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WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR Contas do Sindicato são aprovadas por mais de 90% dos bancários Página 3 Leia as últimas notícias sobre o seu banco Páginas 6 e 7 Sindicato promove atos para marcar o Dia do Trabalhador Página 8 LEIA TAMBÉM ANO XVX Nº 396 01 a 15 DE MAIO DE 2011 SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO FORA DA LEI Banco do Brasil Caixa Bradesco BNB Santander Itaú HSBC Entrou em vigor, em abril, a nova lei de segurança bancária do Recife. Embora os bancos tenham tido seis meses para se adaptar às novas regras, nenhuma instituição financeira aumentou a sua segurança, instalando os itens que agora são obrigatórios. Além de descumprirem a lei, os bancos mostram todo o descaso com a vida de bancários e clientes. Páginas 4 e 5

Jornal dos Bancários - ed. 396

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Page 1: Jornal dos Bancários - ed. 396

WWW.BANCARIOSPE.ORG.BR

Contas do Sindicato são aprovadas por mais de 90% dos bancários Página 3

Leia as últimas notícias sobre o seu banco

Páginas 6 e 7

Sindicato promove atos para marcar o Dia do Trabalhador

Página 8

LEIA TAMBÉM

ANO XVX • Nº 396 • 01 a 15 DE MAIO DE 2011 • SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE CRÉDITO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

FORA DA LEIBanco do Brasil Caixa

Bradesco

BNB

SantanderItaú HSBC

Entrou em vigor, em abril, a nova lei de segurança bancária do Recife. Embora os bancos tenham tido seis meses para se adaptar às novas regras, nenhuma instituição financeira aumentou a sua segurança, instalando os itens que agora são obrigatórios. Além de descumprirem a lei, os bancos mostram todo o descaso com a vida de bancários e clientes. Páginas 4 e 5

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LIBÓRIO MELOHumor

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Circulação quinzenalRedação: Av. Manoel Borba, 564, Boa Vista, RecifeTelefone: 3316.4233 / 3316.4221. Correio Eletrônico: [email protected]ítio na rede: www.bancariospe.org.br

Jornalista responsável: Fábio Jammal Makhoul Conselho Editorial: Anabele Silva, Geraldo Times, Tereza Souza e Jaqueline Mello. Redação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington Correia. Diagramação: Bruno Lombardi. Impressão: NGE Tiragem: 9.000 exemplares

DIRETORIA EXECUTIVA

Secretário-GeralFabiano FélixComunicaçãoAnabele SilvaFinançasSuzineide RodriguesAdministraçãoEpaminondas FrançaAssuntos JurídicosAlan PatricioBancos PrivadosGeraldo TimesBancos PúblicosDaniella Almeida

Cultura, Esportes e LazerAdeílton Filho

Saúde do TrabalhadorJoão Rufino

Secretaria da MulherSandra Albuquerque

FormaçãoTereza Souza

Ramo FinanceiroElvis Alexandre

IntersindicalCleber Rocha

AposentadosLuiz Freitas

PresidentaJaqueline Mello

A dura tarefa de sermãe e trabalhadora

EDITORIAL Tema livre

Maio é o mês do trabalhador, mas também é o mês das mães. E como tem mãe trabalhadora na categoria bancária! Hoje, a proporção de homens e mulheres empregados nas instituições financeiras é praticamente a mesma.

Mas elas precisam se desdobrar para conciliar os afazeres de casa com os do banco. Até porque sobra para as mulheres a maior parte dos trabalhos domésticos, embora hoje em dia elas saiam de casa para ir atrás do ganha pão tanto quanto os homens.

Infelizmente, as relações com-partilhadas que o Sindicato e os movimentos sociais tanto defen-dem ainda não são colocadas em prática como deveriam. A mulher ainda fica com a maior parte das obrigações de casa, desde a criação dos filhos até a limpeza do lar. Não deveria ser assim. Os homens pre-cisam dividir – por igual – as tarefas domésticas e os cuidados com as crianças.

É inconcebível que, em pleno século 21, as mu-lheres sejam obrigadas a encarar uma dupla jornada e, ainda, ser discriminada no trabalho. Discriminada sim, porque nos bancos, as mulheres ganham salá-

rios menores, até quando ocupam os mesmos cargos que os homens.

No mês da mulher, o Sindicato realizou uma série de eventos, entre eles, uma palestra com a profes-

sora de História do Direito da Unijorge (BA) e doutora em Ciências Sociais pela Uni-camp (SP), Petilda Vazquez. O evento foi um sucesso, até porque Petilda tem o dom de falar coisas sérias de forma leve e bem humorada.

Segundo Petilda, a mulher perfeita para a sociedade é aquela que se acaba e se conso-me para criar os filhos e cuidar do marido. Aquela que abre mão da própria vida em prol da família. Essa é tida como exemplo de mulher, revelando toda a hipocrisia da sociedade.

Já está mais do que na hora de deixarmos os ve-lhos conceitos e preconceitos de lado para construir-mos uma sociedade mas justa e igualitária, onde pouco importa o sexo, a cor da pele, a orientação sexual ou deficiências físicas das pessoas, construin-do a igualdade de oportunidades.

Segundo a professora Petilda Vazquez, a mulher perfeita para a sociedade é aquela que se acaba e se consome para criar os filhos e cuidar do marido. Ora, precisamos mudar esta ultrapassada realidade

Terceirizações...Foi lançado no último dia 27 o livro

“Terceirização bancária no Brasil - Direitos Humanos violados pelo Banco Central”, de autoria do juiz do Trabalho Grijalbo Fernan-des Coutinho. O autor faz críticas pesadas à atuação do BC nas resoluções que permitem a terceirização de serviços bancários e a criação dos correspondentes.

… nos bancosNa avaliação do autor, “a terceirização foi

um invento de máxima eficácia de destrui-ção dos direitos dos trabalhadores”. A obra é contundente ao afirmar como o BC está atuando no sentido contrário dos interesses da maioria da sociedade brasileira.

PeríciasDurante audiência pública realizada no

Congresso, no dia 28 de abril, o deputado fe-deral Vicentinho, do PT-SP, disse que, além de debater o problema das vítimas, é preciso trabalhar pela humanização das perícias mé-dicas, uma reivindicação da CUT e do Sindi-cato. Há inúmeros casos de médicos peritos do INSS que negam benefícios, ignoram laudos feitos pelos assistentes, não justificam os motivos das altas médicas e não aceitam o nexo causal. Ou seja, não respeitam nem a legislação nem a ética médica

Até o Velho Oeste era mais seguro que os bancos de hoje

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Sindicato em açãoTRAnspARêncIA

Mais de 90% dos ban-cários aprovaram as contas do Sindicato do

ano passado e a previsão orçamen-tária para este ano, em assembleia realizada no dia 29 de abril. Dos 555 votos válidos, 510 (91,9%) disseram sim ao balanço de 2010. Já a previsão de investimentos para 2011 foi aprovada por 509 (92,6%) dos 550 votos válidos.

Para a secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, a aprovação pela quase totalidade dos votantes mostra que o proje-to de transparência desta diretoria tem sido reconhecido pelos bancá-rios. “O Sindicato faz esta assem-bleia de prestação de contas todos os anos e o percentual de aprova-ção nunca foi tão alto como ago-ra. É que a atual gestão foi eleita há menos de um ano e meio com o compromisso de implantar mais transparência e democracia no Sindicato. Temos prestado conta

aos bancários periodicamente e não apenas uma vez por ano como era antes”, diz Suzineide.

A presidenta do Sindicato, Ja-queline Mello, explica que a atual diretoria realizou várias mudanças na gestão para reduzir as despesas. “Melhoramos e muito as nossas contas, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. Nosso objeti-vo é equiparar despesas e receitas e estamos chegando lá. Para isso, vamos trazer mais sócios para o Sindicato, pois eles são a nossa força”, comenta Jaqueline.

Aprovadas as contas do SindicatoMais de 90% dos trabalhadores disseram sim ao balanço financeiro

cOMUnIcAÇÃO

A reforma editorial implantada pela Secreta-ria de Comunicação do Sindicato tem chamado a atenção dos bancários. O novo jornal, revista, programa de rádio e, agora, o site completa-mente reformulado tem ampliado, a cada dia, o número de acessos e leitores.

Para o secretário de Comunicação do Sindica-to, Josenildo dos Santos, o Fio, a reforma gráfi-ca e editorial está cumprindo a sua função. “Esta diretoria foi eleita há menos de um ano e meio com o compromisso de ampliar a comunicação com os bancários para dar mais transparência e democracia ao nosso Sindicato. E temos conse-guido cumprir este compromisso”, diz Fio.

RádIO dOS BAncáRIOS Criada no final de janeiro, a Rádio dos Ban-

cários já teve mais de 11 mil acessos em cerca de 50 programas. Isso representa que a cada dia

o programa tem, em média, mais de 200 ouvintes. O programa mais ou-vido foi sobre as metas do Itaú, de 8 de abril, que teve 1.063 ouvintes.

nOvO SItE, REvIStA E jORnAL

Com o novo site, o número de acessos também têm crescido. A nova página do Sindicato inovou ao publicar os jornais e as revistas dos bancários num novo sistema tecnológico que permite ao inter-nauta “folhear” as publicações. Com isso, os acessos ao jornal e revista também têm sido grande. Somente na última edição das duas publicações, o jornal teve 580 lei-tores online e a revista 685.

Reforma gráfica e editorial chama a atenção

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Percentual de aprovação das contas foi um dos mais altos da história do Sindicato

Suzineide RodriguesJaqueline Mello

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No ano passado, foram registrados em Per-nambuco mais de 30

assaltos a bancos. As constantes investidas criminosas, encorajadas pela falta de equipamentos de segu-ranças nas agências, provocaram a morte de duas pessoas. Ao todo, fo-ram 81 ocorrências, entre assaltos, tentativas, sequestros e arromba-mentos, o que coloca nosso Estado na quarta posição nacional em nú-mero de ataques a bancos em 2010.

Essa realidade poderia ser bas-tante diferente se a ganancia dos banqueiros cedesse lugar ao res-peito pela vida de clientes, usuá-rios e trabalhadores.

Na tentativa de reverter essa triste situação, o Sindicato dos Bancários busca, junto ao parla-mento e demais órgãos represen-tativos da sociedade civil, criar meios que obriguem os bancos a instalarem equipamentos de se-gurança para tornar mais difícil a ação dos bandidos.

Essas atuação já se reverteu em lei em três municípios da Re-

gião Metropolitana do Recife. Em outubro, o prefeito da capi-tal pernambucana sancionou a lei a 17.647, de autoria do vereador Josenildo Sinésio (PT) e aprova-da por unanimidade pela Câmara Municipal, que garante mais se-gurança nos bancos. Legislações similares também foram aprova-das em Abreu e Lima e em Olin-da. Sinésio acredita que outras ci-dades pernambucanas devem criar leis parecidas, incentivadas pela nova legislação do Recife.

Entretanto, mesmo sujeitos as punições previstas nas legislações municipais, os bancos insistem na intransigência e no descaso. No Recife, por exemplo, o prazo esta-belecido em lei pra que os bancos se adequassem às novas normas de segurança se esgotou no último dia 30. Porém, a maioria das agência bancárias na capital pernambucana não se adequou à lei municipal.

O descumprimento da lei levou o Ministério Público, por meio da

Promotoria de Justiça e Defesa da Cidadania da Capital, a realizar audiência com os bancos para ten-tar resolver o problema da falta de segurança. A reunião, ocorrida no dia 26, contou com a participação do Sindicato dos Bancários, Sin-dicato das empresas de vigilância, da Febraban e da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco.

Segundo o secretário de Saúde do Sindicato, João Rufino, que representou a entidade na audiên-cia, o Ministério Público sugeriu que as partes envolvidas apre-sentassem propostas para serem incorporadas ao processo de ela-boração do TAC (Termo de Ajus-tamento de Conduta) no prazo de 10 dias a partir da data da audi-ência. Rufino informou ainda que o Sindicato sugeriu que as normas de segurança estabelecidas para as agências também fossem obri-gatórias para os correspondente bancários e PPA’s (postos de aten-dimentos avançados).

“Nós já reivindicamos inúmeras vezes que os bancos melhorem a segurança. Queremos porta de segurança em todas as agências, circuito interno de TV e mais vigilantes, entre outros pontos. Vale ressaltar, porém, que os cor-respondentes e os PPA’s também desenvolvem atividade bancárias, portanto, devem estar sujeitos aos mesmos mecanismos”, afirma.

Ainda segundo Rufino, apenas a Caixa Econômica e o HSBC es-tão cumprindo parcialmente a lei municipal. “Os biombos que im-pedem a visualização dos caixas então sendo instalados em algu-mas agências, as câmeras exter-nas quase nenhum banco instalou e presença de um rendeiro para o vigilante na hora do almoço con-tinua sendo descumprida, princi-palmente no Bradesco. Já a colo-cação de vidros blindados não foi respeitada por nenhuma institui-ção”, enumera Rufino. “No Itaú a situação é ainda mais grave. Além

4Segurança nos bancos

FAROESTE BANCáRIOO Brasil vive uma “epidemia” de assaltos e ataques a bancos e Pernambuco está entre os líderes de insegurança. Para mudar esta realidade, entrou em vigor em abril, no Recife, uma nova lei de segurança bancária. Mas nenhum banco se adaptou para cumprir a legislação, apostando na impunidade e revelando todo o descaso com a vida das pessoas

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No Itaú, a situação é ainda mais grave, pois, além de não cumprir a lei, o banco está retirando as portas de segurança

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5 Segurança nos bancos

FAROESTE BANCáRIOO Brasil vive uma “epidemia” de assaltos e ataques a bancos e Pernambuco está entre os líderes de insegurança. Para mudar esta realidade, entrou em vigor em abril, no Recife, uma nova lei de segurança bancária. Mas nenhum banco se adaptou para cumprir a legislação, apostando na impunidade e revelando todo o descaso com a vida das pessoas

PRIncIPAIS ItEnS SEguRAnçA ExIgIdOS PELAS LEIS MunIcIPAIS

* Portas de segurança blindadas, giratórias e individu-alizadas, com travamento e retorno automático;

* Vidros e janelas blindadas em toda área que separa o autoatendimento do interior da agência;

* Circuitos interno de TV nas entradas, saídas e lugares estratégicos de todas as agências, bem como na área de autoatendimento e também na área externa com filma-doras e registro fotográfico de imagens;

* Segurança feita por, no mínimo, dois vigilantes em cada pavimento, usando coletes à prova de bala;

* Os vigilantes deverão estar em cabines blindadas e não poderão exercer outras funções que não sejam de segurança.

* Emprego de réguas LED, recipiente para a guarda de objetos metálicos do público

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O desrespeito às normas de seguran-ça nos município também se repete em nível nacional. Em 2010, pelos mesmos motivos, a Polícia Federal multou os bancos em R$ 9,58 milhões. Os dados são de um levantamento efetuado pela Contraf-CUT em parceria com o Dieese, com base nos processos julgados nas quatro reuniões ocorridas no ano pas-sado na Comissão Consultiva para As-suntos de Segurança Privada (CCASP).

O Santander foi o campeão, com R$ 1,95 milhão em multas, seguido do Bra-desco e Itaú Unibanco que empataram com R$ 1,85 milhão. O Banco do Brasil fi-cou em quarto lugar com R$ 1,45 milhão.

A CCASP é um fórum tripartite do Minis-tério da Justiça, composto por representan-tes do governo, trabalhadores (bancários e vigilantes) e empresários (bancos e empre-sas de vigilância, transportes de valores e centros de formação de vigilantes).

Fora da lei

de não se adequar às novas exi-gências da lei municipal, o banco ainda esta retirando as portas com detectores de mental das agência que pertenciam ao Unibanco”, conclui o dirigente.

O assunto ainda deve ser discu-tido na audiência pública convo-cada pela Comissão de Seguran-ça Pública da Câmara Municipal do Recife para o dia 4 de maio, às 9h30. Durante o evento, intitu-lado “A insegurança dos Bancos, Caixas Eletrônico e as Leis Não Cumpridas”, serão ouvidas auto-ridades e especialistas no setor a fim de elaboração de propostas.

OLINDA E ABREu E LIMAJá em Olinda, o prefeito Renildo

Calheiros assinou a Lei 5713/2010 de autoria do vereador Marcelo Soares (PCdoB), que dispõe sobre a obriga-toriedade de instalação de dispositivos adi-cionais de segurança pelas instituições ban-cárias e financeiras, no âmbito do município. Entretanto, segundo a assessoria de Marcelo Soares, o prazo para a implementação do dis-positivo municipal de-pende da regulamenta-

ção da matéria pela Prefeitura, o que ainda não ocorreu.

Em Abreu e Lima, segundo o vereador Josias Azevedo, autor da Lei 730/2010, aprovada pelo legislativo municipal em outubro do passado, o prazo para os ban-cos se adequarem as novas regra se esgotará no dia 23 de junho, 90 dias após a realização das no-tificações pelo poder municipal. “Nós realizamos a comunicação em março e os bancos têm um prazo bastante considerável para proceder as adequações. A Caixa Econômica, por exemplo, já está em processo de ajuste. Espero que os demais bancos também se en-quadrem, até porque são medidas que visam dar mais segurança e tranquilidade para quem utiliza os serviços bancários e também para os funcionários das instituições fi-nanceira”, comenta o parlamentar.

Josias esclareceu ainda que irá propor à comissão executiva do Parlamento Metropolitanos, no qual ele é tesoureiro, a criação de um dispositivo que possa tratar da segurança no âmbito de todos os municípios que compõem a Re-gião Metropolitana do Recife.

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Seu banco

A unificação en-tre o Centro de Serviços Opera-

cionais (CSO) e o Centro de Serviços de Logística (CSL) foi tema de uma reunião entre o Sindicato e a Diretoria de Relação com os Funcionários do Banco do Brasil (Diref) no último dia 27. Se-gundo os representantes do banco, trata-se de um projeto a longo prazo, com previsão de cerca de quatro anos. A ideia é permanecer apenas com os CSOs de São Paulo e Curitiba. Os demais funcionarão, de forma integrada aos CSLs, em todas as capitais e não apenas nas regionais existentes hoje.

“O problema é que, atualmente, Pernambuco funciona como re-

gional, e esta mudança pode aca-bar forçando a mobilidade do cor-po funcional para outras capitais. O Sindicato está cobrando que tudo seja feito a partir de um de-bate nacional, de forma negociada com os sindicatos. E também que

sejam respeitadas as comissões, que haja clareza nos critérios de remoção, e que haja verbas inde-nizatórias para quem precisar ser transferido”, afirma o secretário--geral do Sindicato, Fabiano Fé-lix, que é empregado do BB e par-

ticipou da reunião.Segundo Fabiano, os

representantes do banco garantiram que essa uni-ficação só vai ocorrer de-pois que o BB tiver pro-videnciado os elementos tecnológicos, a modifica-ção na estrutura física e o treinamento do corpo fun-cional. “Até porque, hoje, 40% dos funcionários do BB são escriturários e com menos de quatro anos de banco. Em 2010, foram contratados, segun-do eles dizem, 10.048 tra-

balhadores e 5.445 foram desligados, a maioria por aposen-tadoria. Até 2020, outros 20 mil estarão se aposentando. Ou seja, a maioria dos empregados são no-vos na empresa e isso requer mais treinamento”, explica Fabiano.

A ampliação da rede credencia-da e melhoria na qualidade dos es-tabelecimentos e profissionais são os principais pontos defendidos pelos empregados ativos da Caixa

Econômica Federal para melhorar os serviços oferecidos pelo Saúde Caixa. Já para os aposentados a prioridade é aumentar a cobertura dos procedimentos.

Estas avaliações foram obtidas pela Pesquisa de Satisfação do Saúde Caixa 2010, realizada pela empresa no sentido de mensurar como os beneficiários avaliam o plano de saúde. A realização da pesquisa foi reivindicada pelo movimento dos empregados du-rante as negociações da campa-nha salarial de 2009 e firmada no acordo coletivo daquele ano.

“Com esses dados em mãos, va-mos negociar com a Caixa solu-

ção para os problemas apontados pelos bancários e, assim, melhorar o Saúde Caixa”, afirma a diretora do Sindicato, Daniella Almeida.

A pesquisa de satisfação fez uma radiografia dos pontos con-siderados negativos e positivos pelos usuários do Saúde Caixa, ouvindo a opinião de 2096 bene-ficiários nos 26 estados e no Dis-trito Federal, abrangendo regiões metropolitanas e interior, ativos e aposentados.

A avaliação geral do plano é positiva para mais de 80% dos empregados ativos e aposentados, embora haja serviços considera-dos críticos.

Saúde Caixa tem de melhorar atendimento

unificação do cSO e cSL precisa ser negociada

cAIXA

BAncO DO BRAsIL

Diretores do BB estiveram na sede do Sindicato para explicar a fusão

A nova diretoria da Fenae, eleita em março, toma posse no próximo dia 3 de maio, às 20h, em Brasília. Eleita para a gestão 2011/2014, a direção é encabe-çada pelo atual presidente da entidade, Pedro Eugênio (foto).

Já o conselho fiscal da Fenae terá uma representante de Per-nambuco: a secretária de Co-municação do Sindicato, Ana-bele Silva (foto).

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Reestruturação deve ser feita a partir de um debate nacional e negociada com os sindicatos

Daniella Almeida

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Depois da pressão dos ban-cários, o Itaú reuniu-se com o Sindicato no últi-

mo dia 27, para discutir, entre ou-tros pontos, as demissões no banco

e o reajuste do plano de saúde. A negociação ocorreu após a

forte mobilização dos funcioná-rios, que promoveram, em 19 de abril, um Dia Nacional de Luta.

Só em Pernambuco, foram cinco agências paradas.

Durante a reunião, o Sindicato cobrou o banco sobre as demissões que vêm ocorrendo em todo o país. A empresa apresentou um quadro no qual estão sendo feitas mais contratações do que demissões.

“O problema é que faltam fun-cionários em todas as agências e, mesmo que haja contratações para substituir os demitidos, isso se chama rotatividade. E nós, ban-cários, conhecemos muito bem o significado desta palavra: achata-mento de salários e precarização do emprego”, diz o diretor do Sin-dicato, João Rufino.

O Sindicato deixou claro que irá combater todo e qualquer proces-so demissional.

Seu banco

Bancários cobram o fim das demissões

ITAú

Depois dos protestos, banco voltou a negociar com o Sindicato

O Sindicato entregou, no final de abril, uma correspondência ao diretor da Regional Recife do Bradesco, Geraldo Dias Pacheco. O objetivo é marcar uma reunião para tratar de vários problemas que vêm ocorrendo nas agências de Pernambuco. Muitos deles estão relacionados às mudanças ocorridas depois da aquisição da folha de pagamento dos funcioná-rios públicos do Estado.

É o caso da extrapolação de jornada e da sobrecarga de traba-lho, que acabam com a saúde dos bancários. Segundo o secretário de Bancos Privados do Sindicato, Geraldo Times, o Sindicato iden-tificou que, em várias unidades, o horário de atendimento bancário tem iniciado antes e também já

constatou funcionamento irregu-lar em sábados e feriados munici-pais. “Além disso, os gerentes es-tão sendo forçados a tirar apenas 20 dias de férias”, explicou.

Outro problema diz respeito à pressão para que os funcionários dificultem e coloquem obstáculos à realização de transações nas agên-cias por alguns clientes, infringin-do os direitos dos consumidores de serviços bancários. Além disso, essa pressão coloca a vida dos fun-cionários em risco, já que estimula o conflito com os clientes

O Sindicato também quer infor-mações sobre o aproveitamento dos funcionários que trabalham no Polo de Serviços da Rua do Muniz, especificamento os fun-cionários da Compensação.

“Não haverá demissão em massa”, foi o que garantiu o Santander em reunião com representantes do Sindi-cato, no início de abril. A direção do banco afirmou que haverá um proces-so de otimização das áreas centrais, mas que, para isso, será dada priori-dade a mobilidade interna.

A garantia dada pela direção do Santander, no entanto, não conven-ceu os bancários pernambucanos. O Sindicato recebeu várias as men-sagens nas quais os trabalhadores denunciam um ambiente de traba-lho insustentável. Para eles, as de-missões já estão ocorrendo e não devem parar nos próximos meses. Além disso, muitos estão deixando o banco porque não aguentam mais as condições de trabalho. No início de abril, em um único dia, foram nove demissões e um pedido de desligamento.

“Quem dera fosse verdade essa informação de que o Santander não fará demissões em massa. Hoje, o que vemos são duas agên-cias funcionando em um único prédio, funcionários altamente estressados, sem condições de trabalho, muitos entrando de li-cença, outros fazendo tratamentos psiquiátricos, pois a cobrança é esmagadora e as metas abusivas tem que ser cumpridas”, disse um bancário por e-mail.

Outro empregado do banco pede ajuda, também por e-mail: “O Sin-dicato precisa fazer algo em relação ao assédio moral pelo qual os fun-cionários do Santander estão passan-do. Essa migração de sistema (sem treinamento), diretoria gritando com os funcionários, reuniões cobrando metas absurdas e, pior, o banco não está dando atenção ao que os seus funcionários estão pedindo: Socor-roooooo, ajuda!”

Sindicato exige soluções para problemas

Banco garante que não haverádemissões em massa

BRADEscO

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Geraldo Times

Em Pernambuco, mobilização fechou cinco agências

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A exploração não tem profissão ou categoria: ela existe na vida de todos os trabalhado-res. Foi isso o que afirma-ram os participantes de ato público promovido na sex-

ta, 29 de abril, no centro do Recife. A atividade, promovida pela CUT/PE (Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco),

contou com a presença de diversos sindicatos, entre os quais o Sindicato dos Bancários.

Um teatro chamou a atenção, mos-

trando o problema universal da explo-ração. “Muita gente pensa que bancário é privilegiado; que chega de dez horas da manhã e sai de quatro horas da tarde. Não sabe o que se passa, de fato, dentro de cada agência, onde muitos traba-lham de oito da manhã às oito da noite, em um ambiente sufocante”, revelou o diretor do Sindicato, Ronaldo Batista, para uma população atenta.

No interior, a CUT realizou um ato em Bom Jardim, no domingo (01/05).

A história do Dia do Trabalhador remonta o ano de 1886 na cidade de

Chicago, Estados Unidos. No dia 1º de maio daquele ano, milhares de tra-balhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral, que resultou no enfrentamento com a polícia e a morte de vários trabalhadores.

Aqui no Brasil existem relatos de que a data é comemorada desde 1895. Porém, foi somente em setembro de 1925 que esta data tornou-se oficial, após a criação de um decreto do então presidente Artur Bernardes.

O Sindicato realizou no dia 28 de abril um protesto no metrô Recife para lembrar dos empregados que perdem a saúde e a vida no trabalho por falta de segurança. A CUT e as demais centrais sindicais também participaram do ato, que marcou em Pernambuco o Dia em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças Re-lacionadas ao Trabalho.

A manifestação começou logo no início da manhã, com uma panfle-tagem. À tarde, o Sindicato partici-pou de uma Audiência Pública com representantes de várias entidades

na sede da Superintendência Re-gional do Trabalho e Emprego em Pernambuco (leia mais em www.bancariospe.org.br).

O secretário de Saúde do Sindicato, João Rufino, conta que o movimento

sindical pernambucano elegeu como tema de discussão neste 28 de abril “Os desafios do Complexo Industrial e Portuário de Suape frente à saúde do trabalhador no âmbito do PAC”. “Tentamos chamar a atenção das

pessoas e, principalmente, das auto-ridades para os problemas que Suape tem causado na saúde do trabalhador. Independente do valor econômico que o porto tem para o nosso Estado, o dinheiro não pode ser ganho à custa do adoecimento e morte dos trabalha-dores”, comenta.

Rufino explica que, apesar de Sua-pe ser o foco das atividades do 28 de abril deste ano em Pernambuco, os bancários também serão lembrados. Segundo o dirigente, a categoria é uma das que mais sofre com doenças e acidentes de trabalho.

Sindicato em ação

Atos do Sindicato e da cut marcam o 1º de Maio

Protestos e homenagens às vítimas do trabalho

DançaA companhia irlandesa de dança

Celtic Legends se apresenta pela primeira vez no Recife no próxi-mo dia 7. O espetáculo ocorre no Teatro da UFPE e uma trupe de seis músicos e quatorze bailarinos

participa do show, que começa às 21h. Os ingressos estão à venda na Livraria Saraiva do Shopping Recife e na bilheteria do teatro. Os preços dos ingressos para a plateia são R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia). Já as entradas para o balcão custam R$

100 (inteira) e R$ 50 (meia).

Manuel banDeiraEstá aberta a exposição “Beba

Poesia”, com poemas visuais de Manuel Bandeira desenvolvidos por alunos que frequentam as bibliotecas

da região metropolitana do Recife. Com o apoio dos mediadores de leitura e designers, o projeto visa mostrar como a poesia é algo essen-cial. A exposição fica no Espaço Pa-sárgada, acesso pela Rua da União, 283, Boa Vista, Recife.

Agenda cultural

DIA DO TRABALhADOR

28 DE ABRIL

No Brasil, a data é comemorada desde 1895. Mas foi somente em setembro de 1925 que o Dia do Trabalhador tornou-se oficial em nosso país

ivaldo Bezerra

Manifestação chamou a atenção no metrô Recife