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Promotora enquadra Getax e Sinditaxi: Contribuição é R$ 5,70 Clandestinos Agem impunimente na Rodoviária ignorando prefeitura e PM Dilma, a madrasta Pela segunda vez, a presidente Dilma Rousseff vetou o direito do taxista garantir a transferência do alvará para os herdeiros. Págs. 08 e 09 Pág. 12 Pág. 03 Agosto 2013 Salvador-BA ANO III - nº 36 www.eitaxi.com.br Edição mensal . Distribuição Gratuita . 10.000 exemplares Com um recado curto e grosso, a procuradora do Trabalho Rita de Cássia dos Santos Sousa Montovaneli determinou que a Getax e o Sinditaxi acatem o valor de R$ 5,70 para a Contribuição Sindical dos taxistas em 2013. Sendo assim, esse é o valor que a categoria vai precisar comprovar na hora da realização da vistoria anual dos veículos. Se a Getax e Sinditaxi insistirem serão alvos de Ação Civil Pública. Na edição de junho o Ei, Táxi informou que o valor seria sim os R$ 5,70. Thelma Calasans Nova colunista traz o mundo Coaching pro Ei, Táxi Pág. 04

Jornal Ei, Táxi edição 36 ago 2013

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Page 1: Jornal Ei, Táxi edição 36 ago 2013

Promotora enquadra Getax e Sinditaxi: Contribuição é R$ 5,70

ClandestinosAgem impunimente na Rodoviária ignorando prefeitura e PM

Dilma, a madrastaPela segunda vez, a presidente Dilma Rousseff vetou o direito do taxista garantir a transferência do alvará para os herdeiros.

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Agosto 2013 Salvador-BA ANO III - nº 36

www.eitaxi.com.br Edição mensal . Distribuição Gratuita . 10.000 exemplares

Com um recado curto e grosso, a procuradora do Trabalho Rita de Cássia dos Santos Sousa Montovaneli determinou que a Getax e o Sinditaxi acatem o valor de R$ 5,70 para a Contribuição Sindical dos taxistas em 2013. Sendo assim, esse é o valor que a categoria vai

precisar comprovar na hora da realização da vistoria anual dos veículos. Se a Getax e Sinditaxi insistirem serão alvos de Ação Civil Pública. Na edição de junho o Ei, Táxi informou que o valor seria sim os R$ 5,70.

Thelma CalasansNova colunista traz o mundo Coaching pro Ei, Táxi

Pág. 04

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Pág. 2 Ei Táxi Pág. 3Ei Táxi www.eitaxi.com.brwww.eitaxi.com.br ANO III . Número 36 . Agosto 2013 . Salvador-BAANO III . Número 36 . Agosto 2013 . Salvador-BA

Editorial

CNPJ: 12.987.045/0001-80 Diretor Executivo e Editor: Adriano Rios - CRA 2-00306, Jor-nalista: Clécio Max - DRT-BA 1279 , Revisão: Anariel Rios, Diagramação: Abel Marcelino,

Edição: mensal Tiragem: 10.000 exemplares Distribuição Gratuita em toda Salvador e região metropolitana. Impressão: A TARDE. O conteúdo das colunas, dos anúncios e in-

formes publicitários são de responsabilidade dos autores e não, necessariamente, expressão

a opinião do jornal. Comercial: (71) 3498-9731 / 9116-5095 / 9152-2172 comercial@

eitaxi.com.br. Jornalismo: [email protected].

Expediente

Nossos Colunistas

Chegamos à 36ª edição, amigo taxista, e mais uma vez com novi-dades para tornar sua leitura muito mais informativa, dinâmica e pra-zerosa. Com uma linha editorial sempre voltada para a defesa dos inte-resses e anseios da categoria, nosso maior patrimônio, o Ei, Táxi sempre busca agregar ao seu conteúdo informações trazidas por especialistas em áreas como trânsito, psicanálise e economia. A essas três áreas somam--se agora a hotelaria-turismo e a cultura organizacional. Numa parceria com Thelma Calasans, diretora da Calasans Consultoria Organizacional, com formação profissional pela Sociedade Latino Ameri-cana de Coach, o Ei, Táxi passa a lhe oferecer informações sobre consul-toria organizacional. “O Coaching pode ser traduzido como uma impor-tante ferramenta que eleva o nível de estrutura de como pensamos, con-duzindo o indivíduo a enxergar o estado atual (zona de conforto) para o estado desejado (a mudança) resultando em novos comportamentos”, diz a especialista. Também estreia nesta edição o articulista Marcos Palmeiras, que trará preciosas e divertidas informações sobre o mundo da hotelaria e do tu-rismo, duas áreas diretamente ligadas ao cotidiano do taxista, especial-mente na Salvador que tem no turismo uma de suas principais fontes de receitas. Tudo isso sem esquecer colaboradores que estão com a gente há muito mais tempo, como o deputado estadual Capitão Tadeu Fernandes (PSB), que fala sobre áreas ligadas ao trânsito, a exemplo da direção defensiva. Ou psicana-lista Conrado Matos e suas abordagens sobre o comportamento humano. Mais recentemente juntou-se ao Ei, Táxi o economista Edval Lan-dulfo que, entre outros assuntos, nos mostra a importância da educação financeira. Confira o que eles dizem e boa leitura.

Forte abraço,

Adriano Rios

Fazendo a sociedade conhecer os nossos problemas e anseios, estaremos compartilhando os nossos objetivos e colaborando para uma cidade melhor. Após a sua leitura, ofereça o seu Jornal Ei, Táxi ao passageiro, amigo ou familiar. Construa o Ei, Táxi conosco. Envie sua mensagem, entre em contato pelos canais 71 3498-9731 | 9152-2172 | [email protected] e www.eitaxi.com.br

Café da manhã A Guebor Toyota irá promover um café da manhã para os taxistas da Atalema (Associação dos Taxistas do Aeroporto Luís Eduardo Magalhães). O evento será no estoque da associação, no bam-buzal do aeroporto, dia 13/09 (sexta-feira), às 8h. Além do café, a turma vai poder conhecer mais ainda os veículos da montadora. Vale à pena conferi! Mais informações: (71) 2106-6800.

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SINDITAXI

Quando se fala na atu-ação dos clandestinos na Estação Rodoviária a Pre-feitura de Salvador sempre alega que vem agindo e fis-calizando. Isso ocorre há anos e como eles continuam operando é para acreditar que se existe mesmo fisca-

lização ela é precária e ine-ficiente. “Sofremos muito com isso e hoje os clandes-tinos acabam ficando com boa parte das corridas, pois contam com um esquema organizado e chegam até mesmo a ter a ajuda de car-regadores de bagagens para

aliciar passageiros”, de-nuncia Misael dos Santos (A-5403). Na verdade, na Rodo-viária a própria estrutura do equipamento facilita a ação dos clandestinos e di-ficulta bastante o trabalho dos taxistas, uma vez que as

áreas de embarque e desem-barque ficam praticamente juntas. “Sem esquecer que fomos obrigados a recuar a fila do estoque, o que faci-lita ainda mais a ação dos clandestinos”, resWsalta Misael lembrando que “às vezes esperamos cerca de duas horas para ter uma corrida, enquanto os clan-

Clandestinos continuam agindo na Rodoviáriadestinos transportam passa-geiros impunemente”. Sobre a fiscalização contra os clandestinos, o secretário municipal de Ur-banismo e Transporte, José Carlos Aleluia, disse ao Ei, Táxi se tratar de “uma ação rotineira da Getax, feita em parceria com o Ministério Público e Polícia Militar”. Tempos atrás, a prefeitura informava à imprensa sobre a apreensão de táxis clan-destinos que eram levados para o pátio da Getax onde podiam ser fotografados. Bem que essa rotina poderia ser retomada, pois confir-maria o resultado positivo das ações de combates aos clandestinos.

Na Rodoviária áreas de embarque e desembarque de passageiros se misturam

Misael diz que o taxista sofre

concorrência desleal do clan-

destino

Fotos: Ei,Táxi

A administradora de benefícios CACS, em parceria com Sinditaxi, traz para os taxistas e seus familiares condições diferenciadas em planos de saúde. O taxista que se preocupa em proteger a si e a sua família deve ficar atento.

Plano de saúde

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Gilberto Silva

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Taxista Aquiles (A-0258)

Fala taxista... “Estou na praça há 17 anos e é do táxi que tiro o sustento de minha família. Batalho muito para manter o meu táxi sempre em ex-celentes condições e por isso troco o carro a cada dois anos. É uma boa forma de manter sua ferramenta de trabalho com as garan-tias oferecidas pelo fabri-cante, sem ter que arcar com custos adicionais com a

manutenção. Mas confesso que nos últimos anos e, em especial agora, a coisa está saindo do controle. A cidade está péssima e o estado em que se encontram as ruas é ruim para todos, principalmente para o taxista. Dá forma que está, com muitos buracos, o custo com a manutenção do veículo chega a custar en-tre 10% e 20%. Não dá para

A procuradora do Tra-balho Rita de Cássia dos Santos Sousa Montovaneli ameaçou ingressar com uma Ação Civil Pública contra a Gerência de Táxi e Trans-portes Especiais (Getax) e o Sindicato dos Condutores Autônomos de Veículos Ro-doviários (Sinditaxi) caso continuem insistindo em cobrar dos taxistas de Sal-vador o pagamento da Con-tribuição Sindical de 2013 no valor de R$ 60 para li-berar a vistoria deste ano. “Conforme já foi ampla-mente discorrido em pa-recer firmado pela Superin-tendência Regional do Tra-balho na Bahia, o valor da Contribuição Sindical para o taxista este ano é de R$ 5,70”, alertou a procuradora reforçando o que veiculou o Ei, Táxi em sua 34ª edição. O aviso foi dado à Getax e Sinditaxi durante mais uma audiência requerida pelo presidente da Coope-rativa Associativa de As-sistência dos Taxistas (Co-astaxi), Gilberto Silva, e o sócio-diretor da Salvador Bahia Táxi, Mário Lima. “A Superintendência tinha determinado o valor

Procuradora diz à Getax e Sinditaxi que Contribuição Sindical é de R$ 5,70

de R$ 5,70 e essa recomen-dação vinha sendo desres-peitada pela Getax, que só fazia a vistoria se o taxista apresentasse comprovante de pagamento da Contri-buição com o valor de R$ 60. Um valor absurdo que o Sinditaxi impôs. Não ti-vemos outra opção senão denunciar essa desobedi-ência”, disse Gilberto Silva. Em colocação feita também na presença dos advogados do Sinditaxi e da Getax, presentes à audi-ência, a procuradora voltou a ressaltar que “a contri-buição prevista no Artigo 580, inciso II da CLT, tem natureza de imposto sin-dical, cuja obrigatoriedade requer que sua fixação se dê apenas por lei”. Desta

forma, prossegue, o im-posto sindical para os tra-balhadores autônomos, per-tencentes à categoria dos taxistas alcança o valor de R$ 5,70. “Como a Getax já foi alertada pelo Minis-tério do Trabalho e Emprego (MTE), por diversas vezes através de ofícios, um novo descumprimento pode re-sultar em ajuizamento de Ação Civil Pública”, fisou a procuradora. Recomendação seme-lhante foi feita ao presi-dente do Sinditaxi, Carlos Augusto Ramos Dias, o Assanhaço, lembrando que a entidade não deve criar obstáculos ao exercício pro-fissional dos taxistas, sob o argumento de que a Con-tribuição Sindical seria no valor de R$ 60. A promotora ressaltou ainda “que a Su-perintendência entende que de fato a contribuição é irri-sória e que a única forma do sindicato angariar fundos para sua manutenção deve passar, necessariamente, por convocação, discussão e conciliação sobre a questão junto à categoria que repre-senta”. Outra ressalva feita pela

procuradora foi a de que “também pode ser reque-rido junto ao MTE a dis-cussão sob o tema com o fim de reavaliar o cálculo e o valor devido”. Ela orienta ainda que “é uma ideia para o Sinditaxi a possibilidade de instaurar, desde que dis-cutido com a categoria, uma outra espécie de contri-buição. O fato é que aquela prevista no Artigo 580, in-ciso II da CLT, não pode ter seu valor arbitrado por qual-quer sindicato”, alerta. “Alguns taxistas foram im-pedidos de fazer a vistoria porque apresentaram um boleto de Contribuição Sin-dical no valor de R$ 5,70. A Getax simplesmente ig-norou o fato de que tinha que acatar a determinação da Superintendência, o que contribuiu para causar pre-juízos a alguns profissio-nais violentando os seus direitos. Uma pena que a Getax continue agindo de forma arbitrária e desorga-nizada”, argumentou Gil-berto Silva, acrescentando que sempre recorreu à Jus-tiça para barra cobranças de valores exorbitantes da Con-tribuição Sindical porque

o Sinditaxi nunca presta contas à categoria do que arrecada. Para Gilberto, o desres-peito da Getax poderia ter sido evitado, assim como declarações desencontradas sobre o assunto dadas pelo secretário municipal de Ur-banismo e Transporte, José Carlos Aleluia. “Em entre-vista à CBN Salvador, no dia 1º/08, Aleluia falou que desconhecia a determinação da Superintendência. A Co-astaxi protocolou ofício em seu gabinete, no dia 23/07 último, comunicando a de-cisão do órgão vinculado ao MTE e deixando claro o valor da Contribuição Sin-dical de R$ 5,70. Por que será que ele não sabia?”. O presidente da Coastaxi lembra ainda que a vistoria teve início no dia 22/07 e de segunda a sexta-feira, a cada dia 100 carros são vis-toriados. “Esses taxistas foram obrigados a pagar o valor de R$ 60 pela Contri-buição Sindical. “Como eles serão ressarcidos? A Getax vai se responsabilizar por isso?”, questiona Gilberto Silva.

equacionar o orçamento...” “Estamos esperando que o prefeito ACM Neto libere o reajuste da tarifa, pois tudo subiu nos últimos dois anos e desde 2011 não temos au-mento. Subiu combustível, pneu, valor do carro sem esquecer que temos outros gastos com alimentação, moradia, educação dos fil-hos, lazer...”. “A categoria, que pre-

sta um importante serviço para o dia a dia da cidade, dos turistas que a visitam, acredita que o prefeito vai reconhecer a importância do nosso trabalho. E é um trabalho realmente impor-tante para Salvador”.

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Banheiros do estoque Iguatemi sem energia

Após muita reclamação e pedidos dos taxistas que trabalham na região do Sho-pping Iguatemi, a adminis-tração do ex-prefeito João Henrique (PP) instalou na área do estoque dois sani-tários, sendo um feminino e outro masculino. Acontece que até hoje, mais de dois anos depois, os dois equi-pamentos continuam sem energia elétrica. “Os sanitários facilitam muito o nosso dia a dia, pois quando precisamos deles estão sempre limpos, uma vez que a equipe de Nelmo é responsável também pela limpeza, além de coordenar as filas. Mas sem energia,

à noite a coisa complica, principalmente para as mu-lheres”, reclama o taxista Erenildo Ferreira (A-1558), há cerca de dois anos na profissão. As solicitações junto à Getax são muitas, mas até hoje nada de resposta. Como a equipe que comanda a Getax continua pratica-mente a mesma na gestão do prefeito ACM neto (DEM), os taxistas temem que tudo continue no mesmo ritmo. Também receiam que os pe-didos para implantação de sanitários em outros pontos continuem engavetados. A expectativa é que o pre-feito exija ação dos gestores

Para Erenildo sanitários

facilitam o dia a dia do taxista

e cobre mais respeito para com os taxistas, pois a ca-tegoria merece, ao menos, isso.

Com o fim dos chamados mitos do uso do Gás Natural Vei-cular (GNV), quem busca eco-nomia aliada à conservação do motor do veículo e proteção ao meio ambiente com utilização de um combustível de mistura limpa está apostando na instalação do kit gás injetável de 5ª geração. “Uma nova e arrojada tecnologia amparada em um sistema de in-jeção multiponto sequencial de GNV, que elimina em quase 100% os riscos de contra explosões nos coletores de admissão dos mo-tores, nos compartimentos e sen-sores dos filtros de ar”, explica Marcelo Maia, sócio-gerente há mais de sete anos da Top Gás, empresa especializada na insta-lação do kit gás e mecânica au-tomotiva em geral. Segundo Marcelo Maia, ao

contrário do que ocorria com os sistemas de 2ª ou 3ª gera-ções os novos sistemas de 5ª ge-ração apresentam controle extre-mamente preciso na mistura ar--GNV e isso ocorre em qualquer condição de funcionamento do motor. “Como o controle pre-ciso gera também um controle da temperatura de combustão, não ocorre desgaste prematuro dos cabeçotes dos motores. Isso ga-rante a vida útil original de ca-talizadores do sistema de escapa-mento”. Ainda de acordo com ele, os novos sistemas de 5ª geração operam em série com o sistema original do veículo (o que não ocorria com as 2ª e 3ª gerações), fazendo uma espécie de cópia de todas as suas estratégias. Isso possibilita, por exemplo, que

qualquer correção necessária seja feita de forma automática, pois o carro foi todo mapeado preci-samente. “Com essa tecnologia, deixam de ser necessários ajustes e regulagens constantes, assim como a troca rotineira de velas e dos cabos de ignição”, ressalta Walber Melo, também sócio-ge-rente que divide com Marcelo Maia a administração da Top Gás. Com os novos sistemas também é ampliada a margem de economia do custo mensal de combustíveis, podendo-se atingir uma redução de 60% a 70% dos gastos e, o mais importante, con-seguindo contribuir para a saúde do planeta com a queda signifi-cativa da emissão de gases po-luentes. “Eles são compatí-veis para qualquer veículo, na-cional ou importado, com uma

adaptação relativamente sim-ples e com garantia da durabi-lidade geral do motor. Sem es-quecer o aumento na autonomia, pois o carro passa a contar com duas fontes de combustíveis. O original e o GNV, que podem ser usados a qualquer momento e tudo isso com o simples toque de um botão”. Defensores de tecnologias que possibilitam a proteção ao meio ambiente Walber Melo e Marcelo Maia dizem não en-tender porquê o governo fe-deral não investe em campa-nhas publicitárias que acabem, de uma vez por todas, com possí-veis mitos sobre as vantagens do uso do GNV. “Também não com-preendo porquê o governo do Es-tado não segue exemplos como o do governo do Rio de Janeiro,

que oferece desconto de até 75% no IPVA para carros com sistema GNV”, questiona Marcelo Maia acrescentando que “o GNV, já está mais do que comprovado em termos de eficiência. É o combus-tível do futuro hoje, ao alcance de todos”.

Top Gás faz o diferencial com kit injetável de 5ª geração

Marcelo Maia questiona a falta de

campanhas governamentais sobre

eficiência e GNV

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Fotos: Ei,Táxi

Dilma Rousseff veta pela segunda vez alvarás para herdeiros“É correto termos direito ao alvará e passarmos esse direito para que

nossa família possa sobreviver”.Alessandro Silva (A-1107, taxista há dois anos)

“A prefeitura tem obrigação de regulamentar isso logo. É um direito nosso. Vivemos do táxi e ajudamos a cidade. Quando morrermos a família vai sobrevir com o táxi.

Temos direito sim a passar o alvará para os herdeiros”.Mário dos Santos (A-6786, há cinco anos na praça)

“O alvará tem que ficar para os herdeiros. O cara dá um duro danado e depois que morre como a família vai ficar? Os permissionários de lotéricas quando morrem devolvem para a Caixa?”

Antonio Ferreira (A-4720 há 20 anos na profissão)

“Eu acho que é um direito do taxista e da família. Tem que passar para os herdeiros. Se a presidente lava as mãos a prefeitura dever agir. Eu sustento minha família com o táxi”,

Eládio Santos (A-2388, há 10 anos na profissão)

Pela segunda vez, alegando ser uma prerrogativa das prefeituras municipais legislar sobre questões ligadas ao alvará, a presidente Dilma Rousseff (PT) vetou mais uma tentativa do Con-gresso Nacional de tornar lei a hereditariedade do alvará para familiares dos permissionários. Um argumento e atitude que transformou Dilma da “mãe do Brasil”, como pregou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em madrasta dos taxistas brasileiros. Dilma já tinha sinalizado sua má vontade com a categoria em dezembro do ano passado, ao vetar um projeto de lei que tratava da questão. Pressionados por taxistas de várias partes do Bra-sil, inclusive baianos, e reconhecendo a legitimidade da reivindicação, alguns deputados federais e senadores (não temos baianos nesta lista, inexplicavelmente) decidiram enfrentar a presidente para derrubar o seu primeiro veto. E já sinalizam que farão o mesmo para naufragar o segundo. Diferentemente dos senadores baianos (Lídice da Mata-PSB, Walter Pinheiro-PT e João Durval-PDT), o senador Gim Argelo (PTB-DF) se mostrou um importante aliado dos taxistas desde o primeiro veto de Dilma Rousseff. Inconformado com a decisão da presidente, ele já

garantiu que já está trabalhando para derrubar, mais uma vez, o veto da presidente. “É um direito legítimo e por isso vou trabalhar para que o presidente do Congresso coloque o

veto imediatamente em votação. Derrubar o veto, que foi um erro, é fazer justiça com os taxistas”.

Também defensor dos taxistas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), trabalhou nos bastidores do Congresso para viabilizar a derrubada

do primeiro veto de Dilma sobre as propostas dos parlamentares em favor dos taxistas. Segundo ele, “o taxista trabalha a vida inteira, e,

se por um acidente ou por problema de saúde vem a faltar, esse patrimônio tem de ficar com a

família, é uma questão de justiça”. Para Dilma Rousseff fica uma per-

gunta do Ei, Táxi, que talvez ela responda em 2014, durante a

campanha eleitoral: “Como fica uma família, presidente,

com a morte de um taxista permissionário do alvará, que tem no táxi sua única fonte de renda, uma vez que a senho-ra quer proibir a he-reditariedade dessa permissão?”.

Foto: Divulgação

“Já que a presidente lava as mãos, a Câmara de Vereadores de Salvador tem a obrigação de colocar o assunto em debate. Se não vai passar o alvará para os herdeiros do taxista, a prefeitura vai passá-lo para quem?”Manoel Santos (A-5464, há cinco na profissão)

“Se for transferir para os herdeiros eu acho justo. Acho justo também poder vender a terceiros quando não quiser mais ser taxista. É um direito nosso e a prefeitura deve regularizar isso o mais breve possível”.Enock Cabral (A-6420, taxista há 20 anos)

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Queridos leitores,

É com grande satisfação que retorno a esta coluna e mais satisfeito ainda por poder contar com ajuda de vocês nas pautas mensais que serão exploradas aqui. Temos um grande desafio pela frente, pois nossa ci-dade carece de muita coisa e foi castigada por muito tempo. Vejo que nosso segmento, às vezes, é muito teórico, e a grande missão agora é partir para a prática. Vozes estão eco-ando por todo canto em forma de protestos exi-gindo ações e atitudes rá-pidas. Na próxima edição vou

trazer para vocês as no-vidades da Salvador Tu-rismo - Saltur e da Secre-taria de Desenvolvimento, Turismo e Cultura - Sedes em relação ao turismo em nossa cidade, vou trazer um pouco da evolução da hotelaria desde os tempos primórdios até os dias atuais, e a ABIH nos trará as novidades da asso-ciação. Vou também pon-tuar as nossas dificuldades com imparcialidade total, pois, acredito que nossa sociedade está sedenta e ansiosa por ações, dados e fatos que explique de ma-neira clara e completa a evolução deste nosso tão relevante segmento.

Vamos comentar sobre a Copa do Mundo em 2014 e em 2016 a Olimpíada no Rio de Janeiro. Isso porque temos que apro-veitar as chances destes mega eventos e desde já vislumbrarmos os legados que eles deixarão. O ano de 2014 será um ano de grandes emoções, não só trazidas pelos mencio-nados eventos, mas pela política que inevitavel-mente estará também to-mando conta das nossas emoções. Protestos, anseios e pleitos serão pautas das mídias e se forem pacíficas serão bem vindas. Por último, quero en-

fatizar que vivemos mo-mento único em nossa ci-dade, pois sabemos da ca-pacidade e competência administrativa dos nossos gestores e suas respec-tivas equipes. Agora, só nos resta aguardar e con-fiar, pois Salvador voltará a ser a cidade da qual ti-vemos muito orgulho nos tempos de outrora. Obrigado a vocês pela confiança e abaixo deixo meu contato para sugestão de pauta, críticas e contri-buições.

Grande abraço,

Marcos PalmeiraEspecialista em Hotelaria e TurismoEmail: [email protected]

Hotelaria e Turismo

Mais uma vez o Sindicato dos Motoristas de Táxis Autônomos de Camaçari (Sintac), pilotado por nomes como Edson Fernandes (presidente) e Raimundo Pe-reira (diretor financeiro) mostrou força e profissionalismo para superar dificuldades e reunir a categoria em uma festa com clima de fé e confraternização. Com uma missa celebrada às 9h do dia 21 de julho, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, no bairro Camaçari de Dentro, em Camaçari, Região Metropo-litana de Salvador, o Sintac reuniu taxista para comemorar mais um Dia de São Cristóvão, o padroeiro da categoria. Depois da celebração foi servida uma de-liciosa feijoada, os taxistas confraternizaram e participam de sorteios de vale-combustíveis, uma bicicleta e DVD entre outros brindes. O Ei, Táxi marcou pre-sença.

Sintac celebra São Cristóvão em clima de fé e feijoada

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Uma ferramenta chamada Coaching Sempre que nos deparamos com o novo, de imediato nos vem a pergunta: o que é isso. No caso do Coaching, até mesmo por sua grafia e sonoridade, nada mais natural do que uma pergunta com muitas interrogações. Por-tanto, antecipo uma das muitas respostas. Trata-se de uma ferra-menta que eleva o nível de estru-tura de como pensamos, condu-zindo o individuo a enxergar o estado atual (zona de conforto) para o estado desejado (a mu-dança) resultando em novos com-portamentos. Para a Sociedade Latino Ame-ricana de Coaching seria um pro-cesso para apoiar uma pessoa na identificação e criação de estados desejados, desenvolvendo e aces-sando seus recursos internos.

O Coaching nasceu nos anos 1970, nos Estados Unidos. No Brasil, a demanda é crescente por pessoas, grupos e instituições. Cada vez mais a incerteza nas es-colhas de rumo profissional vem afetando as pessoas, na maioria dos casos, ou não estamos prepa-rados ou simplesmente não en-contramos as respostas. A velocidade de informação e a necessidade do conhecimento faz com que o individuo se depare com uma mente acelerada e ávida para fazer parte de tudo que está ao seu redor. Sem dúvida, esse processo é importante para nossa evolução. No entanto, não conse-guimos mais fazer escolhas cons-cientes. Acabamos tomando decisões que dizem respeito a vida pro-

fissional pela necessidade de uma renda, pelas propagandas de ganho fácil, pelo sonho do próprio negocio, pela emoção e por vários outros fatores que envolvem as necessidades humanas. Porém, somos individual e co-letivo e essas decisões, quando não estão bem elaboradas, passam a ser um entrave. As pri-meiras dificuldades fazem muitos desistirem de seus sonhos ou pas-sarem a ser pessoas insatisfeitas, gerando o que chamo de atrofia profissional. Consequentemente, vai se instalar nesses indivíduos o boicote pessoal, que vai mexer com conteúdos emocionais que podem também afetar a sua vida como um todo. Seja no âmbito so-cial ou familiar. Coaching trabalha com desen-

volvimento de competência, e por essa razão o coachee (cliente) é estimulado, encorajado e apoiado a buscar seus potenciais para a ação e seu plano de ação. Os ob-jetivos do Coaching são: alinha-mento, foco, paciência, persis-tência e atitude. Em Salvador, temos observado uma tendência de organizações e pessoas buscando profissionais coach com a finalidade trabalhar metas profissionais e pessoais. Projetos de novos negócios, me-lhorias de habilidades para con-seguir encontrar o propósito, a missão e visão. Para uma melhor compreensão dessa prática por pessoas e orga-nizações, estarei mensalmente nesta coluna.

Thelma CalasansDiretora da Calasans Consul-toria OrganizacionalProfessional Coach Certification pela Sociedade Latino Ameri-cana de [email protected]

Foto: Ei,Táxi

Secretário Aleluia responde perguntas da categoria O Ei, Táxi encaminhou ao secretário municipal de Urbanismo e Transportes (Semut), José Carlos Ale-luia, perguntas que a ca-tegoria vinha cobrando há anos e que não eram respon-didas pelos gestores respon-sáveis. Lembrando que os taxistas em Salvador estão sem reajuste de tarifa desde 2011 e que só de inflação acumulada já temos 12,34% (referente a 2011 e 2012), o secretário disse que “a competência do reajuste da tarifa é da Semut, onde existe um estudo técnico em andamento que avalia a questão”. Sobre quando o profissional da praça terá uma data base para esse re-

ajuste, Aleluia garantiu que este é um outro ponto em discussão. O secretário afirmou ainda que em salvador existem 236 pontos oficiais de táxi, dos quais 22 foram implantados entre 2010 e 2013 para atender à de-manda decorrente de cons-trução de grandes empreen-dimentos. “Existem critérios técnicos para a implantação de novos pontos e a Gerência de Táxi da Transalvador (Getax) está buscando ofi-cializar os pontos provisó-rios, em funcionamento na cidade”, destaca, lembrando que este ano todos os pontos serão recadastrados e requalificados com sina-

lização. “Aqueles que, por força de mudança de tráfego e após análise, não possam permanecer na área, serão remanejados. Os estudos são necessários para conciliar a fluidez do trânsito com as necessidades dos usuários de táxis”. Outra questão colocada para apreciação do titular da Semut foi a crescente ação dos clandestinos, que atuam em áreas nobres como o Ae-roporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, portas de supermercados e nos bairros periféricos. Segundo ele, “a fiscalização de com-bate ao transporte clandes-tino é uma ação rotineira da Getax, feita em parceria

com o Ministério Público e Polícia Militar da Bahia”. Isso a categoria sabe, mas sabe também que deve estar ocorrendo algum erro de es-tratégia, uma vez que os clandestinos continuam prejudicando o taxista re-gularizado. Sobre a implantação de um posto bancário na Getax, para que o taxista não tenha que deixar o local para pagar taxas durante a vistoria, por exemplo, o secretário ressalta que a questão envolve segurança.

“Mesmo assim, estudos estão sendo concluídos para a implantação de um posto que atenda a ambas as gerências de Táxi e Trânsito, que trabalham com arrecadação”, garantiu José Carlos Aleluia.

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Pág. 14 Ei Táxi Pág. 15Ei Táxi www.eitaxi.com.brwww.eitaxi.com.br ANO III . Número 36 . Agosto 2013 . Salvador-BAANO III . Número 36 . Agosto 2013 . Salvador-BA

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Transalvador usou barras de concreto para impedir o acesso dos taxistas

Transalvador desativa estoque de forma arbitrária O uso da arbitrariedade, característica marcante da Transalvador nas duas ges-tões do ex-prefeito João Henrique (PP), parece que continua imperando no início do primeiro mandato do prefeito ACM Neto (DEM). Sem nenhum tipo de diálogo e também sem apresentar qualquer tipo de opção, a Transalvador proibiu que os taxistas que fazem ponto no Salvador Shopping con-tinuem usando um espaço nos fundos da Casa do Co-mércio para formar o es-toque alimentador das filas que servem os passageiros, clientes do centro de com-pras. Revoltados com o tra-tamento desrespeitoso, os taxistas fizeram uma mani-festação que provocou con-gestionamento na Avenida Tancredo Neves e região. O protesto foi no dia 25 de julho: Dia de São Cristóvão, padroeiro da categoria. Sem nenhum tipo de co-municado aos taxistas que ocupam a área onde fun-cionava o estoque há seis anos, a Transalvador blo-queou os acessos ao es-paço com o chamado gelo baiano (barras de concreto) e colocou agentes de trân-sito no local para intimidar quem ousasse desrespeitar a medida. A ordem era aplicar multas e até mesmo rebocar táxis que fossem parados no local. “Estranhamos a de-cisão e até acreditamos que o prefeito não tenha sido in-formado de que ela seria co-locada em prática da forma como ocorreu. Isso porque, assim como o seu avô, o saudoso senador ACM, o

prefeito ACM Neto sempre tratou os taxistas com ca-rinho e respeito”, comen-taram taxistas temendo se identificar para não serem “vítimas de represálias”. Diariamente, cerca de 150 táxis circulam nas filas do Salvador Shopping, o que mostra a importância e ne-cessidade do estoque. “Aos sábados e em datas festivas o número aumenta signi-ficativamente. É assim em outros grandes shoppings

e empreendimentos, sem falar em datas como o Natal e Dias das Mães. Com essa proibição arbitrária serão prejudicados taxistas e pas-sageiros”, afirma um taxista que trabalha no local desde a inauguração do shop-ping. “Nunca a prefeitura esteve aqui para perguntar se precisávamos de alguma infraestrutura. Não nos ofe-receu nada, e, até mesmo a limpeza da área onde fun-cionava o estoque, foi feita

por nós, com nossos custos. Agora, para proibir, a pre-feitura aparece e impõe sua força e nos ameaça”. Sobre ameaças, outro profissional que, obvia-mente pediu sigilo sobre seu nome e alvará, destacou a forma arrogante como foram recebidos pelo superinten-dente da Transalvador, Fa-brizzio Muller. “O novo ti-tular da Transalvador nunca se dirigiu à categoria para discutir suas reivindica-

ções, mas decidiu nos re-ceber quando soube da re-percussão do nosso pro-testo. O que poucos sabem é como fomos recebidos. Nos ameaçou abertamente, caso insistíssemos em continuar com o estoque e com futuras manifestações. Deixou claro que abrirá processos admi-nistrativos contra quem agir assim e o objetivo será o de cassar o alvará, uma vez que, como o senhor Fabri-zzio fez questão de frisar, o serviço que nos possibi-lita trabalhar é uma con-cessão da prefeitura. Ou seja, ou abaixa a cabeça ou leva porrada, porrada, por-rada...”, desabafou o taxista lembrando a forma como o senador ACM tratava e dis-cutia com a categoria. “Nós, assim como toda a cidade de Salvador, nos perguntamos qual a ex-periência do superinten-dente na área de transporte. Pelo que sabemos, ele é em-presário do setor de trans-portes de malote. Como nessa disputa o taxista é o mais fraco, ele decidiu usar a força do cargo para nos ameaçar. Esperamos que o prefeito interceda e abra um canal de negociação justo, que também seja benéfico para a categoria. Chega de tratar o taxista bem apenas quando se fala que ele é o cartão de visita da cidade. E olhe que Salvador vai re-ceber turistas para a Copa de 2014. Queremos traba-lhar, ajudar a cidade, mas também queremos res-peito”, desabafaram os taxistas.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a Transalvador respondeu questionamento do Ei, Táxi sobre a questão. “A Transalvador esclarece que a utilização de área, por taxistas, nas imediações da Casa do Comércio, era irregular, uma vez que o estoque não era regulamentado, e que posi-cionar veículos sobre canteiro, em área verde, fere o Código de Trânsito Brasileiro. Com o intuito de solucionar a questão, dando aos taxistas uma alternativa de estoque e ponto de táxi, a Transalvador já está em negociação com a administração do Shopping Salvador. A medida vai ampliar o número de vagas, já existentes, próximo ao empreendimento”.

Nota Oficial

Foto: Ei,Táxi

Como quitar e livrar-se das dívidas “E o povo, como está? Está com a corda no pescoço”. O trecho desse samba retrata a vida de muitas pessoas. Chegar ao fim do mês com dinheiro no bolso é o desejo de todos, mas infelizmente a realidade é outra. O dinheiro evapora dentro do mês vigente. As facilidades de crédito no mercado: compras no cartão de crédito, empréstimos, fi-nanciamentos e o uso do li-mite do cheque especial como complemento do salário fazem com que as pessoas consumam cada vez mais, contraindo dí-vidas que não cabem no orça-mento. Quem embarca nessa dá início a um ciclo vicioso e pre-judicial para suas finanças pessoais, comprometendo a renda por um longo período. Esquecendo-se, infelizmente, que o dinheiro disponível

no mercado tem um custo al-tíssimo e abusivo com juros exorbitantes. E uma vez con-sumindo sem critérios, as dí-vidas aparecem. E depois, o que fazer? Neste nosso bate-papo, ajudarei você a livrar-se desse nó de uma vez por todas. Não que possuir dívidas seja o fim do mundo, pois todos nós as temos, principalmente aquelas em forma de despesas essen-ciais para a manutenção da casa. O problema é que desde

a infância somos orientados a ganhar dinheiro e pronto. Não aprendemos a gastá-lo. Não sou contra o consumo e sim contra o consumismo. O ideal, portanto, é traçar um plano de ação para escapar das dívidas. Se dever já é ruim, não pagar é ainda pior.Seguem, abaixo, amigo taxista, algumas regras que devem ser seguidas por quem quer sair do vermelho e entrar novamente no azul. Mas isso vai exigir es-forço e dedicação: 1- Primeiro, é necessário MO-TIVAÇÃO para pagar as suas dí-vidas. É preciso querer.2- Pare de contrair novas dí-vidas, se perguntando “preciso realmente disto agora?”.3- Liste suas despesas para saber quanto você deve efeti-vamente, colocando todas as prestações devidas no orça-mento familiar.

4- Faça um raio X das suas fi-nanças, colocando no papel o orçamento (receitas e des-pesas) para os próximos 6 meses.5- Priorize a renegociação das dívidas de juros mais elevados ou abusivos. Não obtendo êxito com o credor procure a Jus-tiça, uma vez que todos os pro-dutos bancários estão repletos de irregularidades.6- Dividida o problema das dí-vidas com a família, expondo toda a situação financeira.7- Corte as despesas desneces-sárias, pois todo mundo gasta com supérfluos e você não é exceção.8- Viver de acordo com o que “se ganha”, mudanças de há-bitos através do consumo cons-ciente.9- Prefira sempre pagamentos à vista para ter descontos, poupe dinheiro.

10-Utilize a regra dos 4 pês para as próximas compras: Pense, Pesquise, Pechinche e Poupe. Enfim, com essas prá-ticas saudáveis começaremos a mudar o jogo a nosso favor. Até o próximo tema: poupar para o futuro.

Edval Landulfo - Economista, educador financeiro e especia-lista em previdência [email protected]

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