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Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 13 - N o 143 | abril de 2012 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br Associação Brasileira das Centrais de Abastecimento Um jornal a serviço do agronegócio Frutas Geral Legumes Verduras Diversos 2,11% 4,61% 14,55% 12,46% 3,86% 4,05% Alta Alta Alta Alta Alta Alta Índice Ceagesp - março 2012 | Protesto | pág. 06 Grupo de Mídia Entreposto promove Festival do Bacalhau no Mercadão Manifestação contra taxa de estacionamento para a Ceagesp Pág. 10 Brasileiros consomem mais orgânicos Evento gastronômico ensina receitas do pescado norueguês para consumidores do Mercado Paulistano. Leia mais Pág. 4 e 5 Pescado Durante o período do 1º Festival a venda do bacalhau aumentou cerca de 30% SUCESSO

Jornal Entreposo | Abril de 2012

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva | ANO 13 - No 143 | abril de 2012 | Circulação nacional | Distribuição autorizada no ETSP da Ceagesp | www.jornalentreposto.com.br

Associação Brasileira dasCentrais de Abastecimento

Um jornal a serviço do agronegócio

FrutasGeral Legumes Verduras Diversos2,11%4,61% 14,55% 12,46% 3,86% 4,05%AltaAlta Alta Alta Alta Alta

Índice Ceagesp - março 2012

| Protesto | pág. 06

Grupo de Mídia Entreposto promove Festival do Bacalhau no Mercadão

Manifestação contra taxa de estacionamento para a Ceagesp

Pág. 10

Brasileiros consomem mais orgânicos

Evento gastronômico ensina receitas do pescado norueguês para consumidores do Mercado Paulistano. Leia mais Pág. 4 e 5

Pescado

Durante o período do 1º Festival a venda do bacalhau aumentou cerca de 30%

SUCESSO

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201202 Artigo

No momento em que o tema da sustentabilidade move decisões políticas, como caso do Código Flo-restal, bem como discussões glo-bais, por meio da Conferência da ONU Rio + 20, em junho deste ano no Rio de Janeiro, consideramos a sustentabilidade como um con-ceito maior, no qual estão inseridas as abordagens ética, social e ambi-ental. A pauta esteve centralizada no desa�io de aliar desenvolvim-ento econômico à necessidade de maior gerenciamento dos recursos naturais disponíveis no planeta, deixando um legado positivo para as gerações futuras. Este desa�io é complexo: crescer economica-mente, mas de modo sustentável!

Para apoiar o desenvolvimento na área rural e garantir, simulta-neamente, as orientações para um mundo mais sustentável, uma das chaves para desvendar este de-sa�io está na capacidade de gera-ção de parcerias e integração dos diferentes agentes que compõem o agronegócio. O fortalecimento de parceiros institucionais, se-jam governos locais, cooperativas, sindicatos, associações técnicas e comunitárias, institutos de pesqui-sas, universidades, programas em-presariais e institutos internacio-nais são importantes aliados neste caminho.

Pois bem, o papel destes dife-rentes agentes é o de encontrar os melhores cenários para enfrentar os problemas que podem afetar o agronegócio, quer sejam: os efei-tos do aquecimento provocado pela emissão de gases de efeito estufa e a elevação da temperatura no planeta, reduzindo com isto, a produtividade na agricultura; a gestão do espaço rural, que deve compatibilizar a produção de ali-mentos e favorecer a agroenergia;

Por Ana Paula Arbache*

a necessidade de fortalecer a ag-ricultura familiar, favorecendo a qualidade de postos de trabalho no campo e a renda familiar; o geren-ciamento da cadeia produtiva para minimizar os impactos negativos causados ao meio ambiente e ga-rantir alta produtividade do solo em longo prazo; o monitoramen-to da chamada “pegada hídrica”, “pegada de energia” e “pegada de carbono” no processo produtivo; e a promoção do crescimento, sob o lema “crescer mais com menos”, otimizando os espaços produtivos e utilizando técnicas inovadoras em todo o processo.

Como se percebe, é preciso mais que boa vontade para sobre-viver frente a estas questões. O que se propõe é uma gestão pro�ission-alizada e inovadora, capaz de aliar as especi�icidades do agronegócio no presente e no futuro, às práticas sustentáveis.

Pontos importantes devem ser trazidos à tona, para direcionar as ações no segmento rural, como o uso sustentável da biodiversidade, os conhecimentos de biotecnolo-gia, o desenvolvimento de agri-cultura orgânica e agroecológica, o fortalecimento da agricultura familiar com vistas à inclusão de geração de postos de trabalho e maior qualidade de vida no campo, extinção do trabalho escravo, o uso de novas técnicas para preparação do solo, plantio e colheita, como também no processo de armaze-namento e distribuição logística dos produtos e o gerenciamento da rastreabilidade e certi�icação dos produtos, garantindo com isto, a potencialização da comercializa-ção interna e externa.

De fato, o que se percebe é a necessidade de avançar na pro-moção de ações mais estratégicas

e integradas no setor do agronegó-cio. Além de sair do amadorismo, é preciso modernizar as práticas no agronegócio aliando-as à pes-quisas inovadoras ao processo produtivo. É relevante posicionar e valorizar a agricultura familiar, gerenciar o todo o processo produ-tivo garantindo a biossegurança dos alimentos e, acima de tudo, estabelecer parcerias capazes de responder a este cenário complexo que nos é apresentado.

Em um mundo vivido entre situações opostas, o desa�io do agronegócio, principalmente no Brasil, se instala com força. Em uma ponta temos que abastecer o mundo de alimentos, seja para famintos, ou para consumidores conscientes e exigentes a respeito da nutrição humana e da sustent-abilidade ética, social e ambiental no campo. Na outra ponta, está a urgência de dar suporte a dis-seminação de energias renováveis – agroenergia - como o biocom-bustível. No centro, para equili-brar esta balança, estão as diretriz-es sustentáveis.

Não há fórmulas mágicas para vencer o desa�io. O que há é a ne-cessidade de uma maior pro�is-sionalização do gestor rural, bem como, daqueles que fazem parte dessa cadeia produtiva. Aqui está o grande desa�io a ser vivido pelo agronegócio, estabelecer este equilíbrio, gerando oportunidade, crescimento e superação para o sucesso em cenários futuros.

*Ana Paula Arbache é doutora em Educação pela PUC/SP e docente dos cursos de MBA Gestão Empresarial da FGV e BSP, além de ser orientadora e avaliadora dos cursos de pós-graduação Lato Sensu da mesma instituição. Sócia-diretora da Arbache Consultoria.

Sustentabilidade no agronegócio: o desafi o está em campo

Turismo no siteAcesse e leia as dicas para a cidade de Socorro: www.jornalentreposto.com.br/turismo

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio março de 2011 03EditorialJORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2012 03

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201204

O Festival do Bacalhau, que aconteceu entre os dias 26 e 31 de março, no Mercado Municipal de São Paulo, foi uma verdadei-ra maratona gastronômica que reuniu diversos chefs no espaço mais gourmet da cidade. Durante a semana que antecedeu a Pás-coa, renomados representantes de diferentes cozinhas revela-ram seus segredos ao ensinar o preparo do peixe mais cobiçado dessa época do ano.

Quem costuma fazer com-pras no Mercadão ou assistiu às notícias divulgadas nos diversos veículos de comunicação com-pareceu ao Cantinho do Baca-lhau e garantiu o ingresso para acompanhar uma das 12 aulas de culinária. Além de estimular o consumo de bacalhau, azeite e azeitonas, o evento destacou as propriedades desse nobre peixe e ampliou as possibilidades de preparo, indo além do tradicio-nal prato com batatas e pimen-tão.

Organizado pelo Grupo de Mídia Entreposto e pela Prefei-tura da Cidade de São Paulo, o Festival do Bacalhau aumentou a procura pelo pescado nos corre-dores do Mercado Municipal.

Com o patrocínio da Norge - Bacalhau da Noruega e o apoio da Castelo Alimentos, o evento contou com a presença dos chefs Luiz Fernandes (Bar do Luiz Fer-nandes), Zé Lito (Quinta de Santa Maria), Silvia Percurssi (Vinheria Percussi), Mauro Fernandes (Bu-ffet o Marquês), Ernestino Gomes (Tasca do Zé e da Maria), Rodrigo Tambelli (Pitanga), Joyce Martins (Cozinha Escola), Alex Caputto (Due), Alessandro Segato, Eliane Carvalho (Briê Restrô) e Mário Augusto (La Tasca).

As aulas duraram em média 50 minutos e os alunos acom-

Sucesso do Festival do Bacalhau eleva venda do produto no MercadãoDicas, receitas e desgustação de pratos durante a semana atraíram muitas pessoas ao Espaço Gourmet

panharam o passo a passo das receitas. Atentos às dicas dos chefs, eles puderam trocar idéias e deixar sua opinião a respeito do preparo dos pratos. As principais dúvidas referentes ao bacalhau giraram em torno do processo de dessalga. E, nesse quesito, a temperatura da água, que deve ser trocada a cada três ou quatro horas, foi unanimidade entre os chefs: quanto mais gelada me-lhor. “O bacalhau é um pescado muito sensível e a água em tem-peratura ambiente já é suficiente para iniciar o processo de cozi-mento, alterando assim as pro-priedades do alimento”, ensina Joyce Martins, do Projeto Cozi-nha Escola, iniciativa da Supervi-são de Abastecimento da Prefei-tura da Cidade de São Paulo.

Ao utilizar uma posta do pei-xe já dessalgado para o preparo de sua receita, o chef Mário Au-gusto levantou outra discussão. O bacalhau comprado sem sal tem qualidade inferior? As opiniões foram divergentes já que muitos defendem que o iodo mantém o sabor e a textura do pescado.

Empolgados com a ideia de produzir receitas que fujam do tradicional, muitos participantes compareceram em mais de uma aula, aproveitando a oportunida-de de aprender diferentes pra-tos, como Emilene Gomes de Al-meida que pretendia usar várias maneiras distintas de preparar o bacalhau para agradar o mari-do, que fez aniversário na sexta-feira santa, e seus convidados. “Já avisei a todos que estou partici-pando de aulas de culinária para ir além do peixe com batatas”, explica. Apesar de não se consi-derar uma cozinheira exemplar, Emilene, que visita o Mercado Municipal a cada 15 dias, apre-ciou as explicações dos chefs e

pretende participar de mais ini-ciativas como esta.

Para aqueles que não abrem mão da combinação bacalhau e batata, alguns pratos deram um toque de requinte nesse clássico da culinária, como a Trouxinha de Bacalhau, do Restaurante Pi-tanga e o Bacalhau à Quinta de Santa Maria, que leva batatas ao murro.

O azeite, outro ingrediente considerado indispensável na preparação do pescado, ganhou destaque. Os chefs são unânimes sobre a importância do óleo de azeitona, porém alertam: pode-se caprichar na porção, mas nun-ca exagerar.

Na Páscoa, a circulação de pessoas no Mercadão aumenta cerca de 70% e, quanto mais per-to do domingo comemorativo, maior foi o público que acompa-nhou as aulas. Na sexta-feira, dia 30 de março, o Espaço Gourmet, no mezanino do mercado, estava repleto de pessoas interessadas em preparar o bacalhau perfeito. A procura foi tanta que alguns participantes acompanharam as aulas do sofá, pois todas as me-sas estavam ocupadas.

Estimulando o consumo do peixe durante todo o ano e não apenas na Páscoa e no Natal, o Festival do Bacalhau ajudou a promover o principal item de pescado importado pelo Brasil em 2010. Segundo estatísticas do Ministério da Pesca e Agricul-tura, as importações cresceram 23,5%, comparando-se os dados de 2009 e 2010. A importação do produto aumentou de 35 mil toneladas em 2009 para mais de 43 mil toneladas, em 2010. Todas as receitas apresentadas durante o evento serão reunidas em um livro que será distribuído entre os participantes.

Chef Eliane CarvalhoChef Alex Caputo Chef Mario Augusto Chef Silvia Percussi

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LETÍCIA BENETTI

Chef Rodrigo Tambelli

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Bacalhau para todos os gostos

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2012 05

Chef Zelito Chef Luiz Fernandes Chef Custódio Chef Ernestino Gomes Chef Joyce Martins

Chef Alessandro Segato

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Bacalhau crocante sobre leito de espinafres e figosIngredientes:

600 g de posta de bacalhau100 g de farinha de trigo1000 ml de óleo de milho30 ml de azeite extra virgem de oliva2 chalotas40 g de manteiga300 g de espinafre4 figos140 g de amêndoa150 g de azeitona de Taggia ou silvestre10 g de manjeronapimenta banca do reinosal fino marinho refinado

Modo de preparo:

1. Passar a posta de bacalhau na farinha.2. Fritar o bacalhau em bastante óleo quente.3. À parte, em uma frigideira pré-aquecida, dourar as chalotas. Murchar osespinafres (por um minuto e meio). Desligar o fogo e temperá-los com o sal e a pimenta branca do reino. Reservá-los em lugar quente.4. Cortar os figos bem maduros, mas consistentes, em 4 partes.5. Picar grosseiramente as amêndoas.6. No prato de serviço fazer um leito com os espinafres e os figos cortados em 4. Salpicar as amêndoas e as azeitonas. Colocar por cima a posta de bacalhau frita. Decorar com manjerona fresca.

Rendimento: 04 porções

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201206 Manifestação

O processo licitatório para a implantação e operação de um sistema integrado de monito-ramento em vídeo, controle de acesso de portarias e ordena-ção da circulação de veículos e pedestres no Entreposto Ter-minal de São Paulo da Ceagesp despertou a reação contrária dos atacadistas, transportado-res e carregadores da maior central de abastecimento da América Latina.

Embora a estatal alegue que o projeto tenha sido tra-tado de forma transparente e amplamente discutido com os comerciantes com objetivo de melhorar a eficiência do mer-cado e aprimorar ainda mais a qualidade dos alimentos co-mercializados no entreposto, a iniciativa suscita polêmica.

Na madrugada do dia 28 de março, centenas de manifestan-tes contrários à licitação para-ram as atividades no ETSP. Des-taque no jornalismo matinal da TV, a passeata, que reuniu todos os setores do mercado na avenida doutor Gastão Vidigal, revelou a insatisfação contra a ideia de se cobrar uma taxa – ainda não definida – de perma-nência de caminhões ociosos no mercado.

“Somos contra a cobrança de pedágio na Ceagesp e tam-bém somos contra a prosti-tuição infantil”, bradavam os manifestantes, referindo-se às denúncias passadas sobre a ex-ploração sexual de crianças e adolescentes nos pátios de ca-minhões do ETSP.

“Por conta de tais denún-cias, o Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público Federal instauraram inquéritos civis para a devida apuração e eventual propositura de Ação Civil Pública e, desde então, vêm exigindo medidas concre-tas da companhia para coibir tais condutas ilícitas”, explica o gerente do departamento ju-rídico da empresa, Carlos Edu-ardo de Melo Ribeiro. Inicial-mente, lembra o gestor, foram adotadas medidas administra-tivas visando proibir o aces-so ao entreposto de menores desacompanhados de pais ou

responsáveis, bem como pas-sou-se a veicular, de forma con-tinuada, campanhas informati-vas de combate à exploração de menores

“Outro compromisso assu-mido com o Ministério Público é a implantação de sistema de monitoramento eletrônico em todo o ETSP”, ressalta. “Esse é, justamente, uns dos objetivos a serem alcançados com a lici-tação, que permitirá à Ceagesp controlar efetivamente o aces-so e circulação de veículos e ainda ter o registro de todos os transeuntes que ingressem no entreposto da capital”, acres-centa.

Os líderes do movimento que parou a Ceagesp, entretan-to, dizem que essa nova despe-sa é desnecessária, já que os permissionários pagam aluguel à estatal, e que os empresários não foram convidados a partici-par desse processo.

Segundo a empresa, o futu-ro vencedor da licitação tem-porariamente suspensa deverá apresentar, antes do início da operação, o projeto executivo que será apreciado e debati-do entre a companhia e seus permissionários, antes de ser aprovado. Somente após a aprovação do projeto executivo é que se iniciará a implantação do sistema de controle e mo-nitoramento, que ocorrerá no prazo de seis meses.

Concluída a implantação das obras, haverá mais seis

O dia em que a Ceagesp parou

Permissionários, carregadores e caminhoneiros protestam contra a implantação de controle de acesso de veículos ao ETSP

meses de operação assistida do sistema, visando corrigir eventuais distorções. Ou seja, após a aprovação do projeto executivo, haverá um prazo de 12 meses para a completa im-plantação do modelo e, a partir de então, se iniciará a aplicação das tarifas de acesso e perma-nência.

A direção da empresa avalia que, uma vez implementado, o projeto proporcionará meca-nismos para práticas que be-neficiarão o entreposto, seus permissionários e seus con-sumidores, como a fluidez do trânsito interno, agilidade na logística de carga e descarga de alimentos e segurança mais eficaz.

PAULO FERNANDO

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201208 Opnião

As características mais mar-cantes da produção e do abas-tecimento dos produtos perecí-veis frescos (frutas, hortaliças, flores e plantas ornamentais) são a pulverização e a frag-mentação de produção e da ori-gem - milhares de produtores, áreas pequenas, diferentes re-giões produtoras com diferen-tes épocas de colheita - aliadas às características do produto (perecibilidade e valoração do frescor), à necessidade do mix de produtos todos os dias pelo varejo e pelo serviço de ali-mentação, à inexistência de um elo coordenador da cadeia e à grande fragilidade comercial do produtor, tornam impres-cindível a existência de centros logísticos de recebimento e ex-pedição muito eficientes, res-ponsabilidade das centrais de abastecimento no mundo todo.

A sobrevivência digna do pequeno produtor, do peque-no varejo e do pequeno servi-

ço de alimentação depende da existência de centros logísticos de recebimento, consolidação e distribuição eficientes, com regras de comércio justas e transparentes, de um sistema de informação que apóie as to-madas de decisão ao longo da cadeia e de um sistema de con-trole de qualidade que garanta a segurança e a qualidade do alimento.

A Ceagesp surgiu em 1969 no Estado de São Paulo, re-sultado da fusão do Centro Estadual de Abastecimento e da Companhia de Armazéns Gerais, e reuniu na mesma em-presa as atividades de suporte à comercialização de frutas e hortaliças e de prestação de serviços de armazenagem de grãos (Ceagesp). Ela foi criada para enfrentar as crescentes dificuldades e disparidades do escoamento da produção e do abastecimento da população urbana.

O Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP) é o local de convergência de produtos ori-ginários de diferentes regiões do Brasil e dos diferentes agen-

tes de produção, transporte e comercialização: atacado, va-rejo e serviço de alimentação. A qualidade e a quantidade do produto que chega ao ETSP é o resultado da tecnologia apli-cada na produção e na pós-co-lheita. O acesso do consumidor a um produto fresco, saudável e de alto custo-benefício é o re-sultado da agilidade na comer-cialização e dos cuidados no manuseio e a conservação do produto.

O Entreposto Terminal de São Paulo é grandioso pela sua importância no abastecimento, pelo grande volume comer-cializado, pela qualidade dos seus produtos. A mudança da atual situação - trânsito inter-no caótico, tempo muito longo de comercialização, entrada de lixo com os compradores para descarte dentro da Ceagesp, controle quase impossível da entrada de crianças, bandidos, desocupados e mendigos, im-possibilidade de atendimento das exigências da Covisa e do Ministério Público, existência de vendedores não autorizados concorrendo com os permis-

Que futuro nós queremos para a nossa Ceasa?Anita de Souza Dias GutierrezCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

sionários, falta de segurança na comercialização pela ação de criminosos, levando os do-nos de veículos roubados a acionarem a Ceagesp para res-sarcimento, dificuldade cres-cente dos permissionários em atenderem à demanda dos seus compradores - exigem mudan-ças e grande determinação de seus gestores.

O edital de licitação para “concessão para delegação da gestão e operação da circulação interna de veículos, bem como de todas as portarias de veícu-los e pedestres do Entreposto de São Paulo da Ceagesp, com-preendendo o fornecimento e a instalação de solução integrada de monitoramento e implan-tação das obras de melhorias previstas no projeto de obras viárias, sinalização e circulação de veículos” é o primeiro gran-de passo e permitirá melhorar consideravelmente a eficiên-cia do Entreposto Terminal de São Paulo, com a utilização da tecnologia de controle e moni-toramento, hoje disponíveis. A concessão traz a experiência, a agilidade e a eficiência de uma

empresa privada, trabalhando dentro de regras de funcio-namento bem estabelecidas e debatidas com os usuários da Ceagesp.

A proposta é muito cuidado-sa e prevê um ano de adequa-ção às necessidades do merca-do e dos seus usuários.

É o primeiro grande passo, o de prevenção da entrada de problemas no entreposto. Ele é imprescindível para a transfor-mação do Entreposto Terminal de São Paulo em um centro lo-gístico eficiente de recebimen-to, consolidação e distribuição dos produtos, em um centro de informação, desenvolvimento, capacitação, controle de qua-lidade e de apoio ao pequeno produtor, ao pequeno varejo e ao pequeno serviço de alimen-tação, eliminando ou diminuin-do as atuais distorções em fa-vor dos grandes e favorecendo a concorrência leal.

O sucesso dos permissioná-rios - atacadistas, carregadores, usuários, prestadores de servi-ço - da Ceagesp e dos produto-res andam juntos e exigem que trabalhemos em harmonia.

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2012 09

Com o mercado cada vez mais concorrido e consumi-dores em busca das melho-res oportunidades de inves-timento, o setor bancário começou a desenhar novas estratégias para incentivar a concorrência. Recentemen-te, a partir de plano lançado pela presidente Dilma Rous-seff, o Banco do Brasil e Cai-xa Econômica Federal anun-ciaram a redução dos juros para operações de crédito. A medida visa, entre outros pontos, atrair novas contas ampliar a utilização de li-nhas de financiamento.

De acordo com Mário Ro-drigues, diretor do IBVendas (Instituto Brasileiro de Ven-das) e consultor da Febra-ban (Federação Brasileira de Bancos), o cenário exigirá a capacitação e a reciclagem dos gerente de contas, pois eles terão que atuar como negociadores.

“Os bancos precisarão de profissionais preparados para buscar novos corren-tistas e manter clientes atra-vés de produtos rentáveis. As equipes deverão criar formas de analisar o perfil e as necessidades dos clien-tes e propor soluções per-sonalizadas”, explica.Com a medida, a Caixa Econômica Federal, por exemplo, apre-sentou cortes nas taxas que chegaram a 88% e pretende atrair até 2 milhões de novos clientes. A iniciativa faz com que Bradesco, Itaú, HSBC e Santander também sejam estimulados a criar novos planos de benefícios exclu-sivos para atraírem clientes, do contrário, começarão a perder espaço no mercado.

“Esse painel fará com que as instituições voltem a convidar seus clientes a entrar nas agências, pois nos últimos anos investiu-se muito em automatização dos serviços e as pessoas se afastaram. Sairá na frente não apenas os bancos que reduzirem suas margens, mas, principalmente, aque-les que tiverem funcionários preparados para vender e negociar valores”, avalia Má-rio Rodrigues.

Dados divulgados pelo Banco Central apontaram que as operações de portabi-lidade de crédito cresceram 55,96% em março, compa-rado a fevereiro, e com esses novos planos a expectativa é de que essa migração acelere ainda mais. Para o diretor do IBVendas e consultor da Fe-braban, um dos grandes pro-blemas do setor e que pode motivar essa mudança é a insatisfação dos clientes. “O serviço tornou-se impessoal e mecânico. Muitos clientes reclamam que não conhe-cem o seu gerente de conta”, lembra.

Redução de taxas adotadas por bancos estimula a concorrência no setorEspecialista avalia que o cenário vai exigir que as instituições criem programas de capacitação de equipes para conquistar e fidelizar clientes

CRÉDITO

Page 10: Jornal Entreposo | Abril de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201210 Agrícola

As prateleiras dos super-mercados e a mesa do brasilei-ro estão, cada vez mais, cheias de alimentos orgânicos. A cres-cente preocupação com a saúde alimentar tem feito com que produtos livres de aditivos quí-micos sejam uma boa pedida na hora de montar o prato.

A nutricionista Meg Schwar-cz, há nove anos no Hospital Universitário de Brasília (HUB), afirma que esse tipo de alimen-to contribui, a longo prazo, para manter uma boa saúde. “Eles livram as pessoas da in-gestão de substâncias químicas como pesticidas, que em gran-de quantidade podem causar gastrite, úlcera e até câncer”,

Alimentos orgânicos estão mais presentes na mesa do brasileiro

explica. Segundo o consultor da Temática de Orgânicos e Mer-cados Diferenciados do MDA (Ministério do Desenvolvimen-to Agrário), Alberto Wander-ley, nos últimos três anos, o ministério investiu mais de R$ 39 milhões para impulsionar a produção de cerca de 87,4 mil agricultores familiares envolvi-dos com agricultura orgânica e agroecológica no Brasil.

O alimento orgânico tem ganhado mercado por ser pro-duzido de forma natural, sem o uso de pesticidas, herbicidas e adubos sintéticos e por conter maior quantidade de vitaminas e sais minerais. Segundo a nu-tricionista Meg, além de vege-

tais, os produtos animais, como carnes e ovos, também podem ser considerados orgânicos se produzidos sem aditivos de hormônios e fertilizantes.

Nas prateleiras da Rede Pão de Açúcar, em Brasília, os orgâ-nicos estão presentes em gran-de quantidade. Segundo o con-sumidor de produtos orgânicos Paulo Castelo Branco, esse tipo de alimento está na mesa de sua casa há muito tempo. “Mi-nha família inteira consome or-gânicos. Nos preocupamos com nossa saúde e sabemos que esses alimentos livres de pro-dutos químicos são melhores”, conta. A consumidora Dalva Siade também apóia o consumo

de orgânicos, “eles são mais sa-borosos e saudáveis”, ressalta.

De acordo com a nutricio-nista, a única desvantagem do alimento orgânico é o preço. “São muito mais caros do que os convencionais, mas prefiro gastar mais e comer algo bené-fico, que vai me ajudar a man-ter uma boa saúde”, afirma a consumidora Neire Paulino. Ela conta que sente falta de mais opções e que os supermerca-dos deveriam aumentar a va-riedade desse tipo de produtos. “Sinto falta de alguns produtos, como a cenoura, que começou a ser vendida agora, brócolis e as frutas, que quase não encon-tro”, relata.

Produtores rurais e cooperati-vas que desejarem contratar finan-ciamentos para a implementação do Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) devem procurar a sua agência bancária para obter informações quanto à utilização do crédito. No banco, o produtor será informado também quanto à documentação necessária e as garantias para o encaminha-mento da proposta. O ABC prevê a adoção de técnicas agrícolas sus-tentáveis. A idéia é que a produção agrícola e florestal garanta mais renda ao produtor, mais alimentos para a população e aumente a pro-teção ao meio ambiente.

Desde que o governo brasileiro assumiu o compromisso de redu-zir a emissão de CO2 até 2020, o Ministério da Agricultura executa ações e divulga técnicas, junto aos agricultores, de promoção de arran-jos produtivos sustentáveis. Para alavancar essas práticas, o governo mantém uma linha de crédito com disponibilidade de recursos de R$ 3,15 bilhões. No caso dos agricul-tores rurais e das cooperativas, o limite individual de contratação de financiamento é de até R$ 1 milhão, com taxas de juros de 5,5% ao ano e prazo para pagamento de 5 a 15 anos.

Balanço divulgado recentemen-te mostra que as adesões ao finan-ciamento cresceram no período entre julho de 2011 e fevereiro de 2012, ante o plano safra anterior. Os agricultores contrataram R$ 501,2 milhões no período, por meio dessa linha de crédito, totalizando 2.144 contratos firmados, a um valor mé-dio de R$ 233,7 mil. No Sul do país, o Paraná é o estado que lidera as contratações, foram 437 e desem-bolso de R$ 75,509 milhões. Na sequência, estão Rio Grande do Sul (R$ 69,759,9 milhões) e Santa Cata-rina (R$ 17,470 milhões).

O secretário de Desenvolvimen-to Agropecuário e Cooperativismo (SDC) do ministério, Erikson Chan-doha, explica que outros recursos foram e serão alocados para aten-dimento de outros eixos do Plano ABC, tais como: Divulgação; Capaci-tação de Técnicos e Produtores Ru-rais; Crédito Rural; Regularização Ambiental; Regularização Fundiá-ria; Assistência Técnica e Extensão Rural; Realização de Estudos; Pes-quisa, Desenvolvimento & Inova-ção; Transferência de Tecnologia; Disponibilização de Insumos; e Pro-dução de Sementes e Mudas.

“As tecnologias apresentadas pelo ABC somente foram incluídas por se tratarem de práticas e siste-mas eminentemente sustentáveis e reconhecidos nacional e internacio-nalmente, mediante as mais diver-sas publicações científicas e focadas na redução dos custos de produção, da ampliação da produtividade e estabilidade dos sistemas de pro-dução ao longo do tempo”, salientou o secretário.

Produtores podem contratar crédito do ABC nos bancos

CRÉDITO

Grande produtor das mais variadas frutas, diversas cida-des paulistas organizam festas que já se tornaram tradição. Para este ano, a novidade é o lançamento da Agrofeira Cir-

cuito das Frutas, que será mais um espaço para o produtor ru-ral com apresentação de pro-jetos, produtos, serviços e no-vidades que o auxiliem na sua atividade agrícola.

Agrofeira Circuito das Frutas passará por diversas cidades do interior paulista

Mais informações: www.agrofeiracircuitodasfrutas.com.br

EVENTOPromovida pelo Grupo de

Mídia Entreposto, em parceria com a Cati (Coordenadoria de Assistência Integral), a Agro-feira acontece a partir de abril e conta com estandes temáti-cos, setor de negócios e expo-sição de transportes, logística, mecanização agrícola, entre outros. .

“A Agrofeira pretende in-centivar a presença dos pro-dutores da região e resgatar o sentido histórico inicial da festa, que foi o de comemo-rar a colheita das frutas”, diz o engenheiro agrônomo Paulo Namur Claro, responsável pela Regional Campinas da Cati.

Etapas da Agrofeira 2012 Festa da Uva e ExpoCaqui de LouveiraDias 28, 29 e 30 de abril e dias 1, 4 e 5 de maio

Festa das Frutas e Hortaliças de Indaiatuba e RegiãoDias 18, 19 e 20 de maio

Festa do Morango de Atibaia e JarinuDias 23, 24 e 30 de junho e dias 1, 7, 8 e 9 de julho

Festa do Morango de JundiaíDias 3, 4, 5, 10, 11 e 12

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2012 11

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201212 Artigo

Antonio Hélio Junqueira *Marcia da Silva Peetz **

*Engenheiro agrônomo, doutorando em Ciências da Comunicação (ECA/USP), mestre em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM), pós-graduado em Desenvolvimento Rural e Abastecimento Alimentar Urbano (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), sócio administrador da Hórtica Consultoria e Treinamento.

** Economista, pós-graduada em Comercialização Agrícola e Abastecimento Alimentar Urbano, sócia-administradora da Hórtica Consultoria e Treinamento.

A cidade de Natal se prepara para a Copa de 2014

Como já pudemos comentar em colunas anteriores, a realiza-ção da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, envolvendo a realiza-ção de jogos em doze cidades-sede de diferentes estados, além de outros municípios de apoio às equipes esportivas, representa uma oportunidade ímpar para o realinhamento e o impulso às ações setoriais no campo da flo-ricultura, paisagismo e jardina-gem.

Em primeiro lugar, há que se considerar que, com o advento do macroevento futebolístico mundial, passam a ser necessá-rias construções e/ou reformas não apenas das arenas espor-tivas, mas também de obras de mobilidade social, hospitalida-de, turismo, segurança pública e urbanismo. Tudo isso, especial-mente considerado no âmbito da “mais verde de todas as Copas” – no jargão governamental –, im-pulsiona sobremaneira a deman-da pelos produtos e serviços da indústria paisagística, além de todo o complexo de decoração, ornamentação e organização de eventos, festas, cerimônias e re-cepção turística.

Em outro plano, não se pode deixar de enxergar, nestes even-tos, uma oportunidade privile-giada de exposição midiática de amplitude não apenas brasileira, mas, sobretudo, internacional, das cidades-sede e seu entorno, o que resultará em uma potente política de promoção do desen-volvimento futuro do turismo e da hospitalidade local e regio-nal. Para tanto, convém que os lugares se mostrem atraentes, lúdicos, cuidados, preservados e ambientalmente amigáveis, aspectos nos quais a qualidade artística, cultural e botânica do paisagismo, da arborização ur-bana e da ornamentação muito tem a contribuir.

Por último, mas não menos importante, há que se considerar, ainda, que as reformas paisagís-ticas urbanas e no setor institu-cional (dos complexos turístico, hoteleiro, empresarial, esportivo entre outros), bem como a práti-ca da ornamentação baseada nos produtos da flora nativa regional ou exótica adaptada, têm o poder de construir importantes lega-dos culturalmente enraizados e simbólicos, contribuindo defini-tivamente para a preservação da

biodiversidade e para o desen-volvimento sustentável das ativi-dades produtivas da floricultura regional.

Neste sentido, gostaríamos de destacar e parabenizar a ini-ciativa da cidade de Natal, que com o apoio do Sebrae/RN vem se dedicando, ao longo dos últi-mos meses, à elaboração do “Pla-no de Marketing para Flores e Plantas Ornamentais da Grande Natal, voltado para a Copa 2014”. Trata-se de um trabalho pioneiro que, sem dúvida, deveria ser re-plicado nas demais cidades-sede e seu entorno, na medida em que o mesmo se foca na identificação, qualificação e quantificação das reais oportunidades de alavan-cagem dos negócios setoriais, ao mesmo tempo em que promove o envolvimento, diálogo e com-prometimento mútuo entre os atores diretamente responsá-veis pelas obras, investimentos e suprimento setorial em flores, plantas ornamentais, insumos, acessórios e serviços afins.

Reflete, portanto, uma nova

prática de planejamento do de-senvolvimento local sustentado, tão importante e, infelizmente, ainda tão distante da realidade cotidiana brasileira.

Ressalte-se que, desde no-vembro do ano passado, os agen-tes da cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais da Grande Natal – incluindo produtores, vi-veiristas, arquitetos, paisagistas, jardineiros profissionais, auto-ridades públicas de áreas afins,

floristas, decoradores, agentes do setor turístico e hoteleiro, entre outros – têm participado de reuniões, entrevistas quali-quantitativas e grupos focais, cujo resultado visa à obtenção de um plano de marketing seto-rial muito bem construído, par-ticipativamente articulado e mu-tuamente compromissado entre todos os envolvidos. Tudo isso, certamente, resultará na melhor exploração conjunta possível

das oportunidades de negócios surgidas no âmbito da Copa de 2014 e na ampla partilha dos benefícios sociais de todos esses empreendimentos.

Porém, acreditamos, que aci-ma de tudo o maior legado des-te trabalho será o da prática do planejamento participativo, da construção do diálogo, da con-fiança e do entendimento mútuo entre parceiros e o da organiza-ção e governança da cadeia pro-dutiva da floricultura potiguar.

Parabéns ao Sebrae/RN e aos agentes e parceiros da floricul-tura daquele estado e que sua experiência – que, sem dúvida, será cercada de sucesso – sirva de exemplo para todos os de-mais pólos florícolas brasileiros.

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201214 Agrícola

Agência Câmara

A Organização Mundial de Café (OIC) projetou cenários de baixo crescimento de consumo de café(1,5% ao ano), médio crescimento (2,0% ao ano) e alto crescimento (2,5% ao ano). Na avaliação da Scot Consulto-ria, sob todos estes cenários, a demanda do produto pode

Demanda de café pode ultrapassar a oferta nos próximos 10 anos

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) pediu à co-munidade internacional para reduzir o desperdício de água, por ocasião da comemoração do Dia Mundial da Água, cele-brado em 22 de março. Segun-do a entidade, cuja sede �ica em Roma, calcula-se que a cada ano sejam desperdiçados cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos e que uma redução de 50% nessas perdas e do des-perdício de alimentos em nível mundial permitiria economizar cerca de 1.350 km³ de água a cada ano.

“A agricultura e a segurança hídrica estão interconectadas”, a�irma a FAO. “Cerca de 1,6 bi-lhão de pessoas vivem em paí-ses ou regiões com absoluta es-cassez de água e em 2025 dois terços da população do planeta poderiam viver sob condições de estresse hídrico”, calcula a agência especializada das Na-ções Unidas.

O desperdício de água na produção alimentar preocupa as autoridades internacionais. Se uma pessoa bebe uma mé-

FAO pede que o mundo reduza desperdício de água e de alimentos

dia de 2 a 4 litros de água por dia, são necessários de 2.000 a 5.000 litros de água para pro-duzir os alimentos que conso-me em um dia.

“A agricultura é responsável por 70% do total do consumo de água potável e água subter-rânea em nível mundial”, enfa-tiza a entidade, que organizou uma cerimônia em sua sede central de Roma.

Fome

O êxito na luta contra a fome depende de um melhor uso da água, sustenta a agência, que pede uma melhor gestão de “certos recursos hídricos limi-tados” para alimentar o pla-neta. Em uma declaração lida no començo da cerimônia, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu “um uso sus-tentável” do recurso limitado mais importante no mundo.

“A menos que aumentemos nossa capacidade de utilizar a água sabiamente na agricultu-ra, não conseguiremos acabar com a fome nem com uma série de problemas diversos, como a

Um ano e meio após a publi-cação da medida provisória que deu nova redação ao Artigo 1º da lei de criação da Embrapa, para permitir que a estatal exerça suas atividades também fora do Brasil, deve ser lançada no �im do mês a Embrapa Internacional. Segundo o presidente da em-presa, Pedro Arraes, a intenção é fazer o lançamento no dia 26, aniversário da Embrapa, com a presença da presidente Dilma Rousseff.

A medida provisória, do �inal do governo Lula, foi aprovada pelo Senado no dia 1º de março de 2011 e promulgada no mes-mo dia. Enquanto a Lei 5.851, de 1972, que autorizou a criação da Embrapa como empresa pública não permitia sua atuação no ex-terior, a nova redação autoriza a Embrapa a “exercer qualquer das atividades integrantes de seu objeto social fora do territó-rio nacional, em conformidade com o que dispuser seu estatuto social”.

Arraes disse que um dos ob-jetivos é ajudar outros países com a experiência adquirida ao longo dos 39 anos de existência da Embrapa, “mas também é, e talvez esse seja o principal, tra-zer inovações dessas relações para o nosso país”.

O novo estatuto, que autoriza a atuação internacional da Em-brapa, está em fase �inal de apro-vação, precisando passar pelos ministérios da Fazenda, do Pla-nejamento, da Agricultura e pela Casa Civil. “É o calvário �inal para a gente obter o nosso estatuto”, comentou Arraes, ressaltando que as pastas já têm ciência do conteúdo e já houve acordo para a sua aprovação.

Governo deve lançar Embrapa Internacional até o �im de abril

O presidente disse que a Embrapa Internacional terá uma estrutura com capacidade de captar recursos de fontes do exterior, como Banco Mundial (Bird), o Banco Interamerica-no de Desenvolvimento (BID) e agências de fomento, como a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e Fundação Bill Gates. “A Fundação Bill Gates fez, recen-temente, um aporte de US$ 2,5 bilhões para a Embrapa, e esse recurso, obviamente, não pode entrar na conta da Embrapa aqui no Tesouro, como arrecadação, porque eu vou ter que encami-nhar para outros países”, expli-cou Arraes.

O presidente da estatal disse que, atualmente, toda vez que vai se realizar um projeto no exte-rior, é necessário fazer “uma gi-nástica imensa”. “Não quer dizer que não se possa fazer, mas tem uma forma complicada de fazer essa transferência. Não é fácil. O dinheiro não pode entrar na Embrapa, às vezes entra numa fundação. As fundações também têm di�iculdades porque tra-balham apenas no Brasil”. Para facilitar a operação, a Embrapa Internacional será aberta nos Estados Unidos. “Dependendo da dimensão que esse negócio tomar, e as perspectivas são de dimensões imensas, talvez te-nhamos que ter uma estrutura mínima lá, mas sempre mínima, porque a competência técnica vai estar sempre aqui, na Em-brapa. Lá é simplesmente uma forma que a gente tem de agili-zar essa captação de recursos in-ternacionais”, informou Arraes, acrescentando que pessoas �ísi-cas também poderão fazer doa-ções para algum projeto especí�i-co, no qual tenham interesse.

superar a oferta nos próximos dez anos. A OIC pontua que o consumo vem aumentando na ordem de 1,6% ao ano nos últi-mos 40 anos.

Com relação aos estoques do produto, o volume em pa-íses exportadores na safra 2011/2012 é de 17,4 milhões

de sacas, o menor já registrado desde 1990/91. Já os estoques nos principais países importa-dores estão em 22,3 milhões de sacas, nível considerado bom pela organização. O aumento dos estoques contribuiu para a queda nas cotações do produto nos últimos meses.

seca e a instabilidade política”, alertou Ban Ki-moon.

Segundo a ONU, em muitas partes do mundo, a escassez de água está aumentando e a taxa de crescimento da produção agrícola desacelerou, explicou o responsável da ONU.

Ao mesmo tempo, as mu-danças climáticas estão agra-vando os riscos e a incerteza entre os agricultores, “em espe-cial os agricultores pobres nos países de baixa renda, que são mais vulneráveis e os menos capazes de se adaptar”.

O dirigente da ONU consi-dera que garantir a segurança alimentar e hídrica sustentável para todos “requerirá a transfe-rência das tecnologias hídricas adequadas, a promoção dos pe-quenos produtores de alimen-tos e a conservação dos servi-ços ecossistêmicos essenciais”.

Ki-moon pediu também políticas que promovam o di-reito à água para todos, uma maior capacidade regulatória e igualdade de gênero. “A água desempenhará um papel-chave na construção do futuro que queremos”, disse.

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2012 15Agrícola

A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desen-volvimento Regional aprovou no fim de março proposta que institui o Fundo de Investimen-to em Participações no Agro-negócio (FIP-A), estabelece os requisitos para sua constituição e define as áreas do agronegócio em que os recursos poderão ser investidos.

A proposição determina que o fundo seja constituído pelas instituições autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliá-rios (CVM) para administrar carteiras de títulos e valores mobiliários, sob a forma de con-domínio fechado.

O relator na comissão, depu-tado Raul Lima (PSD-RR), apre-sentou parecer pela aprovação. “O fundo vai criar um ambiente favorável à participação de in-vestidores privados no agrone-gócio, que é sabidamente um grande consumidor e fornece-dor de insumos aos outros seto-res da estrutura produtiva brasi-

Comissão aprova criação de fundo de investimento para agronegócio

leira”, argumentou. Lima alterou o projeto inicial (PL 2390/11), do deputado Irajá Abreu (PSD-TO), para tornar explícito que a instituição administradora poderá aplicar os recursos do fundo em sociedades anônimas de capital aberto ou fechado. O relator também modificou a redação da parte que trata das alíquotas de Imposto de Renda (IR) aplicadas no momento do resgate de cotas.

Pelo texto aprovado (subs-titutivo), os rendimentos rece-bidos no resgate de cotas do fundo, em operações realizadas em bolsa ou fora da bolsa, terão alíquota zero de IR para pessoa física e de 15% para pessoa ju-rídica. Por fim, Lima sugeriu trocar a sigla de FIPA por FIP-A, adotando o padrão de outros fundos existentes. Ele lembrou que a Lei 11.478/07 já criou mecanismos semelhantes para outros setores da economia, como o Fundo de Investimento em Participações em Infraestru-tura (FIP-IE) e o Fundo de In-vestimento em Participações na

Agência Câmara Produção Econômica Intensiva em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (FIP-PD&I).

O texto aprovado determina que os recursos do fundo serão investidos em empresas consti-tuídas para atuar, por exemplo, na pesquisa, no desenvolvimen-to, na inovação, na distribuição e na exportação de: - máquinas e implementos voltados às ativi-dades agrícola, pecuária, à silvi-cultura ou ao manejo florestal; sêmen, reprodutores e matri-zes; mudas e sementes melho-radas; madeiras e fibras; grãos; e biocombustíveis.

O projeto prevê também que poderão ser beneficiárias dos investimentos sociedades que atuem na construção e na ex-ploração econômica de novos projetos de infraestrutura dedi-cados ao setor agropecuário ou à exportação de seus produtos, in natura ou processados. Ain-da conforme o texto, no mínimo 90% do patrimônio do FIP-A deverão ser aplicados em ações, bônus de subscrição, debêntu-res ou outros títulos de emissão

das sociedades que constituam o fundo. A proposta tem caráter conclusivo e ainda será analisa-

da pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Para proteger as frutíferas contra os impactos das oscilações climáticas, o Con-selho Monetário Nacional (CMN) aprovou no último dia 29 de março, a ampliação em 100% do limite de crédito individual aos agricultores, hoje equivalente a R$ 1,3 milhão, para financiar, ações de prevenção a pomares sujeitos à incidência de granizo em regiões de clima temperado.

O financiamento, que já existe, se dá através do Programa de Incentivo à Irriga-ção e à Armazenagem (Moderinfra), com recursos do Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES). Os encargos financeiros são de 6,75% ao ano e o prazo de reembolso é de até 12 anos, com três anos de carência. O limite de financiamento, atualmente, é de R$ 1,3 milhão por beneficiário, para empreendi-mento individual, e de R$ 4 milhões para empreendimento coletivo, de acordo com o limite individual por participante, inde-pendentemente do número de modalida-des ou itens financiáveis.

Outro voto aprovado pelo CMN pro-move ajustes operacionais na concessão de crédito para o programa de redução da emissão de gases de efeito estufa na agricultura (Programa ABC). Com isso, o agricultor tem de apresentar compro-vantes de análise de solo e da respectiva recomendação agronômica para tomar o crédito.

CMN aprova ampliação do crédito para proteção de pomares

A Superintendente Técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Ro-semeire dos Santos, afirmou, na Comissão de Agricultura, Pecu-ária, Abastecimento e Desenvol-vimento Rural, da Câmara dos Deputados, que atualmente os agricultores estão assumindo in-tegralmente o risco da produção agropecuária. Ela participou da audiência pública que discutiu a falta de recursos orçamentários destinados ao seguro rural com representantes dos ministérios da Agricultura, do Planejamento e da Fazenda, além de outras en-tidades do setor agrícola.

Ela acrescentou que os prê-mios do seguro rural que os pro-dutores precisam pagar ainda são muito altos, o que impede que muitos agricultores tenham suas lavouras seguradas, medida importante para evitar prejuízos provocados por perda das lavou-ras em função de problemas cli-máticos.

De acordo com dados apre-sentados durante a audiência, apenas 7,9% da produção na-cional é beneficiada com o segu-ro rural. “Chegamos a 9,2% da

Agricultores assumem riscos da produção, diz CNA

área e retroagimos. São apenas 4,7 milhões de hectares com se-guro de um total de 68 milhões de hectares”, disse. A legislação atual determina que o Governo federal subvencione de 30% a 70% do valor do seguro, depen-dendo da cultura.

Durante a audiência, o se-cretário de Política Agrícola do Mapa, Caio Tibério Rocha, anun-ciou que nos próximos dias o mi-nistério vai assinar um convênio com o Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social para que sejam feitos estudos e análises de risco e, com base nos resultados, melhorar o gerencia-mento do seguro rural. Esse me-canismo possibilitará a definição de um plano de metas para os próximos cinco anos. De acordo com ele, hoje o seguro rural é ge-nérico, impedindo, muitas vezes, uma região inteira de um esta-do de produzir certo grão. “Será que é toda a região que tem risco para plantio de soja, por exem-plo? Será que não há algumas partes onde se poderia plantar grãos sem alto risco? Queremos reduzir a escala e qualificar o zo-neamento”, afirmou.

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2012 17JORNAL ENTREPOSTO

Um jornal a serviço do agronegócioabril de 201216

Idealizada em 2002 para atender à necessidade de mo-dernização do transporte e da logística da produção agrícola brasileira, a Femetran - Feira dos Meios de Transporte, Movi-mentação e Logística de Produ-tos Hortifrutícolas - enfoca as múltiplas oportunidades que o segmento oferece. A 11ª edição do evento será realizada entre os dias 22 e 25 de maio na Ce-agesp.

Com o objetivo de mostrar as mais modernas tecnologias de transporte, manutenção de veículos, refrigeração, embala-gens e as demais formas de lo-gística para a comercialização de frutas, legumes, flores e pes-cados, a Femetran apresenta à cadeia produtiva envolvida com o setor - transportadores, ata-cadistas, produtores e outros profissionais - todas as inova-ções necessárias para o correto escoamento da produção até a chegada à mesa do consumidor.

Além de reunir todos os agentes dessa imensa cadeia produtiva, outra função da feira é contribuir para a melhor or-ganização e estruturação do se-tor e promover novos negócios e parcerias. O evento também conta com o apoio de todos os agentes que integram as princi-pais centrais de abastecimento do Brasil, parceiros institucio-nais e expositores.

Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento revelam que 90% do transporte dos produtos hortí-colas são realizados por meio de caminhões. O entreposto paulistano da Ceagesp recebe diariamente uma média de dez mil veículos do gênero, o que faz do transporte e das tecnolo-gias de embalagens, ferramen-tas fundamentais para a pre-servação da qualidade dessa produção oriunda das mais di-versas zonas agrícolas do país.

Diariamente, são comer-cializadas dez mil toneladas de produtos no entreposto, o que gera uma movimentação financeira da ordem de R$ 15 milhões por dia.

A Revista Femetran é uma importante publicação dirigida ao setor de transporte e logís-tica dos entrepostos de abas-tecimento. Lançada em 2010 como suplemento editorial da feira, a revista tem conquistado expressivo espaço nas ações de marketing das montadoras.

Os assuntos são abordados de forma clara e direta, propor-cionando uma leitura dinâmica, concisa e didática.

Como toda revista segmen-tada, a Revista Femetran tem foco em produtos rodoviários, com abordagens atuais sobre o tema. Na edição 2012, a ma-téria principal trata justamente do caos urbanos e das medidas para transitar com facilidade nas grandes metrópoles brasi-leiras, como São Paulo.

Para agradar o leitor, a Re-vista Femetran sempre elege um tema em evidência para ex-plorar. Nesta edição a revista abordará as Olimpíadas de Lon-dres, que serão realizadas em julho deste ano e terá disputas em 29 modalidades esportivas.

Londres é a primeira cidade a sediar oficialmente os Jogos Olímpicos da Era Moderna por três vezes - as anteriores foram em 1908 e 1948.

A maioria das sedes dos Jo-gos Olímpicos e Paraolímpicos de 2012 serão localizadas em três zonas. Além delas, algumas sedes estarão nos arredores da cidade ou fora da região metro-politana. Algumas instalações são mundialmente famosas, como o Hyde Park e o Estádio de Wembley. Outras serão cons-truídas especialmente para os Jogos, como o Estádio Olímpico de Londres e o Centro Aquático. Fora de Londres, estádios como o St. James’ Park, em Newcas-tle e o Millenium Stadium, em Cardiff, sediarão as partidas de futebol.

A publicação será distribu-ída gratuitamente durante o período de realização da feira, leia e saiba muita mais sobre transporte, logística e jogos olímpícos.

Em maio tem Femetran na Ceagesp

Revista Femetran e o espírito olímpico

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2012 17JORNAL ENTREPOSTO

Um jornal a serviço do agronegócioabril de 201216

Idealizada em 2002 para atender à necessidade de mo-dernização do transporte e da logística da produção agrícola brasileira, a Femetran - Feira dos Meios de Transporte, Movi-mentação e Logística de Produ-tos Hortifrutícolas - enfoca as múltiplas oportunidades que o segmento oferece. A 11ª edição do evento será realizada entre os dias 22 e 25 de maio na Ce-agesp.

Com o objetivo de mostrar as mais modernas tecnologias de transporte, manutenção de veículos, refrigeração, embala-gens e as demais formas de lo-gística para a comercialização de frutas, legumes, flores e pes-cados, a Femetran apresenta à cadeia produtiva envolvida com o setor - transportadores, ata-cadistas, produtores e outros profissionais - todas as inova-ções necessárias para o correto escoamento da produção até a chegada à mesa do consumidor.

Além de reunir todos os agentes dessa imensa cadeia produtiva, outra função da feira é contribuir para a melhor or-ganização e estruturação do se-tor e promover novos negócios e parcerias. O evento também conta com o apoio de todos os agentes que integram as princi-pais centrais de abastecimento do Brasil, parceiros institucio-nais e expositores.

Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento revelam que 90% do transporte dos produtos hortí-colas são realizados por meio de caminhões. O entreposto paulistano da Ceagesp recebe diariamente uma média de dez mil veículos do gênero, o que faz do transporte e das tecnolo-gias de embalagens, ferramen-tas fundamentais para a pre-servação da qualidade dessa produção oriunda das mais di-versas zonas agrícolas do país.

Diariamente, são comer-cializadas dez mil toneladas de produtos no entreposto, o que gera uma movimentação financeira da ordem de R$ 15 milhões por dia.

A Revista Femetran é uma importante publicação dirigida ao setor de transporte e logís-tica dos entrepostos de abas-tecimento. Lançada em 2010 como suplemento editorial da feira, a revista tem conquistado expressivo espaço nas ações de marketing das montadoras.

Os assuntos são abordados de forma clara e direta, propor-cionando uma leitura dinâmica, concisa e didática.

Como toda revista segmen-tada, a Revista Femetran tem foco em produtos rodoviários, com abordagens atuais sobre o tema. Na edição 2012, a ma-téria principal trata justamente do caos urbanos e das medidas para transitar com facilidade nas grandes metrópoles brasi-leiras, como São Paulo.

Para agradar o leitor, a Re-vista Femetran sempre elege um tema em evidência para ex-plorar. Nesta edição a revista abordará as Olimpíadas de Lon-dres, que serão realizadas em julho deste ano e terá disputas em 29 modalidades esportivas.

Londres é a primeira cidade a sediar oficialmente os Jogos Olímpicos da Era Moderna por três vezes - as anteriores foram em 1908 e 1948.

A maioria das sedes dos Jo-gos Olímpicos e Paraolímpicos de 2012 serão localizadas em três zonas. Além delas, algumas sedes estarão nos arredores da cidade ou fora da região metro-politana. Algumas instalações são mundialmente famosas, como o Hyde Park e o Estádio de Wembley. Outras serão cons-truídas especialmente para os Jogos, como o Estádio Olímpico de Londres e o Centro Aquático. Fora de Londres, estádios como o St. James’ Park, em Newcas-tle e o Millenium Stadium, em Cardiff, sediarão as partidas de futebol.

A publicação será distribu-ída gratuitamente durante o período de realização da feira, leia e saiba muita mais sobre transporte, logística e jogos olímpícos.

Em maio tem Femetran na Ceagesp

Revista Femetran e o espírito olímpico

Page 18: Jornal Entreposo | Abril de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201218 Agrotóxicos

O comércio de agrotóxicos no Brasil cresceu 190% entre 2000 e 2010, mais que o dobro da média mundial, de 93%. A informação é resultado de um estudo sobre o mercado do produto no Brasil divulgado no dia 11 de abril pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

De acordo com o diretor da agência, Agenor Álvares, esse crescimento foi impulsionado em grande parte pela expansão agrícola no país, o que faz do Brasil o maior mercado domés-tico de agrotóxicos do mundo, à frente dos Estados Unidos.

Em 2010, o mercado na-cional movimentou US$ 7,3 bi-lhões, o que representa 14,25% do total mundial, que chegou a US$ 51,2 bilhões.

O mercado de agrotóxicos no Brasil é altamente concen-trado, assim como no restan-te do mundo. As dez maiores empresas do setor são respon-sáveis por 65% da produção nacional e por 75% das vendas. Em termos globais, as 13 maio-res empresas dominam 83% do mercado mundial e apenas seis (Basf, Bayer, Dow, Dupont, Monsanto e Syngenta) detêm 66%. O estudo ainda mostrou que 45% do mercado nacional de agrotóxicos são de herbici-das, 14% de fungicidas, 12% de inseticidas, 2% de acaricidas e 17% de outros tipos. Um único produto, o glifosato, é respon-sável por 29% do mercado bra-sileiro de agrotóxicos.

Regulação

Álvares defendeu a necessi-dade de regulação do setor de comércio de agrotóxicos. Se-gundo o executivo os números demonstram que há um pro-cesso de reserva de mercado por parte de muitas indústrias, o que levanta a necessidade de regulação do setor. Álvares ain-da informou que, como os re-gistros concedidos pelo gover-no brasileiro não têm prazo de validade, muitas empresas os usam para aumentar seu valor de mercado.

Outro fator que contribui para a demanda das empresas pela concessão de registros é o preço-- cerca de US$ 1 mil; nos Estados Unidos, por exemplo, o valor de um registro semelhan-te pode chegar a US$ 630 mil,

dependendo do produto. Atual-mente, há cerca de 350 pedidos de registro em fila.

Uma das consequências ne-gativas da falta de regulação e do processo de reserva de mer-cado, de acordo com o diretor, é a diminuição da competição

Expansão agrícola impulsiona comércio de agrotóxicos no BrasilAgência Brasil

VALTER CAMPANATO/ ABr

no setor e, como resultado, o aumento do preço dos agrotó-xicos aos produtores rurais.

“Existe um projeto de lei do Senado Federal, de autoria da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), que diz que o agrotóxico registrado, não sendo produ-

zido em dois anos, tem seu re-gistro extinto. Acho que isso é uma questão importante para nós, porque não é possível que se faça um esforço para regis-trar em três órgãos e depois o produto não é fabricado e não é comercializado”, disse o diretor.

Quase 5,7 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos fo-ram recolhidas e destinadas à reciclagem ou queima, em ja-neiro e fevereiro deste ano. O volume já é 7% maior do que o registrado no mesmo período de 2011. O tratamento desse resíduo pode resultar em 17 produtos, desde uma nova em-balagem para agrotóxicos até conduítes (tubos para passa-gem de fiação) ou sacos de lixo hospitalar. Nos dois primeiros meses do ano, Mato Grosso (que passou de 1,2 mil emba-lagens coletadas para 1,3 mil) e São Paulo (575 para 874 em-balagens) foram os estados que mais contribuíram em volume de coleta no bimestre. O Paraná ficou em terceiro lugar (de 531 para 636 embalagens).

No caso de São Paulo, o au-mento foi de 52%. Em Santa Ca-tarina, a quantidade de embala-gens é ainda pequena. Este ano, a cadeia produtiva catarinense entregou ao sistema de trata-mento 44 embalagens. Mas na comparação com o ano passa-do, o crescimento foi de 100%.

Para o engenheiro agrôno-mo João Cesar Rando, presi-dente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, responsável pela coleta e destinação desse tipo de re-síduo, o crescimento tem duas justificativas.

De um lado, o procedimen-to – que ganhou recentemente os holofotes com a criação da Política Nacional de Resíduos Sólidos – já vigora, no caso de embalagens de agrotóxicos, há pelo menos dez anos. Rando avalia que o prazo é suficien-te para que a cadeia produtiva (agricultores, comerciantes e fabricantes) conheça a norma e as penalidades, como mul-tas que podem chegar a R$ 1 milhão, em casos extremos de descumprimento da lei.

Por outro lado, o agrônomo aponta a variabilidade da pro-dução agrícola de cada região. “O fato de ter aumentado 52% em São Paulo nestes dois pri-meiros meses não quer dizer que esse número vai persistir. Mas é muito provável que, em relação ao ano passado, o volu-me cresça porque os negócios na agricultura estão crescendo e isso indica que o uso do de-fensivo agrícola deve crescer também, e, com isso, o volume de embalagens que vamos reti-rar”, explicou.

Cresce devolução de embalagens

Foi publicado do Diário Oficial do Estado do dia 27 de março, decisão da Cetesb (Companhia Ambiental do Es-tado de São Paulo) que pror-rogou, por 120 dias, o prazo fixado para que o produtor rural que possui estoque de agrotóxicos obsoletos declare sua posse, para fins de levan-tamento da situação desses re-síduos no estado de São Paulo. Agrotóxico obsoleto é aquele cuja fabricação, comercializa-ção e utilização estão proibidas por Lei no Brasil, em especial os organoclorados.

O prazo final previsto an-teriormente era 26 de março. Com a prorrogação, o produtor rural paulista tem até o dia 24 de julho de 2012 para procurar a Casa da Agricultura ou Escri-tório de Defesa Agropecuária e preencher o formulário de de-claração.

Segundo Marilda Tedesco,

da Coordenadoria de Defesa Agropecuária e coordenadora do grupo de trabalho interdis-ciplinar de destinação final de agrotóxicos, “a medida foi ne-cessária para dar oportunida-de aos produtores rurais que têm a posse desses produtos, mas ainda não preencheram o formulário de declaração.

O objetivo agora é intensi-ficar os esforços de divulgação da campanha a fim de assegu-rar que a informação chegue a todos os produtores rurais”. Relatório parcial da campanha mostra que já foram declaradas 50,7 toneladas de agrotóxicos obsoletos no estado.

Em seu artigo segundo, a decisão estabelece que os de-clarantes de agrotóxicos ob-soletos não se sujeitarão às sanções previstas na legislação pertinente, desde que os de-clare no prazo estabelecido e os mantenham em adequadas

condições de armazenamento até sua devolução. Outras in-formações sobre a campanha estão disponíveis em www.agrotoxicosobsoletos.org.br

Campanha Representantes do gover-

no estadual, indústrias fabri-cantes, distribuidores, coope-rativas, entidades de classe e usuários finais se uniram para realizar uma campanha de le-vantamento junto aos produ-tores rurais. O objetivo é obter informações sobre a quanti-dade de agrotóxicos obsoletos que porventura tenham per-manecido armazenados nas propriedades rurais paulistas, após a proibição de uso na dé-cada de 1980. Com base nessas informações, será possível pla-nejar as medidas para retirar esses produtos do ambiente rural e dar a destinação final adequada.

Prorrogado o prazo para declarar posse de agrotóxicos obsoletos em SP

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2012 19

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Page 20: Jornal Entreposo | Abril de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201220 Qualidade

Os dados coletados pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Ali-mentação) em 2008 - último ano com dados completos - mostram que o mundo pro-duziu mais de dez milhões de toneladas de mamão. O Brasil, que detém a segunda colocação depois da Índia, colheu 1,9 mi-lhão de toneladas, ou 19 % da produção mundial.

O IBGE (Instituto Brasilei-ro de Geogra�ia e Estatística) registrou no Brasi, em 2009, a produção de 1,79 milhão de to-neladas de mamão, com amplo domínio da Bahia e do Espírito Santo que colheram respectiva-mente 891 mil toneladas (50%) e 550 mil toneladas (31%). Há uma grande faixa contínua pro-dutora de mamão próxima aos litorais capixaba e baiano que vai das cercanias de Linhares, no Espírito Santo até Porto Se-guro, na Bahia. Neste mesmo ano (2009) o Brasil exportou 27,55 mil toneladas de mamão o que corresponde a apenas 1,47 % da produção nacional.

A comercialização dos ma-mões no Entreposto Terminal de São Paulo (ETSP) da Cea-gesp é um bom retrato da co-mercialização brasileira. Todas as notas �iscais recolhidas nas portarias do ETSP se tornam a fonte de dados do Sistema de Informação e Estatística da Se-

Revolução no agronegócio do mamão formosa

ção de Economia e Desenvolvi-mento, que registrou em 2010 a comercialização de 63,7 mil toneladas de mamão do grupo “Formosa” e de 85,55 mil tone-ladas do grupo “Solo”, conheci-do popularmente como “Havaí”, “Havaiano” ou “Papaia” .

O ETSP comercializa aproxi-madamente 08% da produção brasileira de mamão, partici-pação relativa que vem caindo pouco a pouco ao longo dos úl-timos anos. O que se constata no entreposto é certa estabili-dade no volume do grupo ‘Solo” e um crescimento do “Formo-sa”. Desde 2007, o volume co-mercializado do grupo “Solo” sempre �icou muito próxima a 90 mil toneladas e o do “Formo-sa” passou de 52 mil toneladas em 2007 para quase 64 mil em 2010.

A Bahia é a grande fornece-dora de “Solo’ para o ETSP com 75% do volume total em 2010, o Espírito Santo vem logo a

seguir com 24%. Uma caracte-rística marcante da comerciali-zação no ETSP é a grande pre-ferência pelo ‘Sunrise’ e suas variações como o BS (“Benedi-to Soares) em detrimento do ‘Golden’. Apesar do ‘Golden’ ter uma melhor resistência pós-co-lheita e uma menor ocorrência de manchas �isiológicas o sabor do ‘Sunrise’ é muito superior e os varejistas paulistanos, mais próximos do consumidor, como feirantes, hortifrútis e ambu-lantes, constatam rejeição ao ‘Golden’ pela maior dureza da polpa e menor conteúdo de açúcares da polpa.

O “Formosa” está crescendo e mudando. O Espírito Santo é o principal abastecedor, com 29 mil toneladas ou 46% do to-tal, seguido pela Bahia com 23 toneladas ou 37% do volume total. Os envios capixabas saem quase todos da região dos mu-nicípios de Pinheiros, São Ma-teus e Montanha.

É no “Formosa” que se ob-serva uma rápida mudança do modelo de comercialização da fruta. Em 2010, cento e dezes-sete municípios enviaram ma-mões ‘Formosa’ ao ETSP, mas os dez maiores são responsáveis por 71% do volume total. Hou-ve um grande crescimento dos municípios do Oeste baiano, de Baraúna, no Rio Grande do Nor-te, de Jaíba, no Norte mineiro e uma decadência de Montanha (ES). Os produtores destes mu-nicípios emergentes trabalham de maneira totalmente distinta da grande maioria dos produ-tores capixabas. Jaíba, que não registrou nenhum envio em 2007 , mandou 2.400 toneladas em 2010.

Enquanto a maior parte das cargas do Espírito Santo vem com os frutos a granel na carroceria dos caminhões, os produtores das áreas emergen-tes colhem frutos mais madu-ros, classi�icam e embalam na origem, muitos em caixas de papelão ondulado bastantes atrativas, com rede de poliure-tano protegendo os frutos que também são etiquetados com a marca do produtor.

É sabido que o fruto do ma-moeiro, é capaz de amadure-cer, mesmo depois de colhido, a partir do momento que as sementes estão negras. No en-tanto, se o mamão continuar li-gado à planta mãe continuará a acumular açúcares e o sabor do fruto colhido maduro será mui-to melhor. O arcaico sistema de transporte a granel exige a co-lheita de frutos colhidos ainda com a casca totalmente verde e polpa bem �irme e que, portan-to, ainda não acumularam os açúcares su�icientes para um bom sabor, quando maduros.

Os frutos colhidos mais ma-duros, já começando a mudar a coloração com pelo menos duas listras amarelas, são muito mais saborosos quando total-mente maduros e como estão sendo identi�icados com marca, os varejistas e consumidores os procuram e avaliam como pro-dutos superiores. E com o tem-po concluem que vale muito mais a pena levar um produto, que apesar de bem mais caro, é capaz de proporcionar mais satisfação, menores perdas e maior lucro. Os mamões emba-lados na origem conseguem um valor de venda no atacado, en-tre 50% e 100%, acima dos que chegam a granel e são embala-dos no entreposto.

A colheita do fruto mais maduro e saboroso, a melhoria da embalagem e do transporte e a identi�icação da marca do produtor formam o caminho escolhido por produtores e ata-cadistas na busca da merecida e grande diferenciação de valor do seu produto.

Gabriel V. Bitencourt de AlmeidaCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

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Page 21: Jornal Entreposo | Abril de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2012 21

Anita de Souza Dias GutierrezCQH/ Ceagesp

Qualidade

Os arqueólogos encontra-ram registros de melancia nos túmulos dos faraós cinco mil amos antes de Cristo. As frutas eram colocadas nos túmulos dos faraós para alimentá-los de-pois da morte.

O seu centro de origem mais provável é o Deserto de Ka-lahari, na África do Sul e o seu consumo e produção foram re-gistrados no Egito – 5.000 a.C na China – Século X, na Europa – Século XX e na América – Sé-culo XIV.

O crescimento da produção e do consumo mundial da me-lancia impressiona. Aqui estão os dados da sua evolução entre 1970 e 2009:

A produção mundial de me-lancia cresceu de 18 milhões para 88 milhões de toneladas - 4 vezes• A população mundial cresceu de 2,5 bilhões para 6,9 bilhões de pessoas - 2 vezes A produção chinesa cresceu de cinco milhões para 65 milhões – 13 vezes

• A produção brasileira cresceu de 247 mil para 2 milhões de to-neladas – 7 vezes

Gaúchos inovam embalagem da melancia

• O comércio internacional cres-ceu de 212 mil para 2,3 milhões de toneladas – 10 vezes

• China, Turquia, Irã, Brasil e Estados Unidos são os maiores produtores de melancia. México, Espanha, Estados Unidos, Caza-quistão e Vietnã são os maiores exportadores. Já EUA, China, Alemanha, Canadá e França são os maiores importadores.

O IBGE registrou em 2010 a produção de 2.052.928 tone-ladas em 68.679 hectares. Os maiores estados produtores, em ordem de volume, são Rio Gran-de do Sul, Bahia, Goiás, São Pau-lo e Paraná.

A Ceagesp paulistana re-gistrou, em 2010, a entrada de 102.081 toneladas de melan-cia, sendo 97% de melancia do grupo varietal ‘grande com semente’. Os estados de ori-gem, responsáveis por 90% do volume de entrada, foram: São Paulo (41%), Rio Grande do Sul

(23%), Goiás (15%) e Tocantins (11%).

A modernização do trans-porte da melancia ‘grande com semente’ é um grande desa�io no mundo todo.

O seu tamanho di�iculta mui-to o embalamento do fruto em caixas e a unitização da sua mo-vimentação.

A movimentação a granel machuca a melancia, prejudica a sua qualidade e o seu tem-po de prateleira, e encarece o transporte. Os produtores ame-ricanos já utilizam, na exposição da melancia no varejo, ‘bins’, grandes caixas de papelão deco-radas.

Um atacadista da Ceasa do Rio Grande do Sul está investin-do com muito sucesso no em-balamento de melancia para os seus clientes de varejo. A caixa também divulga o produto e a marca do atacadista, além de as-segurar um lugar diferenciado para a melancia no supermerca-do, facilita a carga e a descarga e mantém a qualidade da fruta na comercialização.

A promoção e desenvolvi-mento da melancia nos Estados Unidos é responsabilidade dos seus comitês de promoção e desenvolvimento. Aqui estão al-guns dos seus endereços eletrô-nicos: http://www.�lfwa.com/ ; http://www.nationalwatermelo-nassociation.com/; http://www.watermelon.org/

A unidade de comerciali-zação de citros é a caixa e o número de frutos na caixa é o denominador da classi�icação. As embalagens de citros estão mudando rapidamente e obser-va-se que a caixa M com marca proprietária, de dimensões e peso conhecidos, está perden-do espaço.

Um levantamento foi feito para determinar os tipos de embalagens, as suas medidas e a proporção da sua utilização na comercialização de citros na Ceagesp paulistana, em janeiro deste ano. Foram analisadas 268 embalagens em todos os pavilhões HF e MF.

As embalagens foram divi-didas em caixa M e caixa ½ M (de madeira retornável), em caixa descartável (papelão e madeira descartável ) e em cai-xa plástica. As medidas são as-sustadoras:

Estudo de 268 tipos de embalagens de citros, mostra que não se pode mais utilizá-la como medida

- A capacidade em volume das caixas ½ M encontradas no mercado com citros variou de 27 até 35 litros - 31%.

- A capacidade em volume das caixas M variou de 54 até 57 litros – 5%.

- A capacidade em volume das caixas descartáveis variou de 23 até 46 litros – 99%.

- A capacidade em volume das caixas plásticas retorná-veis variou de 27 até 32 litros – 19%.

Os citros importado da Es-panha chegam embalados em caixa de madeira (de 10 e 15 Kg) e de papelão (7, 10 e 15 kg).

Foram entrevistados ataca-distas dos pavilhões HF e MF. A proporção de ensacamento de citros realizado no mercado é muito grande, principalmente quando se considera que todos os citros são bene�iciados em

barracões de classi�icação, al-guns muito so�isticados. A pro-porção foi de 17% no pavilhão HFA até 86% no HFC. O ensa-camento é praticado em todos os pavilhões, com exceção da-queles que só trabalham com laranja importada.

A embalagem de madeira predomina na laranja (76%), no limão (77%) e na tangerina (76%). A maior utilização da caixa de papelão é da tangerina (21%) e da ½ caixa M do limão (51%). A utilização de embala-gens de madeira e de plástico tipo ½ caixa M predomina no limão Tahiti (58%). A utiliza-ção de embalagens de papelão é maior na tangerina (21%).

O levantamento, apesar de ter sido realizado fora da épo-ca de maior oferta de citros, mostrou que não se pode mais utilizar a caixa como medida de volume de citros.

Thais Soares Wellington BernardesCQH-Centro de Qualidade em Horticultura da Ceagesp

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Page 22: Jornal Entreposo | Abril de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201222 Qualidade

O CEP é amplamente adota-do pelas empresas de prestação de serviços, pelo comércio e transportadoras.

Os produtores rurais e mo-radores de áreas urbanas dis-tantes são excluídos, por ausên-cia de CEP, de muitos serviços a que todos os cidadãos têm direito:

1. Não é possível cadastrar o endereço em qualquer empre-sa ou órgão de governo. Os sis-temas de cadastramento estão associados ao cadastro de CEP dos Correios e a inexistência do CEP para uma determinada rua, a caracteriza como inexistente.

Movimento dos sem CEP2. A impossibilidade de cadas-tramento impede a aquisição para entrega no local, de muitos produtos e serviços, que só os moradores de regiões com CEP têm acesso.3. As transportadoras não con-seguem realizar entregas, pois não conseguem cadastrar e lo-calizar os endereços.4. A Receita Federal rejeita pro-cessos de abertura de empresas pela falta de CEP, pois o CEP ge-ral do município não é aceito.

5. As contas e a correspon-dência devem ser retiradas na agência dos Correios.

6. Não há comunicação de rece-bimento e solicitação de retira-da das encomendas recebidas pelo Correio, que as devolve ao remetente após cinco dias.

7. É preciso alugar uma caixa postal (quando disponível). O recebimento de encomendas, correspondências, jornais e re-vistas exige a visita frequente ao correio, em horário comercial. Algumas empresas se recusam a enviar, pela caixa postal, docu-mentos ou produtos como car-

Anita de Souza Dias GutierrezCQH/ Ceagesp

tões de banco e celulares.8. O serviço de policiamento, em caso de emergência, é muito dificultado em virtude da ine-xistência do CEP como guia de localização.

É um sonho imaginar que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos fará a identificação das áreas rurais com CEP, prin-cipalmente se considerarmos que isso implica a obrigatorie-dade da entrega de correspon-dência no local.

A solução para resolver a questão da localização dos ‘sem CEP’ e permitir que eles tenham acesso aos serviços que todos os cidadãos urbanos têm direi-to, é a utilização das coorde-nadas geográficas, facilmente determinadas pelo GPS, como referência de endereço.

É preciso que cada um de nós, cidadãos sem CEP, passe a utilizar as coordenadas ge-ográficas na indicação do seu endereço e articule com os seus fornecedores de insumos, transportes e serviços para que passem a exigir dos outros clientes que façam o mesmo.

Participe do Movimento dos Sem CEP!

O CEP – Código de Endereçamento Postal é um código desenvolvido pelas administrações postais, para identificar uma determinada região e facilitar o encaminhamento e a entrega das correspondências

Programas promocionais como os que são desenvolvidos nos Estados Unidos pelo Comitê de Promoção e Desenvolvimento da Manga (National Mango Bo-ard) existem há décadas nos Es-tados Unidos, Europa, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, en-tre outros países e têm tido uma enorme influência nos destinos e no sucesso dos agronegócios dos países desenvolvidos.

O National Mango Board foi criado por solicitação dos pro-dutores, comerciantes e impor-tadores de manga, ao Ministério da Agricultura dos EUA e é sus-tentado pelo recolhimento de uma taxa cobrada por cada caixa de manga comercializada.

A “lei de promoção de produ-tos agrícolas” é a lei federal, nos Estados Unidos, que garante o estabelecimento e operação de um programa de promoção de um determinado produto agrí-cola e que inclui uma combina-ção de atividades de promoção, de pesquisa e de informações de produção e consumo, gerenciado pelos produtores e seus primei-ros compradores, mantida com recursos originários de contri-buições acertadas na sua criação de produtores e processadores, sob supervisão do Ministério da Agricultura.

Os objetivos do National Mango Board envolvem com-preensão e educação do consu-midor; aumento da visibilidade da manga no varejo; aumento da oferta da fruta fresca nos restau-rantes; manutenção da boa repu-tação da manga e estar prepara-do para uma crise; promoção do estudo da fruta nas pesquisas de saúde e nutrição; criação de so-

Manual de pós-colheita de manga

Anita de Souza Dias GutierrezCQH/ Ceagesp

luções que melhorem a qualida-de da manga e a sua segurança alimentar; articulação com to-dos os elos da cadeia de manga no mundo para uma ação con-junta de melhoria e a criação de soluções que permitam o acesso do consumidor à manga colhida madura e pronta para o consu-mo. O Brasil, país exportador de manga para os EUA, está re-presentado no National Mango Board, por. Flávio Muranaka, de Petrolina.

As atividades do Comitê de Promoção e Desenvolvimento da Manga ( National Mango Board) dos Estados Unidos podem ser acompanhadas pelo endereço eletrônico www.mango.org.

Os interessados em receber informações, por e-mail , sobre o mercado de manga nos EUA, só precisam se registrar em http://www.mango.org/industry/stra-tegic-plan-and-budget.

Várias publicações podem ser baixadas em http://www.mango.org/industry/downlo-ads, desde pesquisas com os consumidores até o desenvol-vimento de um Manual de Pós-Colheita em português.

O Brasil precisa se estruturar para permitir a organização dos produtores em comitês de pro-moção e desenvolvimento por produto. Esses comitês podem e devem proporcionar ao segmen-to da produção agrícola a as-sunção da coordenação de cada cadeia de produção hortícola: orientar a pesquisa para a dire-ção correta, indicar a orientação correta das ações de defesa agro-pecuária, estabelecer as ações de marketing - em seu sentido mais amplo de preparação de um pro-duto para o mercado - incluindo o estabelecimento de normas e padrões em toda a cadeia, a pro-paganda e a orientação ao con-sumidor.

ACESSO RESTRITO

Cercade 30 mil sementes da cultivar de cupuaçu BRS Carim-bó serão disponibilizadas este ano para os produtores rurais. A cultivar foi lançada no último mês de março pela Empresa Bra-sileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e é a mais nova opção para os produtores.

A principal característica da variedade é a média resistência à vassoura-de-bruxa, doença que limita em muito a produção do cupuaçuzeiro na região ama-zônica. A vassoura-de-bruxa é

Cupuaçu da Embrapa lançado em março já é sucesso

causada pelo fungo Crinipellis perniciosa, que se desenvolve nos galhos do cupuaçuzeiro e ativa o crescimento de brotos e galhas, podendo levar a planta à morte. Com o controle da do-ença, por meio de podas fitossa-nitárias, o produtor pode ficar seguro quanto à produção, pois a resistência da nova cultivar mi-nimizará no médio prazo o risco de uma epidemia da doença no pomar.

A cultivar, resultante da sele-ção e do cruzamento de 16 clo-

nes de cupuaçuzeiro, apresenta, ainda, características agronômi-cas semelhantes ou superiores às de outras cultivares existen-tes no mercado. Além disso, ela apresenta ótima produção de frutos, que são de tamanho mé-dio a grande, fazendo com que eles tenham boa aceitaçãotanto na indústria quanto no merca-do de fruta in natura. Os frutos da cultivar servem tanto para a produção de polpa, cujo rendi-mento é alto se comparado com as outras cultivares, quanto para a produção de amêndoas,que podem ser extraídas para a pro-dução de óleo, empregado na in-dústria de cosméticos.

A boa semente

A escolha de uma boa semen-te, que tenha qualidade genéti-ca e fisiológica, é fundamental para o êxito de um pomar de cupuaçuzeiro. Segundo Rosildo Simplício da Costa, gerente do Escritório de Negócios da Ama-zônia, da Embrapa Produtos e Mercado, são as boas sementes que asseguram mudas vigorosas e saudáveis, produzindo muitos frutos. Por isso, o gerente adver-te que o produtor deve comprar semente apenas de sementeiros legalizados.

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2012 23Qualidade

Pesquisa: Estagiários: Wellington Bernardes Norte Silva-Agronomia UFV-MG / Thais De Marchi Soares - Agroecologia UFSCAR - Pesquisa e Desenhos: Bertoldo Borges Filho / Supervisão: Dra. Anita Gutierrez-CQH.

A couve é da mesma família do repolho, só que não forma cabeça. Ela é a hortaliça folhosa de características mais próximas da espécie selvagem, origem das outras brassicas, como repolho, a couve-�lor, o brócolis e a couve de Bruxelas. As couves apresentam grande diversidade de cores - va-riando de verde claro à violeta escura - , formatos, tipo de cres-cimento e outras características listadas na tabela abaixo. Sua uti-lização foi registrada pelo gregos, quatro séculos antes de Cristo.

Existem três variedades principais na Ceagesp: a couve manteiga, a couve manteigui-nha e a couve tronchuda. A cou-ve manteiguinha é menor que a manteiga e mais arredondada e as duas são comercializadas em

Variedades de couve comercializadas no ETSPmaço. A couve tronchuda, que é colhida inteira, tem um público muito especial: os restaurantes portugueses, como ingrediente de bacalhoada. A sua procura cresce muito durante a Semana Santa. Dezenas de outras varie-

dades são conhecidas no mun-do. Colocamos a representação grá�ica e a descrição morfológica de quatro variedades, entre as muitas encontradas no Banco de Germoplasma do Instituto Agro-nômico de Campinas e que não

foram encontradas na Ceagesp. No ano passado foram comercia-lizadas na Ceagesp oito mil tone-ladas de couve rendendo R$11 milhões, ocupando o 7º lugar no ranking de verduras mais vendi-das no entreposto paulistano.

O guia de variedades, desen-volvido pelo Centro de Qualida-de em Horticultura da Ceagesp, fornece um gabarito visual de identi�icação das principais va-riedades de cada produto e um quadro das características de cada grupo. O trabalho é árduo porque existem centenas de fru-tas e hortaliças, cada uma delas com muitas variedades. A Ce-agesp disponibiliza em http://www.ceagesp.gov.br/horties-colha/variedades/, os guias de variedades para 35 produtos e dois agrupamentos de produ-tos: abacate, abacaxi, abóbora, abobrinha, alface, alho, ameixa, banana, batata, batata doce, be-rinjela, beterraba, caqui, cebola, cenoura, chuchu, couve, goia-ba, kiwi, laranja, limão, mamão, manga, melancia, melão, pepino, pera asiática, pera europeia, pês-sego, pimenta, raízes feculentas, repolho, romã, tangerina, tem-peros, tomate e vagem. A couve-�lor será o próximo produto a ter o seu próprio guia de variedades.

A parte da couve-�lor (Bras-sica oleracea L. var. botrytis L.), que consumimos é a sua in�lo-rescência imatura.

A elaboração do guia exige o levantamento de vários dados, entre eles a caracterização de todos os cultivares de couve-�lor, desenvolvidos pelas principais

A couve �lor e seu guia de variedades

Viviane de OliveiraRaphael Azevedo GonçalvesCQH/ Ceagesp

empresas de sementes; dos des-critores utilizados no registro de cultivares, além da pesquisa e caracterização dos cultivares co-mercializados na Ceagesp

A couve-�lor apresenta gran-de diversidade de coloração, for-mato, grau de compacidade da cabeça, altura, diâmetro e apti-dão para produção da cabeça em diferentes temperaturas.

A temperatura é o principal fator climático que afeta o de-senvolvimento e a formação da cabeça e a produção. Os cultiva-res são caracterizadas como de verão, meia estação e inverno, o que determina a melhor época para a sua semeadura, em fun-ção da necessidade de frio para a indução �loral de cada material genético.

O estudo utilizou os descrito-res de cultivares, recomendados pelo NIAS (National Institute of Agrobiological Sciences), de co-loração, formato, cobertura da folha bráctea na cabeça e grau de maturidade. O NIAS do Japão desenvolve pesquisas na área de conservação de plantas, micro-organismos, animais e materiais relacionados à agricultura.

A descrição dos cultivares, feita pelas empresas de semen-tes ISLA, Hortec, Sakata, Semi-nis, Takii, Tecno Seed, Top Seed, nos seus endereços eletrônicos é pobre em detalhes. Foram en-contrados 23 cultivares de sete empresas de semente no Brasil.

O guia de variedades está disponível em www.ceagesp.gov.br/hortiescolha/variedades

Page 24: Jornal Entreposo | Abril de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201224 Meio Ambiente

MARCELLO CASAL JR /ABr

Inserir os pequenos produ-tores dentro de um projeto de agricultura sustentável é um dos desafios da Embrapa. Na avaliação do presidente da es-tatal, Pedro Arraes, a combina-ção entre cooperativismo e ação mista de agentes públicos e pri-vados na disseminação de tec-nologias pode viabilizar o pro-jeto de agricultura sustentável nas pequenas propriedades. O governo federal vem assumindo metas ambientais e definindo estratégias que prometem alte-rar o cenário produtivo brasi-leiro nos próximos anos. A agri-cultura é o setor que vem sendo apontado como possível e forte contribuidor para atingir esses objetivos ambientais.

Uma das metas brasileiras, por exemplo, é a diminuição de emissões de gases de efeito es-tufa. Durante a 15ª Conferência do Clima (COP 15), organizada pelas Nações Unidas, o Brasil se comprometeu a reduzir a emissão de gás carbônico entre 36,1% a 38,9% até 2020, consi-derando o volume emitido em 1990. Ou seja, algo em torno de 1 bilhão de toneladas a menos no ar.

Na prática agrícola, essas metas são vistas de diferentes maneiras. Para médios e gran-des produtores, a aplicação de tecnologias que contribuem para o meio ambiente é vista, em grande parte, como investi-mento de retorno. Mas, se trans-forma em um desafio quando a aplicação é feita na agricultura familiar. Isso, porque, em mui-tos casos, projetos de susten-tabilidade produtiva no campo demandam, além de dinheiro para a compra de maquinários ou adequação de procedimen-tos, a necessidade de esperar pelo momento certo de obter os ganhos.

Pedro Arraes destaca que a Embrapa desenvolve trabalhos especificamente voltados para as pequenas propriedades. Es-tes estudos, segundo ele, são focados na realidade e limita-ções desse segmento, quando comparado com as grandes pro-priedades. “A Embrapa tem uma série de atividade diretamente voltadas para a agricultura fa-miliar. Temos cabedal de ciência e tecnologia que pode ser facil-mente aplicado. Temos o proje-to Quintais no Sul, por exemplo,

Embrapa quer viabilizar agricultura sustentável nas pequenas propriedades

que é uma série de frutíferas para renda extra. Temos, agora, o Centro de Pesca e Aquicultura. A aquicultura, especialmente, tem possibilidade de dar uma renda imensa para os pequenos produtores”, disse.

Segundo Arraes, outras ini-ciativas que não são especifica-mente voltadas para a pequena propriedade também podem ser aplicadas, sem grandes custos, pelos agricultores fami-liares. Um exemplo é o melho-ramento do feijão, que, com as pesquisas da empresa agrope-cuária, passou a ser resistente a um vírus que afetava todos os tipos do grão. A questão, segun-do o presidente da Embrapa, é fazer com que toda essa tecno-logia saia dos centros de estudo da Empresa e cheguem ao cam-po, para todos os pequenos pro-dutores.

“Não somos a primeira mola propulsora de tudo isso. Tem uma série de outras politica pú-blicas que tem que vir antes da gente para essas pessoas esta-

rem aptas a receber essas tecno-logias. Muitas vezes o problema deles [pequenos agricultores] não é tecnológico”, declarou Arraes, defendendo um projeto ampliado de educação no cam-po, que aborde tanto a questão produtiva quanto a cidadã.

Historicamente, o trabalho de disseminação de tecnologia

no campo é atribuído aos agen-tes de assistência técnica, um serviço que, sob a esfera públi-ca, vem sofrendo com falta de investimento e espaço ao longo dos últimos anos. “Hoje tem o Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar], onde o produtor tem que fazer projetos, mas muitas

Diminir as emissões de gases do efeito estufa é um dos objetivos da estatal

vezes o agrônomo [que teria que orientar esses projetos] não vai nas propriedades. Acho que tinha que ter um debate não ideológico sobre essa questão, pautado nas necessidade desses produtores. Se não tiver renda, não vai ter sustentabilidade al-guma. Ele vai cortar a mata para fazer lenha. Ele não vai morrer para não cortar a mata”, alertou o presidente da Embrapa.

Para Arraes, por enquanto, existem alternativas que podem ser testadas para suprir essa la-cuna, como uma reorganização dos agricultores e uma parceria de atuação entre a iniciativa pú-blica e privada. “Em Goias, com a produção do leite, os produto-res se organizaram. Eles produ-ziam de 3 a 5 litros de leite. Hoje, alguns deles estão produzindo 300 [litros]. Eles pagam, para cada 15 produtores, um técnico agrícola e cada grupo de técnico, tem um agrônomo que é para quem a Embrapa pode passar conhecimentos para serem mul-tiplicados”, explicou.

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2012 25

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Page 26: Jornal Entreposo | Abril de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201226 Ceasas do Brasil

A partir de abril, a Ceasa Campinas começa a realizar pregão eletrônico em seus pro-cessos licitatórios. Segundo a empresa, o objetivo é dar mais agilidade e transparência as ações desenvolvidas no entre-posto. “A iniciativa faz parte das diretrizes de gestão da nova diretoria da empresa seguindo a orientação e metodologia do prefeito. Queremos agilizar e modernizar a Ceasa e dar cada vez mais transparência às ações no entreposto”, avaliou o presi-dente da empresa, Sérgio Luiz Juliano.

Segundo o gerente admi-nistrativo e de recursos huma-nos da Cerasa Campinas, José Anízio Marim, atualmente os pregões são presenciais, neces-sitam de pelo menos seis fun-cionários e duram entre qua-tro e oito horas. Além disso, o pregão presencial precisa que o representante da empresa interessada em fornecer o ser-viço ou produto participe do

Ceasa de Campinas passa a realizar pregão eletrônico

processo pessoalmente. “Com o pregão eletrônico precisare-mos apenas de dois colabora-dores e conseguimos �inalizar o processo em até duas horas. Também acreditamos poder contar com a participação de mais empresas nas licitações uma vez que elas não terão que estar presentes durante o cer-tame e com isso, inclusive, que-remos reduzir os valores das compras”, informou Marim.

Foi aprovado o requerimen-to feito pela deputada estadual Maria Tereza Lara (PT), em que solicita o encaminhamento de pedido ao governo de Minas Ge-rais para que a gestão do Merca-do Livre do Produtor (MLP) seja compartilhada entre o Estado e a CeasaMinas, porém, manten-do-se a gerência única da estatal.

O pedido de audiência públi-ca foi feito pelos funcionários e pelo presidente da Associação Recreativa e Bene�icente dos Funcionários da CeasaMinas (Arbece), Ronan Siuves Ferreira, que demonstraram preocupa-ção quanto a possível mudança. “Não estamos apenas preocu-pados com o nosso emprego. O grande perigo é que as pessoas de fora não conhecem e não sa-bem o que é uma ceasa. Eu mes-mo, antes de entrar na empresa, não sabia. Consideramos que a gestão dupla não é boa e esta-mos preocupados com o destino da nossa empresa”, disse.

A manutenção do MLP sob a gestão atual também foi defen-dida pelos demais atores envol-vidos na questão. O presidente da Associação dos Comerciantes da CeasaMinas (ACCeasa), Caio

Dias Gomide, leu um documen-to assinado por entidades que representam carregadores, pro-dutores, atacadistas, distribui-dores e supermercadistas. Eles alegaram que a criação de estru-turas administrativas distintas poderia favorecer o comércio irregular, aumentar custos ope-racionais e gerar de�iciências e con�litos. “A gestão deve ser única, compartilhada com o Es-tado”, a�irmou Gomide.

No documento, as entidades explicam que “o MLP é impor-tante local para formação de preços em todo o mercado. É ali que se desenvolve um e�icien-te trabalho de pesquisa, trata-mento, organização de dados e de informações. Esse trabalho, que a CeasaMinas realiza com pessoal técnico e especializado, é de fundamental importância para o produtor e para todo o mercado”. E continua: “a supres-são deste comando único e com pessoal não especializado e sem vivência no mercado seria um enorme retrocesso”. Conclui a carta. O MLP consiste em um pavilhão em que os produtores de hortifrutigranjeiros podem negociar diretamente com com-

CeasaMinas quer manter gestão única nos entrepostos

pradores. Quando a CeasaMinas passou a ser um órgão do gover-no federal, o MLP e a portaria dos entrepostos foram mantidos sob responsabilidade do Estado. Todos os anos, o Estado �irma um convênio delegando a parte operacional, �inanceira e admi-nistrativa à CeasaMinas, mas agora o governo estadual quer retomar a gestão dos espaços.

A manutenção desse geren-ciamento único também tem o apoio do presidente da CeasaMi-nas, João Alberto Paixão Lages. Para ele, a central de abasteci-mento mineira é referência para outros mercados do Brasil e da América Latina e isso só foi pos-sível pelo trabalho dos servido-res ao longo de 40 anos, muitos dos quais ainda estão ativos na empresa. Além disso, Paixão La-ges ressaltou o êxito da gestão compartilhada. “Hoje temos R$ 2,6 milhões em caixa para serem investidos no MLP”, revelou.

“O que defendemos é a uni-cidade das centrais de abasteci-mento, e ela independe do fato de a gestão ser federal, estadual ou municipal”, a�irmou o pre-sidente. O modelo de mercado onde o MLP e o setor perma-

nente (lojas) são integrados é recomendado pela Organização das Nações Unidas para a Agri-cultura e Alimentação (FAO). Altivo Cunha, consultor da FAO, esteve presente na audiência pública. “Nos países desenvolvi-dos, não existe Ceasa dividida”, disse. Os deputados estaduais Almir Paraca (PT) e Fred Cos-ta (PHS) também defenderam a manutenção do atual modelo de gerenciamento do espaço. Os deputados federais por Minas Gerias Saraiva Felipe (PMDB), Diego Andrade (PSD) e Gabriel Guimarães (PT) também esti-veram presentes e integraram o grupo de apoio. “Em time que está ganhando não se mexe”, ar-gumentaram.

O subsecretário de Estado de Agricultura Familiar, Edmar Gadelha, disse que o Estado pode assumir a gestão por for-ça da lei, embora a Lei Delega-da 180/2011, sancionada pelo próprio governador Antonio Anastasia, incentive a integração com outras esferas federativas e permita o compartilhamento de serviços, com o objetivo de promover o desenvolvimento do estado.

Desde o início de abril, os lojistas da CeasaMinas já seguem a Instrução Nor-mativa número 9, que de-termina como devem ser as embalagens utilizadas para transportar os produtos. Neste primeiro momento, apenas produtores de bana-na e tomate deverão seguir a nova legislação.

A IN 9 foi elaborada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Inmetro e Avisa.

A norma determina que frutas, verduras e legumes sejam transportados em caixas plásticas padroniza-das e sanitizadas ou ainda em caixas de madeira ou papelão de primeiro uso. Com o objetivo de facilitar o cumprimento da legislação, em 2011, um banco de cai-xas plásticas foi inaugurado dentro da unidade de Con-tagem.

O banco tem capacidade de higienizar 500 mil caixas por mês. A ideia é que essa capacidade seja ampliada para 3.600.000 caixas men-salmente. Desde o início do ano, empresas homologa-das montaram estandes no Mercado Livre do Produtor (MLP), o que permite que a compra de caixas possa ser feita dentro da CeasaMinas.

Até agora, mais de 80% dos lojistas da CeasaMinas que vendem esses produ-tos já se adequaram à nova regra. Em pontos onde os bancos de caixas plásticas estão presentes, esse núme-ro chega a 100%.

Neste primeiro momento, apenas produtores de banana e tomate devem seguir a nova legislação

CeasaMinasadota novo sistema deembalagenspadronizadas

EMBALAGEM

Diferença

O pregão é uma modalida-de de licitação para adquirir bens e serviços em que a dis-puta pelo fornecimento é feita em sessão pública, por meio de propostas e lances e vence quem oferecer o menor preço. Há dois tipos de pregão, o pre-sencial e o eletrônico.

Para o pregão presencial a empresa interessada em forne-

cer o serviço ou produto apre-senta uma proposta por escrito e documentação minutos antes do pregão e envia um represen-tante para estar pessoalmente na sessão.

Junto com outros interessa-dos o representante vai apre-sentando lances para baixar o valor até que se chegue num vencedor, como um leilão.

No pregão eletrônico é agendado o horário da sessão e os interessados fazem o cre-denciamento prévio e partici-pam da sessão virtual, on line por meio do site, de qualquer lugar, apresentando seus lances até chegar em um vencedor.

Para participar do pregão a empresa interessada precisa estar habilitada e com toda do-cumentação exigida pela legis-lação e pelo edital do processo que é elaborado por técnicos e pelo corpo jurídico da empresa. No caso do pregão eletrônico a empresa se cadastra no sistema do Banco do Brasil.

Page 27: Jornal Entreposo | Abril de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2012 27Ceasas do Brasil

Tomate

29,7%Couve-florMorango

49,9%24%Mandioquinha

-7,9%

De acordo com a Ceagesp, mesmo com a alta 4,61% nos preços dos principais produ-tos comercializados na estatal em março, a maioria dos itens, principalmente, em legumes, verduras e diversos apresen-tam boa qualidade, volume ofertado satisfatório e preços atrativos para o consumidor.

“O aumento nestes setores deve-se a recuperação nos pre-ços, que estavam próximos ao de custo, e também uma maior procura, já que o clima estava quente e impulsionou o con-sumo”, afirma o economista da companhia, Flávio Godas. No ano, o indicador registra retra-ção de 0,34% e, nos últimos 12 meses, queda de 9,57%. Após as quedas consecutivas nos preços, o setor de legumes computou elevação de 14,55%.

Pimentão amarelo (44,9%), va-gem (39,2%) e tomate (29,7%) tiveram as principais altas. As retrações nos preços ficaram por conta do tomate caqui (-14,7%), da mandioquinha (-7,9%) e da berinjela japonesa (-7,7%).

Outro setor a retomar os patamares dos preços foi o de verduras, com elevação de 12,46%. As principais altas foram da couve-flor (49,4%), do coentro (48,2%) e da salsa (23,7%). O rabanete (-17,9%), a catalonha (-13,3%) e o almei-rão PA (-10,6%) foram respon-sáveis pelas principais baixas nos preços.

Já o setor de diversos apre-sentou ligeira elevação de 3,86%. As principais elevações foram dos ovos e do alho nacio-nal. Já as principais quedas fo-

ram registradas em coco seco, amendoim e da batata lisa.

Em razão do consumo aquecido do período da qua-resma e da Semana Santa, o se-tor de pescados teve aumento nos preços de 4,05%. Tainha, pescada e atum foram os prin-cipais aumentos do setor. E as baixas ficaram por conta de sardinha, da cavalinha e polvo.

Aspectos sazonais e deman-da aquecida do setor foram os principais motivos para a leve alta das frutas de 2,11%, cujas principais elevações foram da

Índice Ceagesp fecha março com elevação de 4,61%

manga Palmer, do kiwi estran-geiro e do morango. As quedas foram registradas em maçã es-trangeira, jaca e pera Willians.

Tendência

O primeiro trimestre de 2012 foi caracterizado por chu-vas com menor intensidade, di-ferentemente do histórico dos anos anteriores. Com a estabili-dade das condições climáticas, esta é a expectativa também para abril. “Ou seja, os preços não devem apresentar fortes

oscilações e as hortaliças de-vem figurar entre as opções de compra para os consumidores”, explica Godas.

O setor de frutas deve se-guir em estabilidade. Frutas de época como caqui, tangerina, maracujá, entre outras, além das tradicionais banana, ma-mão e limão, devem seguir en-tre as sugestões de oferta. “Já para os pescados, a tendência é de redução nos preços no setor, passada a Semana Santa, de-vido à queda na procura pelos produtos” prevê Godas.

Pescada

30,5%

Page 28: Jornal Entreposo | Abril de 2012

JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201228 Transporte

Mercedes-Benz apresenta nova linha de caminhões Euro 5 aos permissionários do CearáMontadora aposta na proximidade com o cliente para alavancar as vendas e agrega tecnologia no transporte de hortifrutigranjeiros

Os permissionários, vende-dores e compradores da Ceasa de Maracanaú, cidade vinha à Fortaleza, que ainda não co-nheciam os novos caminhões Mercedes-Benz, puderam acom-panhar de perto a apresentação da linha que já conta com a avançada e exclusiva tecnologia BlueTec 5, atendendo ao Pro-conve P-7. Mais econômicos e ecológicos, os veículos tiveram o visual reformulado e foram expostos no estacionamento do entreposto Cearense. “Renova-mos completamente a nossa li-nha não apenas para atender a legislação. Aproveitamos para implementar novos itens que agregam conforto, sofisticação e força aos caminhões”, afirmou Tânia Silvestri, diretora de ven-das de caminhões da Mercedes-Benz do Brasil.

O Circuito Ceasa faz parte da ação de vendas da montado-ra alemã para voltar a liderar o mercado nacional e que pre-tende atingir o cliente em seu “habitat natural”, nas diferentes aplicações e regiões do país. “Decidimos fazer um trabalho bastante pulverizado e o Cir-cuito Ceasa é muito importante. Trata-se de um grande mercado e como tal, merece atenção per-sonalizada”, explicou Tânia

Antonio Mauro de Souza

Apesar de assumir a previ-são de queda nas vendas de ca-minhões no ano de 2012, o pre-sidente da Mercedes-Benz do Brasil, Jürgen Ziegler, mostrou confiança ao afirmar que não se sente ameaçado por montado-ras chinesas que oferecem cami-nhões por um preço muito mais baixo. “O mercado é bastante diversificado. Não acredito que um cliente que tenha um Mer-cedes vai comprar um chinês. Levamos 60 anos para chegar até aqui. Conquistar a confiança do cliente é um longo processo“, explicou.

Durante o evento de lan-çamento da nova linha de ca-minhões para clientes na con-cessionária Ceará Diesel, em Fortaleza, Ziegler explicou que está previsto um recesso de 10 a 15 % nas vendas em 2012, já que houve uma forte procura no final do ano passado e, com a nova tecnologia Euro 5, os veí-culos ficaram mais caros.

Apesar de ter tomado medi-das temporárias para diminuir a produção, como férias coletivas, o presidente da montadora está otimista e aposta que a tecnolo-gia BlueTec 5 vai empurrar as vendas assim que os transpor-tadores entenderem a impor-tância dessa transição tecnoló-gica. “Trabalhamos muito para conseguir fazer as mudanças necessárias em todos os moto-res e atingir todas as categorias“, completa.

Uchoa, mais conhecido na Ceasa como o Rei do Chuchu, tem 20 caminhões que abastecem a Ce-asa de Maracanaú diariamente. Não resistiu quando conheceu o novo modelo do Accelo 815 na concessionária Ceará Diesel. “Achei mais moderno e bonito”, resume.

Uchoa faz parte da clientela que está disposta a pagar de oito a dez por cento mais caro por um Mercedes-Benz e acredita que não terá dificuldade em en-contrar combustível ou falta de assistência especializada.

“Desde o mês de janeiro, já visitamos 11 unidades da Ceasa em várias regiões para mostrar aos operadores das centrais de abastecimento que a linha de caminhões 2012 traz mais ga-nhos para quem atua no trans-porte de hortifrutigranjeiros”, afirma a diretora.

“Graças à avançada tecno-logia BlueTec 5, os novos cami-nhões da nossa marca oferecem um desempenho superior, com menor consumo de combustível e reduzido custo operacional, assegurando a rentabilidade do cliente. Além disso, propiciam outras vantagens, como mais tecnologia, conforto, segurança e robustez, além do novo design, ainda mais moderno e arrojado”, garantiu.

Presidente não tem medo de montadoras chinesas

Montadora disponibiliza 1.000 caminhões para test drive em todo o Brasil

A Mercedes-Benz colocou cerca 1.000 caminhões da linha 2012 à disposição de clientes para o Truck Test,, ação que en-globa demonstrações e test-dri-ve junto às próprias atividades dos clientes em todo o Brasil.

Com essa expressiva frota exclusiva para o Truck Test, vai aos clientes para que eles pos-sam comprovar, na prática, as vantagens prometidas pelos caminhões da marca como me-nor consumo de combustível e reduzido custo operacional, au-

mentando a rentabilidade dos clientes.

A frota de 1.000 caminhões do Truck Test será distribuída de acordo com as características do mercado de atuação de cada concessionário. Ou seja, todos os clientes terão à disposição os modelos mais indicados para sua atividade de transporte, po-dendo conhecer os potenciais e as vantagens dos novos cami-nhões Mercedes-Benz visando o melhor custo/benefício e maior rentabilidade.

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2012 29

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócioabril de 201230 Transporte

As vendas de veículos no Brasil cresceram 21,02% em março na comparação com fe-vereiro, segundo balanço divul-gado nesta terça-feira (3) pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Au-tomotores).

No mês passado, foram em-placadas 483.643 unidades. Em fevereiro esse número ficou em 399.655. Na comparação com março do ano passado, a eleva-ção é 0,08%. Para a Fenabrave, o movimento de alta se deve à

A partir de 2013, as monta-doras que quiserem ter direi-to ao desconto integral de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializa-dos (IPI) vão ter que cumprir a exigência de ter 55% dos custos da produção relativos a conteúdo regional. A mudança faz parte do pacote de estímu-los anunciado no início de abril pelo governo, com o objetivo de aquecer a economia e ajudar a indústria nacional a enfrentar a crise financeira mundial. O se-cretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alessandro Teixeira, destacou que o novo regime automotivo anunciado ontem visa a agregar valor, além de gerar emprego e renda. “É um programa de incentivo. Não queremos obrigar as empresas a cumprir esforço que não seja factível”, disse.

Teixeira ressaltou ainda que o cumprimento das exigências não implica aumento do pre-ço ao consumidor. “Não é uma obrigação. Trabalhamos a estru-tura de mercado concorrencial em prol do consumidor brasi-leiro. Trabalhamos a estrutura para que a empresa que fizer isso [cumprir 55% de conteúdo regional] tenha a redução dos 30 pontos.

Montadoras com 55% de conteúdo regional terão redução de IPI

O carro dela vai ser mais ba-rato que o do concorrente”, ex-plicou. A diferença entre o novo regime e o que ainda vigora até este ano é a forma de calcular o conteúdo regional. Pelo regime atual, a exigência para conseguir o desconto integral do governo é 65%. No entanto, alguns ele-mentos que não fazem parte da fabricação do veículo, como mão de obra, marketing e propagan-da, são computados para atingir a cota exigida.

“Hoje, tem várias outras coi-sas que não estão afetas à cons-trução do veículo. Agora [com as novas regras, a partir de 2013], a empresa tem que ter, no seu mix de carros, por volta de 55% de peças regionais para ter di-reito aos 30 pontos percentuais de desconto. São insumos es-tratégicos para a construção do carro. Vamos pegar a compra do total que ele [o fabricante] gasta para fazer o carro, sobre o total de compra e, a partir daí, calcu-lar o desconto”, detalhou Teixei-ra. Quanto maior a utilização de peças nacionais na produção do automóvel, maior o desconto de IPI, que pode ser de até 30 pon-tos percentuais. O novo modelo de regime automotivo prevê também a redução adicional de 2 pontos percentuais no IPI para empresas que investirem em pesquisa, desenvolvimento e engenharia.

Agência Brasil

Vendas de veículos têm alta de 21%

em março

maior quantidade de dias úteis - em março deste ano foram 22, contra 19 em fevereiro e 20 em março do ano passado. Conside-rando cada setor isoladamente, no comparativo anual, houve queda nos emplacamentos nos principais segmentos. Cami-nhões e ônibus venderam 5,67% menos no terceiro mês de 2012 ante o mesmo mês do ano an-terior. Já no comparativo com fevereiro, o setor apresentou alta de 20,54%. Automóveis e comerciais leves tiveram queda

de 1,58% na comparação anual e alta de 20,46% na comparação mensal. Já o segmento de motos registrou alta nas duas compa-rações: 3,33% ante março de 2011 e de 23,02% em relação a fevereiro. Na análise pela média diária de vendas, houve queda de 6,05% na comercialização de automóveis em março ante o mesmo mês do ano passado. Segundo a Fenabrave, essa re-tração pode representar um pa-norama preocupante. De acordo com a entidade, o aumento da

inadimplência no setor auto-motivo, que chegou a 5,5% em fevereiro, levou a uma maior restrição dos bancos para a con-cessão de crédito ao consumi-dor. Essa política restritiva im-pactou diretamente nas vendas das concessionárias. “A situação nos preocupa, pois pode afetar a expansão esperada para o ano”, declarou, em nota, o presidente da Fenabrave, Flávio Meneghet-ti. A perspectiva de crescimento para 2012, entretanto, está man-tida em 5,76%.

CRESCIMENTO

Novo Accelo pode ser adquirido pelo Programa

Mais Alimentos

A questão do transporte de carga nas cidades tem sido cada vez mais debatida, prin-cipalmente, como deve ser fei-ta a logística nos entrepostos em médias e curtas distâncias. Para estas aplicações, a mon-tadora Mercedes-Benz oferece diferentes configurações para seu comercial leve, o Accelo nas versões 815 e 1016, cuja aquisição está disponível, até 30 de junho, por meio do Pro-grama Mais Alimentos, criado pelo Ministério do Desenvolvi-mento Agrário (MDA). O pro-grama consiste em uma linha de financiamento especial para que o agricultor familiar possa investir, entre outras coisas, em modernização e aquisição de veículos e de novos equipa-mentos.

Entre as opções, a monta-dora apresenta três de entreei-

xos, uma dessas com 3,1 me-tros o que torna o veículo um VUC (Veículo Urbano de Carga) na cidade de São Paulo. Esta configuração é disponibilizada tanto na versão 815, quanto na 1016, que possui carroceria de 4,5 metros de comprimento.

A diretora de vendas e ma-rketing de caminhões da fabri-cante, Tânia Silvestri, destaca o ganho financeiro com o mo-delo. “A tecnologia BlueTec 5 do novo Accelo propicia um re-duzido custo operacional, com motores até 6% mais econômi-cos e com maiores intervalos de troca de óleo. Atributos como esses conquistaram amplo re-conhecimento no mercado, tanto junto a autônomos, como a empresas de transporte ou de carga própria, distribuidores e atacadistas”, ressaltou.

Outro destaque é o maior

PBT (Peso Bruto Total), a ver-são 815, por exemplo, com capacidade de carga de 8.300 quilos, pode transportar 1.600 quilos a mais do que o 710, com isso, a fabricante marca sua en-trada na categoria oito tonela-das.

Já o Accelo 1016, com 9.600 quilos de PBT, tem a vantagem de 600 quilos a mais que a ver-são anteiror. A novidade ainda possui a opção de instalação de um terceiro eixo, elevando sua capacidade para 13 mil quilos.

O motor do Accelo, tanto na versão 815 quanto 1016, é o OM 924 LA de quatro cilin-dros e 156 cavalos de potência, dotado com tecnologia BlueTec 5, que atende à normatização Proconve P7. Outra novidade é a caixa de direção que permite ao condutor realizar manobras com 10% a menos de esforço.

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JORNAL ENTREPOSTOUm jornal a serviço do agronegócio abril de 2012 31Cá entre nós

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)

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Entre em contato com nossos representantesFábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)www.jornalentreposto.com.br

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Por Manelão

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No dia 31 de março a escolinha da Nos-sa Turma, como carinhosamente é conhe-cida pela família Ceagespiana, comemo-rou seus 14 anos de existência com seus colaboradores e alunos. O voluntariado do amor de Deus se fez presente com os alunos do colégio Madre Paula Montalte, cujo currículo escolar conta com ações de ações sociais. Assim, os jovens estudantes desde cedo aprendem que o voluntariado bem conduzido pode fazer a diferença na sociedade.

O coelho da Páscoa dos funcionários do banco HSBC trouxe ovos e brincadeiras para a garotada. Quando o voluntariado olhou para a cobertura da quadra de es-portes, reformada com recursos oriundos do Fundo de Melhorias e Revitalização da Ceagesp, gostaram do que viram e decidi-ram doar o material para a iluminação da quadra poliesportiva. Foi um grande pre-sente de aniversário!

A Ação Lapa também se fez presente e o Rotary Clube Alto da Lapa veio com a Associação Comercial. O Colégio Módulo trouxe professores e alunos que doaram chocolate a todas as crianças.

A Pastoral da Criança, que segue o

Vem aí a Queima do Alho 2012

ensinamento da saudosa Dra. Zilda Arns, convocou as mães e as crianças da favela da Linha para pesagem medida das crian-ças. Depois disso, participaram de uma celebração eucarística realizada pelo di-ácono Luiz Carlos de Laet, da Paróquia Ambiental Santa Luzia. Após a benção e os parabéns pelos 14 anos da Nossa Turma, todos saborearam o bolo doado pela pa-daria Nativa, tomaram lanche com suco de frutas. A coordenadora da pastoral tomou a palavra e falou com saudades da esposa do permissionário Antonio, da empresa AGP, lembrando que ela participava ati-vamente das atividades da Pastoral e que, mesmo após o seu falecimento, o Toninho continua a mandar as frutas para a cele-bração da vida.

Todas as mães que vieram com seus filhos foram agraciadas com uma colom-ba pascal e as crianças ganharam ovos de Páscoa e brinquedos.

****Os preparativos para a festa da Queima

do Alho estão a todo vapor. As crianças es-tão ansiosas pelo repeteco do balé infantil do Raul Gil e da cantora Rebeca Angel, que no ano passado alegrou a garotada.

O violeiro Amon está com a viola tinin-do; a dupla Taís e Eduardo não vê a hora de se apresentar para a petizada. E todo mundo já sabe a qualidade do show da banda Red Fox.

****Depois do apelo feito neste espaço, as em-presas NK, Pegue & Pese e Pomar Novo decidiram patrocinar a confecção dos uniformes para os alunos da escolinha de futebol da Nossa Turma. A eles, o nosso agradecimento!

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