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UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO ANO 15 - Nº 176 - JANEIRO DE 2015 OS NOVOS DESAFIOS DA AGRICULTURA NACIONAL www.jornalentreposto.com.br MECANIZAÇÃO REVOLUCIONA MERCADO DA BATATA UM JORNAL A SERVIÇO DO AGRONEGÓCIO ANO 16 - Nº 177 - FEVEREIRO DE 2015

Jornal Entreposto | Fevereiro 2015

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Um jornal a serviço do agronegócio

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Page 1: Jornal Entreposto | Fevereiro 2015

um jornal a serviço do agronegócio ano 15 - nº 176 - janeiro de 2015

oS noVoS deSaFioS da aGriCULTUra naCionaL

www.jornalentreposto.com.br

MeCaniZaÇÃo reVoLUCiona MerCado da

BaTaTa

um jornal a serviço do agronegócio ano 16 - nº 177 - FeVereiro de 2015

Page 2: Jornal Entreposto | Fevereiro 2015

anuário2015

PESCADOSApesar de saudável, muitas pessoas encontram diculdades para comprar e preparar peixes. O Anuário Entreposto de Pescados é a solução para este problema. Aqui você pode encontrar qualquer produto vendido pelos atacadistas da Ceagesp com recomendações e ideias de preparo.Um guia útil para todos que apreciam uma boa culinária e trabalham na comercialização destes alimentos.

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Page 3: Jornal Entreposto | Fevereiro 2015

3editorial

19 anos de lavouras biotecnológicas

Apesar da forte oposição, cultivos transgênicos continuam crescendo

Desde 1996, mais de 10 cul-turas de alimentos e �bras

modi�cadas geneticamente tive-ram sua comercialização apro-vada em todo mundo. Segundo relatório do Serviço Internacio-nal para Aquisição de Aplicações Agrobiotecnológicas (ISAAA, na sigla em inglês), 181,5 milhões de hectares foram cultivados com transgênicos no ano passa-do, um recorde.

O documento aponta os EUA como país líder na pro-dução desses cultivos, com 73,1 milhões de hectares. Em segun-do lugar, aparece o Brasil, com 42,2 milhões de hectares plan-tados em 2014. Atualmente, a variedade de lavouras do gênero abrange desde grandes commo-dities, como soja, milho e algo-dão, até frutas e legumes, como mamão, berinjela e, mais recen-temente, batata.

Nesta edição, na qual nossa pauta principal trata desse im-portante alimento básico para a humanidade, um dos destaques é a notícia sobre a liberação da Innate, nome comercial da bata-ta cujo DNA recombinado tor-nou o tubérculo mais saudável e resistente a danos.

De acordo com a empresa norte-americana que a desenvol-veu, essa nova batata gera menor quantidade de uma substância cancerígena quando é frita ou assada e tem menor probabilida-de de �car esmagada durante o transporte.

Contudo, os críticos dos avanços biotecnológicos con-tinuam a atacar as cultivares transgênicas, apesar das vanta-gens econômicas, ambientais e, em certos casos, nutricionais propagadas pela forte cadeia agroindustrial inovadora envol-vida neste segmento.

Na avaliação do ISAAA, as variedades transgênicas são mais produtivas e, portanto, garantem mais oferta de alimentos e ren-da para o agricultor. A entidade ressalta que esses diferenciais competitivos são proporciona-dos pela maior tolerância desses organismos à seca, pragas, doen-ças e herbicidas, fatores que con-tribuem para a consolidação de uma agricultura mais sustentável e capaz de fornecer respostas aos imensos desa�os impostos pelas mudanças climáticas.

Boa leitura.

Como pode uma nação que detém as maiores reservas

hídricas do planeta viver o dra-ma da escassez de água? E como pode a maioria da população de São Paulo e do restante do Brasil assistir tranquilamente o festival da falta de planejamento e de projeto de Estado que os gestores públicos do País e seus aliados vêm impondo, há déca-das, aos brasileiros? Até parece que existe uma acirrada disputa cujo troféu é dado a quem tem a capacidade de fazer a maior lambança.

Infelizmente, o analfabetis-mo político reinante nos meios acadêmicos, empresariais e mi-diáticos se estende à maioria da sociedade e nos impede de evoluir no campo das ideias e ações pragmáticas que pode-riam nos levar rapidamente aos mais altos padrões de desenvol-vimento socioambiental e eco-nômico, algo que toda pessoa

minimamente civilizada deve-ria ter a obrigação de reivindi-car para sua coletividade.

Todos os dias, somos todos submetidos ao concurso inter-minável de besteiras e descul-pas esfarrapadas arrotadas pela maioria dos nossos governantes e seus porta-vozes mal articula-dos, enquanto o erário é assal-tado, a economia não cresce, boa parte dos meios de comuni-cação se esquiva de seu papel e artistas vendidos, em conjunto com pseudointelectuais, tentam defender a cambada espúria que se locupleta das nossas riquezas.

No curto prazo, não há si-nais de mudanças. Daqui a pouco, chega alguém aí e dá mais dinheiro (público) para aquele que está incomodando e, em seguida, este �nge que não sabe de nada. A prostitui-ção e o cinismo ideológicos são, na verdade, a fonte de todo o mal na sociedade brasileira.

Desde os tempos mais remotos da nossa história, a política do toma-lá-dá-cá tem dado muito certo para quem faz seu uso, privando as pessoas dos serviços públicos mais básicos, como sa-neamento, saúde e educação de qualidade.

Agora, o racionamento bate à porta, os escândalos de cor-rupção se agravam, as contas públicas se deterioram e a car-ga tributária �ca mais pesada. En�m, a conta sempre chega para o cidadão pagar. Aí, vem à tona a pergunta que não quer calar: até que ponto vamos su-portar tudo isso, principalmen-te com água, luz, combustível e alimentos mais caros? Apenas o tempo dirá, pois só a sabedoria tem o poder de mudar a sorte de um povo.

*JORNALISTA FREELANCER, ESCREVE SOBRE AGRICULTURA, CIÊNCIA, TECNOLOGIA, MEIO AMBIENTE E ÁREAS AFINS

Disputa acirrada

EDUCAÇÃO GERA CONHECIMENTO, CONHECIMENTO GERA SABEDORIA, E SÓ UM POVO SÁBIO PODE MUDAR SEU DESTINO.”

SAMUEL LIMA, EDUCADOR

opinião

PAULO BERNARDINO*

FEVEREIRO / 2015 I JORNAL ENTREPOSTO

Page 4: Jornal Entreposto | Fevereiro 2015

POUCA OFERTA MANTÉM ALTA NO PREÇO DA BATATA

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Coordenadoria de Comunicação e Marketing: (11) 3643-3945 - [email protected]

Departamento de Armazenagem: (11) 3832-0009 - [email protected]

Departamento de Entreposto da Capital:(11) 3643-3907 - [email protected]

Departamento de Entrepostos do Interior: (11) 3643-3950 - [email protected]

Centro de Qualidade Hortigranjeira: (11) 3643-3827 - [email protected]

Frigorífico de São Paulo (Pescado): (11) 3643-3854 / 3893 / 3953

Portaria do Pescado: (11) 3643-3925

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FRACA - Pouca oferta na comercia l i zação dos produtos no mercado. Tendência de a l ta nos preços .

REGULAR - Oferta equi l ibrada dos produtos comercia l i zados no mercado. Tendência os preços estáveis .

FORTE - Boa oferta dos produtos comercia l i zados no mercado. Tendência de ba ixa nos preços .

FRUTASPavilhão 2ª feira 3ª a 5ª feira 6ª feira Sábado

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6h às 20h 6h às 21h 6h às 20h

6h às 21h 6h às 20h 6h às 21h 6h às 18h

6h às 20h

VERDURASPavilhão 2ª feira 3ª a 5ª feira 6ª feira Sábado

MLP 6h às 21h 12h30 às 21h 12h30 às 22h 14h às 21h

ABÓBORASPavilhão 2ª à Sábado

MSC 8h às 20h

Pavilhão 2ª à 6ª feira Sábado

BATATAS, CEBOLAS E DIVERSOS

6h às 17h6h às 20hBP’s

PESCADOSPavilhão 3ª à Sábado

Pátio da Sardinha 2h às 6h

Pavilhão 2ª à 5ª feira 3ª e 6ª feira

FLORES

5h às 10h30MLP

2h às 14hPraça da Batata

Pavilhão 2ª à 5ª feira 6ª feira Sábado

AP’s 6h às 20h 6h às 21h 6h às 18h

LEGUMES

Diretora Geral: Selma Rodrigues Tucunduva. Diretor Comercial: José Felipe Gorinelli. Jornalista Responsável: Maria Ângela Ramos MTb 19.848. Edição: Paulo Fernando Costa / Carolina de Scicco/ Letícia Doriguelo Benetti / Paulo Cesar Rodrigues / Edson Freitas. Colaboradores: Anita Gutierrez, Manelão, Efraim Neto, Paulo Bernardino.

Periodicidade: Mensal

Redação: Av. Dr. Gastão Vidigal, 1946 Edsed ll - loja 14ACEP 053 14-000Tel.: 11 3831.4875

E-mail:[email protected]

Os artigos e matérias assinadas não refl etem necessariamente, o pensamento da direção deste jornal, sendo de inteira responsabilidade de quem os subscrevem.

CRISE APROFUNDA DEBATE SOBRE A GESTÃO HÍDRICA

QUILO DA CEBOLA CHEGA A US$ 20 NA VENEZUELA

ATACADISTA INVESTE EM NOVA MÁQUINA DE SELEÇÃO DE BATATAS

ESTIAGEM PODE AUMENTAR PROCURA POR ALIMENTOS IMPORTADOS

FALTA DE CHUVA E MÃO DE OBRA SÃO OS MAIORES GARGALOS

ARTIGO: VENDAS DE FLORES PARA O VALENTINE’S DAY

DIVERSOS APLICATIVOS AUXILIAM ROTINA DE CAMINHONEIROS NA ESTRADA

VEJA AS DICAS DE LEITURA

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SAFRA DE ALHO 2014/15 TENDE A SER MELHOR QUE A ANTERIOR 16

AGRICULTORES INVESTEM NA PRODUÇÃO DE ALHO NEGRO

ANÁLISE DO SOLO PARA O SUCESSO DA AGRICULTURA

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JORNAL ENTREPOSTO I FEVEREIRO / 2015

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MAIO 2015 - CEAGESP

Page 6: Jornal Entreposto | Fevereiro 2015

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ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA NA TI BRASILEIRA

artigo

Racionamento não salvaráSão Paulo, diz Aliança pela ÁguaPara rede de ONGs, ações contra a escassez devem ir além da restrição dos dias de abastecimento e da mudança de pressão na rede de distribuição

crise hídrica

POR CARLOS MENI*

A forte expansão do mercado brasileiro de tecnologia da in-formação (TI) nos

últimos anos, está levando as empresas públicas e privadas que atuam neste setor a buscar desesperadamente por pro�ssio-nais quali�cados para atender às seguidas demandas do �sco na-cional, como o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) e o eSocial.

O problema é que esta situ-ação está �cando insustentável porque o País não forma um vo-lume su�ciente de pro�ssionais – embora existam centenas de cursos sobre esta matéria – para a quantidade de vagas abertas todos os dias. O efeito disso é a elevação contínua de salários e benefícios, o que é bom, pois mostra que o nosso mercado está maduro.

Esta constatação é reforçada pelo recente estudo da consulto-ria IDC, segundo o qual o Brasil tem atualmente uma carência de 39,9 mil pro�ssionais de TI. A estimativa é que este número chegue a 117 mil até 2015, uma diferença de quase 200% em me-nos de um ano. Decerto continu-aremos com milhares de vagas a preencher e, provavelmente, te-remos de aumentar a importação de pessoal ligado a esta área.

Tamanho desequilíbrio será extremamente danoso para as empresas, pois a escassez de pro-�ssionais capacitados poderá di-�cultar o crescimento de muitas delas. A formação de mão de obra para vários setores da eco-nomia é, hoje, um dos diversos gargalos que Brasil precisa resol-ver o quanto antes.

O mesmo vem ocorrendo, por exemplo, com a área de enge-nharia, que está sendo obrigada a importar engenheiros porque as faculdades não conseguem dar conta de formar quantidade su-�ciente de pro�ssionais para su-prir as necessidades de um amplo

espectro do mercado, como TI, construção civil, indústria naval, petróleo e gás, meio ambiente, energia, telefonia, aviação civil e militar, indústria aeroespacial, entre outros segmentos.

Há quase 30 anos atuando com tecnologia da informação voltada para escritórios contá-beis e departamentos internos de contabilidade de empresas, identi�car quaisquer mudanças de rumo nesta área e avaliar os impactos às empresas é fácil, algo praticamente automático.

As cerca de 400 mil organiza-ções contábeis existentes, segun-do dados da Federação Nacional das Empresas de Serviços Con-tábeis (Fenacon), estão sendo diariamente bombardeadas com uma in�nidade de mudanças de regras e normas tributárias, tra-balhistas e previdenciárias. Esta situação tem levado esses empre-endimentos a também investir pesado em TI.

Para se ter uma ideia da gran-deza do problema, somente o eSocial, cuja vigência foi prorro-gada para 2015, possui a possi-bilidade de ocorrência de até 44 eventos envolvendo o empregado – como admissão, férias e demis-são –, classi�cados por sua natu-reza em: eventos iniciais; de tabe-las; não periódicos; e periódicos.

Além disso, cada registro re-lacionado a um colaborador tem 130 campos para preenchimen-to, processo que levará um tempo considerável para ser �nalizado. Com tamanha complexidade, so-mente softwares con�áveis e pro-�ssionais totalmente capacitados para o trabalho poderão dar con-ta desta verdadeira avalanche de obrigações acessórias.

(*) CARLOS MENI É DIRETOR-PRESIDENTE DA WOLTERS KLUWER PROSOFT, MULTINACIONAL HOLANDESA ESPECIALIZADA EM DIVERSOS SETORES, INCLUINDO SOLUÇÕES DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA ESCRITÓRIOS CONTÁBEIS

NANDO COSTA DE SÃO PAULO

A crise hídrica que atinge o estado mais desenvolvido do País há três anos se aprofundou nos últimos dois meses. O desarranjo climático, a falta de investimen-tos em expansão e melhorias no setor, o desperdício, a ausência de estímulos ao reuso e à capta-ção de água da chuva, o desma-tamentamento e, por �m, a po-luição resultaram no colapso dos reservatórios que abastecem as regiões metropolitanas da capital e de Campinas.

Atualmente, o Sistema Can-tareira, que supre mais de nove milhões de pessoas no estado, opera com menos de 5% de sua capacidade, e o Alto Tietê, que atende três milhões de habitan-tes, está abaixo de 15%.

Em artigo publicado no jornal britânico �e Guardian no início deste mês, Marussia Whately e Rebeca Lerer, direto-ra de programa e coordernadora de comunicação da Aliança pela Água, respectivamente, ressaltam que o volume de água disponível para abastecer a população dura de quatro a seis meses, se o atual nível de consumo e as previsões de chuvas para os próximos me-ses forem levadas em conta.

“Isso signi�ca que a água pode acabar antes da próxima estação chuvosa, que começa em novembro”, alertam. Recente-mente, o governo paulista anun-ciou que pode lançar um progra-ma de racionamento de cinco dias sem água e dois com, caso as chuvas de fevereiro e março não encham os reservatórios.

A Aliança pela Água, rede que reúne mais de 40 organizações não-governamentais (ONGs), especialistas, coletivos indepen-

dentes e movimentos sociais, está monitorando as respostas à cri-se e apresentando soluções para combater o iminente desastre.

“Hoje, mais de 13 milhões de paulistas estão no limite de uma calamidade pública sem prece-dentes. Nesse cenário caótico, a ausência de liderença política e transparência governamental alimenta o pânico e o medo. Até agora, o governo não delineou um plano de emergência claro para garantir o abastecimento mínimo necessário para os hospi-tais, delegacias, prisões e popula-ção de baixa renda, que não pos-sui estrutura de armazenamento nem dinheiro para comprar água mineral”, criticam.

IMPACTOS NA AGRICULTURA

Em meio à forte estiagem que assola São Paulo e outras re-giões do País, o governo federal está discutindo estratégias para combater o desastre. Em 5 de fevereiro, as ministras do Meio Ambiente (MMA), Izabella Tei-xeira, e da Agricultura (Mapa), Kátia Abreu, se reuniram com os secretários estaduais das duas áre-as para debater o assunto.

“Aqui, no plano federal, eu e minha colega estamos trabalhan-do juntas porque acreditamos no diálogo”, disse Kátia Abreu. Durante a reunião, ela ainda destacou o termo de coopera-ção que será �rmado entre am-bos os ministérios para ampliar o Programa Produtor de Água, da Agência Nacional de Águas (ANA). Tal iniciativa tem por objetivo a redução da erosão e assoreamento dos mananciais nas áreas rurais.

Atualmente, a Empresa Bra-sileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a ANA estão reali-zando um estudo para veri�car o impacto da escassez na agricultu-ra. “Nossa intenção é fazer uma previsão das áreas que podem sofrer com a seca e das áreas que têm recursos hídricos disponíveis para estudarmos a possibilidade de um rearranjo, antecipando um possível aumento da in�ação e uma possível falta de alimen-tos”, explicou.

“Grãos não devem faltar”, reforçou a ministra, lembrando que a preocupação maior é com a região da grande São Paulo, onde existe um cinturão verde de produção de verduras e legumes. “Estamos fazendo levantamen-to minucioso com a Secretaria de Estado da Agricultura”, in-formou.

Caso a situação seja de redu-ção de oferta ou quebra de safra entre os produtores paulistas, a ministra ponderou é possível ele-var a produção desses alimentos em outras áreas irrigáveis do País.

Para a ministra Izabella Tei-xeira, o cenário de abastecimen-to de água no País é “sensível” e “preocupante”. Apesar da pers-pectiva de chuva para os próxi-mos dias na região Sudeste, o diagnóstico é de que nunca se viu nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais (região metropolitana de Belo Horizon-te) uma seca tão grande nos últi-mos 84 anos.

Como resposta à estiagem, o governo federal promete fazer mais parcerias com os estados e criar uma campanha de cons-cientização para que a população passe a poupar mais água.

EFRAIM NETODE BRASÍLIA

JORNAL ENTREPOSTO I FEVEREIRO / 2015

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7notas

As modificações atendem às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

NOSSA TURMA PASSA POR REFORMA

MANELÃO

O nosso mercado está cal-mo e o ar de preocupa-

ção está rondando a cabeça dos produtores, pois a água, que é a fonte de vida anda su-mida e qualidade das frutas, verduras e legumes está com-prometida.

Chegou o carnaval. En-quanto a galera samba e curte a ressaca, pois o ano do brasi-leiro só começa depois da festa de Momo, a comunidade ru-ral vai rezar para Santa Bárbara controlar os raios e São Pedro estará de plantão para mandar chuva de montão e molhar a lavoura que está plantada em nosso chão.

A entidade social Nossa Turma passou por uma gran-de reforma para se adequar ao sistema educacional das creches conveniadas com a prefeitura da cidade de São Paulo. As grelhas da calçada foram substituídas, as paredes pintadas e a cozinha teve seus armários de madeira trocados por mobiliado de aço inox. Assim, �camos obedecendo às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (An-visa). Colocamos piso frio, o mobiliário das salas também foram trocados para atender a criançada do berçário. Apro-veitamos para lembrar que ainda tem vagas para crianças nascidas em 2013.

Os preparativos para a grande Queima do Alho 2015 estão de vento em poupa. Já solicitamos a liberação do es-paço do PBCF junto à gerên-cia do Entreposto. No dia 17 de maio a Ceagesp será o palco da 1ª Etapa do Circuito Quei-ma do Alho 2015, que é o único evento bene�cente com renda totalmente revertida em prol dos trabalhos realizados pela Nossa Turma. O cantor Luigi, o grande intérprete do rock country, já garantiu sua presença em nossa festa. E vai ter muita variedade!

CÁ ENTRE NÓS

Desafios: sempre!

COMEÇO HOJE UM NOVO DESAFIO NA MINHA VIDA, E ESTOU MUITO FELIZ E ESTIMULADO.” ABÍLIO DINIZ

artigo

CELIA ALAS MÉDICA VETERINÁRIA CONSULTORA NA EMPRESA ALAS & OLIVEIRA FOOD SAFETYESPECIALIZAÇÃO: GESTÃO DA QUALIDADE EM ALIMENTOS [email protected]

A frase acima foi dita pelo empresário Abílio Diniz, em nota à Revista Exame, ao refe-rir-se à sua entrada, como presi-dente do conselho, na BRF, uma das maiores companhias de ali-mentos do mundo. Detalhe, o novo desa�o foi aceito pelo em-presário, em 2013, aos 76 anos de idade.

Pergunta: por que alguém na condição de Abílio procura por desa�os, nessa altura da vida?

O desa�o estimula uma das qualidades mais importantes do ser humano: a criatividade. Cor-rer atrás de desa�os é motivador, mantém a cabeça funcionando, dá comichão! E a cada desa�o transposto segue-se uma sensa-ção ótima de aprendizado, supe-ração, conquista e sucesso, não

importando a idade, a atividade ou a condição econômica.

Por isso, não subestime seus colaboradores, desa�e-os!

Como disse Marcel Telles, sócio da AB Inbev à revista Exa-me: “... gente boa explode quan-do você dá uma oportunidade.”

E onde encontrar estes desa-�os? Ora, na área de alimentos, da produção a comercialização, os desa�os estão em toda a parte! Como aumentar a e�ciência na produção, desenvolver apresen-tações mais adequadas às neces-sidades dos clientes, diminuir o desperdício na armazenagem e transporte, valorizar o produto na gôndola, dentre outros.

Crie um ambiente estimu-lante permitindo que os desa�os sejam o combustível da empresa!

TRANSPORTE

FOTON OFERECE FINANCIAMENTO ESPECIAL PARA CAMINHÕES

A Foton Caminhões firmou parceria com o Banco Itaú para disponibilizar ao mercado uma linha de crédito especial que financia seus produtos 3.5 – 11 DT e 3.5 – 14 ST com taxa zero para o prazo de 12 meses com 50% de entrada; taxa mensal de 0.75% para o prazo de 24 meses e 30% de entrada; ou taxa de 0.99% para o prazo de 36 meses com 30% de entrada. De acordo com Bernardo Hamacek, CEO da Foton Caminhões, este plano oferece uma das mais competitivas taxas do mercado nacional e é uma oportunidade para quem pretende ampliar ou renovar sua frota de caminhões leves.

CÂMARA APROVA PROJETO QUE DEFINE JORNADA DIÁRIA PARA CAMINHONEIROS

A Câmara dos Deputados concluiu a votação do projeto de lei (PL 4.246/12), que disciplina a jornada de trabalho e o tempo máximo de direção do motorista profissional, a chamada Lei dos Caminhoneiros. Pela proposta, a jornada diária de trabalho foi fixada em oito horas, com possibilidade de duas horas extras. O texto diz ainda que se for acordado em convenção ou acordo coletivo, a jornada poderá ser estendida por mais duas horas, chegando a 12 horas de trabalho. Além dos caminhoneiros, a legislação também se aplica aos motoristas que trabalham com transporte rodoviário de passageiros.

VOLTA DA CIDE VAI AFETAR CUSTO DO FRETE

O aumento da tributação sobre combustíveis, que entra em vigor na segunda quinzena do mês, afetará os custos das companhias de logística, que devem repassar o aumento aos clientes. As alíquotas de PIS e Cofins subiram R$ 0,22 por litro para a gasolina e R$ 0,15 para o diesel no início do mês. Já a reintrodução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) passa a vigorar apenas em 1° de maio, quando a alíquota de PIS e Cofins terá um recuo na mesma proporção, de forma que o aumento total de tributação para combustíveis seja mantido nos valores acima.

MERCEDES-BENZ APRIMORA CANAL DE VÍDEOS NO YOUTUBE

O Brand Channel oficial da Mercedes-Benz do Brasil no Youtube foi remodelado e, a partir de agora, o canal está organizado por segmentos de caminhões, ônibus, Sprinter e automóveis, facilitando as buscas e compartilhamentos. “O design, a navegação intuitiva e a fácil integração com as redes sociais deixam tudo muito mais simples nesse novo Brand Channel”, afirma Cláudia Campos, gerente de Marketing e Comunicação Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil. Acesse o Brand Channel da Mercedes pelo endereço: www.youtube.com/mercedesbenzbrasil.

LEI DOS CAMINHONEIROS

FEVEREIRO / 2015 I JORNAL ENTREPOSTO

Page 8: Jornal Entreposto | Fevereiro 2015

8 internacional

NOVA BATATA NÃO ESCURECE DEPOIS DE DESCASCADATUBÉRCULO COM CÓDIGO GENÉTICO REESTRUTURADO É MAIS RESISTENTE A DANOS E NÃO LIBERA SUBSTÂNCIA CANCERÍGENA AO SER FRITO OU ASSADO, INFORMA EMPRESA DE BIOTECNOLOGIA

PAULO BERNARDINODA REDAÇÃO

A Innate, nome comercial da batata geneticamente mo-

di�cada desenvolvida pela J.R. Simplot, está prestes a chegar às feiras e seções de frutas, legumes e verduras (FLV) do varejo nos EUA. Segundo a gigante do agro-negócio norte-americano, genes alterados do próprio tubérculo foram usados para ‘desligar’ as funções de alguns de seus outros genes originais. O processo foi realizado a partir do ácido ribo-nucleico interferente (RNAi, na sigla em inglês), técnica conhe-cida como silenciamento gênico.

Parte dos genes desligados são os que produzem a asparagi-na, um aminoácido relacionado com a formação da acrilamida quando as batatas comuns são fritas ou assadas – em testes la-boratoriais com ratos, essa subs-tância elevou o risco de câncer nos roedores. De acordo com a companhia, a Innate também é

mais resistente a danos externos e, depois de descascada e fatiada, ela não oxida rapidamente como as variedades comuns, fato que prolonga seu tempo para o con-sumo e reduz o desperdício.

Por trás desse melhoramen-to genético, que não interfere em seu sabor e valores nutri-cionais, ainda há grandes inte-resses econômicos, pois os agri-cultores americanos jogam fora cerca de 635 mil toneladas de batatas todos os anos, devido a machucados e manchas no pro-duto, o que custa para eles 15% de seus lucros.

Todavia, o Centro para a Segurança Alimentar (CFS, em inglês) está preocupando com a recente concessão de status de produto não-regulado para a Innate por parte do Departa-mento de Agricultura dos EUA (USDA, em inglês), uma vez que os organismos geneticamente modi�cados (OGM) dispensam rotulagem especí�ca por lá. Con-sequentemente, a nova batata será vendida aos consumidores

sem seu conhecimento. “Se esta é uma tentativa de

dar à biotecnologia agrícola uma cara melhor, tudo que isso faz é expor as fragilidades da legislação americana de sementes transgêni-cas”, diz Doug Gurian-Sherman, diretor de agricultura sustentável e cientista sênior da entidade.

Embora a Innate tenha sido desenvolvida sem usar o DNA de outras plantas, ele ressalta que “não sabemos o su�ciente sobre a tecnologia do RNAi para de-terminar se as cultivares criadas por meio dela são seguras para as pessoas e para o meio ambiente”.

De acordo com o CFS, o si-lenciamento gênico pode acabar desligando outros genes além da-queles que são seus alvos especí-�cos, pois muitos genes contêm sequências de DNA similares ou até mesmo idênticas entre si, e os testes atuais não conseguem de-tectar esses efeitos.

A Simplot informa ter con-duzido 140 testes de campo em 15 estados produtores, e também no Canadá, antes de pleitear sua

liberação comercial. Entretanto, a Frito-Lay, maior fabricante de batata chips dos EUA, e a rede de restaurantes McDonald’s anun-ciaram que não planejam usar a Innate em seus produtos.

Para o biotecnologista e ge-neticista Alan McHughen, pes-quisador da Universidade da Ca-lifórnia, o uso da bioengenharia é bené�co e será cada vez mais comum na agricultura.

“Nós comemos alimentos geneticamente modi�cados des-de meados dos anos 1990 e até agora não há nenhum relato de danos provocados por eles”, ar-gumenta. “Isso é um bom histó-rico de segurança. Eu �caria mui-to surpreso se a Innate revertesse essa tendência”, acrescenta.

Atualmente, a Innate aguarda aprovação �nal da agência regu-ladora de alimentos e remédios dos EUA (FDA, em inglês) para ser comercializada. O órgão está analisando como a reestruturação genética alterou a composição química da batata e se isso pode trazer riscos à saúde humana.

JORNAL ENTREPOSTO I FEVEREIRO / 2015

Page 9: Jornal Entreposto | Fevereiro 2015

9internacional

PERU TEM MAIS DE 3,8 MIL TIPOS DE BATATAS

ARGENTINA

ALHO DE MENDOZA: PRODUÇÃO DEVE ULTRAPASSAR 100 MIL TONELADASA província argentina deve pro-

duzir, até o �m deste mês, mais de 100 mil toneladas de alho, segundo dados do Instituto de Desenvolvimento Rural do país. A produção de alho vermelho foi estimada em 45.265 toneladas. Já a produção de alho roxo deve atingir 43.935 toneladas, enquanto a de alho branco deve chegar a 5.501 toneladas.

Segundo representantes da ca-deia produtiva, a qualidade da erva da atual safra é, de forma geral, boa. Entretanto, alguns produtos têm apresentado problemas quan-to ao seu calibre. Os agricultores alegam que as chuvas registradas durante a colheita em novembro e dezembro afetaram diretamente as lavouras, provocando doenças.

INFLAÇÃO

QUILO DA CEBOLA CHEGA A US$ 20 NA VENEZUELA

Poucos produtos agrícolas fres-cos podem ser comprados

com menos de 100 bolívares – cerca de US$ 16 – nos mercados públicos e supermercados vene-zuelanos. “Eu paguei 130 bolíva-res (US$ 20) num quilo de cebo-las, 140 bolívares num quilo de tomates e 120 bolívares em 250 gramas de alho”, informou Lesly Rojas, consumidor que adquiriu esses alimentos em 2 de fevereiro, na Quinta Crespo, em Caracas.

Segundo comerciantes e con-sumidores, os preços das frutas e hortaliças têm aumentado signi-�cativamente nos últimos meses, principalmente os de alimentos como cenoura (120 bolívares o quilo), berinjela (100 bolívares), pimentão (160 bolívares), maçã (80 bolívares), banana (60 bolí-vares) e pêssego (100 bolívares).

Mas a escalada dos preços não ocorre somente por causa da sa-zonalidade das colheitas. “Há di-versos fatores in�uenciando esse aumento. Por um lado, é difícil

para o produtor encontrar fertili-zante e, quando eles conseguem, o preço do insumo está caro. Um saco de ureia, por exemplo, pas-sou de 19 para 270 bolívares. Os intermediários, que pegam a pro-dução no campo e a leva para os mercados, também pressionam os custos”, explica Emmanuel Escalona, diretor da Federação Agrícola da Venezuela.

Outro problema enfrentado pela população venezuelana são as longas esperas. Consumidores que vão aos mercados municipais reclamam que os preços nesses locais estão mais caros que nos supermercados, mas muitos pre-ferem arcar com custos maiores para evitar as �las.

“Nos supermercados, você é obrigado a entrar na �la mesmo se não estiver comprando pro-dutos racionados pelo governo, e ninguém tem tempo para isso”, disse Soraya Rigau, outra con-sumidora que estava na Quinta Crespo no início do mês.

PREÇOS DOS ALIMENTOS DISPARAM E, PARA PIORAR, CONSUMIDORES AINDA ENFRENTAM LONGAS FILAS

MISSÃO DE REABASTECIMENTO

O foguete SpaceX Falcon 9, lançado em janeiro, seguiu

para o espaço levando a doce e crocante maçã da marca Opal para a Estação Espacial Interna-cional. Esta é quinta vez na qual a fruta de cor amarelo-brilhante foi saboreada na órbita terrestre.

Devido aos altos custos lo-

gísticos envolvendo envios de suprimentos para fora da Ter-ra, sua quantidade foi limitada a uma ou duas unidades para cada membro da tripulação, composta por três cosmonau-tas russos, dois astronautas da agência espacial norte-ameri-cana (Nasa) e uma cientista da

Agência Espacial Europeia. “Fornecer as maçãs mais

especiais da nossa linha de pro-dutos a essa tripulação é uma grande honra para nós”, disse Ralph Broetje, proprietário e diretor operacional da Broetje Orchards, em comunicado à imprensa.

MAÇÃS ESPACIAIS

PARA TODOS OS GOSTOS

Embora todo mundo concorde que o local de nascimento da

batata seja a América do Sul, o lu-gar exato de sua origem ainda con-tinua sendo razão de disputa entre o Chile e o Peru. Independente-mente disso, evidências cientí�cas demonstram que o tubérculo foi domesticado há cerca de 10 mil anos na zona andina do sudeste do Peru e nordeste da Bolívia.

As descobertas arqueológicas mais antigas foram feitas na área do Lago Titicaca, no entorno de Ayacucho e no Vale de Chulca. Atualmente, o Peru possui mais de 3.800 variedades de batatas. Elas são de diferentes tamanhos, cores, formas, texturas e sabores, e todas têm o seu lugar na culi-nária local.

O astronauta norte-americano Terry Virts e sua colega italiana Samantha Cristoforetti brincam com as maçãs Opal no ambiente de gravidade zero da Estação Espacial Internacional

@AstroTerry/Twitter

FEVEREIRO / 2015 I JORNAL ENTREPOSTO

Page 10: Jornal Entreposto | Fevereiro 2015

10 entrevista

EXPANSÃO TECNOLÓGICA REVOLUCIONA PRODUÇÃO DE BATATAEntretanto, fatores climáticos e falta de investimentos nos campos do País encarecem o alimento

As lavouras brasileiras de batatas ocupam, aproximadamente, 100 mil hectares, que

produzem 2,5 a 3 milhões de toneladas ao ano, e seu cultivo ocorre em sete estados – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia – e 15 re-giões produtoras.

Mundialmente, são produzidos mais de 300 milhões de toneladas de batatas por ano (em 19 milhões de hectares), área similar à da soja. No Brasil, a variedade ágata representa 60% do total produzido, seguida pela cupido e asterix (15% cada). As variedades markies,

caesar e atlantic completam o mix oferecido (3%, 2% e 3%, respectivamente).

Segundo o gerente geral da Associação Bra-sileira da Batata (ABBA), Natalino Shimoya-ma, o custo de produção e a falta de mão de obra são os principais gargalos do setor. “Além disso, a instabilidade climática já prejudica o cultivo”, alerta. “A previsão é que os preços de-verão continuar elevados nos próximos quatro ou cinco meses”, complementa.

Para enfrentar essa situação, a entidade re-aliza constante trabalho de atualização e capa-citação junto aos seus associados. Nos últimos

anos, a associação organizou viagens técnicas aos maiores países produtores do tubérculo. “Estamos focados na expansão tecnológica, principalmente no que se refere à mecanização no campo”, frisa.

Para o especialista, muitos problemas po-dem ser resolvidos e tecnologias introduzidas nos campos brasileiros, por meio do processo associativista no setor. “No entanto, muitas tecnologias que estão fora de nosso alcance e, por isso, dependemos da sensibilização das autoridades para decidir a favor de todos os segmentos nacionais”, destaca.

ANTONIO CARLOS RODRIGUES

PAULO BERNARDINOCAROLINA DE SCICCODA REDAÇÃO

JORNAL ENTREPOSTO I FEVEREIRO / 2015

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Setor investe em tecnologia e mecanização para suprir a falta de mao de obra, problema constante nos campos agrícolas brasileiros

ÁGATA 60%CUPIDO 15%ASTERIX 15%MARKIES 3%CAESAR 2%ATLANTIC 3%

PRINCIPAIS VARIEDADES

FEVEREIRO / 2015 I JORNAL ENTREPOSTO

Jornal Entreposto - Quais pro-blemas a bataticultura nacional tem enfrentado nos últimos me-ses?Natalino Shimoyama - No perío-do de agosto a outubro de 2014, os preços foram baixíssimos, ou seja, os produtores estavam recebendo menos de R$ 10 pelo saco de 50 kg antes da lavagem. Os principais motivos foram o excesso de oferta em função da perspectiva de falta de água para irrigação e plantio concentrado em abril em algumas das principais regiões produtoras, o que aumentou a produção na-queles meses. Apesar da seca, os produtores conseguiram irrigar e, durante este período, as tempera-turas foram amenas e houve muita luz e dias longos que resultaram em produtividade acima da mé-dia. Mas o baixo poder aquisitivo da população, aliado à ganância do varejo, que paga R$ 0,10 ao produ-tor e cobra R$ 4,00 do consumi-dor, resultou em queda violenta no consumo. Por �m, temos a escassez de variedades. Imagine se todas as montadoras de carros ofertassem somente um modelo de carro da mesma cor? Algo parecido aconte-ce com a variedade ágata. A partir de novembro, os preços melhora-ram, devido à baixa oferta causa-da por problemas hídricos, como o veranico de mais de 40 dias em Minas Gerais, excesso de chuvas, como aconteceu no Sul do País, e calor recorde . E a nossa previsão é de que os preços devam continuar elevados nos próximos quatro ou cinco meses.

JE - Quais são as expectativas do setor em relação ao comporta-mento do mercado interno neste ano?NS - Tudo vai depender do clima, principalmente o excesso de calor, que é prejudicial para a cultura da batata, além, é claro, da disponi-bilidade de água para irrigar. Em algumas regiões, os péssimos resul-tados da safra anterior provocarão a redução da área de plantio, pois muitos produtores �caram extre-mamente descapitalizados.

JE - Quais outros gargalos afetam a produção e o consumo de bata-ta no País?NS - Os gargalos na produção são muitos, porém podemos destacar o alto custo de produção – em média de R$ 25 a R$ 40 o saco de 50 kg – leis trabalhistas inadequadas às necessidades do setor, problemas �-tossanitários e consumidores prio-rizam a aparência e não a aptidão culinária. Também nos afetam o crescimento da distribuição pelas grandes redes de varejo, que pagam pouco ao produtor e vendem mui-to caro ao consumidor, a constante e impiedosa atuação da mídia di-famando a batata como alimento, a insensibilidade do governo para com as cadeias produtivas destina-

das ao abastecimento do mercado interno. Além da batata, muitos outros produtos agrícolas são im-portados desnecessariamente. Atu-almente cerca de 300 mil toneladas de batatas pré fritas congeladas são importaedas. Isso equivale a 600 mil toneladas de batata fresca, ou seja, uma produção que demanda-ria mais 20.000 ha).

JE - Como o senhor avalia o esta-do atual da relação entre produ-tores de batata e permissionários de Centrais de Abastecimento (Ceasas)?NS - Em geral, o relacionamento entre os comerciantes e os produ-tores pode ser ilustrado com a frase: “É cada um puxando a brasa para assar a sua sardinha”. Ou seja, a sar-dinha de um queima, enquanto a do outro �ca crua e ninguém come. Lamentavelmente, a total falta de diálogo impede que problemas simples sejam resolvidos, causando prejuízos imensuráveis. Vou citar aqui alguns exemplos que di�culta esta relação. A classi�cação por diâ-metro permite que tubérculos com menos de 100 gramas estejam mis-turados a outros com mais de 250 gramas no mesmo saco. Os preços

também são trabalhados de ma-neira injusta: o valor combinado é diferente do valor realmente pago. A embalagem é outro custo que o permissionário repassa injustamen-te. Quem sabe um dia a política do ganha-ganha seja adotado.

JE - Quais ações e tecnologias inovadoras a cadeia produtiva da batata têm incorporado à sua produção e distribuição nos últi-mos anos?NS - Através da ABBA, temos organizado viagens técnicas aos principais produtores mundiais de batata (China, Índia, Alemanha etc.) e visitado empresas de diversos segmentos, tais como mecanização, produção de biogás, indústrias de amido e variedades. O que mais vem sendo implantado está rela-cionado à mecanização, principal-mente para a colheita mecanizada de batata, devido à impossibili-dade de utilizar a abundante mão de obra do País. Quanto à distri-buição, podemos dizer que ela está “empacada” há mais de décadas, devido à di�culdade de diálogo en-tre os produtore, permissionários e grande varejo, principais segmen-tos envolvidos nesta questão.

JE - Como tem se comportado o mercado mundial de batata e como esse cenário se reflete no Brasil?NS - No mundo, a produção de ba-tata aumenta sem parar. Em menos de 10 anos, a produção da China aumentou de 65 milhões de tone-ladas (4,5 milhões de hectares) para mais de 100 milhões de toneladas (6,0 milhões de hectares) – maior que a produção de soja no Brasil. Mundialmente, a área plantada e a produção vêm aumentando re-gularmente. Lamentavelmente, no Brasil e em alguns poucos países do mundo, a produção e área plantada estão reduzindo sem parar. Brasil, Argentina e Chile são exemplos de países que estão sendo “englo-bados”, apesar de serem 1.000% autossu�cientes para abastecer e, se necessário, até exportar batatas. A explicação para o aumento ou redução está relacionada à política governamental. Enquanto na Chi-na e Índia a batata é priorizada pelo governo como “mecanismo” de combate a fome, geração de empre-gos e controle de êxodo rural e na Holanda, Bélgica, Alemanha, Es-tados Unidos os governos apoiam diretamente, através de pesquisas

ou até mesmo de subsídios, no Brasil a coisa não é bem assim. O governo não apoia em nada; ao contrário, possivelmente estamos vivendo o pior período da histo-ria da batata e de muitas outras culturas. Temos o maior custo de produção do mundo, as institui-ções de pesquisas estão à deriva, as legislações trabalhistas, ambientais e tributárias são inadequadas, ou seja, ao invés da legislação se ade-quar à realidade, a realidade tem de se adequar à legislação.

JE – Que tem sido feito para me-lhorar esse quadro negativo?NS - Através do processo associa-tivista, podemos resolver muitos problemas e introduzir muitas tec-nologias. No entanto, existem mui-tos problemas e tecnologias que estão fora de nosso alcance e, por isso, dependemos da sensibilização das autoridades, para que elas deci-dam em favor de todos os segmen-tos nacionais. Para que importar se somos autossu�cientes? Para que tributar máquinas que não pos-suem similares no Brasil? Por que não priorizar a geração de centenas de milhares de empregos em vez de favorecer meia dúzia de empresas?

Page 12: Jornal Entreposto | Fevereiro 2015

12 melhoramentos

CAMPO VITÓRIA FAVORECE SETOR DEBATATICULTURA Maior atacadista de batatas da Ceagesp colabora no desenvolvimento de novas variedades

No �nal do ano passado, a es-tiagem fez com que muitos pro-dutores de frutas, verduras e legu-mes diminuíssem a área plantada a �m de controlar o fornecimen-to de água no plantio. Foi o que aconteceu com a Agro Comercial Campo Vitória, empresa que cul-tiva batatas em São Paulo e Minas Gerais e distribui nos entrepostos paulistanos. Mesmo dominando o mer-cado deste tubérculo na Ceagesp, a pro-dutora reduziu dois terços de sua lavoura. Com a diminuição da oferta e o previsí-vel aumento do con-sumo no último mês do ano, o preço do vegetal disparou.

“Em dezembro, a varieda-de ágata foi muito bem cotada. Quem arriscou plantar, mesmo com a falta de água, não se arre-pendeu. Apesar de ter que dimi-nuir a quantidade, o preço com-pensou e a qualidade se manteve excelente”, explica João Carlos Barossi, comerciante. “De qual-quer maneira, a estiagem ameaça todo o setor de abastecimento de alimentos. De�nitivamente, não

temos água para irrigar”, alerta. A Campo Vitória sempre se

destacou na área produção por colaborar no desenvolvimento de novas variedades de batatas e realizar melhoramentos naquelas que já se destacavam no merca-do. “A maioria dos experimentos produzidos com batatas no Bra-sil foram realizados com a nossa

cooperação. Somos uma empresa total-mente inserida no seguimento da bata-ticultura, apesar de também trabalhar com outras hortali-ças. Estamos sempre dispostos a testar no-vidades, não apenas em sementes, mas também em defen-

sivos, equipamentos e tecnologias que colaboram com o setor”, ex-põe Barossi.

Em 2014, o permissionário visitou fazendas de cultivo na China e conheceu as novidades do país que detém a liderança na produção de batatas. “Trouxemos três tipos de semente para testes que vamos realizar ainda este ano. Além disso, �rmamos parceria com um grande produtor de se-

mentes”, comemora. “O conhe-cimento é que permite avanços na produtividade e qualidade do hortifruti. Antigamente, colhía-mos e de oitocentos a mil sacos da variedade de batata monalisa por alqueire. Hoje, conseguimos co-lher de dois mil a 2.400 sacos na mesma área. Tudo isso é resultado dos inúmeros estudos e testes rea-lizados ao longo de vários anos”, complementa o empresário.

BATATICULTURA E DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

Para garantir segurança ali-mentar aos seus clientes, a Campo Vitória atua em parceria com em-presas que desenvolvem sementes e defensivos vegetais e que utili-zam níveis seguros de substâncias químicas. Segundo João Carlos, estas companhias são bastante desenvolvidas tecnologicamente e investem muito dinheiro na me-lhoria da produção agrícola brasi-leira. defende João Carlos. “Acre-dito que se tiver controle sobre o que está sendo utilizado, este ali-mento pode ser consumido com toda a segurança. Se não fossem os defensivos vegetais, a humanidade não teria o que comer atualmen-

te. Estamos constantemente pro-curando soluções para diminuir e o uso de agroquímicos, mas viver sem eles é impossível”, defende o pro�ssional.

MÍNIMO MANUSEIO

O bene�ciamento da batata no Brasil ainda enfrenta grandes barreiras. O produto é um dos únicos do mercado que ainda é embalado em sacos de 50 quilos, o que di�culta o transporte e gera desperdício. A questão do míni-mo manuseio é um ponto que todo o setor de abastecimento de FLV precisa evoluir. Logística, embalagem e classi�cação deviam ser priorizados, mas não é o que acontece.

“A batata enfrenta uma pro-blemática ainda maior, já que as redes varejistas de supermercados utilizam este alimento para atrair clientes”, alerta João Barossi, ci-tando uma conhecida estratégia usada pelo varejo para ganhar o público: ao jogar o preço da bata-ta lá embaixo, a clientela é atraída até o mercado e acaba gastando em outros produtos. “Por isso �ca tão difícil agregar valor e investir em embalagem ou logística. No

varejo, a batata serve apenas como isca. Infelizmente esta é a realida-de: nada atrai mais público do que batata na promoção”, lamenta.

De acordo com o empresário, se a batata fosse comercializada da maneira correta, respeitando-se à questão do mínimo manu-seio e em embalagens adequadas, diminuir-se-ia 25% das perdas. “A cada 100 quilos de batatas colhidas, vinte são jogados fora. E não falo de desperdício apenas no setor de produção e abasteci-mento. Os clientes �nais acabam comprando muito, já que é um produto que vive em promoção, e depois joga fora porque não dá tempo de consumir”, reforça Ba-rossi.

O re�nado trabalho na pro-dução e distribuição de batatas consagrou a Campo Vitória no setor de abastecimento hortifru-tícola. Atualmente, a empresa trabalha com as principais redes varejistas, como Grupo GPA, Rede Dia e Wall Mart. Além dis-so, a permissionária conta com 1800 clientes ativos. “Quase 10% de toda batata produzida no Brasil e destinada para merca-do ‘passa pelas mãos’ da Campo Vitória”, salienta o pro�ssional.

“Quase 10% de toda batata produzida no Brasil e destinada para mercado ‘passa pelas mãos’ da Campo Vitória”, diz João Carlos Barossi, comerciante.

“Quase 10% de toda batata

produzida no Brasil e destinada para mercado ‘passou

pelas mãos’ da Campo Vitória”

CAROLINA DE SCICCO

ANTONIO CARLOS RODRIGUES

JORNAL ENTREPOSTO I FEVEREIRO / 2015

Page 13: Jornal Entreposto | Fevereiro 2015

13tecnologia

A Capanema, empresa pio-neira na seleção de batatas no entreposto paulistano, acaba de investir em um equipamento que promete dinamizar o tra-balho de separação das merca-dorias. Segundo Paulo Shigueo Iyama, proprietário, a nova máquina selecionadora de ba-tatas vai realizar em 15 minutos o serviço que antes levava uma hora para ser �nalizado. “Tra-ta-se de um utensílio projetado especialmente para a Capanema. É muito mais evoluído tecnolo-gicamente e capaz de agilizar as tarefas e melhorar a nossa área de seleção”, a�rma o empresário.

A Capanema é fruto da expe-riência das três décadas em que Shigueo atuou como vendedor na Ceagesp. Além de batatas, a atacadista comercializa alho, cebola e coco e, novamente, vai passar por reformas no box

CAPANEMA INVESTE EM NOVA MÁQUINA DE SELEÇÃO DE BATATASESPECIALISTA NO ATENDIMENTO A VAREJISTAS DE ALTO PADRÃO, ATACADISTAS DA CEAGESP APOSTA EM TECNOLOGIA

para receber a nova máquina e facilitar a higienização do local. Além disso, a empresa visa aten-der às determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabelece normas sobre boas práticas de manipula-ção de alimentos.

Especialista no atendimento aos varejistas mais exigentes, a Capanema segue os padrões de-�nido pela sua clientela, por isso aposta no desenvolvimento da seção de seleção e classi�cação dos produtos hortifrutícolas. “A seleção é a melhor maneira de evitar o desperdício, tanto nos supermercados, quanto nas fei-ras e sacolões. Evitamos ao má-ximo o descarte”, frisa Paulo.

A crescente procura por ba-tatas para fritura fez com que a atacadista aumentasse o pedido da variedade asterix para seus fornecedores. “Há um ano, re-

ESTIAGEM

15minutos é o tempo que a nova

máquina selecionadora vai levar para realizar o que antes

levava uma hora

cebíamos asterix dia sim, dia não. Atualmente, recebemos todos os dias. Por ser uma ba-tata bene�ciada, lavada, os con-sumidores estão preferindo esta variedade”, acredita Shigueo. “Um grande mercado está se abrindo”, completa.

A Agência Paulista de Tecno-logia dos Agronegócios (APTA), por meio da Unidade de Pesqui-sa e Desenvolvimento de Itararé, é a única instituição brasileira certi�cada e cadastrada para a produção de batatas-sementes orgânicas. A certi�cação pelo IBD Certi�cações foi realizada em 29 de outubro de 2014. O cadastro no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem) também foi feito em 2014. Ago-ra, a Unidade, localizada no inte-rior paulista, está apta a produzir e disponibilizar para produtores rurais batatas-sementes orgâni-cas, livre de vírus. A vantagem para os produtores são seguran-ça �tossanitária do material que será plantado, menores custos e diminuição da dependência por sementes importadas.

A produção inicial será de 360 mil quilos de batatas-se-mentes orgânicas, das variedades Ibituaçu, Araci, Araci Ruiva, Ita-raré e Vitória, todas desenvolvi-das pelo Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, com exce-lente qualidade culinária e ide-ais para a preparação de chips e purê, além da variedade Baraka. A Unidade da APTA produzirá ainda batata semente conven-cional dos materiais Ágata e Asterix. “Esses 360 mil quilos de sementes serão usadas para a produção de 180 a 225 hectares de batata, em todas as regiões brasileiras. As sementes estarão disponíveis em 2015”, a�rma Sebastião Wilson Tivelli, pes-quisador da APTA, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

A UPD da APTA de Itararé é pioneira na produção de batatas-sementes orgânicas para disponi-bilização a produtores rurais. A principal vantagem da certi�ca-ção, produção e desmobilização dos materiais está em atender à Legislação Orgânica Brasileira, que exige dos produtores o uso de sementes e mudas produzidas em sistemas orgânicos.

“A partir do momento que estivermos produzindo as se-mentes orgânicas e estas entra-rem para a lista positiva do Mi-nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a produção orgânica de batata terá que usar tais sementes para serem conside-radas orgânicas”, explica Tivelli.

As batatas sementes produ-zidas pela APTA foram limpas de vírus e, consequentemente, os produtores terão acesso a se-mentes em excelente estado �-tossanitário. Outra vantagem é que, atualmente, os produtores de batata costumam importar materiais convencionais da Eu-ropa. A iniciativa da APTA ajuda na redução de custos e na dimi-nuição da dependência externa de sementes. Os produtores de orgânicos, atualmente, utilizam sementes oriundas de cultivos convencionais.

Para a certi�cação de 50 hectares da Unidade de Pesqui-sa da APTA foram investidos, aproximadamente, R$ 400 mil, em aquisição de equipamentos e implementos, como tratores, pulverizadores, grade aradora, grade niveladora, plaina e lâmi-na. Além disso, as câmaras frias da Unidade passaram por revi-são e foram identi�cadas para separar as áreas orgânicas e as convencionais. Um barracão de insumos também foi adequado.

A Companhia de Desenvol-vimento Agrícola de São Paulo (CODASP) recuperou os cami-nhos internos da UPD e o poço de captação de água para irriga-ção. Uma concessionária de ro-dovias também está recuperando a área de proteção permanente do entorno sul das glebas de pro-dução orgânica. Além das bata-tas sementes, a Unidade poderá produzir sementes orgânicas de adubos verdes, milho e cebola.

FERNANDA DOMICIANO, DA AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS (APTA)

APTA TEM A ÚNICA UNIDADE QUE PRODUZ BATATA-SEMENTE ORGÂNICA NO BRASILProdução inicial será de 360 mil quilos de diferentes variedades livres de vírus

Há mais de 30 anos vendendo hortifruti no entreposto paulistano, quase metade

deles também no setor varejista, o comerciante Carlos dos Santos Abreu está preocupado com a crise no abastecimento de água no sudeste do Brasil. “Meu pai já comercializava hortifruti na Ceasa e eu não me vejo trabalhando em algo diferente. Espero que meu �lho seja a terceira geração da família a assumir o posto, mas a falta de chuva me deixa apreensivo quanto ao futuro do nosso setor”, comenta Abreu.

A estiagem em estados produtores fez o preço da batata subir aproximadamente 30% e Campinas, maior cidade fornecedora de Abreu, chegou a registrar altas maiores. Como o pro�s-

sional vende no atacado e no varejo, ele sentiu os danos que a falta de água pode acarretar nes-tes dois elos da cadeia. “Tenho a oportunidade de atuar dos dois lados e entendo as problemá-ticas de ambos, mas a estiagem é o que mais nos assusta”, revela.

Enquanto os consumidores �nais exercitam a criatividade na cozinha para utilizar alimentos mais em conta, fornecedores fecham parcerias com produtores e garantem o abastecimento, pelo menos por enquanto. “A força do varejão da Ceagesp é tanta que em apenas um dia eu vendo o dobro de batatas que comercializo no atacado”, destaca o comerciante. “Mas se não chover, vai faltar alimentos”, alerta.

CRISE HÍDRICA ATRAPALHA VENDAS NO VAREJOEDSON FREITAS

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FEVEREIRO / 2015 I JORNAL ENTREPOSTO

Page 14: Jornal Entreposto | Fevereiro 2015

14

CAROLINA DE SCICCO, DE SÃO PAULO

As importadoras de alimentos que atuam na Ceagesp já perce-bem leve aumento na procura por produtos estrangeiros que, no Brasil, estão sendo castigados pela falta de chuva. A perspectiva para este ano não é animadora para os agricultores nacionais e, segundo especialistas, a estiagem pode se prolongar por mais al-guns meses.

Atenta às demandas do mer-cado, a Cantu, importadora e permissionária, não teme a es-cassez de mercadoria. De acordo com os administradores, a cada ano, a empresa aumenta a sua estrutura, investe em máquinas e equipamentos de bene�ciamento e �rma novas parcerias com as companhias estrangeiras.

Segundo Egidio Beloto, fun-cionário da Cantu que atua no entreposto desde 1968, a insu�-ciência de alimentos é uma rea-lidade e o setor de abastecimento precisa se preparar para prover mercadoria de qualidade e com quantidade. “Este ano, vai faltar cebola por causa da seca. Se não faltar, vai custar muito caro. Nes-te momento estaremos prontos para atender o mercado nacional

com excelentes produtos impor-tados”, garante Egidio.

Atualmente, o Grupo Can-tu emprega cerca de 1300 cola-boradores que atuam em treze empresas e 46 �liais. “Estamos presentes no Paraná, Santa Ca-tarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Alagoas, Bahia e Pernambuco”, frisa Belo-to. Tamanha estrutura colocou o Grupo entre as 10 maiores redes atacadistas do Brasil, de acordo

com pesquisa realizada pela Re-vista Exame no ano de 2014. No ramo de frutas, verduras e legu-mes frescos, o mix de produtos disponíveis para venda passa dos 300 itens, com destaque para ba-tata, tomate, laranja, melancia, mamão, banana, manga, maçã, cebola, melão, abacaxi, pera, uva e tangerina.

As frutas estrangeiras são tra-zidas de várias regiões do mundo e a empresa também importa vi-nhos e alimentos industrializados

ESTIAGEM PODE AUMENTAR PROCURA POR ALIMENTOS IMPORTADOSAtacadista brasileira distribui produtos do mundo todo e dribla crise hídrica

e congelados, possui três granjas para produção de ovos de galinha e de codorna, atua no transporte e adquiriu uma indústria de con-serva, cereais e frutas secas.

Parte do Grupo Cantu ainda trabalha com outro segmento: pneus. A Cantu Pneus foi fun-dada em 2006 e hoje é a maior importadora de pneus do Brasil. Oferece pneus para carga, passeio e pneus industriais. Além de ro-das para caminhão, protetores e câmaras de ar.

A Cantu tem diversidade em alimentos importados. É uma empresa completa, que sabe como e onde investir. Somos garantia de fartura alimentar”.EGIDIO BELOTO

ESCASSEZ

A insuficiência de alimentos está se tornando uma realidade e o setor de abastecimento precisa se preparar para prover mercadoria de qualidade e com quantidade.

zoom

A FMC Corporation, agro-química que atua no Brasil há 40 anos, desenvolve projetos de integração do segmento conven-cional de Proteção de Plantas, Li-nha Fertís e Biológico, com toda cadeia de produção de hortifruti, convênios com instituições de pesquisas, consultores, fornecedo-res e órgãos reguladores. Segundo Flavio Mitsuru Irokawa, gerente de marketing de H&F da FMC Agricultural Solutions, as pesqui-sas permitem que os produtores rurais tenham acesso às soluções combinadas, que vão desde plan-tio à colheita, empregando boas práticas agrícolas na integração

FMC apresenta soluções para lavourasObjetivo é conciliar aumento de produtividade com preservação de água e solo

das tecnologias, da responsabili-dade ambiental com a segurança alimentar. “O que a FMC pro-porciona com estes investimentos é a ampliação da produtividade e rentabilidade dos hortifruticulto-res, o aument do Shelf Life (tem-po de prateleira), além da preser-vação do solo e da água”, explica.

De acordo com o pro�ssional, a preparação dos agricultores ao mundo dos biológicos é um dos fatores chave para a sustentabili-dade da cadeia produtiva. “E são essas tecnologias que proverão manejo de resistência das pragas e doenças dos produtos hortifru-tícolas”, analisa.

O adjuvante Silwet L77, exempli�ca Flavio, é um superes-palhante a base de silicone indica-do para as culturas de batata, ce-bola e alho que pode ampliar em 35 vezes ou mais a área da gota, melhorando a cobertura foliar de forma única e auxiliando a aplica-ção dos inseticidas, herbicidas e fungicidas. Além de economizar água, não precisa de grande do-sagem por hectare, possibilitando melhor logística de aplicação e menor descarte de embalagem.

“Os fertilizantes da linha Fer-tís FMC - produtos especiais, com Crop +, K-Humate - permitem que a planta tenha melhores con-

dições de expressar seu máximo potencial produtivo promovendo melhor absorção e assimilação de nutrientes. Esta linha é focada em oferecer soluções integradas, nu-trir e gerar maior ganho de produ-tividade e qualidade em qualquer cultura”, assegura Irokawa.

O gerente menciona que as tecnologias desta série de fertili-zantes são diferenciadas e inova-doras e proporcionam maior en-raizamento da planta, melhoria na �xação de estruturas reprodutivas, no crescimento de frutos, bulbos e tubérculos, além de plantas mais saudáveis e resistentes a estresses bióticos e abióticos.

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JORNAL ENTREPOSTO I FEVEREIRO / 2015

Page 15: Jornal Entreposto | Fevereiro 2015

15insumos agrícolas

A DuPont Proteção de Culti-vos desenvolveu e implanta

no campo seu Programa Batata, que visa proteger as lavouras contra as doenças requeima e alternária (ou pinta preta), além de pragas como a traça da batata e lagartas de difícil controle.

De acordo com o gerente de marketing da DuPont para a área de hortícolas, o engenheiro agrô-nomo Luiz Grandeza, a metodo-logia desenvolvida pela empresa está amparada na ação de uma linha de produtos de alta tecno-logia: os fungicidas Equation®, Midas®, Curzate® BR, Kocide® WDG e os inseticidas Rumo® WG, Premio® e Lannate®.

A base do DuPont Progra-ma Batata foi desenvolvida a partir dos resultados apurados em mais 30 campos demons-trativos, realizados pela empresa com a consultoria de especialis-tas no manejo agronômico de hortícolas.

“O DuPont Programa Batata contribui para que o agricultor obtenha máxima produtividade e agregue valor e qualidade à produção da lavoura”, resume Luis Grandeza. “Desenvolve-mos o programa com objetivo de auxiliar produtores a tra-çar um caminho seguro para a rentabilidade, pela obtenção de plantas vigorosas e a expressão de todo potencial produtivo da lavoura”, acrescenta o executi-vo. De acordo com Grandeza, os produtos que formam o Du-Pont Programa Batata apresen-

tam formulações modernas. “A bataticultura é de alta comple-xidade no tocante ao controle de pragas e doenças”, continua o gerente, “com a adoção de mé-todos modernos de proteção, o agricultor eleva sua produtivida-de bem como a qualidade de sua colheita”, reforça.

Grandeza destaca, em parti-cular, o sucesso que produtores vêm obtendo com o emprego dos inseticidas do DuPont Pro-grama Batata. Premio® é um in-sumo de alta performance para as lagartas de difícil controle.

“Trata-se de um produto de última geração, que age com alta e�ciência sobre a traça da batata, e outras lagartas migratórias de difícil controle”, observa Gran-deza. Ele ressalta também a im-portância do inseticida Lannate®, “uma tecnologia reconhecida por seu potente efeito de choque e amplo espectro de controle”. Grandeza diz ainda que a linha de inseticidas da empresa, in-cluindo Rumo® WG, permite manejo e�ciente das pragas da batata, com ótima relação custo-benefício e baixa carência.

Programa Batata da DuPont foca produçãoFungicidas e inseticidas são ferramentas para a proteção dos investimentos do produtor em sua lavoura

THIAGO REIS* E REJANE SOUZA*

A batata é o terceiro alimen-to mais consumido no mundo e uma das principais hortaliças produzidas no Brasil. A cultura tem um ciclo vegetativo relati-vamente curto e demanda gran-de investimento no que se refere ao manejo nutricional e também �tossanitário, portanto a utili-zação do fertilizante correto e a aplicação dos nutrientes adequa-dos, no momento mais oportuno (observando o pico de demanda da cultura), são garantias de uma maior produtividade e lucrativi-dade ao agricultor.

A batata é bastante exigente em fósforo, principalmente no início do seu ciclo, pois o nu-triente é fundamental para um bom desenvolvimento do siste-ma radicular e multiplicação do número de tubérculos da cultu-ra. Para atender esta demanda nutricional, é ideal a escolha de um fertilizante de alto desem-penho, que contenha o fósforo com fontes assimiláveis, permi-tindo assim uma maior e�ciência da utilização do nutriente pelas plantas.

O nitrogênio também in-�uencia de forma positiva a pro-dutividade, ajudando a planta a

desenvolver seu sistema vegetati-vo e realizar o ciclo. O uso deste elemento na forma de nitratos apresenta uma excelente alterna-tiva para a sinergia de absorção de outros nutrientes, como po-tássio, magnésio e cálcio, respon-sáveis pelo enchimento (peso dos tubérculos), atividade fotossinté-tica da planta, qualidade de casca e classi�cação, respectivamente.

A cultura também é exigen-te quanto a disponibilidade de cálcio e boro, para um enchi-mento perfeito dos tubérculos e boa formação de casca. Estes nutrientes apresentam maior e�ciência quando aplicados via

solo e proporcionam maior sani-dade da batata, pela boa forma-ção das paredes celulares. Desta maneira, é desejada a utilização de fertilizantes de cobertura, com a presença de cálcio e boro solúveis, atentando-se para ja-nela de absorção, que acontece por volta dos 25 a 30 dias após a emergência e coincide com a prática da amontoa. O uso de fontes que possuam cálcio, boro e nitrogênio nessa etapa não só supre a planta no momento ade-quado como provoca a sinergia de absorção, conforme destacado acima, proporcionando todos os benefícios esperados do cálcio

e do boro para a cultura e um acréscimo de batatas de classi�-cação tipo extra à lavoura, bem como mais sanidade e qualidade do produto �nal.

A Yara, líder mundial em nutrição de plantas, oferece um portfólio completo para atender toda a demanda nutricional da batata, além de um Programa Nutricional que contempla to-das as fases da cultura, para que o produtor consiga uma melhor produtividade e lucratividade em sua lavoura. * ENGENHEIROS AGRÔNOMOS E ESPECIALISTAS AGRONÔMICOS DA YARA BRASIL FERTILIZANTES

Nutrição equilibrada na cultura da batata

De acordo com a DuPont, os produtos Verimark® e Benevia®, para controle de lagartas e inse-tos sugadores, estão em fase de registro pelos órgãos competen-tes. “Aguardamos a aprovação para iniciar a comercialização desses insumos que irão mudar o conceito de produção na cul-tura da batata no mercado brasi-leiro”, ressalta Grandeza.

Em relação aos fungicidas, Luis Grandeza lembra que todas as marcas atreladas ao DuPont Programa Batata são conhecidas do produtor, segundo especi�-

cações de aplicação e controle. “Equation®, por exemplo,

conta com uma reputação de alta con�abilidade, pois há mui-tos anos gera resultados ao agri-cultor na proteção de sua lavou-ra contra as doenças Requeima e Alternária e, recentemente, teve a extensão de uso para controle preventivo de Canela-Preta e Po-dridão Mole, homologada pelo MAPA – Ministério da Agricul-tura, Pecuário e Abastecimento - e ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária”, conclui o executivo.

O DuPont Programa Batata contribui para que o agricultor obtenha máxima produtividade e agregue valor e qualidade à produção da lavoura”.

ANTONIO CARLOS RODRIGUES

PROGRAMA FOI DESENVOLVIDO A PARTIR DOS RESULTADOS APURADOS EM MAIS 30 CAMPOS DEMONSTRATIVOS

FEVEREIRO / 2015 I JORNAL ENTREPOSTO

Page 16: Jornal Entreposto | Fevereiro 2015

16 produção

SAFRA DE ALHO 2014/15 TENDE A SER MELHOR QUE A ANTERIOR

O consumo de alho per ca-pita no Brasil é de 1,50 Kg/habitante/ano. Na

safra de 2014/15 serão necessárias 300 mil toneladas para o abaste-cimento nacional. A demanda mensal será de 2,5 milhões de cai-xas de 10 Kg ou de 83 mil caixas por dia.

A produção nacional abaste-cerá nesse período 40% do con-sumo e os outros 60% serão de alhos importados, principalmente da China (40%) e da Argentina (20%).

No primeiro semestre de 2014, de acordo com o Secex (Sistema Aliceweb), o Brasil im-portou 9.032.986 de caixas de

MARCO ANTÔNIO LUCINI -PRESIDENTE DE HONRA DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PRODUTORES DE ALHO-ANAPA

dita os preços no mercado nacio-nal. No primeiro

semestre de 2014 o volume exportado

de alho para o Brasil, por esses dois países, foi muito se-melhante. A Argentina exportou 4.432.126 caixas no valor decla-rado Fob de US$ 67.590.229,00 com o preço médio por caixa de US$ 15,25. A China exportou nesse mesmo período 4.421.200 caixas e o valor declarado de US$ 34.028.254,00 com o preço mé-dio por caixa US$ 7,70.

Com a média mensal de alhos importados de 1,50 milhões de caixas e o seu baixo preço, com-

preende-se por que o mercado na-cional de alho esteve em baixa no primeiro semestre de 2014.

O alho chinês de US$ 7,70 por caixa declarado na Receita Federal, preço FOB, custou para o importador, após pagar, entre outros encargos, a taxa de anti-dumping de US$ 7,80 por caixa, a TEC de 35%, o ICMS, o frete, a marinha mercante, o despachan-te, aproximadamente R$ 50,00.

O Argentino que domina o mercado nos primeiros meses do ano, após uma alta desvalorização na sua moeda (peso argentino), exportou o alho para o Brasil por US$ 15,25 a caixa. Isso ajudou e muito o mercado a �car em bai-xa. Após pagar todos os impostos para internalização da mercadoria e o frete, o custo da caixa foi de R$ 45,00 para o importador. Foi exatamente esse o preço médio recebido pelos produtores do sul nesse mesmo período.

A oferta nacional de alhos, safra de 2014/15, será de 12 mi-lhões de caixas que tem origem em duas regiões bem distintas: Sul (SC e RS) e o “Cerrado”, especial-mente Goiás e Minas Gerais. O alho do Cerrado para o mercado será 8,50 milhões de caixas e o do Sul de 3,50 milhões de caixas, de acordo com levantamentos feitos pela Anapa.

Para o segundo semestre de 2014 e o primeiro de 2015 pre-vê-se uma melhora no mercado, uma vez que as notícias extrao-�ciais dão conta na redução da produção da China e o aumento nos preços praticados. A venda de alho chinês novo na faixa de US$ 12,00/FOB tem um custo de in-ternalização para o importador de R$ 62,00, superior ao praticado no primeiro semestre de 2014, por isso a expectativa de melhora no mercado.

Além disso, informações vin-das da Argentina dão conta de redução nas áreas de plantio. A expectativa é que voltem a vender alho a partir dos US$ 25,00/caixa Fob, como nas safras anteriores.

Con�rmando-se a menor oferta de Chinês e Argentino no mercado, e principalmente a ten-dência de maiores preços interna-cionais FOB, a safra de 2014/15, em minha opinião, será muito boa, melhor que a anterior.

10 Kg no valor US$ 103.395.098,00, preço Fob declara-do. A média geral por caixa foi US$ 11,45. O volume médio mensal im-portado foi de 1,50 milhões de caixas. Permanecendo essa média o país importará no ano de 2014, 18 milhões de caixas, novo recor-de nacional.

Os dois principais fornece-dores de alho para o Brasil são a China e Argentina. Tradicio-nalmente a Argentina domina a oferta nos meses de dezembro a abril. Por sua vez, a China oferta volumes maiores que os herma-nos nos demais meses do ano e

1,5 kgÉ a quantidade de alho

consumida por cada brasileiro no período de um ano.

JORNAL ENTREPOSTO I FEVEREIRO / 2015

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17especiarias

No Alho Negro do Sítio a produção do alho negro

começou apenas em 2010, mas a história desta empresa teve iní-cio muito antes disso. Em 1945, Shiro Kondo nasceu na colônia japonesa Manchúria, na China, ainda bebê foi para o Japão, com a família, como refugiado. Lá ele cresceu, se formou em Direito e ao completar 23 anos de idade decidiu se mudar para o Brasil. Aqui, Shiro trabalhou em diversas fazendas para sustentar-se e, com agricultores, aprendeu técnicas de cultivo de alimentos na prática. Em 1973 casou-se com Sayoko, sua esposa até os dias de hoje. Re-cebeu um pedaço de terra na colô-nia de Guatapará, interior de São Paulo, como benefício do progra-ma de migração do governo japo-nês. Lá a família então se dedicou à agricultura, tendo como o pri-meiro cultivo o abacaxi.

Em 1981, aconteceu a geada negra (condição atmosférica que provoca o congelamento da par-te interna da planta devido ao frio intenso) e todo o plantio foi perdido. Desta forma, eles foram em busca de alguma especialidade que resistisse às alterações climá-ticas, por isso, escolheram o alho comum. A partir daí a produção que no começo não tinha tanta qualidade por falta de experiên-

ALHO NEGRO DO SÍTIO APOSTA EM TENDÊNCIA JÁ CONSOLIDADA NO JAPÃOCom experiência de mais de 30 anos no cultivo do alho in natura, agricultores japoneses investem na versão fermentada do alimento

cia, com o tempo foi agregada com tratos culturais especí�cos ao alho, e outras técnicas sustentáveis como de compostagem, rotação de culturas, cobertura morta e adubação verde.

Foi no Japão que, no ano de 2006, houve o grande “boom” do alho negro. Nos Estados Unidos existe um projeto que se chama Designers Food, do Instituto Na-cional de Câncer, e que descobriu que o alho é o produto que mais previne o câncer. Depois disso, descobriram que após fermen-tado, ele potencializa estes com-ponentes antioxidantes. Como no Japão, a população é em sua maioria idosa, no momento em que saiu na TV que o alho negro prevenia o câncer, as empresas começaram a se especializar na especiaria. Quando Shiro perce-beu esta crescente de alho negro, passou a produzir este remédio natural com a ajuda da sua esposa.

No início, Shiro fornecia ape-nas para os amigos da colônia japonesa, mas deu tão certo que agora produz para supermerca-dos e empórios de grandes mar-cas. Não foi fácil, mas aos poucos eles estabeleceram um padrão de qualidade e foram conquistando a con�ança dos consumidores. “O alho é colhido uma vez por ano e todo alimento tem sua época de

colheita, ou seja, em determina-do período as pessoas terão mais di�culdade para encontrá-lo. As pizzarias, por exemplo, não po-dem �car sem o condimento e tinha uma época que as outras empresas deixavam de fornecer, aí quando os nossos concorrentes não forneciam, os clientes entra-vam em contato com a gente, e nós sempre tínhamos”, explica o agrônomo Fernando Kondo, �-lho dos fundadores, formado pela Universidade Agrícola de Tóquio e administrador do Alho Negro do Sítio.

Atualmente, a produção do Alho Negro do Sítio se difere das demais pela garantia de origem com alho nobre nacional e por não pasteurizar. Sendo assim, mesmo depois de embalado, o produto continua em seu processo de fer-mentação, o que o deixa ainda melhor com o tempo e também descascado. Com escritório em São Paulo e produção em Gua-tapará, interior de São Paulo, ele trabalha para levar ao consumidor o sabor e a qualidade característi-cos do produto, que passa por um rígido controle de qualidade que vai desde o plantio das sementes até a entrega. Para conhecer mais sobre o Alho Negro do Sítio, aces-se o site http://alhonegrodositio.com.br/.

Por ser um ingrediente in-dispensável em quase todas

as cozinhas, a cebola está entre os vegetais mais consumidos no mundo, o que explica o aumen-to do consumo da cultura pro-porcionalmente ao aumento da população mundial.

Por isso, o Brasil é uma das regiões estratégicas para o grupo de cooperativa agrícola internacional Limagrain. A em-presa atua no Brasil por meio de sua unidade de negócios Ha-zera, responsável por 124 mi-lhões de euros em vendas. Ao lado de outras três unidades, o grupo tornou-se o segundo maior produtor de sementes vegetais do mundo, com 30% das vendas da Limagrain, ou 527 milhões de euros. Entre as 12 espécies vegetais criadas, de-pois do tomate, que representa 28% das vendas da companhia, a cebola, com 15% de market share, é a principal cultura da Hazera.

“Todos os números que envolvem o mercado da ce-bola são grandes. Trata-se de uma cultura bianual, com de-senvolvimento relativamente lento devido ao longo tempo necessário para desenvolver no-

vas variedades, mas de elevado potencial econômico. Por isso, apesar do longo, caro e exausti-vo desenvolvimento de semente híbridas de cebola, estamos in-vestindo no Brasil, utilizando todo o conhecimento da Ha-zera para entregar ao mercado brasileiro variedades adequadas às suas necessidades”, a�rma Yehuda Olshansky, diretor co-mercial da Hazera.

Para atender ao produtor, as pesquisas têm foco na cria-ção de variedades com caracte-rísticas de alta produtividade, capazes de usar menos água e fertilizantes, tolerantes ao frio e à seca, e resistentes a doenças. As pesquisas também são di-recionadas para atender as ne-cessidades dos consumidores, quando as variedades devem ter boas características em termos de sabor, cor, tamanho, quali-dades nutricionais e utilidades culinárias. A empresa também desenvolveu um aplicativo para smartphones com informações sobre todas as doenças que acometem a cultura da cebola. Basta acessar a Apple Store ou Google Playstore e escrever na busca “onion diseases” e fazer o download gratuito.

MELHORAMENTO GENÉTICO NA PRODUÇÃO DE CEBOLASHazera traz ao Brasil sementes com alta produtividade, resistência a doenças e armazenagem

FEVEREIRO / 2015 I JORNAL ENTREPOSTO

Page 18: Jornal Entreposto | Fevereiro 2015

18 artigo

A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DO SOLO PARA O SUCESSO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

São muitos os fatores que interferem na produção agrícola e aquele que podemos interferir mais

facilmente e com maior retorno por Real investido é o bom ma-nejo da fertilidade do solo me-diante a aplicação de corretivos e fertilizantes.

A correção da fertilidade co-meça com uma boa amostragem do solo, pois desta etapa depende o sucesso de todas as outras.

Existem basicamente dois sistemas para lidar com a amos-tragem do solo para �ns de ava-liação de sua fertilidade: um é o chamado convencional, e o outro é utilizado para Agricultura de Precisão (AP).

No sistema convencional, devemos dividir a área total da propriedade em áreas uniformes e fazemos amostragens do solo de modo que o resultado das análi-ses represente uma média da fer-tilidade de cada talhão.

Na AP é necessário maior nú-mero de amostras por talhão do que no sistema convencional. O rigor com a uniformidade não necessita ser tão grande, pois o sistema usa recursos de compu-tação para criar um gradiente

de fertilidade entre os pontos de amostragem, interpolando e distribuindo teores em áreas até mesmo muito pequenas.

Todos os pontos são georrefe-renciados e a partir deles e dos re-sultados das análises, são criados mapas de fertilidade para cada nutriente.

Estes mapas, por sua vez, ali-mentarão o sistema de coman-do das máquinas aplicadoras de corretivos e de fertilizantes que, automaticamente, distribuirão a dose exata me cada pequena par-te da área, fazendo com que as doses cheguem o mais próximo possível do ideal.

Este sistema, via de regra, bai-xa o custo e aumenta a produtivi-dade em relação ao sistema con-vencional, aumentando a margem de lucro do produtor. Porém, como a maioria dos produtores ainda não utiliza AP, trataremos do sistema convencional.

PARA DETERMINAR A UNIFORMIDADE DAS ÁREAS DEVEMOS CONSIDERAR OS SEGUINTES FATORES:

1-TIPO DO SOLO

Observa-se se o solo tem a mesma cor e textura ao longo da área separada como um talhão.

2-POSIÇÃO NO RELEVO

O talhão deve �car na mesma posição no relevo, isto é, ou está no alto,ou na meia encosta ou na

parte mais baixa. Não podemos usar um mesmo talhão que vai deste o topo de um morro até a parte mais baixa, pois a disponi-bilidade de nutrientes é diferente em cada uma destas posições.

3-CULTURA ANTERIOR

O talhão deve ser uniforme quanto à cultura anterior. Isto signi�ca que mesmo em uma área contínua, de mesma cor e textura e mesma posição no rele-vo, deverá ser subdividida se tiver recebido 2 ou mais culturas no mesmo período (cultura de verão ou inverno) e ter o solo amostra-do separadamente.

Observando-se pelo menos os três fatores acima já se podem ter talhões uniformes, mas den-tro dos talhões uniformes, de-vemos coletar o solo em lugares que representem as condições da maioria da área, evitando locais onde ocorreram o que podemos chamar de exceções, tais como: (i) locais onde a enxurrada ar-rastou terra, (ii) locais onde a enxurrada depositou terra, (iii) formigueiros, (iv) locais onde fo-ram armazenados corretivos ou fertilizantes (montes de calcário, por exemplo), (v) locais onde foram amontoados e queimados restos de cultura ou mato. En�m, evitar locais onde foram retirados ou acrescentados nutrientes de forma excepcional.

Respeitada a metodologia de amostragem, é hora de buscar o laboratório para análise do solo.

Por que tanto cuidado com o laboratório?

O laboratório deve ser capaz de fazer as análises com alto pa-drão de qualidade, caso contrário mostrará resultados teores dos elementos diferentes dos que re-almente estão no solo. Com base nos resultados enviados pelo la-boratório é que os agrônomos e técnicos irão calcular as doses de corretivos e fertilizantes a serem usados para a cultura planejada.

Se o laboratório der resulta-dos inferiores aos reais, o agri-cultor utilizará doses maiores de corretivos e fertilizantes, e isto resultará em gastos desnecessá-rios ou até mesmo toxidez, de-pendendo do nutriente e da dose aplicada.

Por outro lado, se os resul-tados forem mais altos que os teores reais, o agricultor utiliza-rá doses menores, e isso levará a uma limitação na produção por “fome” da cultura.

O que se tenta demonstrar nesse texto é que erros no proces-so de amostragem e de análise de solo se acumulam ao longo das diferentes etapas e resultam em mau resultado na produção.

O Departamento de Ciência do Solo da ESALQ tem buscado manter seus laboratórios como referência na qualidade analítica, mantendo a participação no sis-tema de pro�ciência do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) desde seu início, e recentemente conquistou a certi�cação ISO 17025, do Inmetro.

PROF. DR. LUÍS REYNALDO FERRACCIÚ ALLEONI - DOCENTE DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DO SOLO DA ESALQ/USP E ENG. AGR. MARCOS ROSOLEN, ESPECIALISTA EM MANEJO DE SOLO

Esta certi�cação atesta que nossos laboratórios produzem os mais perfeitos resultados analíti-cos dentro das metodologias pa-drões para estes tipos de análises.

Assim, como atualmente as margens de praticadas pelos agri-cultores estão muito apertadas, não há espaço para erros.

O acerto no trato com o ma-nejo da fertilidade do solo pode ser a diferença entre lucro e o prejuízo. Portanto, devemos ter o máximo cuidado na amostra-gem do solo e na escolha do la-boratório.

Sempre devemos optar pelo melhor, pois o custo de analisar o solo é muito baixo em relação ao custo de implantação e ma-nutenção da cultura. Pode-se comparar que economizar na análise do solo pensando no custo deste serviço é como eco-nomizar no sal da comida pen-sando no preço deste tempero no custo �nal do prato. O sal é o ingrediente mais barato, mas sem ele �ca tudo sem gosto.

ANÁLISES

O Departamento de Ciência do Solo da Esalq mantém seus laboratórios como referência na qualidade analítica, mantendo a participação no sistema de proficiência do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) desde seu início.

zoom

JORNAL ENTREPOSTO I FEVEREIRO / 2015

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19artigo

PERSPECTIVAS DE VENDAS DE FLORES PARA O VALENTINE’S DAY 2015ANTONIO HÉLIO JUNQUEIRA *MARCIA DA SILVA PEETZ**

*ENGENHEIRO AGRÔNOMO, DOUTOR EM CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO (ECA/USP), MESTRE EM COMUNICAÇÃO E PRÁTICAS DE CONSUMO (ESPM), PÓS-GRADUADO EM DESENVOLVIMENTO RURAL E ABASTECIMENTO ALIMENTAR URBANO (FAO/PNUD/CEPAL/IPARDES), PROFESSOR DA ESPM E SÓCIO PROPRIETÁRIO DA HÓRTICA CONSULTORIA E TREINAMENTO. **ECONOMISTA SÊNIOR, PÓS-GRADUADA EM COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA E ABASTECIMENTO ALIMENTAR URBANO, SÓCIA-ADMINISTRADORA DA HÓRTICA CONSULTORIA E TREINAMENTO.

No Brasil, diferentemente de um grande núme-ro de outros países dos

dois hemisférios, o Valentine’s Day é, ainda, uma data come-morativa praticamente ignorada pelos consumidores e pelo co-mércio em geral. Apenas as gera-ções mais jovens e de classes alta e média alta vêm cedendo ao seu apelo. Observa-se que 81% das �oriculturas e empresas do ramo de varejo �orícola em todo o Bra-sil a�rmam que o consumidor brasileiro ainda não comemora a data.

Para avaliar a importância e o signi�cado econômico desta data no Brasil, a empresa de Inteligên-cia de Mercado, Hórtica Consul-toria, realizou, entre os dias 2 e 10 de fevereiro, com a colaboração do Sindicato do Comércio Vare-jista de Flores e Plantas Ornamen-tais do Estado de São Paulo - Sin-di�ores, uma ampla pesquisa em toda a Cadeia Produtiva de Flores e Plantas Ornamentais, cujos re-sultados são mostrados a seguir.

A piora recentemente obser-vada nos principais indicadores socioeconômicos nacionais, alia-da ao aumento da in�ação, já se re�ete em menores expectativas de vendas de �ores no mercado interno em 2015, no comparativo com o ano anterior, como se pode

constatar já para o Valentine’s Day 2015. Cerca de 2/3 das empresas setoriais pesquisadas informaram acreditar que a atual situação econômica do Brasil impactará diretamente na perda de merca-do para as �ores neste momento. Há que se observar, ainda, que as menores expectativas de vendas para o Valentine’s Day 2015 estão também correlacionadas às condi-ções mais complicadas do abaste-cimento interno de rosas, uma vez que os fortes índices de calor e a prolongada estiagem observados nas principais zonas produtoras vêm prejudicando sensivelmente a oferta dessas �ores ao mercado interno, tanto em quantidade, quanto em qualidade. No tocan-te às importações, vale registrar que o reaquecimento da econo-mia norte-americana fortalece a demanda pelas rosas ofertadas no mercado internacional, impac-tando preços e disponibilidade de mercadorias. Além disso, a recente valorização cambial do dólar fren-te ao real também contribui para a arrefecer as intenções de consumo no mercado doméstico do Brasil. Por �m, o fato de a data coincidir com o sábado de Carnaval é tam-bém apontado como fator crítico para a redução das expectativas de vendas por 93% das �oriculturas e demais empresas entrevistadas.

As �ores preferidas para pre-sentear no Valentine’s Day 2015 no Brasil – como em todo o mun-do – serão, em 2015, as rosas ver-melhas (55%), seguidas pelos bu-quês ou ramalhetes mistos (27%),

outras �ores vermelhas em geral – com destaque para gérberas e alstroemérias, entre outras (9%) – e orquídeas em vasos, especial-mente phalaenopsis (9%).

Em relação ao ano anterior, as rosas vermelhas mantêm pratica-mente a mesma posição, já que em 2014 representavam 56% das preferências. Por outro lado, ob-servou-se sensível redução para a participação das orquídeas, que haviam atingido, no ano anterior, a posição de 22%. A queda foi compensada pelo crescimento da participação relativa dos buquês e pequenos arranjos �orais, que �cavam anteriormente com ape-nas 9% das opções de compras de presentes. Também se obser-vou uma importante retração na intenção de presentear com cestas comemorativas, opção que, em 2014, angariou 9% das intenções. Em 2015, as preferências deslo-caram-se para pequenos mimos e itens menos custosos.

FEVEREIRO / 2015 I JORNAL ENTREPOSTO

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20 ceasas

A Ceasa Campinas completa em março quatro décadas

de existência, uma trajetória que começou antes da sua fundação, em 1975, com a distribuição de hortifrutigranjeiros improvisa-da, com produtos espalhados pelo chão, em caminhões, em-baixo de lonas ou ainda em lo-cais que não comportavam um volume atacadista.

Segundo os atuais adminis-tradores, ao longo deste tempo, a Central inovou, modernizou, mas nunca se distanciou do seu objetivo: qualidade, compromis-so social e ambiental. Ao contrá-rio, aperfeiçoou e ampliou suas instalações, transformando-se hoje em referência na comercia-

lização de Hortifrutigranjeiros, Flores e Plantas Ornamentais.

Durante estes 40 anos, a Cea-sa desenvolveu importantes ações sociais e de segurança alimentar, e chega a esta data esbanjando vitalidade e modernidade. Uma vanguarda no comércio atacadis-ta reconhecida nacionalmente. São quatro décadas de esforço, dedicação e empenho marcados em sua história.

A Ceasa foi inaugurada no dia 10 de março de 1975, quan-do todos os comerciantes, vin-dos do Mercadão e Jardim do Lago, puderam se instalar no novo local.

Quando se mudaram para a Ceasa, nem todos os comercian-

tes encontraram seu espaço (pe-dra de comercialização) pronto. Só existiam os Galpões Perma-nentes 1 e 2, onde se localizavam os boxes; o Mercado Livre Cen-tral ainda estava em construção.

O Mercado Permanente de Flores e Plantas Ornamentais foi criado em 21de julho de 1993, a partir da fundação da Associação dos produtores e Comerciantes do Mercado de Flores de Campi-nas – Aproccamp.

Produtores que já comerciali-zavam seus produtos na Ceagesp, em São Paulo, liderados pelo proprietário da Mac Flora, im-portante comerciante e produtor de mudas e plantas da região, fo-ram os precursores da ideia.

CEASA CAMPINAS COMEMORA 40 ANOSDO IMPROVISO À MODERNIZAÇÃO: CONHEÇA UM POUCO DA HISTÓRIA DO ENTREPOSTO CAMPINEIRO

A distinção entre cidade e campo é tênue nos dias de hoje. Cidadãos mo-

dernos vivem no campo, agri-cultores moram em cidades e trabalham na roça. O campo está industrializado e a agricultura tornou-se múltipla. É constituída de muitas culturas, diferenciadas entre si por processos históricos, localização geográ�ca, sistemas de produção, condições socioe-conômicas e agrárias, origens e tradições dos produtores rurais.

Historicamente, até a década de 50 o crescimento da agricultu-ra foi fruto da expansão de terras para plantio. Em 60, quando co-meçou a primeira Revolução Ver-de, o uso de máquinas, adubos e defensivos químicos, tornou-se evidente e contribuiu para um vertiginoso aumento da produ-ção agrícola. Foi o início da mo-dernização do setor no Brasil.

Entre as décadas de 70 e 80, pólo de conhecimento nacional foi criado e houve ocupação de áreas das regiões centro-oeste e norte do país por imigrantes su-listas, principalmente.

Tecnologias para produção de alimentos foram desenvolvidas e utilizadas nos Trópicos. O Brasil, nos dias atuais, tem o seu domí-nio. Passamos de grande impor-tador de alimentos, entre 60 e 70, ao quinto produtor mundial de alimentos nos anos 2000.

Para atenuar a contundência da dinâmica deste mercado, vem-se fortalecendo o conceito de ‘de-senvolvimento rural sustentável’. Por de�nição, segundo teóricos, é um processo de transformação no qual a exploração dos recur-sos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimen-to tecnológico se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a �m de atender às neces-sidades e aspirações humanas.

PANORAMA HISTÓRICO DA AGRICULTURA E SEUS IMPACTOS

artigo

*MÁRIO DINO GADIOL

25 milé o número de vagas de

empregos geradas pela Ceasa. A empresa ainda abastece mais de 500 municípios de

todo o Brasil

Desta forma, o agente de in-teresse do desenvolvimento passa a ser o homem e a melhoria da sua qualidade de vida.

Atualmente, novos agentes li-gados a produção e ao consumo vieram à tona. O consumidor de orgânicos e o “produtor-verde”, por exemplo. O primeiro, adep-tos da não utilização de agrotó-xicos e de fertilizantes, optando por uma dieta mais natural e dis-posto a pagar mais por isso; E o segundo, atendendo às exigências do primeiro, produzindo gêneros ecológicos e utilizando modelos alternativos de agricultura.

Dentro do contexto, a Ceasa vem cumprindo seu papel políti-co-sócio-econômico e ambiental. A empresa gera 25 mil empre-gos diretos e indiretos e garante o escoamento dos produtos da agricultura vindos de todo país e até do exterior, além de assegurar milhares de postos de trabalho no campo. É responsável ainda pelo abastecimento de hortifrú-tis de 500 municípios e distribui cerca de 40% das �ores e plantas do setor atacadista do Brasil.

Prestes a completar 40 anos em março, a Ceasa Campinas espera contribuir cada vez mais para o avanço e o desenvolvi-mento da agricultura brasileira, apoiando o seu ator principal: o produtor rural.

*MÁRIO DINO GADIOLI, DIRETOR-PRESIDENTE DA CEASA CAMPINAS

JORNAL ENTREPOSTO I FEVEREIRO / 2015

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21FEVEREIRO / 2015 I JORNAL ENTREPOSTO

Entreposto de Uberlândia terá pavilhões de pescado e autoatacado

Aplicativos auxiliam caminhoneiros na estradaDiversos aplicativos para smartphones e tablets podem colaborar com os motoristas na gestão de sua

rotina de trabalho. Desde os mais simplórios, que mostram a previsão do tempo, até os mais re�nados, que mapeiam postos de gasolina e exibem preços de pedágios. Conheça alguns sistemas que auxiliam frotistas e caminhoneiros na estrada.

TRUCKPAD Com o TruckPad, o cami-

nhoneiro pode acessar ofertas de cargas em todo o Brasil, compar-tilhar sua localização com seus clientes embarcadores e até a família, além de enviar compro-vantes das entregas. As empresas podem contratar caminhoneiros usar e acompanhar a viagem do motorista.

IVECO BRASIL

O aplicativo dispõe de ser-viços práticos para motoristas, como rotas, postos de gasolina, preços de pedágios, consumo de combustível. Desenvolvido pela montadora Iveco, o aplicativo também traz notícias sobre a marca e seus produtos. Simula �nanciamento para quem deseja comprar um caminhão Iveco

THE WEATHER CHANNEL

Com este aplicativo, é pos-sível obter informações sobre o clima do lugar em que o mo-torista está por meio da função “Encontre-me agora”, ou pro-gramar suas localidades prefe-renciais. Noti�cações alertam sobre condições climáticas extre-mas. É gratuito e está disponível para iPhone e Android.

UCARAcompanhe os gastos com

seu veículo, seja com limpeza, manutenção ou abastecimento. O aplicativo tem uma interface simples e de fácil utilização. É possível cadastrar mais de um veículo entre os tipos suporta-dos: carros, motos, caminhões, trailers. Permite visualizar a mé-dia de consumo de combustível.

CONTROLE DE COMBUSTÍVEL TB

Registra os abastecimentos do veículo (pode ser álcool ou gasolina), mostra a média de consumo e controla os gastos dos veículos. É possível ainda gravar lembretes (exemplo: para troca de �ltro ou para revisão). A versão para Android é basica-mente gratuita, mas existe tam-bém a versão paga.

SOCIALFUELEncontre o posto de combus-

tível com o preço mais barato. O aplicativo permite buscar locais de abastecimento conforme a lo-calização do condutor e comparar preços, tanto de gasolina, álcool, GNV ou diesel. Ainda registra histórico de abastecimento, guar-da notas sobre a troca do óleo do motor.

SOS MOTORSEste aplicativo serve para en-

contrar lojas de autopeças, o�ci-nas mecânicas, lojas de pneus e outros serviços necessários para a manutenção do veículo. É possí-vel fazer busca por proximidade, ou ainda listar os estabelecimen-tos por categoria. Um mapa inte-grado dá todas as dicas de como chegar ao local.

WHATSAPP

WhatsApp Messenger é um aplicativo de mensagens multi-plataforma que permite trocar mensagens pelo celular sem pa-gar por SMS. Está disponível para iPhone, BlackBerry, An-droid, Windows Phone, e Nokia e sim, esses telefones podem tro-car mensagens entre si. Como o WhatsApp usa o mesmo plano de dados de internet que você usa para e-mails e navegação, não há custo para enviar mensa-gens e �car em contato com seus amigos. Além das mensagens bá-sicas, os usuários do WhatsApp podem criar grupos, enviar men-sagens ilimitadas com imagens, vídeos e áudio.

Lembrete: Dirigir e utilizar o celular ao mesmo tempo é proi-bido e pode causar acidentes. Esses aplicativos devem ser utili-zados no momento de parada do motorista. Boa viagem!

Estão abertas as licitações para construção e exploração de dois novos pavilhões no en-treposto da CeasaMinas em Uberlândia. O primeiro é o Pavilhão Peixaria, com 259m² de área construída e 221m² de estacionamento, destinado ao comércio atacadista e varejista de pescados, frutos do mar e de-rivados. O segundo é o Pavilhão Autoatacado, com 1.970 m² de área construída e 1.078 m² de estacionamento, para o comér-cio atacadista de gêneros ali-mentícios, hortifrutigranjeiros, cereais, industrializados, produ-tos de origem animal, higiene pessoal e limpeza.

De acordo com o gerente da unidade, Cláudio Rodrigues, produtores, comerciantes, con-sumidores e município serão bene�ciados com a diversi�ca-ção da oferta de produtos gera-da com a construção dos novos pavilhões. “Serão os primeiros pavilhões de pescado e autoata-

cado da unidade”, frisa. No caso do Pavilhão Pescado, a novidade é ainda maior, já que será o pri-meiro do ramo a ser construído em todas as unidades da Ceasa-Minas.

João Felisberto Miranda, chefe substituto da Seção de Unidades do Interior da Cea-saMinas, ressalta que os novos investidores encontrarão um mercado já consolidado, com mais de 200 municípios com-pradores. “O entreposto de Uberlândia é bastante atrativo e será ainda mais com esses dois pavilhões. Eles integram um pla-no de expansão da unidade e ou-tras ações já estão previstas nesse sentido”, acrescenta. No �nal de 2014, a inauguração de um posto de combustíveis dentro do mercado também representou o aumento da diversi�cação dos serviços oferecidos aos usuários.

SMALLSPENDPara não se perder nos gas-

tos diários, esse aplicativo grava todas as pequenas e grandes des-pesas, seja o cafezinho depois do almoço ou o abastecimento do caminhão. O aplicativo ainda exibe tabelas comparativas, que possibilitam visualizar possíveis economias. Gratuito, está dispo-nível para Android e iPhone.

CONVÊNIO FACILITA EXPORTAÇÃO DE FRUTAS FRESCAS BRASILEIRAS

Foi assinado no final do mês de janeiro o primeiro convênio para facilitar a exportação de frutas frescas brasileiras entre a Apex-Brasil e Abrafrutas, que responde por apenas 1% do total de vendas externas do agronegócio. No ano passado, o Brasil vendeu cerca de US$ 630 milhões. Para o presidente da Abrafrutas, Luis Roberto Barcelos, é preciso aumentar a divulgação das frutas brasileiras.

MINISTÉRIO PREVÊ LIBERAÇÃO DE R$ 300 MILHÕES DO SEGURO RURAL EM BREVE

A liberação dos recursos do seguro rural, que estão atrasados desde o ano passado, pode sair em breve. O valor de R$ 300 milhões faltantes do volume prometido para o prêmio do seguro rural 2014 deveria ter chegado às instituições financeiras ainda em 2014, como parte de subsídios que somavam, no total, R$ 700 milhões. O governo chegou a quitar R$ 400 milhões.

SAMSUNG TECHWIN APRESENTA CÂMERA OCULTA PARA USO EM CAIXAS ELETRÔNICOS

A Samsung Techwin apresentará na 10º edição da Feira e Conferência Internacional de Segurança - ISC Brasil, a câmera oculta SNB-6010 que poderá ser utilizada em caixas eletrônicos (ATMs). O evento ocorre de 10 a 12 de março, no Expo Center Norte, em São Paulo. Na oportunidade, a Samsung irá demonstrar em seu estande (localizado à Rua D10) um túnel com a simulação de uma agência bancária e uma loja de varejo, incluindo as suas mais recentes novidades tecnológicas: a câmera oculta acoplada ao caixa eletrônico e a câmera fisheye que permite visão panorâmica.

Acesse a aba Institucional – Licitações no site www.ceasaminas.com.br.

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22

Chef Diogo Ferreira de Araújo

JORNAL ENTREPOSTO I FEVEREIRO / 2015

A cebola, classi�cada como especiaria, é originária da Ásia, sendo a China seu maior pro-dutor. O pico da safra é entre março e setembro, mas ela pode ser encontrada durante o ano inteiro.

A cebola contém �avonoi-des (antioxidantes e anti-in�a-matórios), além de vitaminas do complexo B. A especiaria foi introduzida no continente

americano por Cristóvão Co-lombo, através do Haiti, antiga Hispaniola. Sua raiz, em cama-das e de formato oval, apresen-ta três tipos ou cores (branca, amarela e roxa).

A cebola branca tem sabor mais pronunciado e as amarelas e roxas, mais suave.

Estudos comprovam que, seu uso frequente reduz a inci-dência de tumores de estômago,

intestino e próstata. Apresenta também ação anti cáries, desde que consumida regularmen-te, pelo menos duas unidades por semana. Para compensar o hálito residual, pois seus gases são eliminados pelas vias respi-ratórias, pode se mascar cascas de cítricos, como a laranja, o limão e outros. Boa dica, não?

Mas agora, vamos à nossa receita: Mix de cebola cremoso.

Cebola, a maior das especiarias

250 gramas de ricota fresca5 ovos grandes400 ml de creme de leite UHT 250 gramas de cebolas brancas,

em fatias �nas250 de cebolas roxas, também fatiadas1 xícara de cebolinha verde picada200 gramas de tomate cereja150 gramas, de queijo Gruyere,

ralado grosso150 gramas de azeitonas as pretas,

sem caroço 150 gramas de farinha de roscaSal a gosto, pimenta do reino branca,

páprica picante e um �o de azeite de oliva extra virgem

Receita

Mix de cebolas cremoso Ingredientes: Modo de Preparo:

Programa de Controle de Saúde Médico Ocupacional - PCMSO

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho - LTCAT

Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP

Exames médicos: Admissão, Periódico, Retorno ao trabalho, Demisssionais.

Dra. Ana Maria Alencar (Diretora Médica)

Programas exigidos por lei:

Entre em contato com nossos representantesFábio (11) 3832.4049 / 3835.9576 / 7871.2644End. Edsed II sala 37(em cima da padaria Nativa)

Mensalidades a partir de

R$ 12,00 por funcionário

PAULO COELHO É DESTAQUE NO ENTREPOSTO DO LIVROlegumes da época

O livro conta a jornada de três meses de Paulo Coelho em pere-grinação pelos quase setecentos quilômetros que separam o sul da França, onde teve o início da caminhada, da cidade de Santiago de Compostela, na Galiza. A obra relata a saga de Paulo Coelho que busca pelos mistérios sagrados da magia, seu encontro com um mago italiano, Petrus, que é seu guia e a passagem por um dos três caminhos sagrados da antiguidade.

Quando um viajante acom-panhado de um demônio chega a uma pequena cidade e pede a Chantal Prym que avise a ci-dade: ele oferece dez barras de ouro para que os habitantes da cidade cometam um assassinato. Criticando a ganância e mos-trando que o passado de uma pessoa pode acabar com o futuro de muitas outras, Paulo Coelho mostra como um ser pode acabar com outros.

Neste livro, Paulo Coelho conta a história de uma menina brasileira que provou desde cedo o amargo da decepção amorosa e que fechou seu coração ao amor. Aliciada pela promessa de uma vida melhor, parte para a Europa em busca de uma nova chance. Torna-se prostituta, explora e es-força-se por explicar o inexplicá-vel daquela vida. Recupera ainda a abertura para o amor ao lado de um pintor que conhece num bar.

Este livro narra a história de um jovem pastor chamado Santia-go que, após ter um sonho repeti-do, decide partir em uma longa viagem da Espanha ao Egito, pois, segundo o sonho, é lá, junto às pi-râmides, onde ele irá encontrar um tesouro enterrado. Ao iniciar sua jornada ele se vê lançado em uma imprevisível busca por esclareci-mento sobre os grandes mistérios que acompanham a humanidade desde o início dos tempos.

Paulo Coelho, escritor brasileiro reconhecido internacionalmente, é um dos autores mais procurados pelos leitores do bolsão de livros do Grupo de Mídia Entreposto. Este mês, reunimos cinco obras de Coelho disponíveis. Escolha a sua preferida e boa leitura!

Bata no liquidi�cador os ovos, a ricota, o creme de leite, sal, páprica e a pimenta, até �car cremoso.Em uma tigela grande, incorpore ao creme as cebolas fatiadas e metade da cebolinha picada, o queijo e a farinha de rosca, misturando bem.Coloque a mistura numa forma refratária, untada com azeite de oliva e polvilhada com farinha de rosca. Se preferir, use formas individuais. Decore com os tomates cerejas cortados ao meio e as azeitonas, polvilhe com o restante da farinha e da cebolinha. Leve ao forno a 180° graus, por, aproximadamente 30 minutos, até dourar.Sirva quente, acompanhado de salada verde.

Dica: após fatiar as cebolas, passe-as em água fria para retirar o excesso de acidez, secando-as em papel absorvente.

ONZE MINUTOS O ALQUIMISTA

O DEMÔNIO E A SRTA. PRYM O DIÁRIO DE UM MAGO

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