ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ • Rua Henrique Gorceix, 80 • Padre Eustáquio • BH/MG • 30720-360

Ano X

Nº 24Novembrode 2012

JORNAL

Família de Caná “Fazei o que Ele vos mandar”

Reynor e SimoneO casal de serventes reuniu fami-

liares e amigos no Caná, para celebrar, com Missa e coquetel, suas Bodas de Prata de casamento.

Macarrão da Nossa CasaA tradicional promoção, já na 7ª

edição, lotou as dependências do Re-canto de Caná, oferecendo um “festi-val” de massas, fraternidade e alegria.

251ª Revisão MatrimonialUm novo grupo de casais passou a

integrar a Família de Caná, através do encontro realizado nos dias 20 e 21 de outubro. Sejam bem-vindos!

Consultório OdontológicoA Família de Caná recebeu em do-

ação um equipamento odontológico, que já está a serviço dos candidatos à internação.

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Aconteceu no cAná Fazenda Recanto de CanáCerimônia de entrega da Bíblia celebra conquista de vida nova

Com a cerimônia de entrega da Bíblia, cinco jovens conclu-íram com êxito seu processo de recuperação de 9 meses na Fazenda Recanto de Caná. A celebração contou com cerca de 100 pessoas, entre internos, familiares e amigos dos con-cluintes. A cerimônia foi presidida pelo Padre Osvaldo, com a presença do Padre Marcos, Geraldo Magno e outros cola-boradores. O clima era de intensa emoção pelos comoventes depoimentos dos concluintes. A equipe de música da Fazen-da abrilhantou a cerimônia com belíssimos cantos.

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MENSAGEM DO PAPAConciliar atividades profissionais, vi-vência religiosa e vida familiar é um dos desafios da família de hoje. Esse é o tema da mensagem de Bento XVI.

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ILDEU E YARAMuitas pessoas, mesmo ausentes fisi-camente, são inesquecíveis no Caná, pelos serviços prestados a nossa causa. Por isso merecem nossa homenagem.

PÁGINA 3

CARRASCA OU HEROÍNAA recuperação da dependência química não se consegue com medidas paliati-vas. Exige coragem e, não raro, atitudes heroicas. É o que mostra este depoi-mento contundente.

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VARIEDADESDicas da Teresa (orientação nutricional e uma imperdível receita), palavras cru-zadas e outros passatempos.

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AGRADECIMENTO AOS PATROCINADORES DO JORNAL FAMÍLIA DE CANÁAlém da fé em Deus, duas coisas movem o Caná: tempo e dinheiro. Há pessoas que doam do seu tempo, contribuindo para o resgate de famílias

submersas na desarmonia ou reféns das drogas. Outras, por causa de compromissos familiares e profissionais, não podem doar seu tempo, mas contribuem para nossa missão através de doações financeiras. A todas o Caná é imensamente grato.

Entretanto, queremos fazer menção especial aos anunciantes do jornal Família de Caná e às pessoas que deram sua contribuição através do bo-leto encartado na última edição. Graças a vocês é que tem sido possível manter este informativo, tão importante para divulgar o trabalho do Caná.

Estejam certos da nossa gratidão. E que Deus cumule vocês e as suas famílias de copiosas e seletas bênçãos!

A EQUIPE DE COMUNICAÇÃO

PRÓXIMOS EVENTOS: Anote e participe24 e 25 de novembro - ENCONTRO EVANGELIZAR01 e 20 de dezembro - ESCOLINHA DE SERVENTES

GRUPO DE SEGUIMENTOA Dra. Sônia salienta, em entrevista, a importância do Grupo de Seguimen-to no processo de recuperação e como aconteceu o seu envolvimento com o Caná.

PÁGINA 8

Informativo da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ - Novembro de 20122

PALAVRA DO PRESIDENTE

Voluntariado e Apostolado

ARTE NATIVA PRODUTOS NATURAIS LTDA. www.artenativa.ind.br

PASSOS TÍMIDOS DA COMUNIDADE SAMARITANA

Publicação da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁRua Henrique Gorceix, 80 Padre Eustáquio - BELO HORIZONTECEP 30720-360– MG - Telefone: (31) 34629221familiacana@ig.com.br www.familiadecana.com.brCNPJ nº 16.881.294/0001-48Entidade filantrópica de utilidade pública• Decreto Federal – Proc. MJ 2042/97, 20/06/97• Lei Estadual 9.073, 11/12/84• Lei Municipal 6.372, 18/08/93 (Belo Horizonte)• Lei Municipal 2.958, 30/11/06 (Rib. das Neves)

Conselho Nacional de Assistência SocialCertificado nº 28.984.016095/94-01Presidente: José Afonso Pinto de AssisDiretor: Padre Osvaldo GonçalvesRedator: José Wagner Leão Editor: Frederico Melo Paixão Colaboradores: Danilo dos Santos Pereira, Sued Carvalho Chamone, Tereza Chamone, Frederico Melo Paixão, Samuel de Freitas Rodrigues, Maria da Conceição Silva Toledo.Tiragem: 10.000 exemplaresDiagramação arte e impressão: FUMARC

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EDITORIAIS

RECADO DO PADRE OSVALDO

Voluntariado é o conjunto de ações de interesse social e comunitário em que toda a atividade é revertida a favor do serviço e do trabalho, sem qualquer remuneração ou lucro. É uma profissão de prestígio, visto que o voluntário ajuda quem precisa, contribuindo para um mundo mais justo e mais solidário. O voluntariado tem se tornado um importante fator de crescimento das organi-zações não governamentais do Terceiro Setor. É graças a esse tipo de trabalho que muitas ações da sociedade organizada têm suprido o pouco ou nenhum investimento governamental em educação, saúde, lazer e outros.

Voluntário é o indivíduo que de forma livre, desinteressada e responsável se compromete, de acordo com as suas aptidões, a desenvolver, no seu tempo livre ações de voluntariado. Atuar como voluntário é ter um ideal por bem fa-

zer, que assenta numa relação de solidariedade, traduzida em gratuidade no exercício da atividade beneficente. O voluntário deve cumprir regulamentos e atender as diretrizes da entidade em que atua. Não tem o direito de atuar de acordo com seu pensamento e vontade. Isso pode prejudicar a organização das ações conjuntas de voluntariado.

Por analogia, poderíamos definir o apostolado cristão como conjunto de ações pastorais de interesse social e comunitário, realizadas à luz do Evangelho. Atuando na sua paróquia ou diocese, o agente de pastoral coloca seus dons, recebidos do Espírito Santo, de forma livre e desinteressada, a serviço dos mais necessitados, buscando atender suas carências temporais e espirituais. Ousada-mente, definimos o agente de pastoral como um voluntário, no sentido pleno da palavra, porém, mais completo e especial, porque atua no campo material e espiritual das necessidades humanas.

A Associação Família de Caná, que possui os títulos de Entidade de Utilidade Pública, muni-cipal, estadual e federal, depende de voluntários para cumprir sua missão estatutária. Entretanto, depende mais ainda dos voluntários que atuam como agentes de pastorais, pois tem na sua origem e fundação o serviço da Pastoral Familiar na Arquidiocese de Belo Horizonte. Portanto, tudo que os serventes da Família de Caná fizeram ou fazem nos encontros de Jovens, de Adolescentes, de Senhoras, de Casais e do GRAFA, tem característica ambígua: é, ao mesmo tempo, ação de volun-tariado e ação de apostolado cristão.

A Comunidade Samaritana, cuja semente foi plantada neste ano pelo nosso querido Padre Osvaldo, está em processo de germinação e inclui na sua proposta todo o serviço que já é realiza-do pelos voluntários agentes de pastoral na Associação Família de Caná. Ou seja, a Comunidade Samaritana já está nascendo com uma “carteira” enorme de serviços prestados e que precisam ser estendidos a outros irmãos necessitados.

Eu e minha querida Ariádina aceitamos o convite do P.O. e estamos participando da Comuni-dade Samaritana. Os encontros das segundas-feiras, têm sido muito ricos em espiritualidade, com reflexões muito bem conduzidas pelo P.O. e cantos de louvor e alegria. Estamos regando a semente plantada. Em breve, será uma árvore grande e cheia de frutos, se Deus quiser.

Venham participar deste momento conosco, toda segunda-feira às 20h. Um forte abraço com votos de Saúde e Paz!

José Afonso Pinto de Assis

Depois de ter falado a muita gente sobre a Comunidade Sama-ritana e feito muitos convites pessoais, recebi manifestação de algu-mas pessoas interessadas. Mandei-lhes uma carta, informando que, a partir da primeira segunda-feira de outubro, teríamos uma reunião semanal, em nossa sede. Isso vem acontecendo todas as segundas-feiras às 20 horas.

À primeira reunião compareceu um número de pessoas suficien-te para nos dar esperança. Alguns não voltaram mais, mas sempre tem vindo gente nova e o número de participantes tem crescido. De comum acordo, ficou definido que nossa reunião seria uma hora de oração, para “regar e adubar” a semente da Comunidade Samaritana. Seremos IRMÃOS CONSAGRADOS A SERVIÇO DOS IRMÃOS NECESSITADOS. Pelo visto, muitas pessoas estão satisfeitas com o modo de conduzir a hora de oração, e já temos como garantida a sua presença. Alguns assumiram tarefas e vêm dando sinal de entusiasmo pelo projeto. Isso me alegra e faz crescer a minha esperança.

Para pertencer à Comunidade a proposta é querer ser “o adorador que o Pai procura”, conforme o diálogo de Jesus com a samaritana, e ser o próximo do irmão que precisa da minha ajuda, segundo a parábola do “Bom Samaritano”. Um primeiro ato de consagração é a Entronização do Sagrado Coração de Jesus em nosso lar.

Sobre a Entronização/Consagração, proponho a leitura do livro editado por nós e a cons-ciência de que não se trata somente de colocar uma imagem do Sagrado Coração na parede. A família que faz a Entronização deve realizar uma síntese de fé e vida: procura ser coerente com o ideal cristão, praticando a justiça, vivendo honestamente, respeitando os direitos dos outros; participa da Eucaristia no domingo e cultiva o hábito da oração e leitura da Bíblia, no lar; preocupa-se com as obras de caridade e ajuda os necessitados; interessa-se pelas vocações sacerdotais e ora pelos padres e seminaristas; compromete-se com a comunidade paroquial nos trabalhos de pastoral e de promoção social.

Lembro aqui duas das promessas de Jesus a Santa Margarida Maria: “Abençoarei a casa onde for exposta e honrada a imagem do meu coração”; “Farei reinar a paz em suas famílias e as consolarei em todas as suas aflições”.

Para toda a Família de Caná um grande abraço e muitas bênçãos!

Pe. Osvaldo Gonçalves SSCC

O Grupo de Senhoras do Bazar das quar-tas-feiras participou das solenidades do Beato Padre Eustáquio, no dia 30 de agosto, como fazem todos os anos. Sob a coordenação da Rubinha, as participantes do Grupo reveza-ram-se o dia todo, expondo os produtos que confeccionam durante o ano, ou recebem em doação. Há uma clientela fiel, que adquire rou-pas, panos de prato, artefatos de crochê e gran-de variedade de itens, a preços bem módicos,

para uso próprio ou para revenda em bairros de periferia, proporcionando uma renda sem-pre bem-vinda, destinada às obras da Família de Caná.

Apesar da jornada extenuante e do des-gaste de lidar com um público diversificado no trato e nas exigências, grande parte de meros curiosos, recebem a todos com um sorriso nos lábios dedicadas à tarefa que assumiram por amor à causa do Caná.

Grupo do Bazar na Festa do Beato Padre Eustáquio

Informativo da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ - Novembro de 2012 3

Este espaço é seu. Suas opiniões são muito importantes para captarmos o que você quer do seu jornal.

OPINIÃO DO LEITOR MENSAGEM DO PAPA

POR ONDE ANDA?

Adorei receber o jornal pelo e-mail. É super-práti-co. E gostei mais ainda quando li a homenagem aos queri-dos Tião e Neida. É emocionante lembrar deles, por todos os momentos bons que eu e minha família vivemos junto desses amigos e de seus filhos.

Trabalhei por quase 30 anos com o Tião, para mim Cel. Domingues, numa convivência de pai e filha, e até hoje em muitos momentos de minha vida fico imaginando como ele reagiria numa determinada situação. Foram muitos e bons conselhos que tive o privilégio de receber dele. Com ele aprendi que a caridade e a solidariedade devem ser ações constantes em nossa vida, que o próximo é realmente aque-le que está bem perto de nós. E assim realmente ele vivia. Por muitas vezes o vi discretamente fazendo doações a pes-soas necessitadas, desconhecidas, que o procuravam pedin-do ajuda. Que saudades do Cel. Domingues... Que sauda-des do Tião da Neida. Parabenizo pela matéria e agradeço a gentileza do envio. Cristina Mara Carvalho

Parabéns pela ótima edição do jornal Família de Caná; agradecemos o envio do mesmo para nós, assim matamos a saudade do querido Caná e do tempo que trabalhávamos aí. Saudades também do P.O. Enviaremos pelo Bradesco nos-sa colaboração. Deus abençoe vocês por esse trabalho de divulgação tão importante para todos nós que conhecemos a obra maravilhosa do CANÁ. Ildeu e Yara

A palavra do Papa Bento XVI enriqueceu demais a úl-tima edição do nosso jornal. Sempre lúcido, claro e objeti-vo, ele ressalta muito bem o sentido do matrimônio cristão, que não é doar algo, mas doar-se a vida inteira. A impor-tância de que os pais transmitam aos filhos o sentido da vida, a beleza de “honrar pai e mãe” e a harmonia entre os irmãos. Finalmente, a compreensão do domingo como dia da Festa, na refeição do Senhor e na refeição familiar, e a arte de “harmonizar os horários de trabalho e as exigências familiares. Muito lindo. Pedro Ernesto e Maria Eulália

MENSAGEM PARA:e-mail familiadecana@ig.com.br site www.familiadecana.com.br

(clique em “contato”)

Encontramos Ildeu e Yara em seu confortável apartamento, decorado com quadros pintados pelas mãos talentosas da Yara. A pequena varanda tornou-se um aconchegante lugar de oração diária. Fala-mos de amenidades e também da enorme saudade dos casais amigos que o tempo se encarregou de afastar e de pessoas que já se encontram junto de Deus. Chamou a atenção a saudade que sentem da neta Marcela, falecida precocemente em um acidente de automóvel, aos 11 anos de idade. Ildeu e Yara estão casados há 56 anos, e dessa abençoada união vieram 5 filhos, 8 netos e 4 bisnetos.

Sobrevivente de um câncer no estômago, Ildeu passou de 83 para 38 quilos de peso e hoje estacionou nos 55. A sua compleição robusta e seus conhecimentos de professor de Educação Física na PMMG, onde reformou como Coronel, foram fundamentais para sua recuperação. Aos 83 anos, ainda dirige seu carro para fazer visitas, ir à Igreja participar das missas e do terço dos homens (que ele implantou), ir ao ban-co, ao supermercado, e viajar a Poços de Caldas, onde pos-sui um apartamento. Ele é de Campestre, na mesma região. Atuando intensamente na Paróquia do Espírito Santo, Ildeu é vicentino, foi Ministro da Eucaristia, sendo responsável pela

formação de outros quinze para prestarem serviços no Hospital Militar, e diretor, du-rante 16 anos, do Curso de Noivos.

Yara também desenvolve atividades múltiplas: aulas de pintura, hidroginásti-ca, professora de dança sênior (tem uma aluna de 89 anos) em uma academia e na igreja, Pastoral do Batismo. Foi a funda-dora do Bazar das Senhoras, que funciona nas quartas-feiras, no Caná, e diretora da Escolinha de Serventes.

Eles fizeram o 35º Encontro de Re-visão Matrimonial, do dia 31 de agosto a

02 de setembro de 1979. Bem humorado, Ildeu lembra que esse foi o último Encontro em que o Padre Osvaldo usou uma longa barba. Como serventes, participaram de 75 encontros, na equipe de cozinha ou ministrando as palestras de Adminis-tração Financeira do Lar, Igreja, Harmonia Sexual, e uma so-bre Nossa Senhora, também apresentadas em várias paróquias de Belo Horizonte. Ildeu e Yara garantem que estão afastados apenas fisicamente do Caná, mas não em seu coração.

Quando nos retiramos, ambos fizeram questão de acom-panhar-nos até a rua. Entramos em nossos carros, e nosso co-ração já ia batendo um tic-tac que era pura saudade de Ildeu & Yara.

Danilo dos Santos Pereira

Ildeu e Yara

O Papa em festa com as famílias do mundoPor ocasião do VII Encontro Mun-

dial das Famílias, em Milão, Bento XVI participou da Festa dos Testemu-nhos. Reportamos a conversa, com o Santo Padre, da família Rerrie, de Nova Iorque: Jay, contabilista, Ana, professo-ra, e seis filhos, entre 2 e 12 anos.

FAMÍLIA RERRIE: “Nos Estados Unidos, uma das prioridades absolutas é manter o emprego e, para conseguir isso, é preciso não olhar horários… E quase sempre quem padece são as rela-ções familiares. As empresas não facili-tam a conciliação do tempo de trabalho com o tempo da família. Santo Padre, pode dar-nos algum conselho para en-contrarmos esta harmonia tão necessá-ria? Como ajudar as famílias a viverem a festa segundo o coração de Deus?”

SANTO PADRE: Acho que entendo esse dilema en-tre duas prioridades: o emprego, que é crucial, e a família. Como conciliar as duas prioridades? Posso somente tentar dar algum conselho.

Primeiro ponto: Há empresas que de certo modo permi-tem um tempo extra para a família – o dia do aniversário, por exemplo – por terem percebido que dar um pouco de

liberdade, ao fim das contas, favorece a própria empresa, porque reforça o amor ao trabalho, ao emprego. Gostaria de convidar os empregadores a pensarem na família, a darem uma mão para que se possam conciliar as duas prioridades.

Segundo ponto: É preciso cultivar uma certa criatividade, o que nem sempre é fácil! Mas pelo menos tentemos, cada dia, trazer algum elemento de alegria à família, uma atençãozinha, alguma re-núncia à vontade própria para estar com a família; aceitar e superar as trevas, pen-sando neste grande bem que é a família. Assim, na grande preocupação de dar algo de bom cada dia, se encontrará uma conciliação das duas prioridades.

Finalmente, temos o domingo, a fes-ta! É muito importante o domingo, “dia do Senhor”, e, precisamente como tal,

também “dia do homem”, para que sejamos livres. Segundo a narração da criação, a intenção originária do Criador era esta: um dia em que todos estejam livres. Nessa possibili-dade de um ser livre para o outro, para si mesmo, se é livre para Deus. Penso que defendemos a liberdade do homem, defendendo o domingo e os dias festivos como dias de Deus e, deste modo, dias para o homem.

(ZENIT.org)

Informativo da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ - Novembro de 20124

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Anunciar no Jornal Família de Caná

é trabalhar pela causa da FAMÍLIA

e contra a praga das DROGAS

Instrumento de Evangelização

O PRODES NA MINHA VIDA ENTRONIZAÇÃO DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS NOS LARES

A adolescência é uma fase complicada. É quando, tentando romper com o mundo infantil, rejeitamos os conceitos e ensinamentos recebidos dos pais, descobri-mos e exploramos as possibilidades do mundo e, prin-cipalmente, desafiamos a tudo e a todos. Foi no final da adolescência que conheci o Recanto de Caná. Com relutância, aceitei participar da Parada Prodes, mais por curiosidade que por convicção. Conheci então pessoas que defendiam os valores de uma vida baseada nos en-sinamentos de Cristo. A emoção e energia daquele final de semana foi simplesmente inebriante. Saí do Recanto de Caná extasiado!

Os ensinamentos que absorvi no Prodes ajudaram a me manter no caminho. Mas quando estava começando a me engajar no trabalho, fui para Itabira fazer estágio de meu curso técnico e me afastei do grupo. Mas a se-mente estava plantada. Nunca perdi totalmente o con-tato com o grupo, mas parecia que a distância era tão grande e que tudo acontecera há tanto tempo! Carreguei a herança do Prodes em meu coração, mas escondi os meus talentos. Foquei na vida profissional, deixando de lado a vida cristã.

Mas recebi um novo chamado do Prodes, mais uma vez resolvi atendê-lo e mais uma vez recebi muito mais que ofereci. Em 2008 começou a nascer a ideia do en-contro na Fazenda. Fiquei pensando no trabalho que daria, no tempo que eu não tinha para me dedicar. Mas resolvi participar, e foi uma das melhores escolhas que já fiz. O encontro reavivou lá no fundo de minha alma uma chama adormecida, que, só então percebi, esteve guiando meus passos ao longo desses anos, concreti-zando valores nas tomadas de decisão, proporcionando alento nos momentos difíceis, aquecendo a alma nos momentos sombrios, sinalizando os meus caminhos e mantendo a latente vontade de ser útil, ajudar o próximo e a mim mesmo.

Tenho certeza de que os ensinamentos e o amor que recebi através do PRODES, não só influenciaram a mi-nha vida de maneira determinante, mas me acompanha-rão pelo resto de minha caminhada.

Mozart Lima

“Saí do Recanto de Caná extasiado!”

Todas as forças do Padre Osvaldo estão focadas, no momento, em conscientizar a Família de Caná da importân-cia da evangelização. Para esse fim, criou o Encontro Evan-gelizar e está sonhando com a Comunidade Samaritana.

“Todo leigo na Igreja tem a missão de evangelizar”, prega ele. “As palavras de Jesus, fa-zei ‘discípulos todos os povos’, valem para todos nós, padres e leigos. A Entronização é um ins-trumento. Ter o Sagrado Coração de Jesus no lar e consagrar a ele a vida não é apenas uma devoção, mas um modo de viver como dis-cípulo de Jesus Cristo. Modo que assegura a paz no lar e oferece remédio para os males, solução para os problemas. Mas, antes de ser entronizado no lar, é preciso que o Cristo encontre lugar nos corações”.

“Há cerca de 30 anos, fize-mos a entronização do Sagrado Coração de Jesus em nossa casa, com a presença do Padre Osval-do – nessa época ele ainda podia se dar esse luxo! – Escolhemos com carinho uma estampa para simbolizar a sua presença e O acolhemos, ou melhor, Ele nos acolheu em seu Coração. Lugar de honra, bem à vista de quem entra em nossa casa.

Para nós, a entronização significou trazer Cristo para a nossa vida, desfrutar do seu grande amor e espalhar esse

amor a quantos convivem conosco. Nossa vida mudou, por-que crescemos na fé e nos comprometemos com o serviço do Reino, na família, no Caná e na nossa Paróquia. Ele nos deu sabedoria para criar os nossos filhos, que hoje seguem

o próprio caminho. Esse tempo nem sempre foi um mar de rosas; pelo contrário, enfrentamos tra-balhos, preocupações, sofrimen-tos. Mas sempre fomos felizes, porque encontramos em Cristo o colo onde nos abrigar e escutar a sua Palavra.

Recentemente, experimenta-mos a força dessa presença numa situação para nós dolorosa. Por motivos que ele sabe, fomos im-pedidos de continuar a nossa atuação na Paróquia. Ficamos inconformados, porque tínhamos a consciência de que podíamos ser úteis e havia gente precisan-do de nós. Deixamos a poeira assentar, sossegamos o coração e voltamos à carga. Fomos de novo acolhidos e retornamos ao trabalho que vínhamos desenvol-vendo com os pais das crianças e adolescentes da Catequese.

Vemos com pesar, à nossa volta, quantas famílias não toma-ram consciência e não usufruem dessa graça. Vamos atender aos

apelos do Padre Osvaldo e do Coração de Jesus e aderir à Entronização.”

Ângela do Wagner

Informativo da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ - Novembro de 2012 5

Carrasca Ou heroína?

PORTA MÁGICA PARA A FELICIDADE

A VIDA NO PÓS-ENCONTRO

Idos de 1980. Malvina descobriu que Pascoal está en-volvido com drogas. Sentindo-se frágil e incapaz de ajudar o filho, procurou a Família de Caná. Começou a frequen-tar as reuniões do Grupo de Apoio, que funciona na sede da Associação, toda terça, quarta e quinta-feira, a partir de 19h30min. Ali descobriu a ferramenta chamada “amorexi-gente” e, através da partilha com outras mães e pais que vivem o mesmo problema, aprendeu como aplicar isso no dia a dia. Tomou consciência de que o amor verdadeiro não consiste apenas em satisfazer as necessidades nem muito menos as “vontades” dos filhos. É exigir responsabilidade e participação, é impor limites e estabelecer funções. Cortar na carne, se preciso.

Não conseguindo resultados com as atitudes que passou a adotar, resolveu partir para a medida extrema e dolorosa. Chamou o filho: “Pascoal, você sabe quanto eu te amo. Te amei tanto que para você nascer eu tive de me submeter a longo e penoso tratamento. Por isso não aceito perder você para as drogas. Esta casa é, sempre foi e sempre será sua. Mas, a partir deste momento, nela a droga não entra mais. Drogado você nunca mais vai passar por esta porta a den-tro.”

Falou e cumpriu. Quantas vezes ela escutou, altas horas da noite, de madrugada ou de manhãzinha, Pascoal bater: “Mãe, me deixa entrar, estou com fome... estou com frio”. Com o coração sangrando, aos prantos, Malvina resistiu. No fundo do poço, Pascoal um belo dia procurou a mãe: “Me ajuda, eu quero sair dessa!”

É ele quem conta: “Tive a oportunidade de ir viver na Fazenda Recanto de Caná. Em 11 de agosto de 1987, uma manhã de segunda-feira, tornei-me o 13º pioneiro daquele lar, e permaneci os nove meses de tratamento. Hoje, pas-sadas mais de duas décadas, encontro-me com 43 anos, li-vre de qualquer tipo de escravidão, muito bem empregado, prestes a aposentar e, o mais importante, casado e com uma família maravilhosa. Continuo sonhando com o futuro!!!”

Que nome vamos dar a essa mãe? Mãe carrasca? Mãe coragem? Mãe heroína? Será que valeu a pena?

José Wagner Leão

Nosso casamento estava numa crise longa e desgas-tante. A Julie já pensava em separação, e eu não queria. Buscando ajuda, nos indi-caram o Encontro de Revi-são Matrimonial do Caná. Convencê-la a ir foi difícil, mas acabamos participando. Foi fantástico, emocionante e esperançoso. Ao final cho-ramos de emoção e de medo. Mesmo não tendo sido ven-cidas todas as resistências, saímos dali convencidos de que devíamos lutar pela ma-nutenção da nossa união.

Na segunda-feira, ainda tínhamos o encontro quenti-nho em nossos pensamentos e corações. Os problemas continuavam lá, e na quarta-feira o Encontro já parecia distante. “Meu Deus, não adiantou nada?” As coisas começaram a mudar quando recebemos um telefonema da Ariádina e do Zé Afonso, convidando para o tal Pós- Encontro.

Como a coisa estava feia, fomos de pronto. De cara, tive a sensação de que não era o meu lugar: as pesso-as abordando e discutindo os mesmos problemas que nos levaram àquela situação. E eu me perguntei: “Meu Deus, o que estou fazendo aqui?” Ao final, a cortesia das pessoas para conosco aumentou a desconfiança. Nós, com aquela “cara de tacho”, quando a Ariádina nos disse: “Se vocês não gostaram esse é o motivo mais forte para voltarem daqui a quinze dias.” O tempo pas-sou rapidamente e com dificuldade voltamos. Ao final, o mesmo sentimento. A Ariádina aproximou-se no-vamente e disse: “Se ainda não gostaram, voltem até aprenderem a gostar”.

Gostando ou não, começamos a frequentar o Pós-Encontro. Cada dia uma discussão diferente e soluções diferentes, as pessoas falando coisas que não conse-

guiam falar em casa. Começamos então a entender a importância daquelas reuniões, pois sempre voltáva-mos para casa discutindo sobre o comportamento nos-so e dos outros casais e o que poderíamos fazer para mudar. E passamos a fazer algo que não fazíamos com frequência: dialogar. Aos poucos vieram a harmonia e a compreensão. A vontade de separar foi embora e parecia que nunca tinha existido. Quando demos por nós, não conseguíamos mais ficar sem comparecer às reuniões. Fazemos parte do Mutirão 79 desde outubro de 2004.

Conclusão: O Encontro de Revisão Matrimonial, tem um resultado efêmero e o casal esquece rapidamente tudo que foi visto e ouvido. Mas oferece a chave que abre uma porta mágica, o Pós-Encontro. É nas reuniões que expomos nossas falências e dificuldades e conseguimos ajuda para o nosso casamento e aprendemos a ajudar. Sem essa “Porta Mágica para o Casamento” não conseguimos levar adiante o objetivo de transformar nossa união em Felicidade.

Julie/Helvécio

Informativo da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ - Novembro de 20126

VARIEDADES

IMPORTANTE!...Serão sorteados 5 exemplares do livro

Em Oração com a Bíblia na Mão, do Pe. Osvaldo,entre os que enviarem as respostas corretas

das Palavras Cruzadas.

SÓ... RIA!

A mãe já não estava suportando as travessuras e mal-criações do João-zinho. Conversando com o Pároco, ele se ofereceu:

- Mande o Joãozinho todo dia lá em casa que vou dar um jeito nele.

A mãe aceitou a boa vontade do Pa-dre e mandou o filho ir conversar com ele, que resolveu testar os co-nhecimentos de catecismo do garo-to.

- Onde está Deus, Joãozinho? Espan-tado com a ignorância do menino, que não sabia responder a uma per-gunta tão elementar, o Padre tornou a perguntar em tom de voz alterado:

- Joãozinho, onde está Deus? Aproveitando um descuido do Pa-

dre, Joãozinho voltou desabalado para casa.

- Mãe, Deus sumiu, e o Padre está achando que o culpado sou eu...

opq

Marido e mulher - que ainda não fi-zeram o Encontro de Revisão Matri-monial do Caná - estão num tremen-do bate-boca, quando a campainha toca. A empregada abre a porta:

- Eu gostaria de falar com o dono ou a dona da casa – pede uma senhora.

E a empregada responde:- A senhora vai ter de esperar um bom

tempo, porque já faz mais de uma hora que eles estão discutindo exa-tamente quem é que manda na casa.

opq

O pai de santo pergunta ao candidato a médium:

- Você costuma ouvir vozes sem saber quem está falando ou de onde vêm?

- Claro que sim.- E quando isso acontece?- Quando atendo o telefone!

Horizontais4. “João confessou: Eu não sou o ....” (Jo 1,20)

5. “Isso aconteceu em...” (Jo 1,28)

6. “Eu vi o Espírito descer como uma....” (Jo 1, 32)

9. “Jesus viu .... aproximar-se” (Jo 1,47)

10. “A mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm mais ....” (Jo 2,3)

11. “E disse: Eis o ....” (Jo 1,29)

12. “Encham de.... esses potes” (Jo 2,7)

Verticais1. “E a Palavra se fez....” (Jo 1,14)

2. “Jesus tinha sido convidado junto com seus ....” (Jo 2,2)

3. “No terceiro dia, houve uma festa de .... em Caná” (Jo 2,1)

7. “No dia seguinte, Jesus decidiu partir para a ....” (Jo 1,43)

8. “No princípio a .... já existia” (Jo 1,1)

CRUZADINHA COM O EVANGELHO NA MÃO

(Novo Testamento – Edição Pastoral – Paulus)

DICAS DA TERESARECEITA DE INHOCÃO

1 kg de batata cozida e espremida1 copo de requeijão1 lata de creme de leite1 colher de sopa de margarinaTempero de alho e sal Peito de frango cozido e desfiadoPresunto e mussarela ralados ou em fatias

MODO DE FAZER:Misture a batata com o requeijão, a mar-

garina, o tempero e o creme de leite e coloque em uma forma refratária untada. Espalhe por cima o frango, o presunto e a mus-sarela e leve ao forno para gratinar. Sirva com arroz branco e salada.

SAÚDePrevenindo e remediando

O alho é considerado o mais potente antibi-ótico da natureza. Ele contém alinase, substân-cia capaz de matar vírus e bactérias. Muito rico em nutrientes, contém vitaminas A1, B2, B5, C, K, E, aminoácidos, adenosina e sais minerais (ferro, cálcio, silício, iodo), enzimas e compos-tos biologicamente ativos como a alicina.

Benefícios para o corpo humano: reduz a pressão alta e diminui o colesterol; age contra infecções, vírus e bactérias e melhora a con-gestão nasal; atua na prevenção e no combate a muitos tipos de câncer. É digestivo e vermí-fugo.

O alho como remédio: Para gripes e res-friados, esmague 2 dentes de alho em 1 copo com água e tome 3 ve-zes ao dia; para picadas de insetos, amasse bem 1 dente de alho e colo-que sobre o local afe-tado; como vermífugo, coma 3 dentes pequenos de alho pela manhã em jejum; faça isso durante 1 semana. Teresa Chamone é

Terapeuta Naturista

POEMINHA

DO INFERNO Ao cÉuA doençaO descontroleA insanidadeA rendição...

A entregaA espiritualidadeA aceitaçãoA vontadeO consolo...

Os defeitosAs qualidadesA luzA reparaçãoA alegria...

O inventárioO arrependimentoO conhecimentoO despertarO amor...

O fatoA cenaA penaA dorA ilusão...

A felicidadeO crescimentoA serenidadeA pazA realidade...

A realizaçãoA saúdeA mudançaA consciênciaO ideal...

Édson RCasa São Damião

(Jornal CRIAR-T Vida)

Informativo da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ - Novembro de 2012 7

Aconteceu no cAná

Casal celebra Bodas de Prata no Caná

Consultório Odontológico

Simone e Reynor fizeram questão de celebrar, no Re-canto de Caná, as suas Bodas de Prata de casamento. Eles fazem parte da equipe do Encontro de Revisão Matrimo-nial, e suas filhas Jéssica e Ingrid participam ativamente do grupo de jovens PRODES.

A Simone explicou as razões da escolha. O Caná re-presentou para o casal e, muito particularmente para ela, um recomeço de vida cristã, um amadurecimento na fé e

maior presença de Deus na sua vida conjugal. “Aqui re-almente aconteceu a minha conversão”, confessa ela com simplicidade.

Um grupo numeroso de familiares, amigos e irmãos da Família de Caná lotaram os jardins do Caná para participar da Eucaristia. O casal fez questão que fosse presidida pela Padre Osvaldo, que ostentava um brilho de alegria no olhar. Na homilia, ele discorreu sobre a relação de fé com fideli-dade, confiança e confidência, atributos de um matrimônio duradouro.

O casal recebeu os cumprimentos durante um coquetel, realizado no saguão do Caná, em que os presentes se con-fraternizaram em clima de descontração e alegria.

A Família de Caná recebeu em doação um consultório odontológico completo, já instalado e em funcionamento na sede da Associação. O cirurgião-dentista Dr. Elson Vascon-cellos presta atendimento, como voluntário, às sextas-

feiras, inicialmente para avaliação das condições bucais dos candidatos à internação.

Ele adiantou que “o projeto é ampliar o programa para realização de obturações e extrações dentárias. Para isso, está em curso uma campanha para a aquisição de um aparelho para remoção de tártaro e um aparelho polime-rizável para obturações, além de instrumentos cirúrgicos. Contamos com a colaboração das pessoas generosas.” O agendamento dos tratamentos é feito na Secretaria.

Um festival de sabores

O MACARRÃO DA NOSSA CASA já é quase uma grife. Nascido modestamente, no ano 2000, do desejo de ajudar financeiramente o Caná, reuniu no dia 15 de setembro último mais de 300 pessoas na sede do Caná.

À frente a Maria José, a Vilma do Márcio e a Ma-rilac compõem o grupo pioneiro, ao qual se juntaram depois os voluntários do GRAFA – Grupo de Apoio aos Familiares dos dependentes – que prestam servi-ço nas quartas-feiras. Eles se desdobram - angariam doações, divulgam, ornamentam, cozinham, põem a mesa, servem - para dar ao evento o colorido, a ale-gria, a animação e... o sabor que, ano após ano, vem sendo a marca desse verdadeiro festival de massas.

Foram variadas em tipo e tempero: espaguete, talharim, lasanha, canelone, cabelo de anjo; à bolo-nhesa, ao molho branco, a quatro queijos. Ao todo, nove variedades. Como entrada, saladas. Ao som de música ao vivo, além de se fartar a preço módico, o respeitável público ainda participou do sorteio de brindes. A destacar, entre outros de menor valor, uma TV de 32 polegadas, oferta da Construtora Consita, e vários aparelhos de jantar.

Uma festa para os olhos, o paladar, o olfato, o ouvido e para o coração.

Aconteceu nos dias 20 e 21 de outubro e teve a partici-pação dos casais Glauco/Vanessa, João Henrique/Adriana, Juarez/Raimária, Carlos Eduardo/Maria Cleide, Edilson/Marcelle, Pedro Nelson/Mudesta. Cristovam/Sandra, Lena-dro/Jéssica, José Raymundo/Maria Cornélia, William/Mô-nica, Antônio Carlos/Rosânia, José Maria/Luciana, Rogé-rio/Ana Lúcia, Tiago/Bárbara, Jaime/Ruth, Gilson/Solange, Edgard/Eliza.

Ao final, os casais foram unânimes em destacar o cres-cimento na vida familiar e espiritual que o Encontro descor-tinou para eles. Sejam bem-vindos!

Prodes aborda evangelização em encontro de aprofundamento

O Grupo Prodes realizou, nos dias 27 e 28 de outubro, mais um encontro de aprofundamento. Cerca de 30 jovens participaram do retiro, que teve como tema a evangelização através do Querigma. Dinâmicas, louvores e momentos de reflexão, permitiram aos encontristas avaliar sua conduta cristã e reciclar seus conhecimentos de Igreja.

Na Catequese, o Querigma ou “primeiro anúncio” faz parte da evangelização profética e visa a levar a Boa Nova a todos. Ele faz parte da doutrina cristã e possui os conhe-cimentos básicos que devemos ter antes de evangelizarmos.

Para Thiago Criste, integrante do Prodes, este encon-tro teve um significado especial tanto para os convidados quanto para o próprio grupo. “Encerramos com chave de ouro nosso calendário de 2012 num encontro abençoado, que ajudou a formar verdadeiros cristãos. Devemos isso a todos que contribuíram para sua realização”.

Fred Paixão

251º encontro de revisão matrimonial

9912263973 - DR/MG

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Data de Reintegração

Rubrica do CarteiroInformativo da ASSOCIAÇÃO FAMÍLIA DE CANÁ - Novembro de 20128

ESPECIAL ENTREVISTA

Foi entre cantos e louvores que, no domingo, dia 14 de outubro, aconteceu na Fazenda Recanto de Caná a cerimônia de entrega de Bíblia. Cinco jovens concluíram com êxito seu processo de recuperação e hoje podem se considerar livres das drogas. A cele-bração contou com cerca de 100 pessoas, entre inter-nos, familiares e amigos dos concluintes.

A cerimônia foi presidida pelo Padre Osvaldo, lí-der e idealizador do projeto, e contou com o apoio da equipe de música da Fazenda, que entoou belíssimos cantos. Para Rafael Leandro da Silva Batista, fé e for-ça de vontade foram as principais ferramentas para cumprir o processo. “Passei por muitas tribulações, mas a equipe da Fazenda é extremamente competente e me deu todo o suporte quando mais precisei. O se-gredo é deixar que a Fazenda de Caná passe por você e não o contrário”, afirmou.

Ao fim da cerimônia foi aberta a palavra aos par-ticipantes, em um momento de agradecimentos e lou-vores pessoais, em que ex-internos e familiares deram depoimentos e afirmaram o quanto a Família de Caná foi importante para a recuperação das drogas.

A Família de Caná deseja muitas bênçãos e força de vontade aos ex-internos: EDMAR SOUZA LIMA - MARCELO SOARES - MIGUEL OLIVEIRA PEREIRA - RAFAEL LEANDRO DA SILVA BA-TISTA - THIAGO DE DEUS.

Fred Paixão

Fazenda Recanto de Caná

Entrega de Bíblia celebra conquista de

vida nova

Por que resolveu participar do trabalho de recupe-ração da Família de Caná?

Comecei no Caná como voluntária, na coordenação de gru-pos do GRAFA, e como palestrante. Interessei-me cada vez mais por essa área, busquei literatura especializada e estudei bastante sobre o tema. Nessa época havia poucos profissionais nesse tra-balho, mas descobri um curso no CICLO CEAP – um centro de estudos de psicologia - e passei a participar de todos os eventos relacionados com o tema, na ABRAÇO, e de seminários promo-vidos por instituições afins. Depois me interessei pelo trabalho direto com os dependentes. Atualmente, faço parte da equipe tera-pêutica da Fazenda e coordeno o Grupo de Seguimento.

Como são as reuniões do Grupo de Seguimento e qual a importância delas?

As reuniões constam de reflexões e partilha acerca das difi-culdades e angústias da adaptação (ou readaptação) ao novo estilo de vida. Ajudam os ex-internos a colocar em prática o que apren-deram na Fazenda. Além disso, esses encontros funcionam como “memória”, para que o recuperando não esqueça sua fragilidade diante das drogas. O grupo de seguimento é uma forma de ma-nutenção da sobriedade. Sabemos que mudanças sem manuten-ção se perdem, por melhor que tenha sido o tratamento. O grupo acompanha os ex-internos, na complexa tarefa de reinserção so-cial, e seus familiares, na retomada do convívio com eles.

Atualmente quantas pessoas estão participando?As reuniões ocorrem às quintas-feiras e têm tido uma fre-

quência de 20 a 30 pessoas. Gostaríamos que esses números fossem maiores, mas grande parte dos recuperandos não reside em BH. Além disso, por se tratar de um grupo aberto, o fluxo de entrada e saída de recuperandos torna o grupo mais instável e prejudica de alguma forma o trabalho. Porém, o saldo é positivo, para aqueles que realmente aderem ao grupo.

Como os dependentes reagem às reuniões?Muitos aderem, outros não. Há recuperandos que perma-

necem no grupo além do tempo proposto de 1 ano e se tornam colaboradores. Outros alegam que precisam trabalhar ou estudar e acabam por abandonar o processo. Aliás, penso que a maior dificuldade está na cultura existente entre os recuperandos e seus familiares de que o processo de recuperação termina com a en-trega da bíblia; ao contrário, é aí que tudo começa.

Você acha o resultado compensador?Com certeza o resultado é compensador. Sabemos que as

estatísticas de recuperação são bastante ruins. Porém, para nós que fazemos esse trabalho, uma vida que se recupera já fez o esforço valer a pena. Até porque, para cada recuperado existem muitos outros beneficiados na família e próximas gerações.

Como você se sente com relação ao seu trabalho no Caná?

Penso que, na vida, alguns trabalhos a gente não escolhe, mas é escolhido por eles. Sinto que é um privilégio poder aju-dar pessoas tão sofridas. Também aprendemos muito com a fé e perseverança delas. Frustração, claro que bate esse sentimento às vezes, especialmente quando nos defrontamos com algum re-caído. Mas, assim como deve acontecer com ele, levantamos a cabeça e seguimos em frente.

Grupo de seguimento: Recurso para manutenção da sobriedade

Em 1994, quando um cunha-do, dependente de drogas, precisou se internar, a Dra. Sônia Marília Almeida Via-na, psicóloga, conheceu a Família de Caná. Por sua convivência assídua com o cunhado, foi convidada, com outros familiares, a partici-par do Grupo de Apoio aos Familiares (GRAFA). Surpresa com o convite, porque não entendia nada de depen-dência química nem a importância do trabalho com a família, compareceu, como os demais, sem saber o que vinha fazer. Em 1997, seu filho se envolveu com drogas e foi internado na Fazenda, onde permaneceu 9 meses. Retornou, ficou bem por 2 anos, teve uma re-caída e voltou a se internar. O cunhado se recuperou e trabalhou como coordenador da Fazenda por muito tempo. Atualmente, ambos estão bem. Numa pausa das suas atividades, concedeu esta entrevista ao jor-nal Família de Caná.