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Foco Econômico Volume 9, Edição 6 - ISSN 2317-1049 PIB municípios do “Maranhão do Sul” (2002 - 2014) ENTREVISTA com Sebastião Madeira Siderúrgicas em Açailândia e os Desafios Socioambientais Pág. 04 Pág. 02 Pág. 07 Pág. 03 Análise de Indicadores Socioeconômicos de Imperatriz-ma Sem planejamento, sem a organização econômica, nenhum município, nenhuma empresa, nenhum Estado, nada tem futuro! Porque tem que ter planejamento, tem que ter base para você tomar as decisões e acertar nessas decisões. Pág. 05 FOTO NOTA Parabéns! ALUNOS, PROFESSORES e COLABORADORES Municipalização do Ensino em Imperatriz: Breves Considerações

jornal focoeconomico2017 1 - FEST · criação de escolas públicas na esfera municipal se deu por meio de discussões políticas e ... (PORTAL DA PREFEITURA DE IMPERATRIZ, 2016)

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FocoEconômico

Volume 9, Edição 6 - ISSN 2317-1049

PIB municípios do “Maranhão do Sul”

(2002 - 2014)

ENTREVISTAcom Sebastião Madeira

Siderúrgicas em Açailândia

e os DesafiosSocioambientais

Pág. 04

Pág. 02

Pág. 07

Pág. 03

Análise de Indicadores

Socioeconômicosde Imperatriz-ma

Sem planejamento, sem a organização econômica, nenhum município, nenhuma empresa, nenhum Estado, nada tem futuro! Porque tem que ter planejamento, tem que ter base para você tomar as decisões e acertar nessas decisões.

Pág. 05

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Parabéns!ALUNOS, PROFESSORES e

COLABORADORES

Municipalizaçãodo Ensino em

Imperatriz: BrevesConsiderações

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MUNICIPALIZAÇÃO DO ENSINOEM IMPERATRIZ: breves considerações

FocoEconômico

FOCO ENTREVISTAImperatriz, Fevereiro 201702 FOCO ARTIGO

Amunicipalização da

educação no Brasil

vem acontecendo

desde a época do Império com

o objetivo de descentralizar o

ensino. O movimento acerca da

criação de escolas públicas na

esfera municipal se deu por

meio de discussões políticas e

atos legais que se fortaleceram

ao longo do tempo até a pro-

mulgação da Constituição

Federal de 1988, a qual “esta

instituiu os municípios como

entes da Federação, portanto,

como entes jurídicos com

responsabilidades próprias e

com liberdade para a criação

dos sistemas municipais de

ensino” (ARAÚJO 2009, p.

239).

A Constituição Federal

de 1988, que traz em seu artigo

211, § 2º que a atuação dos

Municípios se dará prioritaria-

mente no ensino fundamental e

pré- escolar, dispôs pela

primeira vez a organização dos

sistemas municipais de ensino

del iberando ao lado dos

sistemas federal e estadual

(SOUSA; FARIA 2014). Com

isso, a Lei de Diretrizes e Bases

da Educação 9394/96, ressalta

que os municípios deverão

oferecer a educação infantil em

creches e pré-escolas e, com

prioridade, o ensino fundamen-

tal (BRASIL, 1996).

A municipalização foi

uma alternativa de democrati-

zação do ensino de modo a

possibilitar aos Municípios a

criação de seus sistemas

educacionais e atribuir, aos

mesmos, autonomia, principal-

mente no que se refere às

políticas educacionais próprias

tanto para Educação Infantil

q u a n t o p a r a o E n s i n o

Fundamental.

De acordo com Oliveira

(2016) a municipalização

promove a articulação das

forças do munic íp io em

prestação de serviços, sendo

um meio de levar os serviços

mais próximos à população,

bem como descentralizar as

ações políticas e administrati-

vas com dis t r ibuição de

poderes públicos e financeiros.

Assim, a municipalização se

torna um método de consolidar

a democracia, estando constan-

temente ligada à participação, e

demonstra que a força do

cidadão está no Município por

ser desburocratizante, partici-

pativa, não autoritária, demo-

crática e desconcentrada.

Em Imperatriz, a munici-

palização do ensino teve seu

início mais precisamente no

ano 1935, quando foi criada a

primeira escola pública muni-

cipal por meio do decreto nº 2,

de 13 de abril de 1935, possibi-

litando a escolarização das

crianças do município. “A

primeira escola do município

de Imperatriz era uma escola

mista primária, sendo a sua

criação justificada pelo então

prefeito como 'necessária' e

'inadiável', tendo em vista o

'grande número de escolares'

existente na cidade” (CRUZ

2013, p. 21). A primeira escola

municipal de Imperatriz,

Escola Mista Municipal ,

ganhou o nome do escritor

maranhense Humberto de

Campos. Porém, a educação

nesta instituição era precária

pelo fato desta escola contar

com apenas duas professoras.

Mais tarde, a Escola

Mista Municipal Humberto de

Campos foi desdobrada em

duas escolas primárias, sendo

uma para meninas e outra para

meninos (CRUZ 2013). Uma

das diversas ações de munici-

palização do ensino é a dispo-

nibilização de prédios escola-

res e mobiliários para melhorar

a qualidade da educação

pública e oferecer aos estudan-

tes locais apropriados para

aquisição e produção de

conhecimento.

A p a r t i r d e e n t ã o ,

Imperatriz vem apresentando

grande avanço, sendo possível

perceber um conjunto de

mudanças no perfil da educa-

ção municipal que se reflete em

seus indicadores e resultados,

com uma posição superior à

média do conjunto do Estado, e

bem próximo à realidade da

média geral dos índices alcan-

ç a d o s n o B r a s i l ( P M E

IMPERATRIZ 2014-2023).

Com a municipalização

d o e n s i n o , f o i c r i a d a a

Secre tar ia Munic ipa l de

Educação, Esporte e Lazer

(SEMED) de Imperatriz, a qual

é responsável por promover

projetos educacionais, planos e

pesquisas, bem como partici-

par do desenvolvimento de

atividades artísticas, científi-

cas, culturais e técnicas. A

SEMED de Imperatriz tem

ainda a função de formular

políticas públicas e diretrizes

gerais com o objetivo de

garantir a qualidade da educa-

ção pública municipal, bem

como aumentar e melhorar os

í nd i ce s de e sco l a r idade

(PORTAL DA PREFEITURA

DE IMPERATRIZ, 2016).

De acordo com Plano

Decenal de Educação do

Munic íp io (2014-2023) ,

atualmente, Imperatriz apre-

senta uma realidade complexa

em sua rede escolar, sendo o

Sistema Público Municipal

constituído por 152 (cento e

cinquenta e dois) estabeleci-

mentos escolares que atendem

42.582 (quarenta e dois mil e

quinhentos e oitenta e dois)

estudantes contemplando,

assim, o objetivo da municipa-

lização do ensino no Brasil.

REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Jacqueline Nunes.

O processo de municipalização

do ensino fundamental como

via de descentralização: um

estudo de caso. In CUNHA,

MC. org. Gestão Educacional

nos Municípios: entraves e

p e r s p e c t i v a s [ o n l i n e ] .

Salvador: EDUFBA, 2009. 366

p. ISBN 978-85-232-0586-7.

Available from SciELO Books.

D i s p o n í v e l e m :

<http://books.scielo.org/id/bx

g q r / p d f / c u n h a -

9788523209025-07.pdf>.

Acesso em 30 de out. de 2016.

B R A S I L , M i n i s t é r i o d a

Educação. Lei de Diretrizes e

Bases da Educação – LDB: LEI

Nº 9.394 de 20 de dezembro de

1 9 9 6 . D i s p o n í v e l e m :

<http://portal.mec.gov.br/sees

p/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.

pdf>. Acesso em 30 de out. de

2016.

CRUZ, Mariléia dos Santos.

História da expansão escolar

no território de Imperatriz

(1874-1974). Revista Virtual

Outros Tempos – Pesquisa em

Foco - História, vol. 10, n.15,

2 0 1 3 . I S S N : 1 8 0 8 - 8 0 3 1 .

D i s p o n í v e l e m :

<http://www.outrostempos.ue

ma.br/OJS/index.php/outros_t

empos_uema/article/ view/

253/172>. Acesso em 30 de

out. de 2016.

O L I V E I R A , L a u d e l i n o

Marques de. Municipalização e

descentralização dos municípi-

os após a Constituição de 1988

- M E F 1 5 7 6 4 – B E A P.

D i s p o n í v e l e m :

<http://www.etecnico.com.br/

paginas /mef15764.h tm>.

Acesso em 30 de out. de 2016.

PORTAL DA PREFEITURA

DE IMPERATRIZ. Secretaria

de Educação, Esporte e Lazer –

SEMED. Disponível em:

<http://www.imperatriz.ma.go

v.br/educacao>. Acesso em 30

de out. de 2016.

PME IMPERATRIZ, Plano

Municipal de Educação de

Imperatriz. Plano Decenal de

Educação do Município de

Imperatriz-MA 2014-2023.

D i s p o n í v e l e m :

<http://www.imperatriz.ma.go

v.br/semed/doc/plano_munici

p a l _ d e _ e d u c a c a-

o_2014_2023.pdf>. Acesso em

30 de out. de 2016.

SOUZA, Donaldo Bello de.

FARIA, Lia Ciomar Macedo

de. Reforma do estado, descen-

tralização e municipalização

do ensino no Brasil: A gestão

política dos sistemas públicos

de ensino pós-LDB 9.394/96.

Ensaio: aval.pol.públ.Educ.

vol.12 no.45 Rio de Janeiro

Oct./Dec. 2004. Disponível

em: <http://www.scielo.br/

scielo.php?script=sci_arttext

& p i d = S 0 1 0 4 -

4 0 3 6 2 0 0 4 0 0 0 4 0 0 0 0 2 > .

Acesso em 30 de out. de 2016.

Luciléia Lima Freire Professora Pedagoga, Mestre em Ensino

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Imperatriz, Fevereiro 2017FocoEconômico

03FOCO ARTIGO

ANÁLISE DE INDICADORESSOCIOECONÔMICOS DE IMPERATRIZ-MA

Oentendimento dos

indicadores socioe-

conômico faz-se

necessário para averiguar de

que maneira eles podem

contribuir para o planejamen-

to do desenvolvimento e para

a formulação de políticas

públicas voltadas ao bem

estar da população. Desta

maneira o entendimento dos

indicadores econômicos e

sociais está relacionado ao

desenvolvimento econômico e

as melhorias da qualidade de

vida de uma população.

No Brasil, os indicadores e

í n d i c e s q u e m e d e m a

q u a l i d a d e d e v i d a d a

população passaram a ser

d i scu t idos e va lorados

devido ao c resc imento

ocorrido na década de 1970.

O g o v e r n o b r a s i l e i r o

encarregou ao Insti tuto

Brasileiro de Geografia e

Estatística – IBGE a coleta e

disseminação de informações

capazes de averiguar as

c o n d i ç õ e s d e v i d a d a

população. A partir de então,

o governo brasileiro apoiou-

se a estes resultados como

ferramenta para o planeja-

mento de políticas públicas e

verificação das mesmas

implantadas em períodos

d i s t i n t o s ( B O R G E S ;

CARNIELLO, 2011, p. 2).

Os indicadores servem

c o m o i n s t r u m e n t o s o u

fotografia da realidade vivida

por uma população de um

país, cidade ou município.

Eles servem para auxiliar

prefeitos e governadores

quanto ao planejamento dos

recursos que serão investidos

em áreas mais carentes e que

necessitam de maiores cuida-

dos, possibilitando à popula-

ção residente maior qualidade

de vida e bem estar no seu dia a

dia.

Para Jannuzzi (apud

Teixeira, 2002) um indicador

social é uma medida em geral

q u a n t i t a t i v a d o t a d a d e

significado social substanti-

vo, usado para substituir,

quantificar ou operacionali-

za r um conce i to soc ia l

abstrato, de interesse teórico

(para pesquisa acadêmica) ou

programático (para formula-

ção de políticas). É um recurso

metodológico, empiricamente

referido, que informa algo

sobre um aspecto da realidade

social ou sobre mudanças que

estão se processando na

mesma.

Neste artigo procurou-

se analisar o grau de desen-

volvimento econômico e

soc ia l do munic íp io de

Imperatriz, para tanto, este

desenvolvimento foi analisa-

do através de indicadores

econômicos e sociais como o

Produto Interno Bruto (PIB) a

preços constantes, PIB Per

C a p i t a , p e l o Í n d i c e d e

Desenvolvimento Humano

(IDH) e Índice de Gini. A

relação existente entre esses

indicadores auxilia significati-

vamente na aná l i se das

características de sociedade

com maior ou menor grau de

desenvolvimento.

A p o p u l a ç ã o d e

Imperatriz segundo estimati-

va do IBGE (2013) era de

251.468 habitantes. Neste

mesmo ano o PIB (Produto

Interno Bruto) a preços

correntes que é a soma do que

foi produzido e comercializa-

do no período de um ano foi

de 5,04 bilhões de reais, sendo

que o PIB Per Capita foi de R$

20.040, 71 por pessoa no ano.

São indicadores que refletem o

crescimento econômico do

município, porém este mon-

tante analisado isoladamente

não retrata investimentos na

melhoria da qualidade de vida

da população imperatrizense.

Para melhor retratar

esta realidade buscou-se

analisar o Índice de Gini que é

um indicador, que varia de 0 a

1 e, que mede o grau de

desigualdade existente na

distribuição de indivíduos

segundo a renda domiciliar

per capita. O último dado

sobre Gini foi divulgado em

2010 pelo IBGE e Imperatriz

aparece com 0,56%, o que

significa que apesar de possuir

PIB alto e PIB Per Capita

elevado existe ainda grande

concentração de renda no

município, ou seja, poucos

ganhando muito e grande

maioria ganhando salários

baixos.

Para melhor claridade

do retrato do município

buscou-se analisar outro

ind icador, o Índ ice de

Desenvolvimento Humano

(IDH) que é uma medida

resumida do progresso a

longo prazo em três dimen-

sões básicas do desenvolvi-

m e n t o h u m a n o : r e n d a ,

educação e longevidade

(saúde). Segundo o Atlas do

Desenvolvimento Humano

(2013) o IDH de Imperatriz no

ano de 2010 foi de 0,731.

O objetivo da criação

do IDH foi o de oferecer um

contraponto ao PIB per

capita, que considera apenas

a dimensão econômica do

desenvolvimento. O IDH é

número que varia de 0 a 1.

Quanto mais próximo de 1,

maior o desenvolvimento

humano de um município. O

município de Imperatriz está

c l a s s i fi c a d o c o m o a l t o

desenvolvimento humano, ou

seja, está acima da média do

próprio estado que é de 0,639,

e do Brasil que é de 0,727.

Com relação as outras

dimensões, longevidade e

educação, pode-se dizer que

Imperatriz vem conseguindo

proporções positivas, pois a

população passa de uma

expectativa de vida de 60,6

anos em 1991 para 73,2 em

2010, o mesmo ocorrendo com

a educação, pois as taxas de

proporção nas escolas de

alunos frequentes com idade de

5 a 20 anos aumentou, refletin-

do o valor do IDH do municí-

pio.

Diante deste cenário é

possível concluir que no

município de Imperatriz-Ma

existe crescimento econômi-

co, porém este crescimento

não se reflete em melhoria da

qualidade de vida da maioria

de sua população. Ainda

existe muito a ser feito para o

município atingir um grau de

desenvolvimento desejável e

compatível com os dados dos

indicadores. Saneamento,

infraestrutura, transporte

público são alguns dos garga-

los que a nova administração

que iniciará em 2017 precisa

melhorar para que exista mais

desenvolvimento humano e

social.

REFERÊNCIAS

ATLAS DO DESENVOL-

VIMENTO HUMANO NO

BRASIL. Disponível em:<

http://www.atlasbrasil.org.br

/2013/> Acesso em: 29 Out.

2016.

BORGES, Cejana Marques;

C A R N I E L L O , M ô n i c a

Franchi. Limites e possibili-

dades dos indicadores sócio-

econômicos oficiais brasilei-

ros. 2011. Disponível em:

<http://www.inicepg.univap.

br/cd/INIC_2011/anais/arqui

vos /0674_0880_01.pdf>

Acesso em: 20 Out. 2016.

I B G E - I N S T I T U O

B R A S I L E I R O D E

G E O G R A F I A E

ESTATÍSTICA. Estatísticas,

indicadores sociais, 2013.

D i s p o n i v e l e m :

<http://downloads.ibge.gov.

br/downloads_estatisticas.ht

m>. Acesso em: 28 Out.

2016.

TEIXEIRA, Elenaldo Celso.

O papel das políticas públicas

no desenvolvimento local e

na transformação da realida-

d e . D i s p o n í v e l e m :

<http://www.dhnet.org.br/da

dos/cursos/aatr2/a_pdf/03_a

atr_pp_papel.pdf> Acesso

em: 30 Out. 2016.

Claudio Marcos Sousa MoraesMestre em Desenvolvimento Regional

CONSELHO EDITORIAL: Profª. MsC. Roza Maria Soares da

Silva, Prof. MsC. Francisco Lima Soares, Prof. MsC. Kleber

Alberto L. de Sousa, Prof. MsC. Fernando Reis Babilônia,

Prof. MsC. Wilian Lima Freira

EDITOR: Prof. MsC. Fernando Reis Babilônia

ENTREVISTAS: Prof. MsC. Wilian Lima Freira

REPORTER FOTOGRÁFICO: José Bispo

ARTE GRÁFICA: Railson Santana

DIAGRAMAÇÃO: Railson Santana

CIRCULAÇÃO: Imperatriz e região

Rua Perimetral Castelo Branco, 116

Fone: (99) 2101-0880

EXPEDIENTE

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Osegu in te a r t igo t em como objeto de estudo a s i n d ú s t r i a s

Siderúrgicas localizadas no município de Açailândia no estado do Maranhão. Este fica aproximadamente 600 km de distância da capital São Luiz e esta entre os 5 maiores arrecadadores do Estado.

Ao longo deste estudo a discussão se estabeleceu em torno dos aspectos positivos e negativos das indústrias siderúr-gicas instaladas no município e os principais desafios socioambi-entas destas indústrias, a fim de perceber os avanços trazidos pelo crescimento, gerado pela indústria guseira, sem se perder de vista os desafios socioambientais.

Açailândia é um municí-pio que foi emancipado em 1980, localizado no interior do estado do Maranhão, nas proxi-midades dos traçados de duas rodovias federais, a BR 010 e 222. Sua população alcançou 104.013 habitantes de acordo com último censo realizado pelo Instituto Brasileiro Geografia e Estatística (IBGE) no ano 2010.

A produção agroindustri-al é importante em nível estadu-al, e apresenta especialidade produtiva nos seguintes produ-tos: na pecuária tem destaque na criação de bovinos, laticínio, soja, eucalipto e com a implemen-tação do setor industrial houve um dinamismo econômico, esta dinâmica teve início com as siderúrgicas, estas são responsá-veis pela exportação de ferro gusa, a partir deste investimento houve a facilitação e atração de outros investimentos industriais no município como exemplo uma aciaria é uma unidade da siderúr-gica que através de maquinários e equipamentos converte o ferro gusa em aço, outro investimento na região e uma distribuidora da BR PETROBRAS.

C o m a c o n s t r u ç ã o d a Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Ferrovia Norte Sul (FNS), o município recebeu as primeiras siderúrgicas. Destaque-se que este é um singular polo agroindustrial regional, sendo a exportação de ferro gusa gerada por cinco indústrias siderúrgicas ativas no município, retirando deste ciclo industrial a sua principal fonte de renda.

Com a atuação das siderúr-gicas na região, o Produto Interno Bruto (PIB) do municí-pio cresceu, e tornou o municí-

pio um dos maiores em arrecada-ção de impostos no Estado do Maranhão. Estes dados podem ser observados no primeiro capítulo deste trabalho que trata sobre a importância econômica das siderúrgicas para o município de Açailândia. As siderúrgicas propiciaram algo próximo de 3.000 (três mil) empregos diretos e estima-se que foram gerados mais de 20 000 (vinte mil) empregos indiretos, favorecendo a criação de pequenas empresas nas áreas de metalurgia (DOURADO 2008).

Em 1984 se instalou a p r i m e i r a s i d e r ú r g i c a e m A ç a i l â n d i a , a V i e n a . Posteriormente, 04 siderúrgicas também se instalaram: Gusa Nordeste em 1989, SIMASA no ano de 1993, FERGUMAR no ano de 1995, e Pindaré em 1997.

As siderúrgicas geram um p r o d u t o “ s e m i - a c a b a d o ” , chamado ferro gusa. A produ-ção do ferro gusa exige a extra-ção do minério de ferro, o transporte da matéria prima, a transformação do produto (que consome energia, pois este deve ser submetido a altas temperatu-ras),e recursos hídricos.

A atividade econômica das siderúrgicas foi viabilizada pelo fator de existência natural do minério e pela estrutura de trans-porte construída para atender estas atividades. Com isso, as atividades das siderúrgicas se tornaram impor-tantes para a arrecadação local e, para a organização deste polo guseiro representativo para o norte e nordeste do Brasil.

Estas atividades produti-v a s r e u n i d a s f a z e m d e Açailândia o terceiro maior arrecadador de ICMS no estado do Maranhão.

N o q u e s e r e f e r e a o P r o d u t o I n t e r n o B r u t o , Açailândia no ano de 2008 c o r r e s p o n d e u a R $ 1.767.453.000 tornando-a como o 3º Maior PIB do Estado Maranhão e representando a mais elevada renda per capita do Estado R$ 12.865,82 por habitan-te. Instituto Maranhense de E s t u d o s E c o n ô m i c o s e Cartográficos – (IMESC 2007 – 2011).

Com o desenvolvimento d a p e s q u i s a , f o i p o s s í v e l destacar e verificar os principa-is desafios levantados pelas próprias empresas e, relacioná-los aos desafios encontrados em literatura, legislação e documen-

tos da imprensa local. Quanto as siderúrgicas, estas devem atender os princípios norteadores do direito, no momento em que os princípios como: Dignidade da Pessoa humana, princípio da precaução, princípio da preven-ção e princípio do equilíbrio, passarem a ser atendidos, haverá a possibilidade da situação das comunidades instaladas aos arredores das indústrias siderúr-gicas mudar de forma positiva, tendo uma perspectiva de suces-so. Para tanto, estas pessoas necessitam de condições de vida de forma digna, com saúde, acesso a água potável, saneamen-to básico, ar puro e menos denso, redução dos níveis de poluição dentre diversos outros fatores negativos oriundos da produção de ferro gusa.

Como resultado foi perce-bido que as leis ambientais nos diversos níveis hierárquicos são suficientes para que se estabeleça a defesa da sociedade e do ambiente, no entanto, não há uma aplicação de forma adequada dos princípios e normas ambientais, o não cumprimento destas normas, afeta diretamente a população e o ambiente, o que acaba gerando uma sensação de impunidade, desrespe-ito das siderúrgicas em relação à comunidade.

REFERÊNCIAS D O U R A D O , J o s é

R i b a m a r . A i n d ú s t r i a d o Maranhão: um novo ciclo / José Ribamar Dourado, Roberto Guimarães Boclin. – Brasília : IEL, 2008.

I M E S C , I n s t i t u t o M a r a n h e n s e d e E s t u d o s S o c i o e c o n ô m i c o s e Cartográficos: Produto Interno Bruto dos Municípios do Estado do Maranhão: período 2007 a 2011 – São Luís: IMESC.

Tadeu Alves Bezerra JuniorProf. MsC. em Desenvolvimento Regional

Esp. Em Direito Público

FocoEconômico

FOCO ENTREVISTAImperatriz, Fevereiro 201704 FOCO ARTIGO

SIDERÚRGICAS EM AÇAILÂNDIAE OS DESAFIOS SOCIOAMBIENTAIS

INDICADORES

IMPERATRIZ (US$ MILHÕES)

EXPORTAÇÃO581.926.337

IMPORTAÇÃO11.036.372

SALDO570.889.965

BALANÇA COMERCIAL

Últimos 12 meses

INPC6,58

INFLAÇÃO

IPCA 6,29

IGP-M6,66

IPC-Fipe6,54

FINANCIAMENTO DE VEÍCULOS

16/01/2017 a 20/01/2017MÉDIA

2,16% a.m.

29,73% a.a.

CRÉDITO CONSIGNADO

16/01/2017 a 20/01/2017MÉDIA

2,35AO MÊS

32,87AO ANO

2,96AO MÊS

42,65AO ANO

PÚBLICO PRIVADO

CARTÃO DE CRÉDITO

16/01/2017 a 20/01/2017MÉDIA

CHEQUE ESPECIAL

16/01/2017 a 20/01/2017MÉDIA

8,80% a.m.

203,29% a.a.

CAPITAL DE GIRO

16/01/2017 a 20/01/2017MÉDIA

2,69AO MÊS

38,19AO ANO

DESCONTO DE DUPLICATA

16/01/2017 a 20/01/2017MÉDIA

2,74AO MÊS

39,01AO ANO

COMBUSTÍVEL

17/08/2016 a 23/08/2016MÉDIA GASOLINA

3,875DIESEL3,153

ETANOL3,529

POUPANÇA

01/02/2017 0,5393% a.m.

Fonte: BACEN

Fonte: BACEN

ATÉ 365 DIAS

2,40AO MÊS

33,38AO ANO

SUPERIOR 365 DIAS

TAXA DE CÂMBIO (R$/Dólar)

04/01/2017 a 03/02/2017 3,1812

CESTA BÁSICA

Dez/16 401,05

7,94AO MÊS

161,64AO ANO

14,25AO MÊS

447,83AO ANO

PARCELADO ROTATIVO

MARANHÃO (US$ MILHÕES)

EXPORTAÇÃO 2.209.829.779

IMPORTAÇÃO 2.101.599.489

SALDO108.230.290

BRASIL (US$ MILHÕES)

EXPORTAÇÃO 185.235.400.805

IMPORTAÇÃO 137.552.002.856

SALDO47.683.397.949

JANEIRO A DEZEMBRO DE 2016Fontes: Ministério do Desenvolvimento Indústria

DIESEL S103,308

BOI GORDO - IMPERATRIZ - 03/02/2017

ARROBA BOI

AGRONEGÓCIO

R$ 127,00 R$ 129,00A VISTA 30 DIAS R$

US$ 41,430 DIAS US$

MACHO NELOREBOI MAGRO

(360kg / 12@)

R$/cab1620.0

R$/@135.0

Troca1.3

GARROTE (18 M 285 kg 9,5@)

R$/cab1330.0

R$/@140.0

Troca1.6

BEZERRO(12 M 225 kg 7,5@)

R$/cab1170.0

R$/@5.2

Troca1.8

Desmama (8 M 180 kg 6@)

R$/cab1020.0

R$/@5.7

Troca2.1

MACHO MESTIÇOBOI MAGRO

(330 Kg 11@)

R$/cab1430.0

R$/@130.0

Troca1.5

GARROTE (18 M 240 Kg 8@)

R$/cab1120.0

R$/@140.0

Troca1.9

BEZERRO(12M 195 Kg 6,5@)

R$/cab1000.0

R$/@5.1

Troca2.1

Desmama (8 M 165 Kg 5,5@)

R$/cab870.0

R$/@5.3

Troca2.5

FÊMEA NELOREVACA BOIADEIRA(315 Kg 10,5@)

R$/cab1180.0

R$/@112.4

Troca1.8

NOVILHA (18 M 255 Kg 8,5@)

R$/cab1000.0

R$/@117.7

Troca2.1

BEZERRA(12 M 180 Kg 6@)

R$/cab790.0

R$/@4.4

Troca2.7

Desmama (8 M 165 Kg 5,5@)

R$/cab720.0

R$/@4.8

Troca3.0

FÊMEA MESTIÇAVACA BOIADEIRA(300 Kg 10@)

R$/cab1090.0

R$/@109.0

Troca2.0

NOVILHA (18 M 240 Kg 8@)

R$/cab900.0

R$/@112.0

Troca2.4

BEZERRA(12 M 165 Kg 5,5@)

R$/cab700.0

R$/@4.2

Troca3.0

Desmama (8 M 135 Kg 4,5@)

R$/cab640.0

R$/@4.7

Troca3.3

Fonte: BACEN

Fonte: BACEN

Fonte: BACEN

Fonte: BACEN

Fonte: BACEN

Fonte: ANP

Fonte: BACEN

Fonte: BACEN

Fonte: BACEN

Fonte: SCOT CONSULTORIA

Page 5: jornal focoeconomico2017 1 - FEST · criação de escolas públicas na esfera municipal se deu por meio de discussões políticas e ... (PORTAL DA PREFEITURA DE IMPERATRIZ, 2016)

P r e f e i t o M a d e i r a ,

conte-nos um pouco de

sua história, como se

envolveu com o meio

político e como foi sua

vida pol í t ica desde

então:

Bom, eu sou médico, eu

voltei para Imperatriz

como médico em 1979,

trabalhei nessa profissão

até 1994, ou seja, 15

anos. Como médico fui

presidente da associação

médica onde, então,

comecei a me envolver

com os problemas da

cidade, da sociedade civil

e em 1992, eu já filiado no

PSDB, me candidatei a

prefeito enfrentando o

R e n a t o M o r e i r a , o

Danilo, a Dona Zenira e

mais outros candidatos.

O Renato ganhou, a

Zenira foi a segunda e eu

o terceiro. Dois anos

depois eu fui e lei to

Deputado Federa l e

exerci como Deputado

Federal até 2008, sendo

eleito sucessivamente

por quatro mandatos.

Além de 1992 que eu

perdi, também disputei

eleições para prefeito em

1996 e em 2000 e perdi

essas três sucessivamen-

te. Em 2004 apoiei o

candidato Car l inhos

Amorim do PSDB, que

também foi muito bem

votado, mas não ganhou,

até que em 2008 voltei a

me candidatar e fui eleito,

sendo reeleito em 2012.

Então essa é a história das

minhas disputas, disputei

quatro eleições para

deputado e ganhei as

quatro, disputei cinco

para prefeito, onde eu

ganhei duas e perdi três.

O senhor se sent ia

preparado para assu-

mir a responsabilidade

d a p r e f e i t u r a d e

Imperatriz?

Bem, quanto eu assumi a

prefeitura de Imperatriz

eu já tinha, além de

exercer como médico por

16 anos, 14 anos de

e x p e r i ê n c i a c o m o

Deputado Federal, então

eu já tinha noção da vida

pública e das relações

neces sá r i a s , que s e

precisa ter para adminis-

trar uma cidade, mas isso

não significa que seria

f á c i l , a d m i n i s t r a r

Imperatriz é uma missão

cheia de altos e baixos.

Agora, o meu compro-

misso de campanha foi de

que quando eu entregasse

a cidade, eu entregasse

uma cidade melhor do

que a que eu hav ia

recebido, e eu trabalhei

para isso em todas as

á r e a s , e u a c h o q u e

dificilmente alguém, por

maior má vontade que

tenha, vá dizer que hoje

Imperatriz não é uma

cidade melhor, começan-

do pelo PIB, eu encontrei

Imperatriz com um PIB

de cerca de R$2 bilhões,

enquanto hoje, o PIB é

cerca de R$8 bilhões.

Qual foi o principal desafio

que o senhor encontrou

quando assumiu a prefei-

tura de Imperatriz pela

primeira vez?

O maior desafio era

promover o desenvolvi-

mento da cidade, destra-

var a cidade, Imperatriz

era uma cidade travada,

nenhuma grande empresa

queria abrir aqui. Nós

c o n s e g u i m o s i s s o

trazendo a Suzano para

Imperatriz, que já estava

d e fi n i d o q u e s e r i a

i n s t a l a d a e m P o r t o

Franco. Nós fizemos um

trabalho forte, fomos até

São Paulo conversamos

com a direção da empre-

sa, com David Feffer que

é o presidente, conversei

c o m a g o v e r n a d o r a

Roseana Sarney, pedi o

apoio dela, ela me ajudou

e a Suzano veio para

Imperatriz. A Suzano

vindo para Imperatriz

desencadeou todo um

processo de industrializa-

ção da cidade, de atração

de grandes empresas para

Imperatriz. Esse proces-

so não parou, agora

mesmo está vindo a

Piracanjuba que é uma

d a s q u a t r o m a i o r e s

empresas de alimentos

baseados no leite, ela vai

assumir a antiga coopera-

tiva de leite e produzir

leite em parceria com o

supermercado Matheus,

e j á o f e r t a r p a r a o

Matheus, e dentro de

mais algum tempo, de

acordo com o próprio

cronograma da empresa,

vão construir uma grande

fábrica de processamento

de leite em Imperatriz e

região. Eu acho que o

maior desafio foi esse,

mas teve outros desafios

como na área social, as

pessoas caren tes os

menores abandonados

que andavam na rua

cheirando cola, todo

mundo lembra disso,

entrando nas clínicas, nas

lojas, em tudo quanto é

lugar assaltando, nós

fizemos um investimen-

to . Nós fizemos um

investimento na área

social e esse quadro

mudou, hoje todas as

crianças de Imperatriz,

mesmo aquelas que não

tem nada estão assistidas

pe lo mun ic íp io . Na

educação, Imperatriz se

encontra hoje no patamar

mais alto medido pelo

IDEB que é o Índice de

Educação do Ensino

Básico. Na infraestrutura

n ó s fi z e m o s m u i t a s

mudanças, por exemplo,

na esquina da Dorgival

com a Amazônas qual-

quer chuva alagava, nós

fizemos um trabalho de

drenagem e resolvemos

aquela questão, é claro

que estou falando de uma

coisa pontual, mas nós

fizemos muitas dessas,

n ó s t r a n s f o r m a m o s

bairros inteiros como a

r e g i ã o d a G r a n d e

Cafeteira, João castelo,

Multirão, o Maranhão

Novo que era um bairro

intrafegável hoje está

90% saneado, e estou

dando só alguns exem-

p l o s . C o n s t r u í m o s

escolas, mechemos na

agricultura, a agricultura

de Imperatriz era só o

matadouro, que por sinal

era péssimo, não só

reformamos o matadouro

como também, hoje a

agricultura apoia todos os

pequenos produtores.

O senhor já falou dos

desafios e de tudo que fez

para superá-los, mas

existiu algum desafio, que

era meta sua, mas não foi

possível solucionar?

Tem um desafio vital que

não deu, mas eu espero

que o prefeito Assis

consiga resolver, que é a

q u e s t ã o d o r e s í d u o

sólido, do lixo. Eu assumi

sempre com a intenção de

fazer um aterro sanitário

m o d e r n o , m a s n ã o

ENTREVISTAcom Sebastião Madeira

Imperatriz, Fevereiro 2017FocoEconômico

FOCO ENTREVISTA 05

Page 6: jornal focoeconomico2017 1 - FEST · criação de escolas públicas na esfera municipal se deu por meio de discussões políticas e ... (PORTAL DA PREFEITURA DE IMPERATRIZ, 2016)

tivemos condição de

f a z e r e I m p e r a t r i z

continua com o lixão, o

que não é bom, é uma

coisa constrangedora

para a cidade. Esse é um

desafio que eu não

consegui superar.

De todo o seu planeja-

mento desde o início da

sua gestão, qual das

suas realizações que o

senhor pode destacar

como aquela que foi

feita exatamente como

você planejou?

O Barjonas Lobão, o

antigo Fiqueninho, que

era uma coisa horrorosa,

um ginásio depredado,

não servia para nada, um

coito de usuários de

droga e nós consegui-

mos. Está lá uma piscina

olímpica, uma praça da

juventude, academia de

saúde, talvez seja o mais

moderno complexo

esportivo do Maranhão.

6º Depois de tudo isso,

como o senhor v ia

Imperatriz antes e como

o senhor vê hoje?

É i n e g á v e l q u e

Imperatriz avançou, é

u m a c i d a d e m a i s

organizada, toda ilumi-

nada! Mas Imperatriz

a i n d a t e m m u i t o s

desafios, eu esqueci de

falar na parte de habita-

ção, que nós já entrega-

mos 2 mil casas, vamos

entregas mais 2 mil e

fica aí 5 mil casas para o

p r ó x i m o p r e f e i t o

concluir. Cerca de 9 mil

m o r a d i a s p a r a a s

famílias de baixíssima

renda, do programa

minha casa minha vida e

do PAC. Agora, é uma

c idade com mui tos

problemas e o principal

deles é a saúde, porque

na saúde Imperatriz é

hoje um pólo de três

Estados e não recebe

financiamento para isso,

o que termina agravando

a economia da cidade e a

receita do município

com a canalização de

recursos, muito além do

razoável e muito além

do que a lei obriga, a lei

prevê que o município

invista 15% de sua

receita em saúde e nós

es tamos inves t indo

32%, então termina

c a n i b a l i z a n d o o s

recursos de outras áreas.

Eu acho que esse é o

maior desafio para um

g e s t o r d a c i d a d e ,

sensibilizar o Governo

Federal e o Governo

Estadual que o municí-

pio de Imperatriz não

tem condição de bancar

essa conta sozinho.

O senhor já falou sobre

o PIB de Imperatriz,

mas diga, qual tática o

senhor usou para fazer

esse PIB crescer tanto?

Bom, o PIB é o Produto

Interno Bruto, é a soma

de todas as riquezas da

cidade produzidas ao

l o n g o d e u m a n o .

Quando eu assumi, a

soma de todas as rique-

z a s d e i m p e r a t r i z

somadas, o salário dos

trabalhadores, a renda

d o s p r o fi s s i o n a i s

liberais, a produção das

indús t r i a s , o va lo r

agregado dos comérci-

os, isso tudo dava 2

bilhões de reais. A tática

usada foi destravar a

cidade, abrir a cidade,

dar incentivo para quem

viesse trabalhar aqui,

abrir empresas. Nós

aprovamos um plano de

desenvolvimento da

c i d a d e q u e p r e v ê

i s e n ç ã o p a r c i a l d e

ISSQN, de alvará, de

I P T U , d i m i n u i r a

burocracia, apoiar os

investidores e com isso

foi que veio Suzano, foi

que veio Akzo Nobel,

foi que veio a Peroxy

que está montando uma

fábrica aqui, está vindo a

Piracanjuba, veio a VLI

e esse incremento na

economia da cidade fez

com que o PIB mais do

que triplicasse, porque

em 2013, está marcando

já na Wikipédia, que o

PIB de Imperatriz de R$

5 bilhões, ou seja, de

2009 para 2013 subiu de

dois para R$ 5 bilhões, e

em dezembro de 2013

fo i que começou a

fábrica da Suzano a

func iona r, s e você

acrescer a isso só o da

Suzano já chega nos R$

8 bilhões. Então, a

estratégia foi essa, abrir

a cidade, incentivar, ir

atrás e é isso que um

prefeito tem que fazer

porque quanto mais

cresce a economia da

cidade mais aumenta o

ICMS que a cidade

recebe, que são recursos

p a r a a d m i n i s t r a r a

cidade, mais emprego,

m a i s r e n d a e m a i s

b e n e f í c i o s p a r a a s

pessoas,

Já indo para o fim de

nossa entrevista, deixa

um recado para os

alunos de Ciências

Econômicas da FEST.

Bom, sobre economia

tem aí uma frase famosa

que um ex-presidente

Norte Americano fez

para um jornalista que

perguntou o que era

mais importante para

um país e ele respondeu:

“é a economia estúpi-

d o ! ” O u s e j a , s e m

planejamento, sem a

organização econômica,

nenhum munic íp io ,

n e n h u m a e m p r e s a ,

nenhum Estado, nada

tem futuro! Porque tem

que ter planejamento,

tem que ter base para

você tomar as decisões e

acertar nessas decisões,

então, eu quero desejar

a o s e s t u d a n t e s d e

economia da FEST que

se preparem e leiam,

inclusive vou sugerir um

livro famoso de dois

autores, um americano e

um inglês, um livro

chamado: por que nas

nações fracassam? Ele

faz um histórico da

economia na história da

humanidade e mostra

que as economias que

não são competitivas, as

economias que são

travadas pelo Estado, as

economias que não são

inclusivas elas termi-

nam levando a popula-

ção para uma situação

ruim, e dá como exem-

plo a terra ao longo da

história da humanidade

e por último a América

do Norte.

Já terminamos quase

tudo que tinha para

falar, mas me diga, o

que o senhor vai fazer

agora já que vai viver

uma situação nova,

sem cargo público, vai

ficar um pouco mais

afastado da política?

Eu posso não ter manda-

to, mas eu vou estar

envolvido na política, eu

quero me aproximar

mais da direção do

PSDB, ajudar na organi-

zação e capilarização do

partido no Estado e

aguardar 2018, ver as

o p o r t u n i d a d e s q u e

aparecerão, porque da

política eu não vou me

afastar, eu posso é não

ter mandato, mas eu sou

um animal político!

Curso reconhecido Portaria MEC nº 371, de 30 de agosto de 2011.

Localização estratégica com fácil acesso.

Sólida parceria com órgãos e empresas ligadas ao mercado (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão - FECOMÈRCIO - M, Associação Comercial e Industrial de Imperatriz - ACII e Câmara de Dirigents Logistas de Imperatriz - CDL

Salas climatizadas com tecnologia audiovisuais (todas as salas equipadas com data show) e internet WIFI. A FEST tem a maior e mais comple-ta biblioteca em Economia de Imperatriz, com livros, revistas de negócios, revistas científicas, especializadas e os mais variados periódicos.

A FEST dispõe de laboratórios deinformática com suporte para o melhor aproveitamento das disciplinas de estatística, econometria, elabora-ção de projetos entre outros.

Grade curricular atualizada proporcionandoao economista FEST atuar com segurança tanto no setor privado como no setor público.

Quadro altamente competente e qualificado, composto de mestres e especialistas com grande experiência acadêmica, assim como largo conhecimento de mercado.

Realiza várias pesquisas de mercado envolvendo diretamente os acadêmicos do curso: Pesquisa do Comportamento do Consumidor (semestral) Pesquisa de intenção de compras para datas festivas (Parceria com a FECOMÉRCIO - MA), Pesquisa em parceria com a Associação Comercial e Industrial deImperatriz.

Visitas técnicas a empresas, bancos , órgãos públicos, tais como: visita ao Porto de Itaqui, visita ao Banco Central do Brasil, visita a Bolsa de Valores de São Paulo, visitas as empresas locais (Café Viana, Malhas Kids, Maity Bioenergia, Algar Agro, Eletronorte, Embrapa, etc.).

O Curso de Ciências Econômicas FEST sempre realiza grandes eentos, tendo participação direta dos acadêmicos do curso, tais como: Seminários internos de Economia, Congresso de Economia da região tocantina (em 2014será o IV) e Semana do Economista).

MEC01

Localização02

Parceria03

Infraestrutura04

Laboratórios05

Matriz curricular06

Corpo docente07

Pesquisa08

Visitas técnicas09

Eventos10

10MOTIVOSpara fazerECONOMIA

FEST

FocoEconômico

FOCO ENTREVISTAImperatriz, Fevereiro 201706 FOCO ENTREVISTA

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Imperatriz, Fevereiro 2017FocoEconômico

07

Com a tese de criação do Estado do Maranhão do Sul retomando forças, o jornal Foco Econômico, como forma de contri-buir para o debate, apresenta os dados sobre o PIB dos 49 municípios que fariam parte do novo Estado.

PIB MUNICÍPIOS DO “MARANHÃO DO SUL” (2002 - 2014)

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FocoEconômico

FOCO ENTREVISTAImperatriz, Fevereiro 201708

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Imperatriz, Fevereiro 2017FocoEconômico

09

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FO

TO

S: JO

BIS

PO

ECONOMIA AO ALCANCE DE TODOS

FECOIMP

EM PAUTA

VISITA ALGAR AGRO

VISITA CENTRO DISTRIBUIÇÃO MATEUS

VISITA METAL PLUS

FocoEconômico

FOCO ENTREVISTAImperatriz, Fevereiro 201710 FOCO SOCIAL