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JORNAL ESCOLAR - ANO LECTIVO 2007/08 N.º 7 FEVEREIRO 2008 ESCOLA SECUNDÁRIA DO CASTÊLO DA MAIA Baía entrevistado Desporto para todos Págs. 04 e 05 As nossas estrelas Págs. 10 e 11 Os alunos escrevem Sobre a leitura Pág. 12 Sobre a liberdade Pág. 13 Mexe-te!

Jornal ESCM - nº7 - Fevereiro de 2008

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Jornal da Escola Secundária do Castêlo da Maia

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Page 1: Jornal ESCM - nº7 - Fevereiro de 2008

jornal escolar - Ano lectivo 2007/08 n.º 7 FeVereIro 2008

escolA secundáriA do cAstÊlo dA mAiA

Baía entrevistadodesporto para todos Págs. 04 e 05

As nossas estrelasPágs. 10 e 11

os alunos escrevemsobre a leituraPág. 12

sobre a liberdadePág. 13Mexe-te!

Page 2: Jornal ESCM - nº7 - Fevereiro de 2008

Ficha TécnicaDirecção: Licínia Martins, Margarida Santos, José Nuno Araújo Edição: Licínia Martins e José Nuno Araújo Arranjo Gráfico: Margarida Santos. Redacção e repórteres de imagem: Vasco Branco (10ºF), Licínia Martins e José Nuno Araújo. Colaboração: Alunos – 7.ºAno: Diogo Peixoto (7ºB) e João Barbosa (7ºC); 8.ºAno: Joel Baptista (8ºA), Cátia Carneiro e Rita Pais (8ºE); 10.º Ano: Emiliana Silva (10ºB), Ana Silva, António Costa, Francisco Costa, João Dias, Sara Sousa, Tiago Costa (10ºD); Aurélie Mendes e Iolanda Magalhães (10ºH); Ana Ferreira, Carolina Ribeiro, Marlene Granja, Rui Lopes, Tiago Gomes, Carlos Azevedo, Mauro Moreira, Paula Teixeira, Sandra Ferreira (10º J); 11.º Ano: Mariana Sá (11ºD); 12.º Ano: Mariana Pereira, João Barbosa e Ricardo Pinto (12ºC); Professores – Ana Luísa Melo, Armando Cardoso, Elisabete Oliveira, Fernanda Varela, Gorete Porto, Maria Artur Barros, Mário Lopes, Marta Cavadas, Paula Romão, Silvina Pais, Teresa Barbosa; Participações colectivas: Alunos do 11º D e do 11ºE; Clube da Saúde e Clube dos Leitores, grupo disciplinar de Filosofia; o Grupo A “Europa em Movimento”, de Área de Projecto, 12ºano. Tiragem: 500 exemplares. Endereço:[email protected]

F I c h a T é c n I c a

e d I T o r I a l

Q U a d r a s d e s . M a r T I n h o

Num dia chuvoso, um mendigo apareceu, Um misterioso cavaleiro a sua capa lhe deu,Repentinamente, o sol começou a brilharPois S. Martinho esteve lá para ajudar!

João Barbosa, 7ºC

Como é bom comer Castanhas assadasE no magusto verAs meninas coradas!

Joel Baptista, 8ºA

S. Martinho, S. Martinho, Santo do meu coração,Todos os anos me dás vinhoE um tempo que é Verão.

Cátia Carneiro, 8ºE

Acordei, fui passearPara sentir o cheirinhoDas castanhas a assar No dia de São Martinho.

Iolanda Magalhães, 10ºH

Estamos numa época friaMas há tradição a manterToda a gente se arrepiaEnquanto a fogueira não arder!

João Dias, 10ºD

02 SomoS Jornal | FEVEREIRO 2008

Este editorial saiu a

correr, sofreu flexões

de forma, deu saltos

qualitativos a nível do vocabulário

mas, nem com vara conseguiu ser bem

sucedido. Isto porque derrubou barreiras,

falhou o alvo e perdeu o equilíbrio na

trave. Acabou, pela sua inutilidade,

por ser lançado ao cesto (dos papéis).

Marcou três pontos e recobrou o ânimo.

Endireitou-se e começou a pedalar

para atingir a meta. Só patinou, o pobre

coitado, e arranjou uma lesão. Ninguém

se apercebeu da maleita e inscreveram-

no num torneio de ténis de mesa. Aí

ficou tonto e psicologicamente afectado.

Com as poucas forças que lhe restavam

balizou o desporto-rei. Azar – o Vítor

Baía foi a estrela principal. Desmoralizou

e conformou-se: a prática desportiva não

queria nada com ele. Nem os exemplos

dos veteranos do Badminton e do Triatlo

o inspiraram. Salvou-o do desespero um

professor de ioga. Acalmou-o e daí a nada

dançou de vez. Não estou bem certa se

foram danças latinas ou de salão que lhe

ditaram a triste sina. Tivesse escolhido

hip-hop e continuaríamos com editorial.

Assim, irá ser transferido para o jazigo de

família “Fomos Jornal”. Paz à sua escrita.

Licínia Martins (da Direcção do SomoSJornal)

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OPINIÃO

Vale mesmo a pena investir

PAuLA ROMÃOPresidente do Conselho Executivo

A actividade física, quando sustentada no tempo, de forma contínua, é muito benéfica para a saúde em geral e, ainda que não se possa afirmar que aumenta o tempo de vida, é inquestio-nável que ajuda a melhorar significativamente a nossa qualidade de vida, aju¬dando a retardar o normal envelhecimento do ser humano, motivado pela idade e pela inactividade fisica.

Deve ter sido com base neste pressuposto que o governo acabou de baixar a ta-xa de IVA dos ginásios de 21% para 5%, relevando a importância da actividade físi-ca para o nosso bem-estar físico, psicológico e emocional; ou seja, investindo-se na actividade física do indivíduo → aumentam-se os níveis de saúde e bem estar → diminuem as doenças → diminui o investimento nos cuidados médicos. A lógica que mais uma vez preside é, sem dúvida, a economicista (investir na prevenção para de-sinvestir nos tratamentos), só que, desta vez, todos temos a beneficiar, senão vejamos:

Estima-se que 9 a 16% das mortes nos países desenvolvidos estão relacionadas com um estilo de vida sedentário. O estado de saúde de uma pessoa é um factor funda¬mental que se combina com outros determinantes importantes, como a dotação genética, a idade, a alimentação, o meio ambiente, a higiene, o álcool, o tabaco, os comportamentos sexuais, etc.

É claro que a motivação para a prática da actividade física, não se deve, nem pode, circunscrever às preocupações com a nossa saúde sob pena de, qual-quer dia nos dirigirmos ao ginásio como se fossemos tomar um “comprimido”!

A preocupação com a saúde é, sem dúvida, uma preocupação central mas que de-ve, sempre que possível, ser acompanhada pelo prazer da sua prática (pela fruição do movimento), pois assim conseguimos o pleno, ou seja, só assim completamos o ciclo de simultaneamente melhorarmos os nossos níveis de bem estar físico e psicológico.

Todos os que praticam qualquer actividade com prazer sabem bem que, após a sua prática, a sensação de bem estar é indiscritível, logo extremamente benéfica para o nosso organismo.

É, no entanto importante aqui referir que por actividade física não se deve entender apenas actividades de ginásio: andar a pé, fazer jardinagem, subir as escadas em vez de utilizar o elevador, estacionar o carro longe para nos obrigar a deslocar, optar por ir comprar o jornal a pé em vez de utilizar o carro nem que seja para ir até ao quarteirão seguinte, etc, etc.

A técnica é a mesma para qualquer tipo de actividade, seja ela física ou intelectual; também esta última deve ser treinada e exercitada no dia-a-dia, nos nossos gestos mais comesinhos como fazer de cabeça as contas das gramas da fruta, da percentagem do iva a aplicar, do troco a receber, etc, etc.

Actualmente, sabemos que a saúde de um indivíduo resulta da interacção entre o seu patrimó-nio genético, os seus comportamentos, o ambiente físico e a sociedade em que vive. Neste senti-do, deve ser entendida como um recurso para a vida que é necessario aprender a manter e a pro-mover, a fim de que possamos escolher os nossos caminhos e lutar pela nosso projecto de vida.

Enfim, acredito mesmo que o movimento, a actividade, nos ajudam a “encher os nossos depósitos de energia” e nos proporcionam uma performance que nos permite viver da melhor maneira, mais felizes e equilibrados, retardando o envelhecimento, ou seja, não a sobreviver mas sim a VIVER.

Ao longo dos tempos, o desenv olvimento científico e tec-

nológico proporcionou a qualidade de vida tão desejada por

todos os povos e civilizações do mundo, não obstante ve-

rificar-se esta nos países com mais potencial económico e

cultural e também política e socialmente mais organizados.

O homem do mundo desenvolvido, beneficiando dos

progressos nas suas mais diversas vertentes, adoptou

um estilo de vida que o revela dependente da tecnologia,

o que, por sua vez, o arrastou para uma dependência do

sofá. Assim tornou-se num ser menos social, afastou-se

notoriamente da natureza e descurou a actividade física.

O Homem da actualidade mais atento e esclarecido,

apercebendo-se deste desequilíbrio e dos perigos imi-

nentes quer para a saúde física como mental, alerta

para esta realidade e tenta educar no sentido de criar a

necessidade do exercício físico. Deste modo alteram-

se significativamente os hábitos e pessoas de todas as

idades cultivam a actividade física das mais diversas for-

mas, porém, em inúmeros casos, em espaços fechados,

outros poluídos e outros ainda completamente artificiais.

O ser humano não pode prescindir do que o meio natural

lhe oferece, tal como o espaço aberto, a liberdade, a luz, a

cor, o ar, o relevo, os aromas, etc. Então é com ele que se

deve manter em harmonia, nele procurar inserir-se aquan-

do da actividade do seu dia-a-dia, de forma a preservar

o seu bem-estar e sentir-se verdadeiramente completo.

Fernanda Varela Presidente da Assembleia de Escola

A Actividade Física

FEVEREIRO 2008 | SomoS Jornal 03

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A c t i v i d A d e F Í s i c A A c t i v i d A d e F Í s i c A

A Ginástica Rítmica é uma modalida-de onde as competições podem ser indivi-duais ou entre conjuntos de cinco atletas. É um desporto olímpico desde 1984, em Los Angeles, com provas individuais, e em conjuntos desde 1996, em Atlânta. Caracteriza-se pela beleza e complexida-de dos movimentos das suas executantes. Só pode ser praticada por ginastas femi-ninas mas, no entanto, em alguns países como o Japão e os E.u.A., há algumas provas só para homens. utiliza cinco aparelhos diferentes (arco, bola, corda, fita e maças) que são obrigatórios para todas as atletas. As ginastas são avaliadas por um grupo de juízes que se serve de critérios como saltos, equilíbrio, pivôs e flexibilidade. Os elementos corporais de-vem estar sempre em coordenação com o aparelho e com a música escolhida, onde não pode haver voz humana cantada em forma de palavras.

Quando era pequena, a minha mãe era professora de iniciação de Ginástica Rítmica no Boavista Futebol Clube, por isso, comecei a fazer parte da sua classe. Até aos seis anos estive integrada na-quela turma, depois fui para uma mais avançada, onde iniciei a competição. Agora tenho 13 anos e continuo a pra-ticar Ginástica Rítmica de competição. Eu adoro lá estar, porque convivo com as minhas amigas. Acho que é uma mo-

dalidade muito elegante e também difícil, onde temos que aprender a lidar com o nervosismo, quando somos avaliadas em provas. Os aparelhos que eu gosto mais de ver e de praticar são a fita e a bola porque, com eles, podemos fazer elementos muito graciosos e com um elevado grau de dificuldade. Geralmente dedico 3 horas diárias ao treino, embora por vezes seja um pouco complicado de fazer a gestão deste horário com o da escola e com os das demais actividades a que me dedico, tentando obter bons resultados.

Numa das minhas provas em Espanha, reparei que havia, um rapaz que praticava Ginástica Rítmica e que competia com as meninas do seu escalão. Achei engraçado e o jovem tinha uma grande claque que gritava por ele afincadamente. No final da competição o menino conseguiu fi-car, num aparelho, em 2º lugar, o que é bastante bom.

Na minha primeira prova em que dor-mi com as minhas colegas e treinadoras num hotel de 5 estrelas, em Lisboa, uma das minhas colegas lembrou-se de ir bater à nossa porta porque tinha visto um rato no seu quarto. Saímos todas da cama e lá fomos para o quarto dela procurar o rato. Resolvemos ligar para a recepção e andaram os empregados, isto por volta das 3 da madrugada, a procurar o referido

rato. Depois de grande confusão instalada no quarto da minha colega, não apareceu rato algum. Ela resolveu telefonar para a mãe, que em nada lhe podia valer e às tantas lá acalmamos. Concluindo, deve-mos ter dormido cerca de três horas na véspera de uma prova nacional. Ainda hoje, passados 6 anos, nos rimos à conta da confusão que instalámos no hotel, isto por causa de um rato que nunca apareceu, se é que alguma vez existiu.

Durante este meu percurso desportivo já tive vários títulos de campeã e vice – campeã distrital e um título de campeã nacional. Também já participei em al-gumas provas internacionais.

No futuro, espero continuar na gi-nástica a fazer competições, mas só de conjuntos. Pois será difícil con-jugar a ginástica com a faculdade, ou mesmo com o ensino secundário.

Gostaria que no nosso país dessem mais importância ao trabalho que se faz nesta modalidade pois é das poucas que, vai conseguindo ter ginastas presentes, com regularidade, em provas de grande destaque a nível internacional, como por exemplo, a Taça do Mundo, Campeona-tos do Mundo, Campeonatos da Europa e Jogos Olímpicos.

Rita Pais, 8ºE

eu comecei a treinar no Gueifães com apenas 7 anos, porque a minha irmã, que já lá jogava, me incentivou. confesso que no início a ideia não me agradou muito. Fui, portanto, a um treino com a condição de que se não gostasse, não mais iria. mas ao contrário do que inicialmente pensava gostei de tudo: do treinador, dos colegas de equipa, dos treinos, etc. Fui treinando e o gosto pelo voleibol cresceu cada vez mais. Aos 12 abdiquei da aeróbica, desporto que praticava paralelamente, para me dedicar totalmente ao voleibol.

Ao fim de todos estes anos que lá passei, apren-di muita coisa importante para o meu crescimento enquanto “pessoa”. muito do que sei hoje devo-o ao G.d.c.Gueifães. como tal, tenho uma dívida de gratidão para com este clube.

Hoje em dia o meu amor à modalidade é imenso, e por isso, procuro conjugar o horário escolar com o horário dos treinos porém, nem sempre é fácil, mas prazer de jogar, aliado a algum sacrifício e prescindindo de outras actividades lúdicas, tudo supera. É preciso é ter força de vontade e gostar do que se faz.

Julgo que o voleibol me permitiu conhecer muitas pessoas e muitos lugares diferentes. Acredito, por-tanto, que foi graças a este desporto que fiz amizades para a vida inteira.

nunca me hei-de esquecer do estágio de verão que fiz no Brasil pela selecção nacional de cadetes.

Para o futuro espero, para além de continuar estudar e a obter resultados positivos, integrar a selecção nacional de voleibol.

Mariana Pereira, 12ºC

Ginástica rítmica

04 SomoS Jornal | FEVEREIRO 2008

Voleibol

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embora o tempo seja escasso, a actividade física faz parte

integrante do corpo docente desta nossa escola (pelo menos

em teoria). Que o digam os professores que ora caminham dia-

riamente uma hora por dia, ora fazem o seu jogging diário.

outros há que preferem umas aulas de dança na escola

“Passos no Ar”, no castêlo da maia. com os ensinamentos do

Professor ernesto da costa, estas professoras tentam man-

ter-se em forma para melhor desempenharem as suas fun-

ções de docentes, directoras de turma, coordenadoras, edu-

cadoras, psicólogas, secretárias administrativas, formandas e

formadoras, organizadoras de eventos e agentes turísticas...

de facto, a gestão do tempo é uma matéria em que o pessoal

docente se destaca. voltando à dança, a classe ainda comporta

mais alguns alunos. inscrevam-se e a vossa vida não será a mesma!

Elisabete Oliveira (PQE)

A actividade física melhora a qualidade de vida em todas as idades. os benefícios são evidentes: me-lhor equilíbrio, mais força, melhor coordenação psicomotora, flexi-bilidade e resistência. no caso dos adultos seniores, é particu-larmente importante melhorar a flexibilidade e o equilíbrio, para se evitarem as quedas, uma das principais causas de incapacidade neste grupo.

o grande valor das actividades físicas desportivas na 3ª idade não está em dar anos à vida, mas sim em poder dar vida aos anos,

diminuindo o recur-so a terapêuticas frequentemente usadas para col-matar a ausência

de movimento.Além disso, uma vida activa

traz aos idosos maiores possibi-lidades de criarem novas amiza-des, de manterem laços com a comunidade e de contactarem com pessoas de todas as idades, reduzindo-se, assim, a solidão e a exclusão social.

Ana Ferreira, Carolina Ribeiro, Marlene Granja, Rui Lopes

Tiago Gomes, 10ºJ

As populações especiais são uma realidade pública e, sendo pública, diz respeito a todos nós, ou seja, inte-grar os deficientes físicos e mentais numa actividade desportiva é uma responsa-bilidade nacional, uma obri-gação que a todos cumpre.A actividade física despor-tiva tem grandes vantagens nas populações especiais, tais como: integração a nível social, o equilíbrio físico, psí-quico, afectivo e motor e uma significativa melhoria de vida. mas mais importante do que tudo isto, é o facto de as actividades físicas desportivas poderem também fun-cionar como terapia para esta população especial.Tudo isto significa que nós, as pessoas chamadas “normais”, devemos integrar e respeitar acima de tudo as diferenças.

Carlos Azevedo, Mauro Moreira, Paula Teixeira, Sandra Ferreira, 10º J

A c t i v i d A d e F Í s i c A A c t i v i d A d e F Í s i c A

Integrar e respeitar A terceira idade em acção

FEVEREIRO 2008 | SomoS Jornal 05

dançaProfessores em forma

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Emanuel Marques

O triatlo é um desporto de resistência no qual o atleta efectua três segmentos segui-dos sem paragem de cronómetro: um de natação, um de ciclismo e um de corrida.

SomoSJornal - Onde e quando come-çou a praticar triatlo?

Emanuel Marques - Sempre gostei de fazer desporto, mas ele foi sempre mais ou menos secundário para mim, pois estuda-va, trabalhava e praticava desporto.

Sempre pratiquei corrida, às vezes só, outras com amigos.

Em miúdo corria, mas só mais tarde co-mecei a aperceber-me das minhas capaci-dades.

Desde sempre andei de bicicleta por Gondim, donde sou natural, fazia o que nós chamávamos “MotoCross”, talvez o prede-cessor do actual btt, muitas vezes praticado no espaço onde agora a escola existe.

Aprendi a nadar quando fugia de casa e ia para o ribeiro que passa junto à escola, entre Gondim e Avioso.

Até aos quarenta anos pratiquei estas moda-lidades regularmente, porque sempre gostei de ter uma vida saudável e de ser aventureiro.

Mais tarde associei-me ao clube de triatlo de Lamego.

SJ - Porquê o triatlo e não outra modalida-de?

EM - Porque as modalidades de resistência permitiram-me ser livre de poder praticar todas as outras. A corrida praticamente só desenvol-ve os músculos das pernas, e, para conseguir-mos um bom nível, é necessário treinar todos os dias, o que acaba por saturar alguns grupos musculares e as articulações, aparecendo fre-quentemente lesões.

Com a bicicleta não saturo do mesmo modo e percorro outros espaços. A correr faço 15 Km hora, de bicicleta 25, 30 ou 35 km hora depen-dendo da bicicleta, se é de estrada, de btt ou de passeio. A natação permite desenvolver os grupos musculares dos ombros e das costas com mais intensidade. Daí a opção por uma modalidade que desenvolvesse a condição fí-sica em geral e me permitisse estar à vontade na água e na terra.

SJ - Sabemos que pratica outros desportos, quais?

EM - Sim, para além dessas três modalida-des, comecei por fazer Mergulho durante mui-tos anos, depois aprendi Parapente, tirei a carta de piloto e fiz o curso de instrutor, tentei ligar a

água e o ar e comecei a praticar Windsurf, mais tarde Vela Kaitsurf e raramente Bodyboard e Snowbord.

Já atravessei Portugal de bicicleta, de norte a sul e de poente a nascente, inúmeras vezes, assim como vários países da Europa, como Espanha, França, Alemanha, Holanda, Áustria, Suiça, Dinamarca, Suécia, República Checa, Hungria. Neste momento estou a pensar fazer a’ travessia’ dos Pirinéus do Mediterrâneo até ao Atlântico.

SJ - Como são os seus treinos?EM - Treino em média duas a três horas por

dia, uma, duas ou as três modalidades. Faço ginástica localizada ou musculação, pelo me-nos uma vez por semana e descanso geral-mente ao sábado.

SJ - Conhece a Vanessa Fernandes? EM - Sim, conheço a Vanessa pessoalmen-

te, participo nas provas a nível nacional com ela e poderia pertencer ao clube do seu pai (Venceslau Fernandes), grande ciclista, vence-dor da Volta a Portugal.

SJ - Como é que os resultados da Vanessa influenciam a adesão de novos praticantes à modalidade?

EM - Desde que a Vanessa foi Campeã da Europa e do Mundo, houve uma maior adesão ao triatlo pela projecção mediática da modali-dade. Lentamente as pessoas começaram a aperceber-se de que o triatleta não tem que ser um “homem de ferro”, pelo que todos nós o

poderemos ser. Há até a possibilidade de fa-zer a prova por estafetas, quando a prova é feita por três pessoas, fazendo cada uma das modalidades.

SJ - Quais os títulos conquistados?EM - Tenho ganho algumas provas no meu

escalão e este ano fui campeão nacional (por grupos de idades) que é veteranos 1.

SJ - Alguma vez teve problemas durante a modalidade?

EM - Na verdade, nunca tive nenhum pro-blema de maior. Geralmente não é no decorrer da prova que nos magoamos ou que surge o acidente, mas sim durante os treinos.

SJ - Quanto custa um equipamento comple-to?

EM - Não são feitas muitas restrições quanto ao material que é necessário, basta uns cal-ções, uma camisola, uma bicicleta e um capa-cete. Aos poucos o atleta sente a necessidade de ter um fato específico de natação, calção próprio de ciclista de triatlo com esponja hidró-foba e camisola também especifica, a bicicleta deve ser de estrada e com pedais de encaixe, os sapatos serão de ciclista confortáveis e com apertos fáceis e rápidos.

É claro que este equipamento fica por 5, 6 ou 7000 euros, se o atleta o tiver e o justifi-car, frequentemente vêem-se pessoas a iniciar com o material que têm. Eu comecei com um fato de Windesurf, uns óculos de mergulho, e uma bicicleta de BTT. O que é necessário é ter vontade, “querer”.

Façam desporto, ele é o garante da nossa liberdade.

06 SomoS Jornal | FEVEREIRO 2008

e n t r e v i s tA s e n t r e v i s tA s

Triatlo

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FEVEREIRO 2008 | SomoS Jornal 07

e n t r e v i s tA s e n t r e v i s tA s

SomoSJornal - Em que consiste o badminton?

Luís Maia Mendes - O badminton é uma modalidade de raquete, que se joga num pa-vilhão.

É fundamentalmente um desporto de sus-tentação do volante, ou seja, o objectivo do jogo é fazer cair o volante no campo do adver-sário e impedir que ele caia no nosso campo.

É um desporto muito rápido, de grande in-tensidade motora e que exige uma boa pre-paração física, sobretudo ao nível da resis-tência. Existem cinco provas diferentes, como em todos os desportos de raquete: singulares homens, singulares senhoras, pares homens, pares senhoras e pães mistos.

SJ - O que o levou a escolher o badmin-ton?

LMM - No meu tempo de aluno do ensino secundário, o badminton era uma modalidade muito praticada na escola que frequentava. Na altura tive a oportunidade de optar entre o bad-minton e o voleibol e cheguei a tentar conciliar as duas modalidades. Os treinos de voleibol eram à hora de jantar, o que me levantava al-guns problemas, além de serem mais longe. Como o badminton era na escola e mais perto de casa acabei por optar por esta modalidade.

SJ - Onde e quando começou a praticar?LMM - Comecei a praticar badminton na Es-

cola Secundária Garcia de Orta, onde era alu-no do 9º ano de escolaridade, num núcleo de desporto escolar. Devia ter 14 anos.

SJ - Além de jogador, que outras funções já desempenhou na modalidade?

LMM - Diversas… Sou árbitro internacio-nal, juiz-árbitro nacional A, já fui treinador das selecções nacionais de não-séniores durante alguns anos, fui presidente da Associação de Badminton do Norte de 1997 a 2001, entre ou-tras coisas.

SJ - Como são os seus treinos?LMM - Como e qualquer modalidade, depen-

de da altura da época desportiva em que os encontramos. Há alturas em que predomina o treino de preparação física, outras de questões técnico-tácticas, outras de situações de jogo, depende. Mas, a maior parte das situações de treino são com raquete.

SJ - Alguma vez teve problemas durante um jogo?

LMM - Em tantos anos de prática desporti-va competitiva, há sempre situações em que surgem discussões, sobre faltas, se foi dentro

ou fora, mas são situações normais do jogo. Importa referir que, por norma, o badminton é um jogo bastante correcto e jogado com muito fair-play.

SJ - Conte-nos um episódio caricato que lhe tenha acontecido.

LMM - Há vários… mas um que me marcou muito, até porque era ainda muito novo, foi ter perdido um jogo de pares homens nos cam-peonatos internacionais da Áustria, por falta de comparência, estando presente! Cheguei ao pavilhão 45 minutos antes da hora marca-da para o jogo, mas no calendário de provas estava escrito, em alemão, que os jogadores teriam que se apresentar uma hora antes da hora marcada. Como não sabia alemão, ape-nas tinha lido as partes em inglês, daí a juiz-árbitro ter sido inflexível e não me ter deixado jogar. O que dá não dominar línguas…

SJ - Alguns títulos adquiridos durante a sua carreira como desportista?

LMM - Ao longo da minha carreira, que já vai em 28 anos de prática desportiva consecu-tiva, ganhei vários títulos nacionais e mesmo internacionais, nomeadamente em Espanha e França, quer em singulares, quer em pares. Ainda jogo, fundamentalmente na categoria de veteranos e, quando me deixam, ainda vou ganhando. Na última época, fui campeão na-cional de pares em Veteranos B e número 1 do ranking nacional de pares homens em vetera-nos A. Além disso ainda estou classificado na categoria de elite (melhores nacionais) o que atendendo à idade é muito bom…

SJ - Alguma vez o desporto interferiu com os estudos?

LMM - Não! Consegui sempre conciliar as duas coisas, ainda que, por vezes, com grande sacrifício.

Houve alturas em que cheguei a treinar todos os dias, normalmente à noite, e mesmo duas vezes por dia. Mesmo assim, nunca deixei de estudar e concluí o curso de Educação Física na FCDEF-UP, sem nunca chumbar a nenhu-ma cadeira e com uma excelente média.

Quando se gosta muito de uma coisa, sofre-se e fazem-se sacrifícios com prazer…

SJ - Sendo o badminton uma modalidade que não fica muito cara aos seus praticantes, tem alguma explicação para que haja pouca adesão?

LMM - A modalidade é pouco divulgada pe-los “media”, que só ligam ao futebol. Por outro lado, não é fácil arranjar pavilhões com mar-cações de campos de badminton e com horas disponíveis.

Quase todos os clubes onde se joga bad-minton treinam à noite, o que também dificulta a prática aos jovens.

SJ - O que é preciso fazer para praticar a modalidade?

LMM - Vontade, gosto e depois dirigir-se a um clube onde se pratica a modalidade. De certeza que serão bem recebidos.

A nossa escola já teve desporto escolar de badminton.

Pode ser que qualquer dia volte a ter. Se ti-véssemos um pavilhão gimnodesportivo…

Luís Maia MendesBadminton

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As doenças do coração são hoje a principal causa de morte no mundo desenvolvido. A mortalidade por estas doenças é superior ao dobro da atribuída ao cancro. Assim, está provado que os maus hábitos alimentares e a falta de exercício físico contribuem muito para este cenário.

conscientes desta realidade, os membros do “clube de saúde” aproveitaram a comemoração do “dia mundial da Alimentação” no passado dia 16 de outubro, para sensibilizar a comunidade escolar para esta realidade.

neste dia, entre outras actividades destacaram-se a sensibiliza-ção a todas as turmas por um grupo de alunos “activistas a favor de uma alimentação saudável”, a inauguração da sopa (bufete dos professores) e novas saladas (no bufete dos alunos e professores), a avaliação da composição corporal (bioimpedância e índice de massa corporal) para toda a comunidade escolar, por parte de um grupo de alunos do 12ºano do curso tecnológico de desporto e a sensibilização do papel da cantina como local de alimentação saudável, evitando a saída dos alunos para almoçar em estabelecimentos de restauração nos arredores da escola, dissuadindo-os da escolha de uma alimen-tação desequilibrada e outros hábitos menos saudáveis. de referir a grande adesão que toda a comunidade escolar demonstrou a esta nossa iniciativa.

no Futuro, o “clube de saúde” pretende continuar a intervir nestas áreas, bem como na educação para os afectos e na promoção da actividade física, organizando actividades para toda a comunidade escolar. Para tal, é importante a colaboração de todos.

Clube de Saúde

08 SomoS Jornal | FEVEREIRO 2008

A c t i v i d A d e s e s c o l A r e s A c t i v i d A d e s e s c o l A r e s

dIa da FIlosoFIa

o ser Humano vai trilhando o seu caminho…pára naquelas situações limite que o fazem sen-tir-se o mais pequeno dos seres mas ao mesmo tempo o menos comum dos mortais…

urge questionar o sentido da nossa existên-cia. o grupo de Filosofia decidiu presentificar esse questionamento na escola e constatou com satisfação que paramos mesmo para pensar e pensamos novamente como se fosse pela primeira vez, sem receio de assumirmos que o mesmo se faz outro, neste novelo da vida tecido a custo nas encruzilhadas da existência de cada um.

É que, …A preocupação fundamental da Filosofia consiste em questionarmos e compre-endermos ideias muito comuns que usamos todos os dias sem pensarmos nelas…. tho-mas nagel in, Que quer dizer tudo isto? uma iniciação à Filosofia.

Grupo disciplinar de Filosofia

os alunos do curso Profissional de técnico de Higiene e segurança no trabalho, turma l do 10º ano de escolaridade, durante a tarde do dia 12 de dezembro 2007, visitaram a exposição leonardo da vinci – o Génio, patente no Pavilhão rosa mota no Porto, no âmbito de sensibilização ambiental e transdisciplinar deste curso.

na visita de estudo foram observados modelos mecânicos interactivos, visualizados quadros e desenhos do pensador, experimentados modelos relacionados com a óptica, e relacionados os conteúdos da exposição com a contemporanei-dade.

A visita à exposição foi preparada através de uma recolha prévia de informação relativa à efe-méride, ficando para a posteridade o testemunho de todos os que activamente nela participaram.

Ana Luísa Melo (PQE)

visitA de estudo

exPosIção leonardo da VIncI – o GénIo

dIa MUndIal da alIMenTação

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FEVEREIRO 2008 | SomoS Jornal 09

A c t i v i d A d e s e s c o l A r e s A c t i v i d A d e s e s c o l A r e s

Decorreram no passado dia 9 de Novembro de 2007 os Jogos Tradicionais, das 10h00 às 12h30. Aproveitando o facto de se terem interrompido as aulas durante os segundo e terceiro blocos da manhã, a participação dos alunos e dos professores foi acima das já elevadas expectativas, dada a tradição que os Jogos Tradicionais têm na nossa escola.

Desta vez, o Verão que o S. Martinho nos trouxe veio disfarçado de Outono, mas não faz mal, porque afinal até temos tido um Outono com cara de Verão. Como diriam alguns, está o Mundo ao contrário…

Os jogos nos quais as 49 equipas de oito elementos cada (uma ou outra excepção) tiveram de prestar provas foram: o jogo da tracção da corda, sempre entusiasmante, com a participação do padrinho e com alguns trambolhões à mistura; o jogo dos barrotes, perícia e trabalho de equipa são aqui bem precisos; o jogo dos balões, onde um aluno vendado segue as indicações de um colega para conseguir encher-se de água e/ou farinha e mesmo assim divertir-se como toda a gente; o jogo do esqui colectivo, em que as equipas fazem uma prova na qual a neve, mesmo que estivesse por cá, nunca seria o maior obstáculo; e, por fim, o jogo dos sacos, jogo em vias de extinção, caso TODOS não façam um pequenino esforço para angariar os quase desaparecidos sacos de serapilheira para substituir os da escola, velhinhos, que tão boa conta de si deram ao longo dos anos.

Sempre que podiam, todos os intervenientes deram um pulo até ao recinto onde se realizava o Magusto, para “reabastecerem” de castanhas assadas e jeropiga (isto é, sumo, do garrafão!). No fim, os participantes foram recom-pensados com uma arrufada. Os três primeiros classificados de cada escalão serão premiados durante a realização das Mesas de Natal, no último dia de aulas do 1º Período.

Nos três escalões foram os seguintesos grandes vencedores:Escalão 7º/8º: 1º Jamaicanos-7ºD, 2º Perder para Ganhar-7ºC, 3º Corremos por amor à Sande-8ºDEscalão 9º/10º: 1º Os Engenheiros do Castelo-10ºF, 2º Os Trouxas-9ºA, 3º Lusco-Fusco-10ºLEscalão 11º/12º:1º Os Cristos-12ºB, 2º Are you Ready?-12ºA, 3º Ou é ou não é... não há cá tangas!-11ºGA organização esteve a cargo do Clube de Desporto Escolar (informem-se,

as inscrições estão abertas para Ténis, Voleibol e Dança), pelo Grupo Discipli-nar de Educação Física e pelos alunos da turma 12ºG, do Curso Tecnológico de Desporto, que mostraram estar quase, quase (mesmo quase) preparados para enfrentar o mundo do trabalho no seu estágio e, quem sabe, depois dele.

Parabéns e obrigado a eles, mas também a todos os participantes, que com desportivismo mostraram todas as suas qualidades e boa disposição na hora da vitória e na hora da derrota.

Pois não se esqueçam todos os que lerem este jornal – para o ano há mais, talvez melhor, se todos procurarmos nos nossos sótãos esses tão importantes SACOS DE SERAPILHEIRA (protagonistas inesperados, não acham?)!

Até para o ano.

Os nossos jogos tradicionais

Mário Lopes, professor de Educação Física

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VICTOR BAíA

SomoSJornal - Quais os melhores momentos no FCP?Víctor Baía - Os melho-res momentos estão rela-cionados com os títulos. Todos foram importantes, mas gostava de salientar os títulos internacionais da UEFA, como a Liga dos Campeões, a Taça Inter-continental, a Taça UEFA, dada a sua projecção e tendo em conta o contexto do futebol português.SJ - Pode contar-nos um episódio caricato que te-nha ocorrido no balneário do FCP?VB - Nos balneários temos um código de confidencia-lidade que não queremos

quebrar. Posso, no entan-to, contar uma situação ca-ricata, em termos de jogo, que me apanhou despreve-nido. Diz respeito à final da Taça UEFA. A dada altura entra um homem comple-tamente nu em campo e eu entrei no jogo dele a fingir tentar defender a bola, de repente viro-me de costas e defendo-a mesmo de cal-canhares. SJ - O que mais o marcou na sua passagem pelo Bar-celona?VB - Acima de tudo o fac-to de em dois anos e meio ter ajudado o clube a ga-nhar cinco títulos. Aprendi a gostar do Barcelona da-das as semelhanças com o Futebol Clube do Porto (FCP): a luta contra a políti-

ca central (Catalunha con-tra Madrid). O Barcelona é um dos melhores clubes do mundo, assistem aos jogos mais de 100 000 pessoas, posso afirmar que era qua-se uma religião.

SJ - Até que ponto a sua vida profissional condicio-nou a sua vida pessoal?VB - Somos quase como os ciganos, andamos sem-pre de um lado para o ou-tro. A família aceita, mas são necessários sacrifícios de parte a parte. É uma op-ção de vida.

SJ - Quais as suas funções específicas no FCP?VB - Estas funções têm a ver com a representação do FCP em reuniões da UEFA, no G14, com pro-blemas relacionados com o futebol e selecções, sor-teios, casas do FCP no es-trangeiro, participação em colóquios e debates. Estou também ligado com a expansão da própria marca do FCP. Este, mais do que um clube nacional, é um clube internacional.SJ - Está a gostar desta nova etapa da sua vida?VB -É diferente, constitui um novo ciclo.

SomoSJornal foi recebido no “Dragão”

o director de

relações externas

internacionais do

Futebol clube do

Porto, considera

importante estudar,

e, nesta nova

etapa da sua vida,

regressa à escola.

c o m o J o G A d o r c o m o d i r e c to r d e r e l A ç õ e s e x t e r n A s i n t e r n A c i o n A i s

10 SomoS Jornal | FEVEREIRO 2008

“Somos quase como os ciganos, andamos sempre de um lado para o outro. A família aceita...”

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A acrescer a isso, estou na Faculdade, no ISMAI, a ti-rar um curso de gestão do desporto e isso também faz parte da minha vida

SJ - Tem hábitos de leitura?VB - Gosto de ler mas, no passado recente havia al-guma incompatibilidade en-tre ler e trabalhar. Tentava

ler livros, mas com tanta coisa para fazer, estágios, treinos, era vencido pelo cansaço e deixava os livros a meio. Obrigatória é a leitu-ra de jornais como o Jornal de Notícias, Público e os desportivos. Também leio as revistas Visão e Exame.SJ - Costuma ir ao cinema? Qual o filme que mais gos-tou?VB Sim, costumo. O filme que mais me marcou foi “Filadélfia”, um dos primei-

ros retratos sobre a SIDA, a doença do século, com Tom Hanks. Este filme alertou para as conse-quências dos perigos que corremos.SJ - Considera importan-te estudar?VB - Deixei de estudar com dezoito anos, dados os estágios frequentes e treinos bi-horários duran-te vários anos. Acabo por

voltar a estudar, como já referi, cerca de vinte anos depois.SJ - Continua a praticar desporto?VB - Continuo a praticar desporto. Faço corrida e gi-násio ao fim da tarde todos os dias. Vou tentar praticar desporto durante o mais tempo possível, porque a sua prática traz-nos quali-dade de vida.SJ - Na sua relação com os outros, o que é que mais

valoriza?VB - Amizade, seriedade, honestidade, ou seja, va-lores cada vez menores na sociedade.

SJ - Qual o principal ob-jectivo da sua fundação?VB - O principal objec-tivo é ajudar crianças e

adolescentes carenciados. A acção tem variado entre instituições, hospitais pedi-átricos, passando pela do-

ação de aparelhos de diag-nóstico de várias doenças. Trata-se de uma Fundação nacional, de Trás-os-Mon-tes ao Algarve, sob o lema “ A melhor defesa da minha vida”. Já temos o estatuto de IPSS e assim podere-mos chegar mais longe.SJ - O que acha do murro do Scolari?VB - É uma pergunta um pouco impertinente, no en-tanto, eu lamento a situa-ção. Devemos evitar situa-ções como esta, tendo em conta a imagem de Portu-gal.

Vasco Branco, 10ºF

VICTOR BAíAc o m o c i d A d ã o

FEVEREIRO 2008 | SomoS Jornal 11

“O principal objectivo é ajudar crianças e adolescentes carenciados.”

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DesprezadaActualmente, a leitura ainda não é assumida como algo essencial que é, sendo ainda

um pouco “desprezada” pelas populações actuais e a verdade é que ainda há demasiadas pessoas que não se dedicam à leitura.

A quantidade de pessoas que não lêem é preocupante; é como se se opusessem à aquisição de conhecimentos. Isto por sua vez irá prejudicar em certa parte a cultura do nosso país relativamente aos outros. Há, por isso, que tomar medidas. Há que incentivar as pessoas a ler, quer transmitindo mais informação por parte da comunicação social quer baixando os preços dos livros.

Há que encarar um facto: a nossa cultura a nível de leitura está reduzida e temos que tomar medidas, quer para proveito pessoal quer social.

Ana Silva, 10ºD

O que se lêA leitura é uma forma de aprendermos mais e de aumentarmos a nossa cultura, por

isso é importante e necessário ler. Hoje em dia os jovens cada vez lêem menos, o que me preocupa.

Os jovens de hoje serão adultos amanhã. Serão estes capaz de “governar” o futuro do seu país? Não me parece que sejam, visto que a única coisa que muitos jovens lêem são mensagens de telemóvel, mal escritas, ou revistas como a “Bravo” e a “Super Pop” onde se fala sobre a vida dos famosos.

Na minha opinião, é necessário apelar à leitura de livros interessantes de forma a aumentar a cultura dos jovens hoje em dia.

Sara Sousa, 10ºD

Quem lê por gosto, não cansa.Quem nada lê, nada sabe.Quem lê e torna a ler ao Paraíso vai ter.Grão a grão enche o leitor o coração.Não leias amanhã o que podes ler hoje.Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz-nos ler.Leitura parada não leva a nada.Guarda que comer e não guardes que ler.

Alunos do 11º D e do 11ºE

Provérbios recriados

Para os nossos alunos …

Ler é como ter uma caneta e uma folha em branco, onde desenhamos o mundo através das palavras dos outros.Ler é viver o mais lindo dos sonhos, alguma vez já imaginado.Ler é viajar por todo o mundo, num só lugar.Ler é saber partilhar a mente com o livro.Ler é fazer compras em Paris, passar férias no Brasil, sem sair de Portugal.Ler é ir ao fundo de ti e erguer a tua alma.Ler é aprender para poder viver.Ler é imaginar…fantasiar…sonhar… idealizar…reflectir… saber… revolucionar…Ler é bom.Ler é liberdade.

Teresa Barbosa (PQE)

neste jornal, cujo tema geral é a Actividade Física, não quero deixar de defender o nosso ponto de vista de que a leitura é um desporto. e é um desporto tão importante e tão basilar que, sem ele, nunca viríamos a saber como é essencial para a nossa saúde e bem-estar a actividade desportiva.

ora a leitura entra, também, no conceito de bem-estar e saúde, e mais, é uma actividade que proporciona a quem a pratica sensações de prazer e relaxamento incomparáveis.

ler é uma prática tão viciante que quem a inicia, nunca mais deixa de o fazer. Fá-lo todos os dias, a todas as horas, em público e às es-condidas, fá-lo sozinho ou acompanhado, em silêncio ou em voz alta. Porque ler confere-nos o grande poder de fazermos parar o tempo e de nos ausentarmos do nosso espaço diário para viajarmos através dos séculos passados e futuros, de conhecermos os países, os plane-tas e as galáxias aonde nunca fomos, de nos relacionarmos com as pessoas que nunca conhecemos e com as dos nossos sonhos também, enfim, de vivermos as vidas que nunca foram nossas, mas de que nos apropriamos depois de as lermos.

A leitura é uma actividade física que não exige a exercitação muscular, pois podemos praticá-la em completa imobilidade física, mas que dá lugar à ginástica mental e ao exercício intelectual e que também per-mite a libertação das endorfinas que tanto contribuem para melhorar a nossa condição física. Ao melhorar o nosso estado de espírito e o nosso bom humor, estamos certamente a melhorar o nosso sistema imunológico, a combater a dor e a aumentar a nossa resistência. Para além de que ler não envolve custos. Podemos ler os livros dos outros, emprestar os nossos livros aos outros, como se de um jogo se tratasse. ouçamos o relato do jogo dos livros: “ maria passa o livro a João, João prende o livro durante oito dias, mas finalmente liberta-o para mário que o direcciona para o Pedro que remata directamente à baliza e marca Gooolooo!!!!”.

Pois é. vamos é organizar mais campeonatos de leitura que este desporto tem sido muito esquecido devido às pressas das nossas vidas. vamos é criar tempos e espaços de lazer nos nossos quotidianos em que não haja objectivos para cumprir, nem metas a atingir a não ser as do nosso bem-estar. vamos ser mais felizes e mais saudáveis se soubermos que ler não deve ser uma obrigação, antes um acto de libertação.

O Clube dos Leitores

ler é desporto

l e i t u r A l i B e r d A d e

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Ser livre é voar. Voar pela imaginação, não tendo qualquer receio de que nos cortem as asas, nem que nos roubem os sonhos e pensamentos.

Voar até à liberdade é sem dúvida difícil, e por vezes queremos aterrar no repouso de ser livre não olhando a meios para o conseguir. Mas há outros voadores como nós, que buscam também a independência.

É costume dizer-se que quanto mais se sobe, maior é a queda. De facto, se subirmos e voarmos muito alto para ter a dita liberdade, acabamos por ficar prisioneiros desse mesmo querer e perdemos a noção do mundo que nos rodeia, que afinal não é assim tão livre como pensávamos que era.

Se sou livre ou não, desconheço. Apenas sei que, supostamente vivemos num mundo livre e democrático. Porém somos constantemente alvos de sistemas controladores como as leis e a publicidade que tanto querem a nossa atenção.

Assim conclui-se que para alcançar a liberdade é preciso voar, não muito por vezes, e abstrairmo-nos daqueles que nos querem tirá-la.

António Costa, 10ºD

O que é a liberdade? O que é ser livre? Será que há liberdade em todo mundo?

A liberdade é um direito que todos devemos usufruir.

uma pessoa livre é uma pessoa que pode tomar as suas decisões, escolhas, como estar na vida em relação aos outros, ter liberdade de pensar e de o dizer. Nisto tudo tem que haver regras, senão o mundo seria uma desordem e um caos, cada um fazia o que lhe apetecia e como

o fazia, por isso pode haver liberdade, mas sempre com consciência e com respeito pelos outros.

Ao longo da História, nem todos tiveram acesso a este direito, como por exemplo, os escravos africanos, no tempo dos Descobrimentos no séc. XVI. Mesmo actualmente, uma pessoa pode roubar a liberdade a outra; não usando a força física e prendê-la, mas psicologicamente, através do que lhe diz, “controlando-a” para que essa pessoa, sem se aperceber, comece a agir não segundo o que pensa, mas segundo o que a outra pessoa lhe diz.

Todos devem ser livres desde que o mereçam, se houver harmonia todos se irão sentir bem.

Francisco Costa, 10ºD

Do meu ponto de vista, ser livre é poder fazer tudo o que quiser, sem ter ninguém a dizer sempre se está certo ou errado.

Por vezes ser livre pode não ser tão bom quanto parece, pois quando se trata de pôr em risco a nossa segurança, não devemos exagerar no que fazemos.

Os jovens da actualidade não gostam de ser proibidos de sair com os amigos ou de fazer outras actividades, por isso é que quando os pais não deixam fazer nada disso, os jovens dizem que querem ser livres.

Eu acho que devemos ter liberdade, mas quando sabemos que estamos a exagerar devemos ter limites.

Tiago Costa, 10ºD

l e i t u r A l i B e r d A d e

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14 SomoS Jornal | FEVEREIRO 2008

Enzímico nasceu das mentes vanguardistas de dois colegas de turma, Ricardo e João, que, durante o início do Verão de 2007 se foram apercebendo da grande similaridade dos seus gostos e interesses na música e, em simultâneo, das múltiplas e completamente distintas influências que cada um experimenta e manifesta.Porém, é claramente evidente para qualquer pessoa inteligente (ao fim de alguns minutos na sua presença) que factores como o humor, a controvérsia ideoló-gica, a dependência de cultura e evolução, a filosofia e o enorme elo com a música - que são de ambos tão comuns e característicos - contribuiram em muito para a criação desde ensemble que, pode dizer-se, tem como particular objectivo primeiro o do prazer de compôr e tocar Rock e Blues. O nome Enzímico surge devido a um “trauma” psico-lógico que ambos partilham, resultante das contínuas manifestações da professora de Biologia e Geologia, durante as aulas de 10º e 11º ano, alusivas à ausência da matéria relativa às enzimas, no programa de Biolo-gia do Ensino Secundário Português.Com efeito, ainda hoje defendem que “(...)estas enzimas deveriam ter sido leccionadas(...)”.

Ricardo – Voz / TecladoEstuda na Maiorff (Escola de Música da Maia), onde tem aulas de Piano Clássico, Piano Jazz, Formação Musical e História da Música. Para além das teclas, toca também ba-teria e instrumentos de percussão. Concertos, Workshops, Sonoplastias e Composição para Teatro são alguns dos elementos do seu curriculum de músico, tendo também participado em dobragens e anúncios de televisão. É estudante na ESCM, turma 12º C. Os seus outros projectos são: “Tinverck” (duo de Jazz desde 2002, com Dinis, o baterista de Enzímico) e “Mighselph” (projecto a solo).

www.mysapce.com/mighelphwww.mysapce.com/tinverckwww.mighselph.official.blogspot.com

João – Guitarra EléctricaÉ estudante na ESCM, turma 12º C (tal como o Ricardo). Nunca teve aulas de música, tendo começado a aprender a tocar guitarra nos princípios do Verão de 2007.

Dinis – BateriaEstuda na Escola Secundária Abel Salazar, no 11º ano. Tem aulas de bateria (há 7 anos) e de Formação Musical (com o Ricardo). Como músico, está envolvido em projectos diversos tais como o grupo de percussão “Per-curtir” e o duo de Jazz “Tinverck” com Ricardo.Idealiza e participa também em acções humanitárias e ambientais.

www.myspace.com/enzímico

“A missão” é um filme de roland Joffé que parece retratar a vida de Padre António vieira. Passa-se na América do sul, tendo como cenário a floresta tropical. “A missão” narra a actuação dos jesuítas na conversão dos índios e também na sua protecção contra os traficantes de escravos.

o tema não apela para a atenção do teles-pectador, sendo este um jovem, mas torna-se interessante devido às cenas com mais acção, como as cenas românticas e trágicas. Por exem-plo, a cena em que rodrigo mendoza mata seu irmão, Filipe, por causa do caso que tinha com a sua esposa, é uma cena muito chocante, mas é graças a este acontecimento que a personagem se altera. com o “novo” mendonza, o novo jesuíta passa a trabalhar para a protecção dos índios, (é necessário referir que antes mendonza era um traficante de escravos) e a maneira como estes o aceitam é tão bonita, que chega a enternecer o espectador.

Ao longo e todo o filme há pormenores que apelam para a sensibilidade do público e um dos factores importantes acaba por ser a banda sonora. muito bem escolhida, conjuga perfeitamente com o ambiente ora calmo, ora com mais acção, e também com o cenário, tanto o da cidade como o da floresta.

Apesar de todos estes aspectos positivos, na minha opinião, há um factor que acaba por quebrar toda esta harmonia: as cores. como a história se passa num ambiente tropical, predominam os tons de amarelo, castanho e cinzento. As cores mortiças dão um toque de melancolia e monotonia ao filme, o que faz com que, em termos visuais, não seja tão interessante.

Mariana Sá, 11ºD

outra missão, outra visão

Eu no fundo até gosto da escola, só que me custa a admiti-lo. Sei que nas au-las tenho que estar atento, pois esse é o meu dever; no intervalo é que já posso estar à vontade, claro com algumas regras. Quando eu vim para esta escola notei uma grande diferença. Na outra escola havia vinte e sete salas, aqui há pavilhões. O que me facilitou foi eu já conhecer pes-soas desta escola (a minha tia trabalha na escola e foi ela que ma mostrou). Também é maior esta escola e também há mais alunos. Tenho mais disciplinas, gosto dos meus professores porque alguns, além de professores, são nossos grandes amigos. Achei piada à ludoteca, onde nos diverti-mos muito e também ficamos a aprender novas coisas, mas o que eu adoro mesmo é a comida da cantina. Ficarei aqui até ao décimo segundo ano.

Diogo Peixoto, 7ºB

A escola e eu

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Na BibliotecaFEVEREIRO 2008 | SomoS Jornal 15

Na Biblioteca Escolar, as actividades têm decorrido conforme o Plano de Actividades afixado e integrado no PAA da Escola. Continuamos a trabalhar sob as orienta-ções da Rede de Bibliotecas Escolares (para além do con-tacto através do mail e da plataforma Moodle criada para os Coordenadores de BE, houve em finais de Outubro, na Esc. Sec. Alexandre Herculano, um encontro da Dra. Teresa Calçada, coordenadora nacional da Rede, com os coordenadores de Bibliotecas Escolares da zona Norte) e em articulação com a Rede de Bibliotecas Escolares do Porto (em cuja página é feita a divulgação da BE da nossa escola- www.cm-porto.pt/rbep) e com o Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares da Biblioteca Municipal; estes dois serviços têm promovido reuniões regulares para partilha de experiências, trabalho conjunto e formação.

A prioridade do serviço tem sido o apoio aos alunos (pesquisa de informação, elaboração de trabalhos, esclare-cimento de dúvidas). Depois de um inquérito informal aos utilizadores realizado no Dia Internacional da Biblioteca Escolar (22 de Outubro), constatou-se que os aspectos mais apreciados na BE são o atendimento, o ambiente e a organização, enquanto a lentidão dos computadores e o ruído provocado por alguns alunos são os pontos mais criticados (estes resultados estão mais desenvolvidos no artigo “Avaliação da Biblioteca no D.I.B.E.”).

Foram adquiridos vários DVD e CD áudio de acordo com solicitações de alunos e professores; já estão dis-

poníveis e em livre acesso. Foram ainda encomendadas várias obras solicitadas por professores e alunos. A Porto Editora ofereceu à BE os manuais escolares daquela editora adoptados na nossa escola.

O Bruno Maia, do 11.º H (Curso Profissional de Infor-mática) está a fazer estágio na BE, encarregando-se da elaboração de novas cotas/etiquetas para identificação e ar-rumação dos documentos e, futuramente, da catalogação; criou também um blogue da BE (http:// biblescm.blogspot.com) que tem actualizado com as nossas actividades. A Sílvia, também do 11.º H, e o Bruno decoraram a porta da BE com uma mensagem de boas-vindas; o Ruben, do 7.º A, e ainda o Bruno colaboraram na decoração alusiva ao Natal.

No dia 9 de Novembro, realizou-se no polivalente da Escola um serão de leitura – Vozes na Noite – para os alu-

nos do 8.º C e 10.º I e seus encarregados de educação. A actividade foi promovida pela equipa da Biblioteca Esco-lar no âmbito da promoção da leitura, com a colaboração de algumas professoras de Português. Num ambiente acolhedor e familiar, os alunos leram textos que tinham previamente escolhido e cuja leitura foi preparada com as professoras. Para lembrar a data, foi distribuído no final um marcador alusivo à importância da leitura.

A avaliação desta actividade, pedida aos presentes, foi muito positiva.Foi produzido e distribuído na BE um folheto sobre “Como redigir e apresentar uma carta formal”, a pensar sobretudo na primeira fase dos trabalhos de Área de Projecto do 12.º ano; constituiu-se entretanto uma equipa de professores que colaborará com a BE na elaboração de guiões de apoio aos alunos (trabalho de pesquisa, elaboração de trabalhos académicos, constru-ção a apresentação de documentos em powerpoint) que contamos produzir no início do 2.º Período.

Como nos foram doadas, nas férias, muitas obras de Literatura Juvenil, oferecemos à BE da Escola EB 2,3 do Castêlo da Maia os exemplares repetidos.

A divulgação dos serviços da BE é feita na página da Escola (Biblioteca Escolar no menu à esquerda), no blogue (http://biblescm.blogspot.com)já referido e na página da RBEP www. cm-porto.pt/rbep

No Dia Internacional da Biblioteca Escolar (22 de Outubro), foi pedido aos utilizadores da BE que expusessem a sua opinião àcerca da Biblioteca.

Em resposta ao tópico “Gosto da minha Bi-blioteca porque…”, as 23 opiniões centraram-se no ambiente proporcionado (39%) – “para além de poder ler, posso também relaxar”; “posso ler, estar à vontade e sossegada (é para isso que servem as bibliotecas)”; “adoro a música”; “é o único sítio onde consigo estudar melhor e mais concentrada” – mas também no atendimento (35%) : “bom atendimento, organização”; “a D. Natividade é fixe e simpática”; “ Tem uma óptima funcionária”. uma grande parte das apreciações incide nos recur-sos (26%): “porque tem livros e computadores”; “porque tem tudo o que precisamos”; “dá para imprimir”; “tem livros giros, computadores e filmes divertidos”. Globalmente, “Gosto de tudo e adoro trabalhar aqui!”; “ [a biblioteca] é quase perfeita”; “ é a minha segunda casa”.

Já nas reacções (22) ao tópico “Na biblioteca, não gosto de…”, 41% das respostas incidiram sobre a lentidão dos computadores, 27% no ruído provocado por alguns utilizadores, 14% na mo-notonia da música, 9% no preço das impressões e 4,5% na falta de espaço bem como no bloqueio do Hi5 e do Messenger.

Depois de “Gostava que a minha biblioteca…” (14 opiniões), a maioria (57%) referiu a neces-sidade de mais e mais rápidos computadores e 14% sugeriram música de fundo mais variada. A possibilidade de trazer mochilas e sacos para a sala de leitura (7%), a criação de um espaço específico para ouvir música (7%), a necessidade de mais livros (7%) e de mais espaço (7%) foram outros aspectos abordados.

A coordenadora da BE

Avaliação no D.I.B.E.

Maria Artur Barros (PQE)

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As Mesas de Natal… actividade tradicional na nossa escola, que este ano contou com a presença do novo clube: o Clube Europeu! Assim, esta activi-dade decorreu no habitual espaço, no passado dia 14 de Dezembro de 2007, na parte da manhã.Esta acção contou com a participação de diversos clubes/disciplinas da nossa Escola, nomeadamente: a Mesa de Matemática, a Mesa de Inglês, a Mesa de Francês, a Mesa de Alemão, a Mesa de Ciências Sociais e Humanas, e a Mesa de Português. Além destas habituais presenças, esta iniciativa contou com o grande empenho dos alunos responsáveis pelo Clube Europeu, o Grupo A do 12ºD (no âmbito da disciplina de Área de Projecto). Cada participante con-tribuiu com doçaria e boa vontade para o sucesso deste evento, sendo que, no caso do Clube Europeu, quase todos os alunos da turma demonstraram grande interesse em participar.Assim, e por todas as razões acima citadas, este evento pode ser considerado um sucesso, na medida em que o Clube, estreante nestas actividades, conseguiu ter um desempenho espectacular!

O Grupo A “Europa em Movimento”,

Mesas de Natal ganham novos adeptos!

16 SomoS Jornal | FEVEREIRO 2008

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corta-Mato escolar

Foi no dia 13 de dezembro do ano velho que se realizou o corta-mato escolar, das 9h00 às 12h30. Houve muitos alunos inscritos (285), mas foram bem menos aqueles que compareceram (189). destes, apenas um em cada cinco era do sexo feminino. estes são aspectos que nos devem fazer reflectir a todos, se bem que não tenham sido suficientes para ensombrar o brilho daqueles (imensos) que participaram. muitos dos quase duzentos deram mostras de que, mesmo sem hipóteses de chegar na frente, participar é bom. A lição que os que estiveram deram a todos foi uma lição de perseverança. “Se este ano ficar em 12º, no próximo com a experiência e a aptidão que adquiri poderei fixar no top-ten” – parecia ser este o lema. e é assim mesmo – não nos podemos deixar conformar – é preciso participar para se poder ter uma palavra a dizer, sempre!

todos mostraram a “garra” que lhes permitiu dar aquela última volta em esforço permanente, sabendo que na meta as recompensas são mais do que medalhas – a satisfação de terem cumprido o seu objectivo e de terem feito o melhor que podiam naquilo em que se envolveram.

InfantisFemininos: 1º Cátia Correia, 7C; 2º Ana Ferraz, 7C; 3º Daniela Lameira, 7CMasculinos: 1º Marco Miranda, 7D; 2º Jorge Patrício, 7 A; 3º António Bastos, 7C

IniciadosFemininos: 1º Patrícia Moreira, 8E; 2º Cátia Carneiro, 8E; 3º Silvia Torres, 8C Masculinos: 1º Hélder Silva, 8C; 2º João Santos, 7A; 3º Tiago Abreu, 9ª

JuvenisFemininos: 1º Ana Regina Sá e Patrícia Soares, 10C (ex-aequo); 3º Sandra Ferreira, 10JMasculinos: 1º André Geraldes, 10J; 2º João Pinheiro, 9B; 3º Hugo Silva, 10J

JunioresFemininos: 1º Estefânia Silva, 12CMasculinos: 1º Tiago Portelinha, 10L; 2º Tiago Fernandes, 12B; 3º Sérgio Mendes, 10K

por Mário Lopes (PQE), Coordenador de projectos

É desta fibra que são feitos os campeões. Por isso, os merecidos parabéns a todos os que constam da lista abaixo, e que, suma responsabilidade, terão a possibilidade de representar a escola na fase seguinte, o corta-mato regional. Até para ano e boas corridas!

FEVEREIRO 2008 | SomoS Jornal 17

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neste ano lectivo são uma dúzia:

as escolas eUroPeIas são escolas deMocrÁTIcas (coMenIUs 1)intercâmbio de professores e alunos com as escolas-parceiras (rugeley, r. unido; neu-ulm, Alemanha; capurso-Bari, itália; Hunedoara, roménia); elabora-ção de uma constituição esco-lar comum; cantinho comenius; promoção de debates.

clUBe eUroPeUcriação de centros de interes-se que ocupem de forma útil e criativa os alunos do ensino se-cundário da escola; participação activa numa vivência de trabalho democrático; participação nos projectos/concursos promovidos pelo ministério (GAre); divulga-ção dos concursos da europa; visita de estudo ao Parlamento europeu (estrasburgo); reco-lha, tratamento e divulgação de informação relacionada com a europa; comemoração dos dias: aniversário da europa – 25 de março, com uma exposição de cartazes alusivos questões eu-ropeias; da europa – 9 de maio, com uma largada de balões com mensagens de paz, apelo à não discriminação e de sensibilização para a não violação dos direitos humanos.

clUBe “FaZ TU MesMo” Pintura de barro, tecido e tela; bijuteria; agricultura biológica; reciclagem de papel; todo o tipo de trabalhos manuais.

clUBe dos leIToresconvite a autores portugueses; concursos/ sessões de leitura;

leituras surpresa na comunida-de escolar; inquérito aos alunos e aos encarregados de educa-ção para aferir sobre gostos e hábitos de leitura / publicação dos resultados; campanha de sensibilização para o gosto pela leitura “concurso /escreve a me-lhor frase –ler É…”; realização de Bibliofeira; comemoração do dia mundial do livro; realização de um forum de leitores com apresentações dos projectos de leitura elaborados.

clUBe de lÍnGUasocupação educativa dos Alunos; sessões de Apoio; organização de materiais diversificados, em articulação com os conteúdos programáticos previstos pelas planificações; boletim informati-vo; aniversário do clube; sorteio de um cabaz; página no Portal; Plano Anual de Actividades do departamento de línguas; cola-boração com o Jornal da escola e outros clubes; “noite Portu-guesa”; visita de estudo ao es-trangeiro.

clUBe da ProTecçãocIVIl dinamização do clube com activi-dades pré-definidas; actualização do dossier de segurança da esco-la; comunicação de ocorrências para a dren; monitorização das condições de segurança da es-cola; dinamização de actividades pontuais.

“coMer BeM,VIVer Melhor”Promoção de alimentos saudá-veis no bufete e nas máquinas da escola; aquisição e elaboração de cartazes promocionais dos ali-mentos a consumir; despromo-

ção de alimentos não saudáveis caricaturando-os; comemoração dos seguintes dias: do coração (24 de setembro), da alimenta-ção (16 de outubro) e da saúde (7 de Abril); exposição, no dia aberto das ciências, sobre os be-nefícios/malefícios dos alimentos mais consumidos; divulgação no jornal da escola e no portal digital de notícias sobre as actividades desenvolvidas; realização de uma palestra sobre a temática; realização de rastreios sobre massa gorda, massa corporal, tensão arterial, numa amostra da população escolar; realização de actividades físicas: percurso pedestre e de cicloturismo; tarde / noite de dança, com alunos, professores, funcionários aberto à comunidade.

escolas crIaTIVas divulgação de actividades à co-munidade escolar, de preferên-cia durante a semana do sarau (exposição digital, exposição de fotografia, peça de teatro; pales-tra sobre o panorama cultural na internet; cineclube escolar).

“lUna e sPIKe anIMaIs, coMo nÓs”diálogo com os alunos inte-ressados; relacionamento com animais; tratamento dos cães da escola; “Feira Animal” (an-gariação de fundos); venda de bolos (idem); auxílio ao midAs; participação no Jornal da escola; melhorar o canil; levar luna e spike ao veterinário; desparasi-tação regular das mascotes.

PaTrIMÓnIo aMBIenTal da escolaPromoção de visitas guiadas a etar´s, ecopontos com percur-

so pedonal para identificação dos diferentes tipos de resíduos passíveis de serem depositados naquelas estruturas; visita às instalações do Horto municipal da maia; dramatização de uma peça alusiva ao tema do ambiente como “o roubo das árvores” ou “libertem os pássaros”; abor-dagem da agricultura biológica como contributo para a melhoria do ecossistema agrícola, pro-movendo a prática da compos-tagem; percurso de descoberta e interpretação de uma linha de água na envolvente da escola; comemoração do dia mundial da Floresta com a realização de se-menteiras de plantas autóctones nos canteiros da escola; elabora-ção de artigos sobre o Ambiente para o jornal e portal da escola; exposição, no dia aberto das ciências experimentais, sobre as actividades desenvolvidas; realização de uma caminhada na envolvência da escola, pró-ximo das habitações dos alu-nos, no sentido de alertar para a preservação do ambiente; re-alização de uma feira ecológica dedicada ao consumo respon-sável e à agricultura biológica; implementação da separação selectiva no espaço escolar.

PaTrIMÓnIo BIolÓGIco da escolaAmpliação do lago e sua electri-ficação; plantação de espécies vegetais adequadas à margem do lago; criação de um jardim de “cactos e pedras” em articu-lação com o lago.

“soMos jornal”Publicação de dois números do jornal e de uma edição do pri-meiro anuário da escola.

escm: uma escola dinâmica

os nossos ProjecTos

Os “Euromaniacos” do Castêlo da Maia (12º D) ficaram em nono lugar no escalão etário 15 - 18 anose estão de parabéns, uma vez que estavam a concurso 234 cartazes. No dia 20 de Novembro, decorreu a ce-rimónia de entrega de prémios do Concurso e foram finalmente revelados os grandes vencedores:1º Lugar - Equipa EPM - Escola Profissional do Montijo - 90 pontos2º Lugar - Equipa Master Media - Escola Profissional Mariana Seixas - Viseu - 85 pontos3º Lugar - Escola Profissional Cenatex - Guimarães - 75 pontos

9º Lugar - Equipa Euromaniacos - Escola Secundária do Castelo da Maia - Maia - 35 pontos Os cartazes vencedores poderão ser visualizados no website: www.eurojovem.euOs nove melhores de cada faixa estão publicados no website da Oikos www.oikos.pt

Gorete Porto, PQE

“A UNião EUropEiA E A Não DiscriMiNAção”Concurso Europeu

18 SomoS Jornal | FEVEREIRO 2008

Page 19: Jornal ESCM - nº7 - Fevereiro de 2008

Tenho folhas sem ser árvore, e falo sem ter voz, 1. se me abres, não me queixo… adivinha quem sou eu.Qual é a coisa, qual é ela, que ainda agora falei 2. com ela?Qual é a coisa, qual é ela, que se vê num minuto, 3. numa semana, num mês, e num ano não se vê? A que mulher, se lhe puseres um til, 4. fica muito baixa?Qual é o pai que não tem filhos?5. Qual é a maior palavra do mundo?6. Quais são as cinco palavras de duas sílabas, 7. que começam todas por uma vogal e têm a letra “v” no meio?O que é que se vê no meio do sol?8. Quais são as letras que não se conseguem ver?9. O que existe mesmo no centro de Paris?10. Qual é a cidade portuguesa cujo nome tem 11. as cinco vogais?O que fica um planeta, se retirares um “e”?12. Além do coati, colibri, javali, sagui, 13. diz um nome de um animal que conheces bem e termina em “i”?O que diz o mar ao homem?14.

Adivinhas

As respostas saem na próxima edição de somos JornAlos primeiros três a responderem, de uma correcta, a todas as adivinhas ganha um Prémio.As respostas devem ser enviadas para o endereço electrónico de somos JornAl

caça

ao erro

FEVEREIRO 2008 SomoS Jornal 19

Page 20: Jornal ESCM - nº7 - Fevereiro de 2008

No passado dia 19 de Novem-bro realizaram-se, na nossa escola, as eleições para os representantes da associação de estudantes.

Concorreram cinco listas (Lista A, B, C, D e E). Ao dia das elei-

ções, antecedeu-se uma semana de campanha, na qual cada lista organizava actividades, espalhava cartazes pela escola e anunciava o que se propunha a fazer.

A vencedora foi a lista A, com a

maioria dos votos. Os alunos que fazem parte da lista vencedora atestam que a semana em que de-correu a campanha na escola foi umas das melhores de sempre.

Emiliana Silva, 10ºB

e s c o l A s e c u n d á r i A d o c A s t Ê l o d A m A i A

Eleições para a Associação de Estudantes

Este grupo actuou na escola no dia 15 de Novembro para apoiar a Lista A na campanha.

Alguns membros da lista A, a actual Associação de Estudantes

MoMEnTuM CrEw

Pais promovem leituraA Associação de Pais e encarregados de educação da escm lançou o seu primeiro jornal, com especial destaque para a promoção da leitura entre os alunos e as suas famílias.

destaca-se esta edição, pois o envolvimento dos pais favo-rece o clima escolar e faz com que os filhos se sintam bem na escola.