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Eleições na CUT-Rio Virgínia Berriel (foto), diretora de ne- gociação coletiva do Sinttel-Rio e titular da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT, está entre os candidatos na disputa pela presidência da CUT-Rio, e fará no dia 27, a partir das 18h, no auditório do Sindipetro (Av. Passos, 34 - Centro - Rio de Janeiro), o lançamento de sua candidatura. Para o evento, Virgínia está convidando dirigentes de sindicatos do Rio de Janeiro. Ela é a única mulher candidata ao cargo e reconhece que tem as credenciais para dirigir a entidade, porque "é de luta e desde sempre implacável na defesa dos direitos dos trabalhadores”. Ela ressalta que, além da luta geral dos trabalhadores no Sinttel e na própria CUT, está na linha frente das lutas específicas das mulheres contra a violência doméstica, por igualdade de salários e de direitos, bem como por paridade em todas as instâncias sindicais, partidárias e políticas. Nesse aspecto, comemorou recentemente com as demais dirigentes sindicais, a conquista de 50% de paridade com os homens na direção da CUT. Além do Sinttel-Rio, Virgínia é mem- bro do Movimento Humanos Direitos (MHUD), que atua contra as práticas de trabalho escravo ou análogo a este no Brasil. Se eleita presidente da CUT, pretende manter a central como referência de luta dos trabalhadores no Rio, voltar-se para as bases sindicais e retomar o engajamento permanente com as lutas sociais e políticas por uma sociedade cada vez mais justa e igualitária. Seu slogan é: "Pela Renovação e Reorganização da CUT-RJ. Por luta, Unidade e Democracia” Está marcada para o dia 29, na sede do Sindicato, a terceira rodada de negociação para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2015/2016, para reajuste de salários e benefícios. A campanha envolve mais de 30 mil trabalhadores das empre- sas: EmpreZa, BTCC, Huawei, Logictel,Telemont, Serede, Procisa, Tel, entre outras, com datas base em 1° de abril e 1° de junho. Na última rodada, realizada no dia 10, o sin- dicato patronal e as empresas apresentaram uma proposta vergonhosa, de reajuste de 3% para sa- lários e benefícios e a volta do banco de horas. O Sindicato rejeitou a proposta e reafirmou a Pauta A CUT intensificará, em todo país, a luta nas ruas e nas redes contra o PL 4330, que amplia a terceirização e prejudica enormemente os trabalhadores. O ato realizado pela central e outras entidades em várias capitais, no último dia 15, mobilizou milhares de trabalhado- res de várias categorias, que foram às ruas contra a aprovação do projeto. Além disso, uma ação da CUT e dos sindicatos filiados, foi divulgar a relação por estado de todos os parlamentares que votaram a favor do PL com suas respectivas fotos. A aprovação foi um duro golpe contra os trabalhadores. PROTESTO GANHA AS REDES Esta campanha de divulgação dos parla- mentares que votaram contra os trabalhadores ganhou força nas redes sociais, onde as listas com as respectivas fotos foram compartilhadas à exaustão no facebook, twitter, sites e blogs de todo o Brasil, além de cartazes impressos e colados e divulgados por várias entidades. A pressão popular teve um grande efeito junto aos parlamentares, que recuaram forçando o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), a adiar a votação dos destaques do PL 4330 pra hoje, dia 22, com medo que o projeto não fosse aprovado. A resposta da sociedade diante do risco de aprovação do PL 4330, que retira direitos traba- lhistas duramente conquistados, deve continuar. É fundamental que todos se mantenham mobi- lizados e vigilantes, para que os parlamentares sintam a pressão do desejo popular da grande maioria da população brasileira. O Sinttel man- tém seu compromisso em defender a categoria, e continuará divulgando a lista dos parlamentares que estão do lado oposto dos trabalhadores e da democracia. Utilize as redes sociais para pres- sionar os parlamentares contra o PL4330. Foi o que disso à Carta Capital (CC) o professor Ruy Braga (RB), da Universidade de São Paulo (USP), especializado em sociolo- gia do trabalho. Ele denuncia que o Projeto de Lei 4330 completa o desmonte iniciado por FHC e que os maiores prejudicados serão os contratados na faixa etária entre 18 e 25 anos. Braga traça um cenário delicado para os próximos quatro anos: salários 30% mais baixos para 18 milhões de pessoas. Até 2020, a arrecada- ção federal despencaria, afetando o consumo e os programas de distribuição de renda. De um lado, estaria o desemprego. De outro, lucros desvinculados do aumento das vendas. Confira a seguir alguns trechos da entre- vista e leia sua íntegra no portal da Carta Capital (http://www. cartacapital.com.br) CC - Como se saíram os países que facilitaram as ter- ceirizações? RB - Portugal é um exemplo típico. O Banco de Portugal publicou no final de 2014 um estudo informando que, de cada TERCEIRIZAÇÃO PL 4330 volta ao plenário hoje. Somos contra! O plenário da Câmara dos Deputados retoma hoje, dia 22, a votação do Projeto de Lei 4330, que permite a terceirização em todos os setores, inclusive nas empresas de telecomunicações. O texto-base da proposta já foi aprovado e agora os deputados querem concluir a análise dos destaques e das emendas apresentados ao texto. dez postos criados após a fle- xibilização, seis eram voltados para estagiários ou trabalho precário. O resultado é um aumento exponencial de portu- gueses imigrando. Ao contrário do que dizem as empresas, essa medida fecha postos, diminui a remuneração, prejudica a sin- dicalização de trabalhadores, bloqueia o acesso a direitos trabalhistas e aumenta o nú- mero de mortes e acidentes no trabalho porque a rigidez da fiscalização também é menor por empresas subcontratadas. CC - E não há ganhos? RB - Há, o das empresas. Não há outro beneficiário. Elas diminuem encargos e aumentam seus lucros. CC - Quantas pessoas devem perder a estabilidade? RB - Hoje o mercado formal de trabalho tem 50 milhões de pessoas com carteira assinada. Dessas,12 milhões são terceiriza- das. Se o projeto for transformado em lei, esse número deve chegar a 30 milhões em quatro ou cinco anos. Estou descontando dessa O maior golpe contra o povo desde 64 Milhares foram ao protesto na Cinelândia (Centro do Rio), contra o PL 4330 Campanha da Rede: nova reunião dia 29 de Reivindicações, onde constam itens, como: piso geral de R$1200,00, vale refeição de R$20,00 por dia, plano de saúde unificado, de qualidade e com baixo custo, INPC integral mais ganho real, 30% de periculosidade para trabalhadores que usam motos e gratificação de 60% do salário base para dirigir veiculo. O Sindicato espera que nesta terceira rodada as empresas apresentem uma proposta decente, e não mais desculpas. Caso contrário, a direção convocará assembleia para decidir junto com os trabalhadores os rumos da campanha “É pra já!”. Os diretores do Sindicato continuam visitando os locais de trabalho, realizando atos e entregando boletins da Rede para mobilizar os trabalhadores para esta grande campanha. É importante que todos entrem nessa luta! ABONO TELEMONT E SEREDE Depois de muita negociação e pressão do Sin- dicato, as empresas Telemont e Serede pagaram no dia 20, abono compensatório de R$ 400,00. As empresas afirmaram que, por não terem feito medição, a PPR seria zero. Diante disso, o Sin- dicato exigiu uma compensação e conseguiu o pagamento deste abono. O pagamento é de acordo com os critérios de elegibilidade: absenteísmo (faltas injustificadas) e proporcionalidade (tempo de serviço). SAÍDOS - O pagamento para os saídos será dia 30 de maio, mas estes deverão comparecer até o dia 10 de maio ao RH das empresas Serede e Telemont para atualização dos dados pessoais. No caso da Telemont, os trabalhadores devem comparecer ao RH das respectivas regiões, se não, ficarão sem receber. Caso os trabalhadores tenham dúvidas, devem entrar em contato com os diretores: Amilton (amiltonbarros@sinttelrio. org.br ) e Valdo ([email protected]). conta a massa de trabalhadores no serviço público, cuja terceirização é menor, as categorias que de fato obtêm representação sindical forte, que podem minimizar os efeitos da terceirização, e os trabalhadores qualificados CC - O desemprego cai ou aumenta com as terceirizações? RB - O desemprego aumenta. Basta dizer que um trabalhador terceirizado trabalha em média três horas a mais. Isso significa que menos funcionários são necessários: deve haver redução nas contratações e prováveis demissões. CC - Qual a diferença entre atividade meio e atividade fim? RB - Uma empresa é com- posta por diferentes grupos de trabalhadores. Alguns cuidam do produto ou serviço vendido pela companhia, enquanto ou- tros gravitam em torno dessa finalidade empresarial. Em uma escola, a finalidade é educar. O professor é um trabalhador fim. Quem mexe com segurança, limpeza, por exemplo, trabalha com atividades meio. SOCORRO ANDRADE

Jornal do Sinttel-Rio nº 1.459

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Terceirização: PL 4330 volta ao plenário hoje. Somos contra!

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Page 1: Jornal do Sinttel-Rio nº 1.459

Eleições na CUT-Rio

Virgínia Berriel (foto), diretora de ne-gociação coletiva do Sinttel-Rio e titular da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT, está entre os candidatos na disputa pela presidência da CUT-Rio, e fará no dia 27, a partir das 18h, no auditório do Sindipetro (Av. Passos, 34 - Centro - Rio de Janeiro), o lançamento de sua candidatura.

Para o evento, Virgínia está convidando dirigentes de sindicatos do Rio de Janeiro. Ela é a única mulher candidata ao cargo e reconhece que tem as credenciais para dirigir a entidade, porque "é de luta e desde sempre implacável na defesa dos direitos dos trabalhadores”.

Ela ressalta que, além da luta geral dos trabalhadores no Sinttel e na própria CUT, está na linha frente das lutas específicas das mulheres contra a violência doméstica, por igualdade de salários e de direitos, bem como por paridade em todas as instâncias sindicais, partidárias e políticas. Nesse aspecto, comemorou recentemente com as demais dirigentes sindicais, a conquista de 50% de paridade com os homens na direção da CUT.

Além do Sinttel-Rio, Virgínia é mem-bro do Movimento Humanos Direitos (MHUD), que atua contra as práticas de trabalho escravo ou análogo a este no Brasil.

Se eleita presidente da CUT, pretende manter a central como referência de luta dos trabalhadores no Rio, voltar-se para as bases sindicais e retomar o engajamento permanente com as lutas sociais e políticas por uma sociedade cada vez mais justa e igualitária. Seu slogan é: "Pela Renovação e Reorganização da CUT-RJ. Por luta, Unidade e Democracia”

Está marcada para o dia 29, na sede do Sindicato, a terceira rodada de negociação para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2015/2016, para reajuste de salários e benefícios. A campanha envolve mais de 30 mil trabalhadores das empre-sas: EmpreZa, BTCC, Huawei, Logictel,Telemont, Serede, Procisa, Tel, entre outras, com datas base em 1° de abril e 1° de junho.

Na última rodada, realizada no dia 10, o sin-dicato patronal e as empresas apresentaram uma proposta vergonhosa, de reajuste de 3% para sa-lários e benefícios e a volta do banco de horas. O Sindicato rejeitou a proposta e reafirmou a Pauta

A CUT intensificará, em todo país, a luta nas ruas e nas redes contra o PL 4330, que amplia a terceirização e prejudica enormemente os trabalhadores. O ato realizado pela central e outras entidades em várias capitais, no último dia 15, mobilizou milhares de trabalhado-res de várias categorias, que foram às ruas contra a aprovação do projeto. Além disso, uma ação da CUT e dos sindicatos filiados, foi divulgar a relação por estado de todos os parlamentares que votaram a favor do PL com suas respectivas fotos. A aprovação foi um duro golpe contra os trabalhadores.

PROTESTO GANHA AS REDESEsta campanha de divulgação dos parla-

mentares que votaram contra os trabalhadores ganhou força nas redes sociais, onde as listas com as respectivas fotos foram compartilhadas à exaustão no facebook, twitter, sites e blogs de todo o Brasil, além de cartazes impressos e colados e divulgados por várias entidades. A pressão popular teve um grande efeito junto aos parlamentares, que recuaram forçando o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), a adiar a votação dos destaques do PL 4330 pra hoje, dia 22, com medo que o projeto não fosse aprovado.

A resposta da sociedade diante do risco de aprovação do PL 4330, que retira direitos traba-lhistas duramente conquistados, deve continuar. É fundamental que todos se mantenham mobi-lizados e vigilantes, para que os parlamentares sintam a pressão do desejo popular da grande maioria da população brasileira. O Sinttel man-tém seu compromisso em defender a categoria, e continuará divulgando a lista dos parlamentares que estão do lado oposto dos trabalhadores e da democracia. Utilize as redes sociais para pres-sionar os parlamentares contra o PL4330.

Foi o que disso à Carta Capital (CC) o professor Ruy Braga (RB), da Universidade de São Paulo (USP), especializado em sociolo-gia do trabalho. Ele denuncia que o Projeto de Lei 4330 completa o desmonte iniciado por FHC e que os maiores prejudicados serão os contratados na faixa etária entre 18 e 25 anos. Braga traça um cenário delicado para os próximos quatro anos: salários 30% mais baixos para 18 milhões de pessoas. Até 2020, a arrecada-ção federal despencaria, afetando o consumo e os programas de distribuição de renda. De um lado, estaria o desemprego. De outro, lucros desvinculados do aumento das vendas. Confira a seguir alguns trechos da entre-vista e leia sua íntegra no portal da Carta Capital (http://www.cartacapital.com.br)

CC - Como se saíram os países que facilitaram as ter-ceirizações?

RB - Portugal é um exemplo típico. O Banco de Portugal publicou no final de 2014 um estudo informando que, de cada

TERCEIRIZAÇÃO

PL 4330 volta ao plenário hoje. Somos contra!O plenário da Câmara dos Deputados retoma hoje, dia 22, a votação do Projeto de Lei 4330, que permite a terceirização em todos os setores, inclusive nas empresas de telecomunicações. O texto-base da proposta já foi aprovado e agora os deputados querem concluir a análise dos destaques e das emendas apresentados ao texto.

dez postos criados após a f le-xibilização, seis eram voltados para estagiários ou trabalho precário. O resultado é um aumento exponencial de portu-gueses imigrando. Ao contrário do que dizem as empresas, essa medida fecha postos, diminui a remuneração, prejudica a sin-dicalização de trabalhadores, bloqueia o acesso a direitos trabalhistas e aumenta o nú-mero de mortes e acidentes no trabalho porque a rigidez da fiscalização também é menor por empresas subcontratadas.

CC - E não há ganhos?RB - Há, o das empresas.

Não há outro beneficiário. Elas diminuem encargos e aumentam seus lucros.

CC - Quantas pessoas devem perder a estabilidade?

RB - Hoje o mercado formal de trabalho tem 50 milhões de pessoas com carteira assinada. Dessas,12 milhões são terceiriza-das. Se o projeto for transformado em lei, esse número deve chegar a 30 milhões em quatro ou cinco anos. Estou descontando dessa

O maior golpe contra o povo desde 64Milhares foram ao protesto na Cinelândia (Centro do Rio), contra o PL 4330

Campanha da Rede: nova reunião dia 29de Reivindicações, onde constam itens, como: piso geral de R$1200,00, vale refeição de R$20,00 por dia, plano de saúde unificado, de qualidade e com baixo custo, INPC integral mais ganho real, 30% de periculosidade para trabalhadores que usam motos e gratificação de 60% do salário base para dirigir veiculo.

O Sindicato espera que nesta terceira rodada as empresas apresentem uma proposta decente, e não mais desculpas. Caso contrário, a direção convocará assembleia para decidir junto com os trabalhadores os rumos da campanha “É pra já!”. Os diretores do Sindicato continuam visitando os

locais de trabalho, realizando atos e entregando boletins da Rede para mobilizar os trabalhadores para esta grande campanha. É importante que todos entrem nessa luta!

ABONO TELEMONT E SEREDEDepois de muita negociação e pressão do Sin-

dicato, as empresas Telemont e Serede pagaram no dia 20, abono compensatório de R$ 400,00. As empresas afirmaram que, por não terem feito medição, a PPR seria zero. Diante disso, o Sin-dicato exigiu uma compensação e conseguiu o pagamento deste abono. O pagamento é de acordo

com os critérios de elegibilidade: absenteísmo (faltas injustificadas) e proporcionalidade (tempo de serviço).

SAÍDOS - O pagamento para os saídos será dia 30 de maio, mas estes deverão comparecer até o dia 10 de maio ao RH das empresas Serede e Telemont para atualização dos dados pessoais. No caso da Telemont, os trabalhadores devem comparecer ao RH das respectivas regiões, se não, ficarão sem receber. Caso os trabalhadores tenham dúvidas, devem entrar em contato com os diretores: Amilton ([email protected] ) e Valdo ([email protected]).

conta a massa de trabalhadores no serviço público, cuja terceirização é menor, as categorias que de fato obtêm representação sindical forte, que podem minimizar os efeitos da terceirização, e os trabalhadores qualificados

CC - O desemprego cai ou aumenta com as terceirizações?

RB - O desemprego aumenta. Basta dizer que um trabalhador terceirizado trabalha em média três horas a mais. Isso significa que menos funcionários são necessários: deve haver redução nas contratações e prováveis demissões.

CC - Qual a diferença entre atividade­­meio­e­atividade­­fim?

RB - Uma empresa é com-posta por diferentes grupos de trabalhadores. Alguns cuidam do produto ou serviço vendido pela companhia, enquanto ou-tros gravitam em torno dessa finalidade empresarial. Em uma escola, a finalidade é educar. O professor é um trabalhador fim. Quem mexe com segurança, limpeza, por exemplo, trabalha com atividades meio.

SOCORRO ANDRADE

Page 2: Jornal do Sinttel-Rio nº 1.459

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humor no1.459

Globo: 50 anos de desserviço à democracia No dia 26 de abril, a Rede Globo, maior conglomerado de comunicação do país, fará uma grande festa para comemorar seus 50 anos. Os movimentos sociais que lutam pela democratização das comunicações brasileiras se organizam para, no dia 23, promoverem atos intitulados de "descomemoração". É a resposta da sociedade organizada a um grupo jornalístico que, nesse meio século de existência, tem prestado um enorme desserviço à verdade e à democracia.

Convênio Net Info Tijuca

O Sinttel-Rio está com novo convênio na área de educação. O Net Info - Núcleo de Ensino Tec-nológico - oferece desconto nos cursos técnicos profissionalizantes: eletrônica; mecatrônica; automação industrial; eletrotécnica; construção naval; petróleo e/gás; edificações; segurança do trabalho e meio ambiente. Os descontos variam de acordo com o turno: manhã, de 8h30 às 12h � período de 13 meses, 40% de desconto; turno da noite: de 19h às 22h – período de 13 meses, 30% de desconto e sábados: de 8h30 às 17h �período de 18 meses 40% de desconto. O endereço do Net Info é: Rua Oto de Alencar, 35 - Maracanã - telefones 2234-2918 e 2204-1398.

Conexão solidariedade

No mundo da tecnologia e da rede, a solidariedade também tem vez e, aliás, fica cada dia mais forte através do trabalho da Rede E-Solidário. Criado em 2010 pelo analista Gus-tavo Dutra e pela psicóloga Karina Ribeiro, o site é uma rede social que se destina a unir projetos sociais a possíveis voluntários e doadores através da internet.

Também disponibiliza um mural de anúncios com pequenas e gran-des quantidades de doação de itens específicos e muitas vezes básicos para projetos sociais como quadros negros, poltronas, camas, sacola de roupas de bêbes, fraldas, sapatos e roupas usadas, geladeira, fogão, ou mesmo alimentos, entre outras necessidades recorrentes. Com o objetivo de incentivar a prática da solidariedade na sociedade, a rede quer criar a consciência de que muitas vezes o que sobra na nossa casa pode ser muito útil para pes-soas mais carentes aproximando as pessoas que querem colaborar, mas não sabem como e não tem tempo.

Amigo Solidário: o amigo soli-dário é toda pessoa que participa da rede através de três maneiras: como voluntário, doador ou participante. Na rede é possível fazer uma busca por trabalhos em áreas de interesses específicos no banco de dados dis-ponível e descrever no seu perfil as atividades que gostaria de realizar. Também é possível avaliar e comen-tar os projetos sociais, ajudando outros participantes a identificar as instituições mais confiáveis. Para participar é só se cadastrar no site: www.e-solidario.com.br.

Será lançado no dia 28 de abril, às 18h, na subsede do Sinttel-Rio, no Centro (Rua dos Andradas, 96/15º andar), o número zero do mais novo jornal a circular na cidade "Direito de Opinião". O jornal terá como meta e

"Direito de Opinião" por um Rio melhordesafio discutir os problemas da cidade do Rio de Janeiro, mas não apenas isso, deve fazer propostas para melhorar a cidade e o estado e a vida de cariocas e fluminenses, bem como apontar so-luções para várias questões já crônicas.

O jornal Direito de Opinião é co-ordenado por Gilberto Palmares, Se-cretário de Administração de Maricá, e elaborado pelas jornalistas Rosa Leal, Rosângela Fernandes, Tatiana Guimarães. Para o lançamento foram

convidados e devem participar parla-mentares, representantes de partidos políticos, dirigentes sindicais da CUT e de outras centrais, bem como diri-gentes e representantes de associação de moradores etc.

Criada oficialmente em abril de 1965, a TV Globo nasceu sob as bênçãos da dita-dura que, um ano antes, havia promovido o golpe militar contra o governo legitima-mente eleito de João Goulart. Em setembro daquele mesmo ano, o governo militar criaria a Embratel (Empresa Brasileira de Telecomunicações). A ideia era montar uma grande infraestrutura nacional que pudesse levar aos brasileiros de todas as regiões a visão única e reacionária dos militares. A TV Globo forneceria o conteúdo e a Embratel, a rede de telecomunicações. Durante todo o período militar a Rede Globo serviu com entusiasmo a seus padrinhos. O símbolo maior dessa subserviência foi um programa lançado na TV Tupi, mas imediatamente contratado pela Globo - Amaral Netto, o Repórter. Apresentado por um ex-deputado udenista que passou pelo MDB e, a partir de 1966, se filiou ao partido oficial da ditadura, a Arena, o programa era o porta-voz dos "grandes feitos" militares. Apresentado em horário nobre, durou de 1968 a 1983.

DIRETAS JÁ!Em 1984, quando os brasileiros voltaram a

ocupar as ruas em manifestações populares exigindo eleições diretas para a presidência da República, o governo do general João Fi-gueiredo agiu com a truculência de sempre, tentando impedir o avanço da campanha das Diretas Já. Contou com o aliado de todas as horas, o Sistema Globo, que escondia as manifestações até ser atropelado pelas multidões que lotavam as avenidas do Rio e de São Paulo e, depois, de todas as capitais brasileiras. Apesar disso, a Emenda Dante de Oliveira foi rejeitada na Câmara dos Deputados.

Com a redemocratização, em 1985, e a inesperada posse de José Sarney na presi-dência, as Organizações Globo se mantive-

ram ao lado dos vitoriosos. E conseguiram emplacar ninguém menos que um grande amigo da família, o político baiano Antônio Carlos Magalhães (ACM), como ministro das Comunicações. Conhecido como To-ninho Malvadeza, o ministro fez justiça ao apelido, perseguindo políticos desafetos e trabalhadores.

CASO VICOMEm 1987, Magalhães tentou beneficiar

a Globo, passando por cima da lei, no chamado Caso Vicom. A Vicom era um consórcio formado pela Globo, Bradesco e Victori Comunicações para explorar um serviço de comunicações de dados, prerrogativa exclusiva da Embratel, então estatal. O contrato só não foi adiante por-que os trabalhadores da Embratel, a partir do Rio de Janeiro, liderados pelo Sinttel e pela Associação dos Empregados (AEBT) realizaram uma greve que acabou contando com a adesão nacional.

No processo de elaboração da Constituição de 1988, a Globo capitaneou os setores que se opunham ao Capítulo da Comunicação Social. Por força dessa pressão, que per-manece até hoje, os artigos 220 e 223 da Constituição não foram regulamentados.

ARMA CONTRA LULA 98Sempre na contramão dos interesses

populares, na eleição de 1989, a primeira depois do fim da ditadura, a Globo editou o debate entre Collor e Lula, favorecendo Fernando Collor, o “Caçador de Marajás”, candidato dos meios de comunicação e das elites. O próprio Boni admite, em entrevista que circula no Youtube, que armou contra Lula no último debate, garantindo a vitória a seu opositor.

Collor foi afastado em 1992, depois de ter sofrido o impeachment, e a Globo de-

sembarcou de mala e cuia na campanha de Fernando Henrique Cardoso. Apoio que se estendeu pelos dois mandatos de FHC, o presidente que teve um destacado papel na destruição da indústria nacional, privati-zando e desnacionalizando um setor chave, como o das telecomunicações.

Em 31 de agosto de 2013, o editorial do jornal O Globo intitulado “Apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro” fazia uma autocrítica às posturas adotadas pelo grupo jornalístico. Em determinado trecho, o editorial afirma que: “a lembrança é sempre um incômodo para o jornal, mas não há como refutá-la. É História.” O Globo de fato, à época, concor-dou com a intervenção dos militares, ao lado de outros grandes jornais, como o Estado de São Paulo, Jornal do Brasil e o Correio da Manhã”. Os fatos recentes demonstram que essa autocrítica foi mais uma jogada de marketing.

As manifestações programadas para o dia 23 pretendem, mais uma vez, demonstrar que a sociedade brasileira não aceita mais essa manipulação.Leia mais em www.ins-titutotelecom.com.br

Diversas entidades, movimentos sociais e sindicais estão programando para o dia 26, data comemorativa dos 50 anos da TV Globo, uma série de atos contra a emissora, cujo histórico depõe contra a democracia do País. Também haverá debate sobre o papel da emissora nesse período. Um manifesto, com o título “50 Anos da TV Globo: Vamos descomemorar”, foi elaborado por cerca de 35 entidades e convoca toda a sociedade a sair às ruas no dia 26 "para denunciar a emissora como golpista ontem e hoje; exi-gir a comprovação do pagamento de seus impostos; e reforçar a luta por uma mídia democrática no Brasil.”

Leia mais em www.institutotelecom.com.br

TERCEIRIZAÇÃO, NÃO...TERCEICHORAZAÇÃO.