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1 de Março 2011 Ano X n.º 229 Quinzenal Preço 0.50 Directora n Aliette Martins m Director-adjunto n Marcos Leonardo Apoia o desporto e a cultura na Região Carlos Beato, depois de um ano da instalação do Pólo Regional de Turismo do Alentejo Litoral, passa em revista “O Projecto , a Estratégia e um Percurso ” daquela Entidade Hoje já posso dizer: temos uma “MarcaPAC, o fim de um Modelo Histórico Ano II • n.º 29 Directora Aliette Martins Director-adjunto Marcos Leonardo Editor Joaquim Bernardo 1 de Março /11 Revista a Cores Formato: A4 (210x297) Edição: 1 de Setembro Reserve já o seu espaço 919 877 399 10 anos que mudaram a Região Melides recebe o Vasco da Gama nas meias-finais Futebol - Taça do Distrito de Setúbal Vasco da Gama empatou e perdeu o primeiro lugar Futebol - Distrital de Setúbal da 1ª Divisão Sines recebe Selecção de hóquei subaquático Dias 5 e 6 de Março Odemira recebe passeio de BTT Dia 13 de Março Vasco da Gama de Sines e Juventude Melidense conseguiram o apuramento para as meias-finais da Taça do Distrito de Setúbal, e vão agora defrontar-se no dia 6 de Março, em Melides. Nos jogos dos quartos de final, o Vasco da Gama de Sines recebeu o Quintajense da 2ª divisão, e venceu por 4-0, com dois golos de Idy, um de Mikó e outro de Dico. João Direito, treinador do Vasco da Gama “destacou a atitude da sua equipa” nesta partida frente ao Quintajense. Em Melides, o Juventude Melidense recebeu o Zambujalense e venceu por 1-0, golo apontado por Zeca na segunda parte. Uma partida onde depois de uma primeira parte equilibrada, na segunda metade a equipa de Melides foi superior e justificou a vitória. O Grandolense jogou no Monte da Caparica e perdeu por 2-0. Uma partida onde a equipa grandolense esteve longe do seu melhor, acabando por ser eliminada da taça frente a uma equipa da 2ª divisão. Na outra partida, o Paio Pires recebeu o Barreirense e venceu por 1-0. Nas meias-finais, dia 6 de Março, as 14 horas e 30 minutos, vão jogar: Melides – Vasco da Gama e Paio Pires – Monte da Caparica. O Vasco da Gama é a única equipa da 1ª divisão, as restantes três disputam a 2ª divisão distrital. A Piscina Municipal de Sines Carlos Manafaia recebe, entre 5 e 6 de Março de 2011, um estágio da selecção nacional masculina de hóquei subaquático. O estágio em Sines serve de preparação para o Campeonato do Mundo da modalidade, a disputar em Portugal entre 16 e 27 de Agosto de 2011. Esta é a segunda vez que a Piscina Municipal de Sines Carlos Manafaia recebe os melhores praticantes nacionais de hóquei subaquático, depois de, em 2009, ter sido palco de uma etapa do campeonato nacional da modalidade. Pelo sexto ano consecutivo o Clube BTT Odemira vai realizar no dia 13 de Março, o Passeio denominado “A Caminho da Primavera”. Após as cinco organizações de sucesso dos anos transactos, o Clube BTT pretende continuar a proporcionar a todos os participantes um dia de diversão e de boa disposição, ao terem a possibilidade de desfrutar dos mais belos trilhos do concelho de Odemira. Este ano existirão dois percursos, um com 25 Kms e outro com 50 Kms que percorrerão as freguesias de Salvador, Santa Maria e de S.Luis, onde os participantes terão acesso a circular em zonas de beleza natural rara e quase intacta, por entre montes, vales e ribeiras. Este ano a organização limitou as inscrições a 500 participantes, de forma a poder proporcionar a todos os participantes as melhores condições e por outro lado com o intuito de preservação dos trilhos. Ao empatar a zero em casa frente ao 1º Maio Sarilhense, o Vasco da Gama de Sines perdeu o primeiro lugar do Campeonato Distrital de Setúbal da 1ª divisão, para o Montijo que venceu o Desportivo de Portugal por 1-0. O Grandolense recebeu o Almada e empatou a dois golos. O União de Santiago recebeu o Comércio e Industria e empatou a zero. Após a realização da 17ª jornada, o Montijo é líder com 39 pontos. Na segunda posição está o Vasco da Gama com 37. O Grandolense divide o 3º lugar com o Alfarim, ambos tem 30 pontos. 5º 1º Maio Sarilhense,29; Barreirense,28; C. Industria,27; 8º Zambujalense,26; Palmelense,24; 10º Trafaria,22; 11º BM Almada,21; 12º Amora,15; 13º Almada e Desportivo de Portugal,14; 15º Maritimo Rosarense,10 e 16º União de Santiago, 8 pontos. No dia 13 de Março, vão jogar: União de Santiago – Almada; Grandolense – Alfarim e Vasco da Gama – Desportivo de Portugal. No 2.º Encontro da Orizicultura Portuguesa foi acentuado que “Portugal produz metade do que consome, especialmente nas áreas do arroz, um produto âncora que faz parte do cabaz psicológico”.

Jornal Litoral Alentejano 2011 Março

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Page 1: Jornal Litoral Alentejano 2011 Março

1 de Março2011

Ano X n.º 229

Quinzenal Preço 0.50 € Directora n Aliette Martins m Director-adjunto n Marcos Leonardo

Apoia o desporto e a cultura na Região

Carlos Beato, depois de um ano da instalação do Pólo Regional de Turismo do Alentejo Litoral, passa em revista “O Projecto, a Estratégia e um Percurso” daquela Entidade

Hoje já posso dizer: temos uma “Marca”

PAC, o fim de um Modelo Histórico

Ano II • n.º 29•DirectoraAliette MartinsDirector-adjuntoMarcos Leonardo

EditorJoaquim Bernardo

1 de Março/11

Revista a CoresFormato: A4 (210x297)Edição: 1 de SetembroReserve já o seu espaço919 877 399

10anosque mudarama Região

Melides recebe o Vasco da Gama nas meias-finais

Futebol - Taça do Distrito de Setúbal

Vasco da Gama empatou e perdeu o primeiro lugar

Futebol - Distrital de Setúbal da 1ª Divisão

Sines recebe Selecção de hóquei subaquático

Dias 5 e 6 de Março

Odemira recebe passeio de BTT

Dia 13 de Março

Vasco da Gama de Sines e Juventude Melidense conseguiram o apuramento para as meias-finais da Taça do Distrito de Setúbal, e vão agora defrontar-se no dia 6 de Março, em Melides.Nos jogos dos quartos de final, o

Vasco da Gama de Sines recebeu o Quintajense da 2ª divisão, e venceu por 4-0, com dois golos de Idy, um de Mikó e outro de Dico. João Direito, treinador do Vasco da Gama “destacou a atitude da sua equipa” nesta partida frente ao Quintajense.Em Melides, o Juventude Melidense

recebeu o Zambujalense e venceu por 1-0, golo apontado por Zeca na segunda parte. Uma partida onde depois de uma primeira parte equilibrada, na segunda metade a equipa de Melides foi superior e justificou a vitória.O Grandolense jogou no Monte da

Caparica e perdeu por 2-0. Uma partida onde a equipa grandolense esteve longe do seu melhor, acabando por ser eliminada da taça

frente a uma equipa da 2ª divisão. Na outra partida, o Paio Pires recebeu o Barreirense e venceu por 1-0. Nas meias-finais, dia 6 de Março, as 14 horas e 30 minutos, vão jogar:

Melides – Vasco da Gama e Paio Pires – Monte da Caparica. O Vasco da Gama é a única equipa da 1ª divisão, as restantes três disputam a 2ª divisão distrital.

A Piscina Municipal de Sines Carlos Manafaia recebe, entre 5 e 6 de Março de 2011, um estágio da selecção nacional masculina de hóquei subaquático.O estágio em Sines serve de

preparação para o Campeonato do Mundo da modalidade, a disputar em Portugal entre 16 e 27 de Agosto de 2011. Esta é a segunda vez que a Piscina

Municipal de Sines Carlos Manafaia recebe os melhores praticantes nacionais de hóquei subaquático, depois de, em 2009, ter sido palco de uma etapa do campeonato nacional da modalidade.

Pelo sexto ano consecutivo o Clube BTT Odemira vai realizar no dia 13 de Março, o Passeio denominado “A Caminho da Primavera”. Após as cinco organizações de sucesso dos anos transactos, o Clube BTT pretende continuar a proporcionar a todos os participantes um dia de diversão e de boa disposição, ao terem a possibilidade de desfrutar dos mais belos trilhos do concelho de Odemira. Este ano existirão dois percursos, um com 25 Kms e outro com 50 Kms que percorrerão as freguesias de Salvador, Santa Maria e de S.Luis, onde os participantes terão acesso a circular em zonas de beleza natural rara e quase intacta, por entre montes, vales e ribeiras.Este ano a organização limitou as inscrições a 500 participantes, de forma a poder proporcionar a todos os participantes as melhores condições e por outro lado com o intuito de preservação dos trilhos.

Ao empatar a zero em casa frente ao 1º Maio Sarilhense, o Vasco da Gama de Sines perdeu o primeiro lugar do Campeonato Distrital de Setúbal da 1ª divisão, para o Montijo que venceu o Desportivo de Portugal por 1-0. O Grandolense recebeu o Almada

e empatou a dois golos. O União de Santiago recebeu o Comércio e Industria e empatou a zero. Após a realização da 17ª jornada, o Montijo é líder com 39 pontos. Na segunda posição está o Vasco da Gama com 37. O Grandolense divide o 3º lugar com o Alfarim, ambos tem 30 pontos. 5º 1º Maio Sarilhense,29; 6º Barreirense,28; 7º C. Industria,27; 8º Zambujalense,26; 9º Palmelense,24; 10º Trafaria,22; 11º BM Almada,21; 12º Amora,15; 13º Almada e Desportivo de Portugal,14; 15º Maritimo Rosarense,10 e 16º

União de Santiago, 8 pontos. No dia 13 de Março, vão jogar: União de Santiago – Almada; Grandolense

– Alfarim e Vasco da Gama – Desportivo de Portugal.

No 2.º Encontro da Orizicultura Portuguesa foi acentuado que “Portugal produz metade do que consome, especialmente nas áreas do arroz, um produto âncora que faz parte do cabaz psicológico”.

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ColaboraçãoFrançois Baradez

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PAC, o fim de um Modelo HistóricoNo 2.º Encontro da Orizicultura Portuguesa foi acentuado que “Portugal produz metade do que consome, especialmente nas áreas do arroz, um produto âncora que faz parte do cabaz psicológico”.

Com a presença do Minis-tro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, bem como do Director Regional de Agricultura do Alentejo e do Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, o “2.º Encontro da Orizicultura Portuguesa” pautou-se por merecer o destaque de sensibilizar uma assistência que enchia por completo o Auditório Muni-cipal de Alcácer do Sal, com a particularidade de ter assistido a uma saudação amistosa a António Serrano, que em tudo difere das críti-cas que eram feitas ao ante-rior Ministro da Agricultura. Foi exactamente com um elogio significativo que João Machado, da CAP subli-nhou o consulado do Profes-sor António Serrano quando afirmou que, presentemente, o Ministério da Agricultura, com “este Ministro tem feito um esforço tremendo, gastando bem o dinheiro que recebemos” para lem-brar que “o trabalho para 2014/2020 começa hoje”, referia-se à PAC, que deter-mina, na sua Reforma, que é preciso produzir mais.

Palavras do Ministroda Agricultura

no encerramento do Encontro

Nas suas palavras de encer-ramento do “Encontro”, o Professor António Serrano começou por afirmar que aquele era um bom final, porque num sector com a importância daquele, o que estava em causa, seria, também “a importância de trabalhar em conjunto”, dizendo que era preciso termos consciência de que “não é possível trabalhar, a não ser de uma forma conjunta com a Produção, Indústria e a Distribuição”, lembrando que “a fileira do arroz tem que estar orga-nizada”. No todo, sublinhou que o trabalho a realizar terá que ser “ com os recursos que temos e, forma parti-lhada”. Também o PRODER foi mencionado para referir “que tem sido feito – neste último ano – um trabalho

de recuperação”.

Discurso fluente, cativante e motivador

As palavras do Ministro foram fluentes, cativantes e motivadoras. No seu dis-curso, de um modo geral, enumerou as principais razões para pensar o desen-

volvimento do sector da fileira do arroz, chamando também a atenção para que se faça “Investigação” para alcançar a “Qualidade”, salientando que os nossos produtos agrícolas devem ter qualidade, deixando ainda a certeza de que, “tra-balho não nos falta”.

A arquitectura geraldo “Encontro”

A Reforma da PAC

O denominador comum do Encontro, foi a Reforma da PAC, ou seja, “A PAC que vigorará até 2012 vai acabar”. Nas negociações em curso para a sua Reforma, “em termos de balanço preliminar, todas as ques-tões estão em aberto”. “ (…) A maioria dos Estado Membros têm opiniões muito ambíguas sobre esta Reforma” e, “O que neste momento é consensual…

é o fim de um modelo his-tórico”, foi a tónica domi-nante sublinhada na tarde do dia 16 no Encontro da Ori-zicultura, na intervenção da responsabilidade de Bruno Dimas, do GPP – Gabinete de Planeamento e Políticas. Nesse sentido, Bruno Dias lembrou à assistên-cia que, em Novembro de 2010, foram apresentadas na Comissão Europeia, as linhas gerais da que será a Reforma PAC, ocupando-se de detalhar toda uma série de pressupostos relaciona-dos com a discussão dessa que, no momento “está tudo em aberto”, afirmando, por isso, que “não vale a pena estarmos a tentar adivinhar o que vai ser”, embora fossem ali esplana-

das outras áreas sensíveis para a agricultura e para os agricultores portugueses. Aliás, sublinhado ficou por Bruno Dias, que a primeira incógnita que Portugal tem, é a de que “(…) no começo desta negociação, que não sabemos qual vai ser o Orçamento”. Entretanto, em relação a alguns porme-nores importantes da nego-ciação, após detalhar os procedimentos, frisou que “Para Portugal é só neces-sário um pequeníssimo passo para uma boa nego-ciação”, referindo-se ao posicionamento de alguns Eurodeputados Portugue-ses no Parlamento Europeu, destacando o Comissário e o Relator. Neste 2.º Encontro da Orizi-cultura Portuguesa, no que diz respeito à PAC uma reali-dade ficou assinalada, aquela de que “É preciso produzir mais”, uma mensagem que levou João Machado, da

CAP a afirmar que “Quere-mos e precisamos produzir e, produzir mais”.

A Indústria do Arroz

em Portugal

A industrialização da fileira do arroz abordada pormenorizadamente por Pedro Monteiro, Secretá-rio-Geral da ANIA, no tema proposto: “A Indústria do Arroz em Portugal”, que – através de vários painéis, - fez referência aos núme-ros e percentagens à escala nacional e mundial, enu-merando, inclusivamente, o montante, em quilos, da venda de arroz nos super-mercados nacionais, bem

como o que o que dizem as estatísticas quando afir-mam que a Europa precisa de mais produção de arroz, deixando à plateia presente alguns números interessan-tes, designadamente o facto de ser a Itália – por exemplo - o maior produtor de arroz da Europa, com 50% da pro-dução, seguindo-se França, Espanha em segundo e, Por-tugal em terceiro lugar, lem-brando porém que é a Ásia quem mais exporta arroz. Pedro Monteiro reforçou também a realidade por-tuguesa, afirmando que: “Temos que voltar a produ-zir. Produzimos metade do que consumimos, especial-mente nas áreas do arroz, em que o arroz agulha (importado) é o líder. É utilizado como “chama-riz”. É um produto âncora que faz parte do cabaz psi-cológico”, adiantando ainda que o “ arroz carolino tem sido o líder do negócio do

arroz”.

Professor Morgado:O que deveríamos

estar a fazeré produzir bom arroz

Começando por esclare-cer que iria falar apenas em seu nome, o Professor Morgado colocou em foco alguns dos problemas que se têm registado no na fileira sector do arroz, dizendo que: Nos últimos tempos temos vindo a assistir a uma convulsão entre a Agricul-tura e a Distribuição. Por outro lado, temos tido uma pressão muito grande do sector financeiro. A fileira do arroz teve que voltar à estaca ‘zero’.

Que saibamos, o negócio do arroz não é para que todos se sintam zangados uns com os outros e não estarmos a fazer o que deveríamos fazer, que é produzir bom arroz”, um alerta pertinente e de refle-xão que deixou ao Auditó-rio.

No âmbito geralquem participou

no Encontro?

Para que conste, dizer que o Programa do 2.º Encon-tro da Orizicultura Por-tuguesa” teve o seu início pelas 9h30, com a interven-ção de João Reis Mendes, Presidente da AOP – Asso-ciação de Orizicultores de Portugal e de Pedro Pare-des, Presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal. Pelas 10h00, foi a vez dos “Agrupamentos de Produtores de Arroz”,

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Março de 2011www.jornallitoralalentejano.com 03

usarem da palavra, com intervenções de: Joaquim Bravo, Da Orivárzea; Joa-quim Cabeça, da Benagro – Cooperativa Agrícola de Benevente; Francisco Dias da Cooperativa Agrícola de Montemor–o-Velho; Jorge Cardoso da Cooperativa Agrícola, de Soure e João Mota Capitão da Aparroz. Seguiu-se um debate. Foi moderador deste painel João Reis Mendes. Pelas 12h00 – Subordinado ao tema: “A Investigação do Arroz em Portugal”, expôs a temá-tica, Paula Marques. Seguiu também um debate mode-rado por António Madaleno, da Orivárzea.

Da parte da tarde, os traba-lhos reabriram já passava das 15h00, com o tema: “A PAC Após 2013 no Sector do Arroz”, defendido por Bruno Dimas – do Gabinete de Planeamento e Políti-cas e moderado por João Machado, da CAP – Con-federação dos Agriculto-

res de Portugal. Seguiu-se “A Indústria do Arroz em Portugal”, com a pala-vra de Pedro Monteiro – Secretário-Geral da ANIA. Foi moderador Ernesto Morgado. Encerrou o 2.º Este segundo Encontro da Orizicultura Portu-guesa, como se referiu João Mendes, o Presidente da res-pectiva Associação e, o Pro-fessor António Serrano, Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural e das Pescas, aliás, João Mendes, que antecedeu o Ministro da Agricultura no tempo reservado para o encerramento do Encontro, terminou a sua interven-

ção afirmando três regras a serem aplicadas em tempo de CRISE: “ 1 - Ir para o trabalho mais cedo. 2 – Sair do trabalho mais tarde. 3 – Trabalhar com mais afinco”, uma sugestão de confiança e boa disposi-ção que deixou.

factos são factos e não fatos…

O que dizem os Produtores

- A Associação de Orizicul-tores de Portugal (AOP) exigiu ao Governo que lute pela manutenção do apoio específico da cultura do arroz no âmbito da nego-ciação do Plano Agrícola Comum para 2014-2020.- Durante o Encontro, o presidente da AOPl, disse que o fim dessa ajuda pode vir a “originar o abandono da produção do arroz em Portugal”.João Reis Mendes instou ainda o ministério a regu-lamentar o processo de

formação dos preços no sector, reivindicação que tem vindo a ser feita com mais intensidade nas últi-mas semanas. Os produ-tores alegam ser inadmis-sível receber menos de 35 cêntimos por quilo de arroz quando o produto

final é vendido ao público quase ao triplo do preço.- João Machado, presi-dente da Confederação dos Agricultores de Portu-gal, anunciou ter já enco-mendado um estudo, que deverá ser apresentado dentro de um mês, com o objectivo de “ver quem está a engordar e a dimi-nuir as margens” no sector do leite. O dirigente asse-gurou que mais estudos se seguirão, designadamente no sector do arroz.- Outro dos problemas apontados pelos produ-tores foi o aumento do consumo de arroz agulha. Portugal só produz arroz

carolino, assegurando que é cerca de metade das necessidades de consumo nacionais.De acordo com o presi-dente da AOP, “nada se faz para promover o arroz carolino como produto nacional”.

“È um fato, que o fato tem que ir para a lavandaria, se de fato quiser levar este fato, ao casamento do meu primo”.

Por esta altura o leitor já deve estar a pensar que o “gajo” endoidou de vez.Nada disso, este texto é uma pequena amostra da “confusão” que vai ser daqui a um ano quando o acordo ortográfico for uma obrigação para nos exprimirmos na escrita de Camões.Já foi publicada, em Diário da República, a Resolução do Conse-lho de Ministros n.º 8/2011, de 25 de Janeiro, que aplica o AcordoOrtográfico da Língua Portuguesa no sistema educativo no ano lectivo de 2011-2012 e, a partir de 2012, a todos os serviços, organismos e entidades na dependência do Governo.Vejamos alguns exemplos:Em Francês - Acteur – Facteur – Tact – Réacteur – Secteur – Protecteur – Seléction – Exacte – Baptême – Exception - Baptismus Em Espanhol – Actor – Factor – Tacto – Reactor – Sector – Protector – Seleccion - ExactaEm Inglês – Actor – Factor – Tact – Reactor – Sector – Protector – Selection – Exact – Except – Baptism – Exception – Optimum - ExcepciónAté em Alemão, reparem: - Akteur – Faktor – Takt – Reaktor – Sektor - ProtektorVelho Português – Actor – Factor – Tacto – Reactor – Sector – Protector – Selecção – Exacto – Excepto – Baptismo – Excepção - ÓptimoO novo Português (o importado do Brasil) – Ator – Fator – Tato – Reator – Setor – Protetor – Seleção – Exato – Exceto – Batismo – Exceção - ÓtimoPara mim, factos vão continuar a ser factos e não fatos.Um fato é aquilo que se veste nos casamentos, baptizados e afins... se calhar vai pas-sar-se a chamar de terno!“A minha pátria é a língua portuguesa” já dizia Fernando Pessoa, mas também na escrita podemos “estar em casa”.A expressão “português lusitano” é usada sobretudo por autores brasileiros. Em Portugal, nomeadamente no seio da comunidade de linguistas e filólogos, a expressão consagrada e geralmente usada é “português europeu”.Mas agora que nos estamos a “abrasileirar”, já não sei se vou usar o português lusitano, o português euro-peu ou o lusibrazuca, show de bola cara!

Marcos Leonardo

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Março de 2011 www.jornallitoralalentejano.com

CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA EDITAL 50

PUBLICIDADE DAS DELIBERAÇÕES

04

Custódio Rodrigues

Aníbal Manuel Guerreiro Cordeiro, Vereador da Câmara Municipal de Grândola, no uso da com-petência que lhe foi conferida pelo despacho nº 4/2011, de 10 de Janeiro, no âmbito das competências respeitantes ao art.º 91º - alínea v) do nº 1 do artº 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro na redacção que lhe foi dada pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, torna público que em reunião ordinária, pública, de 10 de Fevereiro de 2011 foram tomadas as seguintes deliberações com eficácia externa:

Apreciação e eventual aprovação da proposta de atribuição de Subsidio ao Clube de Automóveis Antigos da Costa Azul: Deliberado, por unanimidade, atribuir um subsídio no montante de 400,00€ (quatrocentos euros) ao Clube de Automóveis Antigos da Costa Azul, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação do protocolo de Colaboração entre a Câmara Municipal de Grândola e a Junta de Freguesia de Melides para o desenvolvimento do Programa de Generaliza-ção do Ensino de Inglês e de outras Actividades de Enriquecimento Curricular 2011: Deliberado, por unanimidade, aprovar o Protocolo de Colaboração entre a Câmara Municipal de Grândola e a Junta de Freguesia de Melides para o desenvolvimento do Programa de Generalização do Ensino de Inglês e de outras Actividades de Enriquecimento Curricular 2011, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da proposta de alteração da Adenda ao Protocolo de Delegação de competências da Câmara Municipal de Grândola na Junta de Freguesia de Azinheira dos Barros: Deliberado, por unanimidade, aprovar a alteração da Adenda ao Protocolo de Delegação de Competências da Câmara Municipal de Grândola na Junta de Freguesia de Azinheira dos Barros e sub-meter a mesma a apreciação e eventual aprovação da Assembleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da proposta de manutenção do valor das propinas devidas pelos alunos da Universidade Sénior de Grândola para o ano lectivo 2010/2011: Deliberado, por unani-midade, aprovar a manutenção do valor das propinas devidas pelos alunos da Universidade Sénior de Grândola, para o ano lectivo 2010/2011, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da proposta de pedido de autorização prévia para abertura de procedimento concursal para fornecimento de refeições: Deliberado, por maioria, com duas abstenções por parte dos Vereadores da CDU, aprovar o pedido de autorização prévia para abertura de procedimento concursal para fornecimento de refeições e submeter o mesmo a apreciação e eventual aprovação da Assembleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da lista de classificação definitiva do concurso para atribuição de Bolsa de Estudo a alunos do Ensino Superior da Câmara Municipal de Grândola – ano lectivo 2010/11: Deliberado, por unanimidade, aprovar a lista de classificação definitiva do concurso para atribuição de Bolsa de Estudo a alunos do Ensino Superior da Câmara Municipal de Grândola – ano lectivo 2010/11, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da proposta de delegação de competências no Director do Agrupamento de Escolas de Grândola no âmbito da contratação de pessoal não docente a tempo parcial: Deliberado, por maioria, com dois votos contra, por parte dos Vereadores da CDU, aprovar a delegação de competências no Director do Agrupamento de Escolas de Grândola no âmbito da contra-tação de pessoal não docente a tempo parcial, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da minuta de contrato para a Construção do Centro Escolar do Carvalhal – Erros e Omissões: Deliberado, por maioria, com duas abstenções por parte dos Vereado-res da CDU, aprovar a minuta de contrato para a Construção do Centro Escolar do Carvalhal – Erros e Omissões, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da minuta do Contrato para a Construção do Centro Escolar do Carvalhal – 1º Termo Adicional: Deliberado, por maioria, com duas abstenções por parte dos Vereadores da CDU, aprovar a minuta do Contrato para a Construção do Centro Escolar do Carvalhal – 1º Termo Adicional, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação do Projecto de Loteamento Cerca Pequena em Azinheira dos Barros: Deliberado, por unanimidade, aprovar o Projecto de Loteamento Cerca Pequena em Azinheira dos Barros, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação da proposta de reabertura do procedimento de Concurso Público de Concepção do “Projecto de Ampliação e Requalificação da Biblioteca Municipal e Criação do Arquivo Municipal de Grândola: Deliberado, por unanimidade, aprovar a reabertura do procedimento de Concurso Público de Concepção do “Projecto de Ampliação e Requalificação da Biblioteca Municipal e Criação do Arquivo Municipal de Grândola, de acordo com a Proposta dos Serviços;

Apreciação e eventual aprovação do Projecto de Regulamento de Circulação e Estacionamento de Tróia, após submissão a inquérito público, e posterior envio à Assembleia Municipal: Delibe-rado, por maioria, com dois votos contra por parte dos Vereadores da CDU, aprovar o Regulamento de Circulação e Estacionamento de Tróia, após submissão a inquérito público, e posterior envio à Assem-bleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços.

Para constar se lavrou este e outros de igual teor os quais vão ser afixados nos locais públicos do cos-tume.

Paços do Concelho de Grândola, 15 de Fevereiro de 2011.

O Vereador do Pelouro da Administração,

Aníbal Cordeiro

Acreditar ou não acreditarA liberdade religiosa é um direito reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU). É um direito fundamental de todo o ser humano. É pena que muitos ateus que aproveitam tudo o que a religião tem de nega-tivo para falar contra ela, não só contra esse negativo, muitas vezes defendam ideologias que impedem a liberdade de expressão e, concretamente, a liberdade religiosa. O comunismo (e idênticos) que tanto fala de liberdade não consegue ver que nos países de governo comunista, essa liberdade acabou. Lá não há liber-dade nem democracia, há ditadura e perseguição a quem defende outros ideais. Olhem para a China ou para a Coreia do Norte por exem-plo. Não podem ser assim tão distraídos que não vejam isso!No início da humanidade existia o monoteísmo. Essa foi a primeira religião. Os primeiros seres humanos já acreditavam num Ser Superior, o Deus do céu. Portanto a crença «numa força superior (Deus), que explica o mundo e dá sentido à existência», já existia no início da humanidade. Não é o resultado de uma evolução. Pelo contrário, houve deca-dência na medida em que o ser humano, ao desviar-se de Deus, com as suas invencio-nices não parou de produzir crendices até hoje. Não se deve confundir Deus com religião nem religião com fé. São coisas diferen-tes. É triste constatar que «Ao longo da história, a vontade de impor aos outros uma determinada crença foi também a causa de inúmeras atrocidades e guerras incon-táveis». Deus propõe-se, não se impõe. É Deus que dá o exemplo respeitando sempre a nossa liberdade. Nunca pode o homem querer ser mais do que Deus. Nunca pode o homem impor uma fé, venha essa fé da parte dos crentes ou dos descrentes. (O ateísmo é uma “fé” ao con-trário). Hoje em dia a maior parte da humanidade conti-nua a acreditar em Deus. «É responsabilidade de todos que esta espiritualidade con-duza a uma maior solidarie-dade mundial e afaste para sempre os erros do passado».Uma teoria ou “fé” que se tem vindo a desenvolver é o agnosticismo. (Não confun-dir com gnosticismo que é outra coisa muito diferente). Os agnósticos não acreditam nem deixam de acreditar. Podemos dizer com respeito e com graça destes nossos amigos, e neste contexto,

que não são nem pão nem bolo. Estão a meio do cami-nho e não sabem para que lado pender. Dizem eles que «o homem apenas pode admitir a realidade percebida através dos sentidos e do conhecimento científico. Por esta razão, não têm a certeza de poder acreditar em Deus, porque a divindade escapa ao conhecimento humano e não pode ser demonstrada cientificamente».Errado. A divindade não pode ser demonstrada direc-tamente mas indirectamente, sim. Cientificamente, a divindade pode ser demons-trada de forma indirecta. A ciência leva-nos até uma causa primeira. Essa causa primeira não é dependente do tempo, ela terá necessa-riamente de ter o carácter de algo eterno. Uma força eterna só pode ser Deus. E a ciência não se reduz às Ciên-cias de Observação. «Mais importante que ver é o raciocínio, diferenciar, dedu-zir… Filosofia. Mas sobre a base da experiência, senão seria sofisma, imaginação, “poesia” e não Filosofia. E a ciência mais importante, a Teologia, a palavra de Iahweh (Deus), mas antes pertence às Ciências de Observação demonstrar o facto da Revelação, caso contrário não seria Teologia, mas invencionices e supers-tições» (Oscar Quevedo). Pela Filosofia demonstra-se a existência de uma Causa Incausada, um ser omnipo-tente, a quem nós podemos chamar Deus. E pela Teolo-gia ficamos a saber no que acreditar. Portanto, a divin-dade não escapa ao conheci-mento humano.Por outro lado os ateus, de uma maneira geral, «consi-deram a fé como um estado primitivo que impede o completo desenvolvimento do Homem». Pelos vistos a humanidade continua nesse estado primitivo. Pois a grande maioria dos seres humanos continua acredi-tando em Deus. São os ateus que estão na contra – mão e não se dão conta. E falham o alvo quando falam de fé. O que é prejudicial é a detur-pação da fé, não a fé correc-tamente entendida. «Nem só de pão vive o homem…», dizia Jesus.«A ciência e a religiosidade não se excluem porque o seu campo de actuação não é o mesmo. A primeira estuda o que pode ser observado, ao passo que a segunda levanta questões fora do alcance das experiências. Grandes cientistas como Copérnico, Newton, Pasteur ou Einstein aceitaram a ideia de Deus e

tinham uma concepção reli-giosa do mundo». E afirmar inequivocamente que a fé católica é a única que Deus revelou não é fanatismo nem fundamentalismo. Essa afirmação não é de fé, é de ciência. Porque a ciên-cia reconhece que aqueles factos que superam as forças naturais só acontecem nesse ambiente. Trata-se de ciên-cia. Trata-se de factos. Isso é para ver. Quando os cien-tistas afirmam para todo o

mundo, para todas as raças, para todas as culturas, que a velocidade da luz é de 300 mil k/s ou que existe a lei da gravidade ou que a água é composta por hidrogénio e oxigénio ou que o maior vulcão do mundo é o Mauna Kea no Havai, etc, etc., eles não estão sendo fundamen-talistas nem fanáticos. Estão simplesmente dizendo a verdade. Alguém pode não aceitar. Problema dele. Se os factos supranor-mais acontecessem noutro ambiente religioso, por exemplo no Islão, era isso que teríamos que dizer. Mas não é isso que acontece. Só aparecem em ambiente católico e é isso que teremos que afirmar se queremos ser honestos e fiéis à verdade. Isso não é ser fundamenta-lista. É simplesmente dizer a verdade. Todos temos direito a ela, a ser correctamente informados. É claro que depois cada um seguirá o caminho que bem entender. Liberdade significa que não estamos determi-nados a partir de fora mas que nos determinamos nós mesmos a partir de dentro, do nosso íntimo. E mesmo com opções diferentes, todos podemos e devemos ser amigos. Mas a correcta interpretação dos factos nunca pode ser silenciada, quer gostemos dela ou não. E mesmo quando a verdade provoca escândalo, faça-se o escândalo mas não se fira a verdade. Bibliografia: Atlas básico das religiões.

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Helga [email protected]

“Colaboração com médicos estrangeiros vai continuar”O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Manuel Pizarro inaugurou a nova extensão de saúde de Odemira, um ano após a conclusão da obra. Autarcas do concelho aproveitaram a ocasião para exigir mais médicos e o reforço dos cuidados de saúde à população.

O presidente da Junta de Freguesia de São Teotónio alertou para a necessidade de mais médicos para o quadro de pessoal da nova exten-são de saúde inaugurada, recentemente, pelo Secre-tário de Estado Adjunto e da Saúde, Manuel Pizarro. “Agora o que precisamos é de médicos porque ainda há bem pouco tempo um dos médicos aposentou-se. A unidade funciona com dois médicos cubanos que têm feito o que podem e o que não podem para garantir o atendimento a todos os utentes, aten-dendo ao volume de pro-cura que esta extensão de saúde tem”, referiu José Guerreiro.A nova infra-estrutura per-mite aumentar a qualidade dos cuidados de saúde pres-tados à população uma vez que o antigo edifício, uma construção com mais de 20 anos, não oferecia as con-dições necessárias ao seu funcionamento. Segundo o autarca, a população espe-rava “por isto há muito tempo porque esta exten-

são de saúde estava pronta há um ano, corria o risco de ficar velha e não era inaugurada”.Sendo a maior freguesia do país em área, com cerca de 6 mil habitantes nacionais e mais de mil emigrantes, “o

decréscimo de população não se nota, daí sentirmos há muito a falta de uma

unidade de saúde, uma vez que a velha estava completamente obsoleta e fora de contexto”, salien-tou o presidente da Junta de Freguesia de São Teotónio, que tem a responsabilidade do transporte de doentes para colmatar a distância que separa aquela freguesia da corporação de bombei-ros mais próxima, na sede do concelho. “Há mais de 20 anos que asseguramos o transporte de doentes e estamos equipados com três ambulâncias devi-damente legalizadas mas ultimamente temos sido discriminados em relação a outras entidades, como os bombeiros”, lamentou.Segundo José Guerreiro “os

bombeiros ficam a 13 km e para virem buscar uma pessoa, só que seja à sede

de São Teotónio, o Estado tem de desembolsar mais 26 km, ao passo que a Junta de Freguesia está aqui em cima do aconteci-mento”.Estas e outras preocupações foram transmitidas ao Secre-tário de Estado Adjunto, Manuel Pizarro que prefe-riu enaltecer o trabalho que os profissionais de saúde desenvolvem no concelho de Odemira. “Estamos parti-cularmente contentes com o desempenho dos médicos cubanos que têm ajudado, no último ano, a garantir o acesso à saúde a mais pes-soas e posso adiantar que o programa de colaboração com médicos no estran-geiro vai continuar para o

benefício da população do litoral alentejano”.Manuel Pizarro lembrou que

a nova unidade resulta da aposta do Governo no Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Esta uni-dade de saúde é também uma marca da requalifi-cação do SNS que esta-mos a fazer em São Teo-tónio e no concelho de Odemira” referindo-se,

igualmente, à criação do novo Serviço de Urgên-cia Básica “com con-

dições melhores dos que as que existiam anteriormente para o serviço” aos utentes e à construção de uma extensão de saúde em Vila Nova de Milfon-tes, outra das reivindicações do município.Para o presidente da CM de Odemira, José Alberto Guer-reiro, a distância que separa o

município das unidades hospi-talares continua a ser um dos maiores obstáculos à prestação dos cuidados de saúde à popu-lação. “Por isso considero ser justo melhorar as condições de saúde em Odemira porque estamos a falar de realidades que não são comparáveis aquelas populações que, de forma legítima, lutam para não ver desaparecer os cui-dados que estão muito próxi-mos. Nós aqui nunca tivemos essa proximidade”, sublinhou o autarca.Com quatro consultórios, três salas de tratamento e outras áreas de apoio, a nova unidade está dimensionada para atender 8 mil utentes, servindo actual-mente cerca de 6 mil utentes, contando com oito profissio-nais.

Instalação da ponte provisória em cursoJá se iniciaram as obras de reabilitação e reforço da ponte metálica de Odemira, sobre o Rio Mira, na Estrada Nacional 120, da responsabilidade da EP Estradas de Portugal, S.A., sendo uma intervenção há muito reivindicada pelo Município.

A empreitada tem como objectivo a reabilitação e reforço estrutural da ponte, incluindo o alargamento do passadiço metálico do lado poente, a substituição da laje da ponte, o reforço e tra-tamento de alguns elemen-tos da estrutura metálica, reforço de pilares e das fun-dações, instalação de novos aparelhos de apoio, juntas de dilatação e guardas de segurança e pavimentação. A ponte será também dotada de iluminação decorativa

permanente.Uma vez que a empreitada prevê a interrupção da cir-culação na ponte metálica durante um período máximo de 8 meses, será necessário assegurar, por vias alterna-tivas, a circulação entre as duas margens do rio.Neste sentido, foi já cele-brado um protocolo entre a Câmara Municipal de Ode-mira, o EP - Estradas de Por-tugal, S.A., e a EPE – Escola Prática de Engenharia para possibilitar as condições de

colocação de uma travessia provisória na zona ribei-rinha, garantindo os aces-sos locais, entre a zona do Cais, na margem direita, e o arruamento do Bairro Roça Matos, na margem esquerda, em Odemira. As infra-estru-turas para colocação de uma ponte militar em Odemira já estão entretanto a ser prepa-radas.A empreitada tem o valor de 1 milhão e 200 mil euros, sendo da responsabilidade da EP Estradas de Portugal, S.A., estando a obra a cargo da empresa BEL - Enge-nharia e Reabilitação de Estruturas, S.A. (do Grupo Teixeira Duarte), ambas responsáveis por assegu-rar igualmente a travessia provisória em condições de fluidez de trânsito a veícu-

los prioritários, transportes colectivos e a segurança na travessia de peões.A autarquia alerta que, para além de estar previsto um período bastante extenso de interrupção da Ponte de Odemira, esse período irá coincidir com a época esti-

val, com grande acrés-cimo no fluxo de tráfego local, o que poderá pro-vocar situações impon-deráveis a equacionar e resolver pelas entidades responsáveis.Com o objectivo de redu-zir o número de veículos

na travessia da ponte provisó-ria, a autarquia irá disponibili-zar uma ampla zona de estacio-namento na margem esquerda, no terreiro onde se realiza a feira de Odemira, junto ao rio, cujo piso será entretanto bene-ficiado.

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GABINETE DE APOIO AO PRESIDENTEMOÇÃO

NOVO MAPA JUDICIÁRIOCOMARCA PILOTO DO LITORAL ALENTEJANO

AVALIAÇÃO DO FUNCIONAMENTO NO PERÍODO EXPERIMENTAL

O NOVO MAPA JUDICIÁRIO

Teve início em 20 de Abril de 2009, com a entrada em vigor da Lei 52/2008, de 28 de Agosto, a reformulação da organização judiciária portuguesa, com a introdução de um novo mapa judiciário.

Com o novo mapa judiciário o território nacional passará a estar dividido em 39 circunscrições territoriais designadas por comarcas, sendo estas depois agrupadas em 5 distritos judiciais.

Dentro de cada um dos municípios pertencentes às novas comar-cas, são criados juízos de competência especializados.

A implementação da reforma do mapa judiciária está sujeita a um período experimental, que decorreu desde a data da sua entrada em vigor até ao dia 31 de Agosto de 2010, durante o qual as novas regras instituídas foram aplicadas a apenas 3 comarcas, denomi-nadas de comarcas piloto, uma das quais é a Comarca do Alen-tejo Litoral (englobando os Concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Sines, Santiago do Cacém e Odemira).

Esta alteração legislativa tem como objectivo transformar os actuais tribunais de competência genérica, ou seja, tribunais que julgam todo o tipo de processos, em tribunais que julguem apenas um género de processos, especializando-os deste modo, com o intuito de incutir nos mesmos uma maior celeridade processual.

Uma das maiores críticas feita ao novo mapa judiciário, prende-se com o facto de em consequência da especialização dos diferentes juízos dentro das criadas comarcas, poderem ocorrer situações em que causas que face à lei anterior seriam julgadas no antigo tribunal de competência genérica situado perto do local onde os factos ocor-reram, sejam agora atribuídas a juízos distantes daquele, por serem estes agora os competentes em razão da matéria, para julgar aque-las acções.

Neste novo mapa, perdem-se em muitos casos, muitas das vanta-gens decorrentes de uma “justiça de proximidade”, ou seja e exem-plificando, a facilidade de deslocação das partes e testemunhas, o estigma criado nas populações de verem os seus assuntos julgados fora da área onde residem.

O novo mapa judiciário é um dos pontos inseridos no Pacto da Justiça assinado entre o PS e o PSD e prevê a conversão das 231 comarcas existentes em 39.

COMARCA DO LITORAL ALENTEJANO

AVALIAÇÃO DO FUNCIONAMENTO NO PERÍODO EXPERIMENTAL

Estando a decorrer ainda o período de funcionamento experimental da Comarca do Litoral Alentejano, na qual se integra o Juízo de Odemira, e prevendo a lei em vigor um período de avaliação do funcionamento das Comarcas Piloto somos a constatar:

É comummente aceite que a existência de Tribunais, a par de outras infraestruturas, constitui um factor impulsionador do desen-volvimento económico e social local, contribuindo para a fixação das populações nos locais onde estas estruturas existem.

O modelo de Comarca implementado no Litoral Alentejano em con-sequência da revisão do mapa judiciário poderá contribuir grave-mente para a inversão desta tendência senão para o seu agrava-mento, pois além da concentração de serviços, que pode implicar uma demora ainda maior na resolução de processos, a Justiça fica mais longe dos cidadãos, junta todos os municípios numa única cir-cunscrição/comarca colocando muitas empresas, cidadãos e profis-sionais da Justiça a demasiadas dezenas de quilómetros das sedes dos tribunais, com os inerentes incómodos e despesas.

O Funcionamento experimental da Comarca Piloto do Litoral Alen-tejano encontra-se em execução desde 20/04/2009, integrando o Juízo de Odemira e que abrange todo o município de Odemira.

A experiência entretanto recolhida da implementação da Comarca do Alentejo Litoral aponta para as seguintes realidades em Ode-mira:

O antigo Tribunal de Odemira perdeu competência nas •áreas de família, menores e trabalho cujos processos passaram a ser instaurados, instruídos e julgados no Juízo de Sines;

Os processos cíveis de maior valor económico passa-•ram a ser instaurados, instruídos e julgados no Juízo de Grande Instância Cível de Santiago do Cacém;

As partes nos processos, as testemunhas, os advogados •

e outros intervenientes processuais têm, em regra, de se deslocar para Sines ou Santiago do Cacém quando têm diligências no âmbito daquele tipo de processos, com os consequentes gastos em deslocações e outros incómo-dos;Que não há uma rede de transportes públicos que facilite •as deslocações dos cidadãos do concelho de Odemira para os concelhos de Sines e de Santiago do Cacém;

Que a grande maioria dos cidadãos de Odemira tem ren-•dimentos modestos e muitos não dispõem de transporte próprio, tendo de recorrer aos serviços de táxi;

Que o aumento das custas judiciais veio dificultar ainda •mais o acesso dos cidadãos à Justiça, agora também mais fora de portas e mais longe dos cidadãos de Ode-mira em áreas essenciais como são a de família, meno-res e trabalho;

Que, ao arrepio da prática dos últimos anos em que havia •2 Juízes em Odemira, agora há apenas um titular e um auxiliar que apenas ali trabalha alguns dias;

Que o edifício do antigo Tribunal de Odemira, ao contrário •do que estava anunciado, continua a ter apenas uma sala de audiências;

Que essa sala de audiências tem de ser partilhada entre o •Sr. Juiz do Juízo de Odemira e os Srs. Juízes dos Juízos de Santiago do Cacém, com os adiamentos de diligên-cias, de julgamentos e constrangimentos de agenda dos diversos Juízos, com repercussão relevante na vida dos cidadãos e em prejuízo destes.

Novo Modelo agrava o acesso à justiça em Odemira!

Perante este quadro, o novo modelo está longe de satisfazer as entidades e os cidadãos locais, à qual se juntam as queixas de advogados do Concelho de Odemira, e da Assembleia Municipal que aprovou por unanimidade, em 30/06/2009, uma moção que enviou ao Governo em que contestam o funcionamento do novo mapa judiciário.

A comprovar a contestação local ao novo modelo de Comarca, está a Moção Apresentada pela Mesa da Assembleia Municipal de Ode-mira e aprovada por unanimidade e aclamação, na sessão ordinária desta Assembleia Municipal, realizada no dia 30/06/2009, na qual decidiu:

“Recomendar ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Odemira que junto das entidades competentes, designadamente junto do Ministério da Justiça, desenvolva as diligências urgentes e indis-pensáveis ao restabelecimento do acesso à Justiça por parte dos cidadãos de Odemira em condições de dignidade, proximidade, e de custos justos e adaptados à sua condição económica, exigindo dos poderes públicos as medidas correctivas necessárias.”

Durante a apreciação daquela proposta foram feitas intervenções no sentido de se manter a vigilância dos membros desta Assem-bleia relativamente à execução dessa proposta;

“No caso de não serem corrigidas por quem de direito e em tempo razoável, os erros e retrocessos que o funcionamento da comarca experimental do Alentejo Litoral trouxe às populações de Odemira, a Assembleia Municipal não deixará de acompanhar os cidadãos deste concelho nas diligências que se impuserem para repor equilí-brio e equidade no acesso à Justiça por parte dos munícipes deste concelho”.

Novo Modelo merece muitas reservas do Ministério Público

Também o Procurador Geral da República tem reservas sobre o funcionamento deste novo modelo, tendo afirmado;

“Actualmente estão em actividade as três comarcas-piloto. Para que funcionassem tornou-se necessário retirar magistrados de outras comarcas…”

Pinto Monteiro afirmou ainda, que; “Faltam 40 magistrados do MP e há várias queixas dos cidadãos e com toda a razão, queixas dos advogados que não fazem julgamentos, queixas dos juízes que têm de adiar julgamentos porque não há MP e queixas dos autarcas porque os tribunais são importantes nas terras”!

Também a ANMP contesta o Novo Modelo

Para a direcção da ANMP, a proposta de revisão do mapa judiciário constitui mais um factor determinante para a desertificação de

zonas menos populosas do país”, considerando:”o que deve ser deslocado não é o povo, mas os agentes judiciais”.

Considera a ANMP que “esta organização deve privilegiar a maior proximidade no acesso aos Tribunais”.

Perante o contexto descrito e tendo em consideração as quei-xas decorrentes do período experimental da Comarca do Lito-ral Alentejano, a Câmara Municipal de Odemira, delibera: Manifestar ao Governo, aos restantes órgãos de soberania, insti-tuições ligadas à área de Justiça e aos cidadãos em geral o des-contentamento dos munícipes de Odemira relativamente ao agra-vamento das suas condições de acesso à Justiça e dificuldades de funcionamento verificadas nos diversos Juízos na área da comarca experimental do Alentejo Litoral;

Manifestar a sua frontal oposição ao modelo do novo mapa judiciário implementado de forma experimental na Comarca do Litoral Alentejano, reivindicando a rápida tomada das seguintes medidas:

A realização das diligências e dos julgamentos na a) área da família, dos menores, do trabalho e do actual Juízo de Grande Instância Cível no edifício do antigo Tribunal de Odemira, onde está actualmente ins-talado o Juízo de Odemira da Comarca do Alentejo Litoral com o objectivo de repor o funcionamento da Justiça perto dos cidadãos de Odemira e não de os afastar dela;

O aumento do número dos magistrados judiciais, do b) Ministério Público e dos funcionários no sentido de possibilitar a deslocação destes para a realização das diligências e julgamentos em Odemira no âmbito de processos pendentes nos Juízos de Sines e de San-tiago do Cacém da comarca experimental do Alentejo Litoral;

A construção da segunda sala de audiências que foi c) anunciada, mas ainda não concretizada, no edifício do antigo Tribunal de Odemira e actual Juízo de Ode-mira da Comarca do Alentejo Litoral;

A descida generalizada das custas judiciais de forma d) a permitir o acesso de todos à Justiça;

Neste contexto, e por se tratar de uma experiência piloto conside-ra-se que deve corrigir-se o que está errado no sentido de servir as populações.

Mais, proponho, que no caso de aprovação desta MOÇÃO deverá ser dado conhecimento da mesma ao público em geral, publican-do-a no Site de Internet do Município, no Boletim Municipal, em dois jornais com distribuição local e um nacional e, em particular, às seguintes entidades:

Presidente da República;•Presidente da Assembleia da República;•Primeiro Ministro;•Conselho Superior da Magistratura;•Procuradoria-Geral da República;•Bastonário da Ordem dos Advogados;•Governador Civil de Beja;•Delegação de Odemira da Ordem dos Advogados;•Ao Juiz Presidente do Tribunal da Comarca-piloto do Lito-•ral Alentejano;Assembleia Municipal de Odemira;•Comunidade Intermunicipal do Litoral Alentejano - •CIMAL;Assembleia Intermunicipal da CIMAL;•Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Al.Litoral •– AMBAAL;Assembleia Distrital de Beja.•

Odemira, 2011.02.16

O Presidente da Câmara Municipal de Odemira,

José Alberto Candeias Guerreiro, Eng.º

Esta moção foi aprovada e subscrita por todos os vereadores.

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Ângela [email protected]

Esgotos de Milfontes com tratamento a partir de 2012A obra da nova Estação de Tratamentos de Águas Residuais (ETAR) de Vila Nova de Milfontes, orçada em cerca de 2,2 milhões de euros está prestes a arrancar. Há mais de duas décadas que a população espera pelo tratamento adequado das águas residuais.

O contrato de adjudicação para a construção da nova ETAR da vila turística do concelho de Odemira, assinado no dia 17 de Fevereiro, foi um momento “simbólico”, já que representou, para o presidente da Águas Públicas do Alentejo (AgdA), Joaquim Marques Ferreira, uma passagem das “palavras aos actos”.

“Há anos que se fala do problema da ETAR de Vila Nova de Milfontes”, disse, recordando que já desde 1986 ouve falar da necessidade deste equipamento, que

vai permitir dar resposta, não só à população local, estimada de cerca de 5 mil pessoas, como ao número de visitantes durante a época balnear.Esta obra vai beneficiar a “qualidade de vida, de ambiente e de turismo”, sublinhou, salientando que a futura ETAR vai ser construída de forma a “possibilitar a sua expansão no futuro”, de acordo com as necessidades sentidas, já que “ninguém pode prever a evolução da população na região”.O presidente da Câmara de Odemira, José Alberto Guerreiro, satisfeito com o avanço do processo, destacou a importância do projecto, reconhecendo existir uma “preocupação com o problema de saneamento há muitos anos em Milfontes”. Esta é uma história que conhece bem, fez questão de dizer durante a cerimónia, que decorreu na sala de sessões da Junta de Freguesia local.

“Eu próprio que tenho vivido esta situação há mais de uma década, primeiro como vereador do Ambiente e agora como presidente da Câmara”, disse.“Recordo que Milfontes teve uma ETAR nos anos 80, que é a que funciona aqui muito próximo da localidade, que não dá o tratamento adequado”,

começou por explicar, lem-brando que nos anos 90 ainda foi feito um investimento num emissário submarino. Contudo, “por vicissitudes várias”, esse equipamento “acabou por se partir e por ficar irremediavelmente perdido cerca de três anos após a sua conclusão”. “Esse foi um processo que correu mal, agora espera-mos que corra bem”, con-cluiu.A obra, que o presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova de Milfontes, José Gabriel considera “urgentíssima”, vai também resolver um outro

“problema muito grave”. Com o tratamento adequado das águas residuais, vai ser possível a recuperação de “uma das praias mais bonitas” da localidade, destacou, que actualmente

“não pode ser frequentada, porque as descargas não são tratadas”.Tendo em conta a proximidade do meio urbano, esta nova infra-estrutura, que vai ser instalada na mesma área da que existe actualmente, a norte da localidade, junto ao mar, vai ficar dotada de sistemas de desodorização e

eliminação de cheiros, bem como de controlo de ruído.O contrato de adjudicação prevê, por isso, que, após a entrada em funcionamento da ETAR, apontada para o verão de 2012, a empresa responsável pela obra fique encarregue do seu funcionamento durante um ano, sob a forma de contrato de concessão como forma de “garantir que funciona tudo bem”, segundo explicou o presidente da AgdA. A empreitada, adjudicada às empresas OIKOS Construções S.A e à EFACEC, Engenharia e Sistemas S.A, representa um investimento de cerca de 2,2 milhões de euros (mais o valor do IVA), contando com comparticipação de fundos comunitários.

AgdA investe 227 milhões em Água

e Saneamento até 2015

A Associação de Municípios

para a Gestão da Água Pública (AMGAP), que conta com 21 câmaras municipais alentejanas associadas, criou, em conjunto com a Águas de Portugal, a sociedade anónima AgdA, para gerir uma parceria, que vai investir no abastecimento de água e saneamento cerca de 227 milhões de euros, até 2015.Para além da ETAR de Vila Nova de Milfontes, no concelho de Odemira estão também previstas a construção e remodelação de infra-estruturas semelhantes em São Luís, São Teotónio, Sabóia e Colos, bem como a remodelação de sistemas de água em “alta”, a partir da Barragem de Santa Clara.

No litoral alentejano, a AgdA tem ainda prevista a construção de uma ETAR em Alcácer do Sal e outra em Melides, no concelho de Grândola, bem como de um emissário em Santiago do Cacém.

Parque Natural próximo de ser tornar “reserva de índios”, diz autarca de OdemiraA exigência de pareceres para fazer pequenos arranjos em casa ou a limitação de criação de cabeças de gado por hectare são alguns dos pontos criticados no Plano de Ordenamento do Parque Natural do sudoeste Alentejano e da costa Vicentina pelo presidente da Câmara de Odemira.

José Alberto Guerreiro diz que algumas das imposições do documento, publicado em Diário da República a 04 de Fevereiro, se sobrepõe ao programa simplex autárquico, como é o caso das pequenas obras de conservação nas habitações.“Para pintar uma casa ou substituir uma porta ou uma janela na área do Parque Natural, é necessário comunicar previamente ao Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) e aguardar por um parecer

durante 40 dias, quando o simplex autárquico, que é uma das bandeiras grandes bandeiras políticas do PS diz exactamente o contrário”, exemplificou o autarca, em declarações ao Litoral Alentejano, à margem da assinatura dos contratos de adjudicação para construção da nova ETAR de Vila Nova de Milfontes.“O simplex não se aplica da área do Parque Natural, mas não foi que isso tivesse sido consertado com as câmaras”, asseverou, criticando a decisão “unilateral do ICNB”.

Outra medida a que o autarca se opõe, por exemplo, é a restrição da criação de gado. Segundo José Alberto Guerreiro, o Plano de Ordenamento põe em causa a rentabilidade das explorações.“Só é possível criar duas cabeças de gado por hectare”, avançou, questionando “qual é a exploração que consegue ser rentável”, com as condições impostas pelo novo Plano.O autarca defende que o documento “obriga as pessoas a abandonar” a área protegida. “Quando alguém aqui há muitos anos dizia que este parque seria uma reserva de índios, parece que começamos a ter alguma luz nesse sentido, só é pena não termos as acessibilidades necessárias para que as pessoas rapidamente possam visitar esta reserva”, ironizou.O presidente da Câmara de Odemira recordou ainda que a autarquia

apresentou mais de 40 propostas durante a revisão do Plano, das quais apenas “uma ou duas” terão sido reflectidas na versão final do documento. Defendendo que o Plano se devia restringir a questões ambientais, José Alberto Guerreiro considera que os autores da versão aprovada “usurparam” as competências do município, já que, argumenta, o Plano de Ordenamento condiciona o próprio Plano Director Municipal (PDM). O documento tem sido criticado fortemente pelos quatro autarcas dos concelhos com território no parque, Odemira, Sines, Aljezur e Vila do Bispo, que pediram mesmo já a demissão do secretário de Estado, Humberto Rosa, e da ministra do Ambiente, Dulce Pássaro.

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Março de 2011 www.jornallitoralalentejano.com08

“Costa Alentejana no Sudoeste de Portugal”Carlos Beato, depois de um ano da instalação do Pólo Regional de Turismo do Alentejo Litoral, passa em revista “O Projecto, a Estratégia e um Percurso” daquela Entidade.

Litoral Alentejano – Em termos públicos, as pessoas que se preocupam ou não com o “Pólo de Turismo do Alentejo Litoral, numa coisa estão unidas, não sentem a sua existência. Dizem que não tem havido uma presença de força na orientação dessa Entidade Regional. Perante a dúvida que o desconhecimento levanta, pergunto-lhe: a um ano da sua existência é possível fazer um balanço do trabalho realizado?

Carlos Beato – Presidente da Entidade Regional do Alentejo Litoral – Sim. Passado cerca de um ano do facto de ter havido a criação deste Pólo - da Entidade Regional de Turismo Alen-tejo Litoral -, não só se pode fazer um balanço, como é desejável que se faça. O Povo diz na sua sabedo-ria grande, que “É impor-tante começar-se bem” e, também diz o que é que acontece com as “cadelas quando são apressadas”. Portanto, nós queremos começar bem. Deixe que lhe diga o seguinte, num território que é especial, que tem uma capa-cidade, qualidade e uma his-tória, que nós, responsáveis pelo turismo, por um lado e, por outro lado, também responsáveis autárquicos, aquilo que fazemos, temos que saber fazer bem feito, porque senão é melhor estar quieto e, então, para aqueles que acham que já se deveria ter feito uma série de coisas e, outros que até acham que o Pólo do Turismo Alentejo Litoral (tal como outros Pólos), não vem adiantar vantagem competitiva ao Território, eu devo dizer que não estou nada de acordo com essas observações e com essas abordagens. Temos um passado, relativa-mente ao turismo na nossa costa, que não é de boa memória. A então Região de Turismo da Costa Azul nunca foi uma boa mãe para os concelhos do Sul do Distrito. Foi mais madrasta que mãe. Por esse facto, passamos anos e anos, em que nos sentimos parentes pobres de um projecto e de uma estratégia, por isso, agora que temos a oportu-

nidade de começar de novo algo que reputamos de importante para a afirmação e para a valorização do Ter-ritório do Alentejo Litoral, é nossa opinião, que o deve-mos fazer com todo o rigor, organização, planeamento e, com todo o envolvimento dos diversos actores.

Passou um ano.O ano das

dificuldades.Instalação,

Organizaçãoe Planeamento

Passou um ano, mas sabe-mos que ano é que passou.

Foi o ano das dificuldades. O ano das crises. O ano em que houve o arrefecimento da economia, enfim, um ano em que os problemas foram se agudizando, mas, mesmo assim, e apenas nesse ano, o Turismo do Litoral Alente-jano e a sua Entidade Regio-nal o que é que já fizeram?- Primeira fase: Trataram de se instalar, de se localizar de uma maneira que fosse considerada funcional e ape-lativa. Temos hoje a nossa sede instalada em Grândola, no Bairro de S. João, no mesmo edifício aonde está a “Agên-cia de Promoção Turística do Alentejo”. Isso é bom

para a imagem pública do turismo da nossa Região, é bom para as pessoas e para as entidades que precisam de contactar com os diversos responsáveis pelo turismo e, também, é bom porque, as duas Entidades próximas, é algo que pode ser sempre um valor acrescentado nos contactos e nas sinergias.Temos dado prioridade à Instalação, à Organização e ao Planeamento. Esta fase está concluída e bem. Em tudo isto tentando sermos rigorosos na gestão dos fundos porque, gastar e fazer escolhas sem olhar ao preço, não é coisa que contem com esta Equipa do Turismo do Alentejo Litoral. Ou seja, é bom que se consiga fazer actividades, mas equili-brando o custo/benefício dessas mesmas actividades. Não é como muitas vezes se diz: “Não é estarmos senta-dos à Mesa do Orçamento”. Não. Nós próprios também temos que criar dinâmicas, para que – desse ponto de vista – também possamos

ser notados como exemplo.

Hoje já posso dizer:temos uma “Marca”

- Segunda fase: Depois, definimos três acções estra-tégicas, essenciais, para a nossa Entidade Regional de Turismo do Alentejo Litoral. Uma, a Estraté-gia de “Comunicação e Markting”, tendo em vista, como lhe disse, afirmar e valorizar um Território, que queremos e que pensamos, tem condições para ser um novo destino turístico de excelência e é isso que pode fazer a diferença de quem

procura um destino. Para isso, nós temos que ter uma estratégia de comunicação e de marketing para o Alen-tejo Litoral, tendo em vista atingir estes objectivos.

“A ‘Marca’ tem a vercom áreas

emocionais”

Hoje posso dizer-lhe, em pri-meira mão, que já temos uma “Marca”. A nossa Marca vai ser: “Costa Alentejana no Sudoeste de Portugal”, porque também na criação de uma marca e na visibili-dade daquilo que deve ser a nossa identificação para uma melhor comunicação, como sabe, fizemos vários estudos, portanto, já decidi-mos. A Marca está pronta, é lindíssima, “agressiva” em termos de marketing e foi apresentada na “Bolsa de Turismo de Lisboa”, que decorreu no final do mês.

Litoral Alentejano – Se me permite, deixe que lhe diga

o seguinte: Recolhi uma frase das explicações dadas durante a reunião de San-tiago do Cacém do “Pólo de Turismo do Litoral Alente-jano” sobre a criação da “Marca”, em que foi refe-rido que: “A Marca tinha que ter também a ver com áreas emocionais”. O que me pode dizer sobre esse tão especial pormenor?- Justamente, áreas emo-cionais. Afectos. Tem que haver esse apelo. Essa liga-ção. Recapitulando, temos a “Marca” escolhida, que vai ser a nossa imagem (de Marca e de Força): “Costa Alentejana no Sudoeste de Portugal”. Depois, com a

estratégia de comunicação e de afirmação do nosso Ter-ritório, pretendemos – nas épocas altas – termos uma oferta de qualidade – como lhe disse – inovadora e diferenciadora, mas temos uma preocupação estraté-gica deste ano de estudo e de reflexão. Vamos apostar – muitíssimo na captação de turismo e de turistas na época baixa, que é onde se equilibra a sazonalidade.

Um percurso“Com Cabeça,

Troncoe Membros”.

Litoral Alentejano – Na época baixa – entretanto - também entra o Golfe. - Entra o Golfe, como é óbvio. Entram também os eventos, os congressos, o turismo náutico, os cavalos. Veja-se o seguinte: hoje está um magnífico dia de Sol e estamos em Fevereiro, temos que apostar nos produtos que acabo de lhe enumerar, aliás, temos condições exce-lentes, desde a gastronomia, que é algo que as pessoas, nacionais ou estrangeiras quando nos visitam, ficam cativadas; ficam presas a estas nossas potencialidades e ofertas mas, dentro desta nossa estratégia e destes nossos produtos, queremos - quanto à época baixa – dar uma especial atenção a um público e a um turista alvo, que é o turista do Norte da Europa.

Como lhe disse, dos três pilares de actuação, temos uma segunda opção, (é a pri-meira vez que isto se faz em Portugal) a elaboração de um “Plano Sectorial para o Turismo do Litoral Alente-jano”, tendo em vista ajudar a consolidar o Território e o destino. Para isso temos que ter um olhar muito forte e apelativo, - com muito afecto, com muito senti-mento - uma ideia para a elaboração de um Plano, como é óbvio, com muita qualidade porque, ninguém corre hoje atrás de ofertas - e, ainda bem - que não sejam amigas do Ambiente. O Ambiente também é um

factor diferenciador da nossa oferta turística e, isso - acre-dito - que vai dar frutos nesta nossa estratégia de acção.

A criação de um Portal

Finalmente, decidimos construir um Portal porque, hoje em dia, como o próprio nome indica, quem não tem um Portal digno desse nome, não vai longe. Esse Portal destina-se, fundamental-mente a três coisas: a dar a conhecer a nossa região. A promover o nosso destino que queremos que seja de qualidade e de excelên-cia e, a apoiar os diversos actores - as gentes, que são parte deste “negócio”- que é a actividade turística. Essas pessoas também precisam de ser ajudadas. É natural que sintam um apoio, mas um apoio de qualidade e não “mais do mesmo” porque para “mais do mesmo” não contem com o Turismo do Alentejo Litoral porque nós pensamos que não é essa a melhor forma de ajudar as oportunidades de Emprego, de Negócio e de Qualidade de Vida que esta Terra e esta Região têm.Pensamos que o Portal esteja pronto até ao final deste tri-mestre. Será uma ferramenta essencial para quem precise de lidar com este sector de actividade, mas também para quem estando longe, queira fazer as suas escolhas e queira saber mais sobre as ofertas existentes.

Como vê, este também é um percurso. Um percurso que – como diz o povo, e é também como queremos que seja, um Percurso “Com Cabeça, Tronco e Mem-bros”. Um percurso que não tenha só uma grande cabeça, Não tenha só membros, nem tenha só corpo”. Não. É um Projecto. Uma Estratégia e um Percurso que queremos percorrer com “Cabeça, Tronco e Membros”.Felizmente, até ao final deste ano, pensamos que as gran-des questões estarão resolvi-das e bem resolvidas.- O que é que nós temos feito à parte deste exigente tempo de instalação, planeamento

Aliette [email protected]

A “Marca” está escolhida. Está pronta, é lindíssima, “agressiva” em termos de marketing e foi apresentada na “Bolsa de Turismo de Lisboa”, que decorreu no final do mês.

Page 9: Jornal Litoral Alentejano 2011 Março

Ano II • n.º 29•

DirectoraAliette Martins

Director-adjuntoMarcos Leonardo

EditorJoaquim Bernardo

1 de Março/11

Revista a Cores

Formato: A4 (210x297)Edição: 1 de SetembroReserve já o seu espaço

919 877 399

10anos

que mudarama Região

Melides recebe o Vasco da Gama nas meias-finais

Futebol - Taça do Distrito de Setúbal

Vasco da Gama empatou e perdeu o primeiro lugar

Futebol - Distrital de Setúbal da 1ª Divisão

Sines recebe Selecção de hóquei subaquático

Dias 5 e 6 de Março

Odemira recebe passeio de BTT

Dia 13 de Março

Vasco da Gama de Sines e Juventude Melidense conseguiram o apuramento para as meias-finais da Taça do Distrito de Setúbal, e vão agora defrontar-se no dia 6 de Março, em Melides.Nos jogos dos quartos de final, o Vasco da Gama de Sines recebeu o Quintajense da 2ª divisão, e venceu por 4-0, com dois golos de Idy, um de Mikó e outro de Dico. João Direito, treinador do Vasco da Gama “destacou a atitude da sua equipa” nesta partida frente ao Quintajense.Em Melides, o Juventude Melidense recebeu o Zambujalense e venceu por 1-0, golo apontado por Zeca na segunda parte. Uma partida onde depois de uma primeira parte equilibrada, na segunda metade a equipa de Melides foi superior e justificou a vitória.O Grandolense jogou no Monte da Caparica e perdeu por 2-0. Uma partida onde a equipa grandolense esteve longe do seu melhor, acabando por ser eliminada da taça

frente a uma equipa da 2ª divisão. Na outra partida, o Paio Pires recebeu o Barreirense e venceu por 1-0. Nas meias-finais, dia 6 de Março, as 14 horas e 30 minutos, vão jogar:

Melides – Vasco da Gama e Paio Pires – Monte da Caparica. O Vasco da Gama é a única equipa da 1ª divisão, as restantes três disputam a 2ª divisão distrital.

A Piscina Municipal de Sines Carlos Manafaia recebe, entre 5 e 6 de Março de 2011, um estágio da selecção nacional masculina de hóquei subaquático.O estágio em Sines serve de preparação para o Campeonato do Mundo da modalidade, a disputar em Portugal entre 16 e 27 de Agosto de 2011. Esta é a segunda vez que a Piscina Municipal de Sines Carlos Manafaia recebe os melhores praticantes nacionais de hóquei subaquático, depois de, em 2009, ter sido palco de uma etapa do campeonato nacional da modalidade.

Pelo sexto ano consecutivo o Clube BTT Odemira vai realizar no dia 13 de Março, o Passeio denominado “A Caminho da Primavera”. Após as cinco organizações de sucesso dos anos transactos, o Clube BTT pretende continuar a proporcionar a todos os participantes um dia de diversão e de boa disposição, ao terem a possibilidade de desfrutar dos mais belos trilhos do concelho de Odemira. Este ano existirão dois percursos, um com 25 Kms e outro com 50 Kms que percorrerão as freguesias de Salvador, Santa Maria e de S.Luis, onde os participantes terão acesso a circular em zonas de beleza natural rara e quase intacta, por entre montes, vales e ribeiras.Este ano a organização limitou as inscrições a 500 participantes, de forma a poder proporcionar a todos os participantes as melhores condições e por outro lado com o intuito de preservação dos trilhos.

Ao empatar a zero em casa frente ao 1º Maio Sarilhense, o Vasco da Gama de Sines perdeu o primeiro lugar do Campeonato Distrital de Setúbal da 1ª divisão, para o Montijo que venceu o Desportivo de Portugal por 1-0. O Grandolense recebeu o Almada e empatou a dois golos. O União de Santiago recebeu o Comércio e Industria e empatou a zero. Após a realização da 17ª jornada, o Montijo é líder com 39 pontos. Na segunda posição está o Vasco da Gama com 37. O Grandolense divide o 3º lugar com o Alfarim, ambos tem 30 pontos. 5º 1º Maio Sarilhense,29; 6º Barreirense,28; 7º C. Industria,27; 8º Zambujalense,26; 9º Palmelense,24; 10º Trafaria,22; 11º BM Almada,21; 12º Amora,15; 13º Almada e Desportivo de Portugal,14; 15º Maritimo Rosarense,10 e 16º

União de Santiago, 8 pontos. No dia 13 de Março, vão jogar: União de Santiago – Almada; Grandolense

– Alfarim e Vasco da Gama – Desportivo de Portugal.

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Março de 2011 www.jornallitoralalentejano.com10

Líder do ranking mundial de saltos de obstáculos procura título na Comporta

5ª Edição do Atlantic Tour decorre até 20 de Março

Os melhores cavaleiros do mundo regressam à Herdade da Comporta, para disputar o Atlantic Tour, a maior prova equestre de Portugal e uma das mais importantes do calendário internacional, até 20 de Março. Kevin Staut, actual líder do ranking mundial de saltos de obstáculos, é um dos principais nomes da modalidade presentes na Comporta. O antigo campeão europeu regressa ao Atlantic Tour um ano depois e é um dos favoritos à vitória. Ao longo de um mês, os viveiros de relva da Herdade da Comporta dão lugar a uma “cidade equestre”, com uma área equivalente a dez campos de futebol, onde estarão em competição mais de 200 cavaleiros e 450 cavalos, representando países como França, Reino Unido, Irlanda, Rússia, Ucrânia, Bélgica, Holanda, Marrocos ou Suíça, num total de 20 países. Em disputa está um prize-money total superior a 365 mil euros e oito provas pontuáveis para o ranking mundial. Esta é uma prova que procura também projectar jovens talentos da modalidade. Os cavaleiros melhor classificados dos escalões “Children”, “Júnior” e “Jovem Cavaleiro” garantem qualificação para o Campeonato da Europa da Juventude de Saltos de Obstáculos, que se disputará também na “cidade equestre” da Comporta, de 4 a 10 de Julho. Entre os cavaleiros que já confirmaram presença no Atlantic Tour 2011 encontram-se nomes importantes da modalidade, como Pénélope Leprevost

(França), vencedora do Grande Prémio Atlantic Tour 2009, Olivier Guillon, vencedor do Grande Prémio do Atlantic Tour 2010, Taizo Sugitani (Japão), Trevor Breen (Irlanda) e Sean Breen (Irlanda). Martina Hingis, antiga número um mundial de ténis, é outro dos nomes conhecidos do grande público que estará na Comporta, competindo ao longo de todo o mês de provas. Também os melhores cavaleiros portugueses disputam o título, com destaque para Luís Sabino Gonçalves, Francisco Rocha, António Vozone e João Chuva. O calendário do Atlantic Tour 2011 é composto por quatro semanas de provas de salto de obstáculos, com início a 22 de Fevereiro e fim a 20 de Março, dia em que se

realiza o Grande Prémio CSI4*, com um prize-money total de 187.500 mil euros. À semelhança das últimas edições, o Atlantic Tour tem uma prova exclusivamente feminina, denominada “GPA Ladies of the Year”, na qual as melhores cavaleiras europeias disputam o título. Pela duração - 40 dias - e pelo número de provas - oito das quais a contar para o ranking mundial da FEI (Fédération Equestre Internationale), provas para cavalos jovens e outras destinadas a juniores e cavaleiros jovens -, o Atlantic Tour é um evento equestre de características únicas no panorama nacional e europeu. Desde o lançamento deste evento, em 2007, a Herdade da Comporta já recebeu mais de 1.000 cavaleiros e 2.250 cavalos, que escolhem

a região para iniciar a preparação da sua época competitiva no Alentejo Litoral, beneficiando de um clima ameno e uma “cidade equestre” que reúne todas as condições para a prática da modalidade.O hipismo assume-se cada vez mais como uma aposta da Herdade da Comporta para a promoção e dinamização turística do Alentejo Litoral. Para além do Atlantic Tour, a Herdade da Comporta vai receber mais provas equestres ao longo deste ano, com destaque para a “Portugal Nations Cup”, de 1 a 3 de Abril, uma prova de resistência equestre disputada num percurso de 160 quilómetros, e o Campeonato da Europa da Juventude de Saltos de Obstáculos, de 4 a 10 de Julho.

Maria Marques participou no 2º Estágio da Selecção Nacional

De 17 a 20 de Fevereiro em Rio Maior

A nadadora do CNLA, Ma-ria Marques participou no 2º Estágio de Preparação Glo-bal da Selecção Nacional de Águas Abertas, que decorreu no Centro de Estágios de Rio Maior entre os dias 17 e 20 de Fevereiro. Esta foi a segunda chamada consecutiva da Sé-nior do CNLA para os traba-lhos da Selecção Nacional de AA, depois do primeiro está-gio realizado em Dezembro. Maria Marques continua a merecer a confiança do Se-leccionador Nacional e volta assim a ser uma das apenas

nove atletas do sector femini-no que foram chamadas. Mas as boas notícias para o CNLA não se ficaram por aqui. O técnico Ricardo Clemente foi um dos quatro treinadores convidados para integrar a equipa técnica da FPN que conduziu o estágio, registando a sua primeira chamada à Selecção Nacional enquanto técnico principal do clube, vendo também ele reconhecido o bom trabalho que tem vindo a desenvolver nestes primeiros quatro me-ses aos comandos da equipa.

Dinis Silva foi reeleito presidente do JAC

No Juventude Atlético Clube

A. F. Setúbal castigou o Melides com derrota e multa de 150 euros

No jogo frente ao Est. Santo André

O professor Dinis Silva foi reeleito no dia 11 de Fevereiro, presidente da Direcção do Juventude Atlético Clube de Santiago do Cacém, para um mandato de mais dois anos, até Fevereiro de 2013.Para a Assembleia Geral, foram eleitos, Ferrer de Carvalho (Presidente), Luís Gonçalves (Vice-Presidente) e João Lourenço (Secretário). Para o Conselho Fiscal, José Daniel Alves (Presidente), José Cavalinhos (Relator) e David Carpinteiro (Relator).Para a Direcção, Dinis Silva (Presidente), Nuno Braz (Secretário Geral), Leonel Mestre (Secretário Adjunto), João Lourenço (Tesoureiro) e Luís Graça, Bernardino Silva e Albertino Pacheco

(Vogais). Foram ainda eleitos, Fernando Pinheiro (Assessor da Direcção) e José Sousa, Luís Pinela (Directores Auxiliares).

A Associação de Futebol de Setúbal puniu o Juventude Melidense com a pena de derrota por 3-0, no jogo que não terminou frente ao Estrela de Santo André, a contar para o Campeonato Distrital de Setúbal da 2ª Divisão.Recordamos que o árbitro deu o jogo por terminado aos 25 minutos da segunda parte por alegada agressão a

O Hóquei Clube Vasco da Gama vai receber em Sines, dia 12 de Março, a Biblioteca de Valade de Frades, jogo da 4ª eliminatória da Taça de Portugal. Depois de

eliminar o Hóquei Clube de Grândola, a equipa sineense volta a jogar em casa frente a um adversário acessível, podendo manter o sonho de continuar na prova.

Hóquei Clube Vasco da Gama recebe a Biblioteca

Taça de Portugal - 4ª Eliminatória

um dos árbitros auxiliares, o Melides vencia na altura por 3-1. Agora a Associação deu como provada a agressão e castigou o Juventude Melidense com a derrota por 3-0, ainda uma multa e a interdição do Campo do Castelo por um jogo, que já cumpriu no dia 27 de Fevereiro, o jogo frente ao Quintajense decorreu em Grândola.

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Março de 2011www.jornallitoralalentejano.com 11

Hóquei Clube de Santiago recebeu e venceu o Boliqueime por 6-2

Hóquei- Campeonato Nacional da 3ª divisão - Zona Sul

Vale Figueira e Aldeia dos Chãos comandam os grupos

Futebol - Taça do Inatel do Distrito de Setúbal

Grande Prémio de Ciclismo do Crédito Agrícola de 25 a 27 de Março

Ciclismo -Nas estradas do Distrito de Setúbal

No futebol do Inatel, Vale Figueira está em destaque na segunda-fase, enquanto o Aldeia dos Chãos se destaca na Taça Reconhecimento.Resultados da 2ª fase – Grupo A – 4ª Jornada: Valdera- 2 Juventude Carvalhal- 0; Vale Milhaços- 2 Forninho FC- 2 e Sport Clube Sado- 0 Bairro Olival - 0. Estes resultados não alteraram a classificação que se verificava á entrada para esta jornada, e assim, o Valdera comanda invicto com 12 pontos, seguido do Forninho com 7 pontos. O Sport do Sado manteve o 3º lugar, agora com 5 pontos enquanto Vale Milhaços e Bairro do Olival ocupam os 4º e 5º lugares com 4 pontos. Juventude Carvalhal fecha a tabela com 1 ponto. No Grupo B - Casa Povo de Corroios- 1 Azul Ouro- 2; Terras da Costa- 2 Àguias Negras- 2 e Vale Figueira- 3 Lagoa da Palha- 1. Lidera

Vale Figueira com 12 pontos, seguido agora pelo Azul Ouro com 7 pontos e da Casa Povo de Corroios e Lagoa da Palha, ambos com 6 pontos. Àguias Negras manteve o 5º lugar agora com 2 pontos e o Terras

da Costa continua último com 1 ponto. Na Taça Reconhecimento, resultados da 4ª Jornada: Banheirense- 2 Passil- 1 e Aldeia de Chãos- 4 Leal Soneguense- 0. Lidera Aldeia de Chãos com 7 pontos, os mesmos que o

Banheirense que entretanto já cumpriu toda a 1ª Volta, folgando assim na próxima ronda. Leal Soneguense é 3º com 6 pontos, enquanto Rio Frio é 4º com 3 pontos e o Passil é último com zero pontos.

O Hóquei Clube Vasco da Gama ao vencer o Estremoz por 12-1, continua a três pontos do líder, Sporting. Um jogo de sentido único, onde a equipa sineense dominou toda a partida, justificando plenamente os três pontos. O Hóquei Clube de Santiago do Cacém recebeu o Boliqueime e venceu por 6-2, uma partida bem conseguida, onde a equipa santiaguense voltou a mostrar melhorias no seu hóquei e acabou por justificar a vitória. O Hóquei Clube de Grândola recebeu o Juventude Azeitonense e venceu por 8-2, uma vitoria natural da melhor equipa. O líder Sporting, jogou no Barreiro onde venceu o Fabril do 8-2. Após a 18ª Jornada, o Sporting continua na frente com 48 pontos. O HC Vasco da Gama ocupa

o 2º lugar, com 45. O HCP Grândola continua na 3ª posição, agora com 43 pontos. Segue-se em 4º o Beja

com 24, 5º Azeitonense,23; 6º Estremoz,22; 7º Salesiana,19; 8º Castrense e Aljustrelense,19;

10ºBoliqueime,16; 11º Armada Verde, HC Santiago,14; 13º Fabril do Barreiro,10 pontos.

Embora ainda não tenham sido divulgadas as etapas, neste momento já está con-firmado que a edição deste ano do Grande Prémio de Ciclismo da Caixa de Cré-dito Agrícola da Costa Azul,

vai decorrer nos dias 25, 26 e 27 de Março. Tal como aconteceu no ano passado as etapas devem decorrer nos concelhos de Sines, Santia-go do Cacém e Grândola.

Faleceu José Arnaldo umas das grandes

referências do futebol

Na Cidade de Sines

GD São Francisco terminou no 30º lugar

Atletismo na Costa da Caparica

Faleceu na última semana em Sines, com 70 anos, José Arnaldo, um dos grandes nomes do futebol sineense. Destacou-se como futebolista e mais tarde como treinador tanto de seniores como das camadas jovens do Vasco da Gama de Sines. Fica ligado a muitas páginas da vida do clube sineense, o ponto mais alto vai para o facto de ter sido o treinador principal

do Vasco da Gama que em 1989 eliminou o Vitoria de Guimarães da Taça de Portugal. José Arnaldo é considerado por todos “um grande homem e um grande amigo”. Nos últimos anos José Arnaldo estava ligado à equipa de veteranos do Vasco da Gama de Sines. O funeral realizou-se no Cemitério de Sines, no dia 24 de Fevereiro de 2011.

O GD São Francisco da Ser-ra esteve no dia 13 de Fe-vereiro a participar no 12º Grande Prémio de Atletismo do Atlântico. Prova de 10 mil metros que decorreu na Costa da Caparica.O vencedor desta corrida, a nível individual, foi Michel Anderson com o tempo de 32 minutos e 40 segundos em representação da equipa da Academia Korpo. Colec-tivamente venceu o C. R. D. Arrudense, o G. D. Fran-cisco da Serra classificou-se no 30º lugar, entre as 80

equipas que pontuaram. O total de atletas que com-pletaram a corrida foi de 1319 e os atletas do São Francisco alcançaram as se-guintes classificações: 58º Paulo Chaínho (6º M45); 156ºJosé Espadilha (21º M45); 367ºFernando Sobral (37º M50); 470ºAntónio Si-mões (61º M45); 471ºRui Candeias (194º Sénior); 472ºRichardson Ferreira (195º Sénior); 473ºLuís Gonçalves (196º Sénior) e 474ºLuís Pereira (87º M40).

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Natação - 16º Meeting Internacional do Estoril

Paulo Janeiro foi segundo nos 100 metros

CN Litoral Alentejano presente em oito finais

Natação - Meeting Internacional de Lisboa

A Piscina de Alapraia recebeu, nos dias 12 e 13 de Fevereiro, a 16ª edição do tradicional Meeting Internacional do Estoril, competição que reuniu atletas entre os escalões de Infantis e Juniores e que contou com cinco nadadores do CNLA: Débora Patrocínio, Inês Borba, Gil Gonçalves, Jorge Telo e Paulo Janeiro.O elemento em maior destaque da delegação do CNLA foi Paulo Janeiro, que conquistou o 2º lugar na Final dos 100 Livres (53.60) e foi ainda 4º classificado na Final dos 100 Costas (1:00,95), ambas as marcas novos máximos pessoais. Também em bom plano na

competição estiveram Inês Borba - 4º lugar na Final dos 100 Livres (1:03,99) e 11ª nas eliminatórias dos 100 Mariposa (1:15,65), também ela com novos máximos pessoais; Débora Patrocínio - 5ª na Final dos 100 Bruços (1:21,02) e 14ª

O Complexo Olímpico do Jamor recebeu, nos dias 19 e 20 de Fevereiro, a 3ª edição do Meeting Internacional de Lisboa. Esta foi a primeira competição em piscina de 50 metros na presente época para o CNLA, que se apresentou com cinco nadadores em competição: Débora Patrocínio, Inês Borba, Jorge Telo, Paulo Janeiro e Rogério Tavares. Destaque para as oito Finais obtidas pelos atletas do clube (duas Finais-A e seis

Finais-B), com Paulo Janeiro a ser o maior “cliente” neste domínio: 4º na Final-A dos 200 Livres (2:01,09); 7º na Final-A/série rápida dos 1500 Livres (17:32,72); 1º na Final-B dos 100 Livres (54.71); 2º na Final-B dos 400 Livres (4:18,30) e outra vez 2º na Final-B dos 50 Costas (29.58). Também em evidência com presenças nas Finais estiveram Rogério Tavares - 2º na Final-B dos 50 Livres (25.87); Jorge Telo - 6º na Final-B dos 400 Livres (4:38,82); e Débora

nas eliminatórias dos 200 Estilos (2:42,76); Jorge Telo - 14º nas eliminatórias dos 100 Costas (1:06,68 - novo máximo pessoal); e Gil Gonçalves - 16º nas eliminatórias dos 100 Mariposa (1:09,53).

Patrocínio - 6ª na Final-B dos 100 Bruços (1:23,66). Nota de realce ainda para o facto de todos os atletas terem apresentado melhorias nas suas marcas. Neste capítulo, Débora Patrocínio foi a mais produtiva com dois novos máximos pessoais, (100 e 200 Bruços), com Inês Borba (50 Livres), Jorge Telo (400 Livres), Paulo Janeiro (50 Costas) e Rogério Tavares (50 Livres) a registarem todos uma nova melhor marca pessoal.

O Despertar de Beja ganhou e o Castrense, porque empatou, foi ultrapassado pelo Serpa no segundo lugar, na Iª Divisão da Associação de Futebol de Beja. Com estes resultados, a equipa bejense aumentou para 11 pontos a sua liderança confortável. Após 16 jornadas, o Despertar de Beja tem 14 vitórias e dois empates.

Resultados: Vasco da Gama da Vidigueira, 0 – Despertar de Beja, 1; Serpa 5, - Panóias, 0; Castrense, 0 – Aldenovense, 0; Almodôvar, 5 – São Marcos, 2; Ferreirense, 0 Piense, 0; Milfontes, 2 – Bairro da Conceição, 1; e Desportivo de Beja, 0 – Rosairense, 5. Classificação: 1º Despertar de Beja 44 pontos, 2º

Clube Praia de Milfontes regressou ás vitórias

Futebol - Campeonato Distrital de Beja da 1ª divisão

Serpa 33, 3º Castrense 32, 4º Rosairense 31, 5ºs Vidigueira e Almodôvar 26, 7º Aldenovense 25, 8º Ferreirense 23, 9º Milfontes 20, 10º São Marcos 18, 11º Desportivo de Beja 16, 12º Panóias 14, 13º Bairro da Conceição 9 e 14º Piense 4 pontos. No dia 6 de Março, o Milfontes joga em Panoias e dia 13, recebe o Piense.

A Piscina Municipal de Sines, vai receber de 11 a 13 de Março, o Torneio Zonal de Natação do Sul. Prova onde vão participar cerca de 300 atletas em representação dos clubes do Sul do país.

Natação - De 11 a 13 de Março em Sines

Torneio Zonal do Sul na piscina de Sines

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Março de 2011www.jornallitoralalentejano.com 13

e, organização?- Temos também seleccio-nado iniciativas diferencia-doras de que é exemplo a que assinalou o “Ano Interna-cional da Biodiversidade”. Iniciativa que deu origem a uma Conferência em Tróia – no Centro de Congressos, Tróia Resort”, em que esti-veram presente seiscentas pessoas e, em que, sobre o tema: “Turismo, Ambiente e Biodiversidade”, reuni-mos lá, empresários, aca-démicos, alunos, ambienta-listas, diversos agentes da área cultural, social e des-portiva, estiveram em Tróia os órgãos de comunicação social e as televisões e as maiores figuras deste sector da economia e do Turismo de Portugal, tendo sido res-ponsáveis pela defesa dos painéis apresentados.

Esta Conferência foi uma acção muito conseguida e uma homenagem que qui-semos fazer ao Ambiente em que, por lado, permitiu-nos recolhermos contributos porque, não somos daque-les que pensamos que não temos dúvidas e que nunca nos enganamos. Não. Temos dúvidas. Também nos enga-namos, mas queremos fazer o melhor que possa ser feito para nossa Região e, para isso, precisamos do contri-buto de todos. Nisto tudo, como é óbvio, em cadeia, a estratégia que definimos para a “Ryder Cup”, o terceiro evento mundial depois do Campe-onato do Mundo de Fute-bol e dos Jogos Olímpicos, foi uma aposta ganha em Portugal. O Litoral Alente-jano, através da Comporta, é a candidatura portuguesa no ranking internacional e,

posso dizer-lhe que valeu a pena este envolvimento. Valeu a pena a dinâmica criada para o efeito. É um evento que vai gerar milhões e, vai ser visto também por milhões. Pensamos que é um evento - a ser decidido a favor de Portugal – será uma boa decisão a ser tomada e também uma boa decisão para o próprio Golfe, deci-são essa que vai ser tomada em Londres no próximo mês Maio. Neste momento, os nossos principais concor-rentes são a França e a Ale-manha e, embora saibamos o que valem a França e a Ale-manha, Portugal, em vários momentos, já deu provas ao mundo, por isso, espero que o Litoral Alentejano possa também dar uma grande ale-gria, em Maio, a Portugal.

Eventos quedecidimos apoiar

Dizer-lhe ainda quais os eventos que decidimos apoiar este ano, em cola-boração com o “Turismo de Portugal”, o: “Atlantic Tour (o evento equestre na Comporta), “Festival Músi-cas no Mundo” - Sines, “Festival Internacional de Teatro” - Santo André e, vamos apoiar o “Festival de Música Sacra: Terras Sem Sombra” que até vai para além do nosso Alentejo Litoral. Depois destes apoios ainda iremos apresentar mais dois eventos, (que virão a ser escrutinados), um de Ode-mira e outro de Grândola. Eventos esses que serão alvo de uma candidatura.

Litoral Alentejano – Sabe-

mos que o Pólo de Turismo do Litoral Alentejano é a única Entidade Nacional que tem gestão público/privada, que vantagem advém dessa “aliança”?- No País todas as entidades que estão a gerir as Entida-des Regionais de Turismo, são pessoas afectas a Enti-dades Públicas. Nós, na nossa zona, considerámos que seria bom incorporar-mos na gestão deste impor-tante negócio, que é o do turismo para a nossa Região e, também incorporarmos, uma visão do privado, dos agentes empresariais. É por isso, que na nossa Direcção temos dois elementos que são autarcas e, temos dois elementos que são empresá-rios. Depois, temos um ter-ceiro, que funciona como o nosso Director-Geral Execu-

tivo, que é o único que está a tempo inteiro e também é o único que é remunerado.Pensamos que esta parceria público/privada pode nos dar uma outra visão e também pode melhorar aquilo que é o que nos temos para pre-parar, organizar, oferecer e para competir.Eu acredito que, quando os olhares são mais diversifica-dos, talvez alcancem hori-zontes mais longínquos.

“Conhecer para Promover”

Litoral Alentejano – Quando diz que o modelo de turismo para o Litoral Alentejano vai também de encontro às linhas fortes do Turismo do Alentejo, qual é a Razão e Conteúdo desse modelo.

- Deixe dizer-lhe ainda que, à parte da conferên-cia “Turismo, Ambiente e Biodiversidade”, pusemos também em prática um programa que se chama: “Conhecer para Promo-ver”. Ou seja, fomos a todos os Concelhos reunir com empresários, autarcas e com técnicos ligados ao sector do turismo.

“Não é às vezesquem deita mais

foguetesquem melhorajuda à festa”

Litoral Alentejano - “Conhecer para Promo-ver” porquê? - Porque quem não conhece não aconselha. Se as pes-

soas conhecerem o que é, por exemplo, Milfontes, as Ruínas de Miróbriga, o que é o Lousal, Porto Covo, etc., como as levamos lá, a expensas do turismo, as pessoas ficaram encanta-das, mais próximas de nós e, mais parceiras e envolvi-das da nossa Estratégia e do nosso Projecto.Este Programa – “Conhecer para Promover”, vai ter-minar em Grândola. Espero e desejo que acabe como acabou nos outros sítios onde estivemos porque, feli-citaram-nos muito pela ini-ciativa e, isso, como se vê, “não é às vezes quem deita mais foguetes que melhor ajuda à festa”. O que quere-mos é trabalhar com sentido e com uma sensibilidade que possa, ela própria, ser um sinal do que queremos para este Território e para este destino.

Relações com o“Turismo do

Alentejo”

Quanto ao que me perguntou relativamente ao Turismo do Alentejo, devo dizer-lhe que temos as melhores relações com o “Turismo do Alen-tejo” e, m minha opinião, não podia ser de outra forma, aliás, queremos também ter as melhores relações com a “Agência de Promoção Turística”, porque – ao fim e ao cabo – não podia ser de uma outra forma porque, as pessoas quando olham para a nossa Região, às vezes, têm dificuldade em pensar no Território Alentejano inteiro e, depois, nos vários Alentejos e isso, não é bom

para afirmar esta nossa cobi-çada Região do Alentejo. Por isso, naturalmente que tudo que pudermos fazer em conjunto para reforçar o todo, fazemo-lo e isso tem acontecido. Ainda agora vamos estar juntos na Bolsa de Turismo de Lisboa. Vai

haver um Pavilhão para esse efeito. Nesse sentido, já demos um passo desde o ano passado, em que cada um teve o seu stand. Assim sendo, dentro do Pavilhão deste ano, haverá uma imagem forte, que é a do Alentejo, feito por sob-imagens mais específicas do que é o Alqueva e da que é a nossa frente Atlântica e o nosso Litoral. Tudo isto, pode e deve, com o relacionamento que temos tido com as preocupações de entendimento e com os esforços até, de muitas vezes, racionalizar os custos porque, cada vez mais, o mesmo dinheiro não chega para estar a repetir iniciati-vas, temos. que falar. Temos que ver o que é que é impor-tante e aconselhável do que cada um possa fazer de “per si”, mas também o que é que acrescenta e valoriza mais, se for feito em conjunto. E, isso, felizmente tem sido possível.Nesta abordagem gostava de deixar aqui uma palavra de muito apreço para os meus colegas, em especial, para o Presidente Ceia da Silva e para o Presidente Vítor Silva, da Promoção porque, ele e as suas equipas têm sido os parceiros que nos têm ajudado a chegarmos melhor e bem a um porto que nós queremos que tenha visibilidade, qualidade e que fique na Memória e no cora-ção das pessoas.

Eventos que a “Entidade Regional de Turismo do Alentejo Litoral” decidiu apoiar este ano, em colaboração com o “Turismo de Portugal”, são: “Atlantic Tour” (o evento equestre, na Comporta), o “Festival Músicas no Mundo” (Sines), “Festival Internacional de Teatro” (Santo André), e o “Festival de Música Sacra: Terras Sem Sombra”. Além destes apoios serão ainda apresen-tados mais dois eventos, um de Odemira e outro de Grândola. Eventos esses que obedecerão a uma candidatura.

“Dentro da nossa estratégia e dos nossos produtos, queremos - quanto à época baixa – dar uma especial atenção a um público e a um turista alvo, que é o turista do Norte da Europa”.

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Março de 2011 www.jornallitoralalentejano.com14

Lusco Fusco

Verissimo Dias

CarreirosNuma cidade do Sul, ao crepúsculo, um velho progredia pelos carreiros do formigame humano. Ligeiramente coxo, trajava de negro, era altíssimo e grunhia ao caminhar. O polegar esquerdo tocava alternadamente a ponta encardida dos outros dedos da mão, como se estivesse a contar dinheiro. Reparei nele, percebi que era surdo-mudo e, comovido, comecei a segui-lo.

A noite e uma neblina espessa, agravada com chuva, amortalhavam a cidade. Algumas pessoas abrigavam-se. Outras, incluindo o gigante, con-tinuavam a caminhar, entre poças, empurrões e algazarra. Atravessámos várias artérias repletas de gente. Ignorando a chuva, eu continuava colado ao coxo que não reparava em mim, pois nunca se virava para trás. À medida que a noite avançava, as ruas iam-se esvaziando de gente e tal míngua inquietava o meu perseguido. Vezes sem conta, repetimos circuitos para lá e para cá.A certa altura, o estranho — coxeando e grunhindo, fingindo contar dinheiro — meteu pela ruela do Álcool. A madrugada quase raiava, mas um bando de bêbados alvoraçados formigava entre as portas das tabernas. O coxo forçou a passagem e começou a vaguear entre as guaritas do briol até que relampejou a polícia com seus cães, berros e apitos,

ordenando de rompante o fecho de portas. Li, então, no semblante do gigante, momentaneamente sem gente ao redor, uma angús-tia de morte, mas o suplício foi breve. De novo demos rápidas passadas por outro carreiro promissor que nos levou a locais bem diferen-tes dos que até ali palmilhá-ramos: desembocámos nos subúrbios mais ignóbeis da cidade. Esgotos destruídos exalavam cheiros fétidos e tudo ali denotava misé-ria, iniquidade e crime. À medida que nos adiantámos, tropeçámos com bandos de ranhosos, de ladrões e de assassinos, vadiando sem eira nem beira. O alento do estranho alumiou-se ao avistar a populaça. Até quase ao amanhecer, subi-mos e descemos as ruelas encharcadas, sem retirar os olhos dos bandoleiros. Quando estes partiram para a ladroeira matinal, pene-trámos num beco escuso em que pontuava um velho guarda-nocturno em torno do qual circulámos sem parar, enquanto o ancião se não recolheu.Entretanto, a chuva foi-se e raiaram as primeiras for-migas humanas da manhã. Com louca energia e um áspero chiar de botas, lan-çamo-nos atrás delas pelos carreiros de volta ao cora-ção da cidade. Entrámos e saímos de lojas, feiras, estações e praças cheias de gente. Durante quatro dias e três noites, porfiei na perseguição do coxo, que se limitava a caminhar sem destino e a fingir que contava dinheiro. Uma manta de névoa — sob a qual se acamavam os absur-dos enigmas da cidade — grelou no ar, sitiando pes-soas e bichos. Quando se abeirava a escuridão sideral da quarta noite, fartei-me. Caindo em mim, ultrapassei o estranho, fitei-o furiosa-mente nos olhos incertos e ia lançar-lhe perguntas terríveis, esquecendo-me de que ele era surdo-mudo. Grunhindo e sem me olhar, o gigante repeliu-me com a manápula. Caí perto de uma fogueira quase extinta, onde se aquecera gente. Tinha fome e sede. Estava dorido e febril. Vi, entretanto, o estranho — monstro ou quimera? — afastar-se por um carreiro torcido no sem-fim da sua marcha e na vã contagem de dinheiro. Não sei de delirava, mas pareceu-me que o horizonte estava sole-nemente vermelho.

CÂMARA MUNICIPAL DE SANTIAGO DO CACÉM

AVISO

Nos termos da alínea b) do nº 2 do artigo 78 do Decreto-Lei nº 555/99 de 16 de Dezembro, na sua actual redacção, torna-se público que a Câmara Municipal emitiu em 16.02.2011, a requerimento de AUTO CHARRETE - COMÉRCIO AUTOMÓVEIS LDª, o aditamento ao Loteamento Municipal da Zam Norte lotes 3 e 4, prédios descritos na conservatória do Registo Predial de Santiago do Cacém sob os nºs 02089/101198 e 02090/101198 da respectiva freguesia. ----------------------------------------------- A alteração consiste na unificação dos lotes 3 e 4 para construção de uma cave destinada a estacionamento automóvel e áreas técnicas dedicadas à concessão. ---------------------------------------- A operação foi aprovada por deliberação de Câmara de 23.09.2010.---------------------------------------Área abrangida pelo Plano de Urbanização. -----------------

A Chefe da Divisão de Ordenamento de Gestão Urbanística no uso de Competência subdelegadaPor despachos 053/GAP/2009 de 05.11.2009 e

007/GAP/2011 de 17.01.2011

- Ana Luísa Guerreiro, Eng.ª -

CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA EDITAL 51

PUBLICIDADE DAS DELIBERAÇÕES

Aníbal Manuel Guerreiro Cordeiro, Vereador da Câmara Municipal de Grândola, no uso da competência que lhe foi conferida pelo despacho nº 4/2011, de 10 de Janeiro, no âmbito das competências respeitantes ao art.º 91º - alínea v) do nº 1 do artº 68º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro na redacção que lhe foi dada pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, torna público que em reunião extraordinária, não pública, de 16 de Fevereiro de 2011 foram tomadas as seguintes deliberações com eficácia externa:Apreciação e eventual aprovação do Período de Discus-são Pública e suspensão de procedimento referente à pro-posta de Revisão do Plano de Urbanização do Carvalhal e Lagoas: Deliberado, por maioria, com dois votos contra por parte dos Vereadores da CDU, aprovar o Período de Discussão Pública e Suspensão de Procedimento referente à Proposta de Revisão do Plano de Urbanização do Carvalhal e Lagoas, de acordo com a Proposta dos Serviços.Para constar se lavrou este e outros de igual teor os quais vão ser afixados nos locais públicos do costume.

Paços do Concelho de Grândola, 21 de Fevereiro de 2011.

O Vereador do Pelouro da Administração,Aníbal Cordeiro

Câmara de Odemira contesta novo mapa judiciário A Câmara Municipal de Odemira reivindica a rápida realização das diligências e dos julgamentos na área da família, menores, trabalho e de grande instância cível em Odemira.

As populações do conce-lho de Odemira estão a ser lesadas pela reformulação da organização judiciária, que levou a que o tribunal local perdesse competên-cia em matérias de família, menores e trabalho e nos processos cíveis de maior valor económico, obrigando os cidadãos e profissionais da justiça a deslocar-se actualmente a Sines ou San-tiago do Cacém. A Câmara Municipal de Odemira apro-vou, por unanimidade, uma moção a manifestar a sua frontal oposição ao novo mapa judiciário.Com a criação da Comarca do Alentejo Litoral, que engloba os concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Sines, Santiago do Cacém e Odemira, o Tribunal de Odemira perdeu compe-tência nas áreas de família, menores e trabalho, cujos processos passaram a ser instaurados, instruídos e jul-gados no Juízo de Sines e os processos cíveis de maior valor económico no Juízo de Grande Instância Cível de Santiago do Cacém.As partes nos processos, as testemunhas e os profissio-nais da justiça têm agora de se deslocar a Sines ou Santiago do Cacém, com os

consequentes incómodos e despesas. A situação é agra-vada pelo facto de não exis-tir uma adequada rede de transportes públicos entre os concelhos.

A autarquia denuncia ainda o facto de, ao contrário dos últimos anos em que havia dois juízes em Odemira, agora há apenas um titular e um auxiliar que ali trabalha alguns dias, e que o antigo Tribunal, ao contrário do que estava anunciado, conti-nua a ter apenas uma sala de audiências.A autarquia vai manifestar ao Governo, aos restantes órgãos de soberania, institui-

ções da área da Justiça e aos cidadãos em geral, o descon-tentamento dos munícipes de Odemira relativamente ao agravamento das suas condições de acesso à Jus-tiça e dificuldades de fun-cionamento verificadas nos diversos Juízos na comarca experimental do Alentejo Litoral.Com o objectivo de melhor servir as populações, a Câmara Municipal de Ode-mira reivindica a rápida

realização das diligências e dos julgamentos na área da família, menores, trabalho e de grande instância cível em Odemira; o aumento do número dos magistra-dos judiciais, do Ministério Público e dos funcionários no sentido de possibilitar a deslocação destes para a realização das diligências e julgamentos em Odemira no âmbito de processos pen-dentes nos Juízos de Sines

e de Santiago do Cacém; a construção da segunda sala de audiências que foi anun-ciada; e a descida generali-zada das custas judiciais de forma a permitir o acesso de todos à Justiça.Com o novo mapa judiciá-rio perdem-se as vantagens de uma desejável “justiça de proximidade”. A existên-cia de tribunais e de outros serviços públicos de proxi-midade constitui um factor impulsionador do desenvol-

vimento económico e social, contribuindo para a fixação das populações. O novo modelo não satisfaz as enti-dades e os cidadãos locais, à qual se juntam as queixas de advogados do concelho de Odemira e da Assembleia Municipal, que já havia aprovado por unanimidade, em 30/06/2009, uma moção de contestação que enviou ao Governo, sem qualquer resultado prático.

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Março de 2011www.jornallitoralalentejano.com 15

Rede Ferroviária Nacional, alterações previstas no AlentejoO comboio “Intercidades” vai deixar de servir a cidade de Beja? Esse impedimento não irá implicar a diminuição da qualidade do serviço, apesar de todos os comboios passarem a parar em todas as estações, o que não acontecia anteriormente?

Luís Rodrigues, Deputado eleito nas listas do PSD, considerando as questões relacionadas com as obras em curso na rede ferroviá-ria, por alguma contradição que se regista no terreno, fez uma exposição ao Governo, após ter tido reuniões com as administrações da REFER e da CP, questionou aquilo que é da apreensão da população, nomeadamente de Beja. O requerimento, subscrito no passado dia 11 de Janeiro, tem a seguinte redacção:“Na sequência de diversa informação publicada na comunicação social que anunciavam alterações drás-ticas na rede ferroviária e no serviço ferroviário no Alentejo, solicitei reuniões com às administrações da REFER e da CP.No passado dia 25 de Janeiro, realizou-se a reunião com a REFER em Évora, após uma visita às obras de requalifi-cação da linha que serve esta cidade, onde participaram dirigentes distritais e locais, bem como autarcas do PSD.Nesta reunião foi afirmado pela REFER que em Maio/Junho de 2011 a obra esta-ria concluída, permitindo reabrir o serviço na linha de Évora. Por outro lado, foi referido que relativamente à linha do Alentejo para Beja não estava prevista qualquer obra, nem nunca esteve nos últimos anos, ou seja, não está prevista a electrificação da linha do Alentejo.Na obra em curso na linha de Évora foi confirmado que todo o projecto era do conhecimento das câma-ras municipais envolvidas, nomeadamente, da CM de Évora, estando o projecto há muito na sua posse.Também foi referido que os proprietários de terrenos directamente envolvidos tinham conhecimento prévio dos trabalhos actualmente em curso.No entanto, sabendo que existem preocupações das populações relativamente ao decorrer da obra e à

evolução da circulação fer-roviária, que atravessará a Cidade de Évora, a REFER disponibilizou-se para rea-lizar os contactos com os cidadãos que se entenderem necessários para encontrar

as melhores soluções, mini-mizando os impactos negati-vos que poderão ocorrer.Relativamente ao patrimó-nio abandonado da REFER, nomeadamente, antigas estações e apeadeiros, obras de arte (pontes metálicas), espaços canais, bem como terrenos e edifícios diversos, as respostas não foram concretas, não permitindo saber qual o programa e qual a política de revitali-zação e valorização desse rico património.Na reunião com a adminis-tração da CP, que se realizou em Lisboa no passado dia 26 de Janeiro, onde fui acom-panhado por dirigentes dis-tritais do PSD do Alentejo, foi apresentada a proposta que a CP já tinha divulgado aos Presidentes de Câmara envolvidas. Com o encerra-mento para obras da linha

de Évora o serviço ferro-viário para esta cidade e para Beja foi interrom-pido, nomeadamente, o serviço intercidades e o serviço regional. A CP afir-mou que a proposta que existe mantém o serviço intercidades para Évora em automotoras recupera-das com tracção eléctrica, sendo Beja servida através de automotoras recupe-radas com tracção diesel incluindo o rebatimento, em Casa Branca.Esta reorganização do ser-viço permitiria uma redução significativa do défice cró-nico de exploração nestas linhas e aumentar em deter-minadas condições o número

de comboios diários a servir estas cidades. Quando a linha de merca-dorias - em bitola ibérica - entre Évora e a fronteira estiver em serviço, qual o impacto nas restantes liga-ções já existentes, nomea-damente, no norte alente-jano?No caso de Beja, o “inter-cidades” deixa de servir a cidade o que implica a diminuição da qualidade do serviço, apesar de todos os comboios passarem a parar em todas as esta-ções, o que não acontecia anteriormente.Considerando que persis-tem dúvidas relativamente a grande parte das altera-ções previstas na rede fer-roviária no Alentejo, que podem afectar os utentes, bem como as populações que vivem junto aos espa-

ços canais, bem como ao futuro do vasto e rico património abandonado, ao abrigo das normas cons-titucionais e regimentais, o Deputado abaixo-assinado pergunta ao Governo, atra-vés do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, o seguinte:

Quando estarão 1- concluídas as obras da linha de Évora?Quando será dado 2- início ao serviço ferroviário para Évora e Beja?Qual o tipo de serviço, 3- horários e n.º de comboios que a CP vai disponibilizar

entre Lisboa e as cidades de Évora e Beja? E entre Évora e Beja?Está a REFER 4- disponível para debater com a população de Évora as melhores soluções para minimizar os impactos negativos detectados?Desde quando é que a 5- CM de Évora tem na sua posse o projecto de requalificação da linha ferroviária?Está o Governo 6- disponível para electrificar a linha do Alentejo até Beja? Quando?Quais as linhas a 7- encerrar no Alentejo?Quando a linha de 8- mercadorias em bitola ibérica entre Évora

e a fronteira estiver em serviço qual o impacto nas restantes ligações já existentes, nomeadamente, no norte alentejano?Existe algum 9- programa de valorização e requalificação do património abandonado e desactivado da REFER? Qual o programa concreto e calendarização

prevista? Quais as medidas concretas tomadas e previstas?

Partido SocialistaTomada de PosiçãoFerrovia em Beja

O Partido Socialista, atra-vés de Luís Pita Ameixa, Presidente da Federação do Baixo Alentejo, pronun-ciando-se sobre a Ferrovia em Beja, afirma que: “Even-tuais mudanças no serviço de comboios (que não a sua extinção, sublinhe-se) têm motivado movimentações de defesa do transporte fer-roviário em Beja.O PS Baixo-Alentejo vê com todo o interesse a reacção positiva para defesa da fer-rovia, e tem também como seus tais desígnios.A dinamização da Sociedade

para intervir na vida pública constitui uma importante mais-valia que ajuda os Par-tidos Políticos, os Autarcas, Deputados e demais titula-res de órgãos públicos, na sua acção de defesa e repre-sentação dos interesses da colectividade.Os Deputados do PS Beja, como é público, desde Maio de 2010 que vêm acompa-nhando este assunto, em vista da reabertura da linha, após as obras de melhoria em curso, prevista para Maio de 2011, com várias iniciati-vas na Assembleia da Repú-blica, junto do Governo e da empresa C.P., cujos resulta-dos ainda não são conheci-dos e se aguardam.Também os Autarcas Socia-listas se têm empenhado a favor de um transporte fer-roviário de qualidade que sirva capazmente a cidade de Beja e o Distrito.Estamos conscientes de que o funcionamento da linha Beja – Lisboa envolve um grande défice, na ordem dos 5 milhões de euros (anual). Sabemos que a electrifica-ção da maior parte da via (aproximadamente 2/3), que já está alcançada, aconselha a mudanças no serviço, por motivos económicos, técni-cos e ambientais. Sabemos ainda que foi pro-posto o aumento da oferta, com mais viagens disponí-veis todos os dias, de Beja, ida e volta, tanto a Lisboa como a Évora. Ainda assim entendemos que isso não satisfaz cabalmente os interesses da capital do Baixo-Alentejo, pelo que tem de haver um claro com-promisso com a qualidade do serviço, com a qualidade dos equipamentos e com a modernização e electrifica-ção da infra-estrutura fer-roviária que, directamente, serve e tem de continuar a servir Beja.

O Partido Socialista do Baixo-Alentejo não pode deixar de relembrar que, pela sua parte, tem lutado para que o Estado olhe para a Região e realize nela os investimentos considerados essenciais para o seu desen-volvimento – aliás, com sucesso – e em momento algum deixará de continuar a lutar por tais objectivos.

Aliette [email protected]

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Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Março de 2011 www.jornallitoralalentejano.com16

CarneiroHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 31

Carta Dominante: Valete de Espadas, que significa que deve estar Vigilante e Atento. Amor: Não se deixar abater por uma discussão. Que o seu sorriso ilumine todos em seu redor!

Saúde: Seja mais optimista!Dinheiro: Procure terminar um projecto dentro do prazo estabelecido.

Números da Sorte: 1, 18, 22, 40, 44, 48Pensamento positivo: Eu valorizo os meus amigos.

TouroHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 32Carta Dominante: 3 de Copas, que significa Conclusão. Amor: Esclareça com o seu par tudo o que possa prejudicar a harmonia da sua relação. Saúde: Durante este período é possível que venha a ter alguns problemas musculares.Dinheiro: Nunca desista dos seus sonhos!Números da Sorte: 3, 11, 19, 25, 29, 30Pensamento positivo: Estou atento a tudo o que se passa à minha volta.

GémeosHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 33

Carta Dominante: O Mágico, que significa Habilidade. Amor: Liberte toda a criatividade que existe dentro de si e aprenda a contemplar o Belo.

Saúde: É possível que se sinta fisicamente enfraquecido.Dinheiro: Seja firme mas justo com as pessoas quem trabalha.

Números da Sorte: 2, 8, 11, 28, 40, 42Pensamento positivo: Dedico-me às pessoas que amo.

CaranguejoHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 34Carta Dominante: 2 de Ouros, que significa Dificuldade/ Indolência. Amor: Mantenha a calma. Que a sabedoria seja a sua melhor conselheira!Saúde: Não estão previstas grandes dificuldades, no entanto procure não cometer excessos.Dinheiro: Faça um esforço redobrado por manter a concentração.Números da Sorte: 19, 26, 30, 32, 36, 39Pensamento positivo: Eu tenho Fé para ultrapassar todos os momentos.

LeãoHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 35

Carta Dominante: 7 de Paus, que significa Discussão. Amor: Alguns momentos menos agradáveis poderão assombrar a sua vida amorosa. Não se deixe dominar por maus presságios!

Saúde: Tendência para algum mau humor e irritabilidade. Dinheiro: Finalmente, poderá conseguir um aumento pelo qual esperava.

Números da Sorte: 5, 9, 17, 33, 42, 47Pensamento positivo: Tenho cuidado com o que digo e com o que faço para não magoar as pessoas que amo.

Virgem Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 36Carta Dominante: Ás de Espadas, que significa Sucesso. Amor: Procure passar mais tempo com a sua família. Olhe em frente e verá que existe uma luz ao fundo do túnel!Saúde: Durante este período poderá ser incomodado por fortes dores de cabeça. Dinheiro: O bom ambiente profissional ajuda a aumentar a qualidade do trabalho.Números da Sorte: 8, 9, 22, 31, 44, 49Pensamento positivo: Eu sei que mereço ser feliz.

Balança Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 37

Carta Dominante: A Papisa, que significa Estabilidade, Estudo e Mistério. Amor: Faça os possíveis por estar perto de um amigo muito querido. Aprenda a trazer para a luz o melhor do seu ser!

Saúde: O seu organismo vai agradecer-lhe o contacto com o ar puro.Dinheiro: Momento favorável ao estudo. Números da Sorte: 7, 19, 23, 42, 43, 48

Pensamento positivo: Eu valorizo os meus amigos.EscorpiãoHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 38Carta Dominante: 4 de Ouros, que significa Projectos. Amor: O seu par poderá estar demasiado exigente. Saúde: Faça desporto mas opte por modalidades que exijam pouca resistência física.Dinheiro: Aprenda a ser um bom gestor das suas poupanças. Aos poucos irá ver a diferença na sua conta. Números da Sorte: 2, 4, 22, 36, 47, 48Pensamento positivo: Vivo cada momento com felicidade.

SagitárioHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 39

Carta Dominante: 6 de Espadas, que significa Viagem Inesperada. Amor: Trabalhe mais o seu lado espiritual. Descubra a imensa força e coragem que traz dentro de si!

Saúde: Tenha em atenção o seu peso.Dinheiro: É possível que receba um convite de trabalho muito aliciante.

Números da Sorte: 3, 24, 29, 33, 38, 40Pensamento positivo: A alma não tem idade, jamais envelhece!

CapricórnioHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 40Carta Dominante: O Julgamento, que significa Novo Ciclo de Vida. Amor: Esteja atento aos sinais do Cupido, pois é possível que venha a conhecer o amor da sua vida. Saúde: As tensões acumuladas podem fazer com que se sinta cansado.Dinheiro: Esforce-se por conseguir atingir os seus objectivos profissionais. Tenha a ousadia de sonhar!Números da Sorte: 4, 11, 17, 19, 25, 29Pensamento positivo: Procuro manter-me sereno e ouvir a voz de Deus!

AquárioHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 41

Carta Dominante: Rainha de Copas, que significa Amiga Sincera. Amor: Aposte nos seus sentimentos.

Saúde: Evite pegar em pesos e adopte uma postura correcta, pois a humidade poderá fazer com que sinta fortes dores na coluna.Dinheiro: Aproveite as suas energias para se concentrar ao máximo nas suas tarefas profissionais. Que o sucesso esteja

sempre consigo!Números da Sorte: 5, 17, 22, 33, 45, 49

Pensamento positivo: O meu coração está disponível para o Amor.PeixesHoróscopo Diário Ligue já! 760 10 77 42Carta Dominante: Cavaleiro de Ouros, que significa Maturidade. Amor: Proteja as suas emoções tornando-se cada dia que passa num ser humano mais forte e então sim, será feliz!Saúde: Consulte um dentista antes que seja tarde de mais.Dinheiro: Evite fazer gastos desnecessários. Compre apenas aquilo que realmente necessita.Números da Sorte: 2, 8, 11, 25, 29, 33Pensamento positivo: Eu venço os meus medos!

Aliette [email protected]

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No País das Porcas SarasO Escritor Fernando Évora, no seu Livro: “No País das Porcas Saras”, conta-nos uma história “que tem lugar no Portugal do século XXI, num interior esquecido”.

É fácil constatar que hoje a escrita merece um ponto de vista mais desligado das modas actuais, mas essa é uma matéria para análise dos sociólogos, contudo, dizem os analistas que “na realidade, a literatura, põe em jogo três parceiros. Um, em tempo demasiado avassalador e hoje dema-siado desprezado, a natu-reza na sua relação com o Homem”. Nesse sentido, o escritor fornece materiais e, felizmente, emoções”. O segundo é constituído pelos meios, passivos ou activos, de que o escritor dispõe. O terceiro parceiro e, o mais importante, é o próprio escritor. É ele que, com toda

a sua inteligência, sensibi-lidade e vontade, dirige e dispõe os personagens e as formas que fará (re) nascer. Em ambos os casos, o escri-tor procura exprimir-se a fim de comunicar aos outros aquilo de que se sente deten-tor”.Dentro deste pequeno apon-tamento para me referir ao Livro “No País das Porcas Saras”, começo por afirmar que uma das riquezas da

escrita de Fernando Évora é a do pormenor. É fácil ao leitor verificar que o Escri-tor é portador de uma escrita com um conteúdo capaz de saltar a barreira contempo-rânea da vulgaridade com que hoje se escrevem pági-nas descritivas enaltecendo o ego de quem eventual-mente as subscreve e se fica apenas por aí. É que, para se publicar um livro com-prometido com a seriedade, cultura e memória de um povo, é preciso muito mais do que ter dinheiro. É pre-ciso sentimento, talento e não só. Nisso terá que entrar o esforço do escritor, por vezes em vão, para - final-mente - na maior parte dos

casos, resultar numa edição paga pelo próprio autor. E se assim não for, muitas obras ficarão na prisão de uma qualquer gaveta.“No País das Porcas Saras”, devo começar por dizer, para quem não seja alente-jano, certamente se inter-rogará até poder concluir – certo ou errado – que poderá ser uma possível “chave” que o título reserva para o leitor. A mim, o título foi

um quebra-cabeças, mas… ao passar esse primeiro impacto, fui levada pelo ritmo que se poderá encon-trar numa pequena aldeia do interior, em que os sen-timentos dos que a habitam, por regra, são reprimidos e até violados por alguns que vivem “num outro mundo”, o mundo das aparências, das facilidades e das mano-bras absurdas de citadinos que, por vezes, os assediam. Portanto, o Livro conta a história de gente simples, que pode ser enganada com relativa facilidade, o que a poderá tornar desconfiada e, por vezes, manhosa, mas quase sempre pouco inter-ventiva. É todo ele constru-ído no interior do dia-a-dia de gente envelhecida, com cultura própria, que vive quase sempre marginalizada e despegada da realidade actual, sofrendo-lhe porém, os seus pecados e entorse. É um Livro para lermos e reflectirmos no fenómeno da existência de dois universos antagónicos. Uma realidade em praticamente todos os países, nomeadamente nos menos desenvolvidos.

Do Escritor

Não quero ser suspeita ao falar do escritor, mas nada me inibindo de afirmar que gosto de facto muito das obras literárias de Fernando Évora, sobretudo pelo que têm de crítica social e, ao mesmo tempo, de envol-vente ternura para com “os mundos” que retrata, procurando melhorá-los, oferecendo-lhes um esboço afectivo, através da cumpli-cidade que consegue estabe-lecer com o leitor, que exige, pelo menos, a curiosidade de uma leitura interessada. E, se imponho a mim mesma que não devo dar detalhes da história de “No País das Porcas Saras”, não é um risco afirmar que é mais um Livro de Fernando Évora para ler e reflectir.

Do LivroNo centro do enredo “figu-ram uma velha quase anal-fabeta que rima as palavras em quadras e décimas; uma menina que desperta os apetites sexuais de um tio; uma mulher com medo do escuro; um homem que faz malabarismos com um palito na boca; um galinheiro, um poço, um sobreiro, uma cai-xinha de cartão.Personagens inesquecíveis e cenários decrépitos de uma história que tem lugar no Portugal do século XXI, num interior esquecido”.

Page 17: Jornal Litoral Alentejano 2011 Março

Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Março de 2011www.jornallitoralalentejano.com 17

23ª SANTIAGRO terá nova organização A gestão do Parque de Feiras e Exposições retoma à posse e à gestão directa da Câmara Municipal de Santiago do Cacém. Assim, a Santiagro 2011 será organizada e da responsabilidade da Autarquia.

Segundo Vítor Proença, Pre-sidente da Câmara Munici-pal de Santiago do Cacém, o que terá levado a Câmara Municipal de Santiago do Cacém a chamar a si a San-tiagro está na origem do facto “de estar a ocorrer um processo de extinção da NEGDAL, empresa que era constituída por várias entidades designadamente a SAGRAN, Centro Eques-tre de Santo André, Asso-ciação de Agricultores do Litoral Alentejano, Asso-ciação de Jovens Agricul-tores e pelo Município de Santiago do Cacém, cada um com uma quota de 20 por cento.Dado que ocorreram inúmeros problemas de dificuldade financeira muito significativas entre os sócios da NEGDAL, entendeu-se em Assem-bleia – Geral optar por um processo de extinção que está em curso.

Santiago do Cacém mantémas duas

Feiras anuais

No que diz se refere às duas Feiras anuais que têm lugar em Santiago do Cacém Vítor Proença esclareceu que, a Câmara: “admitiu a possi-bilidade de condensar as duas feiras numa só (San-tiagro e Feira do Monte), e nesse sentido, promoveu um plenário com Associa-ções e entidades do Con-celho, plenário esse que esgotou o Salão Nobre dos Paços do Município, tendo concluído que a Santia-gro devia continuar a ser realizada em Maio, dado a importância que todos reconhecem ao Certame na promoção da Agricul-

tura, do Cavalo e do Desen-volvimento do Concelho.A Câmara Municipal vai assim organizar a Santia-gro 2011, na convicção de que conta com o apoio de várias entidades, desig-nadamente, da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, da Petrogal, do Centro Equestre, da SAGRAN, da Alensado entre muitas outras entidades que tem estado sempre com a San-tiagro e que estamos con-victos que vão manter-se com o Certame”.

NEGDALestá em processo

de extinção

Vítor Proença esclare-ceu ainda que, quanto à NEDGAL “está num pro-cesso de extinção, tratando do ponto de vista fiscal, administrativo e do ponto de vista legal.

A gestão do Parque de Feiras e Exposições retoma assim à posse e à gestão directa da Câmara Muni-cipal”.

Aurea actuana Santiagro 2011

Poderemos considerar que haverá modificações agra-dáveis, perguntamos ainda ao Presidente, que infor-mou que “o programa de espectáculos é fortíssimo. Desde logo a presença da cantora Aurea, natural do Concelho. Trata-se da pri-meira actuação pública na sua terra, por outro lado, haverá uma Gala Equestre no Sábado à noite, comple-mentada com um espec-

táculo inédito de Camané e, depois, no Domingo, teremos a actuação dos “Buraka Som Sistema” que estarão em Santiago pela

primeira vez a actuar”.

Conjunto de exposições,

um dos símbolos da Santiagro

“Para além dos espectá-culos, pretendemos ter um conjunto de expo-sições sobre o gado da nossa região, dos valores da nossa agricultura e das empresas, assim como das várias ofertas que exis-tem na Região e, também, a presença das grandes

empresas sediadas no Alentejo, com informação sobre os grandes projec-tos de desenvolvimento da Região”.

Pela Costa AlentejanaPor Odemira reivindica-se a reposição da justiça, isto é, do antigo mapa judiciário. É certo que o novo mapa judiciário teve o propósito de distribuir por todos os municípios do litoral alen-tejano as várias valências judiciais e assim Sines, que não tinha qualquer infra-es-trutura judiciária, passou a ter um tribunal de trabalho, menores e família. O pior é que roubou estas vertentes ao tribunal de Odemira que acabaria também por ficar sem os processos cíveis de maior valor económico que transitaram para Santiago do Cacém. Para um con-celho com a dimensão de Odemira, sem transportes públicos que liguem a sua população aos concelhos vizinhos, a justiça ficou mais longe e mais difícil, ao contrário do que diz a lei e a constituição. As mais de quatro mil assinaturas recolhidas pela Junta de Freguesia de Grân-dola chegaram à Assem-bleia da República e todos os grupos parlamentares se manifestaram solidários com a população gran-dolense. Afinal o direito daquele povo à saúde não existe e claro o Parlamento só poderia estar de acordo. Mas falta ainda o principal. O funcionamento perma-nente do SAP do Centro de Saúde de Grândola e a reabertura do Posto Médico de Canal Caveira. É bem verdade que o Parlamento pode fazer muito mais em prole dos Grandolenses. Veremos.Santiago do Cacém vai extinguir por dificulda-des financeiras o Negdal – núcleo de exposições, gestão e desenvolvimento do Alentejo Litoral, enti-dade que produzia a feira Santiagro, todos os anos. Segundo parece a própria Câmara Municipal se vai encarregar do certame este ano. Talvez uma boa indicação para a REGI que definha sem que a Comunidade Intermunicipal do Litoral Alentejano se mostre dis-ponível para findar aquele sofrimento digital.Mas os tempos já são quase de carnaval e a boa disposi-

ção deve imperar. Na Com-porta e em Vale Sabroso de Alcácer do Sal vamos ter a maior prova equestre de Portugal, a Atlantic Tour 2011. Esta prova equestre traz a Portugal cavaleiros de 20 países e mais de 90 con-juntos cavaleiro-cavalo que levarão bem longe a fama do litoral Alentejano.Em Sines foi bonito assis-tir aos 495 anos da Santa Casa da Misericórdia de Sines, à inauguração da Galeria dos Provedores e à sessão solene de entrega de medalhas de mérito aos familiares dos provedores homenageados.

Das dezasseis fotografias expostas, quero salientar três, sem desprimor para qualquer dos outros; a de Cândido Tavares, médico e avô de Al Berto e provedor em 1941-44; a de Emmé-rico Nunes republicano e cartoonista provedor em 1963-64; a de Vicente do Ó futebolista internacional, provedor em 1976-91. Um excelente trabalho. Para-béns ao actual Provedor Luís Venturinha.

Francisco do Ó Pacheco

Page 18: Jornal Litoral Alentejano 2011 Março

Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Março de 2011 www.jornallitoralalentejano.com18

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Page 19: Jornal Litoral Alentejano 2011 Março

Litoral Alentejano – Terça-feira, 1 de Março de 2011www.jornallitoralalentejano.com 19

Crónicas de LisboaUm simplex também para a morte?

Um casal português, voava a caminho dum daqueles locais paradisíacos, para passarem umas férias, quando o comandante do avião anunciou uma avaria a bordo e que, desse modo, seria forçado a aterrar numa ilha deserta.

Pediu aos passageiros que não entrassem em pânico, porque o maior problema não estaria na aterragem, apesar de não haver ali qualquer aeroporto, mas sim em serem resgatados mais tarde, porque a ilha era deserta e inóspita. O casal procurou então lembrar-se se, antes de partirem de casa, tinham deixado tudo

em ordem, pois não sabiam se ou quando voltariam. Num repente, o marido perguntou à esposa se esta tinha entregue a declaração do IRS, antes de partirem. Aflita, a mulher respondeu que se tinha esquecido e, qual grito do Ipiranga, o marido exclamou: “esta-remos salvos” – levando os restantes passageiros a olharem-no com surpresa. “O Fisco tudo vai fazer para nos localizar, mesmo naquela ilha deserta” , con-cluiu. Esta é uma anedota de cariz ligeiro, mas car-regada de “humor negro” e lembrei-me dela graças a dois factos recentes da nossa Administração Fiscal, vulgo “fisco” ou “DGCI”.O primeiro foi a notícia de que a DGCI iria colocar em funcionamento um novo sistema de penhora de automóveis cujo proprie-tário tenha dívidas em execução fiscal, recorrendo aos serviços das brigadas de trânsito e fiscalização da GNR e da PSP. Com base na informação recebida, aquelas forças de segurança apreenderão, em plena via pública, as viaturas constan-tes numa lista a enviar pela “fisco”, cujo proprietário tenha dívidas em execução fiscal e ficarão, automatica-

mente, penhoradas à ordem da DGCI. Depois, estas serão colocadas a leilão e o valor monetário realizado com a venda será utilizado na amortização da referida dívida. A DGCI seguirá os trâmites legais, incluindo a notificação do devedor para que este, querendo, possa liquidar a dívida e evitar que a viatura chegue à fase final, isto é, ao leilão, assim “manda” o respectivo código do processo de exe-cuções fiscais.De facto, muitos contri-buintes incumpridores e em situação de dívidas conseguem arranjar “arti-manhas” para fugirem ao cumprimento das suas obrigações fiscais e alguns deles até se passeiam com “brutas máquinas” (automóveis), pelo que esta medida parece ser justa, mas cuja eficácia depen-derá da conjugação das forças intervenientes e do respectivo processo final. Mas será que o “fisco” vai mesmo cumprir, em tempo oportuno e correctamente esses procedimentos ou, pelo contrário, as viaturas apreendidas acabarão por “apodrecer” nos parques reservados para esse feito ou serão vandalizadas, diminuindo o seu valor

venal, prejudicando ambas as partes, isto é, o Estado e o contribuinte devedor? O outro facto que me trouxe à mente os métodos pro-cessuais do “fisco”, este com maior impacte na opi-nião pública, face aos seus aspectos (des) humanos, foi o daquela idosa de Rio de Mouro (Sintra) cujo cadá-ver esteve quase nove anos no andar da sua proprie-dade até que foi descoberto pelo novo proprietário que adquiriu o andar num leilão fiscal, pois a falecida há muito que tinha deixado de pagar o respectivo imposto (IMI). Como poderia ela fazê-lo, se tinha falecido e vivia sozinha e sem fami-liares próximos? Será que a “frieza” processual destes casos, por vezes é um “computador” que despoleta todos os passos, deve ser levada a esse extremo, isto é, penho-rar um bem sem que o devedor da dívida seja, pessoalmente localizado? Escuda-se a DGCI na legalidade porque envia, por correio, toda a corres-pondência e notificações e isso “faz prova” de que o contribuinte foi notificado, mesmo que o carteiro não tenha entregue a notifi-cação. Mas poderá ser mesmo assim tão “simplex” um processo que envolve pessoas e bens, embora saibamos que este tipo de

devedores também sabem usar “artimanhas” para fugi-rem a essas notificações, desde recusarem levantar as cartas registadas ou não actualizarem os respectivos endereços de correio? Vive-mos num época em que o “simplex” tudo facilita, mas já não há espaço para que situações mais melin-drosas sejam executadas/controladas por pessoas? Não pode a DGCI, atra-vés dos seus Serviços de Finanças (vulgo “reparti-ção”) da respectiva área tentar indagar a razão pela qual o devedor não “reage” ao processo de notificação e execução? Se tal tivesse acontecido, não teria evitado a morte da idosa, como de outras semelhantes que ocorreram nestes últimos dias no nosso país, mas pelo menos o processo não teria chegado a esta situação surrealista. E o que dizer da Segurança Social cujo “computador” se limita também a “abater” milhares de pessoas que não levantam o valor dos vales/cheques das respectivas reformas, sem analisar o porquê? Vivemos num mundo cada vez mais “roboti-zado” em que muitas tarefas são executadas por “máquinas”, mesmo que algumas tenham corpo, mas não alma, de gente que deixaram de ser pes-

soas. Com tanto simplex que nos facilita imensas tarefas das nossas vidas modernas, teremos que arranjar também um qualquer simplex que nos facilite a morte, mas antes dela ocorrer, que nos ajude nesta solidão que nos deixa perecer sem a dignidade mínima. Pobres de nós que não sabemos ou não queremos tratar dos velhos. Para onde caminha esta sociedade moderna que maltrata os seus “velhos”? Para desanuviar a dor de alma que me provoca esta triste realidade, volto à anedota com que iniciei esta cró-nica, isto é, afinal o “fisco” consegue localizar os bens penhoráveis, mas não os seus proprietários, pelo que aqueles “viajantes” acaba-ram por não serem salvos, mas “salvos” terão sido os seus bens para pagarem o IRS em dívida.

*[email protected]

MUNICÍPIO DE ALCÁCER DO SALEDITAL

ISABEL CRISTINA SOARES VICENTE, Vereadora da Divisão de Planea-mento e Gestão Urbanística, faz saber, pelo presente, que correm éditos de 30 (trinta) dias para que os eventuais interessados que mostrem inte-resse directo, fundado e legitimo, relativamente à titularidade do lote nº. 30 do Loteamento de Iniciativa Municipal, denominado por “Carrasqueira 5”, Freguesia da Comporta, assinalado em planta anexa, venham por meios adequados e expeditos, dizer o que tiverem por conveniente.

Não havendo interessados a reclamar a titularidade do lote, dentro do prazo con-cedido, a CMAS, após os formalismos legais para o efeito, procederá à aliena-ção daquele a favor de Joa-quim Bacalhau Carvalho.

Publique-se a afixe-se nos locais devidos.

Paços do Concelho de Alcácer do Sal,

18 de Fevereiro de 2011

A Vereadora do Pelouro(Isabel Cristina Soares

Vicente)

Porto de Sines no SISAB 2011Este evento é a maior concentração de exportadores nacionais do sector do Vinho, Pescado e Agro-Alimentar.

O Porto de Sines esteve presente no SISAB – Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas, que decorreu em Lisboa, de 21 a 23 de Fevereiro, com o objectivo de apoiar a inter-nacionalização das empre-sas portuguesas que, dada a conjuntura económica actual, e tendo em vista a

expansão dos seus negócios, procuram novos mercados e clientes no estrangeiro.A 16ª edição deste evento reuniu as principais marcas do sector com vista à expor-tação, contando com cerca 400 expositores e 1.200 compradores vindos dos principais mercados do mundo, expressa e exclusi-

vamente para comprar pro-dutos e marcas portuguesas.O Porto de Sines apresen-ta-se como a melhor infra-estrutura portuária nacional

no apoio às empresas portu-guesas que pretendam estar presentes no estrangeiro, pelas ligações directas aos principais mercados de con-sumo que dispõe através do Terminal XXI, sendo por isso um parceiro de excelên-cia na promoção das expor-tações nacionais.

Page 20: Jornal Litoral Alentejano 2011 Março

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10anos

que mudarama Região

Edição comemorativa do 10º Aniversário

Formato: A4 (210x297)Edição: 1 de Setembro

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Galp Energia e Efacec promovem primeira volta solar ao Autódromo Internacional do AlgarveA Galp Energia, o Autó-dromo Internacional do Algarve e a Efacec apre-sentaram no passado dia 18 de Fevereiro, o conceito de Autódromo Energetica-mente Eficiente, um projecto integrado de eficiência ener-gética desenvolvido especi-ficamente para satisfazer as necessidades do Autódromo Internacional do Algarve.O projecto envolve audito-rias energéticas e medidas de racionalização, uma cen-tral solar térmica para aque-cimento de águas, uma cen-tral solar fotovoltaica para produção de energia eléc-trica e pontos de carga para automóveis eléctricos. Este projecto é um caso exemplar das vantagens de uma oferta combinada de energia e efi-ciência energética. A Galp, através da Galp Soluções de

Energia vem satisfazer todas as necessidades do Autó-dromo a este nível através do fornecimento de combus-tíveis líquidos, gás e energia eléctrica.Para além da inauguração da

central solar fotovoltaica, os três parceiros promoveram igualmente a primeira volta no Autódromo Internacional do Algarve com automóveis movidos a energia eléctrica fotovoltaica. A volta solar

consistiu na circulação no circuito com automó-veis híbridos cujas baterias foram carregadas através dum ponto de carga alimen-tado pela energia eléctrica produzida na central solar fotovoltaica.A central, resultante de uma parceria com a Efacec, possui uma potência insta-lada de 100 kW e propor-ciona uma produção anual de energia eléctrica de 157.000 kWh/ano, o que equivale a

uma redução de emissões de gases para a atmosfera com efeito de estufa de 74 ton CO2/ano.A cerimónia de inauguração contou com as participa-ções do Director Geral de Energia e Geologia, Dr. José Perdigoto, do Presidente da Câmara Municipal de Por-timão, Dr. Manuel da Luz, do Presidente Executivo da Galp Energia, Engº. Manuel

Ferreira De Oliveira, do Pre-sidente Executivo da Efacec, Dr. Luís Filipe Pereira, e do Administrador da Parkalgar, Eng.º Paulo Pinheiro.A Galp Soluções de Energia é a unidade do grupo Galp Energia vocacionada para a implementação de soluções tecnológicas e serviços inte-grados de eficiência energé-tica, orientados para a redu-ção dos custos energéticos e das emissões de CO2. A Galp Energia é actualmente

o fornecedor integral de todas as necessidades ener-géticas do Algarve Motor Park, desde os combustíveis líquidos e GPL até à energia eléctrica – incluindo solar – necessárias para a operação e funcionamento de todo o complexo desportivo.O Autódromo Interna-cional do Algarve abriu as suas portas em Novembro de 2008 depois de apenas

sete meses de construção. Desde então tem recebido os mais prestigiados even-tos desportivos mundiais ao mesmo tempo que tem sido reconhecido como um dos melhores circuitos da Europa e do Mundo. Faz parte do Algarve Motor Park, onde se insere também o Kar-tódromo Internacional do Algarve, o Parque Tecnoló-gico, um Complexo Despor-tivo destinado a atletas de alta competição, um Hotel de 5 estrelas, 160 aparta-mentos de luxo – Vista do Falcão Residences – e ainda uma pista de Todo‐o‐Ter-reno.Presente com as mais modernas tecnologias em mais de 65 países, a Efacec é líder em várias áreas dife-renciadoras, baseando a sua vantagem competitiva em actividades com forte valor acrescentado tecnológico.Com um Volume de Negó-cios superior a 1000 M€, opera em sectores de activi-dade dos mais competitivos, da energia aos transportes e à engenharia, do ambiente

aos serviços e às energias renováveis, através da com-petência técnica e da dinâ-mica e capacidade empre-endedora dos seus mais de 4800 colaboradores.A relevância do investimento em Investigação, Desen-volvimento e Inovação está bem patente nos produtos, sistemas e soluções, conce-bidos e desenvolvidos pela Efacec.