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JORNAL LABORATÓRIO DO 3° ANO DE JORNALISMO ÍNDICE PRÁTICO Ano 7 •• n. 41 ••• novembro de 2008 Faculdades Integradas Teresa DʼÁvila DE SEMENTE EM SEMENTE Sonhos realizados. Oportuni- dades de buscar e conseguir. Espaço para ir além. Um bom lugar, um ambiente familiar, onde se conquistam gran- des amizades. A FATEA fez e faz parte da história de mui- ta gente bem-sucedida. Mariana, Douglas, Elisan- dra, Manoel, Carlos, Maria, João, José e tantos outros... P.06 Julio OLiveira A premiação contou com 52 trabalhos inscritos, entre animações, minicurtas, curtas e documentários. PRÊMIOGATOPRETO P.04 P.05 Quando acaba a faculdade: os desafios enfrentados após a finalização do curso P.07 Diabetes, um alerta para crianças e adolescentes: a doença caracteriza-se pela insuficiência de insulina no organismoP.06 Amor ou doença: quando a possessão e o ciúme chegam ao limite e o amor se torna ódio P.03 CEMARI Conheça os projetos desenvol- vidos pelo Centro Social Educa- cional Maria Rita Périllier nesta edição: Brincando e aprendendo, Projovem e o Curso de Informática. ENTRE ASPAS Aproveitando a passagem da cantora pela região valepa- raibana, não desperdiçamos a oportunidade de um bate- papo interessante, que você acompanha com exclusividade P.02 Cuidado, a Aids continua existindo: Vale apresenta um dos maiores índices de HIV P.03 Tabagismo mata 200 mil brasileiros por ano: o vício do cigarro é considerado como a principal causa de morte evitável no mundo P.06 Há 6 anos, o artesão e co- merciante, Luis Bettoni dedi- ca-se ao cultivo de mudas de plantas para serem plantadas em Guaratinguetá e região. P.08 “É fundamental para o fu- turo do nosso planeta, que as pessoas que podem fazer algo em benefício da natu- reza, que o façam realmente, pois é a mais preciosa heran- ça que podemos deixar para nossos filhos e netos” CADERNO O QUE VOCÊ QUER VER NO Envie suas dicas para: [email protected] cado de trabalho, eles contam como constru- íram o seu presente com ajuda da FATEA. Banco de Imagens da FATEA EX- ALUNOS PARTICIPAM DA CAMPANHA DO VESTIBULAR Douglas Camargo, formado em jornalismo em 2006, é hoje repórter da Record Bem-sucedidos no mer- Mais de 40 ex-alunos da FATEA participaram da Campanha do Pro- cesso Seletivo 2009 e você vai conhecê-los nesta edição.

Jornal [in]Formação 1ª. edição 2009

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Jornal laboratório da Habilitação em Jornalismo do Curso de Comunicação Social, das Faculdades Integradas Teresa D'Ávila de Lorena, SP. Produzido pelos alunos do 3º ano.

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Page 1: Jornal [in]Formação 1ª. edição 2009

JORNALLABORATÓRIODO 3° ANO DE JORNALISMO

ÍNDICE PRÁTICO

Ano 7 •• n. 41 ••• novembro de 2008 Faculdades Integradas Teresa DʼÁvila

DE SEMENTE EM SEMENTE

Sonhos realizados. Oportuni-dades de buscar e conseguir. Espaço para ir além. Um bom lugar, um ambiente familiar, onde se conquistam gran-des amizades. A FATEA fez e faz parte da história de mui-ta gente bem-sucedida. Mariana, Douglas, Elisan-dra, Manoel, Carlos, Maria, João, José e tantos outros...

• P.06

Julio

OLi

veira

A premiação contou com 52 trabalhos inscritos, entre animações, minicurtas, curtas e documentários.

PRÊMIO GATO PRETO

•P.04

•P.05

Quando acaba a faculdade: os desafios enfrentados após a finalização do curso• P.07

Diabetes, um alerta para crianças e adolescentes: a doença caracteriza-se pela insufi ciência de insulina no organismo•P.06

Amor ou doença: quando a possessão e o ciúme chegam ao limite e o amor se torna ódio• P.03

CEMARI Conheça os projetos desenvol-

vidos pelo Centro Social Educa-cional Maria Rita Périllier nesta edição: Brincando e aprendendo, Projovem e o Curso de Informática.

ENTRE ASPASAproveitando a passagem da cantora pela região valepa-raibana, não desperdiçamos a oportunidade de um bate-papo interessante, que você acompanha com exclusividade

•P.02

Cuidado, a Aids continua existindo: Vale apresenta um dos maiores índices de HIV• P.03

Tabagismo mata 200 mil brasileiros por ano: o vício do cigarro é considerado como a principal causa de morte evitável no mundo• P.06

Há 6 anos, o artesão e co-merciante, Luis Bettoni dedi-ca-se ao cultivo de mudas de plantas para serem plantadas em Guaratinguetá e região.

•P.08

“É fundamental para o fu-turo do nosso planeta, que as pessoas que podem fazer algo em benefício da natu-reza, que o façam realmente, pois é a mais preciosa heran-ça que podemos deixar para nossos fi lhos e netos”

CADERNO

O QUE VOCÊQUER VER NO

Envie suas dicas para:[email protected]

cado de trabalho, eles contam como constru-íram o seu presente com ajuda da FATEA.

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ATEA

EX- ALUNOS PARTICIPAM DA CAMPANHA DO VESTIBULAR

Douglas Camargo, formado em jornalismo em 2006, é hoje repórter da Record

Bem-sucedidos no mer-

Mais de 40 ex-alunos da FATEA participaram da Campanha do Pro-cesso Seletivo 2009 e você vai conhecê-los nesta edição.

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Entrevista

Josafá Moraes

Com dois discos lançados e a atuação em “Antonia”, minissérie da Globo, Negra Li destaca-se no território cultural brasileiro

NEGRA LI: “Música é a expressão da alma”

silencioso da Aids, o aumento dos índices de diabetes nas crianças, os problemas do fumo, os amores doentios. Isso porque é necessário fazer um alerta e apontar caminhos.

Nesta última edição de 2008, a sensação da equipe do jornal [In]Formação é a de que fechamos o ano com um saldo positivo: o fortalecimento desse espaço de divulgação de temas relevantes para os estudantes da FATEA e para a sociedade. Na nossa baga-gem, o aprendizado e a experiência adquiri-dos nesse processo de comunicação: a elabo-ração de pautas, a realização de entrevistas, a produção de textos e fotos, a diagramação. Tudo isso tendo como foco o leitor.

A turma do 3º Jornalismo de 2008 se des-pede, com votos de um ótimo Natal e um Ano Novo de muitas realizações. E desejando muito sucesso para a nova turma que assume o jornal em 2009.

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Jornal Laboratório 3° ano de JornalismoFaculdades Integradas Teresa D’ Ávila – FATEA Ano VII – n° 41 - Novembro / 2008

Equipe de Alunos:Carlos Alberto, Eduardo Góis,Elaine Santos, Elisangela Cavalheiro, Endrigo de Oliveira, Estefânia Oliveira, Filipe Chicarino, Gabriel Fini,Gabriel Theodoro, Graziela Staut,Hugo Barbeta, Josafá Moraes,Josiane Bittencourt, Julio Oliveira, Karina Pontarolo, Lauren Moraes, Liliane Pimentel, Luana Corrêa,Lucas Caponto, Marcela Rocha,Maurício Moura, Maurício Rebouças,Meire Moreira, Melisa Lemes, Michelly Ribeiro, Natália Moreira, Oswaldo Corneti, Paulo Diniz, Paulo Henrique de Jesus, Pedro Hummel, Tamiris Correa, Vanessa Guimarães.

Faculdades Integradas Teresa D’ Ávila – FATEAAv. Peixoto de Castro, 539 – Vila Celeste • Lorena – SP – CEP: 12606-580 • Fone: (12) 2124-2888

ExPEDIENTE

Direção Geral: Prof.ª Dr.ª Olga de Sá

Editoração: Prof.ª Ms. Bianca de Freitas

Projeto Gráfico: Agência Experimenta – Agência Integrada de ComunicaçãoDiagramação: Samantha Natielli

Coordenação Geral e Edição: Prof.ª Ms. Bianca de Freitas (MTB: 28876)

No cenário artístico do Brasil surge uma voz, uma atriz, que desafia o caminho lógico dos espaços sociais. Negra Li, hoje conhecida nacionalmente, é uma prova de que o talento convive em diferentes realidades e pode surpreender a todos em qualquer momento. De uma simples brin-cadeira de cantarolar entre os amigos, nasce uma mulher forte, destemida, que ocupa espaço e que esbanja garra. Com dois dis-cos lançados, “Heilão e Negra Li” e “Negra Livre” e também com a atuação em “Antonia”, minissérie da Rede Globo, a artista demarca território no solo cultural brasi-leiro. Aproveitando a passagem da cantora pela região valepa-raibana, não desperdiçamos a oportunidade de um bate-papo interessante, que você acompa-nha abaixo com exclusividade:

(in) Como surgiu o nome “Negra Li”?Negra Li: Li vem de Liliane,

meu nome de batismo, e no rap é comum a afirmação da ne-gra ou negro no nome, assim nasceu Negra Li, que eu adoro!

(in) Desde quando se sentiu in-clinada profissionalmente para a música?

Negra Li: A música veio das brincadeiras com amigos na escola, costumava cantar, trocar a letra das músicas, fazer versões para músi-

cas americanas, tudo de brincadei-ra, até que um amigo me convidou pra fazer parte do grupo de rap dele, nesse grupo fui vista pelo He-lião do RZO, que já era um grupo de rap consagrado nacionalmente, e ele me convidou. Aceitei na hora.

(in) O que gosta mais de cantar?

Negra Li: Música rsrsr... gos-to de cantar de tudo, sou muito eclética, me apaixonei pela bossa nova, adoro rimar, mas meu co-ração bate mais forte pelo R&B*.

(in)Como aconteceu a participa-ção na série “Antonia”?

Negra Li: A diretora Tata Ama-ral estava procurando meninas do Rap, aí fui convidada para fazer

uma série de testes, um ano depois desses testes recebi a notícia de que eu tinha sido selecionada.

(in) Quais os frutos depois de “Antonia”?

Negra Li: O reconhecimento do pú-blico de todo o Brasil e de fora também.

(in) O que dizer sobre o negro no Brasil?

Negra Li: A situação do Negro no Brasil já melhorou muito, em-bora a gente ainda veja atitudes preconceituosas, por vezes ve-ladas, por vezes “na lata” mes-mo, mas eu acredito que o pre-conceito está mais direcionado ao pobre, favelado, da periferia.

(in) Como combater a pobreza e o crime?

Negra Li: Com educação, disposi-ção para trabalhar e oportunidade.

(in) O que lhe dá mais prazer?Negra Li: Cantar para o meu públi-

co, isso cura qualquer aborrecimento.(in) O que lhe deixa mais indignada?Negra Li: Mentira e Falsidade(in) Quais os planos futuros?Negra LI: No profissional é gravar

meu próximo CD e no pessoal é ter um filho, me casei em julho deste ano.

(in) O que é música?Negra Li: Música é expressão da alma.(in) Uma palavra para a juventude.Negra Li: A juventude tem

que se unir, só juntos consegui-remos construir um país melhor.

Mais informações sobre Negra Li:www.negrali.com.br

www.myspace.com/negraliwww.faclubenegrali.blogspot.com

R&BRhythm and Blues ou R&B foi

um termo comercial introduzi-do no Estados Unidos no final de 1940 pela Revista Billboard. O termo substituiu race music, que era, em língua inglesa um tanto ofensivo. De certo modo, hoje o rótulo rhythm and blues aplica-se nos EUA a qualquer forma de música pop com artistas negros. Um dos nomes que se destacou neste gênero foi Muddy Waters.

P. • >>>02 “Entre Aspas”

EDITORIALNo jornalismo cotidiano, nos deparamos

invariavelmente sempre com más notícias. Crimes, corrupção, terrorismo, crise etc. Nesta edição do [In]Formação, trazemos matérias que geralmente não saem na grande imprensa: as boas iniciativas da so-ciedade. É o caso das ações do Cemari, com foco na juventude e no apoio às famílias de baixa, renda; das pessoas que doam seu tempo para dar atenção aos idosos muitas vezes esquecidos em um asilo; do empre-sário que doa seu tempo e trabalho reco-lhendo sementes, plantando mudas e as distribuindo em lugares estratégicos. Tudo isso é prova de que, ao lado das mazelas diárias veiculadas pelas mídias em geral, e que nos dão uma sensação de desesperan-ça, há um número grande de pessoas que estão fazendo a sua parte para tornar este mundo mais bonito e feliz.

Mas o jornal também chama a atenção para outras questões importantes: o avanço

Bianca de Freitas, coordenadora do curso de Jornalismo

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Filipe Chicarino

Natália Moreira

Campanha Fique SabendoRealizada pela primeira vez este

ano para incentivar o diagnóstico precoce da AIDS, a campanha “Fi-que Sabendo” promovida pela Se-cretaria de Saúde do Estado teve a adesão de somente 13 dos 39 mu-nicípios do Vale do Paraíba, Ser-ra da Mantiqueira e Litoral Norte.

Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, a campanha que aconteceu entre os dias 25 de agosto e 5 de se-tembro foi prejudicada pelo período eleitoral, pois o Tribunal Regional Eleitoral teria proibido algumas ci-dades de divulgarem a campanha.

13 cidades participaram e ao todo foram realizados 6.226 tes-tes na região. Em todo Esta-do foram 120 mil diagnósticos.

Em Cruzeiro dos 540 exames rea-lizados 6 tiveram resultado positivo.

Pesquisas mostram que cidades do Vale do Paraíba estão entre as de maiores incidências da doença no Estado de São Paulo

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CUIDADO! A AIDS CONTINUA EXISTINDO

A dona-de-casa N.T.L., 38 anos, cometeu uma atitude que por in-crível que pareça é cada vez mais comum. Portadora do vírus HIV - Vírus da Imunodeficiência Huma-na há 15 anos, transmitiu a doença ao atual marido conscientemente. Ela havia se contaminado pelo ex-companheiro que morreu da doen-ça há 2 anos. Casos como este as-sustam, mais são cada vez maiores em todo o Brasil. “Com o coquetel de medicamentos os portadores da doença tem uma sobrevida maior, é o que faz com que a preocupa-ção com a doença não exista mais na cabeça de muitas pessoas”; co-mentou a enfermeira do Centro de Apoio a Doenças Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Saúde de Cruzeiro, Regina Zappa.

A cidade de Cruzeiro está entre os 60 municípios do Estado de São Paulo que possuem o maior núme-ro de moradores portadores do ví-rus HIV. A cidade ocupa hoje a 56° posição no Estado de São Paulo e a 6° colocação no Vale do Paraíba.

Outras cidades do Vale também estão em posições alarmantes como: Guaratinguetá que ocupa o 57° lugar, Lorena que está na 80° colocação e Aparecida na 98° posição. O município com maior número de casos da doença no Vale do Paraíba é a cidade de São José dos Campos que ocupa a 8° colocação em todo o Estado.

Os avanços da medicina no trata-mento da AIDS têm garantido aos portadores da doença uma maior longevidade e qualidade de vida,

mas, ao mesmo tempo, tiraram o temor da população em relação à doença. “Já deixei de usar a cami-sinha porque achei que o rapaz não tinha jeito de quem possuía o vírus. Sei que está errado, mas a sociedade ainda é machista, pois é visto com maus olhos a mulher que anda com preservativo”; disse a es-tudante de Educação Física A.G.M.

As mulheres entre os 35 e 50 anos são as principais vítimas da AIDS em Cruzeiro. A tendência verificada desde 2005 se acen-tuou neste ano quando atingiu 61% dos pacientes diagnosticados.

Números da Secretaria de Saú-de cruzeirense revelam que 95,4% das mulheres que contraíram o vírus possuem uma relação afe-tiva estável, teve um único par-ceiro sexual durante toda a vida, tem baixa escolaridade e exercem profissões pouco remuneradas.

Ainda de acordo com os núme-ros, as maiores vítimas são mulhe-res de baixa escolaridade geralmen-te as donas de casa que dependem do marido e que teve um único parceiro na sua vida toda, e que acabam sendo contaminadas pelas relações que o marido tem fora do casamento. “Presenciamos diver-sos casos em que a mulher a vida toda foi fiel ao marido, mas têm a desagradável surpresa de tomar co-nhecimento que foi infectada pelo esposo”, contou o Secretário de Saúde de Cruzeiro, José Marques.

Há dez anos a relação homem/mulher portadores do vírus HIV

em Cruzeiro era de cinco para um. Hoje, para cada dois homens, uma mulher é portadora do vírus.

Essa mudança no perfil dos por-tadores da doença fará com que o Governo do Estado inicie no próxi-mo ano um trabalho de prevenção ao HIV voltado as pessoas acima dos 40 anos e, de forma inédita, a Campanha Nacional de Prevenção a AIDS, deflagrada todos os anos no mês de dezembro, terá foco na po-lução acima de 50 anos. “O desloca-mento de faixa-etária está inclusive atingindo pacientes com mais de 50 anos que não gostam de usar o preservativo, apesar da informação que têm. Eles vêem a doença como uma realidade muito distante”, disse a enfermeira Regina Zappa.

AMOR OU DOENÇA?

Enfoque 03>>> • P.

Quando a possessão e o ciúme chegam ao limite e o amor se torna doentio

Eloá , vítima de um amor doentio

O caso Eloá causou comoção e revolta no nosso país. Uma adoles-cente de apenas 15 anos se torna vítima de algo que estudiosos ca-racterizam como amor patológico.

De acordo com a Revista Brasileira de Psiquiatria, a atitude de fixar aten-ção e cuidados em relação ao compa-nheiro é esperada em qualquer relacio-namento amoroso saudável. Todavia, quando ocorre falta de controle e de liberdade de escolha sobre essa con-duta, de modo que ela passa a ser prioritária para o indivíduo, em detri-mento de outros interesses antes va-lorizados, está caracterizado um pro-blema denominado amor patológico.

Para a compreensão humana, é difícil de aceitar como alguém

que diz amar tanto seu parcei-ro, tem coragem de agredir e até mesmo colocar fim à sua vida.

Pesquisadores dos Estados Unidos dedicam-se a entender por que isso acontece e acabam de publicar suas primeiras conclusões. Foi contatado que esses homens têm em comum um ambiente familiar conturbado, falta de apoio na escola, vida em co-munidades caracterizadas pela vio-lência e convivência com amigos que incentivavam a agressão às mulheres.

Para o psicólogo André Luís Ramos, quando o amor aparece de forma do-entia é porque já há outro transtorno que a pessoa possui e que esse amor patológico passa a ser um dos sinto-mas dessa doença, seja um transtor-no de ansiedade, de humor ou até mesmo esquizofrênico. “Em geral

essa mudança vai ocorrendo paula-tinamente e a pessoa vai observando comportamentos mais agressivos, intolerância, baixa capacidade de lidar com a frustração e que de ma-neira crescente acaba desembocando em atos cada vez mais violentos”.

De acordo com o site PsiqWeb, as estatísticas policiais sobre as víti-mas do Ciúme Patológico normal-mente estão distorcidas, tendo em vista o fato das mulheres raramen-te darem queixa das agressões que sofrem por esse motivo. O Ciúme Patológico pode até motivar homi-cídios, e muitas dessas pessoas se-quer chegam aos serviços médicos.

Para André Ramos, tanto a vítima do amor patológico quanto o agressor devem procurar ajuda especializa-da. “Essa pessoa tem um problema,

um transtorno que precisa ser trata-do e identificado e se ela não buscar ajuda de um profissional, sozinha ela não vai mudar essa situação”.

Nos órgãos de saúde da pre-feitura, como SUS e pronto-so-corro há psicólogos atendendo.

A Unisal, em Lorena também oferece ajuda na clínica-escola do curso de psicologia.

Posto do CEPAT no Centro de Saúde de Cruzeiro

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Tamiris Correa

P. • >>>04 EducaçãoUNIVERSITÁRIO É PARCEIRO DO “BRINCANDO E APRENDENDO” DO CEMARI

Elisangela Cavalheiro

Descontração nas atividades esportivas no CEMARI

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Eduardo Góis

CEMARIMaurício Rebouças

POPULAÇÃO APRENDE GRATUITAMENTE NOÇÕES BÁSICAS DE INFORMÁTICA

O Programa Brincando e Apren-dendo do Cemari conta com a co-laboração de alunos de diversos cursos da Fatea. A atuação aconte-ce por meio da extensão universi-tária que compreende a interação entre a universidade e a comuni-dade, e é considerada parte funda-

mental no processo de formação do futuro profissional.

O programa já atendeu cerca de 250 crianças ao longo de cin-co anos de existência As oficinas de dança, teatro, meio ambiente e atividades musicais, esporti-vas, aulas de espanhol, inglês,

informática e de reforço esco-lar, entre outros, visam ao cres-cimento pessoal, educacional e cultural da criança. O serviço que atende de segunda a quinta-feira reúne diariamente cerca de 100 crianças e adolescentes de 7 a 14 anos, vindas de famílias com baixo poder aquisitivo e da rede de ensino público.

Para o auxiliar de coordenação do Cemari, José Cláudio Mota da Costa, a extensão é um trabalho que enrique-ce a comunidade e também o aluno. “A comunidade ganha, mas o aluno ganha mais ainda, porque a riqueza que existe no trabalho do Cemari com a pluralidade cultural de cada criança e adolescente que é atendido aqui, en-riquece o conteúdo que o estudante recebe na faculdade”, afirma.

Para a estudante do 4° ano de Biologia, Camila Pozzati, que realizou uma atividade de ex-tensão abordando o meio am-biente e a sexualidade na ado-lescência, o trabalho merece destaque e atenção por parte dos alunos. “Os jovens de hoje são muito precoces e eles preci-sam ser orientados da maneira certa na questão da sexualidade e da sustentabilidade”.

“Sinto-me privilegiado, pois estou aprendendo algo que será útil tanto na vida profissional, quanto na pessoal”. A afirmação é de Jonatas Felipe dos San-tos, que aos 16 anos começa a ter contato com as novas tecnologias. Nas segundas e quartas-feiras, das 8h ao meio-dia, ele estuda gratuitamente as noções básicas de computação e internet, no Curso de

Desde 2004, o antigo “Oratório Santa Teresa” transformou-se no Cemari (Cen-tro Social Educacional Maria Rita Pé-rillier), que desenvolve ações com crian-ças, jovens, e adultos em várias oficinas de capacitação para o trabalho como: panificação, cabeleireiro, manicure, entre outros, que garantem o desenvol-vimento físico, psicológico, cultural e social para cerca de 400 pessoas.

Segundo a Assistente Social Respon-sável pelo projeto Zelia Pozzatti, são atendidas essencialmente famílias com situação de risco social, por meio do de-senvolvimento de trabalhos e projetos educacionais, baseados na filosofia sale-siana de Dom Bosco e Madre Mazzarelo.

O CEMARI conta também com pro-jetos como: Brincando e aprendendo, Projovem e o Curso de Informática (veja matéria nesta página).

“Buscamos ações que minimizem os altos índices de violência, envolvimento com drogas, evasão escolar, desestrutu-ração familiar e falta de perspectiva de vida” ,afirma a Assistente Social.

O Centro Social está localizado na Rua Joaquim Azevedo Figueira, Nº 179, no bairro Vila Celeste .Mais infor-mações no telefone: (12) 3157 4960.

PROJOVEM

Preparar o jovem para o mercado de trabalho e para ocupações alter-nativas geradoras de renda são os principais objetivos do ProJovem desenvolvido pelo CEMARI. O Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) foi criado pelo Governo Federal e é executado em parceria com os governos estaduais e o Distrito Federal. O jovem ma-triculado no ProJovem recebe um benefício de R$ 100,00 mensais du-rante o período de curso (12 meses), desde que cumpra as metas estipu-ladas e tenha freqüência mínima de 75% das aulas.

Um dos principais objetivos é desenvolver atividades que estimu-lem a prática de ações comunitárias e o exercício da cidadania, comple-mentando a proteção social básica à família, criando mecanismos para garantir a convivência familiar e co-munitária e criar condições para a inserção, reinserção e permanência do jovem no sistema educacional.

O ProJovem tem como finalida-de proporcionar formação integral, por meio de uma associação entre: elevação da escolaridade, tendo em vista a qualificação profissional com certificação de formação inicial; e desenvolvimento de ações comuni-tárias de interesse público.

Informática do Cemari. A turma com cerca de 30 alunos é formada por pesso-as de baixa renda, que não teriam outra forma de inclusão digital.

Em cursos que duram seis me-ses, o Cemari forma uma média de 60 alunos por ano. Além do grupo do Jonatas, outra turma se reveza nas terças e quintas-feiras, numa

faixa etária que vai dos 12 aos 70 anos. Todos aprendem a lidar com o sistema operacional de computa-dor Windows – o mais popular do mundo – e a navegar na Internet.

As matrículas são abertas no ínicio de cada semestre e a procura é bem maior que a oferta de vagas. O gerente do projeto, José Cláudio Mota, diz que, mais do que conhecimento técnico, o curso busca dar formação para a vida em sociedade. “A informática é um su-porte para entender melhor o meio so-cial, saber distinguir, ter pensamento crítico e utilizar o conhecimento como forma de construção”, destaca.

O curso oferece 40 vagas por turma, mas há desistências. “Al-guns arrumam um ‘bico’ e aban-donam a aula”, diz Mota.

Também aluno beneficiado pelo projeto, Paulo Wanderson de Olivei-ra, 16 anos, não esconde a vontade de logo conseguir um emprego, mas vê os estudos como oportunidade e não como obstáculo. “Com o que apren-do aqui, terei melhores chances no mercado de trabalho”, aponta.

Inclusão digital para alunos de todas as idades, no Cemari

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Page 5: Jornal [in]Formação 1ª. edição 2009

Educação 05>>> • P.

Cantina terceirizada passou por reforma

FAPESP APROVA PESQUISA DE PROFESSOR DA FATEA

Michelly Ribeiro

O valor aprovado é de 32 mil reais

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PRÊMIO GATO PRETO, UMA CONQUISTA DA ARTEEm sua quinta edição, a premiação contou com a participação de 52 trabalhos

Meire Moreira

Troféu Gato Preto entregue na noite da premiação

NA FATEAD

O evento Praça da Fantasia reu-niu 400 crianças, entre as bene-fi ciadas pelo CEMARI, alunos de escolas da rede pública próximas, além de outras obras sociais de Lorena, no dia 14 de novembro.

A tarde de brincadeiras é realizada todo ano, em comemoração ao Es-tatuto da Criança de do Adolescen-te, que este ano completa 18 anos.

Em sua quarta edição, o Prêmio Gato Preto de cinema, promovido pela FATEA, contou com 52 tra-balhos inscritos, entre animações, minicurtas, curtas e documentá-rios. Amadores, profi ssionais, alu-nos e comunidade concorreram ao prêmio. O evento teve a presença do montador de Carandiru, Mau-ro Alice, do crítico de arte Walter César Addeo, da diretora da Fatea

Ir. Olga de Sá, Emília Piedrahita e do cinéfi lo Joel Benedito Ramos.

Mauro Alice elogiou a qualidade dos trabalhos e as temáticas aborda-das. “Eles estão mais aprofundados em relação aos anos anteriores, com um olhar mais fora da película”.

Para a professora Olga Arantes, o segredo de um bom trabalho é o roteiro. “Ele garante que o fi lme seja bem realizado.” A premiação foi feita

em dinheiro, troféu, menção honro-sa e certifi cado de participação que entra no currículo do estudante ou profi ssional. “Vários inscritos se de-ram por satisfeitos de ter uma opor-tunidade de mostrar seus trabalhos; saber isto foi muito gratifi cante.”

O nome Gato Preto reverencia a pri-meira exibição de um fi lme aconte-cida em Paris, em 28 de dezembro de 1895 no Café Chat Noir (gato preto).

A premiação aconteceu no dia 31 de outubro às 19h30 no auditório Clarice Lispector, na Fatea. Confi ra os premiados:

Em primeiro lugar fi cou o curta “Reinações de Clarice”, em segundo “A invenção perfeita” e em terceiro “Um dia desses”. O prêmio Júri Po-pular fi cou com “O panda e o pinto”.

Outros trabalhos receberam menção honrosa e troféu Gato Preto: “Dogão”, “Júlio Sofredi-ni”, “Memória imediata”, “O pôquer interminável”, “Super cartão de oferta” e “Via Crucis”. A atriz Tami Yogi também rece-beu menção honrosa Revelação, por sua atuação em Augusta.

Com o objetivo de avaliar a ati-vidade de algumas substâncias contidas em plantas, em relação ao crescimento de microorganismos, produzindo novos remédios natu-rais; o professor doutor da FATEA, Silvio Silvério da Silva, desenvol-veu um projeto de pesquisa cujo nome é “Avaliação da atividade an-timicrobiana de produtos naturais”.

O projeto foi aprovado pela Fun-dação de Amparo a Pesquisa do Es-tado de São Paulo – FAPESP – sob coordenação do próprio professor.

Os estudos foram feitos em dois anos e, dentro dos resultados pre-vistos, está a produção de medi-camentos que sejam efi cazes no combate a doenças e, por meio da biotecnologia, contribuir com re-sultados essenciais para a futura produção de biomoléculas retira-das da fl ora brasileira, com alto va-lor econômico, social e medicinal.

“As doenças infecciosas repre-sentam uma importante causa de morbidade e mortalidade, especial-mente em países em desenvolvi-mento. Uma estratégia promissora para contornar este problema é o

conhecimento da atividade bioló-gica de produtos naturais e a sua exploração no controle do cresci-mento microbiano”, afi rma Silvério.

O papel do doutor, neste proje-to, é o de coordenar todas as ativi-dades de pesquisa, gerenciando o andamento físico-fi nanceiro, ela-borar relatórios técnico-científi cos e prestar contas junto à FAPESP com a divulgação de resultados em eventos científi cos e publicações.

Além de Silvio, estão envolvidos no projeto a professora Cristiane Karina Malvezzi e José Eduardo de Freitas como apoio técnico.O valor aprovado para a realização do projeto é de aproximadamente 32 mil reais.

O professor e coordenador do curso de Rádio e TV da FATEA, Jeff erson Moura, recebeu em se-tembro, o prêmio Freitas Nobre, no Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Co-municação), em Natal (RN). “Foi uma surpresa pra mim, e uma gran-de emoção ter ganho um prêmio im-portante como este”, disse Jeff erson.

O professor foi co-autor do ar-tigo “Análise do portal institu-cional na cobertura das eleições 2006”, apresentado pela profes-sora Débora Burinni, Doutora em Comunicação pela Univer-sidade Metodista de São Paulo.

O artigo faz uma análise do Portal Radiobrás, analisando seu conteúdo e examinando como o espaço pú-blico foi utilizado. Tem como recor-te as eleições de outubro de 2006, quando eram candidatos à presi-dência, Geraldo Alckmin e Luís Iná-cio Lula da Silva e se havia parcia-lidade ou não do site no tratamento dos candidatos. Segundo Jeff erson Moura, não houve parcialidade.

Todos os trabalhos premiados farão parte do livro “Tendências Atuais da Pesquisa em Comunica-ção Social no Brasil”. O artigo fará parte do capítulo “Novos Talentos”.

PREMIAÇÃOLucas Caponto

A FATEA realizou no dia 5 de no-vembro o DIF (Desenho Industrial Fashion), com o tema “Contraste”.

O evento teve início às 19h no Espaço-Arte com desfi le de roupas produzidas pelos próprios alunos do curso. Os vestidos das alunas Débora Miranda Gonçalves e Dayana Guima-rães de Siqueira foram o destaque, e se classifi caram em primeiro lugar.

O evento foi uma iniciativa do curso de Desenho Industrial e há 12 anos surpreende ao público com a beleza e a criatividade dos alunos.

Entre os dias 24 de novembro e 25 de dezembro, acontece na Biblioteca da FATEA, a exposição de selos na-talinos. A abertura aconteceu no dia 24 de novembro juntamente com a apresentação do Coral da FATEA e da inauguração das luzes natalinas.

A partir do início de novembro estarão abertas as inscrições para novos candidatos à Bolsa Universi-dade, no âmbito do Programa Escola da Família, para início das atividades nas escolas em dezembro de 2008.

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P. • >>>06 Viver Bem

DIA MUNDIAL DO DIABETES 2008 ALERTA PARA OS RISCOS ENTRE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Afinal, mais de 200 crianças são diagnosticadas, diariamente, portadoras da doençaGraziela Staut

Hugo Barbeta

Rafael Correa é portador de diabetes desde os 13 anos de idade

“Minha vida mudou quando eu ti-nha 13 anos. A gente passa a viver em função da doença”. Foi assim que o operador de áudio Rafael Campos Cor-rêa, atualmente com 22, definiu o mo-mento em que descobriu ser portador de diabetes, a doença metabólica mais freqüente no mundo todo. Ele faz par-te da legião de 246 milhões de pessoas espalhadas pelo planeta que sofrem com a doença. “Tive que aprender a regular minha alimentação. Não como nada sem saber do que, exatamente, aquele alimento é composto”.

O mais alarmante é que, até 2025, este número deve chegar a 380 milhões

de pessoas, segundo a Federação Inter-nacional de Diabetes. Estima-se que metade das pessoas que têm a doença desconheçam sua própria condição.

O Diabetes Mellitus (DM) caracteri-za-se pela insuficiência total de insuli-na ou resistência à insulina no organis-mo, que é o hormônio responsável pelo equilíbrio do açúcar no sangue, com conseqüente elevação permanente do açúcar (glicose) na corrente sangüínea.

É uma doença muito antiga; existem relatos desde antes de Cristo. De acordo com levantamento realizado no Brasil em 1991, 7,6% da população urbana brasileira era portadora da enfermidade.

“Com a mudança dos parâmetros diag-nósticos do DM, em 1997, certamente este percentual aumentou. Somente na Região Sudeste do Brasil, estima-se que 10% da população seja portadora da do-ença. São números que preocupam, prin-cipalmente porque eles vêm aumentando a cada ano”, considera a endocrinologista dra. Raquel Schwab, mestre em Endocri-nologia, membro da Sociedade Brasileira de Diabetes e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Não é à toa que existe até o Dia Mun-dial do Diabetes, celebrado todos os anos em 14 de novembro, para alertar a popu-lação sobre os males desta doença.

PREVENÇÃO Dra. Raquel Schawb esclarece que

é possível prevenir o diabetes tipo II. A mudança do estilo de vida é essen-cial, a começar pela alimentação: mais frutas, verduras e legumes; e menos ingestão de gorduras. Para combater a vida sedentária, atividade física.

“Mudanças simples mesmo, como deixar o carro na garagem e ir a pé para o trabalho, levar e buscar as crianças na escola a pé, três vezes por semana, já surtem efeitos importan-tes”, diz a endocrinologista.

Por ser uma doença que tem ten-dência hereditária, as pessoas com histórico de diabéticos na família têm que ter cuidado redobrado com o peso, já que o diabetes tipo II está relacionado com a obesidade.

“Diabetes em Crianças e Adolescentes” é o tema para o Dia Mundial 2008

A Federação Internacional de Diabetes (IDF - Internatio-nal Diabetes Federation) defi-niu que o tema do Dia Mun-dial deste ano é “Diabetes em Crianças e Adolescentes”.

O diabetes é uma das doen-ças crônicas que mais afetam as crianças. Todos os dias, mais de 200 crianças são diagnosti-cadas com diabetes tipo 1, que exige que tomem várias inje-ções de insulina diariamente e que monitorem seu nível de açúcar no sangue. A doença está aumentando em uma taxa de 3% ao ano entre as crianças e mais rapidamente ainda em crianças em idade pré-escolar, a uma taxa de 5% ao ano. Mais de 70 mil crianças menores de 15 anos adquirem o diabetes.

“Todas as pessoas que têm fi-lhos, todos os professores, enfer-meiras de escola, médicos e todas as pessoas que lidam com crian-ças devem estar familiarizadas com sinais como: aumento da freqüência de urinação, aumento da sede, perda de peso e cansaço e alertar para a possibilidade de diabetes”, alerta Martin Silink, médico e presidente da Federa-ção Internacional de Diabetes.

Tabagismo mata 200 mil brasileiros por ano

Segundo dados da OMS (Organiza-ção Mundial da Saúde) estima-se que cerca de 200 mil brasileiros vão morrer em 2008 devido ao tabaco e suas con-seqüências. A cada 5 minutos um fu-mante morre no país. Para os fumantes passivos, ou seja, aqueles que somente convivem com a fumaça esse percen-tual sobe para 7 pessoas mortas todos os dias. Em 2001, no sistema único de Saúde (SUS), ocorreram 600 mil hos-pitalizações por doenças que se rela-cionam com o hábito de fumar.

Pesquisadores afirmam que para cada cigarro tragado, são 14 minu-tos a menos de vida do dependente. Considerado a principal causa de morte evitável em todo o mundo, a OMS estima que um terço da popu-lação mundial adulta seja fumante.

Muitos métodos contra o vício estão hoje existentes no mercado à disposição dos fumantes. Desde balas com sabor nicotina, filtros, até uma vacina experi-mental. Para o psiquiatra e psicoterapeu-ta Cláudio Pérsio Carvalho Leite, porém o essencial é o dependente querer parar de fumar “Sem a determinação o que já é difícil fica impossível”, completa.

O gerente de projetos Paulo Lessa, 36, relata que começou a fumar com 18 anos para fazer uma média para as garotas da escola que freqüentava. Tentou vários métodos, porém desco-briu um remédio, lançado no merca-do, com um custo relativamente alto, e hoje se encontra livre da nicotina há algum tempo. ”Minha vida mudou e muito, sinto cheiros, vejo o quanto eu fedia e o quanto fedem as boates à noi-

te (risos). Além disso, homens que não fumam tem chance muito maior com as mulheres”, brinca.

Inventado em 1870, o cigarro causa cerca de 50 doenças dife-rentes, principalmente as cardio-vasculares como: a hipertensão, o infarto, a angina, e o derrame. É responsável por muitas mortes por câncer de pulmão, de boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim e bexiga e pelas doenças respirató-rias obstrutivas como a bronquite crônica e o enfisema pulmonar.

O tabaco diminui as defesas do organismo e com isso o fumante tende a aumentar a incidência de adquirir doenças como a gripe e a tuberculose. O tabaco também causa impotência sexual.

Aprovada pela Assembléia Legislativa de São Paulo e sancionada pelo governa-dor José Serra (PSDB) a Lei 13016/08 bane e prevê multa ao cigarro de quatro ambientes: repartições públicas, bancos e instituições de créditos, hospitais e, por fim, instituições de ensino e escolas.

Para Mário Abanese da ADESF (Asso-ciação em Defesa da Saúde do Fumante) a medida é clara na proibição de cigar-ros, charutos, cachimbos, porém não é clara o bastante ao fato do narquilé, um tipo de cachimbo usado por turcos e persas. “Há muitos pontos positivos porém algumas falhas, por exemplo em bancos e repartições públicas fumam-se cada vez menos, fica faltando nos locais como restaurantes, bares, hotéis, boates esse tipo de ação”, conclui. A lei é válida em todo o estado.

Polêmica medida de combate

O vício do cigarro é considerado como a principal causa de morte evitável no mundo

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Cultura 07>>> • P.

Que o vestibular da FATEA foi no dia 30 de novembro e que são 17 op-ções em curso, você já sabe. O que você deve saber é o porquê que alunos e ex-alunos da FATEA estão bem sucedidos no mercado e como eles fizeram seu presente com apoio da instituição. Al-guns desses ex-alunos participaram da Campanha do Processo Seletivo 2009.

Mariana Costa está no 4º ano de Pu-blicidade e Propaganda. Venceu o Prê-mio Mídia Estadão e hoje é estagiária da Agência Lowe Brasil: “O curso e prin-cipalmente os professores foram peças fundamentais para a minha formação. O ambiente que a faculdade proporcio-na, o contato mais próximo com todos facilita as relações e tornam algumas oportunidades mais possíveis.” Aos novos alunos ela é enfática: “Que apro-veitem esses anos de todas as maneiras. Que brinquem quando tiverem que

Paulo Diniz

brincar, que riam quando tiverem que rir, que saiam... que se divirtam... que paquerem... Que lutem pelos seus ide-ais, que façam amigos, que construam uma nova família... Que se arrisquem... em todos os trabalhos e tarefas, pois é uma ótima oportunidade de se apren-der sobre a vida... Enfim... Têm que fazer tudo, mas nunca esquecerem dos sonhos que os levaram até a uma faculdade... Por-que é ai dentro que vai se começar a cons-truir um profissional.”

Douglas Camargo se formou em Jorna-lismo em 2006. Começou a estagiar nos primeiros anos de faculdade na Rádio Cultura de Lorena, onde antes mesmo de se formar foi contratado. Ainda antes tam-bém de concluir o curso passou a apre-sentar um programa de entretenimento na TV Aparecida. No final de 2007, foi chamado para atuar no Jornalismo da Rede Gazeta, afiliada da Rede Globo no

Espírito Santo. Hoje, ainda no estado ca-pixaba ele é repórter da Rede Record.

“O que mais me ajudou foram as oportunidades que a FATEA oferece de você fazer o que gosta e de produzir produtos com que se identifica. Além disso, todos os professores são unidos para fazer o melhor para o curso, bus-cando meios de fazer com que o aluno mostre seu talento. Outra vantagem é que a Faculdade oferece oportunidade de estagiar na própria Instituição.”

Já Elisandra Person, que é formada em Letras – Inglês e hoje é coordena-dora pedagógica de uma escola de idio-mas, tem uma história um pouco dife-rente. A princípio ela queria fazer Artes Cênicas, mas acabou prestando Letras na FATEA. Foi cursar meio a contragos-to, mas se apaixonou pelo curso e hoje não se arrepende da decisão.

“Para a minha surpresa, já no primeiro

Douglas Camargo, repórter da Record

ano, ao invés de encenar (como estaria fazendo na Escola de Artes), passei a es-tudar a vida e a obra de escritores e auto-res de peças mundialmente conhecidas. De leituras, de aulas, de experiências práticas, de estágios, viagens e encena-ções se fizeram os anos que cursei e des-cobri as “Letras” de minha vida.

Hoje digo para todos que sou profes-sora, orientadora pedagógica, educadora e, porque não atriz... Formada na casa de Clarice Lispector, através da qual, pude realizar todos os meus sonhos.”

Sonhos realizados. Oportunidades de buscar e conseguir. Espaço para ir além. Um bom lugar, um ambiente familiar, onde se conquistam grandes amizades. A FATEA fez e faz parte da história de muita gente bem-sucedida. Mariana, Douglas, Elisandra, Manoel, Carlos, Maria, João, José e tantos ou-tros... fizeram o presente deles aqui!

Vencedora do 4°. prêmio Mídia Estadão Elisandra Person, formada em LETRAS

A FATEA oferece 17 opções em cursos, com a melhor infra-estrutura da região em salas, laboratórios e oficinas. Para mais informações acesse:www.fatea.br/vestibular

E QUANDO A FACULDADE ACABAR?Elaine Santos

O tempo na universidade é marca-do por muitas festas, churrascos, ba-ladas, amizades, histórias divertidas, ainda mais quando se vive numa república. São muitas as lembran-ças dessa época: o primeiro estágio, a reclamação dos vizinhos pelas fes-

tas até de madrugada, a liberdade da vida longe dos pais, a independên-cia mesmo que temporária, bebidas, romances, horas na internet, o pri-meiro dia na faculdade, o trote....

Mas um dia tudo chega ao fim e é hora de voltar para casa.

Muitos voltam a morar com os pais, outros adquirem a indepen-dência e vão morar sozinhos. É o caso do universitário Guilherme Lima, de Osasco (SP). Após cinco anos fora de casa, o estudante de Engenharia Química conseguiu um estágio numa empresa em São José dos Campos e será efetivado no fim do ano. “Vou continuar lon-ge da proteção dos meus pais, mas não seria muito diferente a vida que levo aqui e que levaria lá”, afir-ma o formando de 25 anos.

Alguns não sentem as di-ferenças, outros ainda estão na expectativa de continuar a morar sozinhos. Muitos ainda não sabem como será o ano se-guinte. O universitário de Ara-ras (SP), André Ramos Goulart ainda vive a esperança de ser contratado na empresa em que faz estágio e continuar a morar na república. “Já me acostumei com a vida sem ter que pedir

ordens, não sei se me adaptaria novamente”, conta.

A vida na república tem suas dificuldades, que logo são supe-radas. A sensação de liberdade de não pedir autorização e nem dar satisfações encanta os uni-versitários que não querem voltar para a casa. E o que fazer quando a única solução é voltar?

A estudante da capital, Aman-da Silva Reis, 23 anos voltou mais cedo. Terminou o curso de Enge-nharia Bioquímica em 4,5 anos e voltou a morar com os pais, ao conseguir um emprego na sua área numa empresa na cidade natal. “Minha vida mudou muito, tento todo o tempo mostrar que sou responsável para conquistar a liberdade que tinha quando mora-va fora”, afirma a universitária.

O sonho que para muitos conti-nua, para outros torna-se somen-te lembranças de uma época boa que está ficando para trás.

Rafael Correa é portador de diabetes desde os 13 anos de idade

EX- ALUNOS DA FATEA SÃO DESTAQUES NO MERCADO DE TRABALHO

Page 8: Jornal [in]Formação 1ª. edição 2009

P. • >>>08 Especial

Uma pitada de carinho, um pouco de atenção, meia colher de tempo, um toque de amor. Pronto: você já fez um idoso feliz

Elaine Santos

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Idosos em atividades no asilo Lar São José de Lorena

DOAR TEMPO: UM ATO DE SOLIDARIEDADE

Em vez de dinheiro, pede-se uma atenção especial aos internos. O lar São José de Lorena criou o programa “Adote um Idoso” para atender os 40 velhinhos que vivem lá. A proposta é superar o grande problema vivido ali: o esquecimento, a ausência dos familiares, conhecidos, amigos, vi-zinhos. É possível ver a tristeza, o abandono presente em cada olhar.

Para mudar esse quadro, o novo provedor do Lar São José, Van-dir José Esmarjassi, abriu as por-tas do asilo para toda a popula-ção. Quebrando todo o protocolo, desde o dia 13 de agosto, quem quiser doar um pouquinho de tempo àqueles que têm muitas his-tórias para contar são bem-vindos.

Os velhinhos necessitam de con-tato, de atenção, querem conversar, contar suas histórias, tristezas, an-gústias, buscam um passa tempo para fugir da solidão. “Doação hu-mana é mais difícil que a financei-ra”, afirma o provedor ao dizer que a visita da população faz um bem enorme aos internos. “Eles ficam mais alegres, mais dóceis. Até os funcionários trabalham mais ale-gres” completa a funcionária do Lar, Vera Lúcia Santana Pereira.

Desde que abiu as portas, pela

primeira vez, aumentou 100% o número de visitas e de doações.

As pessoas têm comparecido, seja para doar o tempo ou pela curiosidade de saber o que é adotar um idoso. Um outro fator positivo é o grande número de estudantes que visitam o local desde os pequenos da pré-escola aos universitários.

Os internos gostam da visita. É uma troca de conhecimento e de aprendizado. Os mais novos ensi-

nam os mais velhos que, por sua vez, contam suas histórias e expe-riências. Dona Judith, aos 97 anos, ancorada pela bengala, cabelos muito brancos, mostra a força e a coragem de cuidar dos demais.

No asilo, encontramos muitas histórias, umas tristes, outras emo-cionantes, alegres. O ex-fazendeiro, Benedito Aparecido Brás, 83 anos, conta muitas histórias dos longos anos vividos na fazenda, dos cava-

los bravos e de todos os animais. A interna Maria do Céu, de 78 anos, já está pensando na festa de Natal. “Preciso arrumar minha boneca, vestir sua roupa de Papai Noel”, diz a idosa que espera que muitas pessoas compareçam para a festa.

Alguns contam histórias, fa-zem planos, outros passam o tempo jogando dominó. Eles se divertem na competição que sem-pre tem os mesmos vencedores: Luis Leite ou Heni de Freitas.

O lugar, como outras instituições, passa por dificuldades financeiras. O pouco dinheiro é contado para atender as necessidades dos inter-nos e pagar os poucos funcionários. Alguns idosos ajudam com o dinhei-ro da aposentadoria, outros, sem ne-nhuma fonte de renda, também mo-ram no local. “A solidão é a mesma com dinheiro ou sem”, diz a volun-tária Ana Maria de Paula, 29 anos.

“Doação humana é mais difícil que a finan-

ceira”, afirma Vandir José Esmarjassi, provedor do Lar São José de Lorena

DE SEMENTE EM SEMENTEJulio Oliveira

Há seis anos, o artesão e co-merciante, Luis Antônio Bettoni vem se dedicando diariamente ao meio ambiente no cultivo de mu-das de árvores para serem doadas e plantadas em Guaratinguetá e região. Ele espera ter distribuí-do 100 mil mudas de árvores até janeiro de 2009. O meio que ele utiliza é a distribuição de mudas, com recados escritos à mão. Ele deixa as plantinhas na matriz de Santo Antonio, no trevo de acesso a Guaratinguetá, na Avenida João Pessoa, isso, diariamente. E até em frente à FATEA. “É fundamen-tal para o futuro do nosso planeta, que as pessoas que podem fazer algo em benefício da natureza, que o façam realmente, pois é a mais preciosa herança que pode-mos deixar para nossos filhos e netos”, comentou Bettoni.

Em 2008, fundou a ONG Reflores-tar é Viver e disponibilizou um en-dereço de e-mail para que as pessoas possam enviar uma fotografia das

mudas plantadas e informem a cida-de onde moram. “Eu conheço o tra-balho dele e, sempre que o encontro peço algumas árvores para plantar no meu sítio”, disse a senhora Júlia Ma-chado moradora de Guaratinguetá.

A verba para a manutenção da ONG e do trabalho de cultivo de mudas tem origem na venda de móveis e esculturas que o artesão faz com as árvores que são cortadas em decorrência do crescimento do mercado imobiliário com a constru-ção de casas e prédios. Cada semente germinada é cultivada dentro de sacos e copos plásticos recolhidos no lixo de empresas e shoppings da região. “Quan-do sou convidado por alguma empresa para participar de eventos, os recados das plantinhas são impressos em gráficas pelo patrocinador ou patrocinadores que tem um espaço reservado para divulgar a sua marca” afirma o artesão.

Além de ser comerciante e cui-dar da ONG, Luis Bettoni desen-volve projetos como: educação ambiental nas escolas de ensino fundamental, participa da ‘Blitz

Ambiental’ realizada pela Polícia Rodoviária Federal, participou da Bienal em São Paulo e feiras em Pa-rati e na região do Vale do Paraíba.

A história teve início nos anos 70 quando o artesão começou a prati-car surf em Ubatuba e passou a ob-servar a natureza. “Constatei que o desmatamento tinha que ser tratado com responsabilidade não só pelos governantes como também pelo ci-dadão comum. A partir daí, a cada viagem levava uma muda de árvore e plantava ao longo do caminho”.

Certo dia, em Ubatuba teve a idéia de escrever um bilhete e colocá-lo junto à mudinha e, deixou no calça-dão da praia. “Todos que por ali pas-savam, olhavam para a plantinha e liam a mensagem no bilhete; percebi que as pessoas ficavam motivadas e a muda foi levada rapidamente, então comecei a adotar aquela estratégia”.

Em setembro, ele esteve na FA-TEA e observou que as árvores plantadas na frente da instituição eram ipês rosas e que estavam sol-

tando sementes juntamente com as flores. Ele não pensou duas vezes: pediu uma vassoura e um saco de papel e juntou as sementes, que germinaram cerca de mil mudas, que o artesão faz questão de dis-tribuir na faculdade de Lorena. A espécie mais cultivada por ele é a árvore da China (Koeireuteria Bi-pinnata), de origem asiática que é utilizada no paisagismo urbano.

Mais informações: [email protected].

Artesão cultiva sementes de árvores e deixa mudas nos principais acessos e pontos turísticos de Guaratinguetá

Bettoni distribui plantas à população

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