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PUBLICIDADE Pela primeira vez houve dois representantes na- cionais no quadro de singulares masculinos do Open dos Estados Unidos, mas o saldo re- sume-se a uma vitória de Rui Machado nos pares. E também houve roubos, multas, amnis- tias de multas e duplas- faltas à dúzia. Rescaldo e resultados da partici- pação portuguesa em Flushing Meadows. Frederico Silva serviu para repetir no US Open a presença nos oitavos-de-final do tor- neio júnior de Wimble- don – ainda com idade de cadete. O relato da participação de Kiko no circuito mundial de Sub- 18, integrado num gru- po da Federação Inter- nacional de Ténis desti- nado a apoiar jovens de países... “tenisticamente menos desenvolvidos”! PRÓXIMA EDIÇÃO 14 de outubro COLETTE LEWIS HistóriasdoUSOpen sembrilhareteslusos PEDRO CARVALHO Júnior Kiko dasCaldas na alta-roda mundial Edição n.º100 Edição n.º100 RUI PAULO OLIVEIRA Este número do Jornal do Ténis/Record faz parte integrante do n.º 11.844 de 16 de setembro de 2011 e não pode ser vendido separadamente

Jornal do Ténis 16 Setembro 2011

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Jornal do Ténis 16 Setembro 2011

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Page 1: Jornal do Ténis 16 Setembro 2011

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Pelaprimeiravezhouvedois representantesna-cionaisno quadro desingularesmasculinosdo Open dosEstadosUnidos, maso saldo re-sume-seaumavitóriadeRui Machado nospares. E também houveroubos, multas, amnis-tiasdemultaseduplas-faltasàdúzia. Rescaldoe resultadosdapartici-pação portuguesaemFlushing Meadows.

Frederico Silvaserviupararepetirno USOpen apresençanosoitavos-de-final do tor-neio júniorde Wimble-don – aindacom idadede cadete. O relato daparticipação de Kiko nocircuito mundial de Sub-18, integrado num gru-po daFederação Inter-nacional de Ténis desti-nado aapoiar jovens depaíses... “tenisticamentemenos desenvolvidos”!

PRÓXIMAEDIÇÃO

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SEXTA-FEIRA16 DE SETEMBRO DE 201102 �

Centenasdeemoções

Match-point JOÃO LAGOS

Triângulo.No espaço de umadécada vimos Pete Samprasbater o recorde de títulos doGrand Slam e ser ultrapassa-docurricularmenteporRogerFederer,quefoi substituídonotopo dahierarquiaporum ar-quirrival que também já assu-me credenciais para entrarnasempre apaixonante discus-sãodo“MelhorTenistadeTo-dos os Tempos”. Mas quandose esperava que Rafael Nadal

sedimentasse a supremaciaevidenciada em 2010, foi ul-trapassadoporNovakDjoko-vic – que em 2011 apresentaregistos de sucesso que nemFederer ou Nadal consegui-ram antes. O curioso é que osérvio tem ascendente psico-lógico e técnico sobre o espa-nhol, que por sua vez revelao mesmo tipo de ascendentesobre o suíço, que incomodaseriamente o sérvio (apesar

de ter perdido nas meias-fi-nais do US Open, voltou ater dois match-points!). Umaespécie de charada Pedra-Pa-pel-Tesoura que torna os res-petivos duelos ainda maisapaixonantes e que tambémpode ser definida por Triân-gulo das Bermudas – ondedesaparece Andy Murray,que tem o azar de vivernuma era fenomenal na his-tória da modalidade... �

LIVREARBÍTRIO

MIGUELSEABRA

NOTA: a programação é fornecida pelos respetivos canais, pelo que quaisquer alte-rações de última hora são da inteira responsabilidade dos emissores. Mais informa-ções em http://tv.eurosport.pt e www.sporttv.pt

Director: João Lagos. Editores Record: Miguel Seabra e Norberto Santos. Redacção: Manuel Perez, Pedro Carvalho e Carlos Figueiredo (Jornal do Ténis).Fotografia: Paulo César (editor Record), Arquivo Record e Arquivo Jornal do Ténis. Departamento Gráfico Record: Eduardo de Sousa (director de arte),João Henrique, José Fonseca e Pedro Almeida (editores gráficos), Cristiano Aguilar (editor Infografia) e Nuno Ferreira (coordenador digitalização).Redacção e Publicidade: Rua da Barruncheira, 6, 2790-034 Carnaxide Telefone: +351 21 303 49 00. Fax: +351 21 303 49 30. E-mail: [email protected]

Neste número muito especial emque o Jornal do Ténis celebra oseu 100.º número enquanto for-mato editado em parceria com o

jornal Record – e numa altura em quetambém comemoramos o 30.º aniversá-rio da realização do primeiro Circuito Sa-télite em Portugal, base competitiva nu-clear no desenvolvimento do ténis nacio-nal –vamos abordar um dos quatro gran-des pilares do circuito mundial: o USOpen, este ano também marcado de for-ma muito particular.

Antes de mais e por motivos exógenosà modalidade, já que se recordou o dra-mático dia de 11 de Setembro de 2001,sobre o qual passaram 10 anos, tempoainda demasiado curto para mitigar aprofunda ferida cavada na nação ameri-cana, vivida à escala mundial como omais traumático acontecimento de quehá memória, não tanto pelo número devítimas que causou, mas pela formacomo pôde ser testemunhado um cená-rio dantesco e impensável.

Mas a 131.ª edição do US Open tevemuito mais a marca-la. Fustigada pelo fu-racão Irene, que obrigou Flushing Mea-dows a fechar portas dois dias seguidos,2011 veio mais uma vez reforçar a ne-

cessidade de uma cobertura amovível noGrand Slam americano que permita ocumprimento da agenda dos principaisencontros e minimize os impactos juntodo numeroso público e quebra de com-promissos televisivos/comerciais. Cená-rio incontornável na atualidade, nada di-ferente do que o nosso Estoril Open re-clama há anos, só recentemente resolvi-do em palcos históricos como Wimble-don ou Melbourne Park e cuja soluçãose encontra em fase decisória tambémem Roland Garros.

Marcado ainda por momentos ines-quecíveis na contenda desportiva, de quesalientamos a evolução técnica, inteli-gência e solidez estratégica de SamanthaStosur, que não só reduziu a cinzas a su-per favorita Serena Williams como co-locou uma australiana a ganhar umGrand Slam após um hiato de três déca-das, pois remonta a 1980 o ano em queEvonne Goolagong saiu vencedora narelva de Wimbledon. Nos homens, quempoderá esquecer a performance verda-deiramente divinal de Roger Federer nasmeias-finais… até aquela resposta im-possível de Novak Djokovic ao primei-ro serviço do suíço, que anula o primei-ro match-point a 3-5 no quinto set e dá

o mote para a cavalgada final do sérvio?E que dizer do terceiro set na final entreNovak Djokovic e Rafael Nadal, maispróprio de deuses do Olimpo, tal a ca-dência e potência que o jogo atingiu?

Mas também para as cores nacionaisesta edição do US Open constituiu mar-co relevante, pois registou o maior nú-mero de sempre de presenças (sete) dejogadores portugueses – três com entra-da direta no quadro principal (Gil e Ma-chado na competição principal masculi-na e o jovem Frederico Silva na compe-tição júnior) e quatro nos qualifyings(Michelle Brito, Maria João Koehler,João Sousa e Gastão Elias) – o que refle-te o alargamento e subida de nível dabase competitiva do ténis nacional. Se-rão porventura passos pequenos, sobre-tudo para quem como nós vê a idade aavançar e “desespera” pela concretiza-ção de sonhos de criança, mas não dei-xam de constituir sinais constantes e se-guros de que estamos no bom caminho.A fechar o ramalhete, não pode ser es-quecido o “Grand Slam de carreira” queCarlos Ramos conquistou no seu bri-lhante trajeto como árbitro de cadeira,uma área onde os portugueses têm pri-mado por níveis de excelência. �

JORNAL DO TÉNIS - Fundado em 1978, o Jornal do Ténistem sido editado em parceria com o Record desde 2002.

No seu atual formato atinge neste número a sua 100.ª edição!

ÁS

26 a 30 de Setembro: WTA de Tóqui1 A 9 DE OUTUBRO: WTA DE PEQUIM11 A 16 DE OUTUBRO: WTA DE LINZ18 A 24 DE OUTUBRO: WTA DE MOSCOVO

16 A 18 DE SETEMBRO: MEIAS-FINAIS DA TAÇA DAVIS3 A 8 DE OUTUBRO: ATP WORLD TOUR 500 PEQUIM9 A 16 DE OUTUBRO: ATP WORLD TOUR MASTERS 1000 XANGAI

facebook.com/jornaldotenistwitter.com/jornaldotenis

ARQUIVO DIGITAL: lagossports.com » ténis » Jornal do Ténis

Há precisamente três décadas, a capa do Jornal do Ténis deSetembro de 1981 refletia a grande notícia do ténis português:a realização do primeiro Circuito Satélite (logo, a primeira pro-va pontuável para o ranking mundial) em solo luso – com eta-pas jogadas no Estádio Nacional, no Lawn Tennis Clube da Foz,Vilalara e um Masters no Luso. A edição fazia também o res-caldo ao Open dos Estados Unidos, com vitórias de John McEn-roe e Tracy Austin. Mal se sabia então que o finalista Bjorn Borgiria optar por não jogar mais qualquer torneio do Grand Slam...

TÉNISNAREDE

HÁ30ANOS

TENDÊNCIAS

CARLOS RAMOS - Ao dirigir a final do US Open, Carlos Ra-mos conseguiu um Grand Slam – após o Open da Austrá-

lia (2005-08), Wimbledon (2007) e Roland Garros (2008)!

FREDERICO SILVA - É, nesta altura, a maior esperançado nosso ténis juvenil, revelando grande maturidade

para os seus 16 anos. Que corresponda às expectativas!

MAGALI DE LATTRE - A ex-campeã nacional anunciou asua retirada do circuito profissional e vai ser treinado-

ra... no Dubai. Vai fazer falta ao frágil ténis feminino português.

FPT - Por mais que se perceba a dificílima conjuntura, anão realização da Joia da Coroa federativa (o Nacional Ab-

soluto) na altura agendada é um marco negativo indelével...

DUPLAFALTA

ATP - Os vários clubes do Porto têm lançado pontualmen-te para a ribalta campeões juvenis, mas foi evidente a fal-

ta de jovens portuenses no Campeonato Nacional de Cadetes.

TÉNISNATV

SEGUNDOSERVIÇO

TAÇA DAVIS. Meias-finais este fim-de-semana

PAUL

OCA

LADO

2007. O êxito de Novak Djokovic no Estoril Open foi um dos maiores destaques na história do Jornal do Ténis/Record

REUT

ERS

Page 3: Jornal do Ténis 16 Setembro 2011

SEXTA-FEIRA16 DE SETEMBRO DE 2011 �03USOpen

Parceria desfeita para sempre?

GILDEIXAJOÃOCUNHAESILVA

Àterceiraserámesmodevez?� Pela terceira vez na sua carrei-ra, Frederico Gil optou por colo-car um ponto final na relação téc-nica com a estrutura do CETO, li-derada por João Cunha e Silva.Uma decisão tomada somente pormotivos profissionais: "Somosamigos e havemos de o ser para oresto da vida. A nível profissional,o João só podia viajar comigo 12semanas por ano e pesou tambéma diversificação do trabalho entreo João, o Gonçalo Nicau e o JoãoCarvalho, que não era totalmentecontínuo. Era feito em equipa, masnão contínuo e diário, e acho quepode fazer a diferença ter um trei-nador que possa estar comigo to-dos os dias e não andar sempre asaltitar de companhia para viajar.Com calma vou perceber o quepretendo e tenho a certeza que to-marei a melhor decisão". �

PAUL

OCA

LADO

QUATRONOQUALIFYING

Gastão Eliasfoiamnistiado�A fase de qualificação teve qua-tro portugueses. Maria JoãoKoehler (assaltada logo à chegadaa Manhattan) foi a primeira a per-der, apesardevalorosa réplica. JoãoSousa e Gastão Elias ainda vence-ram a ronda inaugural; na segun-daGastãofoi advertidopor terpro-ferido uma obscenidade audívelem corte, resultando daí uma mul-ta de 800 dólares, mas valeu o re-curso interposto: foiperdoado.Mi-chelle Brito ficou a escassos pon-tos do quadro principal, mas con-tinuavulnerávelnoserviçoecome-teu uma dúzia fatal de duplas-fal-tas. Recuperada da lesão no joelhodireito, vai lutaratéao finalda tem-porada para melhorar o ranking ecomeçarbem 2012, segundo o seuagente Ben Crandell. �

�Pela primeira vez houve dois tenis-tas lusos com entrada direta no Opendos Estados Unidos. E perceber que

nações de enormetradição tenísticacomo a Suécia e aAustrália apenas tive-ram um representan-te em prova (RobinSoderling nem che-gou a jogar por doen-ça) faz acreditar queo caminho certo estáa ser trilhado pelos

melhores atletas nacionais num cir-cuito extremamente competitivo.

Os resultados imediatos é que porvezes podem desiludir, mas o maisimportante é saber dar a volta porcima. E tanto Rui Machado comoFrederico Gil saíram de Nova Iorqueconscientes desse facto. Foram derro-

tados por jogadores melhor classifi-cados e que dificultaram depois a ta-refa a “Grandes”: Dolgopolov teveset-points diante do futuro campeãoNovak Djokovic, Haase esteve a ga-nhar por dois sets a zero ao semifina-lista Andy Murray.

Sortemadrasta.O sorteio podia tersido mais simpático. A Gil coube-lheum virtuoso da raqueta, encarnadoem Aleksandr Dolgopolov Jr., capazde executar as pancadas mais inusita-das, num estilo desconcertante mas

com a eficácia suficiente de um top25 mundial para não permitir qual-quer brilharete ao sintrense. Incapazde impor qualquer ritmo ao jogo, Fre-derico aguentou-se como pôde e tevealgumas vantagens, mas nem dispôssequerde tempo para colocar em prá-tica o trabalho efectuado em cerca de10 dias com o "treinador experimen-tal" António Van Grichen –uma par-ceria que surgiu depois da terceira se-paração de João Cunha e Silva, masque dificilmente será para manter.

"Tratou-se apenas de uma experiên-cia, depois de ter pedido ajuda ao An-tónio e ele se terdisponibilizado. Quistirar partido disso, perceber como eletrabalha e fiquei muito contente... eletambém tem a sua vida, mas certa-mente gostaria de trabalhar com al-guém com as características dele", ex-plicou Gil, antes de levantar o véu so-bre o futuro, mas sem destapar gran-de coisa. "Neste momento estou àprocura de soluções, com a ajuda doTeam Lagardére, mas não me queroprecipitar. Estão dois ou três nomesem cima da mesa, logo decidirei o que

é melhor para mim", adiantou, semdetalhar se o futuro pode passar poruma base de treino portuguesa oualém-fronteiras. "Neste momento,com o meu ranking, vou jogarChallengers até ao final do ano e comcalma vou acabarpor ter a certeza da-quilo que quero". Na transição paraa Europa, as meias-finais em Génovapermitiram-lhe reintegrar o top 100.

Futurotop50?Atualmente númeroum português no ranking ATP, RuiMachado pretende manter esse esta-

tuto – se possível num lugar aindamais alto. Em Nova Iorque gozou asua melhor classificação de sempre(79.º), mas nem isso lhe valeu na horade enfrentar o ofensivo holandês Ro-bin Haase. "Acabei por entrar com al-gum nervosismo que me impediu, apar do melhor ténis do meu adversá-rio, de imporpressão. Acusei tambémfalta de rodagem em piso rápido, massabíamos que a preparação para estaprova seria algo condicionada pelaprogramação que fizemos da tempo-rada. Para o ano será melhor." Nospares, Machado concretizou a parce-ria idealizada em Umag com FrancoFerreiro e porpouco que a dupla luso-brasileira não chegava à terceira ron-da. Um resultado surpreendente quepode reforçar a aposta na variante.

Mas o foco está nos singulares. Otrabalho com André Lopes integrauma boa componente técnica e psico-lógica, faltando concretizar tudo emresultados: "Se tudocorrerbematéaofinal do ano, espero poder apontar aoutros objetivos em 2012, quem sabeatacando um lugar no top 50 mun-dial". Rui já está na Europa, a jogarChallengers em terra batida. �

LUSOFONIA. O brasileiro Franco Ferreira contribuiu para o único triunfo com marca portuguesa, fazendo par ao lado de Rui Machado

POPULAR.Machadoe os autógrafosda praxe. Tevea vê-lo JoãoLagos, JoãoZilhão, oseleccionadorPedro Cordeiroe algunsportuguesesradicados nazona de NovaIorque

Sonhoseponderação

FredericoGilteveoapoiodeAntónioVanGrichenem

FlushingMeadows

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PORTUGUESESSEMOSUCESSORELATIVODOPASSADORECENTENOGRANDSLAMAMERICANO

NÚMEROSDAPRESTAÇÃONACIONALEMNOVAIORQUE1ª Ronda - QP Singulares: AlexandrDolgopolovJr. (Ukr) v. Frederico Gil, 6-4, 6-2, 7-51ª Ronda - QP Singulares: Robin Haase (Hol) v. Rui Machado, 6-0, 6-4, 6-41ª Ronda - QP Pares: R. Machado/F. Ferreiro (Bra) v. A. Bogomolov/M. Ebden (EUA/Aus), 2-6, 6-4, 6-42ª Ronda - QP Pares: M. Lopez/M. Granollers (Esp/Esp) v. R. Machado/F. Ferreiro, 6-3, 3-6, 6-41ª Ronda - Qualifying: Gastão Elias v. AlexKuznetsov(EUA), 3-6, 7-5, 6-32ª Ronda - Qualifying: LoukSorensen (Irl) v. Gastão Elias, 6-4, 6-11ª Ronda - Qualifying: João Sousa v. Ludovic Walter(Fra), 7-6(4), 6-42ª Ronda - Qualifying: Augustin Gensse (Fra) v. João Sousa, 6-1, 1-6, 6-41ª Ronda - Qualifying: Michelle Brito v. Lesia Tsurenko (Ukr), 7-6(4), 4-6, 7-6(3)2ª Ronda - Qualifying: Michelle Brito v. Anna Floris (Itá), 6-2, 6-03ª Ronda - Qualifying: Karin Knapp (Itá) v. Michelle Brito, 4-6, 6-2, 7-6(1)1ª Ronda - Qualifying: Aleksandra Wozniak(Can) v. Maria João Koehler, 6-4, 4-6, 6-3

ENVIADO

PEDRO CARVALHONOVA IORQUE

Page 4: Jornal do Ténis 16 Setembro 2011

04 � SEXT16 DE

MIGUEL SEABRA

� Na ausência de Frederico Silva,atual melhor tenista nacional de Sub-16 e Sub-18 nas hierarquias interna-cionais, a quinzena de campeonatosnacionais de juvenis realizados noCarcavelos Ténis teve uma estrelamaior – João Domingues, o jovem deOliveira de Azeméis que confirmou oseu enorme salto qualitativo ao longodo verão para se sagrar campeão na-cional de juniores logo após ter logra-do dois títulos internacionais nas com-petições portuguesas pontuáveis parao ranking mundial de Sub-18.

É caso para dizer que “a rama deOliveira” deu frutos, bem regada porum técnico austríaco. João Dominguesganhou os Internacionais de Leiria e aTaça Diogo Nápoles no Lawn TennisClub da Foz, chegando a Carcaveloscom muita rodagem e confiança. Não

cedeu qualquer set na caminhada parao título e na ponta final ultrapassouconcludentemente dois dos melhoresjuvenis portugueses da atualidade,Vasco Mensurado e João Monteiro.

Ritmo.Afinalnão tevegrandesuspen-se; João Domingues começou logo porfazer o 2-0 e descolou a partir dos 2-2parafecharem6-3comaajudadequa-tro duplas-faltas de João Monteiro; nosegundosetchegourapidamenteaos5-0 e só então houve algum suspense,com o portuense a conseguir algunspontos de belo efeito e a fazer-se ouvir:“Ainda cá estou!”. Mas não permane-ceria muito mais em campo, já que ojovem de Azeméis concluiu logo de se-guida com um parcial de 6-2. “Estavafartodeperdersemprenosquartos-de-final enasmeias-finaisdecampeonatosnacionais”,desabafouJoãoDomingues.Segundo o seu técnico Daniel Wieser,umaustríacodeSalzburgoradicadononorte de Portugal desde 2003, “o cli-que deu-se com o estabelecimento deum objetivo bem preciso: o título na-cional de Sub-18”. Depois foi a canali-zação do potencial do seu pupilo: “Eletem uma pancada de direita muito pe-sada e é capaz de imprimir um ritmomuito elevado, sabe usaras suas armastaticamente e mentalmente tem cadavez menos altos e baixos”.

O finalista derrotado teve de acei-tar o desaire: “Pensei que ele entras-se nervoso, mas eu é que entrei apá-tico e quando acordei era tarde demais”, referiu João Monteiro. “Tinhaservido bem ao longo do torneio eachei que essa podia ser a diferença,mas isso não aconteceu e fisicamen-te sinto-me atrás… sempre fui ‘cheii-nho’!”. Solução: pedir a dieta semglúten a Novak Djokovic! �

JOÃODOMINGUES IMPÕE-SENOSSUB-18ACOROARUMVERÃOINESQUECÍVELCOMTÍTULOS INTERNACIONAISDEJUNIORES

CampeonatosNacionais deCadetes e Juniores

Umadireitaquedesequilibraeumfísicoapuradosão

asbasesdoseujogo

A garra de Gonçalo Loureiro

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�Membroregulardasseleçõesnacio-nais juvenisecampeãoeuropeudepa-res infantis em 2009, Gonçalo Lou-reiro parecia marcar passo –enquan-to o seu ex-parceiro Frederico Silvavai subindonahierarquiamundialdejuniores.Umanodepoisde terexage-rado nas suas demonstrações de de-sagrado durante o Campeonato Na-cional de Cadetes de 2010 e com oamigoKikoausenteporandar jánou-tras andanças (torneios Sub-18 naAmérica do Norte), Gonçalo Lourei-roarrancouo títulonacionaldecade-tes a ferros – alinhando quatro jogosconsecutivos na ponta final do tercei-ro set para bater José Maria Moya aocabo de duas horas e meia de jogo.

O modo como chegou à vitória foiainda mais meritório porque o tem-peramental pupilo de João Cunha eSilva –que, de fora, lhe dizia “não se-jas bebé!” – soube utilizar todas assuas melhores ferramentas de jogopara dar a volta ao resultado face aum adversário que se estava a revelarmuito sólido. José Maria Moya, quearrastaconsigoumbomcurrículonos

Sub-12 e Sub-14, faz recordar os jo-gadores da escola de Leste – não sóno rosto como sobretudo através deboas pancadas chapadas de direita eesquerda a duas mãos no fundo docampo, “mas com um mental bemmelhor”,comoafirmaoseutreinador,Manuel Costa Matos, que destaca asua capacidade de luta e uma asserti-vidade competitiva inata.

Mas do outro lado estava tambémum grande lutador. Gonçalo Lourei-ro,comumadireitaqueestáaserapri-moradanoCETOmasqueprecisadeseraindamuitomelhorada,optouporutilizarprecisamenteosliceeosamor-ties de direita alternados com acelera-çõesprofundasatravésdapancadadeesquerda a duas mãos para impor asua excelente envergadura física equalidade de voleador à rede. Moyaacabou a final esgotado pelo esforçoacumulado e Loureiro sucedeu a...Frederico Silva. Que futuro? “Já lhedisse que uma das suas perspetivasprofissionais pode passar por se tor-nar num especialista de pares no cir-cuito ATP”, refere Cunha e Silva. �

EXORCIZOU FRUSTRAÇÕESEARRANCOUTÍTULOAFERROSAPÓSJOSÉMARIAMOYATERCHEGADOAOS5-3NOTERCEIROSET

CONFIANÇA.Apresentandoum ritmo maiselevado, João

Dominguesdominou

por completoa competição

HABILIDADE.Mais uma vez,João Monteiroconfiou no seu

talento... masnão lhe bastou

Oliveiradeufruto

PERTO. JoséMaria Moyaliderou final,mas perdeu

Loureiromereceuoslouros

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Page 5: Jornal do Ténis 16 Setembro 2011

� 05TA-FEIRASETEMBRO DE 2011 CampeonatosNacionais deCadetes e Juniores

Meticulosidadeexcessiva?• Quando o responsável dos cam-

pos do Carcavelos Ténis entravaparaprocederà regae passagemdaterrabatida todos prestavamatenção: indiferente ao que o ro-deavae às circunstâncias, tomavatodo o tempo do mundo e roçavaaperfeição. O problemaé quando talaconteciaameio das finais: no der-radeiro encontro de cadetes, Gon-çalo Loureiro e José MariaMoyaquase desesperaram – e o árbitroesteve a três minutos de darumanova fase de aquecimento antesdo arranque do terceiro set, tãolonga foi a interrupção...

�Uma notável capacidade de concen-tração e clarividência tática para apli-car a melhor pancada no momentomais adequado: as qualidades que têmvalido a Bárbara Luz um notável pal-marés nas camadas juvenis voltarama ser evidentes na final diante de Bea-triz Coelho que deu à conimbricensemais um título nacional de juniores, ajuntar aos que já havia conseguido nosescalões de infantis e de cadetes.

“O facto de ter tido um wild carde de ter jogado o quadro principal doEstoril Open foi muito importantepara a motivação da Bárbara; a par-tir daí notou-se uma atitude diferen-te para melhor”, sublinhou João Cu-nha e Silva – atualmente seu respon-sável técnico no enquadramento doCETO. Mas conseguirá ela transpor-

tar as suas características inatas parao competitivo circuito WTA?

Bárbara Luz impôs-se por 6-1 e 6-4face a uma inesperada finalista que serevelou incapaz de manter o mesmonível apresentado ao longo da sema-na. Depois de surpreender sucessiva-mente a vice-campeã de cadetes Cláu-dia Gaspar, Daniella Silva e Margari-da Moura, Beatriz Coelho não conse-guiu colocar em prática o seu ténis sol-to e agradável por causa dos nervos:

“Sempre joguei para chegar à final deum Campeonato Nacional, é um or-gulho e uma responsabilidade. Tenteicontrolar as emoções, mas não conse-gui… não me deram um wild card epassei pelo qualifying, no fim foi a des-compressão após um torneio cheio deemoções fortes e no qual me superei.”

Sempre pronta a proclamar umaenorme paixão pelo ténis que a leva aacompanhar todos os torneios televi-sionados e a conhecer detalhadamen-te os jogadores, Beatriz Coelho acaboua final de joelhos e a chorar. A notávelmaturidade que evidencia (sobretudono discurso) em breve a ajudará a con-seguir ainda melhores resultados den-tro do campo, depois de ter estado pra-ticamente um ano sem jogar devido auma grave lesão no pulso. �

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FEMININAS. Apresentaram cores semelhantes, mas Bárbara Luz impôs a sua experiência a Beatriz Coelho

TIROLÊS.DanielWieser, queveio dasmontanhasdeSalzburgoatraído pelaspraiasportuguesas,é o técnicode JoãoDomingues,numaassociaçãoque deuexcelentesfrutos nesteverão

ATACANTE. Cláudia Gaspar pensou na vitória cedo demais

EXPERIENTE. Joana Valle Costa apresentou-se mais constante

�Não é raro ver-se um ténis caute-loso nas decisões femininas dos es-calões etários mais baixos. Mas asprotagonistas da final de singularesde cadetes jogaram o jogo pelo jogoe ofereceram um bom espetáculo –com um ténis assente em bola cor-rida, trajetórias tensas e interessan-tes nuances técnico-táticas.

Joana Valle Costa bateu CláudiaGaspar por 5-7, 6-3 e 6-1 ao cabode quase duas horas e meia, impon-do a sua maior experiência e inten-

sidade exibicional perante uma ad-versária que conseguiu alguns pon-tos brilhantes mas que soçobroumentalmente. A jovem do Centrode Alto Rendimento, atualmenteacompanhada por Pedro Cartaxo,junta assim o título nacional deSub-16 aos de Sub-12 e Sub-14que já tinha no seu palmarés. “Elatem treinado muito bem e tem cadavez mais consciência do que é pre-

ciso para atuar ao mais alto nível”,referiu o técnico”. Ganhar é um há-bito e Joana demonstrou as suascredenciais ao longo de uma sema-na em que só foi contrariada no pri-meiro set da final: “A Cláudia temum jogo atacante e tive de ser guer-reira, defender quando tinha de de-fender e ser mais ofensiva quandofoi necessário”, confessou.

De fato, Cláudia Gaspar come-çou bem, mas acusou a proximida-de de um título que seria uma sur-presa: “Tirei-a do meio do campoporque ela gosta de dominar o jogoa partir da zona central. Mas come-cei a sentir a pressão de poder sercampeã nacional, de estar a ganharà favorita… mentalmente nãoaguentei.” O seu treinador em Lei-ria, Miguel Sousa, também atribuià pressão a diferença a partir do se-gundo set: “A Cláudia é muitoagressiva e baseia o jogo nos dese-quilíbrios que cria com a sua direi-ta; estava intrigado para ver comoreagiria na final por não estar habi-tuada e fez um excelente primeiroset, mas depois mostrou ansiedadee a Joana esteve mais confiante.” �

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PALMARÉSCAMPEONATO NACIONALDE JUNIORESSINGULARES MASCULINOSJoão Domingues (CTAzemeis) v. João Monteiro (SportClub Porto), 6-3, 6-2SINGULARES FEMININOSBárbara Luz (CETOeiras) v. Beatriz Coelho (Ace Team), 6-1, 6-4PARES MASCULINOSG. Loureiro/J. Domingues (CTA/CETO) v. A. Completo/A. Murta (CTCR/Tavira RC), 6-3, 6-3PARES FEMININOSB. Luz/M- Moura (CETO/CTP) v. I. Álvaro/R. Mateus (Montechoro/ETVG), 6-1, 6-2PARES MISTOSJ. Nunes/R. Almeida (CarcavelosTénis) v. S. Cruz/J. Albuquerque (Barcelos/Matosinhos), 6-3, 3-6, 10/7CAMPEONATO NACIONALDE CADETESSINGULARES MASCULINOSGonçalo Loureiro (CETOeiras) v. José Maria Moya (Ace Team), 4-6, 6-1, 7-5SINGULARES FEMININOSJoana Valle Costa (CETO) v. Cláudia Gaspar(CITLeiria), 5-7, 6-3, 6-1PARES MASCULINOSG. Loureiro/R. Pereira (CETO/CTPaços Brandão) v. D. Garnel/M. Leite (CarcavelosTénis), 6-2, 6-1PARES FEMININOSJ. Valle Costa/B. Santos (CETO/CIF) v. D. Silva/M. Fernandes (Tavira/AAC), 6-1, 6-4PARES MISTOSM. Fernandes/F. Cunha e Silva (AAC/CETO) v. S. Suahele/A. Salgado (CNG/CTQta Marinha), 6-0, 6-1

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SEXTA-FEIRA16 DE SETEMBRO DE 201106 �

� Em Flushing Mea-dows, “Kiko” conheceuum dos maiores eventosdesportivos à escala pla-netária. “Em dimensãoimpressiona mais do queWimbledon. O CorteCentral é maior que al-guns estádios de futebole para nós, juniores, ébom poder ter noção dasua grandeza”. Viu aovivo quatro encontros dotorneio principal, desta-cando o equilibrado duelo em cin-co sets entre Jo-Wilfried Tsonga eMardy Fish no Arthur Ashe Sta-dium, onde Frederico e os parcei-ros de treino resolveram clamarpor... Rafael Nadal! “Estávamos far-tos de ouvir os americanos apoiaro Fish e alguns a puxar pelo Tson-

ga, pelo que gritámos aomesmo tempo ‘VamosRafa!’.” Pelos corredoresaproveitou par convivercom as estrelas, partilhan-do o espaço do PlayersLounge e restaurante,trocando impressões noginásio com David Ferrer,com quem partilha omesmo agente IMG.Logo após a experiêncianova-iorquina, FredericoSilva regressou então ao

Canadá, e pelos vistos “renascido”,atendendo ao trajeto conseguido nacompetição que antecede o seu re-gresso a casa – para depois atacar ouniverso dos mais velhos, em tor-neios Future de 10.000 dólares apartir de finais de Setembro em Es-pinho e depois no Porto. �

PEDRO CARVALHO,ENVIADO ESPECIAL A NOVA IORQUE

�Entrevistas exclusivas em televisão(Sport TV) e vídeos promocionais emsites de renome internacional (Prin-ceTennis.com) são experiências que,aos 16 anos, Frederico Silva já viveu.Quadros principais de torneios doGrand Slam são já dois. Depois dosoitavos-de-final em Wimbledon, noUS Open quedou-se pela segundaronda, jogada em recinto indoorquando na rua fazia sol. E em NovaIorque cumpriu também uma de trêsetapas competitivas integrado no ITF

Grand Slam Development Fund, cul-minando a aventura esta semana noCanadá – apurado para as meias-fi-nais. A entrada no universo dos tor-neios seniores é já a seguir...

Adaptação. Pensar que a aposta daITF em Frederico Silva se deveu aofacto de Portugal estar ao nível de paí-ses como Madagáscarou Burundi, noque respeita às condições oferecidasao desenvolvimento dos seus tenistas,é redutor. O manifesto do projeto éclaro: os 12 potenciais candidatos têmde estar, no mínimo, integrados notop 70 do rankingmundial. Algo queo esquerdino das Caldas da Rainhaconseguiu pelo seu pulso, orientadopelo treinador Pedro Felner, e com osapoios da IMG (que “gere” o seu fu-turo desde 2009), de marcas como aPrince e a Nike, e também da própriaFPT, sem esquecer a sua família. An-tes de se juntar ao grupo internacio-nal, “Kiko” provou ser merecedordessa distinção ao vencer o ITF deVila do Conde.

Mesmo que habituado a frequen-tar algumas das mais conceituadasacademias internacionais ao abrigo

do acordo com a marca de raquetasque o patrocina, Frederico soube re-tirar proveitos do trabalho realizadocom o colombiano Ivan Molina nocontinente norte-americano. EmFlushing Meadows colocou em prá-tica “uma melhor adaptação aoshardcourts, nos quais não jogava des-de Novembro do ano passado. Umatransição nem sempre fácil, mas quefoi trabalhada, na procura de maiswinners e não ficar tanto à espera doerro do adversário”. O primeiro en-contro jogado no US Open, frente aoexótico Jeson Patronbom, permitiucomprovar esse trabalho. Devido aoambiente grandioso, “Kiko” entrounervoso e ia pagando caro a tremidei-ra. Oportunidades perdidas no pri-meiro e último set colocaram-no pe-rante três match-points. Salvou os pri-meiros dois de forma segura no ser-viço e depois foi tempo do filipino tre-mer no saque – perante o desesperode dezenas de compatriotas que es-peravam fazer a festa.

Chuvaousol. O que se seguiu tevecontornos de “balde de água fria”.Após dois dias de espera devido àchuva, Frederico, e todo o torneiojuvenil, foi transferido para o SoundShore Indoor Tennis Club, a 40 qui-lómetros de Manhattan. Com sol narua, jogou-se então em condições di-ferentes de Flushing Meadows, emcourts sequenciais e sem qualquerhipótese de ligação entre jogador-treinador. Até o resultado tinha deser memorizado, perante a falta demarcador. Mas nada disso entrou nodiscurso de Frederico, após “ofere-cer” um encontro no qual esteve aservir para fechar em dois sets fren-te ao egípcio Karim Hossam. Nemmesmo a lesão nas costas, esqueci-da com “a adrenalina própria dosencontros”. “Adaptei-me bem àscondições diferentes da primeiraronda. Sem jogar o meu melhor té-nis, consegui desequilibrar no fun-do do court e com o serviço. Masquem não mata morre, e foi o queaconteceu aos 5-4...”. �

Aos16anos,ojovemdasCaldasdaRaínhaestápertodotop30mundialdejuniores

COMTODASDESPESASPAGAS

EsquadrãoITFédependormulticultural

CANHOTO.Frederico Silva

retira dividendospelo facto de ser

esquerdino

RECINTOCOBERTO.A segunda

ronda foijogada num

pavilhão

CircuitoMundialde Juniores

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FredericorecuperanoCanadá

Muita maturidade aos 16 anos

PORTUGUESESNORANKINGMUNDIALDE JUNIORESRAPAZES45.º Frederico Silva123.º Vasco Mensurado205.º ArturCompleto215.º Diogo Rocha292.º Henrique SousaRAPARIGAS557.ª Patrícia Martins605.ª Joana Valle Costa618.ª Beatriz Coelho

“DIMENSÃODOUSOPEN É MAIORDOQUEWIMBLEDON”

Partilhamesmoagentedon.º5ATPDavidFerrer

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�Ao longo da temporada são vá-rios os tenistas que beneficiam doapoio da Federação Internacionalde Ténis, cujas responsabilidadesse alargam à componente técni-ca, suportando também todos oscustos com deslocações, aloja-mentos, alimentação, transportee honorários dos treinadores. Os“estágios” que incluem partici-pação em diversos torneios são,por norma, preparados em tor-no das etapas do Grand Slam e,no caso deste último, incluiu umtotal de 12 jovens elementos –oito rapazes e quatro raparigas.Elas seguidas pela treinadorabrasileira Roberta Burzagli. Elesrepartidos por Ivan Molina epelo checo Franc Zleszak. Elegí-veis para integrar o esquadrãoestão todos os atletas do top 70mundial, sendo dada preferênciaàqueles oriundos de países commenos “raízes tenísticas”... comoé, de certo modo, Portugal, ape-sar das suas credenciais comopaís organizador de eventos inter-nacionais. Depois de Gastão Eliaster sido eleito em 2007 para umgrupo semelhante, foi agora a vezde Frederico Silva – que se jun-tou a Maxime Dubarenco (Mol-dávia), Vladislav Manafov e An-na Poznikirenko (Ucrânia), Die-go Hidalgo (Equador), HugoDellien (Bolívia), Wayne Montgo-mery (África do Sul), HassanNdayshimye (Burundi), YarislavShyla e Alexsandra Sasnovics(Bielorrússia), Montserrat Gonza-lez (Paraguai) e Zarah Razafima-hatratra (Madagáscar). Um autên-tico cocktail multicultural! �

JOVEMCALDENSEPROSSEGUEPÉRIPLOPELAAMÉRICADONORTEEMEQUIPAINTERNACIONAL

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