Jornal dos Bancários - ed. 392

16 a 28 de fevereiro de 2011

www.bancariospe.org.br

ANO XVX • Nº 392 • 16 a 28 DE FEVEREIRO DE 2011 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

PLR

Os bancários ainda estão colhendo os frutos da histórica greve do ano passado. Neste mês de fevereiro, a categoria terá um bom reforço financeiro, com o pagamento da se-gunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Pelo acordo, os bancos

têm até o dia 1º de março para efetuar o pagamento. Mas o Sindicato cobrou e grande parte das instituições financeiras já depositou, de forma antecipada, o dinheiro na conta dos seus funcionários. Páginas 4 e 5

SABOREANDO AS CONQUISTAS

Ainda dá tempo de ser candidato a delegado sindicalPágina 3

Leia as últimas notícia sobre o seu bancoPáginas 6 e 7

Dia 25 tem Baile de Máscaras dos BancáriosPágina 8

LEIA TAMBÉM

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A luta faz a diferença

Página 2 02

EDITORIAL Tema livre

LIBÓRIO MELOHumor

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Circulação quinzenal

Redação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, RecifeTelefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: [email protected]ítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Anabele Silva, Geraldo Times, Tereza Souza e Jaqueline Mello. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Bruno do N. Lombardi. Impressão: AGN Tiragem: 9.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVA

Secretário-GeralFabiano Félix

ComunicaçãoAnabele Silva

FinançasSuzineide Rodrigues

AdministraçãoEpaminondas França

Assuntos JurídicosAlan Patricio

Bancos PrivadosGeraldo Times

Bancos PúblicosDaniella Almeida

Cultura, Esportes e LazerAdeílton Filho

Saúde do TrabalhadorJoão Rufino

Secretaria da MulherSandra Albuquerque

FormaçãoTereza Souza

Ramo FinanceiroElvis Alexandre

IntersindicalCleber Rocha

AposentadosLuiz Freitas

PresidentaJaqueline Mello

Todo começo de ano é complicado para o trabalhador. Além dos gas-tos normais com as compras de fim

de ano, o assalariado ainda se depara com um sem-números de contas para pagar. É IPTU, IPVA, material escolar para os fi-lhos. Diante de tantos gastos, é comum o brasileiro iniciar o ano novo cheio de dívi-das e com o orçamento comprometido.

Mas, para os bancá-rios, há uma luz no fim do túnel. Desde 1995, a ca-tegoria recebe uma Parti-cipação nos Lucros e Re-sultados (PLR) referente ao exercício dos bancos no ano anterior.

Assim, os funcioná-rios das instituições fi-nanceiras podem respirar mais aliviados em meio a tantas contas, com o pa-gamento do benefício que sempre vem até o início de março.

Muitos bancários não sabem, mas a categoria foi a primei-ra a conquistar uma PLR no Brasil. Hoje, muitos outros trabalhadores recebem uma participação nos lucros, mas o pioneiris-

mo dos bancários foi fundamental para que isso acontecesse.

Quem é novato de banco pode pensar que os muitos direitos e benefícios que re-cebemos foram “presentes” das instituições financeiras para “agradar” e “valorizar” seus funcionários. Ledo engano. Cada conquista foi arrancada com muita luta e longas greves.

Devemos aos colegas mais antigos uma série de direitos que hoje temos, como os vales ali-mentação e refeição, a jornada de seis horas, a participação nos lucros, os auxílios e muito mais, além da própria Conven-ção Coletiva. Por isso, te-mos uma responsabilidade muito grande de dar conti-nuidade a esta bela história de sucesso construída pela categoria bancária no Bra-sil, com muito suor.

Precisamos ampliar ainda mais as nossas con-quistas e melhorar a qua-

lidade do ambiente de trabalho para que, no futuro, as novas gerações de bancários possam usufruir de direitos que hoje ainda não temos.

Quem é novato pode pensar que os muitos direitos que recebemos foram “presentes” dos bancos. Ledo engano. Cada conquista foi arrancada com muita luta e longas greves

Rádio dos BancáriosQuase duas mil pessoas já ouviram a Rá-dio dos Bancários, lançada pelo Sindica-to há menos de um mês. Hospedada em nosso site (www.bancariospe.org.br), a Rádio tem uma programação diária com notícias que interessam à categoria.

Na lutaAté o fechamento desta edição, ainda não havia uma definição sobre o novo salário mínimo e a correção da tabela do Impos-to de Renda, reivindicações que a CUT priorizou neste início de ano. A queda de braço com o governo não estava fácil, mas os sindicatos estão lutando até o fim.

Banco postalDez anos depois, os Correios vão abrir uma licitação que pode substituir o Bradesco como o operador do Banco Postal, numa concorrência de, ao menos, R$ 1,75 bilhão. Desde 2001, o Bradesco explora com exclu-sividade o serviço de correspondente ban-cário oferecido nas agências da estatal pelo país. Somente com a tarifa de manutenção de conta desses correntistas, o faturamento do banco supera R$ 845 milhões por ano.


Sindicato em ação03

DELEGADOS SINDICAIS

CIDADANIA

Termina no próximo dia 25 as inscrições para a eleição de delegados sindicais no

Banco do Brasil. Na Caixa e no BNB os bancários podem registrar a sua candidatura até o dia 18 de março. A eleição ocorre entre os dias 23 e 25 de março e vai esco-lher os representantes para o man-dato do próximo ano.

A secretária de Bancos Públi-cos do Sindicato, Daniella Almei-da, explica que a função do delega-do sindical é fazer a mediação entre o Sindicato e os funcionários da agência ou departamento do banco. “Ele é responsável por passar aos funcionários as informações sobre as negociações, reuniões e estraté-gias de luta do Sindicato. O dele-gado sindical também deve trazer informações dos bancários para o

Sindicato para que a gente possa resolver os problemas", explica.

Daniella ressalta que a organi-zação dos bancários é referência no movimento sindical brasileiro. "Nosso Sindicato se pauta, sempre, pelos bancários da base. E os dele-gados sindicais são a raiz de tudo. Na prática eles representam os co-legas da agência ou departamento dos bancos e devem conversar, fomentar o debate, lançar o olhar sobre os problemas da unidade e trazer para a diretoria do Sindicato os anseios dos bancários", detalha.

Para se candidatar, o bancário deve ser sindicalizado. Os interes-sados devem preencher a ficha de inscrição que está disponível nas unidades e no site do Sindicato e enviar o documento para o e-mail [email protected].

Cinco meses depois de ocupar o Edifício Tria-non, o Movimento dos

Trabalhadores Sem-Teto de Per-nambuco (MTST/PE) conquis-tou o direito de usar o prédio como moradia. A construtora que era dona do edifício desistiu da ideia de levantar um shopping no local para transformar o espa-ço numa área residencial desti-nada às famílias cadastradas no MTST. O prédio foi transforma-do em mais um projeto do pro-grama Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, e será ven-dido para famílias sem-teto por preços populares e condições de pagamento facilitadas.

No dia 3 passado, a direção do Sindicato emprestou o audi-tório da entidade para uma reu-nião entre as famílias do MTST e a Caixa. “A transformação de um edifício ocupado pelos sem-teto em moradias populares por

meio do Minha Casa, Minha vida é inédita no Brasil. É o primeiro caso que conseguimos enquadrar neste programa, que tem um outro desenho”, diz o gerente regional de Habitação da Caixa, Luiz Byron.

Para a presidenta do Sindica-to, Jaqueline Mello, é um orgulho para a entidade poder fazer par-te desta história. “Nós sempre defendemos o direito à moradia como peça fundamental da con-quista da cidadania. A transfor-mação do edifício Trianon em moradias populares para os sem-teto é de extrema importância para que outros projetos como esse possam surgir dentro do Mi-nha Casa, Minha Vida”, comenta.

Jaqueline destaca que a par-ceria do Sindicato com o MTST é antiga. “Os sem-teto inclusive já lutaram junto com os bancá-rios em nossas campanhas sala-riais”, completa.

Represente sua unidade

Sindicato empresta auditório pra ajudar sem-tetos a conquistar direito à moradia

Inscrições vão até o próximo dia 25 no Banco do Brasil e até 18 de março na Caixa e no BNB

A transformação de um edifício ocupado pelos sem-teto em moradias populares por meio do Minha Casa, Minha vida é inédita no Brasil

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Campanha nacional 04

Quatro meses depois do fim da Campanha Nacional 2010, os bancários ainda

estão colhendo os frutos da histó-rica greve do ano passado. A cate-goria encerra este mês de fevereiro com um bom reforço financeiro, vindo da segunda parcela da Par-ticipação nos Lucros e Resultados (PLR). Pelo acordo, os bancos têm até o dia 1º de março para efetu-ar o pagamento. Mas, o Sindicato cobrou e grande parte das institui-ções financeiras já depositaram, de forma antecipada, o dinheiro na conta dos seus funcionários.

Até o fechamento desta edi-ção, no dia 15 de fevereiro, os bancários do Bradesco, Safra e Citibank já haviam recebido a se-gunda parcela da PLR. O Santan-der anunciou o pagamento para o dia 18, enquanto que os demais bancos ainda não haviam confir-mado a data.

Para a presidenta do Sindica-to, Jaqueline Mello, o dinheiro extra que os bancários estão rece-bendo este mês é fruto da luta, or-ganização e da força da categoria. “A Campanha Nacional do ano passado foi histórica. Fizemos a nossa maior greve das últimas duas décadas e arrancamos dos bancos o melhor acordo deste período. Não é fácil encarar uma greve, principalmente contra as instituições financeiras, que são o setor mais forte e lucrativo do Brasil”, comenta.

Jaqueline destaca que os ban-cários foram a primeira categoria

a conquistar uma PLR no Brasil. “Foi em 1995 e desde então ou-tros trabalhadores também con-quistaram a PLR. Mas os bancá-rios foram pioneiros e servimos de exemplo para os demais sindi-catos”, conta.

Para ela, quem entrou no ban-cos há pouco tempo pode pensar que todos os direitos e benefícios que os bancários têm foram con-cessões das empresas, preocupa-das em agradar e valorizar os seus trabalhadores. “Grande engano. Cada linha da nossa Convenção Coletiva foi conquistada a duras penas. Foram muitas greves, para-lisações, protestos e mobilizações para que a gente pudesse chegar até aqui. Se hoje somos uma das categorias mais fortes e que pos-suem mais direitos no Brasil é porque lutamos e conseguimos vencer muitas batalhas. Do vale-alimentação à PLR, tudo foi difícil de conseguir. Até porque, os ban-cos só visam o lucro e dividir seus ganhos com os bancários não é ta-refa fácil de conseguir”, diz.

Santander Enquanto os bancários co-

memoram a sua PLR, os bancos festejam novos recordes de lu-cratividade. Não fosse a luta dos trabalhadores, as instituições fi-nanceiras abocanhariam sozinhas todos os dividendos auferidos no ano passado.

No caso do Santander, o lucro da filial brasileira registrou mais um recorde em 2010, ao atingir a

Bancários ainda colhem os frutos da Campanha Nacional 2010

PLR

A categoria encerra este mês de fevereiro com um bom reforço financeiro, vindo da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados, conquista da greve do ano passado

incrível marca dos R$ 7,382 bi-lhões, que representa aumento de 34% na relação com 2009, quan-do o banco registrou R$ 5,508 bilhões. Com o desempenho, o Brasil ultrapassou a Espanha e se tornou o principal mercado do Santander, com 40% do resulta-do mundial do banco espanhol.

A parte que cabe aos bancá-rios desse lucro será paga pelo banco no dia 18, junto com a folha de fevereiro. Com o ta-manho do lucro, os funcionários

recebem 2,2 salários de PLR des-contando-se o adiantamento de 2010. Além disso, os bancários também têm uma parcela adi-cional de 2% do lucro dividido igualmente entre todos e R$ 810 do Programa de Participação nos Resultados do Santander (PPRS).

BradescoOs bancários do Bradesco re-

ceberam no dia 11 a segunda par-cela da Participação nos Lucros e Resultados. O valor corresponde a

Para a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello (destaque), a PLR é fruto da luta, organização e da força da categoria


90% do salário mais R$ 1.100,80, com teto de R$ 7.181. Desse va-lor, houve a antecipação, no ano passado, de 54% do salário mais R$ 660,48. No entanto, se o total distribuído por essa regra básica (dos 90% mais R$ 1.100,80) for inferior a 5% do lucro líquido, o valor deve ser elevado até atingir esse percentual ou chegar a 2,2 salários, o que ocorrer primeiro.

É o que ocorreu com o Bra-desco, que apresentou lucro líqui-do de R$ 10,021 bilhões no ano

Além de lutar para ampliar os direitos dos bancários e garantir melhores con-dições de trabalho, o Sindicato tam-bém tem uma série de reivindicações para os clientes e usuários dos bancos. Entre elas, a redução dos juros e tari-fas, mais contratações para melhorar o atendimento e a acessibilidade das agências para que as pessoas porta-doras de deficiência ou idosas possam usar os serviços dos bancos sem dificuldades.No início de fevereiro, entretanto, o Sindicato constatou que a agência Santo Antônio do Santander, que fica na avenida Dantas Barretos, não tem acessibilidade. Para ser atendido na unidade, os clientes e usuários precisam descer uma escadaria.“Estávamos na agência para conversar com os bancários quando flagramos a falta de acessibilidade. Bem no mo-mento, entrou uma senhora com a perna quebrada. Ela teve muita dificuldade para descer as escadas e isso é impensável nos dias de hoje. O Sindicato está cobrando o banco para que o local seja acessível para todas as pessoas, sejam ido-sos ou portadores de deficiência temporária ou permanen-te”, explica a diretora do Sindicato, Suzineide Rodrigues.

Campanha nacional05

Bancários ainda colhem os frutos da Campanha Nacional 2010A categoria encerra este mês de fevereiro com um bom reforço financeiro, vindo da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados, conquista da greve do ano passado

SiNdicato tamBém luta peloS clieNteS

passado, um crescimento de 25% em relação a 2009. Já o valor adi-cional, que é pago acima do teto da PLR e sem desconto dos pro-gramas próprios de remuneração, corresponde à distribuição linear de 2% do lucro líquido limitado a R$ 2.400. Em 2010, os bancários receberam até 50% do montante.

CaixaO lucro da Caixa, publicado

no dia 11, surpreendeu o próprio banco e superou os valores pro-jetados pela diretoria para 2010. Diante do crescimento dos ga-nhos, o Sindicato está cobrando

da instituição os valores atualiza-dos da regra básica da Participa-ção nos Lucros e Resultados, do valor adicional e da PLR Social, além da data em que ocorrerá o crédito aos empregados.

Jaqueline Mello destaca que os valores da PLR causaram muitas dúvidas nos bancários em outubro do ano passado, quando o Sindi-cato fechou o acordo coletivo de 2010 com a Caixa. “A regra básica da PLR tem um redutor para limi-tar seu pagamento a, no máximo, 13% do lucro líquido projetado para 2010. Muitos bancários fica-ram preocupados, com receio de

receber um valor menor do que a PLR de 2009. Na verdade, o valor do benefício de 2010 será muito mais alto, principalmente para os salários menores”, afirma.

O lucro líquido da Caixa foi de R$ 3,8 bilhões no ano de 2010, um crescimento de 25,5% em relação a 2009. Os valores antecipados da PLR no ano passado foram pagos com base num lucro estimado em R$ 2,5 bilhões, bem menor que o resultado real. No caso da Caixa, a data limite para o crédito da segun-da parcela, estabelecida em acordo, é no dia 31 de março.

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Sindicato exige acessibilidade na agência Santo Antônio do Santander

SuzineideRodrigues


Uma tentativa de assalto cau-sou pânico e deixou um vigilante ferido no HSBC de Piedade no dia 31 passado. Era por volta de meio dia, quando dois homens entraram na agência com armas de brinque-do e renderam os seguranças.

Um vigilante reagiu e o assal-tante que esperava a dupla do lado de fora da unidade abriu fogo. Na troca de tiros, um vigia e um dos bandidos se feriram sem gravida-de. Os ladrões desistiram do assal-to e fugiram, sem levar nada.

Embora a ação tenha durado

poucos minutos, os bancários fica-ram bastante assustados. O Sindi-cato foi imediatamente ao local e fechou a agência pelo resto do dia, além de exigir a presença de um psi-cólogo do banco para verificar a si-tuação emocional dos funcionários.

Após reivindicação do Sin-dicato, o Santander garan-tiu um dia de folga, além

do pagamento dos demais direitos trabalhistas, aos funcionários que participaram no domingo, dia 13, da Integração Tecnológica (inte-gração sistêmica) nas agências oriundas do Banco Real.

Conforme o banco, “será concedida uma folga abonada a ser gozada até setembro para todos os empregados de agên-cias”, a exemplo da última si-mulação ocorrida no domingo, dia 9 de janeiro.

“Tivemos de pressionar o banco, que não queria dar folga aos funcionários. Conquistamos também o pagamento de outras despesas, como transporte e ali-mentação, além da presença de vigilantes”, explica o diretor do Sindicato, Epaminondas Neto.

A folga deve ser gozada em dia a ser acertado pelos funcio-nários com os gestores. A data deve ser definida de comum acordo, levando em conta o inte-resse do trabalhador.

Seu banco

Sindicato garante direitos e folga para funcionários

Bancário é reintegrado depois de dois anos

tentativa de assalto deixa um ferido

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Banco não queria pagar direitos de quem participou da Integração Tecnológica no domingo

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O juiz Sérgio da Costa, da 33ª Vara Cível de São Paulo proferiu no dia 3 uma liminar suspendendo os efeitos do processo eleitoral em andamento no SantanderPrevi. A decisão acolhe ação judicial im-petrada individualmente pelo participante do fundo de pensão e diretor do Sindicato dos Bancários do

ABC, Orlando Puccetti Júnior.De acordo com a decisão do juiz, as alegações dos bancários ensejam graves dúvidas quanto à lisura do procedimento eleitoral.Trata-se da primeira vitória contra a farsa eleitoral no SantanderPrevi.

SuSpeNSa a eleição do SaNtaNdeRpRevi

Depois de mais de dois anos de luta, o bancário Felipe Lira da Silva finalmente teve de volta seu empre-go. Ele foi demitido do Safra no fi-nal de 2008, apesar de ser portador de doença ocupacional. O banco recusou-se até a receber o atestado médico e a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) emitida pelo Sindicato. Os documentos tiveram de ser enviados através de cartório.

Felipe teve a doença reconhe-cida pelo INSS e entrou na Justi-ça, por meio do advogado Pedro Paulo, que presta serviços ao

Sindicato. No dia 17 de janeiro, finalmente ele teve seu direito re-conhecido. E voltou ao trabalho, não apenas por força de liminar, mas de sentença definitiva.

“Eu não conseguia levantar os braços. E o mobiliário era inade-quado. Tínhamos de pegar mui-tos documentos em estantes mais altas”, lembra o trabalhador. Em uma das crises, ele chegou a ficar afastado durante cinco dias, sob li-cença médica. Já tinha consultas e diagnóstico quando foi demitido. Mas o banco ignorou tudo isso.

Os funcionários trabalharam no domingo, dia 13, para integrar o sistema das agências do antigo Real. “Mas garantimos os direitos”, diz Epaminondas


O Sindicato garantiu no último dia 10 alguns avanços para melhorar

as condições de trabalho dos empregados da Caixa no Cais do Apolo, prédio que passa por reformas. Depois de muita pressão, o banco se comprometeu a não usar mais a britadeira durante o expediente e a melhorar a segurança da obra.

“Cobramos providências imediatas da Caixa e avisamos que caso isso não acontecesse o Sindicato iria tomar medidas cabíveis, como denúncia na Delegacia Regional do Trabalho e no Ministério Público do Trabalho e até o fechamento da unidade, pois é a saúde dos empregados que está em jogo”, explica a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

Ela ressalta que o próprio normativo interno da Caixa proíbe obras durante o expediente.

O Ministério da Fazenda aprovou no final de janeiro o novo regulamento do Plano 1 da Previ, o fundo de pensão dos fun-cionários do Banco do Brasil.

As mudanças incorporam o benefício especial temporário de 20% e tratam da destinação da Reserva Especial acumulada em 2009. Agora só falta a aprovação da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Pre-vic) para que seja feito o crédito das doze primeiras parcelas.

O secretário-geral do Sindi-cato, Fabiano Félix (foto), des-taca que o novo regulamento é fruto de muita luta e pressão dos bancários.

“Os associados vão ganhar

mais de R$ 7,5 bilhões com este acordo. O valor será utilizado para suspender as contribuições, pagar um benefício temporário mensal e mais um benefício mí-nimo. O acordo também prevê a incorporação dos benefícios es-peciais implantados em 2007”, explica Fabiano, que também é conselheiro fiscal eleito da Previ.

Melhoram as condições de trabalho no Cais do Apolo

Fazenda aprova acordo do superávit da previ

CAIXA

BANCO DO BRASIL

Pressão do Sindicato e dos bancários soluciona problemas gerados pela reforma do prédio

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aNaBele diSputa eleiçõeS da FeNaeTermina no próximo dia 15 as ins-crições de chapas para a eleição da nova diretoria da Fenae (Federa-ção Nacional das Associações do Pessoal da Caixa). O pleito está marcado para o dia 22 de março. A secretária de Comunicação do Sindicato, Anabele Silva, é can-didata à suplência do Conselho Fiscal pela Chapa do Movimen-to, encabeçada pelo atual presi-dente da Fenae, Pedro Eugênio. A nova direção será eleita para um mandato de três anos (de 2011 a 2014). Podem votar os associados ativos e aposen-tados das Apcefs federadas, desde que a filiação te-nha ocorrido até o dia 31 de de-zembro do ano passado.

Dono da sexta marca de banco mais valiosa do mundo, o Bradesco começa 2011 cheio de motivos para comemorar. A instituição registrou no ano passado um lucro líquido de R$ 10,021 bilhões, crescimento de 25% em relação a 2009. Mas, ape-sar de todo esse poder econômico, os bancários da instituição continu-am sofrendo com antigos e novos problemas, principalmente no que diz respeito à valorização.

“Nós, bancários, também somos responsáveis pelo lucro e pela valo-rização da marca Bradesco. Quere-mos que o banco reconheça o nosso valor e invista nos funcionários”, explica a diretora do Sindicato, Su-zineide Rodrigues.

Segundo ela, os bancários do

Bradesco têm uma série de reivindi-cações que precisa ser atendida este ano. “Queremos priorizar em 2011 a melhoria no Plano de Saúde. Va-mos procurar uma consultoria téc-nica para elaborar uma proposta dos trabalhadores para que a gente possa negociar com o banco”, diz.

Em relação ao auxílio-educa-ção, o Sindicato pretende elaborar uma pesquisa com os bancários, para ter ideia de quantos funcioná-rios seriam beneficiados.

Suzi lembra que, em Pernambu-co, o banco ficou com a folha de pa-gamento dos funcionários estaduais. “O Sindicato vai fazer um levan-tamento da estrutura nas agências para ver como o banco está suprindo essa demanda extra”, finaliza Suzi.

empregados lutam pela valorização

BRADESCO

O banco se comprometeu a não usar mais a britadeira durante o expediente e a melhorar a segurança da obra


O Sindicato realiza no pró-ximo dia 25 de fevereiro o 1º Baile de Máscaras

dos Bancários. Além de come-morar o carnaval o evento abre a programação do Sindicato para o Dia Internacional da Mulher.

“O baile se chama ‘Nem oito nem Oitenta’, em alusão ao 8 de Março e aos 80 anos do Sindica-to. O título também mostrar que a gente deve sempre procurar o equilíbrio”, explica a secretária de Assuntos da Mulher do Sindi-cato, Sandra Trajano.

O Baile de Máscaras será rea-lizado na Boate Metrópole, a par-tir das 21h. O recinto fica na Rua das Ninfas, 125, Boa Vista, Reci-fe. A entrada é franca e os convi-tes estão disponíveis na sede do Sindicato ou com os diretores da entidade. A boate liberou a en-

trada de alimentos, mas a bebida deve ser comprada no local.

ProgramaçãoAlém do baile, o Sindicato

está programando uma série de eventos para o mês da mulher. Entre eles está a Semana da Saú-de e Beleza, que será realizada de 14 a 18 de março, com shiatsu, manicure, pedicure, maquiagem, avaliação estética, massagem cor-poral, spa dos pés e muito mais.

Também estão programadas duas palestras. No dia 16, a soci-óloga Verônica Ferreira fala sobre a mulher e suas diversas faces. No dia 30, a professora Petilda Vazquez debate com os bancários sobre a influência do estresse na libido feminino.

Veja a programação completa em www.bancariospe.org.br.

O Café da Manhã dos Aposentados completa um ano de reali-zação e, para marcar a data, o Sindicato realiza um evento especial no próximo dia 18, sexta-feira. “Será uma grande festa, com ativi-dades o dia inteiro no Clube de Campo dos Bancários”, afirma o secretário de Aposentados do Sindicato, Luiz Freitas.

O evento está programado para começar às 8h30 e haverá ôni-bus para levar os aposentados até o Clube. Os interessados devem reservar sua vaga pelo telefone (81) 3316-4233.

Cultura e lazer

Sindicato realiza Baile de Máscaras no dia 25

apoSeNtadoS têm pRogRama eSpecial dia 18

mirabilândia faz promoção para bancário

MARACATU - Dia 26, no Pátio de São Pedro, tem lança-mento do DVD dos maracatus Leão Coroado, Porto Rico e Encanto da Alegria. A progra-mação começa a partir das 19 horas, com Orquestra de Frevo do Maestro J. Rodrigues, Orquestra de Daniel Macedo,

Usina das Cordas e Cia Perna de Palco. E, claro, dos três grupos de maracatu.

ARSENAL - Na Praça do Arsenal, o destaque é a prévia da Noite dos Tambores Silen-ciosos, dia 27, a partir das 16 horas. Estarão presentes 15

grupos de maracatu de baque virado. No dia 3 de março, é a vez dos caboclinhos invadi-rem a praça. O festival reúne quase 20 grupos de caboclinho e tribos indígenas a partir das 18 horas. A noite termina com Gustavo Travassos e Almir Rouche.

OLINDA - Em Olinda, a programação é extensa. No dia 20, além das Virgens de verda-de, tem prévia do Vassourinhas, no Largo do Guadalupe. E todo domingo tem ensaio geral da Pitombeira dos Quatro Cantos, D'Breck, Patuscos e Conxitas. Veja: carnaval.olinda.pe.gov.br

Agenda cultural

CARNAVAL

CONVÊNIO

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O Parque de Diversões Mirabilândia está com promoções especiais

até o final do mês. Quem com-prar dois passaportes, tem di-reito a mais um, de graça. E o melhor é que, para bancários sindicalizados, o precinho é especial: R$ 20.

O Mirabilandia é o tercei-ro maior parque no Brasil em

quantidade de atrações: são 30 equipamentos e 57.000 m², dos quais 12mil m² são de área verde, com mais de 30 jardins, praças e árvores.

O Mirabilândia fica próximo ao Shopping Tacaruna, ao Classic Hall e ao Centro de Convenções.

Os ingressos promocionais devem ser adquiridos na tesou-raria do Sindicato.

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Jornal dos Bancários - ed. 392