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  “NOTÍCIAS ESPECIAIS COMECE IMEDIATAMENTE Brasil busca engenheiros. E vestibulandos se candidatam.  As engenh arias  recebem sopro de  vigor do s investi mentos. E o s estudantes perceberam isso.   A escravidão foi abolida. Esqueça isso! A escravidão ainda existe no século XXI. P: Como assim? R: O trabalho escravo ainda persiste em várias partes do mundo, e possui  várias formas de manifestação. A mais conhecida é a que o indivíduo é total ou parcial, privado de seu direito de liberdade. Isto é, o trabalhador é objeto de propriedade de seu senhor, alienado de qualquer direito da condição humana P: Quem são os escravos deste século? R: Os escravos de hoje não estão à venda em praça pública, com o pescoço ou os pés atados por correntes, como em outros tempos. Mas estão presos com outras amarras: são crianças obrigadas a pegar em armas e combater em guerras; adolescentes forçadas a casamentos que, na realidade, escravizam;  vítimas de um lucrativo tráfico que sequestra e vende pessoas para trabalho forçado nos seus países ou no exterior.  A Lei Mar ia da P enh a e xi ste par a pr ote ger as mulheres.  "Eu pensava: eu grávida. Vou largar dele e vou para onde? Ganhar meu filho em uma beira de estrada? Em cima de um caminhão, nas estradas? Então eu pesava assim: melhor eu ficar apanhando e ter uma casa pro meu filho, viver com pai, ter uma família do que ir para a rua" - conta Julia. FESTA JUNINAS: GRANDE TRADIÇÃO DO NORDESTE   disputa de quadrilhas na dança, deliciosas comidas típicas, brincadeiras como o pau de sebo, muita música, serve também para aquecer a área econômica da região, já que muitos turistas visitam as cidades para presenciarem os festejos. DESTAQUE S  NESTA EDIÇÃO 1. ENGENHARIAS Genética, Robótica e Telemática 2. ESCRAVIDÃO Século XXI 3. FESTAS JUNINAS Grande tradição Nordestina 4. JAGUARARI Cidade de grandes manifestações culturais 5. IMPACTOS AMBIENTAIS Brasil e no Mundo 6. LEI MARIA DA PENHA Protege mesmo as mulheres? ornal scolar /JULHO DE 2015 /1ª EDIÇÃO 

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  • NOTCIAS ESPECIAIS COMECE IMEDIATAMENTE

    Brasil busca engenheiros. E vestibulandos se candidatam.

    As engenharias recebem sopro de

    vigor dos investimentos. E os

    estudantes perceberam isso.

    A escravido foi abolida.

    Esquea isso! A escravido ainda existe no sculo XXI.

    P: Como assim?

    R: O trabalho escravo ainda persiste em vrias partes do mundo, e possui

    vrias formas de manifestao. A mais conhecida a que o indivduo total

    ou parcial, privado de seu direito de liberdade. Isto , o trabalhador objeto

    de propriedade de seu senhor, alienado de qualquer direito da condio

    humana

    P: Quem so os escravos deste sculo?

    R: Os escravos de hoje no esto venda em praa pblica, com o pescoo ou

    os ps atados por correntes, como em outros tempos. Mas esto presos com

    outras amarras: so crianas obrigadas a pegar em armas e combater em

    guerras; adolescentes foradas a casamentos que, na realidade, escravizam;

    vtimas de um lucrativo trfico que sequestra e vende pessoas para trabalho

    forado nos seus pases ou no exterior.

    A Lei Maria da Penha existe para proteger as mulheres.

    "Eu pensava: eu grvida. Vou largar dele e vou para onde?

    Ganhar meu filho em uma beira de estrada? Em cima de um

    caminho, nas estradas? Ento eu pesava assim: melhor eu ficar

    apanhando e ter uma casa pro meu filho, viver com pai, ter uma

    famlia do que ir para a rua" - conta Julia.

    FESTA JUNINAS: GRANDE TRADIO DO NORDESTE

    H disputa de quadrilhas na dana, deliciosas comidas tpicas,

    brincadeiras como o pau de sebo, muita msica, serve tambm para

    aquecer a rea econmica da regio, j que muitos turistas visitam as

    cidades para presenciarem os festejos.

    DESTAQUES NESTA

    EDIO

    1. ENGENHARIAS

    Gentica, Robtica e Telemtica

    2. ESCRAVIDO

    Sculo XXI

    3. FESTAS JUNINAS

    Grande tradio Nordestina

    4. JAGUARARI

    Cidade de grandes

    manifestaes culturais

    5. IMPACTOS AMBIENTAIS

    Brasil e no Mundo

    6. LEI MARIA DA PENHA

    Protege mesmo as mulheres?

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    ornal

    scolar

    /JULHO DE 2015

    /1 EDIO

  • GENTICA

    Engenharia gentica e modificao

    gentica so termos para o processo de

    manipulao os genes num organismo,

    geralmente fora do processo

    normal reprodutivo deste. Envolvem

    frequentemente o isolamento, a

    manipulao e a introduo

    do ADN num ser vivo, geralmente para

    exprimir um gene. O objetivo

    introduzir novas caractersticas num

    ser vivo para aumentar a sua utilidade,

    tal como aumentando a rea de uma

    espcie de cultivo, introduzindo uma

    nova caracterstica, ou produzindo

    uma nova protena ou enzima.

    Exemplos so a produo

    de insulina humana atravs do uso

    modificado de bactrias e da produo

    de novos tipos de ratos como o Onco

    Mouse (rato cancro) para pesquisa,

    atravs de re-estruturamento gentico.

    J que uma protena codificada por

    um segmento especfico

    de ADN chamado gene, verses futuras

    podem ser modificadas mudando o

    ADN de um gene. Uma maneira de o

    fazer isolando o pedao de ADN

    contendo o gene, cortando-o com

    preciso, e reintroduzindo o gene em

    um segmento de ADN diferente.

    A engenharia gentica oferece a partir

    do estudo e manuseio bio-molecular

    (tambm chamado de

    processo biolgico e molecular), a

    obteno de materiais orgnicos

    sintticos. Os processos de induo da

    modificao gentica permitiram que a

    estrutura de sequncias de bases

    completas de DNA fossem decifradas,

    portanto facilitando a clonagem

    de genes.

    A clonagem de genes uma tcnica que

    est sendo largamente utilizada

    em microbiologia celular na

    identificao e na cpia de um

    determinado gene no interior de

    um organismo simples empregado

    como receptor, uma bactria, por

    exemplo. Este processo muito

    importante na sntese de alguns sub-

    produtos utilizados para o tratamento

    de diversas enfermidades.

    Engenharia gentica eleva produo de carne no pas Vaca premiada pode passar de R$ 6 milhes para reproduo bovina Uma vaca pode custar o mesmo que um apartamento de luxo em regies nobres das grandes cidades. R$ 6 milhes um bom preo para um animal com genes escolhidos a dedo para a reproduo. o que mostra a srie de reportagens do Jornal da Record sobre a agropecuria brasileira. Saber a procedncia do gado uma das exigncias feitas pelos compradores na hora de fechar negcio. Quanto mais premiados os pais, maior o preo do bezerro. Aqui vales as caractersticas mais procuradas, como a capacidade

    de procriar ou a qualidade dos filhotes que determinado cruzamento pode gerar.

    O zootecnista Nilo Sampaio Junior explica que um animal que recordista mundial de peso consegue transmitir essa capacidade aos filhos, que tendero a engordar mais rapidamente o que reflete em aumento da produtividade e maiores lucros.

    - Devido a sua gentica, [a vaca] consegue transmitir essa sua precocidade de ganho de peso, essa precocidade de acabamento a seus descendentes. Por isso que ela tem essa gentica to valiosa.

    A engenharia gentica faz com que empresas lucrem muito reproduzindo animais cada vez mais perfeitos. Como a tecnologia no depende do acasalamento dos animais, vacas premiadas morrem virgens, mas com cem filhos. E podem pr no mundo 20

    ou 30 filhotes por ano.

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  • ROBTICA

    A robtica cincia que estuda a construo de robs e

    computao. Ela trata de sistemas compostos por partes

    mecnicas automticas e controladas por circuitos integrados,

    tornando sistemas mecnicos motorizados, controlados

    manualmente ou automaticamente por circuitos eltricos.

    Os robs so a parte mais fascinante da automao, carreira que nasceu para movimentar a indstria e garantir processos e produtos inteligentes Engenharia Eltrica, Mecnica ou Computao? As trs juntas. Assim o currculo que est conquistando quem pensa em Engenharia Robtica ou nas inmeras aplicaes da automao, conhecimento que oferece trabalho na indstria, na agricultura e nos diferentes setores que precisam qualificar processos, oferecer servios ou criar produtos inteligentes.

    Estreando este ano na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Engenharia de Controle e Automao ganhou fora no Estado. No primeiro dia de aula da novssima graduao da mais tradicional escola de Engenharia do Rio Grande do Sul, boa parte dos 30 calouros deixou transparecer que tinha pouca idia do que ia estudar ou trabalhar no futuro.

    - Deu para notar que eles pensam muito em robs. A robtica faz parte, sim. Eles vo aprender a programar um rob, mas esse no o foco. O currculo visa desenvolver a capacidade de projetar e controlar sistemas industriais - avisa o engenheiro Eduardo Perondi, coordenador do curso na UFRGS. Para quem caiu na realidade e se viu atuando em uma indstria, o futuro promete abrir muitas portas. Alm de resolver problemas ligados aos processos, o engenheiro de automao pode atuar na fabricao de produtos. - Hoje, h colheitadeiras com rastreamento remoto que trabalham sozinhas e ainda oferecem informaes do solo, o valor exato do peso, o momento certo das operaes executadas. Isso automao, e o controle feito distncia - diz Perondi.

    Formado na primeira turma do curso da Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul (PUCRS), o engenheiro de automao Lisandro Martins da Silva, 31 anos, foi um dos pioneiros no Estado, e ajudou a qualificar

    outros profissionais para a rea. Em 2004, criou a graduao tecnolgica na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), hoje oferecida por instituies das redes federal, estadual e privada

    - A engenharia de automao foi um lanamento quando fiz vestibular. Hoje, a carreira est no auge. E o tecnlogo est muito bem. H concursos, eles tm atribuies previstas na legislao e esto crescendo no mercado tanto quanto os engenheiros da rea - diz Lisandro que atua como consultor e professor.

    Na coordenao atual do curso de Automao Industrial da Ulbra, Luis Fernando Cocian, diz que a demanda ainda maior do que o nmero de formandos no Estado. Entre as dificuldades de equilbrio, esto o medo dos alunos com a matemtica e a pouca oferta do curso, que exige alto investimento das instituies em laboratrios.

    - Isso bom, porque os salrios so altos, e ruim porque a falta desse profissional atrasa o desenvolvimento do pas - diz Luis Fernando, engenheiro eletricista, formado pela UFRGS em 1992.

    Seja qual for o perfil, a automao industrial oferece diferentes caminhos. Escolha o seu.

    Perfil do engenheiro

    Projeta e constri equipamentos para a automao. O engenheiro tambm aplica a tecnologia, mas preparado para atuar na base do conhecimento. Precisa criar solues de

    pequena a grande escalas. Tem perfil mais terico e um curso de cinco anos.

    Perfil do tecnlogo

    Trabalha com equipamentos e tecnologia de ponta para resolver problemas onde a base tecnolgica est criada. Est preparado para efetuar a instalao, a manuteno e a

    integrao de equipamentos. Atua em pequenas e mdias estruturas de processos automatizados. Tem perfil prtico e um curso superior de trs anos. Pode continuar os estudos em ps-

    graduao.

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    Brasil busca engenheiros. E vestibulandos se candidatam.

    As engenharias recebem sopro de vigor dos investimentos. E os estudantes perceberam isso.

  • TELEMTICA

    Telemtica a comunicao distncia de um ou mais conjunto de servios informticos fornecidos atravs de uma de telecomunicaes.

    Telemtica o conjunto de tecnologias da informao e da comunicao resultante da juno entre os recursos das telecomunicaes (telefonia, satlite, cabo, fibras pticas etc.) e da informtica (computadores, perifricos, softwares e sistemas de redes), que possibilitou o processamento, a compresso, o armazenamento e a comunicao de grandes quantidades de dados (nos formatos texto, imagem e som), em curto prazo de tempo, entre usurios localizados em qualquer ponto do Planeta.

    A escassez de profissionais na rea de tecnologia mostra que vale a pena investir na rea. Segundo as projees das empresas de tecnologia, nos prximos oito anos vo faltar 280 mil profissionais no Brasil.

    A tecnologia est presente em todos os setores e envolve os mais diversos cursos de graduao. O mercado consumidor j existe e imenso. Segundo a ltima pesquisa do setor, 17 milhes de brasileiros compram jogos eletrnicos todo ms. O desafio para quem est aprendendo a criar os games manter aqui mesmo a fortuna gasta todo ano por esses consumidores. "Foram gastos cerca de dois bilhes de dlares em 2011. S que esse dinheiro no fica no Brasil, ele praticamente sai para os jogos internacionais. O Brasil tem capacidade de desenvolver os jogos, alerta Rafael Baptistella, professor do curso tecnlogo em jogos digitais de uma universidade de Curitiba. O pontap inicial a escolha de um curso de graduao nas engenharias (telemtica, eltrica, mecnica, computao, controle e automao ou mecatrnica), ou outros cursos em nvel tcnico. A diferena entre as duas formaes pode se traduzir no salrio. Para recm-formados em curso tcnico, os valores ficam entre R$ 1.500 e R$ 4 mil. Engenheiros costumam ganhar de R$ 2.500 a R$ 15 mil.

    Quanto ao mercado, os profissionais da Telemtica podem atuar nas diversas reas da Tecnologia da Informao e Comunicao (TIC), abrangendo empresas de telecomunicaes e de desenvolvimento de sistemas de informao em geral. Entre as principais habilidades do tecnlogo em Telemtica, destacamos: desenvolver prottipos de sistemas embarcados, mveis, telecomandados, dedicados e de

    comunicao de dados; instalar, configurar, certificar e elaborar projetos lgicos e fsicos de Redes de Comunicao.

    Ocupaes relacionadas rea de Tecnologia em Telemtica:

    Analista de Suporte

    Administrador de Redes de Computadores

    Coordenador de CPD

    Gerente de TI

    Consultor de Telecomunicao.

    Os profissionais em telemtica devem possuir um

    perfil que inclua conhecimentos tcnicos suficientes

    para atender crescente demanda de um mercado de

    trabalho cada vez mais especializado, que tem seu

    foco nas reas de comunicao de dados, redes de

    computadores, sistemas distribudos e de

    telecomunicaes, alm de uma formao humana

    que os habilite a encarar as constantes mudanas por

    que passam essas reas, permitindo sua permanente

    atualizao e favorecendo a sua adaptao s novas

    tecnologias.

    Essa postura possibilita, ao mesmo tempo, um

    contato com as novas tendncias emergentes de um

    mundo globalizado e atende as exigncias dos novos

    padres, tornando o profissional capacitado a agir

    como agente transformador, trabalhando em prol do

    permanente desenvolvimento tecnolgico.

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  • ESCRAVIDO NO SCULO XXI Escravido em pleno sculo 21. Como o multiculturalismo ajuda a preservar a escravido moderna

    Uma reportagem no GLOBO do dia 15 de maio, mostra um estudo

    que aponta a existncia de quase 30 milhes de escravos em pleno

    sculo 21. Vejam alguns dados:

    Passados mais de 60 anos da Declarao Universal dos Direitos

    Humanos, persiste uma das mais humilhantes formas de violncia

    humana: a escravido. Pela primeira vez, a Walk Free Foundation,

    baseada em Londres, criou um ndice de Escravido Global,

    classificando 162 pases de acordo com a proporo de escravos em

    relao populao. A fundao estima que 29,8 milhes de

    pessoas vivam como escravas hoje no mundo. Se a esmagadora

    maioria est concentrada em dez pases, sobretudo da sia e da

    frica, o ndice surpreende ao revelar que o problema tambm

    atinge pases to ricos quanto a Sua ou Sucia, embora em

    propores bem menores. S no Reino Unido, por exemplo, calcula-

    se que haja at 4.600 escravos.

    Os escravos de hoje no esto venda em praa pblica, com o

    pescoo ou os ps atados por correntes, como em outros tempos.

    Mas esto presos com outras amarras: so crianas obrigadas a

    pegar em armas e combater em guerras; adolescentes foradas a

    casamentos que, na realidade, escravizam; vtimas de um lucrativo

    trfico que sequestra e vende pessoas para trabalho forado nos

    seus pases ou no exterior. Homens e mulheres tambm so

    escravizados por conta de dvidas que nunca conseguiro pagar.

    H um ponto forte nas vrias formas da escravido do passado e

    moderna: explorao econmica. Os escravos modernos esto

    escondidos em casas, em plantaes na ndia, nos prostbulos da

    Tailndia ou nas fbricas de carvo do Brasil. E geram US$ 32

    bilhes em lucros para as pessoas que os exploram. [...]

    A Mauritnia, pas muulmano do Norte da frica, lidera o ndice

    de Escravido Global com um recorde particularmente dramtico,

    segundo o estudo: nesse pas de apenas 3,8 milhes de habitantes,

    mais de 4% da populao est escravizada, de acordo com o

    documentado pela Walk Free Foundation, mas esse nmero pode

    ser ainda maior. A escravido hereditria. Adultos e crianas so,

    literalmente, propriedade de seus senhores, que tm direito total

    tambm sobre os descendentes. Mulheres, na Mauritnia, so

    consideradas como menores de idade: no h lei que combata a

    violncia contra elas e estupro no casamento no considerado

    crime. A escravido s foi declarada ilegal em 1981, por um decreto

    que levou anos para ser implementado. S em 2007 baixou-se uma

    lei definindo escravido e abrindo a possibilidade de compensao

    s vtimas. [...]

    Em termos absolutos, os pases com os maiores nmeros de

    escravos citados no estudo so ndia (14 milhes), China (2,9

    milhes) e Paquisto (2,1 milhes). A sia , disparado, o continente

    com o maior percentual de escravos: 72,14% dos estimados 29,8

    milhes no mundo. Paquisto (terceiro no ndice global) figura

    como o pior caso do continente, em relao ao total da populao,

    seguido da ndia, Nepal, Tailndia, Laos e Camboja. Se na

    Austrlia a legislao e as polticas de combate escravido so

    rigorosas, pases como Japo, China e Papua Nova Guin tm

    poucas leis de combate ao problema.

    A escravido sempre existiu, os prprios africanos escravizavam africanos ou participavam do trfico de escravos, e que foi justamente o Ocidente que colocou um fim nessa prtica milenar nefasta. Constatar isso importante, pois vemos que a escravido permanece justamente em locais onde h menos influncia dos valores ocidentais. Pases asiticos ou africanos, e muitos muulmanos so os principais focos de escravido em pleno sculo 21. Eis a triste realidade que no pode ser escamoteada.

    O multiculturalismo, que adota postura de relativismo cultural contra o etnocentrismo, ou seja, impede que indivduos possam, de forma minimamente objetiva, julgar que existem culturas mais avanadas, tem sido um grande inimigo da abolio dessa escravido moderna. E pior: ele alimentado pela prpria elite culpada do Ocidente!

    O primeiro passo para combater a escravido aceitar que existem certos valores universais inegociveis, que entre eles esto os conceitos de liberdade individual e propriedade privada, a comear pelo prprio corpo, e que nenhum relativismo cultural pode ficar acima deles.

    Infelizmente, em vez de abraar com orgulho tais conquistas ocidentais, muitos ocidentais preferem criticar sua prpria civilizao mais avanada e enaltecer as mais atrasadas. O resultado: a permanncia da escravido em pleno sculo 21, muitas vezes dentro das prprias fronteiras ocidentais, pois os imigrantes acabam segregados em nome desse multiculturalismo.

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  • FESTAS JUNINAS A Grande Tradio Nordestina

    As Festas Juninas so

    tradicionalmente nordestinas.

    Aqui, a presena de grandes eventos

    nessa poca comum. H disputa

    de quadrilhas na dana, a dana do

    personagem do Folclore brasileiro

    boi bumb, o povo da regio

    aproveitam a poca para agradecer

    a Deus a vinda do perodo de

    chuvas, raro no ano, que mantm o

    sustento das famlias dependentes

    da agricultura. Serve tambm para

    aquecer a rea econmica da regio,

    j que muitos turistas visitam as

    cidades para presenciarem os

    festejos. H ainda a presena de

    grupos festeiros que passam

    cantando e danando pelas ruas das

    cidades e so presenteados por

    guloseimas deixadas nas portas e

    janelas das casas pelos moradores.

    Santo Antnio

    So Joo Batista

    So Pedro

    COMIDAS TPICAS

    As comemoraes juninas surgiram

    para comemorar a fartura das colheitas

    no solstcio de Vero. O ms de junho

    o ms da colheita do milho, por isso a

    presena do gro nas receitas juninas

    to comum. Normalmente, nas

    quermesses encontramos: Pamonha,

    curau, milho cozido, canjica, cuscuz,

    pipoca, bolo de milho, entre outros

    exemplos. Alm das receitas de milho,

    temos tambm na poca, arroz-doce,

    bolo de amendoim, pinho, bom-

    bocado, broa de fub, cocada, p-de-

    moleque, quento, vinho-quente, batata

    doce, entre outras guloseimas.

    BRINCADEIRAS

    As brincadeiras so elementos

    essenciais para divertir a festa. No se

    sabe ao certo a origem de cada uma

    delas, mas o que todos sabem que com

    elas, voltamos a ser criana.

    CADEIA

    Escolha um local isolado da festa para

    transformar em uma cadeia. Convide

    alguns amigos para serem os policiais.

    Durante a festa, voc pode recorrer a

    um desses agentes e pedir para que

    algum que esteja na festa seja preso.

    Os policiais vo buscar o respectivo

    criminoso e o mantm preso at que

    algum ou ele mesmo pague uma fiana

    (cerca de R$0,50) para ser solto. A

    fiana pode ser paga tambm atravs de

    habilidades como cantar, danar ou

    contar uma piada.

    CORRIDA DO SACO

    Uma brincadeira tradicional e muito

    simples. Defina um ponto de partida e

    uma linha de chegada. Os participantes

    devem colocar um saco de farinha nas

    pernas e comear a corrida. Ganha

    quem chegar primeiro no local

    indicado.

    CORRIDA DO OVO

    Um ovo inteiro de galinha colocado

    em uma colher de sopa. Os

    participantes devem apostar uma

    corrida segurando a colher na boca pelo

    cabo. Ganha quem chegar sem derrubar

    o ovo.

    QUADRILHA

    a dana coletiva tpica da festa junina.

    Casais vestidos a carter, moas com

    vestidos rodados e de panos simples e

    remendados e homens de camisa

    quadriculada, calas remendadas e

    chapu de palha, danam ao som de

    forr e msicas tradicionais de

    quadrilha. No meio da dana aparecem

    falsos obstculos falados pelo narrador

    como cobras, pontes quebradas e

    fogueiras.

    ornal scolar /JULHO DE 2015

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  • JAGUARARI Cidade de grandes manifestaes culturais

    Jaguarari por ser um municpio tipicamente nordestino apresenta uma diversidade cultural com fortes traos da cultura sertaneja. Essa diversidade cultural relacionado ao modo de vida da populao jaguarariense como foi bem representada no censo cultural pelas benzedeiras, curandeiros, parteiras cadastradas no censo cultural da Bahia 2002-2006. Essa pluralidade est presente nas diversas manifestaes culturais existente no municpio como: reisado, corrida de argolinha, vaquejada, cavalgada, samba de palma, roda de So Gonalo, roda traada, bandas de pfanos, festas juninas, boi do chora dentre outros.

    As Bandas de pfanos conjunto musical de percusso e sopro seus instrumentos bsicos so dois pfanos, um surdo, um tarol e um bombo ou zabumba. Os componentes da banda so na sua maioria trabalhadores rurais, que costumam apresentar nas festas religiosas do municpio e em especial nas festas juninas. Caractersticos da regio de gameleira e Jacun. Reisado grupo de msica e dana caracterstico da regio de Serra dos Morgados e Catuni, que percorrem as ruas da cidade no dia de reis de porta em porta anunciando a chegada do Messias. Samba de Palmas grupo de dana composto na sua maioria por velhos que sambam ao som de palmas, e versos. Instrumentos utilizados so sanfona, zabumba, triangulo e pandeiro.

    A corrida de argolinha j foi um evento desportivo bastante popular na regio. Nela duas equipes de competidores, montados a cavalo, totalmente ornamentados, identificadas com as cores azul (russiano) e vermelho (japons), que so tambm as cores usadas pelos participantes, pelas rainhas e pelos estandartes. Hoje este evento est aos poucos desaparecendo, sendo

    realizado em alguns povoados. Outra manifestao bastante nesse municpio so as festas juninas realizadas na sede do municpio onde se homenageia o padroeiro de municpio So Joo Batista e no

    distrito de Pilar homenageando So Pedro.

    A festa que inicialmente era apenas religiosa tornou-se uma das principais festas da cidade onde sagrado e profano se misturam, em festejo ao nosso Padroeira So Joo Batista. Geralmente dura entre quatro a seis dias de festa, que marcada pela presena de sanfoneiros, bandas regionais e grandes bandas famosas no cenrio nacional.

    Durante essas festas so feitas apresentaes de grupos de quadrilha como a Brilho do Serto e Raio de Lua, bandas de Pfanos, tambm so desenvolvidas brincadeiras culturais como pau de sebo e quebra pote, garantindo assim a manuteno da tradio. Atraindo assim visitantes de diversas regies do estado.

    Na culinria destacam-se pratos tpicos do serto como bode assado,

    milho cozido e assado, mugunz, arroz doce, vatap, aipim frito e cozido, dentre outros e bebidas como licor de jenipapo, quento, pau nas coxas e caipirinha. A vaquejada atividade recreativa, competitiva e esportiva desenvolvida na regio que consiste em uma corrida, onde os vaqueiros montados a cavalo, derrubam o boi pelo rabo, dentro de uma faixa previamente demarcada. O evento realizado no Parque de Vaquejada Caraba Metais e no parque de vaquejada ABC em Aroeira. Alm dela, existem outras festas de vaqueiros na Fazenda Pocinho e Macambria. Outra festa que anima a regio a Cavalgada Pisada de Ouro que consiste em um desfile de vaqueiros pelas ruas da cidade e seguem em direo a um povoado do municpio onde oferecido o caf da manh para os vaqueiros e no final da tarde dado uma festa danante para a populao em geral. Acontece tambm em alguns povoados do municpio a tradicional missa dos vaqueiros, onde os mesmo assistem a missa trajados a carter e no final apresentam aboios.

    A cultura jaguarariense apresenta traos de influncia frica e indgena: candombl, umbanda, capoeira, trabalhos artesanal com palha de ariri e barro, fabricao de remdios caseiros, garrafadas feitos base de ervas e razes da regio.

    No artesanato so desenvolvidas vrias tcnicas utilizando, retalhos de tecido (o fuxico), pinturas, tranados, cermica, renda, tric, croch, couro, madeira, flores, palha e bordados. Sendo o trabalho com palha desenvolvido no Jacun, madeira em Flamengo na produo de carrancas, arte em couro em Santa Rosa de Lima e o artesanato com barro na Lagoa da Ona e na Ponta da Serra

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  • LEI MARIA DA PENHA Ela protege mesmo as mulheres?

    Lei Maria da Penha ainda no totalmente aplicada no Brasil Artigo prev que denncia contra violncia mulher corra em um s lugar. No entanto, isso s funciona em Mato Grosso, e no no restante do pas.

    Vamos falar da violncia contra as mulheres no Brasil. Os nmeros so impressionantes: mais de 30 mil casos em um semestre. Na maioria absoluta, a vtima tm relao afetiva com o agressor. A Lei Maria da Penha existe para proteger as mulheres. Mas a lei tem um artigo que no aplicado na maioria dos estados. Ele prev que a denncia pode correr toda em um s lugar. Isso j funciona em Mato Grosso, e a vtima no precisa repetir o caso vrias vezes para autoridades diferentes. As marcas ainda esto nas costas. Jlia era agredida com frequncia e depois o marido colocava sal nas feridas. Jlia um nome que criamos para no revelar a identidade da adolescente. A violncia foi repetida muitas vezes enquanto eles moravam juntos, mas ela tinha medo de ir embora.

    .A histria de Jlia infelizmente mais comum do que imaginamos. S nos primeiros seis meses de 2014, mais de 30.600 mulheres denunciaram seus maridos ou companheiros no Brasil por causa de violncia fsica ou psicolgica. Todas precisavam de ajuda, mas nem todas foram bem atendidas porque os servios de proteo s vtimas ainda so precrios no pas. Em Mato Grosso, existem cinco delegacias especializadas em violncia

    contra a mulher. Em 2010, foram registradas agresses a 23 mil mulheres. Trs anos depois, foram 32 mil, um aumento de quase 40%. Em Cuiab, os nmeros tambm cresceram. "Ns j estamos contabilizando mais de 1,8 mil medidas protetivas s requeridas agora em 2014. Estamos fechando este ano com mais de 2 mil inquritos policiais instaurados atravs da Delegacia da Mulher e em decorrncia destas medidas protetivas que foram requeridas pelas vtimas no decorrer de 2014", explica a delegada Josirlethe Magalhes Crivelleto. As vtimas de agresses domsticas so amparadas pela Lei Maria da Penha. Depois de fazerem o registro, elas podem pedir as medidas protetivas como o afastamento do agressor, por exemplo.

    A lei foi sancionada em 2006 e reconhecida pelas Naes Unidas como uma das trs

    melhores legislaes do mundo no enfrentamento violncia contra a mulher. Mas tem um artigo muito importante que

    ainda no colocado em prtica. o artigo 14 que cria facilidades para as mulheres, concentrando no mesmo lugar todas as aes a que elas tm direito. Em Mato Grosso, o Poder Judicirio regulamentou a aplicao do artigo 14 da Lei Maria da Penha. Nele est estabelecido que as mulheres devem ser atendidas em todas as suas necessidades. Ou seja, tanto questes

    cveis quanto criminais devem ser julgadas pela mesma vara.

    "Ento ela no precisar ficar peregrinando atrs dos seus direitos, ela no precisar contar este fato para vrios atores do direito, quando na verdade, ela pode contar pra um s. Porque uma humilhao a violncia contra a mulher", diz Rosana Leite Barros, presidente do Conselho Estadual da Mulher de Mato Grosso. Quem trabalha no atendimento a estas mulheres tem quatro vezes mais processos que uma vara de famlia comum. Rosana quer levar a ideia para todo o pas.

    "Esta uma proposta nossa para a Secretaria de Poltica Para as Mulheres, para que seja aplicado em todo pas. Desta forma que as mulheres estaro muito melhor atendidas, muito melhor amparadas com apenas poucas pessoas conhecendo seus problemas de dentro do lar, no tendo que sofrer esta humilhao de novamente reviver aquela situao", explica Rosana Leite Barros.

    ornal scolar /JULHO DE 2015

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    "Eu pensava: eu grvida. Vou largar dele e vou para onde? Ganhar meu filho em uma beira de estrada? Em cima de um caminho, nas estradas? Ento eu pesava assim: melhor eu ficar apanhando e ter uma casa pro meu filho, viver com pai, ter uma famlia do que ir para a rua", conta ela

  • PASSATEMPO Chegou a hora da diverso!

    PARA DESCONTRAIR

    DE PEQUENINO...

    No berrio, o menininho assedia a

    menininha:

    - Ol, vens sempre aqui?

    - S quando naso!

    - Eu tambm!

    E pouco depois:

    - Eu sou um menino!

    - Como que sabes?

    - Espera s que a enfermeira saia que eu

    j te mostro.

    Assim que a enfermeira sai:

    - Pronto, ela j saiu diz a menina.

    Diz-me como descobriste que s um

    menino!

    O menino levanta o lenol e diz:

    - Olha aqui para baixo...

    - Estou a olhar. O que que tem?

    - Ests a ver o meu sapatinho? azul!

    ornal scolar /JULHO DE 2015

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    EDIO ESPECIAL DO COLGIO ESTADUAL WALTER BRANDO

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    Naiara, Keyla Lucas, Taylane Moura, Micaely