem dos alunos.

Jornal do Educador: Então es-tamos falando, principalmente, de uma ferramenta de planejamento. O que é mais importante neste contexto? Lucinara Barbosa: O PPP se configura em uma ferramenta de planeja-mento e avaliação que todos os membros das equipes gestora e pedagógica devem consultar a cada tomada de decisão. O PPP se torna um documento vivo e eficien-te à medida em que serve de parâmetro para discutir referências, experiências e ações de curto, médio e longo prazos.

Jornal do Educador: Por que as escolas da Rede Municipal de En-sino têm como objetivo compartilhar a elaboração do PPP? Lucinara Barbosa: Porque esse movimento é essencial para uma gestão

democrática. Na última Conferência Na-cional de Educação (Conae), o Projeto Político Pedagógico foi um dos temas em destaque. Os debatedores lembraram e reforçaram a ideia de que sua existência é um dos pilares mais fortes na cons-trução de uma gestão democrática. Por meio dele, o gestor reconhece e concre-tiza a participação de todos na definição de metas e na implementação de ações. Além disso, a equipe assume a respon-sabilidade de cumprir os combinados e estar aberta a cobranças. Envolver a co-munidade nesse trabalho e compartilhar a responsabilidade de definir os rumos da escola é um desafio e tanto. Mas o esforço compensa: com um PPP bem es-truturado, a escola ganha uma identidade clara, e a equipe, segurança para tomar decisões.

Avaliação institucional: um importante passo Hoje, o que os alunos, os pais, os professores pensam sobre as nossas es-colas? Nada é mais certo que, para definir onde queremos chegar, primeiro sempre é preciso saber nosso ponto de partida e as metas que queremos alcançar. Foi com esse olhar que, a partir de junho de 2014, a Diretoria de Educação começou o traba-lho de Avaliação Institucional, um grande passo para consolidar o Projeto Político Pedagógico nas escolas. Foram elaborados questionários e depois aplicados nas unidades edu-cacionais, para conseguir as respostas dos alunos, pais e equipes escolares. As respostas geraram o tipo de um “Raio-X” para avaliação em nossas unidades. Conforme explica a Supervisão da Diretoria Municipal de Educação, a Avaliação Institucional possibilitou aos membros de cada escola um diagnóstico dos problemas e das possíveis soluções das unidades. Com esses resultados em mãos, os gestores, com a sua equipe escolar, podem então traçar metas para melhorar os pontos fragilizados.

Veja no site!

Você já assistiu ao vídeo da série “Educação se faz com Ação”, pensado pela Diretoria de Educação para explicar, de forma prática, o que é o PPP? Ele traz exemplos positivos de ações já realizadas na Rede em sintonia com essa proposta. Confira no link: http://www2.lencoispaulista.sp.gov.br/v2/videos/675/educacao-se-faz--com-acao-projeto-politico-pedagogico.html

Page 3: Jornal do Educador - Maio 2015

Nosso papel

Agente administrativo: o elo entre a informação e o público

aponta que o agente administrativo de Se-cretaria Escolar precisa sempre trabalhar em parceria com a direção, coordenação e equipe escolar. Agilidade, ética, compro-metimento e prestatividade são posturas do bom profissional. “Os agentes administrativos das Secretarias Escolares Municipais de Len-çóis Paulista são profissionais em ação,

em movimento. Essa função exige que o profissional seja dinâmico, que queira seu constante aperfeiçoamento, para que suas ações realizadas na escola impac-tem o trabalho de forma positiva, seja no âmbito administrativo, seja no âmbito pe-dagógico”, diz Célia, que agradece a de-dicação dos agentes administrativos nas escolas da cidade.

O que é um “agente”? No dicioná-rio encontramos: “aquele que age; que pro-duz algum efeito”. Estamos falando então do profissional que produz efeitos na área administrativa por meio de sua ação? Sim. Estamos falando disso e de muito mais. Ele é o elo entre a informação e o público, seja ele interno ou externo. E, ao atuar nas secretarias das escolas, é peça importante para o bom trabalho dessas instituições. Vinte e sete agentes administra-tivos atuam hoje nas secretarias das 33 escolas municipais de Lençóis Paulista. Entre suas atribuições estão os servi-ços relacionados à área de informática e de ordem burocrática administrativa. Eles executam serviços gerais de secretaria e atendimento telefônico e ao público, com o objetivo de dar o direcionamento necessá-rio para que o cidadão e os profissionais ao seu redor tenham êxito no que buscam. “O agente administrativo também é um educador e deve dar o exemplo”, co-menta a agente administrativo da Diretoria Municipal de Educação, Célia Ledesma dos Santos, que desempenha a função há 20 anos e sempre está à disposição dos profissionais para o esclarecimento de dú-vidas e para oportunizar o melhoramento do trabalho. Ela, que também é pedagoga,

Vinte e sete agentes administrativos atuam hoje nas secretarias das 33 escolas municipais de Lençóis Paulista. Na foto, parte dessa importante equipe

Observação: As características aqui

citadas levam em conta um levanta-

mento realizado com as diretoras das

escolas municipais e a Supervisão de

Ensino da Diretoria Municipal de Educa-ção no ano de 2011.

3

PERFIL DO EFICIENTE AGENTE ADMINISTRATIVO NAS SECRETARIAS ESCOLARES: • Conhece as regras da escola; • Tem domínio das atividades executadas e dos programas necessários para seu trabalho: possui conhecimento técnico da área burocrática de uma secretaria (documentação de alunos, professores e da escola em geral);• Mantém atualizada a legislação, a documentação e Sistemas Escolares (GDAE e Governança);• Organiza documentos de forma a ser prático para utilizar quando necessário;• Zela pela organização e sigilo dos documentos escolares;• Responsabiliza-se pelo pleno funcionamento da secretaria de forma a manter em dia a escrituração, arquivos, fichários, correspondência escolar e os resultados das avaliações dos alunos;• Presta serviço de assessoria à Direção e Coordenação nos trabalhos burocráticos e pedagógicos, bem como atendimento às demandas, no que se refere a matrículas, transferências e outros; • Oferece atendimento de qualidade ao público e à comunidade em geral.

Page 4: Jornal do Educador - Maio 2015

4

Obras

Escolas recebem pintura

e revitalização

com troca do piso, do revestimento e ade-quação da rede de gás.

EMEIF Amélia Benta do Nascimento Oli-veira: investimento de aproximadamen-te R$55 mil A unidade recebeu pintura geral. Também ocorreu a substituição de portas onde ha-via necessidade, como nos banheiros e em algumas salas de aula.

EMEF Edwaldo Roque Bianchini: inves-timento de aproximadamente R$45 mil A escola passou por obras de reforma nos banheiros e na quadra, com pintura inter-na da quadra, das paredes e das salas do fundo desse espaço. A unidade também recebeu uma adequação pedida pela Es-colinha de Basquete, que é a interligação

do banheiro com o vestiário.

EMEIF Irma Carrit: investimento de aproximadamente R$27 mil Na escola as obras contemplaram a refor-ma dos dois banheiros voltados para os alunos do Ensino Fundamental, com troca de piso, revestimento, vasos e portas.

EMEI Marcelino Dayrell Queiroz: inves-timento de aproximadamente R$45 mil O prédio recebeu pintura geral, reforma dos banheiros e do playground.

EMEF Eliza Pereira de Barros: investi-mento de aproximadamente R$30 mil As obras contemplaram pintura interna e externa e a construção de um muro de divisa entre a Cozinha Piloto e a unidade.

Seis escolas municipais passa-ram recentemente por obras de reforma, pintura e revitalização: Amélia Benta do Nascimento Oliveira (Vila Baccili), Edwal-do Roque Bianchini (Cecap), Ézio Paccola (Jardim Primavera), Irma Carrit (Vila Cru-zeiro), Marcellino Dayrell Queiroz (Nova Lençóis) e Eliza Pereira de Barros (Cen-tro). Mais de R$320 mil foram investidos. A Diretoria Municipal de Educação aproveitou o período de férias escolares para realizar as obras.

O que foi feito: EMEF Ézio Paccola: investimento de aproximadamente R$120 milA escola recebeu pintura geral, tanto no prédio direcionado às aulas do período integral quanto no prédio onde funciona o ensino em período regular. Neste segun-do também ocorreu a reforma da cozinha,

Escola Amélia Benta: pintura geral

Escola Marcelino: pintura e reforma

Escola Ézio Paccola: cozinha nova

Page 5: Jornal do Educador - Maio 2015

w

5

Obras

Obras

Legislação

A afirmação é da Diretora de Educação de Lençóis Paulista, Lucinara Barbosa, sobre o Projeto de Lei Comple-mentar número 93/2014, protocolado na Câmara Municipal de Lençóis Paulista em 30 de outubro do ano passado, propondo alteração no Estatuto do Magistério vigen-te (Lei complementar número 36, de 12 de dezembro de 2006). Ela explica que as medidas pro-postas levam em consideração a reivindi-

cação dos educadores, bem como inicia-tivas que favorecem a ação pedagógica e, assim, o melhor desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. A proposta de alteração foi abor-dada durante reuniões com os gestores de escolas e encontros periódicos com repre-sentantes dos professores, um canal de comunicação criado pela Diretoria Munici-pal de Educação para dar voz direta aos profissionais.

A grande maioria das alterações propostas não foi aprovada pela Câmara Municipal. “Os alunos e a educação em si perdem muito com a não aprovação”, ava-lia a diretora Lucinara.

Entenda “tim tim por tim tim” quais são as alterações propostas na Lei do Es-tatuto do Magistério Vigente, os motivos e quais os prejuízos com a NÃO APROVA-ÇÃO nas páginas a seguir.

Duas novas creches em construção

A expectativa é que as creches que estão em construção, do Jardim Ma-ria Luíza 4 e do bairro Grajaú, possam ser concluídas até o final do ano. Ambas foram viabilizadas pela prefeita Bel Loren-zetti junto ao Governo do Estado. As duas unidades, que têm ca-pacidade para atender 120 crianças em cada uma, possuem investimento total de 3,2 milhão. Com mais de 800 metros qua-drados de área construída, as creches em construção seguem o mesmo padrão da Creche Iara Maria Giovanetti Campa-nholi, inaugurada em 2013 no residencial Santa Terezinha.

““

As mudanças propostas no Estatuto são para

melhorar o Ensino

Maria Luíza 4

Grajaú

Page 6: Jornal do Educador - Maio 2015

6

Artigo atual no Estatuto do Magistério Artigo proposto Beneficiário Proposta de alteração

Artigo 14

Artigo 14

Artigo 35

Parágrafo 3º do artigo 35

Parágrafo 4º do artigo 35

Parágrafo 5º

Artigo 38

Artigo 82 - A

Anexo I

Artigo 1º

Artigo 2º

Artigo 3º

Parágrafo 3º do artigo 3º

Parágrafo 4º do artigo 3º

Artigo 4º

Artigo 7º

Artigo 8º

Alunos

Professores

Coordenador Pedagógico

Coordenador pedagógico e diretor de escola

Coordenador pedagógico e Diretor de escola

Professores

Comunidade Escolar e Escola

Professor/Coordenador Pedagógico

Alterando: processo de aceleração de aprendizagem “de seus alunos” para “de alunos”.

Professor de Ensino Fundamental I – altera a jornada de 40 horas semanais para 35 horas semanais.Professor de Educação Infantil I – altera a jornada de 40 horas semanais para 36 horas semanais.Professor de Educação Infantil II – altera a jornada de 35 horas semanais para 28 horas semanais.Professor de Ensino Fundamental II - altera a jornada de 35 horas semanais para 28 horas semanais.

Retira “desde que de grupo ocupacional diverso, classificado em qualquer unidade escolar do Município”.

Altera “a diferença de vencimentos do cargo de que é titular para o cargo que vier a exercer, tendo seu enquadramento no padrão do cargo de destino, na mesma classe em que se encontrava o cargo de origem, em razão da sua progressão salarial” para “a gratificação correspondente à diferença en-tre seu vencimento básico e o vencimento inicial do cargo em que se der a substituição”.

Alterado totalmente.

Excluído

Excluído: “Não haverá incorporação de vencimentos quando o docente ocupar cargo em comissão, passando a perceber o salário de seu cargo quando deixar de exercer a referida função.”

Fica acrescentado o Artigo 82-A à Lei Complementar nº 36, de 12 de dezembro de 2006, com a seguinte redação: “Ao servidor ocupante do cargo de Diretor de Escola em exer-cício em unidades escolares com mais de 600 alunos fica garantido o direito à Gratificação pelo número de alunos – GNA, que corresponderá a 20%(vinte) do vencimento inicial do cargo”.

Diretor de Escola – alterou de “possuir , no mínimo 8 (oito) anos de experiência docente” para “possuir, no mínimo 8 (oito) anos de experiência no magistério, dos quais 5 (cinco), no mínimo em atividade docente”.Coordenador Pedagógico – alterou de “possuir, no mínimo, 5 (cinco) anos de experi-ência docente” para “possuir, no mínimo, 5 (cinco) anos de experiência em atividade docente”.

Legislação

Page 7: Jornal do Educador - Maio 2015

7

Motivo Prejuízos acarretados com aNÃO APROVAÇÃO

Dificuldade de contratação de professores;Dificuldade do professor em trabalhar em duas horas se-manais as diversas necessidades dos seus alunos, en-quanto que nos agrupamentos as dificuldades poderiam ser próximas (por exemplo, dificuldades específicas na operação matemática de divisão, ou, na língua portu-guesa, de compreensão textual, etc). O agrupamento facilita o trabalho do professor e favorece a aprendiza-gem dos alunos.

Dificuldade na contratação de professores para o Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano), devido à impossibili-dade de acúmulo de cargos. Impossibilidade de redução de horas de trabalho para os professores que, por motivos particulares, assim de-sejam.

O Coordenador Pedagógico não pode substituir o Dire-tor de Escola quando do seu afastamento, mesmo es-tando mais preparado para tal substituição. Atualmente, se a unidade não tem um vice-diretor, a substituição é direcionada a um professor, que é retirado da sala de aula para isso.

O substituto continuará recebendo remuneração supe-rior ao substituído, gerando impasses na rede. Dessa forma, não há o estímulo ao ingresso na carreira de ges-tor de escola (via concurso público).

Não há o estímulo ao ingresso na carreira de gestor de escola (via concurso público).

O professor está sendo excluído do benefício.

A comunidade escolar não conta com diretor que per-maneça tempo suficiente para conhecer os problemas da comunidade e criar vínculos com ela. A medida evi-ta que as escolas maiores -e assim naturalmente mais complexas- sejam apenas passaporte para o ingresso na Rede. Isto é, que sejam escolhidas pelos diretores que acabaram de ingressar na Rede por meio de con-curso público, mas que, quando há oportunidade, se removem para atuar em uma unidade menor.

O professor que ingressa com apenas 5 anos de expe-riência docente no cargo de Coordenador Pedagógico não pode ingressar como Diretor de Escola, caso seja classificado em Concurso Público Municipal.

Hoje, da forma como está, a lei sugere que os agrupamentos para o processo de aceleração (reforço) sejam feitos pelo professor da classe com os seus alunos. Portanto, em duas horas semanais, o professor que já recebe para desenvolver esse processo deverá trabalhar com seus alunos que possuem necessidades diferentes uns dos outros, podendo o mesmo professor nem ter alunos com dificuldades que justifique a aceleração(reforço), ficando ocioso nesse horário. A alteração pro-põe que o professor que já recebe para isso possa trabalhar com alunos da escola agrupados por dificuldades semelhantes, o que facilitará para a escola organizar as turmas, levando-se em conta a avaliação diagnóstica desenvolvida pelo professor do aluno e o SAELP (Sistema de Avaliação Educacional de Lençóis Paulista), para nenhum aluno ter prejuízo.

Esta nova jornada foi proposta em 2014 para os professores contratados temporariamente. Mas houve por parte de profes-sores efetivos a solicitação de que também pudessem optar por esta nova jornada, já que ela facilitaria a acumulação de cargos no serviço público (como, por exemplo, atuação em escolas do Município e também do Estado), principalmente para os professores do Ensino Fundamental II que não teriam que cumprir muitas horas de trabalho pedagógico (HTP). Esta nova jornada atende plenamente a Lei do Piso Salarial que estabelece para o professor 2/3 da jornada de horas com aluno e 1/3 da jornada de horas de trabalho pedagógico. A partir da aprovação da nova jornada, as jornadas anteriores deixariam de existir, mas permaneceria o direito adquirido do professor efetivo, que poderia optar pela mudança ou não, conforme o seu interesse.

O cargo de Diretor de Escola e Coordenador Pedagógico são do mesmo grupo ocupacional. Com a lei vigente, o Coordenador Pedagógico não pode substituir o Diretor de Escola em um eventual afastamento. Com a nova proposta encaminhada para aprovação, o Coordenador poderá exercer tal substituição quando for necessário, o que é muito mais coerente. Atualmente, essa substituição é direcionada a um professor (quando não há um vice-diretor na escola), entretanto, sendo o coordenador pedagógico integrante da equipe gestora da escola, depois do vice-diretor, ele é a pessoa mais indicada para tal substituição, pois conhece a realidade e a dinâmica da unidade sob o olhar da gestão.

Pela regra atual, é considerado o tempo de serviço do professor para enquadrá-lo na tabela de salário do cargo a ser substi-tuído. Na nova proposta, todos serão enquadrados no piso salarial da tabela inicial do cargo a ser substituído. A atual forma de pagamento das substituições para os cargos de Coordenador Pedagógico e Diretor de Escola desestimula o professor a realizar concurso público para tais cargos. Exemplificando: De acordo com a lei atual, o professor, quando vai substituir o coordenador pedagógico ou o diretor de escola, é enquadrado na tabela de remuneração de cargos com o tempo que ele tem de docência, mas com a remuneração do cargo atual. Ou seja, se um professor tem 20 anos de carreira e vai substituir o diretor, entra na tabela salarial do diretor efetivo com 20 anos, sendo que muitos diretores efetivos não chegaram nesse patamar ainda e, mesmo com muito mais experiência, acabam tendo remuneração inferior.

Quando não resultar diferença a receber ou os vencimentos do cargo de que é titular forem maiores daqueles previstos para o cargo a substituir, o funcionário será afastado sem prejuízo de seus vencimentos e das demais vantagens do cargo que é titular. O servidor com acúmulo de cargos públicos do quadro do Magistério Municipal terá a diferença calculada da soma dos vencimentos de cada cargo efetivo com o vencimento inicial do cargo que substituirá.

Contradiz o novo parágrafo 3º

Esse artigo trata diferentemente o docente em relação aos demais servidores públicos, porque todos os ocupantes de cargos em comissão possuem o direito de incorporação de seus vencimentos quando deixam de exercer a referida função, de acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos Municipais.

Nas Escolas maiores da Rede Municipal de Ensino sempre há a rotatividade de Diretor efetivo, pois os mesmos procuram as escolas menores para se removerem quando surge cargo vago, já que o salário de quem tem uma escola pequena e de quem tem uma escola maior é o mesmo, enquanto a complexidade do trabalho é muito maior em uma escola com mais alunos. Exemplificando: Hoje, duas escolas na Rede Municipal têm mais de 600 alunos, a EMEF Idalina Canova de Barros (cerca de 700 alunos) e a EMEF Guiomar Fortunata Coneglian Borcat (cerca de 1.000 alunos). As escolas grandes demandam para o diretor uma rotina mais intensa: ele precisa atuar com diferentes segmentos de ensino (Ensino Fundamental I (1º ao 5º ano) e Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano)); e com quantidades maiores de alunos e professores. Assim, a demanda de problemas a serem administrados também é aumentada, principalmente levando-se em consideração o atendimento da faixa etária que corresponde à adolescência. A intenção do acréscimo salarial é estimular que o diretor se sinta mais motivado para permane-cer na escola e realizar um trabalho consistente, que só pode ocorrer, de fato, a longo prazo.

Alterado os requisitos para provimento de cargo/função:A tabela atual exige 8 anos de experiência docente para ingressar como Diretor de Escola e 5 anos de experiência docente para o cargo de Coordenador. Esta exigência impede que o professor, após ingressar com apenas 5 anos no cargo de Co-ordenador Pedagógico, possa ingressar após 8 anos no cargo de Diretor de Escola, pois quando o professor se afasta da sala de aula para outra função a sua experiência é considerada como experiência no magistério e não experiência docente.

Legislação

Page 8: Jornal do Educador - Maio 2015

EducadorJORNAL DO é um informativo da Diretoria de Educação de Lençóis

Paulista, destinado aos profissionais da Rede.

Jornalista responsável: Carla Izeppe (Mtb - 44.401)Produção gráfica: Agência Zum Publicidade e Propaganda • Impressão: Gráfica CoelhoTiragem: 1.100 exemplares • Custo de produção: R$ 0,96 (valor unitário)

Conectado

Veja no nosso site! No site da Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista você encontra vários vídeos referentes à Educação em nossa cidade. Usamos essa ferramenta para in-formar sobre diferentes temas por oferecer uma linguagem dinâmica e rápida, que possibilita o fácil entendimento. Todos os vídeos produzidos até o momento já estão disponíveis no site da Prefeitura. Basta acessar www.lencoispaulista.sp.gov.br e, já na página principal, à direita, no cam-po Vídeos, clicar no ícone + (mais vídeos).

Quais os títulos que você encontra:

Essa escolha vale a pena! O vídeo faz parte das ações do Fórum Permanen-te de Combate ao Uso de Drogas de Lençóis Pau-lista. A produção é muito dinâmica e atrativa. Con-ta com a participação de médica psiquiatra que explica como uma atividade prazerosa pode agir em nosso cérebro e garantir sensações de prazer. Também tem a participação de jovens mostrando alternativas positivas que o município oferece, entre elas projetos que envolvem arte, cultura e cursos profissionalizantes.Duração: aproximadamente 20 minutos.

Centenário - O Filme É um curta-metragem, lançado no final de 2014 para fechar as ações da Prefeitura Municipal que marcaram os 100 anos do Grupo Escolar Espe-

rança de Oliveira. A escola e seus arredores na cidade nascente, o carro de boi, a vizinhança com seus casarões antigos... O filme volta ao passa-do e traz de lá personagens que habitam outra dimensão do tempo: a dimensão das memórias. Algumas crônicas de vida e passagens curiosas e reais entre alunos e professores são mostradas na produção. Você vai se emocionar! Duração: aproximadamente 45 minutos.

Da série “Educação se Faz com Ação”:

“Projeto Político Pedagógico” Ensinar, Planejar, Executar, Sonhar... Essas ações fazem parte do Projeto Político Pedagógico de uma escola. O vídeo mostra exemplos de ações positivas realizadas nas escolas municipais, com foco em gestão, práticas didáticas e formação, entre outras. Duração: aproximadamente 22 minutos.

“Aprender Não Tem Hora” “Até os 100 anos eu quero estudar! E ainda vou fazer uma faculdade!”, diz Josefa Luísa Felismino, 64 anos, com um brilho no olhar que emociona quem a vê. “Eu nunca imaginei que ainda fosse estudar computação”, diz seu colega, José Maria Rodrigues, 55 anos. A Prefeitura de Lençóis Pau-lista já desenvolve a segunda fase do programa de alfabetização de jovens e adultos “Aprender Não Tem Hora”, que tem mudado a vida de muita gente e agora garante certificado oficial de escola-rização. No vídeo você confere essa história. Duração: aproximadamente 8 minutos

“Ações que nos fazem referência” Lençóis Paulista já foi apontada pela Revista Épo-ca, de circulação nacional, como um município que dá o exemplo quando falamos em equidade na Educação. E frequentemente recebemos a vi-sita de outros municípios para conhecer as ações aqui já implantadas e as soluções encontradas. Duração: aproximadamente 19 minutos

“Transporte Escolar” Você sabia que os veículos que fazem o transporte escolar rodam por dia praticamente o mesmo que ir e voltar de Lençóis Paulista a Brasília, duas vezes? Veja como funciona esse serviço na cidade, que atende, principalmente, quem mora na área rural. Duração: Aproximadamente 8 minutos

“Alimentação Escolar” A Cozinha Piloto fornece diariamente 18 mil refei-ções balanceadas, para atender os alunos dos dife-rentes segmentos de Ensino, tanto da Rede Munici-pal quanto da Rede Estadual. Veja o funcionamento desse serviço, desde o preparo das refeições, que começa às 2 horas da madrugada, até a distribui-ção para os alunos. Duração: Aproximadamente 6 minutos