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Rio de Janeiro – Ano 1 – Nº 2 – Maio/Junho de 2013 – Editora ANNA DAVIES FOLHINHA DE Fátima SAÚDE E POTÊNCIA AOS 90 ANOS C om seis filhos, netos e bisnetos, o comerciante aposentado, JAIR AFONSO DOS SANTOS, chega, em 2013, aos 90 anos, com uma saúde de ferro, e em pleno vigor sexual, sem usar Via- gra. Um dos movos para estar bem fisicamente é que passou a pracar avidades sicas, na Academia Eira, na Rua André Ca- valcan. Página 7 F oi uma páscoa ines- quecível. Crianças de diversas faixas etárias se diverram como nunca na Praça Aguirre Cerda onde líderes comunitá- rios montam evento de comemoração do evento religioso com distribui- ção de chocolates, doces, brinquedos e livros para as crianças de nosso bairro. ALAN BRAGA DE ALMEIDA, líder comunitário, disse que o evento recebe ajuda do comércio do bairro. Página 5 B ancos quebrados; lixo; fezes de ca- chorro; borrões de velas sem serem rerados; ambiente inadequado. Assim se encontra a GRUTA DE N.S. DE FÁTIMA, na Praça Presidente Aguirre Cerda. Os mora- dores reclamam que o local está atraindo mendigos. O pároco do Santuário de Fá- ma, padre Otaviano Ribeiro de Almeida, disse que a igreja não é responsável pela limpeza do local e promete um plano de re- vitalização para a Gruta. Página 2 O PÃO NOSSO DE CADA DIA H á 14 anos, LUIZ BORGES, 37 anos, o padeiro-ambulante do Catumbi, Fáma e Santa Teresa, vende pão para moradores insones em dois cestos adaptados numa bicicleta, por volta das sete da manhã, quando anuncia sua presença nas ruas através de uma buzina. Os moradores acordam, saem dos prédios e com- pram os produtos de Luiz que volta com cestos vazios para casa. Alguns fregueses pedem que ele pendure a conta. Página 8 DIA DAS MÃES: CIDA COMO EXEMPLO MARCANTE. Página 8 LUZIA PIRES: UMA LÍDER DO BAIRRO DE FÁTIMA. Página 6 Fotos: Divulgação

Jornal folhinha

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Rio de Janeiro – Ano 1 – Nº 2 – Maio/Junho de 2013 – Editora ANNA DAVIES

FOLHINHA DE Fátima

SAÚDE E POTÊNCIA AOS 90 ANOSCom seis fi lhos, netos e bisnetos, o comerciante aposentado,

JAIR AFONSO DOS SANTOS, chega, em 2013, aos 90 anos, com uma saúde de ferro, e em pleno vigor sexual, sem usar Via-gra. Um dos moti vos para estar bem fi sicamente é que passou a prati car ati vidades fí sicas, na Academia Eira, na Rua André Ca-valcanti .Página 7

Foi uma páscoa ines-quecível. Crianças de

diversas faixas etárias se diverti ram como nunca na Praça Aguirre Cerda onde líderes comunitá-rios montam evento de comemoração do evento religioso com distribui-ção de chocolates, doces, brinquedos e livros para as crianças de nosso bairro. ALAN BRAGA DE ALMEIDA, líder comunitário, disse que o evento recebe ajuda do comércio do bairro. Página 5

Bancos quebrados; lixo; fezes de ca-chorro; borrões de velas sem serem

reti rados; ambiente inadequado. Assim se encontra a GRUTA DE N.S. DE FÁTIMA, na Praça Presidente Aguirre Cerda. Os mora-dores reclamam que o local está atraindo mendigos. O pároco do Santuário de Fá-ti ma, padre Otaviano Ribeiro de Almeida, disse que a igreja não é responsável pela limpeza do local e promete um plano de re-vitalização para a Gruta. Página 2

GRUTA DE FÁTIMAGRUTA DE FÁTIMAGRUTA DE FÁTIMAESTÁ ABANDONADAESTÁ ABANDONADAESTÁ ABANDONADAESTÁ ABANDONADAESTÁ ABANDONADAESTÁ ABANDONADA

O SHOW DA PÁSCOAO SHOW DA PÁSCOAO SHOW DA PÁSCOAO SHOW DA PÁSCOAO SHOW DA PÁSCOAO SHOW DA PÁSCOAEM NOSSA PRAÇAEM NOSSA PRAÇAEM NOSSA PRAÇA

O PÃO NOSSO DE CADA DIA Há 14 anos, LUIZ BORGES, 37 anos, o padeiro-ambulante do

Catumbi, Fáti ma e Santa Teresa, vende pão para moradores insones em dois cestos adaptados numa bicicleta, por volta das sete da manhã, quando anuncia sua presença nas ruas através de uma buzina. Os moradores acordam, saem dos prédios e com-pram os produtos de Luiz que volta com cestos vazios para casa. Alguns fregueses pedem que ele pendure a conta. Página 8

DIA DAS MÃES: CIDA COMO EXEMPLO MARCANTE. Página 8

LUZIA PIRES: UMA LÍDER DO BAIRRO DE FÁTIMA. Página 6

Fotos: Divulgação

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EDITORIALPOR ANNA DAVIES*

O mês de maio é pleno de signifi cados queridos aos nossos corações. É o mês de Maria e de Nossa Senhora de Fáti ma,

onde, no dia 13 de maio, na Cova da Iria, em Portugal, os três pastorzinhos, Lúcia, Francisco e Jacinta viram uma aparição da Virgem Santí s-sima, que lhes pediu para sempre rezar o terço, para que o mundo tenha paz.

Maio é também o mês das mães, cujo dia é sempre comemorado pelas famílias, no se-gundo domingo do mês. É um dia muito im-portante, porque homenageia as mulheres que se doam ao plano divino de resgate e evolução das almas, tendo ou adotando crianças, e, que,

Rio de Janeiro/Fátima, ano 1,nº 2, Maio/Junho de 2013EDITORA-CHEFE – Anna DaviesCOORDENADOR – Carlos NobreE-mail:[email protected]ÁRIO – Lucio DiasREVISÃO – Matilde SantosRedação: Rua Cardeal Leme, 291-501Telefones: 2222.6517/9749.2928E-mail:[email protected]/folhinha.fatimawww.folhinhafatimablogspot.com

UM MÊS MUITO UM MÊS MUITO UM MÊS MUITO ESPECIALESPECIALESPECIALcomo mães, concedem a graça de gerar e criar fi lhos, para o progresso do Brasil e das nações.

Afortunadamente, o Bairro de Fáti ma teve a sua fundação, por famílias portuguesas, italianas e espa-nholas, num mês de maio, há 78 anos.

Por isso, o mês de maio é um mês de festa para os moradores do Bairro de Fáti ma. Um bairro pequenino, mas, que, de tão querido, hoje abrange, sem querer, pela infl uência do nome, uma área bem extensa do Centro da Cidade: desde a rua Cardeal Leme, parte de Santa Teresa, até a Frei Caneca, no início da rua Riachuelo, indo até a av. Gomes Freire e o início da rua Francisco Muratori. Tudo isso, sem ao menos ser reconhecido como bairro, pela Prefeitura, constando apenas como um logradouro do centro da cidade.

Ser morador de um bairro que é grife, que tem nome

tradicional e é muito res-peitado, implica grandes responsabilidades aos seus moradores. Preser-var as tradições de bem conviver, conhecer o pas-sado glorioso do bairro, seus famosos personagens que aqui viveram e outros que ainda vivem, e, trabalhar para que o futuro do Bairro de Fáti ma seja ainda melhor; um lugar calmo, tranquilo e pleno de ati vidades sociais que respeitam seus moradores jovens e idosos, é um dever e uma missão para todos. Que o Bairro de Fáti ma conti nue sendo um pedacinho do Céu.

*Editora da Folhinha de Fáti ma

Rio de Janeiro/Fátima, ano 1,Rio de Janeiro/Fátima, ano 1,

FOLHINHA DE Fátima

Fotos: Divulgação

Ba n c o s velhos e quebra-

dos; lixo pe-las laterais do monumento; borras de vela por todos os lugares; fl ores velhas sem serem substi -tuídas e mui-tas fezes de cachorro pelo local. Esse é o atual esta-do da Gruta de Fáti ma, na Praça Aguirre

Cerda, no nosso bairro, que chama atenção de moradores e transeuntes.

Segundo a moradora Maria do Socorro Reis, nem a igreja (Santuário de Fáti ma) ou a prefeitu-ra cuidam para que o local se torne frequentável. “ Eu fi quei com vergonha quando outro dia pas-sei por ali e quis fazer uma oração. Não existi a condição. É muita sujeira, muito abandono com a Gruta”, reclamou ela, que é católica.

Marca do bairro devido à presença de pere-

DE: 04 A 13 DE MAIO DE 2013SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA – CENTRO – RJNOSSA SENHORA DE FÁTIMA,“Refl exo do coração materno de Deus.”Início da Novena às 18h 15m – Santa Missa às 19h com re-fl exão do tema do dia1º DIA – 04/05 (Sábado) Maria: Coração dedicado ao amor!Presidente da Celebração: Pe Luís Roberto – Dinamização: Capela S. Crispim, Crispinianos, Capela de Fátima, Terço dos Homens;2º DIA – 05/05 (Domingo) Maria: Coração transbordante de paz!Presidente da Celebração: Pe Ridz Antunes dos Santos – Di-namização: Pascon, Pré-vestibular, Batismo;3º DIA – 06/05 (2ª feira) Maria: Coração solidário e servidor!Presidente da Celebração: Pe Otaviano Ribeiro de Almeida – DinamizaçãoOfi cina de Oração, Oratórios, Mil Ave Marias;4º DIA – 07/05 (3ª feira) Maria: Coração consolador dos afl itos!Presidente da Celebração: Pe Magno Guilherme Angeli – Di-namização: Dízimo, Nossa Senhora do Polino, Movimentos Sociciais, ACC;5º DIA – 08/05 ( 4ª feira) Maria: Coração educador da fé!Presidente da Celebração: Pe José Laudares – Dinamização: Vicentinos, Filhas da Caridade;6º DIA – 09/05 ( 5ª feira) Maria: Coração acolhedor da Pa-lavra!Presidente da Celebração: Pe Paulo César Magalhães – Di-namização: RCC, Jovens+de Deus, AEDM;

RELIGIOSIDADE GRUTA DE FÁTIMAGRUTA DE FÁTIMAGRUTA DE FÁTIMA ESTÁ ABANDONADA ESTÁ ABANDONADA ESTÁ ABANDONADAgrinos, que vem fazer promessas ou solicitar a prote-ção da santa, a Gruta de Fáti ma já foi uma das maiores atrações religiosas do Centro, sendo visitada constan-temente por religiosos de outros bairros.

O padre OTAVIANO RIBEIRO DE ALMEIDA, pároco do Santuário de Fáti ma, na Rua Riachuelo, diz ter pou-co conhecimento do estado precário da Gruta.

- Não temos responsabilidade pelo local. Acho que se precisa fazer uma pesquisa sobre a preservação do local, saber o que os moradores pensam a respeito – disse padre Otaviano.

dos; lixo pe-las laterais do monumento; borras de vela por todos os lugares; fl ores velhas sem serem substi -tuídas e mui-tas fezes de cachorro pelo local. Esse é o atual esta-do da Gruta de Fáti ma, na Praça Aguirre

7º DIA – 10/05 (6ª feira) Maria:Coração proclamador da misericórdia!Presidente da Celebração: Pe Geraldo Majela – Dina-mização: Apostolado da Oração, Legião de Maria;8º DIA – 11/05 (Sábado) Maria: Coração inspirador da missão!Presidente da Celebração: Pe Raimundo Pereira dos Santos – Dinamização: Mesces, Círculos Bíblico, Cris-ma;9º DIA – 12/05 (Domingo) Maria: Coração gerador da vida!Presidente da Celebração: Pe Edson de Oliveira da Silva – Dinamização: Catequese, Animação Vocacio-nal, Coroínhas;13 DE MAIOSANTAS MISSAS: 06h, 07h, 08h, 09h, 10h, 12h, 17h, 18h30m.12:00 Horas: Missa Solene das ApariçõesPresidente da Celebração: Dom Aloísio Hilário de Pi-nho – OrionitaParticipação do Provincial: Pe Tarcísio Vieira 15:00 Horas: Consagração das Crianças a Nossa Se-nhora, Melhor Idade16:00 Horas: Bênção da Saúde e Enfermos17:00 Horas: SANTA MISSA18:30 Horas: SANTA MISSA20:00 Horas: SOLENE PROCISSÃO LUMINOSATodos os dias, após cada Missa haverá bênção da água e objetos.

NOVENA E FESTA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA – ANO DA FÉ

RETIFICAÇÃODemos na edição passada como Ribeirinho o nome de um lider da banda de Fátima.Na verdade, ele é conhecido como Beirinha.

Rua Riachuelo, 367 – Centro/Rio – Tel.: 2232 3640.

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ENTREVISTA NOVA GERAÇÃO DE JOVENS NÃO NOVA GERAÇÃO DE JOVENS NÃO NOVA GERAÇÃO DE JOVENS NÃO ACESSA AACESSA AACESSA A CULTURA CARIOCACULTURA CARIOCACULTURA CARIOCA

O taxista e produtor cultural ALAN BRA-GA DE ALMEIDA, 40 anos, casado, dois fi lhos, líder comunitário do bairro de Fáti ma, disse, em entrevista para

FOLHINHA DE FÁTIMA, que a nova juventude não acessa a tradição da cultura carioca como jogar peladas, soltar pipas, brincar de pião. Isso porque o bairro fi cou muito urbanizado quase sem espaços para ati vidades de lazer.

“As crianças daqui perderam a tradição”, diagnosti ca ele.

Para manter ainda a chama das culturas populares, Alan e outros lideres organizam fes-tas para crianças, como o “Domingo de Páscoa quando crianças do bairro, na Praça Presidente Aguirre Cerda, recebem chocolates, livros, chur-ros, pipocas, entre outros presentes. “Aprovei-tamos também para conscienti zar as crianças a não sujarem as ruas”, explica Alan.

Veja trechos de sua entrevista:Voce pode nos contar um pouco de sua tra-

jetória, aqui, no bairro?ALAN – Bem, eu tenho 40 anos. Nasci em 3

de janeiro de 1973, aqui mesmo, no bairro. Há 62 anos minha família mora no bairro de Fáti -ma. Desde criança, sempre me interessei pelo bairro. Meu padrinho Tadeu Abrãao Fernandes nos ensinou a lidar com a tradição do bairro que é um recanto no Centro da cidade.

Além de Tadeu, você teve outros líderes no qual se inspirou?

ALAN – Sim, depois de Tadeu, veio o Marqui-nhos Alfi nete, um líder carismáti co. Foi o único políti co do bairro. Com ele, a criançada ajudava nas festas pregando bandeiras, distribuindo santi -nho... Marquinhos era militante políti co orgânico. Isso custou a ele ser cerceado pelo poder público devido à sua ligação parti dária. Em alguns mo-mentos, ele não podia realizar festa devido a essa ligação. Era cerceado. O grupo do bairro do qual faço parte não tem ligação políti ca com a prefei-tura ou parti dos.

Mas no bairro não tem associação de mo-radores. Vocês não acham que uma enti dade poderia ajudar a trazer mais benefí cios para a comunidade?

ALAN – Pode estar chegando o momento de fazer, sim, a associação. Acho que o exemplo de Marquinhos refl eti u no fato de o bairro não ter uma associação, pois, ele ti nha profunda ligação parti dária. Mas se ela acontecer, tem que ter um fundo democráti co. Hoje, estamos aparentemen-te bem, pois, nosso grupo tem boas relações com Luiz Cláudio, o subprefeito do Centro. Ele vem re-gulamente aqui para ver se existe poste sem lâm-padas, se o lixo está acumulado....

Como são as festas realizadas pelo grupo de vocês no bairro ?

ALAN – São três eventos que se destacam em nosso bairro durante o ano. O primeiro deles é o Carnaval, onde bandas e blocos desfi lam pe-las ruas e atraem multi dões. A banda do bairro de Fáti ma foi fundada em 1977, eu ti nha apenas quatro anos. Ela é composta por 25 músicos que são ex-policiais militares e ex-fuzileiros navais.

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Com essa banda, resgatamos a utopia do carnaval. Qual era essa utopia? Trazemos para às ruas famílias intei-ras, crianças, idosos, adultos, que se sentem seguros e sati sfeitos de brincar o carnaval. Para se ter uma ideia, a comissão de frente da banda é formada por carrinhos com bebes e defi cientes fí sicos. Ou seja, é um carnaval para todos. Quando a banda passa pelo INCA (Insti tuto Nacional do Câncer, na Praça Cruz Vermelha) a gente pára, presta uma homenagem aos funcionários e pa-cientes, fazemos uma oração pedindo recuperação e saúde para eles.

E como os jovens se inserem no bloco?ALAN – Temos um bloco onde as crianças desde cedo

aprendem a tocar instrumentos. Veja, as crianças atuais não têm mais a tradição da cultura carioca. Isso quer dizer que elas não jogam capoeira, não soltam pipas, fu-tebol, pião...devido ao crescimento urbano do bairro. Então, o bloco, em nossa opinião, é uma forma de a gente resgatar aquela tradição perdida.

E como é o domingo de Páscoa ?ALAN – Esse é o nosso segundo

evento mais forte. O terceiro é a pro-cissão de Nossa Senhora de Fáti ma, a qual não temos ingerência, fi ca com a igreja. Neste evento, a Páscoa, contrata-mos um animador cultural para animar a festa. Nesta Páscoa, distribuímos para as crianças sorvetes, chocolates, chur-ros, pipocas, bolas, bombons, brinque-dos, livros. Essa Páscoa tem ajuda dos comerciantes do bairro que nos cedem esses produtos. Tratamos bem essas crianças, pois, em breve, serão elas, que estarão em nossos lugares, fazen-do as mesmas coisas que fazemos hoje.

Sabemos que você perdeu um fi -lho recentemente...

ALAN – Foi, sim, doeu muito. Isso aconteceu há dois meses. O nome dele era Flávio, ti nha 19 anos, ele me ajudava muito. Era ele quem meti a a mão na massa em nossos eventos. Bo-tava refrigerante no gelo e carregava

a barraquinha. Senti uma tristeza grande. Sua morte me moti vou a conti nuar com essa anima-ção cultural do bairro. Tudo isso que faço é pen-sando nele e vejo que as ati vidades podem apla-car minha dor.

E a terceira festa de vocês?ALAN – É a agosti na. Trata-se, na verdade,

da festa junina, mas realizamos em agosto. Nela, montamos barracas com doces e outros ti pos de ati vidades de lazer. Ela serve para arrecadar fun-dos para o carnaval. Também é uma oportunida-de para a gente divulgar a vida comunitária de nosso bairro, dizer que ele é bom, que estamos num recanto.

Praça Aguirre Cerda, 95 – Bairro de Fáti ma

Alan Braga explica a tradição de festas do bairro

Divulgação

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RUA TADEU KOSCIUSKO, 87 – 3º ANDAR – BAIRRO DE FÁTIMA – CENTRO – RUA DA FEIRA

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Uma tradição se repete há décadas: a comemoração da Páscoa no bairro de Fáti ma. Esta comemoração tem um alvo: as crianças. Estas, na Praça Presidente

Aguirre Cerda, recepcionadas pelo animador cultural João Bati sta, se senti ram à vontade com as brincadeiras. Além dis-so receberam presentes como chocolates, cadernos, livros, sorvetes, brinquedos. Segundo ALAN BRAGA DE ALMEIDA, um dos organizadores do evento, esta comemoração é uma das três ati vidades mais bem consideradas do bairro. O Do-mingo de Páscoa é o segundo grande evento do ano, de nos-sa comunidade. Porque o primeiro é o carnaval. Mais à fren-te, teremos a nossa festa Agosti na, que, na verdade trata-se de uma festa junina, só que realizada em agosto.

PÁSCOA FÁTIMA:FÁTIMA:FÁTIMA: A PÁSCOA DE NOSSAS CRIANÇASA PÁSCOA DE NOSSAS CRIANÇASA PÁSCOA DE NOSSAS CRIANÇASFotos: Divulgação

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TÁXI PONTO DE TÁXIPONTO DE TÁXIPONTO DE TÁXI ESTÁ SEM TELEFONE ESTÁ SEM TELEFONE ESTÁ SEM TELEFONEFotos: Divulgação

O tradicional ponto de táxi, no início da Av. Nossa Senhora de Fáti ma, está sem telefone e sem diretoria da associação que dirige o ponto.

Este impasse está causando transtornos aos moradores que querem uti lizar o veículo. O ponto está sem telefone para atender aos pedidos de táxi pelos moradores.

Outro dia, por volta das 20h30min, uma moradora do prédio 224 da Rua Guilherme Marconi teve um parente que passou mal. Ela teve que caminhar um grande trecho para chegar ao ponto, deixando seu marido doente sozinho.

Segundo os taxistas RONALDO FERREI-RA E DANIEL GUASTI, o ponto existe há mais de 38 anos, e os próprios taxistas são moradores de Fáti ma.

Foi formada uma associação dos taxis-tas do ponto de Fáti ma. Mas está sem di-retoria. Este fato, segundo os taxistas, tem

SEGURANÇA PÚBLICA

prejudicado o melhor atendimento a popula-ção. A cabine do ponto, por exemplo, está sem atendente e telefone.

– Realmente, para melhorar tem que se eleger uma nova di-retoria da associação. O problema persiste por nossa culpa, não estamos sabendo nos organizar – diz Guasti l. Ele revelou que a associação não defi niu a nova diretoria porque existe muita briga entre os as-sociados.

– Sem telefone e prancheiro para controlar e marcar as viagens, não funciona bem- reconhece Ronaldo.

São 33 motoristas cadastrados no ponto, mas atuando apenas 20.

Fotos: Divulgação

GANG DE BICICLETAGANG DE BICICLETAGANG DE BICICLETA ATACA MULHERESATACA MULHERESATACA MULHERES

Na cabine dos taxistas, não há telefone

Luzia Pires é uma das lideres do bairro

Um grupo de menores usando bicicletas estão assaltando mulheres à luz do dia, no trecho que corresponde ao ponto de ônibus próximo ao Santuário de Fáti ma, até o super-mercado Extra, na Rua Riachuelo.

Eles agem na contramão e assaltam as víti mas na calçada. Seus alvos são correnti nhas de ouro e celulares das mulheres.

Uma senhora que teme se identi fi car foi assaltada, há poucos dias, próximo a cabine da PM, na Rua Riachuelo com Henrique Va-ladares.

Os bandidos, sempre bem vesti dos, usam roupas de marca, brin-quinhos e não aparentam ser assaltantes.

Ousados e covardes, eles atacam as víti mas, geralmente mulhe-res, por trás e de surpresa.

A senhora que fez a denúncia perdeu no assalto um escapulário de ouro e um terço que o ladrão vendo que não ti nha valor comer-cial, jogou num mato próximo, onde o mesmo foi recuperado pela víti ma, com a ajuda de populares.

Então, que as mulheres fi quem atentas.Senhoras que frequentam as missas mati nais no Santuário de Fá-

ti ma também têm sido assaltadas por viciados em crack, extrema-mente violentos.

Os pontos de maior perigo são os próximos ao Hospital Espanhol e o prédio da CEDAE.

Os assaltantes de bicicleta também agem em dupla ou trio, de forma coordenada. Um ataca a víti ma, outro inti mida e um terceiro foge com os produtos do roubo.

Toda atenção é pouca e a polícia precisa se mobilizar para prote-ger os moradores da região do bairro de Fáti ma.

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TERCEIRA IDADE SEU JAIR: SEU JAIR: SEU JAIR: “A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA”“A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA”“A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA”Fotos: Divulgação

Com seis fi lhos, netos e bisnetos, o comerciante aposentado, JAIR AFFONSO DOS SANTOS, chega, em 2013, aos 90 anos, com uma

saúde de ferro. Um dos moti vos para estar bem fi sicamente é que passou a prati car ati vidades fí sicas, na Academia Eira, na Rua André Cavalcanti .

Jair, aposentado há 42 anos, disse que resolveu fazer exercícios sob a respon-sabilidade do professor Marcelo Câmara Leite. Ele revela que andava desordena-damente nas ruas, senti a dores numa das pernas e ombro direito com movimentos limitados..

Isto porque, há algum tempo, levou um tombo na rua e botou dois parafusos no ombro durante a operação. Mas recor-da que, sem os exercícios, seu corpo teria fi cado menos resistente.

– Depois que comecei a prati car exer-cícios, conversei com o professor, que passou dar assistência mais adequada à minha idade. Passei a ter uma postura corporal mais correta depois da ginásti ca – revelou ele.

Ele conta que chegava a fazer em casa exercícios. Mas não era igual ao exercício bem dirigido e controla-do pelos professores da academia Eira.

Segundo Jair, sua saúde é bem equilibrada. – Foi surpreendente para uma pessoa da minha idade. Comecei

a andar ereto, ganhei força muscular nos braços, estou outro ho-mem”, contou Jair, fazendo exercícios com barras de cinco quilos em cada mão, na academia.

– Sou casado com uma mulher que é 30 anos mais nova do que eu. Digo para vocês que estou bem após prati car ginásti ca. Me tornei mais ati vo, mais parti cipante. Faço ginásti ca, todos os dias, das 9 até as 11 horas. Geralmente, eu acordo por volta das 5h30min – detalhou ele.

Jair explica o fato de chegar aos 90 anos devido a um comporta-

Fotos: Divulgaçãomento regrado na sua vida de executi vo comercial. Revela que sempre foi uma pessoa tranquila, nunca exagerou em seus atos/comportamentos. “Eu não bebia, nem fumava, mas fazia pequenos exercícios”, explica.

– Hoje, minha taxa de glicose está bem controla-da, em torno de 112. Minha pressão está 11 por 7. – Como bem, bebo água, estou me senti ndo óti mo. O médico disse que assim vou chegar aos 120 anos, depois fi z exames do coração e próstata, sem que nada de anormal fosse diagnosti cado – observou Jair.

O professor Marcelo Câmara Leite diz que uti li-za para terceira idade alongamento, fortalecimen-to muscular, equilíbrio e coordenação motora.

– Quando ele chegou aqui, estava com a mus-culatura atrofi ada, difi culdade de locomoção, sem equilíbrio. Ele nunca ti nha prati cado ati vidade fí si-ca mais coti diana. Fiz um programa de correção, e ele acabou se adaptando a ele. Consegui com que se habituasse aos aparelhos da academia. Acon-selho a pessoa da terceira idade a práti ca de ati -vidades fí sicas, andar por vinte minutos, sair do sedentarismo, de fi car em casa sozinho. Fiz minha monografi a de fi nal de curso sobre a terceira idade – revelou o professor.

Uma das sócias da academia lista os benefí cios para quem prati ca a ginásti ca:

– Melhora o humor e combate a depressão.– Diminui a ansiedade e o estresse.– Aumenta muito a auto-esti ma.– Melhora a qualidade do sono.– Fortalece a musculatura do coração, aumentando a capacidade car-

diorrespiratória.– Melhora o nível do bom colesterol, o HDL.– Aumenta a resistência à fadiga, dando mais disposição para as tare-

fas do dia a dia.– Ajuda a prevenir doenças como hipertensão, diabetes, acidentes

vasculares cerebrais e obesidade.– Exercícios aeróbicos são a melhor maneira de perder peso, mas tam-

bém oferecem outros benefí cios.

Natural de Goiana (PE), a funcionária pública aposentada CÉLIA LEMOS DORNESCU, descendente de romenos, vai comemorar 80 anos em 21 de maio próximo, e está bastante feliz. Sua vida deu um

salto qualitati vo quando passou a fazer ginásti ca, também na Academia Eira, após a morte do marido. “Antes eu fi cava triste, sozinha em casa. Agora, todos os dias eu desço e subo a rua André Cavalcanti ,

e ainda subo 60 degraus da escada do condomínio onde moro. Estou muito ágil depois que vim fazer ginásti ca”, destacou ela.

Dona Célia se exercita na academia durante três dias, das 10 às 11 horas, e conta ser muito disciplina-da. “Meu ex-marido dizia que a pontualidade é sinônimo de educação. Eu procuro seguir isso”, destacou ela, com uma bola que uti liza para fazer sua ginásti ca especializada para a terceira idade.

Dois fi lhos dela são engenheiros. Com a morte do marido, ano passado, Célia passou a fi car depressiva, e por sugestão de um dos

fi lhos, começou a prati car exercícios. Agora sua vida ganhou outro senti do.

DONA CÉLIA: “NÃO POSSO SER TARTARUGA”

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MARIA APARECIDA RODRIGUES AMO-RIM, 39 anos, conhecida como CIDA, moradora da Praça Aguirre Cerda, vi-

úva há seis anos do ex- professor da UFRJ, Paulo César Ferreira Amorim, diz, se sente feliz em ser mãe de Matheus, 11, e de Marianna, nove, e acha moti vos para comemorar o Dia das Mães.

Eu nasci em Teófi lo Otoni, Minas Gerais, e moro há 20 anos no Rio de Janeiro. Minha mãe mora ainda em Minas e o meu pai já faleceu”, revelou ela. Cida é católica e frequenta o San-tuário de Fáti ma, na Rua Riachuelo, onde seus fi lhos estudam catecismo.

Veja trechos da entrevista que ela deu para nosso jornal:

Como você vê o desenvolvimento de seus fi lhos no bairro?

CIDA – Confesso para vocês que diante do mundo atual tenho medo de pedófi los, medo que façam maldades com meus fi lhos. Tenho até medo de casar outra vez, com medo que meu companheiro possa ser pedófi lo. Por isso, não me casei outra vez, com medo de ver meus fi lhos serem perturbados. Prefi ro, assim, fi car sem companheiro em casa.

Como é ser mãe ?CIDA – Ser mãe é muito difí cil. A gente tem

DIA DAS MÃES “““SER MÃESER MÃESER MÃE É MUITO DIFÍCIL”, É MUITO DIFÍCIL”, É MUITO DIFÍCIL”, É MUITO DIFÍCIL”, É MUITO DIFÍCIL”, É MUITO DIFÍCIL”, É MUITO DIFÍCIL”, É MUITO DIFÍCIL”, É MUITO DIFÍCIL”, DIZ CIDADIZ CIDADIZ CIDA

A cidade está acordando. Não há ninguém nas ruas.São sete horas da manhã. No entanto, uma buzina – Fon! Fon! – torna-se o único sinal de ba-

rulho nas ruas do Catumbi, Fáti ma e Santa Teresa. A buzina acorda alguns mora-dores, que se sentem felizes por terem sido ti rados do sono.

A buzina é tocada por LUIZ BORGES, 37 anos, o padeiro-ambulante do bairro.Usando uma bicicleta adaptada para acomodar dois grandes cestos, que

acondicionam diversos ti pos de pães, Borges já se tornou uma fi gura tradicional das ruas desses três bairros.

Há 14 anos, ele vende pão de manhã cedo para diversos moradores do bairro, que, assim, não perdem tempo indo para a padaria ou entrarem em fi la de supermercado.

– Eu trago, nos dois cestos, pelo menos, 600 pães (tatu, suíço, francês). Vendo tudo, sempre retorno com os cestos vazios para casa. Eu tenho freguês que há 14 anos compra comigo. Vendo até fi ado - contou Borges.

Ele começa a trabalhar por volta das 5hs quando compra seus produtos na Padaria Pão Barato, no Catumbi. Dali, ele começa a vender nas ruas deste bairro e depois seu roteiro inclui Fáti ma e Santa Teresa, numa jornada, segundo ele, que dura duas horas. Depois, ele vende também os mesmos produtos, por volta, das 17 às 19 horas para

outros clientes.Mineiro de Carati nga, Borges diz que esse trabalho – padeiro-ambulante- é muito grati fi cante, pois, lida com uma

clientela certa, conhecida e simpáti ca, que gosta de seus serviços. Por isso, tem poucos aborrecimentos com eles. Ele diz que, mais à frente, pretende investi r em seu negócio, para ampliar a variedade da mercadoria e dos serviços.

NEGÓCIO O PADEIRO O PADEIRO O PADEIRO NOSSO DE CADA DIANOSSO DE CADA DIANOSSO DE CADA DIA

se desdobrar. Para enfrentar as despesas, também faço pasti nhas de presunto, salmão, bacalhau, azei-tona, queijos, etc e vendo para minhas amigas e vi-zinhos.

E seus fi lhos?CIDA – Olha, meus fi lhos são maravilhosos. Eles

são crianças diferentes. Eles são meus amigos. Por isso, dedico a minha vida toda para eles.

O que você acha do bairro onde mora?CIDA – Gosto muito de morar no bairro de Fáti ma,

pois, aqui, tudo é perto: supermercados, escolas, fri-gorífi cos, postos de saúde.... Minha fi lha Marianna estuda na Escola Municipal Guatemala, a alguns me-tros de nossa casa. E o menino, o Matheus, no Colégio

Estadual Celesti no Silva. Eu levo e trago ele, o Matheus, todos os dias da escola. Aqui, no bair-ro sinto-me protegida, tenho muitos amigos.

Qual o grande mal do bairro ?CIDA – São fezes de cachorros na rua. Isso

deixa todos os moradores chateados. Como a senhora vive?CIDA – Vivo da pensão deixada pelo meu

marido, meu apartamento é alugado. Gosto muito de frequentar à praia, vou sempre que posso a praia do Flamengo.

E você, Matheus como vê a sua mãe?MATHEUS – Eu vejo a minha mãe muito

bem, eu gosto muito dela, ela é boa. Eu tenho tablet. Então, gosto de jogos de raciocínio, de ação e aventura. Eu tenho minha página no fa-cebook. Brinco de mexer com computador, sou virginiano. Gostaria de ser astronauta, biólogo ou bombeiro, quando esti ver grande.

E você, Marianna?MARIANA – Gosto de novela e quero ser de-

legada um dia.MATHEUS – Eu queria ver um campo de

futebol no bairro, pois, na praça já tem equi-pamentos de ginásti ca para a terceira idade. Também esses equipamentos já tem na Cruz Vermelha.

Fotos: Divulgação

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MULHER/MÃEMulher,A que tem sono leve quando o fi lho nasceE como a fênix, que das cinzasE das dores, a cada dia, renasce!

Que chora quando ama, apaixonada,E faz o coração, do amor, eterna morada!

Mulher,A que, com sua prece, o mundo presenteia,Que batalha, corre, suspira, malhaE o amor semeia!

Que planta e colhe,Se entrega inteira toda uma vida!E não morre, se no amor não ti ver guarida! Suporta!Ou, então, revida!Busca, não quer perder,Luta, vence!Eternamente, mulher!MARILENA FRADE – professora e poetaE-mail: [email protected]