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Informativo do Sindicato dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul – Sindjus/RS - Edição 198 – Janeiro de 2015 LUTAR É PRECISO LUTAR É PRECISO As pautas da categoria em 2015 | Pag. 3 Pressão derruba projetos prejudiciais aos servidores Pags. 6 e 7 A importância da solidariedade sindical | Pags. 8 e 9

Jornal Janeiro 2015 v4...CAMPANHA 2015 3 Somos todos trabalhadores da mesma Justiça! Já está nas ruas e nas comarcas a campanha de valorização do servidor com as pautas que defi

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Informativo do Sindicato dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul – Sindjus/RS - Edição 198 – Janeiro de 2015

LUTARÉ PRECISOLUTARÉ PRECISO

• As pautas da categoria em 2015 | Pag. 3

• Pressão derruba projetos prejudiciais aos servidores Pags. 6 e 7

• A importância da solidariedade sindical | Pags. 8 e 9

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EDITORIAL 2

As conquistas passam pela luta e pela união de todos Diversas categorias do serviço público estadual e federal juntas em pautas comuns. A solidariedade e o apoio mútuo entre segmentos do serviço público e movimentos sociais. E, em primeiro lugar, a luta incessante pelos direitos dos servidores da Justiça. Essa é a tônica de atuação que deve balizar o movimento sindical. Neste ano de 2015, teremos inúmeros desafios pelafrente, e enfrentá-los de modo conjunto com os demais atores dos movimentos sindicais e associativos é necessário. Traçarmos estratégias comuns de atuação e compartilharmos experiências é fundamental em um cenário nacional de desmonte do serviço público e de desvalorização crescente dos servidores. Não podemos esquecer do que já conquistamos em umanoemeiodegestãosindical:areposiçãodainflaçãoeoganho real nas duas últimas negociações, a remuneração dos plantões,ofimdoestornoeoreajustedoauxílio-alimentação,o recesso forense e a data-base que está por vir. Ainda falta muito, é claro, mas tudo isso foi resultado da mobilização da nossa base nas assembleias e nas paralisações, das lideranças históricas da nossa categoria sempre dispostas a contribuir para a luta. E, igualmente, temos que reconhecer o trabalho dos que nos antecederam em outras gestões, porque todas as conquistas são sempre fruto de uma construção coletiva. Há uma outra conquista que reputamos ainda mais importante,deumvalorintangível.Anossaconsciênciaenossamobilização cresceu, e ela foi responsável pelo amplo destaque quetivemosnamídianasgrandesmanifestaçõesdemocráticasdoanopassado,emespecialnalutacontraoauxílio-moradia. Estamos amadurecendo e acreditando cada vez mais em nós mesmos, sabendo que, sem o nosso necessário suor, o Judiciário não anda. Para que continue sendo prestado esse serviço de excelência, precisamos ser reconhecidos de fato, não apenas com as palavras, num reconhecimento vazio. Entreosdesafiosdemaisesseanodelutas,destacam-se a busca da recuperação de perdas salariais históricas, a luta por um PCS justo e inclusivo e a redução da jornada de trabalho. A recuperação de perdas deve vir acompanhada de um conceito com o qual diversas categorias do serviço público em todoopaísjátrabalham:oganhoreal.Ganhorealemnossosvencimentos todososanos significaumpercentual acimada

inflaçãoqueacabarámitigandonossasperdasfuturamente. Conseguimos impedir ano passado, com a nossa mobilização, a votação do PCS no órgão especial, e ele está em fase de negociação com as entidades. Levamos à mesa de negociação mais de vinte pontos que entendemos nocivos aos servidores na última versão do texto. A categoria já manifestou o seu descontentamento com esse plano, e não vai aceitar que nos imponham goela abaixo algo que claramente nos é prejudicial. Acreditamos que, com força, garra e união de todos, podemos conquistar a tão sonhada redução da jornada. Essa medida gera maior produtividade dos servidores, proporciona umahoraamaisparaquepossamosficarcomnossasfamíliasou nos dedicar a um projeto pessoal, diminui o estresse e as doenças laborais, não prejudica o atendimento ao público e gera uma economia de milhões de reais ao ano no orçamento. Os servidores da Justiça Federal lutam pela jornada de seis horas, pois já trabalham em regime de 35 horas semanais. Catorze Judiciários estaduais adotam a jornada de 6 horas diárias, e sete Judiciários estaduais a jornada de 7 horas diárias. Portanto,a imensamaioriadosJudiciários,emnívelnacional,já adota jornadas reduzidas, pois reconhece seus inúmeros benefícios. Nossa atuação deve ser combativa para que possamos avançar nessas pautas, levando às últimas consequências nossa luta para sermos definitivamente valorizados. Somostodos trabalhadores da mesma Justiça e assim precisamos ser reconhecidos. Uma boa leitura a todos!

Informativo do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Rio Grande do Sul - SindjusRS Rua Quatro Jacós, 26, Bairro Cidade Baixa, Porto Alegre-RS CEP 90150-010 | Fone/Fax: (51) 3224.3730 - 3224.2452

Diretoria Executiva: Marco Aurelio Ricciardi Weber, Davi Pio da Silva dos Santos, EclaízaLuongodoNascimento,FabianoMarranghelloZalazar,Edson José Busatto, Janice de Borba Pacheco, Paulo Cezar de AlmeidaBerny,CarmenNadiaPereiraRosso,GeovanaZamperettiNicoletto e Rosângela de Fátima Soares Laurent

Jornalista responsável:Eduardo Nunes - MTE 15.202 Sugestões de pauta: [email protected]

Charge da capa: CarlosLatuff

Planejamento Gráfico e Diagramação: ZAPMultimídia

www.sindjus.com.br www.facebook.com/sindjusrs | www.twitter.com/sindjusrs [email protected] | [email protected]

PorFabianoMarranghelloZalazar|DiretordeImprensaeDivulgação

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CAMPANHA 2015 3

Somos todos trabalhadores da mesma Justiça! Já está nas ruas e nas comarcas a campanha de valorização do servidor comaspautasquedefinirãoanossalutaem 2015. Confiraasprincipaisreivindicaçõesda categoria: Plano de Carreira O Judiciário do RS é o único do país semplanode carreira.Mas a saídanão é o PCS proposto pelo TJ, que atenta contra os interesses dos servidores e foi repudiado pela categoria. Lutamos por um plano que valorize os trabalhadores. Redução da jornada A imensa maioria dos Judiciários do Brasil tem jornada de 6h ou 7h. Estudos apontam que a redução da

jornadadetrabalhomelhoraaeficiênciado serviço, reduz as doenças laborais e resulta em economia de dinheiro público. Nossa luta é pela redução da jornada sem prejuízo das 8 horas de atendimento apartes e advogados. Valorização Salarial Segundo dados do Dieese, a categoria acumula perdas salariais históricas de 50%. Comparados a outras categorias, os servidores do Judiciário estão com salários defasados, e reverter esse quadro é uma pauta urgente. Fim do parcelamento da reposição salarial A reposição salarial parcelada, que ocorre apenas com os servidores, ao

contrário da magistratura, corrói o poder de compra dos servidores. Exigimos o fimdessaprática,paravalorizarosalárioda categoria. Além disso, lutamos por reajuste no auxílio-alimentação e naremuneração dos plantões. Fim do Assédio Moral Embora seja crime, o assédio moral é prática recorrente no Judiciário, o que compromete a qualidade de vida dos servidores e resulta em doenças laborais. Metas absurdas, tratamento desrespeitoso e falta de humanização das relações de trabalho se somam para oprimir os trabalhadores. A luta contra o assédio moral é fundamental para resgatar a dignidade dos servidores.

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08/03Mateada do Dia Internacional da Mulher.Local: Brique da Redenção, Parque Farroupilha, Porto AlegreHorário: manhã

13/03 Reunião do Conselho de Representantes.Local: sede do SindjusRSHorário: 14h

CALENDÁRIO 4

Confirme presença na mobilização

27/03MARÇO

O ano de 2015 será muito intenso para os servidores do Judiciário. Só com muita mobilização e empenho de toda a categoria conquistaremos a valorização que buscamos. Confiraosprimeiroseventosprevistosparaomêsdemarço no nosso calendário de lutas:

06/03 Inauguração da Sala Rosana Rehermann,exposiçãodeobrasdocartunistaLatuffelançamento do Departamento de Arte e Cultura do SindjusRS.Local: sede do SindjusRSHorário: adefinir

AssembleiaGeral.Abertaa toda a categoria.Localehorárioadefinir.

PermutaAcolegaoficialescreventeJanaínadeOliveiraBarbosaNunes,lotadanaDistribuição/ContadoriadacomarcadeTorres-RS,desejapermutarcomalguémdacomarcadeAraranguá-SC.Apermutaépossívelpormeiodeconvênioentreostribunais. Quem souber de colega ou amigo dessa comarca que se interesse por trabalhar em Torres pode entrar em contatodiretamentecomela,pelotelefone488866-7914,oucomaSecretariadeRelaçõesdoTrabalhoeAssuntosJurídicosdoSindjusRS.

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CONGRESSO DA FENAJUD 5

Informe de Macapá

O IX Congresso da Fenajud foirealizado de 11 a 14 de dezembro em Macapá-AP e contou com a participação de delegação do SindjusRS. A única delegação que apresentou teses e propostas de construção de uma nova federação forte, democrática e de luta foi a do nosso Estado, fato elogiado por diversas delegações de outros estados que ressaltaram a qualidadade da tese do Sindjus RS, bem como as intervenções qualificadasdoscolegascongressistas. Entretanto, o evento, que deveria ter sido usado para construir estratégias conjuntas de defesa da categoria em todooPaís, infelizmente foimaispalcodedisputaspolíticasdoqueinstrumentopara o fortalecimento da luta dos trabalhadores da Justiça. Na eleição da nova direção da Fenajud, houve desentendimentos ocasionados pelo fato de que diversos delegados estavam inscritos intempestivamente, fora do prazo previsto no edital. Uma das chapas, por nós considerada a mais conservadora, tentava relacionar para votar delegados em situação irregular dos Estados de Goiás,RoraimaeTocantins.Aoutra,quecontava com o apoio da delegação do RS e era a considerada por nós a mais democrática e progressista, defendia a legalidade do pleito e do estatuto.

A mesa de coordenação dos trabalhos não tomou a decisão de considerar os delegados supracitados irregulares, e a chapa que defendia que esses delegados deveriam votar queria que o plenário decidisse - justamente com delegados em situação irregular. Houve episódios de desrespeito de colegas de outros estados a congressistas gaúchos, fato que lamentamos profundamente. Em protesto contra esse desrespeito às regras e aos colegas presentes no Congresso, após horas de debates acalorados, diversos delegados do Rio Grande do Sul e colegas deoutros Estados decidiram não participar da eleição que teria um vício previstoestatutariamente, retirando-se do pleito.

O SindjusRS entende que mais do que nunca nesse momento de retirada de direitos dos trabalhadores da justiça nacional, frente ao um cenário desolador decadavezmaisprivilégiosinjustificadospara os magistrados, necessitamos de uma organização forte, que articule os sindicatosemtodoPaís.Éoquerequeraluta dos trabalhadores.

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NA LUTA 6

Pressão dos servidores barra pacote de projetos do Judiciário Os últimos dias de 2014 foram de mobilização no SindjusRS. A pressão dos servidores junto aos deputados estaduais foi decisiva para impedir a aprovação de diversos projetos de interesse do Poder Judiciário e para barrar o pagamento de auxílio-moradiaamagistrados. Num contexto em que as demandas dos servidores são negadas sob a justificativa de restriçõesorçamentárias, o TJ preparou um pacote de projetos prejudiciais os servidores:

PL 109/2014:propunha a extinção de cargos de auxiliar de serviços gerais, antecipando mudanças no plano de carreira sem consultar a categoria, trazendo insegurança jurídica.

PL 124/2014:previa a extinção de cargos de oficial ajudante, tambémantecipando o PCS, e sem diálogo com a categoria.

PL 122/2014:que concedia majoração de 6% apenas para cargos comissionados (CCs).

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NA LUTA 7

Segue a luta contra o auxílio-moradia Uma das principais vitórias da categoria naqueles intensos dias de pressão na Assembleia foi a aprovação de um substitutivo vedando o pagamento de auxílio-moradia ajuízesepromotores.Entretanto,oprivilégionemchegouasairdas folhas de pagamento dos magistrados. Em 16 de janeiro, a desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira decidiu,em caráter liminar, derrubar o veto da Assembleia e reverter uma leiquetinhasidoconstruídaemparceriacomsindicatosemovimentossociais.Comisso,ocombateaoauxílio-moradiavoltou à pauta do Sindjus. O sindicato tem assumido um papel de destaque no movimento contra esse privilégio que sangra os cofres públicos e drena recursos do orçamento do Judiciário para os bolsos de poucos. Com atos de rua, campanha de outdoors e pressão junto

a parlamentares, a entidade expôs à sociedade o absurdo de se pagar R$ 4.377,73 mensais a quem já ganha um dos maiores salários do funcionalismo. O absurdo se agrava com a liminar de 16/01, que foi distribuída e julgada com uma velocidadeespantosa e que sobretudo fere a Constituição Federal, queprevênoartigoArt.102,I,n,a inconstitucionalidadedojulgamento de ação em que membros do próprio tribunal sejam parte interessada. A mais recente ação do Sindjus, que já foi destacada pela imprensa é o Auxiliômetro, que informará à sociedade, com atualização mensal, os gastos do povo gaúcho com auxílio-moradia de juízes e promotores. Em janeiro, o valorestava acumulado em cerca de R$ 27,5 milhões.

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ARTIGOS 8

Para além da solidariedade: a unidade das categorias Economistas estão preocupados. O Brasil aponta crescimento baixo nos últimos anos e as perspectivas para o futuro são as piores. É preciso recuperar a confiança domercado, dos grandes investidores e isso, de acordo com o projeto do governo Dilma, que é o mesmo proposto pelo Aécio, significa tirar da classe trabalhadora para dar aos grandestubarões do mercado. Ao contrário de enfrentar estes chantagistas que lucram com a desgraça do povo, o governo preferiu aceitar todas as suas condições, entre elas, a aplicação de um ajustefiscalqueatacaaclasse trabalhadoraemseusdireitostrabalhistas e previdenciários. No saco de maldades de Dilma, está a alteração do seguro-desemprego, do abono salarial, dapensãopormorte, do auxílio-doença e seguro-defeso, doimpostosobrecombustíveis,aumentodepreçosnascontasdeenergiaelétricaenosimpostossobremanutençãofinanceira,IOF,dandootomdecomoserá2015paraostrabalhadores. Diante dos ataques, é preciso que a classe trabalhadora reflitaparaalémdaindispensáveldefesadasreivindicaçõesdesuas categorias, buscando soluções conjuntas contra a ofensiva do capital. O desenvolvimento do capitalismo não gerou riqueza para todos, pelo contrário, gerou mais desigualdade. Um relatório da ONG Britânica Oxfam aponta quea riqueza do 1% mais rico da população subiu de 44% do total de recursos mundiais em 2009 para 48% no ano passado e,

em 2016, pode superar 50% se o ritmo atual de crescimento for mantido. Apesar de triste, o quadro não chega a ser uma novidade. O capitalismo é caracterizado por uma dinâmica de exploração do trabalho e concorrência entre empresas que leva à concentração e centralização dos capitais. Necessitamos urgentemente reagrupar os trabalhadores e, consequentemente, as direções sindicais para dar uma resposta à ofensiva da patronal e do governo, seja no âmbito do setor privado ou do serviço público. A pauta da saúde e da segurança pública, da educação de qualidade, do transporte coletivo, bem como, do combate aos privilégios concedidosajuízesepromotores,comoovergonhosoauxílio-moradia de R$ 4,3 mil, são pautas que dizem respeito a toda a sociedade. Precisamos construir movimentos e lutas conjuntas, tomar as ruas com passeatas e manifestações para defender e avançar na conquista de mais direitos para a classe trabalhadora. Só a unidade dos trabalhadores permitirá a construção de um outro modelo de sociedade muito mais justo e igualitário. Com unidade e mobilização somos fortes!

Arlindo Nelson RitterPresidentedoSINDISAÚDE/RSSindicatodosProfissionaisdeEnfermagem,Técnicos,Duchistas,MassagistaseEmpregados em Casas de Saúde do RS

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ARTIGOS 9

Como podemos perceber, a solidariedade vai muito além do simples sentimento, gesto ou ato de bondade com o próximo. Ser solidário é ter consciência de que a minha liberdade é limitadapelaliberdadedooutro.Ésaberque a vida em sociedade exige condutas solidárias em todos os sentidos aqui tratados - e a sua prática. Exige ação por parte de quem quer seja, sempre que alguém próximo necessita de ajuda e somos capazes de lhe prestar auxílio.Solidariedade, muitas vezes, é dividir o pouco que se tem com os membros da comunidade em que nos inserimos. Émuito mais profundo do que uma união de simpatias, interesses ou propósitos entre os membros de um grupo.

Solidariedade Sindical Ser solidário é bem mais fácil do que escrever sobre solidariedade. Isso porque, novata nomundo sindical,aprendi, muito cedo, que essa é uma prática natural nesse meio. Talvez não consiga expressar em palavras a dimensão correta do que seja essa solidariedade, mas tenho certeza de que é o grande sustentáculo das lutas, por uma razão muito simples: só conseguiremos mudanças e avanços se houver convergência de vontades, união e ações voltadas ao atingimento dos objetivos. “Solidariedade” tem origem no francês solidarité, que traz a ideia de responsabilidaderecíproca.Sersolidárioaindapodesignificarumsentimentodeidentificação em relação ao sofrimentodo outro, havendo casos em que esse sentimento pode gerar ações voltadas a amenizar a aflição de uma pessoaou grupo social que se encontre em condições desfavoráveis. No âmbito jurídico, solidariedade tambémcaracteriza a responsabilidade de alguém perante outro em decorrência de ação de terceiro, bastante comum no Direito Obrigacional e Tributário. Todavia, o significado que melhor explica essasolidariedade sindical a que me refirotalvez seja a ideia de solidariedade social trazida pela Sociologia. Esse conceito de solidariedade social, de forma abrangente, subentende a ideia de que seus praticantes se sintam ao mesmo tempo integrantes de uma mesma comunidade e independentes. De acordo com o sociólogo francês Émile Durkheim, existem dois tipos desolidariedade: a mecânica, que expressa aparecençaentreindivíduoseajustaosdetalhes da ligação entre esses mesmos indivíduospormeiodareligião,dafamília,dos costumes e das tradições, ou seja, aspectosquecontribuemparaovínculosocial; e a orgânica, que também tem comoobjetivomelhorarovínculosocialpor meio da divisão social do trabalho. Neste caso, a diferenciação entre os indivíduos por intermédio do trabalhoresulta na solidariedade quando existe a interdependência e o reconhecimento de que todos são importantes.

Por isso, solidariedade sindical significamuitomaisdoqueameraajudarecíproca que acontece normalmenteentre sindicatos. Sinceramente, não consigo definir em palavras o queverdadeiramente signifique essasolidariedade, mas cabe aqui um provérbioafricano-queouvinofilme“ABoaMentira”(“TheGoodLie”,notítulooriginal) - que diz muito sobre isso em poucas palavras:“Sozinho, eu vou mais rápido, juntos vamos mais longe!”.

Sabrina Oliveira FernandesPresidente do Sindispge SindicatodosServidoresdaProcuradoria-GeraldoRS

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NOTÍCIAS 10

Sindicatos unidos pela redução da jornada

Entidades retomam campanha Basta de CCs

Dirigentes do SindjusRS se reuniram com representantes doSintrajufe,doSimpe-RSedoSindisPGEparaconstruirumacampanha conjunta de redução das jornadas de trabalho das categorias,semprejuízodohoráriode8horasdeatendimentoa partes e advogados. Para embasar a reivindicação, os sindicatos realizam estudos sobre os benefícios da redução da jornada para asaúde dos servidores e a economia que isso representará para os cofres públicos. Outra ideia debatida na reunião foi a realização de um seminário sobre a democratização do Poder Judiciário, abordando temas como a PEC 526/2010 (que trata da participaçãodejuízesedeservidoresnaseleiçõesdostribunais)e o projeto da nova Loman.

O SindjusRS está retomando a campanha Basta de CCs,emparceriacomSimpe-RS,SindisPGE,Sintergs,SindPPD-RS e Aprojus. Uma das principais frentes da campanha é a conscientização da população para a necessidade de redução do gastos com cargos em comissão, o que será feito, entre outras ações, em uma ida a Capão da Canoa, no Litoral Norte, para dialogar com veranistas e colher assinaturas para o abaixo-

O Núcleo dos Aposentados do Judiciário (NAP) promoverá um curso de tricô, crochê e bordado, aberto a servidores, dependentes e aposentados. As aulas serão às segundas e quartas-feiras, às 14h, na sede do Sindjus, a partir do dia 9 de março.Interessadospodemseinscreverpelotelefone513224.3730oupeloe-maillaurent@sindjus.com.br

NAP promove curso

assinado. Já foram coletadas mais de 10 mil assinaturas, tanto pela internet (www.bastadeccs.org.br), como nas visitas e listas que são remetidas ao interior do Estado. A meta é chegar a 60 mil subscrições para protocolar um projeto de emenda constitucional inovadorem todopaís,para reduzironúmerode Ccs, moralizar o serviço público e valorizar os servidores concursados.

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CULTURA 11

Dica de leitura: Breve História de Quase Tudo

Para ver em casa: Capitalismo, Uma História de Amor

Dica de cinema: Relatos Selvagens Permanece em cartaz em Porto Alegre o filme “Relatos Selvagens”,uma produção hispano-argentina. As cincohistóriasquecompõemofilmesepassamnaArgentina,eapelículaémaisum exemplar dos grandes filmes quetêmsidofeitospelospaísvizinho. As tramas, que transitam entre o humor e o drama, mostram pessoas comuns em situações limite, na linha

Você já se perguntou por que a água dos oceanos é salgada? Ou como os cientistas sabem qual é a idade da Terra? Ou como surgiu o Universo? No livro Breve História de Quase Tudo, o escritor Bill Bryson desvenda esses e muitos outros mistérios de modo claro e envolvente. Ao narrar as principais descobertas da ciência, Bryson conta também as histórias dos cientistas, transformando o que poderia ser só mais uma aula maçante de Biologia ou Físicanuma epopeia instigante, que prende o leitordoinícioaofim.

Continua atualíssimo odocumentário Capitalismo: Uma História de Amor, lançado em 2009 pelo cineasta e ativista americano Michael Moore - um ano após a última grande crise do mercadofinanceiroglobal. Com seu já clássico estilo didático e irreverente, Moore, que se notabilizou por documentários como Tiros em Columbine, Fahrenheit 11/9 e Sicko, apresenta neste filme diversascontradições do sistema capitalista americano, que promete a prosperidade ao alcance de todos mas resulta em concentração de renda e exploração da maioria por uma minoria privilegiada. Percorrendo várias partes dos EUA, Moore apresenta diversos casos isolados que, juntos, compõem

tênue entre a loucura e a sanidade, algo comum nos conturbados dias de hoje. O filme conta com a presença do grandeator argentino Ricardo Darín, que estrelaoutras belas obras portenhas, tais como “O Segredo dos Seus Olhos”, “O Filho da Noiva” e “O Clube da Lua”. Os cinemas GNC Moinhos,CinemarkBourbon IpirangaeEspaço ItaúdeCinemaexibemofilmenaCapital.

uma teia de efeitos colaterais do aumento das fortunas de poucos: os cidadãos de classe média que acabam despejados de suas casas hipotecadas, os comandantes de companhias de voos comerciais que precisam recorrer à previdência social para sobreviver com os baixos salários, os empresários quenomeiamasiprópriosbeneficiáriosdos seguros de vida feitos em nome de seus funcionários, os executivos de Wall Street que pressionam o governo por restrições cada vez menores aos lucros dosistemafinanceiro. O filme, disponível em DVD,tambémpodeserencontradonaíntegrano YouTube. Para assistir legendado, acesse este endereço na internet:www.bit.ly/capitdoc

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