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Distribuição gratuita | [email protected] “Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec FRATERNO Jornal Bimestral | Edição 37 | Ano VII | Setembro/Outubro de 2009 6 ANOS Divulgando a Doutrina Espírita Rua Virgínia Aurora Rodrigues, 230 Centro Osasco/SP e-mail: www.haya.com.br - Fone: 3682-3190 30 ANOS COLÉGIO HAYA A garra do ensino Esse você conhece! LIVRARIA ESPÍRITA MENSAGEIROS DE LUZ E-mail: [email protected] (atrás do Compre Bem e ao lado do Hospital Municipal) Fone: (011) 3682 - 6767 / 3448 -7386 “Faça parte do Clube Espírita, mais de 120 títulos - Lançamentos por apenas R$15,00” HORÁRIO DE ATENDIMENTO Segunda à sábado das das 8:30 às 19:00hs. R. José Cianciarulo, 89 - Centro Osasco - SP. - Cep: 06013-040 AMOR, EVOLUÇÃO E DESAFIOS “O exercício do verdadeiro amor, não cansa o coração”. EMMANUEL Também nesta edição EDITORIAL Telhado de vidro ............................................. 2 MORAL CRISTÃ A família ................................................................ 3 O ESPÍRITO NA ESCOLA Onde estão os espíritos? (2) ............ 4 e 5 BÚSSOLA CRISTÃ Mais com Jesus ................................................ 5 CULTURA ESPÍRITA Relacionamentos: Amor e evolução através de desafios .......................... 6, 7 e 8 ARTIGO E os nosso jovens? ......................................... 9 CURIOSIDADES Reflexões espíritas sobre sexualidade ... 10 CRÔNICA A arte de viver juntos ................................ 11 MENSAGEM DO SEARA Sentimentos ................................................... 12 APÓCRIFOS Palavras de Jesus .......................................... 12 Só precisamos sentir amor para apreciar plenamente o propósito divino. Onde a razão e a lógica não permitem maior compreensão, compreendemos através do amor

Jornal Fraterno 37

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Distribuição gratuita | [email protected]

“Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em qualquer época da humanidade” Allan Kardec

fraternoJornal Bimestral | Edição 37 | Ano VII | Setembro/Outubro de 20096 anos Divulgando a Doutrina Espírita

Rua Virgínia Aurora Rodrigues, 230 Centro Osasco/SPe-mail: www.haya.com.br - Fone: 3682-3190

30 ANOSCOLÉGIO HAYA

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Cianciarulo, 89 - Centro osasco - sP. - Cep: 06013-040

amor, evolução e desafios

“O exercício do verdadeiro amor, não cansa o coração”.

EMMANUEL

Também nesta ediçãoEdiTorialTelhado de vidro .............................................2moral crisTãA família ................................................................3o EspíriTo na EscolaOnde estão os espíritos? (2) ............ 4 e 5BÚssola crisTãMais com Jesus ................................................5culTura EspíriTaRelacionamentos: Amor e evolução através de desafios ..........................6, 7 e 8arTigoE os nosso jovens? .........................................9curiosidadEsReflexões espíritas sobre sexualidade ...10crônicaA arte de viver juntos ................................11mEnsagEm do sEaraSentimentos ...................................................12apócrifosPalavras de Jesus ..........................................12

Só precisamos sentir amor para apreciar plenamente o propósito divino. Onde a razão e a lógica não permitem maior compreensão, compreendemos através do amor

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[email protected]� | FRaTERno | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 37 | Setembro/Outubro 2009

FRATERNO, jornal bimestral contendo: Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais, com sede no “Centro Espírita Seara de Jesus”, Rua Allan Kardec, 173, Vila Nova Osasco, CEp 06070-240, Osasco, Sp. [email protected]; Jornalista responsável: Bráulio de Souza - MTB 20049; Coordenação/Direção/Redação: Eduardo Mendes; Revisores: Luciana Cristillo e Jussara Ferreira da Silva. Diagramação: Jovenal Alves pereira; Captação: Manoel Rodilha; Impressão: Gráfica Yara; Tiragem: 10.000 exemplares; Distri-buição: Osasco e Grande São paulo; e-mail: [email protected]; Telefone: (011) 3447 - 2006

| editorial |

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Osasco - SP - e - mail www.fschool.com.br

Telefone 8342-2503

Numa era de grandes transfor-mações, em que os casamentos se tornam descartáveis como

também toda sorte de relações inter-pessoais, surge a gritante necessidade de dar significado aos motivos que unem e separam uns e outros. Chegou o momento de levar em conta as afinidades espirituais, psicológicas e culturais em maior profundidade para percebermos os destratos a vida de relação.

Nesta edição, apontamos essa

sobriedade da alma, ainda é latifúndio de intemperança aos vazios de sensu-alidade passageira, embora, ninguém escape à genealogia cristã do amor que aproxima ante as alças do afeto, a inclinação da ternura.

Conseqüentemente, há milênios escravizam-se obrigatoriedades pouco saudáveis aos “negócios” relacionais pela hipocrisia formal de dogmatismos à mútua eternidade: “na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza e até que a morte os separe!” obliterando

e das aporrinhações, quando falta ao outro a tolerância necessária de suportar queixumes. Surgem então irritações que acusam ressentimento na forma de cansaço. Desatenções, rixas e acusações recíprocas, as quais causarão amarguras, lágrimas e desesperanças. Em outros postulados, verificam-se quefazeres que clamam atitudes e sempre um foge à cooperação regene-radora nas tarefas domésticas; filhos, ali-mentação, horários, mormente apertos, entre contas a pagar, gastos e salários achatados, falta de entendimento e cooperação...

Desta forma, casamento não deve ser canga ou suplício a ninguém, mal grado, divergências de pensamentos e desarmonias, mesmo que um pense preto e o outro pense branco, que um goste de sair aos shoppings e outro de ficar em casa, que um só considere e outro não, que um durma tarde e o outro cedo e que um lute contra e o outro jamais... Convenhamos à harmo-nia que ninguém mereça a tortura de acatos que não lhe convenha. E entre intolerâncias e desapreços, tal união já se encontra ameaçada à ruptura; de outro modo, não há relacionamento que adoeça nos enlaces da sintonia e na colaboração recíproca, sob as tarefas de regime e compromisso...

Esclarecimento à luz da DoutrinaAlguns insistem no dizer que todos

os casamentos são acertados antecipa-damente no mundo espiritual e que ninguém casa com a pessoa errada. Diremos que isso não é verdadeiro, pois, se assim fosse, mesmo os mais combinados poderiam falhar, primei-ramente, porque as pessoas têm o livre-arbítrio. Aliás, a razão diz que se todos fossem planejados, teríamos que convir que aquele que se separa e casa novamente, uma segunda ou terceira vez, teriam sido também planejados.

A isso, digamos que temos uma cota de sacrifício a resgatar pelos enlaces sucessivos, porém individua-lizar resgate pela forma “cármica” às desarmonias não é lícito afirmar. A

experiência do matrimônio, no que traz de lição e corrigenda, é planejada ante-cipadamente e não necessariamente quem será o cônjuge ou “causador” da crise do relacionamento.

Provenientemente, assim entenda-mos que o divórcio é a lei humana que vem unicamente confirmar uma situa-ção já existente e, que se calamidades da alma pendem sobre o lar, não se dispõe de outra providência mais razo-ável além desta. Ainda assim, há os que acusam a lei do divórcio contestando essa realidade, porém temos certeza que onde há amor essa lei não é nem mesmo cogitada.

E no tocante à separação, o Espiri-tismo mantém sua lucidez, não incen-tivando e nem tampouco favorecendo culto ao sofrimento doméstico em forma de martírio. E como já exposto, ninguém é obrigado a viver com quem lhe constranja; Emmanuel nos diz: “há circunstâncias em que é impossível continuar juntos, até mesmo para se evitar situações piores, violência ou até mesmo morte”. Assim sendo, a nós outros, não nos cabe julgar as razões alheias, posto que, de alguma forma, todos temos “telhado de vidro!”...

Finalizando, diremos que o perdão é o caminho da consciência esclare-cida, no entanto, este ato de amor não prescinde do bom-senso e vigilância, mas de alto sentimento e nobreza de estima. Portanto, quem quiser um bom e duradouro relacionamento deverá, antes, saber e conhecer melhor um ao outro, cultivar e trabalhar irmanando-se no respeito, como seres individuais e sem perder a identidade, desejo e vontade própria. Quando os parceiros se valorizam e apagam um pouco do egocentrismo em favor do amor, as afeições fluem mais livremente pelo espetáculo da convivência recíproca. Amar não é exatamente suportar, agüentar e se mortificar, mas devida-mente se solidarizar em favor dessa harmonia. Então, eis ai a nobre receita: amar sempre e não se exigir a perfeição, mas sim submeter-se a ela...

Boa leitura. O Editor.

Telhado de vidro

responsabilidade nas afinidades dos espíritos na forma da maturidade, na permuta que preserva os seres por bons relacionamentos, posto que, nos dias de hoje, raros são aqueles que convivem sob o mesmo teto sem os exclusivismos da personalidade, pade-cendo nas íntimas atitudes do respeito recíproco. Sabemos que a família é o cadinho, o berço e o vaso depurador das filiações domésticas, sobretudo, na ótica do Espiritismo.

As uniões em matrimônio são a base para escalada pessoal nas aqui-sições dos espíritos, quais progridem em cada nova existência. Reparar os próprios descomedimentos em

a o s q u e p re s -cinde relevância de sentimentos – que seja eterno enquanto durem as afeições! Ainda que, a for ismos como “quem vê cara não vê cora-ção”, decorrem aos descasos desde as antigas eras, quais fulguraram por grilhões às majestades, que se consorciavam sem o devido zelo c o n s a n g ü í n e o ao opróbrio das negociatas. Assim, foi que se deu luz a filhos congênitos debilóides e esqui-

zofrênicos, por este desdouro dentre os deméritos da realeza a legítima prospe-ridade do amor recíproco.

Por conseguinte, transparência e respeito, confiança e dignidade ao cres-cimento intelectual e labuta doméstica, são e serão sempre os atributos de acatamento ao matrimônio, donde, comumente, poucos enxergam cons-trução e responsabilidade aos legítimos títulos do dever familiar, sobretudo, no compartilhar os próprios anseios a manutenção do bem – ouvindo, confabulando, adorando, respeitando e se dedicando.

Lamentavelmente, via de regra, alguns adoecem no berço da cólera

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Setembro/Outubro 2009 | Edição 37 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRaTERno | [email protected]

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Memórias de Chico Xavier

| moral cristã |

no sEara dE jEsus 18 de outubro, domingo, palestra com Richard Simonetti, às 10h. Após a palestra, almoço. 24 de outubro, sábado, teatro com a peça “O Fantasma de Canterville” - Nucleo Eurípedes de Estudo e Confecção Teatral, às 19h. 26 de outubro, Segunda-Feira, Palestra Musical com Sérgio Santos às 20h.

| eventos |

“O espírito de competição – eis o que precisa terminar entre os companheiros de Doutrina Espírita”.

Peças EspíritasO FIO DO FIM DA LINHAPeça espírita que aborda a impor-tância e valorização da vida, com suas oportunidades de se contruir um futuro melhor, dia 13 de setem-bro, domingo, às 19h no Espaço Cultural Grande Otelo à Rua Dimitri Sansaud de Lavaud, 100 - Campe-sina (ao lado do Paço Municipal de Osasco. Ingresso antecipado a R$ 10,00 e 1/2 entrada e R$ 20,00 no dia do evento E A VIDA CONTINUAPeça abordando a vida no mundo espiritual, baseada no livro “E a Vida Continua” do espírito André Luiz e psicografado pelo médium Chico Xavier, domingo, dia 27 de setembo, às 19h no Teatro Municipal de Osasco - Av. dos Autonomistas, 1.533 - Campesina - Osasco. Ingresso a R$

20,00 - antecipado e 1/2 entrada e R$ 40,00 no dia do Evento Aquisições de ingressos para as peças na Livraria Espírita Mensageiros de Luz, rua José Cianciarulo, 89 - Centro - Osasco - tel. 3682 6767 / 3448 7386 - email: [email protected] TARDE DE AUTÓGRAFOO Escritor espírita Afonso Moreira estará autografando o Livro “Alma de Mulher em Corpo de Homem”, que aborda a complexa situação de espíritos que na existência anterior vivenciaram experiências em corpo feminino e agora encarnam num corpo masculino. Sábado, dia 12 de setembo, das 14h às 17h30, na Livraria Espírita Mensageiros de Luz, rua José Cianciarulo, 89 - Centro - Osasco tel. 3682 6767 / 3448 7386

Solenemente aproximou-se Sera-miz, fitando-o carinhosamente e disse: “falai-me da família”.

Ele então respondeu:“Quem são meus pais, meus irmãos

e meus amigos?Todo aquele que fizer a vontade de

meu Pai fará parte de minha família.Porque os que se encontram

unidos na terra também continuarão unidos nas muitas moradas da casa de meu Pai. Também os pássaros vivem em família, e constróem suas casas com carinho e sabedoria.

Os animais de toda terra não sobre-viveriam se não vivessem em família.

As estrelas do firmamento, assim como as flores das pradarias terrenas e o rio buscando o grande mar, todos buscam suas famílias. Onde se encon-traria ordem sem a lei da família?

Entristeço-me com as famílias da terra...

Os homens se esquecem do verda-deiro significado do lar.

O lar sem uma mulher é apenas uma casa vazia, assim como o lírio sem o perfume é apenas uma erva.

Pudésseis compreender a esterili-dade de um sacerdote sem família...

Ouve-me, sacerdotes de Jerusalém: não desprezei vossas famílias quando estiverdes no ministério. Abandonai o ciúme, o sentimento de posse e segui-me.

Porque aquele que não abandonar a possessividade do seu coração com seus familiares não é digno de mim.

Perguntais quem sou: Eu sou o filho do homem que se prepara para o testemunho de meu Pai. Sou vosso filho também e vós sois meus pais.

Peço-vos que honreis vossos filhos, pois mais tarde eles deixarão de ser vossos filhos, mas filhos de seus com-promissos com meu Pai.

Deixai-os e eles não vos decep-cionarão. Mas que seja o vosso deixar como deixaríeis o vosso coração.

Tende bastante tempo. Orai nos templos, mas envergonhai-vos de orar em frente dos vossos filhos. Pudésseis tirar de vosso tempo uma noite apenas

para orar... Fechai os olhos, abri vosso coração na presença dos vossos filhos. Haverá exemplo maior?

Em verdade vos digo: não há outro objetivo em vossa família senão o de serdes servos do último dos vossos servos. Porque não foi o acaso que uniu vossa família. Pode um acaso fazer cair uma folha de uma árvore?

Sentai e cantai. Dançai com vossos filhos e alegrai-vos. Sede amigos e aí estareis sendo pais. Curvo-me diante do pai que mostra suas lágrimas, em prece, aos seus filhos e sua esposa. Curvo-me diante da mãe que trabalha para sustentar seus filhos.

Observai: já viste nas ruas de Jeru-salém um pai com filhos, sofrendo o abandono das mães? Que dizeis então da solidão de tantas mães e o pranto de tantos filhos abandonados pelos pais?

Bem aventurado é o amor que acolhe o entezinho da orfandade. É para vós o Reino dos Céus. Curvo-me diante de vós entregando-me ao vosso serviço.

Bem aventurado sejais vós, sacer-dote da família, porque muitos serão os frutos do vosso esforço, da vossa abnegação. Felizes os que ouvirem vossos conselhos nos silêncio de vossas virtudes construídas em família”.

A família

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Por Dalmo Duque dos Santos

Quem não conhece a história da Loira do banheiro que, nos anos 70, apavorou toda uma

geração de estudantes e que na década seguinte foi substituída pelo saudoso Fred Krugger?

Pois é.... sempre que esse assunto vem à tona nas salas de aula a maioria dos professores e alunos apelam para a razão e rotulam o tema de supersti-ção e bobagem. Mas também sempre aparece alguém que dá um sorrisinho malicioso para lembrar que nem tudo é bobagem e superstição. Ao ser levan-tada essa hipótese, imediatamente o clima da conversa toma outros rumos diante dos olhares atentos e fisionomias de espanto.

Depois que os filmes de terror foram substituídos por roteiros espí-ritas, como “O Sexto Sentido” e “Os outros”, as conversas sobre esses assun-tos não são mais as mesmas. Depois que o menino que vê gente morta em todos os lugares, principalmente naquela cena em que ele acessa no éter a imagem de antigos moradores enforcados nas vigas do telhado da escola, não sobrou muitos argumentos para os céticos. Nesses instantes, alguns alunos, geralmente as meninas, come-çam a contar suas experiências “sobre-naturais”, enquanto outros, geralmente meninos, iniciam uma campanha de ridicularização dos relatos. Outros, meninos e meninas, permanecem em

silêncio, atentos, como expectadores de um jogo perigoso à espera de um resultado nada previsível. Aí, então, vêm as perguntas fatais:

- O senhor já viu ou conversou com Espíritos?

- Qual a sua religião? - Professor, o senhor acredita em

reencarnação? O professor, acuado entre o dever

e o prazer, entre a cautela e a ousadia, olha para a porta da sala, para ver se não está sendo vigiado, e aqueles poucos segundos antes de dar a sua resposta se transformam em anos de dúvidas e incertezas: “Será que devo responder? Devo me omitir? O que devo dizer? Como poderei res-ponder? Qual será a repercussão da minha fala? Quais as conseqüências do meu ato”?

As escolas são lugares tidos como neutros, locais públicos de muitas possibilidades, mas também, por isso mesmo, de muitas proibições. Numa escola, onde naturalmente se estabe-lece um jogo de poder entre quem educa e quem vai ser educado, quem vai ensinar e quem vai aprender, entre quem vai avançar e quem vai recuar, acaba predominando a lei do mais forte, ideologicamente falando.

Numa escola, ambiente supos-tamente neutro e público, mesmo que seja escola particular, quem tem conhecimento realmente tem poder. Por isso, nesse ambiente nem tudo que é público deve ser notório; nem tudo que é possível deve ser realizado. Esse é o paradigma dominante, esse é o paradigma que atualmente não deve ser desafiado, mas que pode ser mudado. O paradigma dominante é o da matéria, e o novo a ser implan-tado é o do espírito. Tocar no assunto espiritualidade em ambientes neutros talvez seja mais tabu do que em lugares assumidamente contrários ao assunto. Nessas situações, a timidez rapidamente se transforma em receio e este deságua fatalmente na omissão. Pronto: lá se foi mais uma oportunidade de falar sobre as coisas que habitual-

mente não podem ser ditas, mas que a gente tanto gostaria de falar. Como na música de Fátima Guedes, trilha sonora na primeira versão do Sítio do Pica-Pau Amarelo, falando de fadas, gnomos e duendes; “São segredos nossos, quisera falar das coisas que não posso...”. Não podemos esquecer que o paradigma científico também é repleto de ideolo-gia, veículo histórico, como as religiões tradicionais, de idéias das classes diri-gentes e dominantes que camuflam interesses muito específicos. Quando se proíbe a manifestação da ideologia religiosa e espiritualista nas escolas alega-se que não se trata de temática científica (como se esta estivesse acima de qualquer suspeita), pois esse tipo de

treinados mentalmente em suas bases religiosas para rejeitar discursos novos e ameaçadores às suas ideologias. Alguns realizam verdadeiras ginásticas de racionalidade intelectual para neu-tralizar idéias consideradas perigosas. O exemplo mais conhecido é o choque criacionismo versus evolucionismo . Portanto, quem é o peixe fora d’água nessa história? A ciência divulgada no ambiente escolar, nesse caso, têm sido útil apenas para esconder a verdade e não para desmistificar as coisas superadas e apontar novos rumos de mentalidade, que seria seu verdadeiro papel educativo. O problema é que a chamada ciência oficial, acadêmica, bem como seus corifeus humanos e

| o espírito na escola |

Onde estão os espíritos? (2)As escolas são lugares tidos como neutros, locais públicos de muitas possibilidades, mas também, por isso mesmo, de muitas proibições

proselitismo é injusto, pois os alunos não têm como reagir e contestar a influ-ência da autoridade do educador. Ora, seguindo esse mesmo raciocínio, por acaso os alunos possuem condições de criticar e contestar o proselitismo científico, carregado de elementos ide-ológicos particulares dos educadores? Outro detalhe importante: a maioria absoluta de alunos e educadores acre-ditam em Deus e professam algum tipo crença religiosa. São constantemente

imperfeitos, não está preparada para encarar paradigmas que desafiam sua própria credibilidade.

Mesmo que esses ambientes neu-tros estejam saturados de espirituali-dade, no sentido de abundância feno-menal , quando intentamos quebrar o gelo, surge uma reação espontânea que nos alerta sobre os riscos de ousar num território proibido, que já possui domínio e forte tradição conservadora. É o terreno do materialismo, senhor e

Page 5: Jornal Fraterno 37

Setembro/Outubro 2009 | Edição 37 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRaTERno | �[email protected]

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Inês S. T. PereiraCONSULTORA DE VENDAS

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3 Desarrazoado exigir de qualquer de nós transformações intempestivas.

3 Por mais formosas e edificantes as lições de aperfeiçoamento moral, é forçoso acomodar-nos com o espírito de seqüência, na marcha do tempo, a fim de que nos afaçamos a elas, adaptando-nos gradativamente aos princípios que nos preceituem.

3 Ser-nos-á, porém, claramente possí-vel melhorar-nos com mais urgência e segurança se adotarmos a prática de permanecer um tanto mais com Jesus, cada dia.

3 Problemas intrincados surgiram, con-citando-nos a soluções inadiáveis.

3 Se estivermos de sentimento interli-gado um pouco mais com o Cristo, aprenderemos a ceder de nós, sem qualquer empeço, apagando as questões que nos induzam à per-turbação e à discórdia.

3 Apareceram desacatos, impulsio-nando-nos ao revide.

3 Se os recebemos um tanto mais com Jesus, em nossas atitudes e respos-tas, todas as expressões de desa-preço serão dissolvidas nas fontes da compreensão e da tolerância.

3 Surpreendemos companheiros que se fazem difíceis.

3 Se lhes acolhemos os obstáculos, conservando as nossas diretrizes e providências, um tanto mais com Jesus, para breve se nos transfigu-ram, em colaboradores valiosos, con-vertendo-se, por fim, em estandartes vivos de nossas idéias.

3 Encontramos desencantos nas trilhas da experiência.

3 Aceitando-os, no entanto, um tanto mais com Jesus em nosso compor-tamento, para logo se transformam em lições e bênçãos que passamos a agradecer à Sabedoria da Vida.

3 Em casa, no grupo de trabalho, na vida social, na profissão, no ideal ou na via pública, experimentemos sentir, pensar, falar e agir, um tanto mais com o Cristo e observemos os resultados.

3 Pouco a pouco perceberemos que o Senhor não nos pede prodígios

Mais com Jesus

| bússola cristã |

de transformação imediata ou espe-táculos de grandeza e sim que nos apliquemos ao bem, de modo a caminhar com Ele, passo a passo, na edificação de nossa própria luz.

3 Não te atemorizem programas de reajuste, corrigenda, sublimação ou burilamento.

3 Ante as normas que nos indiquem elevação para a Vida Superior, rece-bamo-las respeitosamente, afei-çoando-nos a elas, e, seguindo adiante, na base do dever retamente executado e da consciência tran-qüila, pratiquemos a regra da ascen-são espiritual segura e verdadeira: sempre um tanto menos com os nossos pontos de vista pessoais e, a cada dia que surja, sempre um tanto mais com Jesus.

(Livro Rumo Certo Francisco Cândido

Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

soberano das meias verdades, onde não há cabimento e sentido para as coisas do espírito. É o conhecido mundo de César, onde não há espaço para o desconhecido mundo de Deus. Aliás, existe sim, desde que seja o pensamento credenciado, institucional e já reconhecido como idéia “oficial”, já contaminada pelas meias verdades. O Deus e o Homem da tradição mitológica das religiões antigas são permitidos, pois não representam nenhuma ameaça ao avançado sistema tecnológico. O Homem da tradição zoológica darwinista também é permitido nas escolas, mesmo que seja uma ameaça ao sistema dogmático. Isso se faz com uma solução simplista e política: uma coisa é fé e outra coisa é ciência. Separando bem essas duas coisas, não haverá questionamentos nem conflitos... Mas o Deus Cósmico de Spinoza e do universo quântico de Einstein, ou seja, a Mente Universal em constante Criação e Expansão, ainda é assunto proibido, pois essa quebra de paradigma ainda não foi digerida pelos religiosos, muito menos pelos cientistas de plantão. Falar de um Deus que não seja humano velho e barbudo, de um universo que não seja mecânico e previsível, de outras dimensões e percepções extra-sensoriais que não sejam a dos cinco sentidos, de seres extra-terrestres que não sejam anjos ou demônios ou formas esdrúxulas e suas esquisitas espaçonaves da ficção científica, tudo isso nos assusta e nos faz recuar, como os hereges escaldados. Esse medo se agrava quando estamos em ambientes de uso coletivo e qualquer manifesta-ção mais atrevida pode ser rotulada de sobrenatural ou então de ação isolada e individual. Reparando bem, olhando bem de perto, ninguém é absolutamente normal. Mas não queremos correr o risco de sermos taxados de loucos ou perturbados. Sem contar os reacionários, inimigos espontâneos e gratuitos da razão,

sempre prontos a defender a tradição que eles mesmos não aprovam ou acreditam.

A escola como espaço de conhe-cimento ampliou muito a sua natu-reza neutra, e também através do aumento da diversidade de freqüen-tadores e da pluralidade cultural con-seqüente dessa freqüência diversa. Paradoxalmente, esse fator também ampliou a proibição e o tabu, pois o que antes era exclusivo das idéias oficiais, passou a ser de todos e agora é de ninguém, no sentido mais amplo e inibidor, até vergonhoso, de que não pode, não deve, não é sadio, não é viável nem recomendá-vel. Um exemplo disso é a recente tentativa de oficializar o ensino religioso. A idéia partiu do clero edu-cacional católico, preocupado com a expansão protestante, baseada em estatísticas e também na crença de que o catolicismo é a preferência religiosa da maioria dos brasileiros. É a preferência formal, pelo hábito cartorial de estar vinculado a uma instituição, mas não é a preferência habitual e de fé, pois as mesmas estatísticas mostram outros hábitos e crenças na população brasileira e que não constam no credo católico e protestante. A medida legal foi posta goela abaixo como lei votada no Parlamento, porém quando chegou nas escolas teve o mesmo destino dos decretos e bulas: passou pelo crivo racional e teve que se adaptar ao modelo curricular vigente, ou seja, virou História das Religiões ou tema transversal, simples pretexto para o diálogo inter-religioso. Como este último é do interesse de uma minoria insignificante, a disciplina tornou-se apenas mais uma alternativa de renda financeira através de algumas horas-aula a mais. O ensino religioso já nasceu morto. Já a espiritualidade permanece viva, mas continua proi-bida aos tímidos, porém não aos atrevidos, pois o ambiente continua transbordando...

(Continua na próxima edição)

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de endereço de São paulo.(não precisa levar o animal). após o cadastro, com o termo de encaminhamento

nas mãos, ligar para a Clínica Veterinária Mac arthur (3768-����) e agendar a castração..

Por: Luciana Cristillo

Os relacionamentos huma-nos resultam da interação física, emocional, mental e espiritual entre as pessoas,

dos quais provém ações e reações ao longo do tempo.

Um dos maiores mistérios da vida é a experiência de amar outra pessoa. Há séculos que as pessoas vêm procu-rando definir e compreender as pro-fundezas do amor. Conhecemos várias nuances do amor: o amor íntimo de uma pessoa por outra, o amor entre os amigos, o amor pela natureza, o amor

pela família e pelos filhos. Sentimo-nos envolvidos pelo amor de Deus e temos amor à própria vida. Vivemos em um caleidoscópio emocional, pois quem ama verdadeiramente, ama sempre e cada vez mais.

Raramente surge uma atividade ou situação na vida que não envolva o contato com outros seres humanos. Quanto mais facilmente nos ajustarmos à família, à comunidade e quanto maior for a qualidade dos nossos relaciona-mentos, valorizando nossa existência, mais sereno será nosso caminhar pela vida. Inúmeras tensões e pressões da vida moderna são provocadas não totalmente pelas situações difíceis, mas pelas emoções perturbadoras que surgem dos contatos pessoais nestas situações difíceis, sejam com indiví-duos ou grupos. Nossa civilização nos submete a muitas provas na busca das melhores condições à nossa vivência e isso requer cooperação por meio dos relacionamentos.

Convivemos com facilidade em algumas áreas, ao passo que expe-rimentamos grande dificuldade em outras. Por vezes, as arestas de dificul-dade podem ser vencidas ou mesmo ignoradas se a qualidade intrínseca do relacionamento como um todo for compensadora. A natureza de um relacionamento pode abranger muitos níveis – alguns conscientes nos quais onde estamos lúcidos, outros incons-cientes nos quais nos relacionamos com a atenção focada logo abaixo do limiar da consciência. No entanto, todos os relacionamentos existem por uma razão e nos proporcionam oportunida-des para nosso desenvolvimento; ofe-recem obstáculos e recompensas, altos e baixos, a experiência da participação pessoal que mostra como nos havemos com nossa filosofia de vida quando temos que viver aquilo que pregamos. Podemos perceber que alguns relacio-namentos estão baseados no aspecto físico, outros no emocional e outros têm um tom cármico, no sentido de

que existem parcerias em que o peso da responsabilidade parece recair sobre uma só pessoa e onde é gasto muito tempo e esforço na tentativa de aparar “pontos de vista” que nem sempre são óbvios.

O termo “cármico” aqui usado refere-se a relacionamentos de resgate espiritual e não no sentido do fatalismo em viver determinado relacionamento com determinada pessoa. Com isso, entendemos que as dificuldades de um relacionamento não devem ser sim-plesmente “suportadas” por conta de “dívidas passadas” mas sim entendidas e superadas para que assim possamos esclarecer as partes ignorantes de nós mesmos. Quando há resgate ou “carma” envolvido, tendemos a sentir uma falta de controle sobre as circunstâncias e os eventos que ocorrem, bem como uma falta de controle sobre o modo de reagirmos a esses eventos, como se as profundezas do inconsciente, represen-tando as lições inacabadas do passado, tomassem a dianteira fazendo com que o relacionamento continuadamente desfaça as nossas ilusões. Podemos lutar com dificuldades num relacio-namento durante meses ou anos sem sequer compreender a natureza desta luta. Só quando a dificuldade vem à tona e é resolvida, o relacionamento perde o peso ou se desfaz. Com isso, alcançamos uma nova consciência e um senso de leveza, no entanto, isso só é possível após a lição ter sido aprendida, resultando na possibilidade de exercermos nosso livre-arbítrio com maior liberdade.

Ao contrário, quando não somos capazes de apreender o significado de nossos relacionamentos, nossa tendência é de vivenciarmos, ao longo do tempo, relacionamentos que englo-bam experiências semelhantes porque atraímos pessoas que podem nos pôr em contato mais consciente com deter-minada dificuldade a fim de que possa ser resolvida. Em outras palavras, atraí-mos quem necessitamos numa época

da vida em que estamos prontos para compreender de forma que o antigo adágio “quando o aluno está pronto, o mestre aparece”, torna-se verdadeiro no caso de relacionamentos cármicos.

AMOR, PAIXÃO E OUTROS SENTIMENTOS

Às vezes, confundimos paixão com amor porque não compreen-demos a diferença entre o impulso sexual e o sentimento. A paixão excita a personalidade; o amor nos eleva sendo o único sentimento capaz de espiritualizar a paixão. Quando nos

Relacionamentos: amor e evolução através de desafiosSó precisamos sentir amor para apreciar plenamente o propósito divino. Onde a razão e a lógica não permitem maior compreensão, compreendemos através do amor

| cultura espírita |

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Setembro/Outubro 2009 | Edição 37 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRaTERno | [email protected]

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relacionamos unicamente através da paixão, podemos experimentar uma seqüência de emoções tão fugazes que toda ética e consci-ência acabam indo pelos ares. O amor é muito menos excitante, mas tem um valor infinitamente maior, pois a sua essência é uma tranqüila força de sustentação que flui da alma, enchendo e nivelando

os espaços vazios do nosso ser e conferindo-nos uma sensação de

plenitude, de forma a nutrir nosso espírito com um profundo senso de finalidade na vida.

Costumamos ouvir que “o tempo

cura todas as feridas”. Isso não é neces-sariamente verdade, pois podemos passar anos curtindo mágoas passadas, mormente, quando os relacionamentos foram baseados unicamente na paixão. O amor é o que cura verdadeiramente. Jesus, cujo amor era tão grande a ponto de buscar harmonia com toda a humanidade, nunca curou senão sentindo amor. O poder do amor é inquestionavelmente a maior força deste mundo, dando-nos consolo e esperança proveniente do sentimento de que “tudo acaba bem”. Quando procuramos a razão de ser da existên-cia, às vezes esgotamos nossa mente a fim de compreender o nosso lugar no universo. Só precisamos sentir amor para apreciar plenamente o propósito divino. Onde a razão e a lógica não permitem maior compreensão, com-preendemos através do amor.

Nós procuramos simplificar ou racionalizar os sentimentos e passamos a acreditar que amor e ódio são opos-tos ou dois lados da mesma moeda. Contudo, as pessoas cujo coração está cheio de amor são incapazes de odiar. Aqueles cujo coração está cheio de ódio nem sequer podem perceber que o amor existe. O amor é aquilo que promove a união de todas as coisas e o que nos transforma num ser divino, espiritual. É na indiferença que reside o oposto do amor.

meira infância. Sigmund Freud, notável estudioso da mente humana, falou das figuras da “anima” e do “animus” no inconsciente. Segundo ele, eram dois lados da mesma fonte de desen-volvimento emocional, sendo esses símbolos extremamente importantes quando tentamos compreender o que efetivamente acontece na interação humana.

Se homem, seu aspecto feminino e a conseqüente imagem internali-zada da mulher ideal será a “anima”; se mulher, seu aspecto masculino e a conseqüente imagem internalizada do homem ideal será o “animus”. Neste ponto, é importante esclarecer que todos nós, homem ou mulher, viven-

ciamos o aspecto feminino e masculino respectivamente, em nossa psique e o projetaremos em todos os parceiros significativos de nossa vida. Se essas imagens internas forem produtivas, teremos chances de crescimento com menos turbulências. Porém, se as ima-gens forem distorcidas o desafio do crescimento será maior.

Carl Jung, eminente psicólogo e desenvolvedor das idéias de Freud, acrescentou às observações acima que fragmentos das figuras de “anima” e “animus” provêm de imagens arquetí-picas ou modelos de comportamento humano. Esses modelos podem conter lembranças inconscientes de vidas pas-sadas pois essas lembranças são nosso

Relacionamentos: amor e evolução através de desafios

A PSICOLOGIA DOS RELACIONAMENTOS

Os relacionamentos podem ser comparados a uma árvore na qual admiramos a beleza e nunca lhe observamos as raízes. Essas mesmas raízes, ocultas no solo, produzem a essência vital da árvore. As nuances dos relacionamentos provém de suas raízes e as manifestações como os ramos de uma árvore.

As raízes de qualquer rela-cionamento se alimentam das qualidades e modelos incons-cientes desenvolvidos na pri-

patrimônio espiritual e, quando reque-rem reajustes, podem ser trazidos à vida presente como aprendizado, compondo nossa personalidade atual. Um forte resíduo de uma vida passada pode afetar o nosso desenvolvimento através dos relacionamentos, por-tanto, o véu do esquecimento se faz oportuno para que possamos ter mais

livre-arbítrio perante as pessoas e situações da vida presente.

Ingressamos em cada um de nossos relacionamentos com diferentes expectativas. Às vezes, esperamos conquistar segurança, amor duradouro, o

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reconhecimento de nossa existência ou mesmo a confirmação de nossa visão de mundo. Uma vez que o rela-cionamento se inicia, podemos dar início a uma representação de papéis, em conformidade com nossas crenças. Nossa sociedade valoriza e incentiva esses papéis, em detrimento da vivên-cia de nossa verdadeira personalidade – de mãe, de pai, de filho, de amigo, de senhor e de senhora. Algumas pessoas estão mais à vontade representando o papel de mãe/filha ou de pai/filho do que homem ou mulher, numa alternância entre os níveis consciente e inconsciente de nossa mente.

Uma personalidade bem integrada pode alcançar o equilíbrio adequado entre o individualismo egoísta e a total submissão à vontade dos outros, no qual poderemos vivenciar um rela-cionamento pleno e saudável. Dessa forma, teremos autoconfiança, inde-pendência de pensamento, iniciativa e audácia à medida que reconhecemos também a interdependência das pes-soas na sociedade, isto é, respeitaremos o direito dos outros. Ao contrário, ao nos identificarmos com uma persona-lidade egocêntrica, irresponsável ou

indisciplinada, tornamos a vida difícil para nós mesmos e para os outros, podemos até tornarmo-nos anti-sociais e desregrados. Por outro lado, suprimir totalmente a nossa individu-alidade para assegurar tranqüilidade nos relacionamentos pode frustrar o desenvolvimento normal de nossa personalidade e inteligência.

O SIGNIFICATIVO RELACIONAMENTOASAMENTO

Quando um relacionamento de casamento se estabelece, o apren-dizado é maior e requer um período de tempo mais longo e um contato mais íntimo, havendo muitas lições em muitos níveis. Através da contro-vérsia, sentimentos contraditórios se confrontam, passando assim que nós tenhamos um contato melhor conosco próprios. Questões de importância espiritual, opiniões acerca de nosso valor pessoal, as batalhas do ego, tudo isso vem à tona; a sexualidade passa a ser entendida em níveis mais profundos.

Os momentos de harmonia e cum-plicidade são uma grande motivação

para que um casal permaneça unido, em constante aprendizado espiritual. No casamento, o perdão passa a ser compreendido como Jesus o recomen-dou: que perdoássemos setenta vezes sete vezes...

Ainda no nosso estágio espiri-tual, é notório que a evolução ocorra através de fricções e atritos. Críticas, altercações, diferenças de opiniões são elementos catalisadores da mudança, compulsória ou voluntária, quando se trata do esforço consciente através da reforma íntima. A essência da harmonia não significa a bem aventurança ideal que talvez imaginemos existir no rela-cionamento “perfeito”. Felicidade surge como resultado de momentos de luta e acordos, pois podemos discordar e, todavia, as nossas idéias diferentes podem estar isentas de ódio. Podemos nos criticar e ainda sentirmos um fluxo harmonioso em níveis superiores que se sobrepõem a esses ajustes transi-tórios.

O conflito costuma ser fonte de iluminação, mas conflitos em demasia violam a harmonia, às vezes, irrepara-velmente.

Então, o parâmetro a seguir ao longo do tempo para avaliarmos um relacionamento são as respostas que poderemos intuir a algumas destas per-guntas: Que papel esse relacionamento representa à minha evolução espiritual? Ele me ajuda a progredir? Sou capaz de manter meu equilíbrio neste relaciona-mento? Tenho espaço para vivenciar todas as facetas do meu ser?

O APRENDIZADO ESPIRITUAL DOS RELACIONAMENTOS

Quanto maior a proximidade que tivermos com os demais, mais facil-mente se revelarão nossos defeitos morais ou fraquezas de personalidade. Os relacionamentos íntimos põem à prova o nosso caráter; porém, dessas provas emergimos aperfeiçoados e desenvolvidos emocionalmente. À medida que amadurecemos, podere-mos aprender alguma coisa com cada conflito no qual surja um sentimento de resistência, notadamente o fato de que devemos aceitar que uma das tarefas

da vida é a de aprender como conviver com nossos semelhantes.

O fato de um relacionamento correr mal requer toda nossa potencia-lidade em pensar, dizer e agir de forma produtiva e tão importante quanto usar essa potencialidade é compreender as energias que são efetivamente cons-trutivas e as que não são. Abdicar de atitudes imaturas e redundantes, bem como acatar a parcela de responsabi-lidade que cabe a cada um, incita-nos a aceitar o fato de que nem todos os relacionamentos funcionam bem.

Se pudermos aprender a nutrir os outros em vez de apenas apegarmo-nos a nós mesmos, até as maiores dificuldades tornam-se vitórias espi-rituais e crescimento evolutivo. Os encargos, as responsabilidades e obs-táculos tornam-se esteios para nossa caminhada nos quais nos lembramos de nossos companheiros de viagem como irmãos, pois não existem pais ou filhos, maridos ou esposas, amigos ou parentes - somos todos companheiros

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| artigo |

Por Orson Peter Carrara

Convido o leitor a ref let ir sobre a oportuna resposta da consagrada expositora

espírita Sandra Borba, de Natal-RN, na entrevista que publicamos no portal www.oconsolador.com , de onde extraímos uma pergunta espe-cífica sobre a preparação de jovens e crianças para o trabalho espírita do futuro. Para acesso à íntegra da entrevista, acesse o endereço indi-cado, na edição 98, de 15/03/09.

A pergunta e respectiva resposta sobre o tema ora abordado está abaixo para nossas reflexões:

O Consolador: Em sua opinião temos preparado devidamente nossos jovens e crianças para o trabalho espí-rita do futuro?

Resposta: De modo geral, pela experiência pessoal que vivo, creio que hoje o jovem tem mais espaço do que no passado, no movimento espírita. No entanto, tem ele também muitas outras solicitações e, conve-nhamos, adquirir estabilidade social hoje é mais difícil, sobretudo em face das exigências da vida profissional. Um curso de graduação não tem mais o mesmo peso de algumas poucas décadas atrás. Isso significa que o jovem, no meu entender, tem menos tempo do que nós tivemos para se dedicar à Doutrina e ao movi-mento, de modo geral. Essa é uma das razões pelas quais temos que investir no jovem desde os primeiros momentos, especialmente quanto aos aspectos doutrinários e aqueles voltados para as relações interpes-soais. Não podemos nos descuidar, ainda, da formação específica para as tarefas que deverá assumir (de acordo com o perfil exigido pela tarefa), sem esquecermos a postura educacional: nem afastamento do jovem pelo rigor e desconfiança, nem paternalismo e o equívoco de que o jovem tudo pode. Agradeço até hoje aos que me disseram “não”

E os nossos jovens?

e me admoestaram com carinho e respeito.

Notem os leitores o detalhe final da oportuna resposta: nem afasta-mento do jovem pelo rigor e descon-fiança, nem paternalismo e o equívoco de que o jovem tudo pode.

O trecho transcrito define bem a postura ideal: nem excessivo rigor e desconfiança, nem tampouco paternalismo ou o equívoco da libertinagem. É o desafio que pede o discernimento do dirigente. Afinal, não somos imortais no corpo. Breve deixaremos a vida na Terra, mas o trabalho vai continuar, com ou sem a nossa presença. Não é mais prudente preparar continuadores?

Por outro lado, o final da resposta

também é igualmente oportuno e importante: Agradeço até hoje aos que me disseram “não” e me admoes-taram com carinho e respeito.

A humildade de Sandra é indicada tanto para os jovens atuais quanto à postura dos dirigentes e coorde-nadores de nossas instituições. As observações devem vir saturadas de respeito e carinho; por sua vez, os jovens devem ponderar as razões dos “não” que recebem.

Em tudo deveremos buscar equilíbrio. Quando optamos pela indiferença, pela imposição ou pela descrença no valor dos jovens, estamos atentando contra o futuro... Melhor valorizar, estimular e oferecer oportunidades.

partilhando, dando e aprendendo à proporção que fluímos através da correnteza da vida.

Quando conhecemos a nós mesmos, verificamos onde necessita-mos de fortalecimento, de aprimora-mento e de disciplina e assim sabemos quando devemos recusar uma relação, do mesmo modo que compreende-mos que precisamos aprender com os relacionamentos que não podemos ou não devemos romper.

MENSAGEM: QUANTO AOS OUTROS

Se você acredita que pode alcançar a sublimação espiritual sem os outros, decerto ainda não chegou à verdade.

A vida foi criada, à feição de máquina complexa, em que as peças diferenciadas entre si guardam função específica.

Não fuja à engrenagem do seu grupo se deseja aperfeiçoar-se e progredir.

Os outros são as áreas destinadas à complementação e melhoria dos seus próprios reflexos.

Através deles, é que você se analisa para observar-se com segurança.

Não intente transformá-los, de imediato, porque qual ocorre conosco, são espíritos em evolução, caminhando entre dificuldades e sombras, para o conhecimento superior.

Não exija deles a perfeição que estamos ainda longe de possuir.

Esse nos ensina paciência, aquele a compreensão, aquele outro o impera-tivo da bondade, tanto quanto somos pessoalmente para cada um deles testes vivos nesses mesmos assuntos.

Acredite: sempre que os outros nos apareçam à maneira de problemas, somos para eles outros tantos proble-mas a resolver.

Diz você que precisa identificar-se com a vida e descobrir-se para fazer o melhor, entretanto, unicamente pelos outros é que você se encontra e se realiza para as conquistas supremas da felicidade e do amor.

FRANCISCO CÂNDIDO XAVIERLIVRO: RESPOSTAS DA VIDA

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| curiosidades |

Por: Luiz Guilherme Marques

“Conhecereis a Verdade e a Ver-dade vos libertará”. (Jesus)

“Sexo e amor são duas forças quase antagônicas; o amor, em sua essência, nada tem a ver com o sexo: a manifestação sexual nos exte-rioriza um sentimento de posse, ao passo que o amor é doação; o sexo se traduz por conquista, o amor é renún-cia... Tanto quanto as demais possibili-dades do espírito, o sexo está sujeito a conseqüente sublimação. Quando se fala em sexo, não conseguimos admiti-lo, em seu exercício, a não ser como ele ainda é praticado pelos seres humanos, ou seja, muito próximo da forma com que os próprios animais o executam, em obediência ao instinto de repro-dução... No ser humano, acrescenta-se o ingrediente do prazer; todavia que é o prazer, senão uma sensação e não um sentimento? Sexo é sensação, amor é sentimento... Os dois coexistem e coexistirão, até que, um dia, o amor se despoje completamente; na verdade, tudo que se refere a sexo passa; é um prazer que carece de ser renovado com freqüência, porquanto não basta a si mesmo... Só o amor é capaz de gerar para si a própria alegria! Somente o amor se basta”!... “Quase 90% das doen-ças mentais têm como causa desajustes da área sexual”. (Inácio Ferreira)

“O desconcertante culto ao corpo e ao endeusamento pessoal tem arras-tado multidões inexperientes aos trans-

tornos psicológicos de natureza grave, bem como a enfermidades perversas resultantes do mau uso da organização somática”. (Joanna de Ângelis)

SEXUALIDADE E TABUTratando-se este de um texto

espírita, nenhuma introdução melhor que as questões 200 a 202 de O Livro dos Espíritos, que tratam da sexuali-dade, esclarecida à luz da ética cristã e dos postulados da reencarnação e da evolução espiritual rumo à perfeição infinita.

Até hoje a sexualidade é tabu, tratado pela maioria dos religiosos como coisa abominável e abordado pelos hedonistas sem a seriedade que o assunto merece.

Na literatura espírita há poucos autores que tratam desse importante tema, os quais procuramos consultar para bem informar os nossos Leitores e Leitoras.

Vamos, então, ao texto da Codifica-ção Kardequiana:

200. Têm sexos os Espíritos?“Não como o entendeis, pois que

os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos senti-mentos.”

201. Em nova existência, pode o Espírito que animou o corpo de um homem animar o de uma mulher e vice-versa?

“Decerto; são os mesmos os Espí-ritos que animam os homens e as mulheres.”

202. Quando errante, que prefere o Espírito; encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?

“Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar.”

Os Espíritos encarnam como homens ou como mulheres, porque não têm sexo. Visto que lhes cumpre progre-dir em tudo, cada sexo, como cada posi-ção social, lhes proporciona provações e deveres especiais e, com isso, ensejo de ganharem experiência. Aquele que só como homem encarnasse só saberia o que sabem os homens.

Com base nessas informações temos que:

1) Os espíritos, em sua essência, têm sexo, não representado exteriormente por órgãos genitais, mas sim correspon-dente às características psicológicas de cada individualidade. Assim, nos espíritos que simpatizam mais com o estilo masculino, as virtudes tidas como masculinas (coragem, iniciativa etc.) apresentam maior relevo, enquanto que nos Espíritos que se adéquam mais ao estilo feminino, ressaltam um maior aperfeiçoamento das virtudes femininas (afetividade, paciência etc.). Dessa forma, a masculinidade e a femi-

cer incontáveis vezes como homem e como mulher, tantas vezes quantas necessárias para nos tornarmos mais próximos da perfeição.

4) Não se deve supervalorizar o sexo físico, que é, em última instância, um instrumento para as tarefas especí-ficas da paternidade ou maternidade.

Na Terra o único espírito que seguiu uma trajetória retilínea é Jesus. Disse Ele frente aos acusadores da mulher adúl-tera: Quem estiver sem pecado atire a primeira pedra. Admitindo Sua lição como um postulado do Código Divino, não nos é lícito estigmatizar nossos irmãos e irmãs em humanidade pelos

Reflexões espíritas sobre a sexualidadeA grande maioria da humanidade não está em condição de viver nem a castidade, nem a prática do sexo somente com finalidade procriativa

ninidade representam características interiores de cada individualidade.

2) O que atrai os espíritos entre si não é a exterioridade física mas sim a afinidade no pensar e no agir.

3) A escolha do sexo para o espírito que vai reencarnar não está sujeita aos preconceitos da nossa socie-dade terrena, onde ainda prevalece o machismo. Essa escolha leva em conta a necessidade de evoluir rumo à per-feição, que só se alcança adquirindo todas as virtudes dos homens e das mulheres. Todos nós temos de renas-

equívocos cometidos na área sexual, pois estamos tão confusos quanto eles ou já o estivemos tanto ou mais que eles no passado próximo ou remoto. Essa a informação inicial que deve ser passada a quem quiser estudar o tema sexualidade.

Outro tópico que merece aten-ção é a importância da sexualidade equilibrada para uma vida saudável. Em caso contrário, causamos danos sérios ao nosso psiquismo e ao nosso organismo.

Américo Domingos Nunes Filho

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Setembro/Outubro 2009 | Edição 37 | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | FRaTERno | [email protected]

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Conta a lenda dos Índios Sioux que, certa vez, Touro Bravo e Nuvem Azul chegaram de mãos

dadas à tenda do velho feiticeiro da tribo e pediram:

- Nos amamos e vamos nos casar. Mas nos amamos tanto que queremos um conselho que nos garanta ficarmos sempre juntos, que assegure estar um ao lado do outro até a morte.

Há algo que possamos fazer?E o velho emocionado ao vê-los tão

jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:

- Há o que possa ser feito, ainda que sejam tarefas muito difíceis. Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte da aldeia apenas com uma rede, caçar o falcão mais vigoroso e trazê-lo aqui, com vida, até o terceiro dia depois da Lua cheia.

E tu, touro Bravo, deves escalar a montanha do trono; lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com uma rede deverás apanhá-la, trazendo-a para mim viva!

Os jovens se abraçaram com ter-nura e logo partiram para cumprir a missão.

No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves.

O velho tirou-as do saco e cons-tatou que eram verdadeiramente formosos exemplares dos animais que ele tinha pedido.

- E agora o que faremos?Os jovens perguntaram.- Peguem as aves e amarrem uma

à outra pelos pés com essas fitas de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas para que voem livres.

Eles fizeram o que lhes foi orde-nado e soltaram a voar, mas consegui-ram apenas saltar pelo terreno. Minutos depois irritadas pela impossibilidade do vôo, as aves arremessaram-se uma contra a outra, bicando-se até se machucar.

Então, o velho disse:- Jamais esqueçam o que estão

vendo, esse é o meu conselho. Vocês

são como a águia e o falcão. Se esti-verem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arras-tando-se como também, cedo ou tarde, começarão a machucar um ao outro. Se quiserem que o amor entre em vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados.

Libere a pessoa que você ama para que ela possa voar com as próprias asas...

MORAL DA HISTÓRIAEssa é uma verdade no casamento

e também as relações familiares, ami-zades e profissionais. Respeitemos o direito das pessoas de voar rumo aos seus sonhos, apoiando-a com carinho.

Como vemos, a lição principal é saber que somente livres as pessoas são capazes de amar e se tornarem melho-res, sem os grilhões da intolerância...

Então, eis a justa necessidade, sobretudo, de ter confiança, respeito, admiração e transparência sob a égide da condescendência.

Que Jesus, nosso Mestre Divino, abençoe todos aqueles que se sub-metem a esta lição desafiadora, pela arte de viver juntos e no propósito da convivência pacífica.

(2004:32) ressalta a importância da idéia da reencarnação para a compre-ensão das variantes da sexualidade:

“Seria muito importante que todos os estudiosos da área sexual tivessem conhecimento da reen-carnação”.

Sem essa noção, a verdadeira essência dos problemas fica inatin-gível, porque os chamados desvios da sexualidade estão nos equívocos geralmente sedimentados em vidas passadas.

O presente estudo, no entanto, não se baseou somente nos textos espíritas. Procuramos beber nas fontes de outras correntes de pen-samento para informar nossos prezados Leitores e Leitoras de uma forma mais abrangente. Uma dessas fontes foi um dos expoentes da humanidade.

GANDHI foi um dos homens mais importantes não só do século XX, mas de todas as épocas, cuja vida ele próprio transformou em um livro aberto para que todos ali pudessem ler nas suas confissões sinceras de fragilidade força interior, traçando parâmetros para a humanidade, porém com humildade e reverência sobretudo ao maior de todos - Jesus. Atingiu o ideal da castidade depois de muitos anos de aperfeiçoamento interior, como ele mesmo dizia. Desenvolveu a castidade como resultado natural do seu progresso espiritual, amando a humanidade toda, sem distinção. Não verificava mais em si a necessidade do contato carnal. No entanto, compreendendo que a maioria não tinha cabedal para viver essa realidade superior, admitia para as outras pessoas o exercício da sexualidade, porém apenas com a finalidade reprodutiva. Não acei-tava como ética a idéia da procura do prazer sexual. Esse o parâmetro gandhiano, ou seja, uma realidade para homens e mulheres ainda muito acima da média humana da nossa época.

A grande maioria da humanidade

não está em condição de viver nem a castidade, nem a prática do sexo somente com finalidade procriativa. A realidade é que a procura do prazer ainda pesa muito na estrutura psi-cológica da imensa maioria. Assim, ao lado do ideal de paternidade ou maternidade, procura-se o prazer nas relações sexuais.

Há, todavia, um número de pessoas que visa somente o prazer, desprezando o idealismo de ser pai ou mãe, o que representa uma estagnação espiritual de sérias con-seqüências.

Uma outra forma de entender a sexualidade é representada pelo Tantrismo.

Assim, para efeitos didáticos, classificamos cinco vertentes:

a) castidade,b) sexo com finalidade mera-

mente reprodutiva,c) sexo objetivando a reprodução

e o prazer,d) sexo objetivando somente

o prazer,e) Tantrismo.O Raja-yoga adota o princípio

de que a energia do ser humano é única, não havendo uma energia para a atividade sexual e outra, separada, para o exercício espiritual. Assim diz ROMAIN ROLLAND (2003:158):

“Gandhi quis endossar a teoria clássica do raja-yoga, segundo o qual o homem dispõe só de uma força, ou ojas, que pode ser empregada tanto em atividades sexuais (em pensamentos ou ações) como no processo espiritual. E, assim como, a cada momento, não se dispõe senão de uma quantidade limitada de forças, quanto mais for ela utilizada no campo sexual tanto menos fará no campo espiritual”.

Essa tese impressionou-nos e pas-samos a refletir sobre o assunto. Pen-samos poder incluir nesse rol outras vertentes da atividade humana: a afetividade, as atividades intelectuais e os trabalhos físicos.

(continua na próxima edição)

A arte de viver juntos

| crônica |

Page 12: Jornal Fraterno 37

[email protected]� | FRaTERno | Ciência, Filosofia e Conseqüências Morais | Edição 37 | Setembro/Outubro 2009

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| mensagem do seara |

Por Jussara Ferreira da Silva

Amigos leitores... Quantas vezes, em determinadas situações, nos encontramos surpreendidos

e dominados com uma avalanche de sentimentos envolvendo o medo, a incerteza, a insegurança?

Pois é, esses são sentimentos que caracterizam a preocupação e a ansie-dade frente a alguma situação, seja com a nossa família, nosso trabalho, nossa comunidade, nossos amigos.

As sensações de preocupação e ansiedade são arrebatadoras, colocam-nos em condição desfavorável a qual-quer pensamento ou conselho positivo, sejam eles proferidos por nós a nós mesmos ou por outra pessoa com o intuito de amenizar o estresse causado por elas. De racionais que somos, pelo menos assim nos colocamos, passamos para um nível de perturbação cons-ciente e voluntária gerando danos de ordem física, psíquica e emocional ao nosso organismo, este sempre fiel e predisposto as nossas vontades.

Por um determinado período de tempo, pequenos às vezes e prolon-gados demais em outras, duram o suficiente para arrancar do nosso bem estar a paz a que tanto almejamos. Jun-tamente conosco, sofrem aqueles mais íntimos e companheiros de jornada causando um desconforto e desequi-líbrio no ambiente enquanto favorece a ação de certas “energias” que, perspica-zes como são, se alimentam da situação e “crescem” ao degustarem tamanha vulnerabilidade de emoções.

Certamente que já passamos por situações assim quando assistimos a alguma doença a nos ameaçar ou a um ente querido. Em outras vezes, frente à violência que domina as comunidades, algumas em maior e outras em menor

grau, nos adiantamos aos seus efeitos imaginando algum familiar ou amigo sofrendo tais conseqüências. E, dentre outras tantas, adiantamos o nosso desgaste enquanto caminhamos para o abismo da nossa coerência.

Logicamente que a preocupação e a ansiedade em níveis mais amenos, nos preservam de algumas perturba-ções quando a estas não nos aventu-ramos, porém aqui falamos daquelas mais incisivas ao nosso bem estar e que prometem manter-nos em estado de receio e medo. Sem imaginarmos o que acontece com o nosso organismo, permitimos que o pensamento sobre algo que não sabemos se é verdadeiro ou não tome conta da nossa fé nos fazendo tropeçar em nós mesmos.

Mas, acompanhando a rotina das crianças e dos adolescentes, pode-ríamos aprender com eles! São eles que vivem dia a dia sem temerem o amanhã! São eles que não acreditam em obstáculos, pois confiam em cada um dos seus sonhos! São eles que não vislumbram qualquer possibilidade de serem atacados pelo mal, pois dele sabem rir! E quão alegre eles são!

Por que ao amadurecermos nos tornamos tão incrédulos? O que causou esta falta de fé em nós?

Como podemos, se muitos, talvez a maioria, freqüentamos algum tipo de religião e nos dizemos acreditar em Deus? Como e quando isso começou a acontecer conosco?

É importante e urgente se faz o auto conhecimento para que possa-mos sair dessa situação aprendida e, também, questionarmos tudo o que vem nos educando para sensações tão antagônicas a nossa paz interior. O amor e o respeito por nós mesmos, bem como a fé raciocinada e praticada por todos também seriam bálsamos a nos amenizar de tais desconfortos.

Busquemos nas palavras que Jesus nos deixou a sabedoria e capacidade para o enfrentamento da preocupação e da ansiedade e, no nosso íntimo, procuremos a nossa fé! Encontrando a nossa fé, nos fortaleceremos frente às dúvidas impostas por estas sensações, diluindo-as para que não retornem, jamais, a nossa realidade!

Um abraço!

- Eis as palavras secretas que JESUS disse e que Dídimo Judas Tomé escreveu...

“JESUS disse: - Se aqueles que os guiam lhes disserem: - Eis que o Reino está nos Céus, então as aves do Céu lhes precederam. Se lhes disserem que ela está no mar, então os peixes já lhes precederam. Mas esse Reino está dentro de vocês e também fora de vocês. Quando vocês conhe-cerem a si mesmos, então serão conhecidos e saberão que são filhos do Pai Vivo. Mas, se vocês não conhece-rem a si mesmos, então vocês estão na pobreza e são a pobreza”.

EVANGELHO DE TOMÉ (origem desconhecida).

apócrifos (1)

A preocupação e a ansiedade em níveis mais amenos, nos preservam de algumas perturbações