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Jornal Drop - Edição #112

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Aproveite mais uma edição do Jornal Drop! Informação de qualidade e de graça!

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A edição#112 do Jornal Drop entrou no clima do outono. Foi uma temporada agitada. Com o aumento do volume de água no outside, as notícias respingaram aqui na redação. Pelo estado inteiro, quebrou onda para todos os gostos, as maiores agradaram os surfistas dispostos a encarar condições extremas. Nosso exemplar destaca essas ondas bombásticas e reúne imagens da praia da Joaquina quebrando com até 3 metros e meio, nos dia 21 e 22. A grande semana de maio também é o título da matéria do nosso colunista master João Ricardo Lopes, que compara esse momento ao antológico swell de 1986, quando a Joaquina surgiu no cenário mundial.

Músico, surfista e produtor de vídeo, Marcelo CathCart conta na entrevista do Na Cara um pouco sobre a sua sintonia com o mar, envolvimento com as ondas sonoras e produção de vídeos. O último trabalho, em parceria com o Gustavo Schlickmann, é chamado Sinestesia. Até o final do ano, Marcelo pretende concluir outros três títulos inéditos.

Para continuar no clima, as colunas do Jornal Drop se mantiveram diversificadas. O alto astral do surfista Guilherme Tranquilli contagiou o Tubo do Mês. Foi o fotógrafo Marcio David quem registrou o passeio no canudo cristalino do Moçambique. O Tudo do Tempo comenta a história da Fecasurf, que completou 25 anos. Mario Salerno estampa o Drop Arte. Em um bate papo, o artista plástico fala sobre seu contato despretensioso com o mundo dos traços e cores.

Andar de skate também é a nossa praia. O destaque da modalidade é um talento promissor. Aos 17 anos de idade, Felipe “Foguinho” é o novo morador do Rio Tavares. Felipe fez as malas e aterrissou em Florianópolis, ao lado de outros garotos prodígios do skate, o objetivo é evoluir. No cenário das competições, o Swell Old is Cool provou que não é uma simples disputa, ficou marcado como um encontro de skatistas apaixonados. Um dos maiores eventos de bowl do mundo também está em nossas páginas. Pedro Barros venceu mais uma, representou o nosso estado e garantiu a cobertura do tradicional evento na Combi Pool (Califórnia). E, para finalizar, do Rio Vermelho, Luca Sachs exibe a manobra FS Flip Indy, na seção Freestyle.

Na edição#112 aderimos uma nova ideia. Reservamos um espaço para o nosso leitor. Envie sua foto para o e-mail: [email protected]. O outono é inspirador, dias de clima agradável para pratica de esportes. Sorte nossa! O Jornal Drop é gratuito, aproveite! Boa Leitura!

Ano 14 - Edição#112Abril / Maio 2012

Fundador Luis Felipe Machado Fernandes

EditoraCaroline Lucena - [email protected]

Redação João Ricardo Lopes - [email protected]

FotografiaMarcio David - [email protected] Rebelo - [email protected] Alves - [email protected]

Criação e DiagramaçãoKaio Henrique de Souza - [email protected]

Colunistas

João Ricardo Lopes, David Husadel, Julia Hoff, Marcio David, Norton Evaldt, Adriano Rebelo e Andre Barros.

Colaboradores

Mul, Helge, James Thisted, Basílio Ruy, Angelo Possenti, Felipe Puerta, Clara Mujica, Ricardo Ribas, Mario Junior e Mario Salerno.

RevisãoFernanda Moretto

Jornalista Responsável Caroline Lucena – CNC 4551028

Departamento financeiro: [email protected]

Departamento Comercial: [email protected]

Adriano Rebelo – 48 [email protected]

David Husadel – 48 9122-5473 [email protected]

ERRATA: Na blitz da edição#112 uma das fotos saiu com o nome errado. Adilson Stadler foi mencionado como Afonso.*Os textos assinados nesta publicação são de exclusiva responsabilidade dos autores. Publicação bimestral - Distribuição gratuita em Santa CatarinaRua Prefeito Acácio Garibaldi Santiago, nº 300, Joaquina Florianópolis (SC) - CEP 88062-600 – (48) 99470596

PORTAL JORNAL DROPwww.jornaldrop.com.br

CAPAS ARTÍSTICAS:Outline de pranchas (Srs Surfboards).Fotos: Marcio David

CAPA AÇÃO:Marco Polo entocado nos “barrels” do Moçamba.Foto: Marcio David

EDITORIAL

ÍNDICE 12Na Cara 22 24 36 45Drop Arte Joaca 3.0 Drop Skate Blitz

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nicobocobrasil.com.br@NicobocoOficial/nicobocooficialbrasil

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NA CARA

Surfista, músico e produtor de vídeo, Marcelo CathCart leva a vida na boa. É apaixonado por tubos e exibe uma sintonia perfeita com as ondas. Já foi competidor, mas hoje prefere aproveitar a essência do surf que, segundo ele, fica escondida quando se está focado nos treinos. Descubra um pouco mais sobre esse cara talentoso.

Fale um pouco sobre a sua sintonia com o surf.

Desde pequeno fui ligado ao mar. Sempre acordei cedo para buscar as ondas perfeitas, acredito que isso me fez ter uma sintonia diferente, se comparado aos demais surfistas.

Conheço você desde pequeno, dá época em que você era surfista amador. Conta sobre sua experiência nas competições. Você tem saudade?

Sinto muita saudade dessa época. Participei de competições por muito tempo e isso foi bom por diversos motivos. Fiz amigos, conheci lugares e aprendi muito ao lado dos melhores surfistas.

Em que momento você decidiu parar, por quê?

Decidi parar de competir quando meu pai faleceu, em 2008. Sempre que podia, ele me acompanhava e dava o suporte necessário para a evolução da minha carreira como atleta. Outro motivo foi a falta de preparação da comissão técnica dos eventos de surf na época. O surf estava em total transformação e os juízes não sabiam julgar manobras inovadoras como os aéreos.

Arrependeu-se da decisão?

Não me arrependo. Hoje, consigo perceber a essência do surf e do mar, coisas que ficam escondidas quando se está treinando. O atleta, quando fica muito ansioso e focado na busca pela vitória, acaba não apreciando o esporte.

Você tem um talento incrível com a música. Como isso influencia na sua vida?

Sou músico e surfista. Comecei cedo, quando era criança. Acredito que a música está ligada em nós de forma direta ou indireta. No meu caso, quando estou tocando ou compondo, tento ser o próprio som, e isso me faz entender melhor a essência de cada elemento, seja a água do mar ou o próprio ruído que emite.

Sua música tem uma ligação com esse universo?

Sim. Acho que sempre tentamos ligar prazeres e sentir a plenitude de estar bem fazendo aquilo que se gosta. Com certeza a música e o surf estão relacionados, ambos servem de inspiração.

Fale um pouco sobre a produção do vídeo Sinestesia, com o surfista Gustavo Schlickmann. Como foi o processo de captação de imagens, músicas e ideias?

Assim como o primeiro projeto que fizemos, chamado Hypnotized, o vídeo Sinestesia foi idealizado por mim e pelo Gustavo Schlickmann, que é o protagonista do filme. O processo de captação de imagens começou no início de 2011, onde diversos cinegrafistas puderam captar imagens do atleta em diferentes regiões. A trilha sonora foi escolhida pelo Gustavo, que sempre é cuidadoso, pois quer combinar seu surf ao estilo musical.

Vocês trabalharam juntos em todo o processo?

Trabalhamos o tempo todo juntos, temos uma boa sintonia e isso facilita. O filme está encartado na última edição da revista Fluir.

Quais os benefícios dessa conexão com a revista?

Acredito que daqui para frente muitas portas irão se abrir, assim como essa da Fluir, que cedeu este espaço ao atleta, dando ênfase ao vídeo.

P o r M a r c i o D a v i d

M a r c e l o C a t h c a r t

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13 ♦ JORNAL DROP 13 ♦ JORNAL DROP

O filme tem altas cenas de Floripa, Indonésia e outros lugares. Você esteve presente em todas as viagens?

Tive a oportunidade de acompanhar o Gustavo em quase todas as “trips”. Só não estive presente no México.

Quais são suas metas profissionais? Você pretende seguir nesse ritmo, produzir vídeos e fazer músicas, tudo relacionado ao surf?

Sim, agora o meu foco é produzir. Depois da conclusão do Sinestesia, vou reorganizar dois vídeos que tiveram suas produções interrompidas, o filme Inconsciente Coletivo e Essência. No próximo mês está programada mais uma viagem para a Indonésia, onde vamos fazer a captação de imagens para um próximo vídeo, mas o nome ainda é segredo. Tudo isso conciliando a composição musical, que a partir de agora, faz parte da trilha sonora dos vídeos produzidos pela Another Discord, representada por mim e pelo Gustavo.

Como foi sua última viagem para indonésia?

Voltar para a Indonésia foi uma experiência boa. Fazia muitos anos desde a primeira vez que estive por lá. Nossa “trip” começou na Sumatra Ocidental, depois de dias de viagem chegamos a Macarronis, uma experiência incrível. Ficamos em uma vila à uma hora de caminhada da onda, não imaginávamos que poderiam existir pessoas que viviam daquela forma, naquele isolamento. O hospital mais próximo ficava a muitas horas de barco, a energia elétrica era produzida por um gerador à gasolina, que funcionava somente ligado das 18h às 23h. Havia apenas casas de madeira, porém a igreja era bem grande e de alvenaria. O povo era humilde

Para conferir a sequência completa deste tubo, com 31 fotos, acesse:

www.jornaldrop.com.br

Foto: Mul

e as crianças ficavam fascinadas com a galera. Ficamos lá por uma semana, a onda é muito boa e a bancada rasa. Logo que o swell baixou, arrumamos as coisas e fomos para Bali. Passamos o resto da trip naquela região, surfamos vários picos como Uluwatu, Bingin, Keramas, Cangu, fomos a Lombok e pegamos Desert Point, que não estava nos seus melhores dias, mas a onda que chamou atenção, com certeza foi Padang Padang. Tive a oportunidade de pegar um bom swell, que me deixou fascinado pelo lugar.

Foi na Indonésia que você surfou a onda dos sonhos?

Na verdade, a onda dos sonhos não foi nessa viagem. Por incrível que pareça, o quintal de casa ainda está ganhando. Mas pude fazer boas ondas nesta viagem que duraram dois meses. Sou apaixonado por tubos e a Indonésia é um prato cheio.

Fale dos projetos futuros?

Pretendo concluir esses três vídeos até o fim do ano. Depois, aí sim, vou fazer os planos para 2013.

Ficha técnica

Idade: 28 anos Uma onda: riozinho Ídolo: meu pai Trip do sonho: Tahiti Surfista: Andy Irons Som: John Frusciante

Conquista: amigos Filme: Castles in the sky Uma lembrança: Minha primeira prancha. Ganhei quando completei 8 anos.

Marcelo fazendo o que mais gosta, entubando na Indonésia. Foto: Mul

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A foto de André Heiden merece um quadro. A moldura fica por conta da natureza local.Foto: Marcio David

MOMENTS

Marco Giorgi coloca pressão para domar as ondas da Silveira.Foto: James Thisted

Netto Moura encaixou no trilho e curtiu o visual.

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15 ♦ JORNAL DROP

Netto Moura encaixou no trilho e curtiu o visual.

Beto Mariano atacando de backside em seu habitat natural.

Foto: Marcio David

Foto: Marcio David

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DROPANDO DE LETRA

16 ♦ JORNAL DROP

O s d e z ú l t i m o s d i a s d e m a i o a g i t a r a m o s u r f c a t a r i n e n s e c o m u m s w e l l é p i c o d e n o r t e a s u l d o E s t a d o. O n d a s v o l u m o s a s e f o r t e s b o m b a r d e a r a m n o s s o l i t o r a l p a r a a l e g r i a d o s s u r f i s t a s q u e e s t a v a m c o m o p r e p a r o f í s i c o e m d i a e b e m e q u i p a d o s p a r a t a l m i s s ã o : d r o p a r b o m b a s d e q u a l i d a d e i n t e r n a c i o n a l e m s o l o b r a s i l e i r o. O t a m a n h o v a r i o u d e 3 a 4 m e t r o s q u e b r a n d o p e r f e i t o e m d e t e r m i n a d o s p o i n t s . N o s u l d o E s t a d o, a s m o r r a s c a s t i g a r a m a s e s t r u t u r a s d a p l a t a f o r m a d a p r a i a d o R i n c ã o, b o t a n d o à p r o v a a r e m a d a d o s m a i s a t i r a d o s . N o Fa r o l d e S a n t a M a r t a , a p r a i a d o C a r d o s o r e c e b e u b e m e s s a s m a s s a s d ’á g u a , c o m a l g u n s p o u c o s o u s a d o s d e s f r u t a n d o d e s s a p e r f e i ç ã o, q u e l e m b r a S u n s e t , n o H a w a i i . R o s a S u l t a m b é m m o s t r o u s u a f a c e p e r f e i t a e g i g a n t e . C a n t o d o G r a v a t á , n a p r a i a M o l e , s e m p r e q u e o m a r s o b e m u i t o, é u m a o p ç ã o c e r t e i r a p a r a “m o r r a n q u e i r o s” d e p l a n t ã o. A i n d a n o s u l d o E s t a d o, s e g u n d a - f e i r a e s t i v e n a p r a i a d a V i l a , e m I m b i t u b a , q u e q u e b r a v a g r a n d e , a t r á s d a s i l h a s , m a s c o m f o r m a ç ã o i r r e g u l a r. M e s m o a s s i m , t i n h a u m s u r f i s t a s e a v e n t u r a n d o. N o l i t o r a l n o r t e , B a l n e á r i o C a m b o r i ú , q u e m u i t o s i n s i s t e m e m d i z e r q u e n ã o t e m o n d a , c o m p r o v o u s e r u m a m á q u i n a , q u a n d o e n t r o u a o n d u l a ç ã o c e r t a e f e z a a l e g r i a d o s l o c a i s . P i c o d a M a r a m b a i a f u n c i o n o u d e g a l a . Pr a i n h a , e m S ã o Fr a n c i s c o d o S u l , p o r s e r u m a p r a i a e s p r e m i d a e n t r e d o i s c o s t õ e s , a f u n i l o u a o n d u l a ç ã o e t e v e c o n d i ç õ e s b e m d i f í c e i s e p e r i g o s a s . C o m o m a r n ã o s e b r i n c a ! A p ó s c o m e n t a r t o d o s e s s e s p i c o s d e S a n t a C a t a r i n a , a m e n ç ã o e s p e c i a l s e m d ú v i d a f i c a p a r a a b o a e v e l h a “J o a c a”, q u e f u n c i o n o u d e f o r m a é p i c a n o s d o i s d i a s s e g u i d o s . N a s r e d e s s o c i a i s , u m a i n v a s ã o d e f o t o s d e q u e m e s t e v e l á d e n t r o s u r f a n d o p o d e s e r c o n f e r i d a , m o s t r a n d o u m a p e r f e i ç ã o a b s u r d a , a p e s a r d a s d i f i c u l d a d e s d e s e v a r a r a a r r e b e n t a ç ã o. M u i t o s s u r f i s t a s n ã o c o n s e g u i r a m e n t r a r n a r e m a d a , s u r g i n d o e m c e n a u m a l i a d o q u e f a c i l i t o u a v i d a d e m u i t a g e n t e n a h o r a d e c h e g a r l á f o r a : o j e t s k i . U t i l i z a d o p o r a l g u n s p a r a f a z e r t o w - i n , e l e s e r v i u t a m b é m p a r a d a r c a r o n a p r a g a l e r a q u e f i c a v a n a a r e i a , à e s p e r a . Fo i d e g r a n d e v a l i a a s a ç õ e s d e G u i l h e r m e

R i b e i r o, B i r a S c h a u f f e r t e D i e g o R o s a , q u e c o m a n d a r a m a l g u n s d o s j e t s q u e e s t a v a m e m a ç ã o n e s s e s d o i s d i a s . A J o a q u i n a s u r g i u n o m a p a s u r f í s t i c o m u n d i a l e m 1 9 8 6 , n u m s w e l l a n t o l ó g i c o, q u e a t é h o j e n i n g u é m s e e s q u e c e . C a l h o u j u s t a m e n t e n a r e a l i z a ç ã o d a p r i m e i r a e d i ç ã o d o H a n g o o s e Pr o C o n t e s t , p e g a n d o m u i t o s s u r f i s t a s d e s p r e v e n i d o s . N e s s e c a m p e o n a t o, a p ó s o s w e l l b a i x a r, o a u s t r a l i a n o D a v i M a c a u l e y f o i o v e n c e d o r. Pa r a o s g r i n g o s , q u e n a é p o c a t a c h a v a m q u e n o B r a s i l n ã o t i n h a o n d a , a “J o a c a” t r a t o u d e d e s m i t i f i c a r e s s a l e n d a . O n d a s d e 3 m e t r o s , p e r f e i t a s , q u e b r a n d o a t r á s d o c o s t ã o, d e s c a r r i l h a v a m s u a s e x t e n s a s p a r e d e s , o q u e f o i a p e l i d a d o d e “e x p r e s s o J o a c a”. D e p o i s d e s s e e v e n t o, a J o a c a q u e b r o u d i v e r s a s v e z e s g r a n d e e b o a , m a s n ã o i g u a l a 1 9 8 6 , s e g u n d o o r e l a t o d e l o c a i s . C h e g a v a p e r t o, p o r é m n ã o t i n h a a m a g i a e a l u z d a q u e l e a n o. H á a l g u n s a n o s t e v e u m s w e l l q u e c h e g o u p e r t o, q u e b r o u a t é m a i o r, c o m s é r i e s d e a t é 5 m e t r o s , m a s m e s m o a s s i m n ã o t e v e a q u e l a r e p e r c u s s ã o t o d a . S e g u n d a - f e i r a , 2 1 d e m a i o d e 2 0 1 2 . A J o a q u i n a d e s p e r t o u n o v a m e n t e . C o m o d i s s e a n t e s , o s m a i s b e m p r e p a r a d o s , c o m a r e m a d a e m d i a e p u l m ã o d i l a t a d o, t i v e r a m o p r a z e r d e e n c o n t r a r u m a J o a q u i n a i n s p i r a d a , p e r f e i t a , d e u m a b e l e z a e s t é t i c a i n i g u a l á v e l , q u e m a q u i a v a a d r a m a t i c i d a d e d e e s t a r l á d e n t r o, n u m a s i t u a ç ã o a d v e r s a . Te r ç a - f e i r a , 2 2 d e m a i o, o s w e l l b a i xo u u m p o u c o, m a s c o n t i n u o u p e s a d o e p e r f e i t o, c o m a m e s m a l u z d o d i a a n t e r i o r. Fo r a m d o i s d i a s p r a f i c a r n a h i s t ó r i a d o s u r f i l h é u . E s s a s i t u a ç ã o m e f a z l e m b r a r a q u e l e f i l m e , q u e p a s s a v a n a s e s s ã o d a t a r d e n o s a n o s 8 0 e 9 0 , A G r a n d e Q u a r t a - Fe i r a ( B i g We d n e s d a y ) . E s s a h i s t ó r i a r e l a t a v a a a n s i e d a d e d e t r ê s s u r f i s t a s e m e n c a r a r u m p i c o l e n d á r i o n a C a l i f ó r n i a e m m e a d o s d o s a n o s 6 0 , e e n f r e n t a m u m m a r p e s a d o e d i f í c i l d e s e r s u r f a d o q u e q u e b r o u n u m a q u a r t a - f e i r a . Q u a n d o o s w e l l c h e g o u , o s t r ê s e s t a v a m p r e p a r a d o s , à e s p e r a d a s b o m b a s . N a v i d a r e a l , n o c a s o, n ã o e r a m t r ê s , e s i m u m a b o a q u a n t i d a d e d e s u r f i s t a s q u e e s t a v a m e m a ç ã o, e c o m c e r t e z a , c o m a m e s m a a n s i e d a d e q u e a d o s s u r f i s t a s d o f i l m e . Q u e m u i t a s o u t r a s s e g u n d a s , t e r ç a s , q u a r t a s - f e i r a s p e r f e i t a s c o n t i n u e m a q u e b r a r p a r a o d e l í r i o d e q u e m g o s t a d e s u r f , e s s e e s p o r t e s i n g u l a r.

A g r a n d e s e m a n a d e m a i oPor João Ricardo Lopes

Foto: Marcio DavidLocal: Joaquina

No mês de maio, a Joaquina recebeu um swell clássico que agitou o surf em floripa.

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Foto: Marcio DavidLocal: Joaquina

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EM SÉRIE

Local: Lage de Jaguaruna (SC)

Atleta: Dê da Barra

Fotos: James Thisted

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Tub Do mês

20 ♦ JORNAL DROP

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O outono é uma das melhores épocas do ano na região sul do Brasil. Ondulações de sudeste com vento terral são mais

frequentes, proporcionando ondas clássicas na maioria das praias de Santa Catarina. Durante um swell, convidei a galera para uma sessão de fotos na praia do Moçambique que, para o nosso delírio, estava com tubos perfeitos e temperatura agradável. O surfista Guilherme Tranquilli estava empolgado. Com alto astral e de bem com a vida, o garoto passeou nos canudos cristalinos, dando risada e curtindo o momento como se estivesse na Indonésia. Por isso, este registro estampa o tubo do mês.

Foto e texto: Marcio David

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DROP ARTE

Conheci o trabalho do Mario Salerno quando estive no Café Cultura, na Lagoa da Conceição, onde o artista realiza sua primeira exposição. Fiquei curiosa com a vibração das cores e mistura dos traços, resolvi conhecer um pouco mais sobre o artista. Marcamos um bate papo que resultou em uma entrevista, onde Mario conta sobre a vida e envolvimento com a arte.

Você gosta de definir um estilo para o seu trabalho?

Acho chato você ter que definir um estilo, eu faço o que estou afim. As pessoas têm mania de definir as coisas, por quê? Muitas vezes produzo para mim mesmo, pois não é fácil encontrar muitas coisas diferentes. Se você quer colocar um quadro na parede, encontra muita coisa abstrata e parecida. Acho que no meu caso, tudo começou assim, eu queria um quadro bacana para pendurar na minha parede. Tenho telas que eu gosto tanto que não penso em vender. Como não me preocupo muito com uma identidade, gosto de estudar tudo. Tem umas influências que eu curto.

Quem são essas influências?

Sou fã do Kandinsky e Picasso. Gosto do Picasso porque ele também era subversivo. Não estava preocupado, fazia o que dava vontade, uma hora pintava um quadro, depois fazia uma escultura. Quando o amigo dele morreu, começou a pintar tudo em azul. Teve uma fase que produziu umas telas cubistas, enfim, eu acho a história dele bem louca. Ele tem uma frase que eu lembro sempre: “Se eu gosto de uma coisa eu vou lá e roubo.”

Você é autodidata?

Totalmente. Ainda não sei muita coisa, estou aprendendo e recebendo alguns toques. Tenho amigos que são artistas, por exemplo, o Augustin Lassus, que faz muitas coisas minimalistas e

pinta castelos. Ele é bom, a arte dele vibra. Um dia ele estava pintando uma vaca, dessas do Cow Parede, e eu fui visitar. Conversamos muito sobre os materiais, ele me apresentou a caneta posca, que salvou a minha vida, me matava no pincel para fazer os detalhes. Depois eu conheci o Driin e, pela internet, falei com muitos artistas do grafite. Fiquei com vontade de fazer uma oficina com o Rizo. Outro dia ganhei umas espátulas e comecei a testar.

Você gosta de misturar tudo?

Sim. Tenho trabalhos, como um cavalo marinho, que foi um desenho feito em uma folha A4, passei no scanner e depois para o computador, onde colori . Eu faço alguns trabalhos assim, crio a ilustração e aplico as cores no computador. Eu sou publicitário e trabalhei como diretor de arte, isso me influencia, me dá noção de estética, medida e distribuição. Mas gosto muito de utilizar tinta acrílica e não uso tinta a óleo.

Como a arte entrou na sua vida?

Acho que isso tem a ver com a minha hiperatividade. A arte foi uma coisa que me fez relaxar. Às vezes eu chegava estressado ou cansado, e isso me aliviava. Eu surfava, andava de skate, bebia, fazia mais um monte de coisas, mas nada me satisfazia. Teve um dia, que um amigo chegou aqui em casa com uma tela, começamos a rabiscar, mas eu não tinha uma tinta, um pincel, eu não tinha nada. Fiquei com muita

istura DespretenciosaPor Caroline Lucena

Fotos: arquivo pessoal

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Fotos: arquivo pessoal

23 ♦ JORNAL DROP

vontade de pintar, então fui comprar umas quatro tintas e alguns pincéis pequenos. No outro mês, comprei mais alguns materiais e terminei. Eu curti aquilo tudo, foi gostoso. Então decidi começar a pintar. Virou um hobby, testei outras técnicas e mistura de estilos. Já usei espátula, pincel, finger painting, à mão, só não uso tinta à óleo. Você disse que arte e dinheiro não combinam, mas comercializa o seu material?

Eu não tenho muita coragem, mas aceito encomendas. Só que tem quadros que eu faço e curto muito, então não tenho vontade de vender. Tem alguns que demoro para terminar, ficam tanto tempo comigo, fico apegado. Os digitais eu vendo mais. Eu acho que quando o trabalho fica muito comercial a arte perde, tu fica limitado. Muitas vezes o trabalho não resulta no que o artista sente e sim no trabalho que vai vender para pagar as contas, então é complicado. Eu quero pintar a vida inteira, mas pretendo continuar fazendo a minha história, expressando o que sinto, sem me preocupar se vou ganhar para isso. Sei que tem muito artista que pinta para vender, mas a vida deles tem inspiração e amor pelo que fazem. Mas se você se corrompe, começa a produzir em série, e se decidir fazer outra coisa, as pessoas não se identificam. Sou meio crítico nesse sentido, mas respeito outras opiniões. Para mim arte e dinheiro não combinam, pois é preciso ser sensível e acho difícil associar.

Você acha que arte é um dom?

Eu não acho que isso é um dom, sinceramente acho que isso é uma coisa que qualquer pessoa pode fazer. Porque às vezes você faz um rabisco e fala “tá feio”! Mas se você continuar em cima daquele rabisco e acreditar nele, dá para sair uma coisa diferente. Eu acredito que

qualquer um tem capacidade de fazer alguma coisa bonita, se quiser. Eu acho que merece destaque quem gosta do que faz.

Onde você busca inspiração?

Eu acho que o trabalho só sai quando você tem alguma coisa rolando na cabeça. Mas quando eu não sei exatamente o que fazer eu vou digerindo a ideia, até ela ficar redonda. São muitos detalhes e se eu não tiver certeza de como fazer, eu vou pesquisar, espero e depois finalizo.

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Fotos e texto: Marcio David

Joaca 3.0

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Swell de gala e surf de atitude. Nos dias 21 e 22 de maio, a Joaca provou porque é considerada uma das melhores ondas do Brasil.

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O outono estava sendo espetacular, a maioria dos dias com sol, céu azul, clima quente e ondas de boa qualidade nas praias catarinenses. As bancadas estavam ajeitadas e toda

ondulação de médio tamanho encaixando perfeita, para o delírio da galera. Essa época já é famosa por proporcionar boas ondas. Mas, sem dúvida, o big swell que rolou na praia da Joaquina foi um momento épico e ficou gravado na memória dos surfistas. Foram poucos os que tiveram o privilégio de desfrutar as ondas de 3 metros e meio, que rolaram nos dia 21 e 22 de maio. A expectativa começou quando as previsões indicaram um forte swell de sudeste com influência de leste, que entraria em cheio em Florianópolis. Para alguns, as previsões eram assustadoras e, para outros, sinal de adrenalina, hora de despencar de morras de água. Na noite anterior, alguns surfistas prepararam as gunzeiras, outros abasteceram o jet ski, na esperança de um bom dia de tow in. Apesar de toda a expectativa, a noite seria de um sono “tranquilo”, sonhando com bombas de água quebrando na cabeça.

Segunda-feira, 21 de maio, 2012

Amanheceu ensolarada. Apesar da pouca névoa, o céu estava azul e sem nenhuma nuvem, dando a impressão de que o dia era especial. No caminho para o surf, todos ligados nos boletins das rádios e ansiosos para saber se a previsão seria confirmada. As

informações eram as melhores possíveis, o swell ia bombar em todo o litoral catarinense. Aqueles que buscaram os secrets e points alternativos, até conseguiram encontrar boas ondas, mas o show mesmo estava na Joaquina. Passar pela entrada da praia foi uma cena memorável e inesquecível. Na estrada, já estava fácil avistar as potentes séries marchando em direção à pedra Careca. O vento terral e a direção da ondulação estavam encaixados , o visual era incrível e assustador. Para os big riders, surf clássico. Foram eles que comandaram o show, encararam séries de três metros e meio para tentar passar a arrebentação e surfar as paredes potentes. Em algumas ocasiões a assistência do jet foi fundamental para passar pela explosão de espuma. O surfista, Abacaxi, foi um paizão. Ajudou a galera a atravessar, também auxiliou e resgatou alguns surfistas que estavam em condições de riscos. Na segunda-feira, poucos surfistas entraram na remada, foram as duplas de jet que aproveitaram a forte ondulação. O destaque na remada ficou com os aventureiros Fabricio Machado, Evandro Farias, Guilherme Ferreira, Eduardo Cechinel, Cristiano Melo, Lourenço Barros, Junior Maciel, Guilherme Tranquilli, Guto Morelli, entre outros, que botaram para baixo sem medo. Dudu Schultz e Alexandre Takeo (Magrinho) surfaram altas de SUP. O ápice foi no período da tarde, onde só eram avistadas as duplas de tow in. Gui Ribeiro e Diego Rosa, assim como Formiga e Guga Arruda, pegaram as maiores ondas com um mar muito difícil e séries monstruosas no horizonte. Essa galera ficou praticamente o dia inteiro dentro do mar.

Entrar no mar nessas condições é para poucos, respeito e atitude são regras fundamentais.

Joaca 3.0

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27 ♦ JORNAL DROP

O visual do estacionamento estava de cinema, para o delírio dos surfistas locais que dominaram o outside.

A galera que estava na remada predominou nas esquedas, e as duplas de jet ski surfaram no meio da praia.

O visual da estrada estava alucinante, altas ondas e muito surf.

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Terça-feira, 22 de maio, 2012

A previsão se manteve e o swell ganhou mais força de leste. A Joaca continuou com consistência, mas um pouco menor que no dia anterior, porém com “power” e volume consideráveis para os padrões brasileiro. Dessa vez, mais surfistas se aventuraram na remada e o outside da Joaca foi dividido no maior astral do espírito surf. Quando a série era avistada no horizonte, a energia era sentida pelas diversas pessoas que apreciavam as cenas do costão. Cada onda despencada era comemorada pelo público em cima das pedras, que não hesitava em gritar e aplaudir a atitude dos surfistas. Foi mais uma manhã longa de céu azul e ondas clássicas. No estacionamento, a galera local estava em um astral magnífico, felizes de surfar no quintal de casa. Diversos jets ainda estavam compartilhando as ondas do meio da praia, enquanto o pico da esquerda era dividido entre os locais e suas gunzeiras. Realmente esse swell vai ser inesquecível. Foi um privilégio presenciar essa força da natureza. Aloha!

Gunzeiras e jet ski, o clima era de adrenalina no outside.

Muitas pessoas mudaram a rotina no horário de almoço, foram até a praia para ver o swell de perto.

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Gunzeiras e jet ski, o clima era de adrenalina no outside.

Joaca 3.0

Quem teve disposição, encarou longas esquerdas com até 3 metros e meio.

As “big” ondas criaram um verdadeiro espetáculo, monstrando que o nosso estado é um dos celeiros do surf nacional.

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FOLHA VERDE

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Nova chance para o mundoPor Julia Hoff

2012 é um ano importantíssimo para o meio ambiente. Entre 13 e 22 de Junho, lideranças políticas mundiais se reuniram no Rio de Janeiro, assim como aconteceu há 20 anos durante o ECO-92. Com os olhos voltados para o Brasil, aconteceu a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, o Rio+20. Uma nova chance para que se analise os métodos de exploração dos recursos naturais e para que se criem novas estratégias que viabilizem o comprometimento social com a vida, enquanto há tempo. Falo nova chance, pois de acordo com o relatório Planeta Vivo, realizado anualmente pela ong WWF desde 1998, não parece que estamos agindo como deveríamos para que a sociedade tome novos rumos, diferentes daqueles que levarão à escassez total. O relatório é uma visão geral da saúde dos ecossistemas,

Foto: MarcioDavid

feito através do rastreamento de 9 mil populações com mais de 2.600 espécies. No relatório são analisados impactos da urbanização, desmatamento, emissão de gases, mau uso de água e energia, entre muitos outros aspectos. Com a colaboração da Sociedade Zoológica de Londres e Rede da Pegada Mundial, o resultado não foi nada positivo. A demanda por recursos naturais é 50% maior do que a terra pode nos dar. Vivemos como se existisse outro planeta para suprir nossas “necessidades”. Em menos de 20 anos, dois planetas não serão suficientes. O relatório destaca o crescimento da população e os hábitos de consumo como forças principais da degradação ambiental. Desde 1970 até 2011, a população mundial dobrou, chegando a 7 bilhões. E a previsão é que seremos 9 bilhões em 2050, com 2 de cada 3 pessoas vivendo em cidades. Haja infra-estrutura pra acomodar tanta gente. É bom que evoluamos bastante no que diz respeito à qualidade de moradia, transporte, uso de água e energia para que nossos filhos e netos não vivam num caos. Outro problema destacado pelo relatório é a diferença entre países ricos e pobres. Segundo os dados das pesquisas, o declínio na biodiversidade tem sido bem mais rápido em países pobres, ao mesmo tempo em que, os 10 primeiros países responsáveis pelas ”pegadas” deixadas na terra são todos ricos: Catar, Kuwait, Emirados Árabes, Dinamarca, Estados Unidos, Bélgica, Austrália, Canadá, Holanda e Irlanda. O impacto desses países na degradação do meio ambiente é 5 vezes maior do que os países pobres. Quem quiser ler mais sobre o assunto é só visitar a página da WWF Brasil e procurar pelo Relatório Planeta Vivo. Durante o Rio+20 as autoridades procuraram o caminho para um acordo justo e eficiente que ajude a amenizar os estragos causados por nós mesmos no planeta. Depois disso, vamos cobradar as promessas. A informação ajuda, mas não vence sozinha. A atitude é que faz a diferença.

Fonte: site: WWF Brasil www.wwf.org.br site: RIO+20 www.rio20.gov.br

FOTO LEITOR

Atleta: Lamir SantosLocal: Praia Mole (SC)

Apareça no Jornal Drop. Envie sua foto de ação para [email protected]

Lamir Santos procura patrocínio, enquanto a ajuda não aparece, o atleta se puxa dentro e fora d’água. Foto: Clara Mujica

Charlie BrownI N D O N E S I A

"Alguns procuram a felicidade, outros a criam."

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Charlie BrownI N D O N E S I A

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Vento, frio e mar agitado marcaram a disputa que rolou na praia do Rincão, em Içara. Com 118 surfistas na briga pela ponta do ranking da Fecasurf.

Devido às condições do mar, já previstas antecipadamente, no sábado foram realizadas as categorias: Infantil, Iniciantes, Mirim, Junior e Feminina. A molecada competiu em ondas de meio metro e os melhores já foram premiados no mesmo dia. No domingo, a frente fria trouxe ondas que chegavam aos dois metros, mas com formação irregular e forte corrente. O surfista de Balneário Camboriú, Thiago Bruno, apesar das dificuldades, achou as melhores ondas e garantiu a vitória. Thiago somou 12,75 pontos contra 11,55 pontos de André Mói, também de Balneário Camboriú, que ficou na segunda colocação, mas assumiu a ponta do ranking Fecasurf na categoria Open. Os destaques foram os surfistas Álvaro Bacana com a melhor onda da competição, 9,00 pontos na segunda bateria do segundo round da categoria Master, e Luan Wood com o maior somatório, 14,25 pontos nas suas duas melhores ondas da primeira semifinal da categoria Junior. A Próxima etapa do circuito acontece no litoral norte, mais precisamente em Navegantes, durante os dias 21 e 22 de Julho.O Circuito Catarinense Oceano de Surf Amador 2012 é apresentado pela Arnette e tem o patrocínio da Oceano, do Governo do Estado de Santa Catarina - através da Secretaria de Turismo, Cultura e Esportes, co-patrocínio da Texponti, Maxi Tex, Skull, Prefeitura Municipal de Içara, Site Waves, Jornal Drop. Com promoção da Rádio Atlântida FM. A realização é da Fecasurf - Federação Catarinense de Surf e ASCAS - Associação Sul Catarinense de Surf.

Resultado

TRIAGENS FECASURF

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Por Norton Evaldt

Thiago Bruno. Foto: Angelo Possenti.

Circuito Catarinense Amador/ 3º etapaData: 11 e 12 de maioLocal: praia do Rincão (SC)

Thiago Bruno representa na praia do Rincão

Caetano Vargas. Foto: Basílio Ruy.

Open1º) Thiago Bruno 2º) André Moi 3º) Gabriel Castigliola 4º) Ygor Arakaki Junior1º) Gabriel Weber 2º) Ricardo Kjellin 3º) Luan Wood 4º) Alcides Lopes

Mirim1º) Luan Wood 2º) Alcides Lopes 3º) Kaique Oliveira 4º) Gustavo Ramos

Iniciante1º) Gustavo Ramos 2º) Luan Garcia 3º) Giovane Picaski4º) Gustavo Borges

Infantil1º) Lucas Vicente 2º) Leonardo Barcelos 3º) Matheus Herdy 4º) João Guerreiro Feminina1ª) Aloha Maciel 2ª) Marina Rezende 3ª) Natalie Plachi 4ª) Evelin Conceição

Master1º) Álvaro Bacana 2º) Roni Ronaldo 3º) Mark Plus 4º) Anderson M.

A segunda etapa do Oakley Pro 2012 contou com a participação de 128 surfistas de 13 estados brasileiros na briga pelos R$ 30.000,00 oferecidos de premiação, além de 1.500 pontos para o ranking da Fecasurf e 1.500 pontos para o ranking da Abrasp.

O baiano Bruno Gallini liderou a bateria até os últimos minutos, mas não consegui segurar o ataque constante do paranaense Caetano Vargas e do cearense Messias Felix que disputavam onda a onda a segunda posição. Na última onda, Caetano acabou revertendo a situação e vencendo a final com muita garra. Caetano venceu somando 13,03 pontos contra 12,43 pontos do cearense Messias Felix que ficou na segunda colocação. Completaram o pódio o baiano Bruno Gallini na terceira colocação somando 11,93 pontos e na quarta colocação o surfista da nova geração do surf catarinense, atual campeão mundial ISA Junior sub-18 Matheus Navarro somando 6,07 pontos. “Estou muito contente, vieram todos meus amigos de Itapoá, meu pai e minha mãe, e só tenho a agradecer esta galera que me apoia e torce muito por mim. Eu estava esperando aquela ondinha salvadora e imaginando um aéreo na final, e deu tudo certo”, declarou Caetano Vargas. Os melhores resultados da competição foram do catarinense Tomas Hermes, atual campeão brasileiro de Surf Profissional, marcando 9,80 pontos a maior nota do campeonato, e do Cearense Messias Felix que marcou 17,47 pontos e confirmou o maior somatório nas duas melhores ondas da segunda bateria das quartas de finais do Oakley Pro 2012. A Próxima etapa do Oakley Pro 2012 acontece de 05 a 07 de outubro na Praia da Vila em Imbituba. O Oakley Pro 2012 é apresentado pela Vivo e tem o patrocínio do Matte Leão. O apoio do Governo do Estado de Santa Catarina, através da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Prefeitura de São Francisco do Sul, Fundação Municipal de Esportes, Pousada Taipan, Harry Restaurante, Rei do Frango, Pousada do Mar, Pousada Porto de Paz, Hotel Vila Real, a divulgação do site Waves e Jornal Drop. Promoção da Rádio Atlântida FM, e a realização da Fecasurf, Associação Francisquense de Surf e Abrasp. Resultado

Circuito Catarinense Profissional/ 2ª etapaData: 1 a 3 de junhoLocal: São Francisco do Sul (SC)

Caetano Vargas domina a Prainha

1º) Caetano Vargas (PR) 1.500 pontos2º) Messias Felix (CE) 1.290 pts.3º) Bruno Gallini (BA) 1.095 pts. 4º) Matheus Navarro (SC) 1.005 pts.

Por Norton Evaldt

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News

O potiguar de Baía Formosa fez os recordes do campeonato com aéreos incríveis para impedir um inédito bicampeonato de Krystian Kymerson.

Krystian Kymerson demorou para encaixar suas manobras, mas nos minutos finais botou pressão em Ítalo Ferreira. Acertou os aéreos em duas esquerdas seguidas, que valeram notas 6,2 e um verdadeiro “Boeing” 7,67. Mesmo assim, teria que trocar o 6,20 por um 8,34 para superar os 16 pontos já computados pelo líder da bateria. Quando faltavam dois minutos para o término, o potiguar achou outra esquerda e mandou um aéreo 540 sem as mãos, e Kymerson também acerta um igualmente sensacional na onda de trás. Ítalo terminou sua onda estendendo o braço esquerdo comemorando a possível vitória, que acabou confirmada na nota 9,73 recebida. O paulista Wesley Santos, ficou em terceiro e outro capixaba, Lisandro Barbalho, foi o quarto colocado na final do evento que reuniu os grandes talentos da nova geração do surf brasileiro em Santa Catarina. “Foi uma bateria bastante disputada e estou muito feliz pela vitória neste evento que é feito pelo meu patrocinador (Oakley)”, vibrou Ítalo Ferreira. “Fiquei um tempo esperando as séries (de ondas) que não vinham e nos minutos finais consegui mandar um aéreo reverse muito alto que valeu 9,7. Mas, o Krystian Kymerson veio atrás, mandou um muito animal também e foi show a bateria. O nível foi muito alto e tive que mandar os aéreos mesmo pra conquistar esta vitória”, completou.

Oakley Pro JuniorData: 17 a 22 de abrilLocal: praia do Campeche (SC)

Ítalo Ferreira fatura título brasileiro no Pro Por João Carvalho

Ítalo Ferreira. Foto: Basílio Ruy.

Grommets

Data de nascimento: 12 / 11 / 2004Natural de: Balneário Camboriú (SC)Local de: praia Grande – São Francisco do Sul (SC)Peso: 25 quilosAltura: 1, 20Principais resultados: 1º lugar - Campeonato Peruano de Surf (Lobitos), 3º lugar - 4ª etapa do Sub 14 carioca 2011

Apoio/ Patrocínio: HD, Sea Cult, SRS Surfboards e CT Surf Wax

Yan Söndahl começou a surfar em São Francisco do Sul. Na época, o garoto tinha 5 anos, mas o esporte sempre esteve presente na sua vida. Além de arrepiar nas ondas, pratica jiu-jitsu e anda de skate. Este ano, o foco está nas disputas do carioca sub-14, na categoria Pré-Petit e Surfuturo, na Espumeiro.

Yan está cursando a segunda série e garante que arruma tempo para conciliar o esporte, estudo e brincadeira. Ele surfa de manhã, vai para aula a tarde, depois brinca e volta para água de novo. Apesar da pouca idade, o jovem atleta já tem um grande sonho: pretende levar o surf a sério e seguir nessa profissão. “Quero ser surfista profissional e vou tentar ser campeão mundial um dia”, declara. Para chegar lá, Yan sabe que precisa treinar muito, então capricha nas sessões. As praias de São Francisco do Sul (SC), Arpoador e Grumari (RJ) e Guarda do Embaú (SC) são as preferidas no Brasil. Mostrando que já é um atleta consciente, Yan não se esquece de agradecer a todos que torcem por ele, sabe que sem o incentivo dos pais nada seria possível, já que eles são responsáveis por administrar um pouco dessa rotina agitada. “Agradeço aos meus patrocinadores HD, Sea Cult, SRS Surfboards e CT Surf Wax, que me apoiam, e a Deus, que sempre está comigo”, finaliza .

Yan Söndahl

Fotos: divulgação/arquivo pessoal.

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Yan Söndahl

O mundo não acabou, mas ele se transformou. O nosso mundo é o surf catarinense e, em maio de 2012, comemoramos 25 anos da Federação Catarinense de Surf (Fecasurf ). Para celebrar este momento precisamos lembrar que, antes de 1987, muita coisa aconteceu para a evolução do esporte em nosso estado. Portanto, em nome do surf catarinense, agradecemos ao Rock, Surf e Brotos (1976 e 1978), Gran Prix Gledson, Atalaia (1977) e à Associação Catarinense de Surf (ACS - 1980), que realizou os eventos estaduais e nacionais nos anos que antecederam a fundação da atual federação. Nesse período, de 1980 até 1986, a ACS realizou o primeiro Circuito Catarinense de Surf, aberto a atletas de outros estados. Foi um divisor de águas, pois proporcionou o intercâmbio através de etapas realizadas em Florianópolis, São Francisco do Sul, Laguna e Imbituba. Roberto Lima foi o campeão e nos anos seguintes o Circuito Catarinense só cresceu com participação de atletas de todo o Brasil. Também, antes da Fecasurf, a ACS realizou cinco campeonatos nacionais, durante os verões de 1982 até 1986, três festivais Olimpykus, dois OP Pros e o Hang Loose Internacional de 1986. Muitos nomes são responsáveis pela construção das bases do surf catarinense, alguns sou obrigado a mencionar como grandes propulsores do surf organizado em Santa Catarina. Os fundadores da ACS, Luiz Paulo Peixoto (em memória) e Saul Oliveira Filho, os idealizadores e realizadores dos campeonatos Olimpykus e OP Pro, Flavio Boabaid, Arnaldo Spyer e Roberto Perdigão. Também tenho que lembrar do empenho fundamental de Roberto Lima e Wilmar Cidral(Badalo), que durante todo o ano de 1987 se empenharam para conseguir a homologação oficial do Conselho Nacional de Desportos para a Fecasurf. Em um período onde não haviam referências nacionais de surf organizado, Santa Catarina mostrou ao Brasil como fazer as coisas bem feitas. A Fecasurf está de aniversário e faz uma comemoração direcionada a dois grupos de catarinenses dedicados ao esporte.

TUBO DO TEMPO

35 ♦ JORNAL DROP

O m u n d o s e t r a n s f o r m o u

Primeiro, aos atletas de maior destaque, aos grandes campeões, os que levaram nosso Estado além das fronteiras. Teco e Neco Padaratz e Jacqueline Silva, campeões mundiais do WQS. Alejo Muniz e Marco Pólo, atletas da elite. O jovem Matheus Navarro, que recentemente conquistou o campeonato mundial Sub-18 e o campeão sul americano Willian Cardoso. Temos também os atletas que estão dominando o cenário nacional, como Jean da Silva e Tomas Hermes, que foram campeões brasileiros 2010 e 2011, respectivamente. Este é o grupo de atletas que mais sintetiza os excelentes frutos da Fecasurf. Mas para estes atletas catarinenses terem treinado e desenvolvido suas habilidades, também temos outro grupo de guerreiros e, nada mais justo do que homenagearmos os presidentes da Fecasurf durante esses 25 anos de realizações. Roberto Lima, Ledo Ronchi (em memória), Ubirene Schauffer, Paulo Francalaci, Armando Maciel Jr, Alexandre Fontes e Frederico Leite. Agradecemos também as famílias destes catarinenses, que abriram mão de seus maridos, pais, filhos e namorados durante muitos finais de semana para a realização desta história de sucesso e vitórias. Para termos atletas campeões, também tivemos necessidade de desenvolver bons juízes. A s s i m , homenageamos: Renato Hikel, que começou julgando os campeonatos catarinenses, traduziu o livro de regras da ASP na primeira metade dos anos 80 e hoje dirige a ASP Internacional na Austrália. Além de trabalhadores dedicados como Zé Eduardo da Surfpro.com, que a cada final de semana leva a todos os admiradores do surf catarinense as competições e seus resultados via web. Nós, da Fecasurf, agradecemos a dedicação destes colaboradores. Comemoramos, pois o sucesso e os resultados falam por nós, mostram a vocação de Santa Catarina para a realização deste esporte que é tão magnífico. Que transforma garotos em atletas propulsores dessa construção sólida de 25 anos.

Por David Husadel

Homenageados - Fecasurf 25 anos.Foto: Basílio Ruy

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Se existe um campeonato de bowl que os skatistas levam a sério, esse campeonato é na Califórnia, em Orange County, na tradicional Combi Pool. Esta pista é, sem dúvida, a mais difícil e disputada do circuito mundial.

Primeiro, porque é a maior de todas e, segundo, pelo fato de ter a maior premiação, atraindo assim, toda elite do skate mundial. Não faltou ninguém. Até o milionário Tony Hawk participou na categoria Master. São raros os eventos que ele participa, mas o Pro Tec Pool Party tem prestígio para atrair o ídolo. Na categoria profissional, o bicho pegou. Dois meses antes do evento todos já estavam treinando diariamente. O que mais se ouvia nas redes sociais e sites especializados eram as novas manobras executadas pelos skatistas durante as sessões de treinos. O defensor do título era o catarinense Pedro Barros, que não estava presente em nenhuma dessas sessões de treinos, mas manteve o ritmo, já que o dia-a-dia no RTMF não foi muito diferente dos que estavam na Califórnia. Aqui, Pedro andava diariamente com os amigos e mantinha o skate no pé. O campeonato aconteceu no dia 12 de maio. No dia 4, Pedro já estava na Califa para se readaptar à pista. Foi uma semana intensa de sessões. Rune Glifberg, Bucky Lasek e Pedro já estavam sendo motivo de aposta. Em algumas sessões, Pedro e Rune pareciam estar competindo. Suavam a camisa, arriscando manobras pesadas para deixar tudo pronto para o grande dia. Sábado, 12 de maio de 2012, casa lotada e transmissão ao vivo pela internet. A categoria Master deu início ao campeonato. Steve Caballero, com sua linha polida, levou a melhor, deixando Tony Hawk em segundo e Lance Mountain em terceiro, respectivamente. Depois foi a hora dos profissionais. O lugar parecia um caldeirão borbulhando. Toda a nata do skate mundial presente, gente do mundo todo presenciando o que seria o evento do ano e o confronto entre Bucky, Pedro e Rune. Bucky e Rune já eram bicampeões do evento e Pedro ganhou ano passado com a ausência de Bucky, que estava machucado.

DROP SKATE - RTMF

Pedro Barros segue invictoPor Andre Barros

Na primeira volta do Rune, ele fez uma linha vencedora, deixando todos na pressão máxima, mas infelizmente, Pedro adora pressão e partiu para a destruição total. Sem deixar dúvida, provou porque permanece invicto neste ano, realizando a sua sexta vitória consecutiva.

Pedro Barros fatura o sexto título consecutivo em 2012. Fotos: Helge Tscharn

Lendas do skate mundial reunidos no pódio da categoria Master.

Pro

1º) Pedro Barros

2º) Rune Glifberg

3º) Bucky Lasek

Masters

1º) Steve Caballero

2º) Tony Hawk

3º) Lance Mountain

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37 ♦ JORNAL DROP

Combi Pool, o maior bowl do mundo.

Tony Hawk arrepiando. Pedro Barros voando alto.

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DROP NELE

Foto: Adriano Rebelo

Felipe Caltabiano, mais conhecido pelo apelido de “Foguinho” é o mais novo integrante do R.T.M.F. Em 2012, o skatista fez as malas e aterrissou aqui em Florianópolis. Ao lado de outros garotos prodígios do skate, como Pedro Barros e Vi Kainho, a palavra de ordem é evoluir. No meio da correria, entre um campeonato e outro, Foguinho descolou um tempo para falar sobre essa nova fase.

De onde surgiu essa vontade de andar de skate?

A vontade para andar a primeira vez eu não sei, mas depois que subi no skate, tenho vontade de andar todos os dias.

Você ainda é jovem, acha que vai seguir essa carreira de atleta profissional?

O que eu mais quero na vida é ser um skatista profissional, viver do que amo.

O que você mais curte nesse lifestyle?

Curto muito poder andar de skate todos os dias com meus amigos, não existe nada melhor do que isso.

Fiquei sabendo que você está na faculdade. O que você estuda?

Estudo Teatro na UDESC, mas nada supera o skate.

Se você não fosse skatista, trabalharia em qual profissão?

Não me vejo sem ser skatista. Acho que se não fosse atleta, eu não tenho nem noção do que faria da minha vida.

Conta como é sua rotina. Dá para conciliar os treinos e o estudo?

É difícil, mas eu tento. Acordo e tomo café da manhã, procuro ver se tem onda rolando, se tiver, vou para a praia, depois almoço e vou para a faculdade, volto no final do dia e ando de skate.

Fala um pouco sobre essa mudança para Floripa. Como está sendo a adaptação?

Mudei no começo do ano. Está sendo demais poder morar do lado de uma das melhores pistas do Brasil. Fui muito bem recebido e acolhido pelo R.T.M.F.

Tem muito skatista casca grossa morando em floripa. Você acha que treinar e conviver com essa galera vai te ajudar a evoluir?

Não só acho como já estou evoluindo. Conviver com o Pedro, Vi, Léo e todos esses skatistas é muito bom, todas as sessões pegam fogo.

Qual foi o lugar mais alucinante que você já andou de skate?

Kona Skate Park, na Flórida, uma pista histórica.

Você tem vontade de conhecer alguma pista em especial?

Tenho vontade de conhecer várias, se possível, todas. Mas a que mais quero conhecer é a Combi Pool, na Califórnia.

Recentemente, você venceu a categoria Amador do 18º Urussanga Skate Park, conta como foi?

Foi uma festa gigante do vinho, com um campeonato animal rolando, muita gente. O evento foi irado. Além disso, me senti muito à vontade naquela pista, com o skate no pé, acabou rolando.

Agradecimentos...

Queria agradecer a todos aqui do Rio Tavares, que me acolheram muito bem, principalmente ao Pedro e Andre Barros, devo muito a eles.

Nome completo: Felipe Cesar Brosler CaltabianoIdade: 17 anosData de nascimento: 21/06/1994Local de: Florianópolis (SC)Patrocínios: Drop Dead, Globe, Evoke, Independent Trucks.Um som: Black SabbathUma manobra: Carving GrindUm ídolo: Christian Hosoi

Felipe “Foguinho” Felipe “Foguinho” Nome completo: Felipe Cesar Brosler CaltabianoIdade: 17 anosData de nascimento: 21/06/1994Local de: Florianópolis (SC)Patrocínios: Drop Dead, Globe, Evoke, Independent Trucks.Um som: Black SabbathUma manobra: Carving GrindUm ídolo: Christian Hosoi

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39 ♦ JORNAL DROP

SKATE NEWS

O Mama Cavalo começou com um vídeo de skate criado para aproveitar as imagens que não serviam para um vídeo de skate “normal”, ou seja, um vídeo com manobras e boas performances dos atletas.

Tudo começou com uma turma de Floripa que estava envolvida com o skate no início dos anos 2000, podemos citar alguns nomes: Rodrigo Jaca, Dimitri Sândalo, Gabriel Sândalo, Hugo Carvalho, Eneas Jonatas, Hederson Tanaka, Roberto Poleão, Felipe Miranda, Renato Carocha, Gerson Dias, Adones Santiago, Thiago dos Santos, Rafael Cab, Carlos Cherinho, Fernando Gomes, Jonas Rodrigues, Paulo Firmo, Bruno Freitas, Marlon “Teba”, João Neto, Krystian Tico, Alexsandro “Sapatinho”, Silvio Marchetto, GIlson “Tileca”, entre vários outros. Um pessoal que já andava de skate e tinha algumas iniciativas em torno do esporte, sendo uma delas a produção de vídeos. Logo no início do ano 2000 uma nova geração começava a frequentar os lugares onde se andava de skate: Fernando Lemes, Junior Cachorro, Luis Pegoraro, Thiago Modesti, Vitor Oliveira, Willian Neguinho, Jefté Ribeiro, Tiago Carrara, Tiago Leandro, Marcelo Dodô, toda a turma da pista do Estreito(Figueira) e Palhoça (Gustavo Malagoli e Bruno Cardoso) e em seguida a crew do Jardim Atlantico(Pc3 – Alexsandro Et, Felipe Andrei “Lobão”, Thales Prates), que mais tarde seriam acompanhadas pela rapaziada da pista da Trindade. A junção de várias gerações do skate e o momento em que cada um estava vivendo sua vida, uns começando a ficar mais velhos e tendo que assumir outras responsabilidades e outros entrando na cena e tornando-se os novos atletas de destaque da cidade, acabou tornando o vídeo Mama Cavalo uma forma de confraternização de todo o pessoal. Onde desde o início eram organizadas festas ou churrascão em casa, até premieres no CIC, para que todos pudessem curtir o vídeo junto e dar boas risadas. O Mama Cavalo é um vídeo que encara o skate sob um ponto de vista diferente, visto com descontração, amizade, encontro e reunião de pessoas que andam de skate por diversão. O objetivo é integrar os amigos, skatistas ou não, mostrando que o skate além de um esporte e um trabalho, pode ser um bom ambiente para se divertir e celebrar a vida. Mas o vídeo mostra também o lado “B” da coisa, as baladas, aquele lado mais descontraído, que nem todas as pessoas revelam a primeira vista. Ele procura ser uma crítica às coisas erradas no skate, os jogos de interesse, “atletas” que só andam pelo dinheiro ou glamour, pistas mal feitas, falta de apoio ao esporte, os sugões e “pagadores de sapo” em geral. Atualmente, o Mama Cavalo é basicamente uma ideia, uma convicção, não é um produto ou uma marca. Na verdade, temos algumas iniciativas que são produzir material em vídeo, realizar tours para visitar pistas, andar de skate e fazer encontros da turma, buscando agregar mais amigos. E o mais interessante disso, que tudo é feito sem compromisso e sem esperar nenhum retorno financeiro, e por algum motivo muitas pessoas se identificam. Isso é o Mama Cavalo, um ideal que dura 10 anos.

Mama Cavalo completa 10 anosPor Mario Junior

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DROP SKATE

Mais do que um simples campeonato de skate, o Swell Old Is Cool, em sua 7ª edição, é o encontro de diversas gerações de skatistas apaixonados pelo esporte e com muita roda gasta por aí.

Atletas com mais de 50 anos dividiram a pista com garotos de 30 ou 40, num encontro de velhos amigos e entusiastas do skate. Realizado na Swell Skatepark, em Viamão, o evento rolou no formato de “Jam Session” e contou com a presença de skatistas profissionais como Pedro Barros, Rodolfo “Gugu” Ramos, Biano Bianchin, Marcelo Kosake, Allan Mesquita, entre outros. O “Love Bowl” foi literalmente moído, perdendo alguns ladrilhos a cada manobra executada. A banda californiana Agente Orange também esteve presente prestigiando o evento. Um grande público compareceu e viu também a Best Trick com o shape Metralhadora, vencido por Pedro Barros e o Maior Grind, vencido por Felipe “Foguinho”. Merece destaque a reunião realizada pela Confederação Brasileira de Skate, onde a pauta foi que os jovens acima de 50 anos não querem competir com os de 45. Pode rolar por aí uma nova categoria no skate nacional. Confira o resultado:

Swell Old Is Cool

Fotos e texto: Adriano Rebelo

Renatão de Oliveira usando as bordas do bowl.

Gugu Ramos marcando presença.

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41 ♦ JORNAL DROP

Master

1º) Sinuhe Ferreira (PR)2º) Santi Reinas (ARG)3º) Rafael Nascimento (SC)4º) Gustavo Tesch (RS)5º) Eduardo Dametto (RS) Grand Master

1º) Cristiano Mateus (SP)2º) Allan Mesquita (RJ)3º) Rafael Tramonte (SP)4º) Henrique Migliano (SP)5º) Affonso Muggiati (SC)

Marcos Kbça, Léo e Rodrigo. Guerra.

Alexandre Fornari. Perry Giordano e Iuri Albuquerque.

Legend

1º) Tomás Guedes (SP)2º) Damian Pico (ARG)3º) James Bigo (SP)4º) João Francisco “Pio” (RS)5º) Rogério Lemos (SP) Grand Legend

1º) Pedro Tibal (RJ)2º) Jorge Zunga (RJ)3º) Alexandre Santos “Dota” (MG)4º) Álvaro Fázio (RS)5º) Dr. Lucas (RS)

Eduardo Dias na ativa.

Andre Barros a vontade na pista.

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Lucas SachsManobra: Miller FlipPista: R.T.M.F.Fotógrafo: Adriano Rebelo

Idade: 20 Anos

Base: regular

Local: Rio Vermelho (SC)

Manobra: FS Flip Indy

Som: rock and roll

Estilo: irreverente

Pista: Rua do Porto, Piracicaba (SP)

Sonho: skate como profissão

Sessão: As melhores foram na pista da

nossa rua, com os brothers Zene, Caique,

Marquinhos e Allan. Bons tempos!

Agradecimento: Agradeço a minha

família que sempre me incentivou, e meus

amigos que estão sempre comigo, fazendo

o role de cada dia.

Patrocínio/apoio: Devotion, Dragon e

Swell Skate Camp.

Recado: Skate eterno para nós!

FREESTYLE

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MERCADO NEGRO

O Nicoboco Wake Jam foi um sucesso. O evento com formato inédito, reuniu competições de Wakeboard e Wakeskate. Válido como a 1ª etapa do Circuito Brasileiro de Cable Duas Torres 2012, foi um sucesso no Naga Cable Park em Jaguariúna (SP). Mais de 1 mil pessoas assistiram os riders-faixa-preta Andrew Adkison e Brian Grubb, além dos top 10 riders do Brasil, de 6 estados, os 46 inscritos andaram de wakeboard e wakeskate em uma raia de 130 metros com o kickers double side e o “corrimão” de wake Roof Top, além de mandar os “Air Tricks” – saltos sem rampas, feitos com a pressão do cabo. O Nicoboco Wake Jam ainda teve outras atrações, acompanhe a cobertura completa em www.nicoboco.com.br.

O skatista do time HD, Rony Gomes, recebeu em seu half em Atibaia as crianças da ONG “Social Skate”e convidados para uma tarde de muito skate e diversão. Cerca de 30 crianças estiveram no RG Skate House / TNT Energy Drink com o apoio da seguinte galera: TNT, HD, Loja SkateCenter, Red Nose e uma palestra com os professores da Metodista sobre esporte e educação. As crianças passaram o dia ao lado do ídolo Rony, onde assistiram ao treinos do skatista e dos demais profissionais que colaboraram na ação: Edgard “ Vovô” Pereira, I talo Penarrubia, Lecio Neguinho, Digo Menezes, Leonardo Ruiz, Carlos Niggli e a patinadora Fabiola Dasilva. “Estou feliz, muito bom poder recebê -los aqui e ver a felicidade deles. . . Sandro Testinha é o cara e merece todo apoio”, comentou Rony, logo após o fim do evento.

Arte, cinema, música, design de surf e praia. O Festivalma’12 chega ao Pavilhão da Bienal do Parque do Ibirapuera em São Paulo nos dias 4 e 5 de julho, para provar sua verve criativa de ser o principal lançador de tendências quando o assunto é praia, nesta edição sob o tema “Surf é religião”. A novidade esse ano, é que no dia 7/7 (sábado), o evento acontece pela primeira vez na praia e de graça, no Centro Cultural do Surf no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. E nesta edição, a relação “homem, natureza e Deus” tematiza o evento e coloca a Terceira Dimensão como foco de curadoria.

Guilherme Ribeiro atleta South to South foi um dos surfista que representou nas bombásticas ondas que rolaram na Joaquina. O swell, que atingiu em cheio o sul do país, foi desfrutado por poucos devido as condições extremas de surf, com ondas de 3 metros e meio. Foram dois dias de big surf e algumas das grandes ondas foram dropadas pelo Guilherme Ribeiro. Parabéns aos Southianos que quebram por esse grande Brasil.

A marca HB com muito orgulho acaba de apresentar o seu mais novo contratado. Serginho Laus é o novo integrante do HB Team. Natural de Curitiba (PR), o cara é um dos pioneiros do surf de pororoca no mundo e já foi duas vezes recordista de onda mais longa surfada, ambas com mais de 30 metros. Bem-vindo, Laus! Join the Adrenaline.

Movido pelo desafio de conquistar a mais alta duna do mundo, o sandboarder Digiácomo Dias esteve na Venezuela para bater mais um recorde. Ele foi a 4.680 metros de altitude até a montanha Pan de Azúcar, em meio à cordilheira dos Andes. O nome faz referência às areias que se parecem com açúcar. Para Digiácomo, esta foi mais uma conquista especial. Ele revelou que para chegar até o ponto de descida, percorreu a pé trilhas durante três dias, passou frio, sofreu com a falta de oxigênio nas alturas. “Mas tudo vale a pena”, declarou o tricampeão mundial de sandboard.

43 ♦ JORNAL DROP

A equipe Oceano esteve presente em um secret na ilha da magia e os atletas amadores, André Heiden e Luiz Mendes, ao lado do profissional Greg Cordeiro, surfaram boas ondas e curtiram um dia maravilhoso. .A equipe não só aproveitou as boas ondas como também realizou a ação “Keep The Ocean Blue”, com coleta de microlixo e plásticos abandonados pela praia. A proposta da equipe é transmitir para todas as pessoas a importância de cada um ter atitude de recolher o lixo da praia e fazer sua parte. Quando encontrar microlixo, plásticos, garrafas ou qualquer objeto que seja considerado lixo, tenha atitude. Colete e deposite em um lugar apropriado. Recicle, cuide e proteja a natureza.

Charlie Brown, atleta que faz parte do time Greenish, voltou recentemente de uma viagem, que durou um mês, na Indonésia. Evolução, aprendizado, diferença social, cultura, felicidade e muita fé foram as coisas que marcaram a viagem, sem falar, é claro, nas ondas. “Para mim, foi uma experiência incrível viajar para a Indonésia, poder surfar altas ondas por 20 dias com meus amigos Messias Félix, Lima Júnior e Alan Jhones”, disse o surfista. Charlie Brown passou por uma maratona de campeonatos na Austrália que durou quase um mês e meio, e essa viagem foi para botar a cabaça no lugar, dar uma relaxada, pensar melhor nos próximos eventos, organizar as futuras viagens e buscar evolução no surf. “Gostaria de agradecer ao meu patrocinador, a Greenish, por me apoiar e acreditar no meu trabalho. E a todos os que torcem por mim, o meu muito obrigado”, finalizou. Acompanhe o vídeo da viagem, acessando o link:http://www.youtube.com/watch?v=8MXFQmjgb8A&feature=player_embedded

Foto: Felipe Puerta

Foto: Ricardo Ribas

Foto: divulgação

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GUIA

44 ♦ JORNAL DROP

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BLITZ

Tayane Cidral - Loja Oceano (Joinville).

Alexandre Cognaco - Loja Oceano (Joinville).

Nathalia Cervinkas - Loja Oceano (Joinville).

KL JAY - Festa Jornal Drop.Thiago, Vana, Raphaela e Perterson Lojas Jbay (ARS).

Marina e Lucas - Outlet Billabong.

Leonel Nunes - Festa Jornal Drop. Apresentador Ed Soul - Festa Jornal Drop.

Ana Luisa - Festa Jornal Drop. Dj Tuca - Festa Jornal Drop. Klaus Derquiaskian - Festa Jornal Drop.

Agito - Festa Jornal Drop.

Paulo Davi - Swell Old is cool (RS). Andre Barros - Swell Old is cool (RS).

Pedro Barros, Vi Kakinho e Murilo Peres. Agent Orange - Swell Old is cool (RS). Marco Cruz - Swell Old is cool (RS). Jorge Henrique faturou o shape da Drop Dead sorteado na festa.

www.jornaldrop.com.br

Festa Jornal Drop - NOMURO (Lagoa da conceição).

Fotos: Equipe Jornal Drop

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