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J O R N A L EDIÇÃO Nº68 - OUTUBRO - 2007 Logística Supply Chain Transporte Multimodal Comércio Exterior Movimentação Armazenagem Automação Embalagem REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA LogWeb Log Web Empresas do segmento de eletroeletrônicos esperam que o OL proporcione reduções de custos e elevação dos níveis de serviço praticados, tenha capacidade de adaptação e de reagir com rapidez, além de saber gerir riscos. O SETOR ELETROELETRÔNICO E OS OPERADORES LOGÍSTICOS Ford Caminhões comemora 50 anos de atuação no Brasil Grupo Bertin inaugura usina de biodiesel a partir de sebo animal Implementos rodoviários: setor deve crescer 5% no ano de 2008 Contrabalançadas elétricas X a combustão. Onde usar uma e outra EMPILHADEIRAS (Página 15) (Página 6) (Página 10) (Página 12) Além deste enfoque, esta matéria também aborda o fato de as máquinas elétricas substituírem ou não as a combustão Caderno Show Logistics & Transportes ESPECIAL (A partir da página 26) (Página 40) Retomamos nesta edição o consagrado caderno Show Logistics, só que, agora, com um destaque maior às empresas do segmento de transportes. As tendências e as boas escolhas em porta-paletes ESTRUTURAS (Página 16) Entre as tendências do setor encontram-se o acionamento por gravidade e o uso do sistema autoportante. LOGÍSTICA ALIMENTOS & BEBIDAS: NOSSO NOVO CADERNO Ele inclui matérias e reportagens relativas às necessidades logísticas das empresas dos setores de alimentos e bebidas, enquanto que oferece, às empresas que atuam nestes segmentos, o acesso a informações sobre os produtos e serviços da área de logística que atendem as suas necessidades. TRANSPORTE RODOVIÁRIO PRODUTOS PERIGOSOS NAS ESTRADAS: ACIDENTES NÃO ACONTECEM, SÃO CAUSADOS Multimodal (Página 38) (A partir da página 20) Foto: Stock.xchng Foto: Nefab

JORNAL Log LogWebWeb · a Cacau Show A Scheffer Logística (Fone: 42 3236.5722), especiali-zada em soluções para movimentação de cargas, vai ins-talar mais um armazém vertical

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J O R N A L

E D I Ç Ã O N º 6 8 - O U T U B R O - 2 0 0 7

LogísticaSupply ChainTransporte MultimodalComércio ExteriorMovimentaçãoArmazenagemAutomaçãoEmbalagem

R E F E R Ê N C I A E M L O G Í S T I C A

LogWebLogWeb

Empresas do segmento de eletroeletrônicosesperam que o OL proporcione reduções decustos e elevação dos níveis de serviço praticados, tenha capacidade de adaptação e de reagir com rapidez, além de saber gerir riscos.

O SETOR ELETROELETRÔNICO E OSOPERADORES LOGÍSTICOS

Ford Caminhõescomemora 50

anos de atuação no Brasil

Grupo Bertininaugura usina debiodiesel a partirde sebo animal

Implementosrodoviários: setordeve crescer 5%no ano de 2008

Contrabalançadas elétricas X a combustão.Onde usar uma e outra

EMPILHADEIRAS

(Página 15)

(Página 6)

(Página 10)

(Página 12)

Além deste enfoque, esta matéria também abordao fato de as máquinas elétricas substituírem

ou não as a combustão

Caderno Show Logistics & Transportes

EESSPPEECCIIAALL

(A partir da página 26)

(Página 40)

Retomamos nesta edição o consagradocaderno Show Logistics, só que, agora,

com um destaque maior às empresas do segmento

de transportes.

As tendências e as boas escolhas em

porta-paletes

EESSTTRRUUTTUURRAASS

(Página 16)

Entre as tendências do setor encontram-se o acionamento por gravidade e o uso do sistema autoportante.

LOGÍSTICA

ALIMENTOS & BEBIDAS: NOSSO NOVO

CADERNO Ele inclui matérias e reportagens relativas às necessidades logísticas dasempresas dos setores de alimentos ebebidas, enquanto que oferece, àsempresas que atuam nestes segmentos,o acesso a informações sobre os produtos e serviços da área de logística que atendem as suas necessidades.

TRANSPORTE RODOVIÁRIO

PRODUTOS PERIGOSOS NAS ESTRADAS: ACIDENTES NÃO ACONTECEM,SÃO CAUSADOS M

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(Página 38)

(A partir da página 20)

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº68 - OUTUBRO - 20073

Redação, Publicidade, Circulação e Administração: Rua dos Pinheiros, 240 - conjunto 12 - 05422-000 - São Paulo - SP Fone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

Redação: Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949

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Publicação mensal, especializada em logística, da LogWeb Editora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br

Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli

Gonç[email protected]

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Administração/FinançasLuís Cláudio R. Ferreira

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Projeto GráficoFátima Rosa Pereira

DiagramaçãoPaulo Junqueira

Diretoria Executiva Valeria Lima

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Diretoria ComercialDeivid Roberto Santos

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Marketing José Luíz Nammur

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Os artigos assinadose os anúncios

não expressam, necessariamente,

a opinião do jornal.

EditorialARMAZENAGEM

Scheffer Logística amplia automação para a Cacau Show

AScheffer Logística (Fone:42 3236.5722), especiali-zada em soluções para

movimentação de cargas, vai ins-talar mais um armazém verticalclimatizado com dois transeleva-dores de dupla profundidade nanova fábrica da produtora dechocolates finos Cacau Show,em Itapevi, SP.

“O sistema é todo automati-zado, o que permite maior agili-dade e con-fiabil idadeno proces-so”, garanteo diretor daCacau Show,A l e x a n d r eCosta. Outravantagem doa r m a z é mvertical é aotimizaçãodo espaço e,com isso, aredução deinvestimentoem uma áreamaior clima-tizada. Osprodutos daempresa sãom a n t i d o srefrigeradosem uma tem-p e r a t u r aconstante de18º C.

No início deste ano, a Schef-fer instalou um armazém verti-cal com as mesmas característi-cas para atender a demanda daPáscoa, o que ampliou em cin-co vezes a capacidade de arma-zenagem na época. Os bonsresultados fizeram com que aempresa investisse na duplica-

ção de seu armazém.As dimensões do novo auto-

portante são de 112,50 x 12,25 x9,20 m, com 1.378 m2 e 2.544posições de armazenagem distri-buídas em dois corredores dedupla profundidade. Quando asinstalações estiverem prontas, aCacau Show irá contar com umarmazém autoportante refrigera-do de 112,50 x 24,50 x 9,20 m,com 2756 m2 e 5.088 posições

de armazena-gem. As di-mensões dacarga são de1200 x 1000 x1190 mm e opeso de umatonelada. Osistema conta,ainda, comdois transele-vadores, qua-tro corredoresde dupla pro-f u n d i d a d e ,transportado-res de roletestracionados,mesas eleva-tórias e trans-portadores detrês pistas.

F o r a mi n v e s t i d o spela CacauShow R$ 15

milhões na nova planta, quetem 17.000 m2 de área cons-truída. As novas instalaçõespermitirão à empresa dobrar suaprodução e atingir a marca de600 toneladas/mês de chocola-te. Com 295 franqueados, aCacau Show tem como metapara 2010 atingir a marca demil lojas.�

Todos gostam de novidades. Nós, do Log-Web, também, e quando as criamos, pensa-

mos sempre em atender aos nossos leitoresque, acreditamos, também são ávidos pornovidades.

Assim, a partir desta edição, passamos aoferecer um novo caderno: o de “Alimentos& Bebidas”. Ele nasce para enfatizar asnotícias destes segmentos para os nossosleitores e, também, em razão da parceria queacabamos de firmar com a Fispal, principalpromotora brasileira de feiras de negóciosna América Latina para o setor de alimentose bebidas.

O leitor é quem mais ganha com este novocaderno: afinal, ele passa a ter acesso, atra-vés de várias matérias e reportagens, àsnecessidades logísticas das empresas dossetores de alimentos e bebidas, enquanto asempresas que atuam nestes segmentos pas-sam a ter acesso aos produtos e serviços daárea de logística que venham a atender assuas necessidades diárias. Proporcionamos,assim, um intercâmbio entre as atividadesdos segmentos, a exemplo do que já fazemoscom outros setores que compõem o mercadoindustrial e de serviços brasileiro. E, comodissemos antes, nossas novidades são sem-pre visando proporcionar aos nossos fiéisleitores o máximo de informação possível noque concerne à logística.

Além do novo caderno, não podemos dei-xar de mencionar as matérias especiais quetambém compõem esta edição: empilhadeirascontrabalançadas elétricas X a combustão;Show Logisctis & Transportes; o setor ele-troeletrônico e os operadores logísticos; eestruturas porta-paletes.

Portanto, amigo leitor, aproveite as novi-dades desta nova ediçãodo LogWeb.

TEMOS MAIS NOVIDADES

Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº68 - OUTUBRO - 20074

O governador Sérgio Cabral disse,no dia 31 de julho último, que irácomparar o valor do ICMS – Impostosobre Circulação de Mercadorias eServiço cobrado pelos Estados brasi-leiros para reajustar a política tributá-ria do Rio de Janeiro, o que deverátornar o mercado fluminense maiscompetitivo.

O plano, que está em estudo, foianunciado durante uma homenagemfeita à avó do governador, dona Regi-na Cabral, na sede da ESA - Empilha-deiras Sul Americanas, fabricante dasempilhadeiras Still e Linde.

Homenagem

Aos 94 anos de idade, a avó dogovernador foi madrinha do eventoque comemorou a entrega da máqui-na número mil e o lançamento donovo modelo de empilhadeira Still, aFMX.

A comemoração reuniu 165 operá-rios, convidados, diretores e executi-vos da empresa. O diretor industrialda Still, Gabriel Moraes, entregou paraDona Regina a placa mérito de madri-nha do novo modelo da empilhadeira– a FMX apresenta um design ergonô-mico altamente avançado e possui oque há de mais moderno em termosde tecnologia AC para empilhadeiras.

Cabral testou uma das máquinasno evento, também prestigiado pelovice-governador e secretário de Obrasdo Rio, Luiz Fernando Pezão.

Moradora há 89 anos do bairro deCavalcante, na Zona Norte do Rio,Dona Regina acompanhou a implanta-ção da fábrica, que se instalou, em1981, na Rua Silva Vale. “A nossafábrica foi fundada em 1977 no bairrodo Caju e transferida para Cavalcanteem 1981. Neste período, eram fabri-cados em média 90 equipamentos porano. Nos últimos cinco anos, a fábricaaumentou seu volume de produção

em aproximadamente 400%, aumen-tando também seu espaço físico,assim como o número de colaborado-res. É prevista para 2007 a fabricaçãode 1.800 máquinas”, destaca FrankEgom Bender, presidente da ESA,acrescentando que, atualmente, aempresa dispõe de uma organizaçãomoderna baseada em flexibilidade,tecnologia, custo, qualidade e foco nocliente. “Estes pilares garantem àempresa a liderança de mercado hámais de 30 anos.”

Ainda falando sobre a fábrica daESA, Bender lembrou que há um óti-mo relacionamento com os moradoresde Cavalcante. “Cerca de 30% do nos-so efetivo são moradores do bairro.Oferecemos um curso de informáticapara 52 alunos da comunidade vizinhaà fábrica e aproveitamos dois alunospor ano em nosso efetivo. Possuímos,também, um programa de cestasbásicas para a comunidade, mantendoum excelente relacionamento que jádura 26 anos”, diz o presidente.

Bender também lembrou que oevento marcou a fabricação da milési-ma máquina. Segundo ele, os modelos

retráteis FME e R são referências emtermos de tecnologia, baixo custo demanutenção e performance nos seto-res de movimentação e armazena-gem. “Atingir esta marca histórica éfruto do nosso investimento em tec-nologia e qualidade. A ESA possui umdepartamento de engenharia no Brasilcom experiência de 25 anos em proje-tar equipamentos que atendam àsexpectativas dos nossos clientes.Conseguimos oferecer ao mercado umproduto realmente adequado ao uso.Somos líderes absolutos em máquinasretráteis no Brasil e aproveito a opor-tunidade para agradecer nossos fiéisclientes que nos mantém nessa posi-ção há 30 anos”, comemorou Bender.

Emoção

“Não tenho palavras para expres-sar tanta emoção”, disse, entre lágri-mas, Dona Regina, acompanhada desua filha Cely Santos, irmã do jorna-lista Sérgio Cabral, pai do governador.

Por sua vez, Cabral agradeceu ocarinho prestado à sua família, con-terrânea do bairro, e ressaltou seu

Sergio Cabral visita a ESA e diz que quer

reduzir ICMS no Rio de Janeiro

Informe Publicitário

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº68 - OUTUBRO - 20075

empenho em aumentar a gera-ção de emprego e renda noEstado.

“Obrigado por saudaremminha querida vozinha. Sua his-tória é uma lição de vida, poisao ficar viúva criou sozinha trêsfilhos com dignidade numaantiga chácara, aqui perto, ondeela mora até hoje. Nasci nobairro do Engenho de Dentro,cresci aqui e vou investir ematividades econômicas paravalorizar a Zona Norte do Rio. Ofato desse bairro sediar umaempresa como essa é muitoimportante, porque aqui sãogerados R$ 156 milhões para opaís. Quero atrair mais fábricaspara essa região e incentivar oaumento de emprego no Esta-do”, destacou Cabral.

Na ocasião, o diretor indus-trial da Still disse que esperacontar com o apoio do governodo Estado para manter a lide-rança no mercado mundial.“Estamos abertos para possí-veis parcerias e troca de infor-mações, para juntos fazermos oRio crescer cada vez mais”, dis-se Moraes.

O presidente da ESA tam-bém ressaltou que se sentiramhonrados com a presença dogovernador na fábrica. “Suapresença enfatiza a importânciada nossa empresa para o Esta-do e para o setor de movimen-tação e armazenagem do país.Acreditamos ser o primeiro pas-so para estabelecermos umaparceria que gere crescimentopara nossa indústria e asdemais empresas da região”,afirmou Bender.

Para ele, o apoio do governodo Estado é fundamental para ocrescimento da indústria. Ques-

tões como valor do ICMS esegurança já foram apontadascomo fundamentais para ocrescimento. “Iniciamos algu-mas negociações com o gover-no e estamos certos que tere-mos excelentes resultados,refletindo em redução do custodos produtos e maior geraçãode emprego e renda. A indústriano Estado precisa ser revitaliza-da e o governador demonstrou-se empenhado na solução dosproblemas”, completou o presi-dente.

ICMS

Sobre a questão do ICMS,Cabral ressaltou que há falta deorganização tributária no Esta-do. “É evidente que não pode-mos punir a receita, mas aobaixar o ICMS iremos aumentara arrecadação. Estamos per-dendo dinheiro. Irei verificar ossetores industriais prejudicadose me aprofundar sobre a ques-tão. Acho que há uma políticade ICMS que deve corresponderao aumento da receita, que nãoé sinônimo de alíquota alta.Pode-se ter uma alíquota menore ganhar mais dinheiro”, disse.

Para o governador, é impor-tante comparar os impostos decada Estado do Brasil para bus-car avanços na economia flumi-nense.

“Queremos reajustar o ICMSe, se necessário, reduzi-lo, paratornar o mercado daqui maiscompetitivo. Quem paga o ICMSé o cliente e, se não baixarmosos tributos, poderemos perdê-lo”, completou o governador.

Fone Still: 11 4066.8100

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICAEDIÇÃO Nº68 - OUTUBRO - 20076

Ogrupo Bertin (Fone:0800 176000), exporta-dor de carne, inaugurou

no dia 21 de agosto último, emLins, SP, a maior usina de bio-diesel do mundo a partir de seboanimal.

De acordo com RogérioBarros, diretor comercial dadivisão de biodiesel do grupo,a usina tem capacidade de pro-duzir até 110 milhões de litrosdo combustível ao ano. Estima-se que este volume seja sufi-ciente para atender 14% do con-sumo nacional mediante adição,obrigatória a partir de 2008, de2% ao óleo diesel. Outra parteserá reservada para consumopróprio pelas empresas do Gru-po Bertin, que consomem apro-ximadamente 5 milhões delitros de diesel ao mês.

A usina tem a característicade ser flex, ou seja, poderá pro-duzir o combustível tanto desebo animal, principal matéria-prima, como de oleaginosas,

como pinhão-manso, soja, algo-dão, milho, amendoim, girassol,gergelim e outras. O sebo é for-necido por frigoríficos do pró-prio grupo e por outras empre-sas do ramo de carnes.

“Estamos aptos a operar com100% de sebo bovino ou 100%de oleaginosas. E ainda a fazermistura de sebo bovino comoleaginosas em proporçõesvariadas”, declara César Abreu,diretor industrial da divisão bio-diesel do Grupo Bertin.

Barros, por sua vez, comple-menta: “essa flexibilidade dáse-gurança ao projeto quanto àdisponibilidade de matéria-pri-ma e ainda atende à legislaçãoque de-termina um percentualde vegetais no combustível pro-duzido”.

INVESTIMENTOS E RETORNO

Foram investidos na usinacerca de R$ 42 milhões, sendo

R$ 14,9 milhões provenientesde recursos do BNDES – Ban-co Nacional de Desenvolvi-mento Econômico e Social e orestante oriundo de recursospróprios.

A planta foi desenvolvidapela empresa Dedini, de Pira-cicaba, e usa tecnologia licen-ciada pela belga Desmet Bal-lestra. É considerada a primei-ra usina de biodiesel do país afuncionar pelo processo deprodução contínua, pelo qual osebo entra de um lado e o bio-diesel sai do outro. As demaisusinas produzem o combustí-vel pelo sistema conhecidocomo “batelada”, isto é, tanquepor tanque.

José Luiz Olivério, vice-presidente de operações daDedini, destaca que, além deinovar em tecnologia, a usinado grupo Bertin também deve-rá agregar valor ao sebo bovi-no, matéria-prima hoje utiliza-da em larga escala na fabrica-ção de sabão.

Para o diretor industrial dadivisão biodiesel do grupoBertin, a usina promove a mul-tiplicação da oferta de empre-go e renda e crescimento eco-nômico. Outro benefício desta-cado é o desenvolvimento sus-tentável, com medidas comoredução da emissão de gasespoluentes e ganho em créditode carbono.

Barros adianta que o grupoestá atualmente projetandooutras quatro usinas, sendoduas de biodiesel, nas cidadesde Campo Grande, MS, e Dia-mantina, MG, e outras duasusinas de etanol, em Maracaju,MS – Usina Brilhante, e emDourados, MS – Usina SãoFernando.�

COMBUSTÍVEL

APaper Cell (Fone: 114056.2200), dedicada àprodução de colméias e

artefatos de papel, oferece para osetor de transporte de cargaspaletes fabricados a partir depapel reciclado ou Kraft, sobreplataforma intermediada comcolméias tipo “honey komb”. É oque conta Stefano BoraginiFilho, gerente de vendas daempresa, acrescentando, ainda,que estes paletes possuem péstubulares, deslizes rígidos eentrada para paleteira ou empi-lhadeira pelos quatro lados, além

de serem montados com colaespecial.

“São extremamente leves,pesando apenas 1/3 se compara-dos a um palete de madeira,representando em média 14 kg amenos por palete, o que resultaem excelente custo-benefício.Além disso, quando destinados àexportação, não é necessário tra-tamento fitossanitário”, declaraBoragini Filho.

Segundo ele, devido a suaestrutura reforçada, o palete depapel da Paper Cell suportaempilhamento de até 1.600 kgem carga estática e 800 kg decarga em movimento. Quanto àslimitações, elas são apenas emrelação às intempéries.

O produto é destinado aosmais variados tipos de segmen-tos, entretanto, o gerente de ven-das declara que a empresa temencontrado maior aceitação nosramos alimentício, farmacêutico,de cosmético e em especial nosque se destinam a exportações.�

MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM

Paper Cell fabrica paletes de papel

O palete de papel suporta empilhamento de até 1.600 kg em carga estática

Tanque de armazenamentode biodiesel da empresa

Posto de abastecimento de biodiesel da Usina Bertin Biodiesel, em Lins, SP

Grupo Bertin inaugura usina de biodiesel

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA EDIÇÃO Nº68 - OUTUBRO - 20077

A Série Estudos Ferroviá-rios é uma publicação anual,com trabalhos que acompa-nham o desenvolvimento dosetor ferroviário de carga e depassageiros, com seus com-promissos e seus projetos. “Otrabalho reúne rico conteúdo,que costuma servir de fonte edocumento de consulta peloBanco Mundial, BNDES –Banco Nacional de Desen-volvimento Social e Econô-mico e outras instituições”,conta o diretor-executivo doSIMEFRE, Francisco Petrini.

Entre os temas abordadosnesta 12ª edição estão a cons-trução dos trechos Norte eSul do ferroanel de São Pau-lo, cujos projetos se achamem elaboração, e as priorida-des do setor metroferroviário.

Além disso, o estudo reve-la a fase das grandes enco-mendas para o segmento fer-roviário de carga e o ofereci-mento pelos fabricantes dosserviços de manutenção emodernização da frota exis-tente. Quanto ao sistema depassageiros, a situação pode-rá melhorar com as expan-sões das linhas de metrôs e detrens urbanos das unidadesda CBTU, Trensurb, Metro-for, Metrôs do Rio de Janei-ro, São Paulo, Salvador eDistrito Federal.

Livro

Série EstudosFerroviários2007 – 12ª Edição

Organizadora/Editora: SIMEFRE – Sindicato Interestadual da Indústria deMateriais e EquipamentosFerroviários e RodoviáriosNº Páginas: 74Informações: 11 3289.9166

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EDIÇÃO Nº68 - OUTUBRO - 20078 LogWebLogWeb

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

Notíciasr á p i d a s

O Grupo Linx (Fone: 112103.2400), especializado emsoluções tecnológicas paraempresas de varejo, está inician-do uma nova divisão, a Linx FastFashion, que atuará como opera-dor logístico para empresas doramo de vestuário. Para viabili-zar a nova operação, o GrupoLinx está investindo R$ 2,5milhões em um Centro de Distri-buição, localizado no quilômetro18 da Rodovia Anhangüera, emSão Paulo, SP, equipado comequipamentos automatizadospara movimentação e armazena-gem de mercadoria, especifica-mente de vestuário. O contratofechado com a Camisaria Colo-bo, rede que conta com 107 lojas,em 54 cidades do Brasil, prevê orecebimento no Centro de Distri-buição da Linx Fast Fashion detodas as mercadorias provenien-tes dos fornecedores nacionais einternacionais. Os produtos serãoconferidos, manipulados, confor-me a necessidade, passando porprocessos como etiquetagem depreço, passadoria, costura, arma-zenamento, distribuição e expe-dição para as lojas. A gestão dotransporte e da entrega tambémficará sob responsabilidade danova empresa do Grupo Linx.

Grupo Linx criadivisão logísticano ramo de vestuário

O dilacerador I (fura pneu),fabricado pela Porta Tec(Fone: 11 5563.5414), écomandado por contatores ele-tromecânicos e central eletrô-nica, tendo conjunto de eixocentral rotativo de 44 mm dediâmetro maciço em aço 1020,montado sobre mancais fixosde aço forjado a cada 900 mm,com setas (tipo triangulo), gar-ras moveis pontiagudas commedidas de 100/110 mm decomprimento externo (quandoarmado) e 6,40 mm de espessu-ra, com grelha em aço 1020 com8,0 mm de espessura. As lançasficam inteiramente embutidasquando desarmado o sistema, e otempo de abertura/fechamento éde 2,5 segundos.

Porta Tec fabricadilaceradorde pneu

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“Em nome da Vantine e daNTC&Logística gostaria deagradecer o apoio do LogWebpara realização do Iº ENA-LOG – Encontro NacionalAcadêmico de Logística. OENALOG foi um sucesso!!!Temos certeza que pudemoscontribuir para o público des-te evento, oferecendo umaoportunidade única para suaformação profissional, permi-tindo um melhor direciona-mento e uma visão ampla domercado de logística.

O LogWeb foi essencialpara o sucesso do ENA-LOG!”

Palavra

ENALOG

do Leitor

José Geraldo Vantine Diretor da Vantine

Solutions

“Gostaria, em primeirolugar, de parabenizar toda aequipe do LogWeb pelo jor-nal que recebo desde o iní-cio de sua circulação e quepara o nosso bem tem cres-cido e representado umagrande ferramenta para osprofissionais da logística.”

Ferramenta

Na matéria “Grupo LClança rodotrem para grandevolumes e pesos de cargas”,publicada na página 46 daedição nº 66 do jornal Log-Web, o nome correto de umadas empresas que formam ogrupo é “Translute Transpor-tes Rodoviários”.

Errata

Edison Cristovam da Silva

Local Armazéns Gerais Ltda.

“Parabéns pelo contínuocrescimento do nosso Log-Web em relação à qualidade eespecialização, tenho certezaque em futuro breve o Log-Web será a maior e a melhorreferência do tema no Brasil.”

Referência

José Paulo de Macedo Soares Junior

Consultor da PurpendicularAssessoria

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

IMPLEMENTOS RODOVIÁRIOS

Setor projeta crescimento de 5% para o ano de 2008 As vendas da indústria de imple-

mentos rodoviários podem ser5% maiores em 2008 caso o

mercado externo continue com bomdesempenho. “Considerando que omercado externo não tenha uma piorasignificativa no próximo ano, podemoster um crescimento até maior do que apercentagem esperada neste momento.Caso contrário, se houver uma forteretração no mercado norte-americanoque venha refletir em outros países,podemos ter um crescimento menor,repetindo o mesmo desempenho de2007”, explica o presidente da ANFIR –Associação Nacional dos Fabricantesde Implementos Rodoviários (Fone: 116972.5577), Rafael Wolf Campos.

Segundo ele, o mercado como umtodo, no próximo ano, pode crescer 5%sobre o volume de 2007, absorvendoaproximadamente entre 45 mil e 47 milunidades (pino rei), das quais 5.000(pino rei) serão destinadas à exportação.

“Na verdade, a indústria de imple-mentos refez algumas vezes suas previ-sões para 2007. Começamos o exercícioprevendo crescer 10%. Com o passardos meses, o bom desempenho dosmercados agrícolas, sucroalcooleiro econstrução fez com que mudássemosnossas projeções para algo em torno de30%”, lembra Campos. De acordo como Departamento de Estatísticas daANFIR, os produtos que mais represen-tatividade tiveram no volume comercia-lizado pela indústria nos primeiros oitomeses de 2007 foram os das linhas gra-neleira, canavieira, basculante, tanquecarbono, siders e frigorífico.

O equipamento de maior destaquecontinua sendo o da linha graneleira.Foram comercializadas 9.004 unidades,o que permitiu ao segmento registrarcrescimento de 45% sobre as 6.210 uni-dades vendidas em igual período de2006.

No caso dos reboques e semi-rebo-ques canavieiros, o mercado absorveu3.824 unidades, ou seja, 64,6% mais doque os 2.323 equipamentos vendidos dejaneiro a agosto de 2006.

O terceiro lugar no ranking demelhor desempenho do setor de imple-mentos rodoviários ficou para os equi-pamentos basculantes, que somaram2.260 unidades comercializadas.

Assim, as vendas do segmento cres-ceram 59,5% sobre os 1.417 equipa-mentos negociados nos meses de janei-ro a agosto de 2006.

As vendas de tanques carbono, aindasegundo dados da ANFIR, somaram1.994 unidades e registraram cresci-

mento de 62,8% sobre o volume comer-cializado de janeiro a agosto de 2006,quando a indústria comercializou 1.225unidades.

Quinto no ranking dos mais vendi-dos, os equipamentos siders somaram1.856 unidades e apresentaramdesempenho 94,3% melhor do que as955 unidades vendidas no mesmo

período de 2006.Outro segmento que apresentou

crescimento significativo foi o queatende o setor frigorífico. Foramcomercializadas 1.267 unidades, dejaneiro a agosto deste ano, representan-do um crescimento de 38,3% sobre as916 unidades vendidas nos primeirosoito meses do ano passado.

MERCADO INTERNO Família JAN/AGO JAN/AGO %

2007 2006 Basculante 2260 1417 59,5% Base 120 151 -20,5% Base Contêiner 925 843 9,7% Bobineiro 140 147 -4,8% CS/Graneleiro 9004 6210 45,0% Canavieiro 3824 2323 64,6% Carga Geral 2614 2758 -5,2% Carrega Tudo 374 299 25,1% Cerealeiro 21 11 90,9% Dolly 701 416 68,5% Especial 657 546 20,3% Florestal 342 416 -17,8% Frigorífico 1267 916 38,3% Sider 1856 955 94,3% Silo 257 83 209,6% Tanque Carbono 1994 1225 62,8% Tanque Inox 420 324 29,6% Total 26.776 19.040 40,6%

MERCADO EXTERNOExportações JAN/AGO JAN/AGO %

2007 2006 Total 3.123 2.504 24,80%

CARROÇARIAS SOBRE CHASSISFamília JAN/AGO JAN/AGO %

2007 2006 Abertas 11745 Fechadas 11288 Carga Seca (Madeira) 12275 Baús Alumínio/Frigor. 8341 Sider 202 Basculante 3849 Tanque 763 Outras / Diversos 6873 1137 Total 32303 24170 33,6%

Em virtude de abertura das diversas categorias do mercado, a terminologia e sistemática da estatística foram mudadas.

Fonte: ANFIR

EMPLACAMENTOS DO SETOR ACUMULADO JANEIRO A AGOSTO DE 2007

REBOQUES E SEMI-REBOQUES

EDIÇÃO Nº68 - OUTUBRO - 2007

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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Mercado Interno –As vendas internas registradas pelo segmento de reboques e semi-reboques no período dejaneiro a agosto de 2007somaram 26.776 unidades e registraram um crescimento de 40,6%sobre os 19.040 equipamentos comercializados nos primeiros oito meses de2006.

Acumulado do mercado de

implementos de janeiro a

agosto de 2007

Vendas Externas -Durante os oito primeirosmeses de 2007, as vendas externas de reboques e semi-reboques alcançarama marca das 3.123 unidadese tiveram alta de 24,8%sobre os 2.504 implementos exportados de janeiro a agosto do ano passado.

Emplacamentos - Os emplacamentos de carroçarias sobre chassisrealizados de janeiro a agosto de 2007 atingiram acasa das 32.303 unidades, o que representou umdesempenho 33,6% maiordo que os 24.170 equipamentos emplacadosno mesmo período de 2006.�

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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EMPILHADEIRAS

Contrabalançadas elétricas X a combustãoOnde usar uma e outra

Além deste enfoque, esta matéria especial também aborda ofato de as máquinas elétricas substituírem ou não as a combustão.

Máquinas contrabalança-das elétricas: aondepodemos aplicá-las?

Está é a pergunta básica destareportagem especial do jornalLogWeb com vários profissio-nais do setor.

Assim, o primeiro a se expres-sar, José Renato Corrêa, supervi-sor rental da Bauko (Fone: 113693.9340), aponta que asmáquinas contrabalançadas elé-tricas são utilizadas com grandedesempenho e economia em di-versas aplicações e ambientes detrabalho, trazendo benefíciosonde a empilhadeira a combustãonão atende as exigências requeri-das, como baixa emissão de ruí-dos, não emissão de poluentes,menor corredor operacional emaior produtividade.

Já Mário Baptista da SilvaJúnior, coordenador de vendasde empilhadeiras elétricas daBrasif (Fone: 31 2129.3944),cita especificamente os locaisonde podem ser usadas: emáreas externas e internas, compisos regulares e irregulares,

tais como áreas de recebimentode matéria-prima, de expediçãode materiais, de cargas e descar-gas de caminhões, de produção– alimentação e retirada de car-gas de produção – e de transfe-rência de depósitos, bem comoem galpões fechados com ousem sistemas de armazenagem eem câmaras frias – frigoríficos,farmacêuticos e alimentícios.Mas, como lembra MarcosAntonio Thalheimer, coordena-dor geral de empilhadeiras daLinck Máquinas (Fone: 513358.3361), para operar emlocais frigorificados é preciso ouso de proteções específicaspara o frio, enquanto que, paraambientes com produtos alta-mente inflamáveis, deve-se usarblindagem especial.

De fato, como completaDaniela Gomes, coordenadorade marketing da Clark-Dabo(Fone: 19 3881.1599), as má-quinas contrabalançadas elétri-cas têm uma alta gama de apli-cações, podendo basicamenteestar presentes em qualqueroperação que uma máquina acombustão executa. “Os princi-pais mercados são: indústria dealimentos, química, automotiva,de bebidas, farmacêutica, detransformação, tintas e plástica,além de Centros de Distribuiçãode qualquer espécie, isso paracitar alguns exemplos somen-te”, diz ela.

“As empilhadeiras contraba-lançadas elétricas podem seraplicadas na maioria das opera-ções de movimentação de carga,com grande versatilidade.Podem atender as operaçõesexternas de pátios com pisosirregulares, bem como áreasinternas onde os equipamentosmovidos por motores de com-bustão interna não são adequa-dos por emitirem gases noci-vos”, avalia, por sua vez, Bento

Gonçalves Neto, gerente defilial da Retec (Fone: 313372.5955).

Fábio D. Pedrão, diretor daRetrak (Fone: 11 6431.6464),também ressalta que são inúme-ras as aplicações das empilha-deiras contrabalançadas elétri-cas. Em áreas internas, paraarmazenagem em estruturasporta-paletes, carga e descargade caminhões (contêiner), blo-cado e racks de armazenagem.Em áreas externas, no pátio car-regando e descarregando cami-nhões. “Também apresentamversatilidade para trabalharmesmo em dias de chuva, devi-do à blindagem dos motores decorrente alternada”, completa.

“Realmente, devido a suacaracterística construtiva, comrodagem maciça ou pneumáti-ca, estes equipamentos têm ver-satilidade para trabalhar emáreas de armazenagem, na cargae descarga de caminhões etransporte de mercadorias emárea externa, inclusive na chu-va”, complementa Adriana Fir-mo, gerente geral da Still (Fone:11 4066.8117).

Luiz Adriano, engenheiromecânico e consultor técnicoda Tracbel (Fone: 31 8449.6695), também concorda que estasmáquinas são usadas pratica-mente em todos os tipos de apli-cações, porém, devido ao custoinicial mais elevado, são dedi-cadas a trabalhos onde suascaracterísticas são exigidas esão pré-requisitos para o funcio-namento do equipamento.

“Em geral, estas máquinassão mais indicadas quando épreciso trafegar em pisos nãoapropriados para as empilhadei-ras com rodas de poliuretano,como é o caso das retráteis,embora não sejam indicadaspara pisos muito irregulares –por exemplo, bloquetes, asfalto

irregular ou cimento com aca-bamento ruim. Além disso,quando se tratam de cargas maispesadas – acima de 2.000 kg – eelevações menores – abaixo de5.500 mm –, elas apresentamum custo-benefício melhor queas retráteis”, acrescenta Bernar-do Mattos Veloso, gerente demáquinas do Grupo Tradimaq(Fone: 31 2104.8004).

Guilherme Gomes Martinez,do departamento de vendasWHE da Yale (Fone: 11 5521.8100), também aponta as restri-ções quanto ao tipo de piso – eainda inclui os de paralelepípe-dos.

ELÉTRICAS X COMBUSTÃO

Quando a pergunta é se asempilhadeiras elétricas contra-balançadas substituem na ínte-gra as máquinas a combustão,as respostas são variadas.

“É importante ressaltar doispontos aqui: as máquinas, tantoa combustão quanto elétricas,têm características específicasque podem se adequar a deter-minadas operações de melhorforma, mas com certeza pode-mos dizer que as elétricaspodem substituir na íntegra as acombustão em diversas aplica-ções atuais de mercado comganhos em vários fatores”, ava-lia Daniela, da Clark-Dabo.

“Somente em pisos ruins éque não aconselhamos traba-lhar com as elétricas, com avantagem de serem mais econô-micas na manutenção, poissomente temos nove itens paramanutenções preventivas e oucorretivas, diminuindo muito o

risco de vazamentos e quebrasem geral. Hoje estamos operan-do com baterias de até 80 V, oque dá autonomia muito altapara as máquinas”, diz, por suavez, Durval Farias, diretor-pre-sidente da Commat (Fone: 116808.3333).

Veloso, daTradimaq:

custo-benefício

melhor queas retráteis

Adriana, daStill: com aselétricas, a operação ficamais agradável

Li, da Equilift: elétricas não deixam nada a desejar perante as a combustão

Thalheimer,da Linck: operaçõesespeciaisrequerem usode acessórios

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Para Kleber Li, gerente de importa-ção da Equilift - Heli (Fone: 193277.1482), “de acordo com as espe-cificações da Heli, as máquinas elétri-cas não deixam nada a desejar peranteas empilhadeiras a combustão – elasforam exatamente desenvolvidas coma mesma capacidade das máquinas acombustão, sua única diferença é aforma de energia em que ela é desen-volvida. Elas atendem exatamente asnecessidades de uso em ambientesonde a emissão dos gases residuaisnão é permitida”.

Italo Fagá, gerente comercial da Lin-de (Fone: 11 3604.4762), concorda.Também segundo ele, estes são equipa-mentos que possuem as mesmas carac-terísticas das máquinas a GLP – a únicadiferença é o combustível que a faz fun-cionar. Vanderlei Nisti, gerente geral dodepartamento de manutenção da Movi-mac (Fone: 11 3735.0001), tambémacredita que sim, desde que sejam res-peitadas suas limitações, ou seja, suavelocidade e rampas.

Adriana, da Still, também dá a suaopinião: segundo ela, pode-se afirmarque em grande parte das situações umaempilhadeira elétrica de contrapesosubstitui perfeitamente uma máquina acombustão. “Além disto, a operaçãofica muito mais agradável, menospoluente e mais silenciosa.” RobertoUeda, do departamento de vendas daToyota Industries (Fone: 113511.0400), afirma também que estasempilhadeiras podem substituir as acombustão, “pois com o desenvolvi-

mento das máquinas com motores decorrente alternada vieram qualidadescomo baixo consumo de energia, agili-dade de deslocamento e elevação, alémde utilizarem os mesmos equipamentosde segurança, como os sistemas SAS eOPS”, destaca.

No caso das exceções está RafaelMarin, gestor comercial da Brasil Ren-tal (Fone: 19 3429.1000). Ele consideraque depende da operação em que estásendo utilizada. O grande diferencial deuma máquina contrabalançada a GLP,segundo Marin, está nos ganhos de pro-dutividade e agilidade na operação, oque em algumas operações deixa de serum diferencial tão importante.

“Elas tem praticamente o mesmoperfil de utilização da máquina a com-bustão, são tão robustas quanto estas.Mas existem fatores limitantes como,devido à quantidade de eletrônicaembarcada, estes equipamentos sãomenos tolerantes a chuvas e a ambien-tes com alto índice de partículas sus-pensas. Isso limita sua utilização. Outrofator importante é que equipamentoselétricos têm sua capacidade limitadaem carga, são mais comuns até 8 tone-ladas. Máquinas a combustão chegam a52 toneladas”, diz, por sua vez, JeanRobson Baptista, do departamentocomercial da Empicamp (Fone: 193289.3712).

“Considerando as característicascomo altura máxima de elevação dosgarfos, tipos de torre simplex e tri-plex, ergonomia, tipo de piso e aces-sórios para movimentação de cargas

Pedrão, da Retrak: versatilidade para trabalhar mesmo emdias de chuva

Silva Júnior, daBrasif: uso restrito a cargas inferiores a 5 toneladas

Gallo, daSkam:

elétricas têmdificuldade

para vencerrampas

Caldeira, daZenshin:

modelo retrátilatua em

corredoresestreitos

As contrabalançadas elétricas podem ser divididas em diversos grupos, conforme os critérios de comparação

� Número de rodas – pode ser de quatro ou de três rodas (em geral têm menor raio de giro e, conseqüentemente, podem trabalhar em corredores mais estreitos);

� Tensão dos motores – 24, 36, 48, 72 ou 80 V; quanto maior a tensão, mais ágil é a máquina e mais caras são a máquina, a bateria e o carregador; no Brasil, o mais comum é usar 24, 48 e 80 V;

� Tipo de motor – corrente contínua ou corrente alternada (em relação à corrente contínua, proporciona desempenho superior e reduz o tempo parado para manutenção e o custo da manutenção – não possui contatores, comutadores e escovas);

� Nível de proteção/configuração – sem proteção para trabalho em chuva ou com proteção; as máquinas com a proteção e a configuração para chuva são mais caras.

� Máquinas com operador sentado de 3 rodas em capacidades de 1.000 a 2.000 kg;� Máquinas com operador em pé em capacidades de 900 kg a 2.000 kg, usadas

tipicamente no mercado americano; � Máquinas de 4 rodas com formato pneumático de 1.000 kg a 4.000 kg;

Tipos de empilhadeiras contrabalançadas elétricas

� Máquinas de 4 rodas com formato cushion (maciços) de 1.500 kg a 5.500 kg;

� Máquinas de 4 rodas quadridirecionais que se movimentam para os quatro lados sendo usadas para operação com perfis ou cargas de uma largura superior a 3.500 mm;

� Eixo combi ou perpendicular (4 rodas) – oferece maior estabilidade ao equipamento e também uma maior capacidade de carga residual; alcançam maiores capacidades de carga;

� Eixo central (também de 4 rodas, mas as direcionais são unidas, parecendo que o equipamento tem apenas três) – tem a vantagem de diminuir o raio de giro e, por conseqüência, o corredor de operação; normalmente alcança até 2 toneladas;

� Capacidades mais usuais; de 1 a 8 toneladas; � As elevações variam, com torre duplex, de 2.6 até 5.4 m, e, com torre triplex,

de 4.02 até 7.91 m; � Frontais, que são muito similares às máquinas a combustão;� Laterais, que são operadas da mesma forma que as máquinas retráteis elétricas,

com o operador sentado lateralmente na máquina.

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específicas, podemos dizer queas empilhadeiras elétricas con-trabalançadas podem operarcomo as empilhadeiras a com-bustão”, destaca, por seu lado,Sérgio Koji Saiki, supervisorcomercial da TCIM (Fone : 114224.6480).

“Há empilhadeiras elétricascom capacidade de carga paraaté 40.000 kg, diversos tipos demodelos capazes de executartodas as tarefas de uma empi-lhadeira a combustão. Porém,há casos como mineradoras eoutras aplicações remotas ondenão há uma fonte abundante deenergia elétrica disponível, porisso ainda há muito campo paraas empilhadeiras a combustãoque utilizam diesel como com-bustível, que é mais simples deser armazenado e transportadoque o GLP”, acrescenta Adria-no, da Tracbel.

“Realmente, se for para traba-lhar dentro de uma empresa,temos o modelo retrátil que atuaem corredores estreitos, sendoem 360º e a mais cotada é a elé-trica, porque não faz barulho. Jáa empilhadeira a combustão tra-balha fora de galpões/armazéns,por motivo do motor”, completaEmerson Francisco Caldeira,vendedor da Zenshin (Fone: 113208.2013). Entre os que acredi-tam que as elétricas não substi-tuem as a combustão está SilvaJúnior, da Brasif. “Apesar depoderem utilizar vários tipos desistema de rodagem, desderodas de poliuretano até pneussuperelásticos, não são reco-mendadas para aplicações emterrenos muito irregulares,como é o caso de áreas de cons-trução civil ou depósitos demateriais de construção. A utili-zação das empilhadeiras elétri-cas praticamente fica restrita àcapacidade de cargas inferioresa 5 toneladas”, acrescenta.

“As máquinas a combustãoainda são as preferidas quandoutilizadas em áreas externas ouem locais em que são necessá-rios equipamentos com grandescapacidades de carga (maiorque 3 toneladas), ou seja, por-tos, aeroportos, siderúrgicas emetalúrgicas, entre outros”,relaciona o diretor da Retrak.

Luiz Gallo, gerente comer-cial da Skam (Fone: 114582.6755), também consideraque não. Segundo ele, a maioriadas máquinas a combustão pos-sui pneumáticos, o que as tor-nam mais flexíveis em traba-lhos em pátios e em locais compisos irregulares de terra oupedriscos. Também possuemmotores a combustão que ven-cem rampas com facilidade, oque não é o caso das máquinas

contrabalançadas elétricas.Outro não quanto a substitui-

ção das a combustão por máqui-nas elétricas vem de Veloso, daTradimaq: a bateria tracionáriaé um fator limitante, de acordocom ele. A vibração causadapelo piso irregular reduz a vidaútil da bateria, pois descola aspartículas de chumbo das pla-cas, acumulando-as no fundo doelemento, reduzindo a capaci-dade de armazenamento de car-ga e até mesmo provocandocurto-circuito.

“Outra limitação das empi-lhadeiras elétricas em geral, eque não é diferente nas contra-balaçadas, é a utilização emrampas. Diferentemente dasempilhadeiras a combustão, que

possuem o sistema de arrefeci-mento para o motor – circulaçãode água pelo motor para remo-ção de calor, passando peloradiador para resfriamento –, asempilhadeiras elétricas, quandotrabalham com muita freqüên-cia subindo ou descendo ram-pas, provocam um superaqueci-mento nos motores de tração”,diz o gerente de máquinas daTradimaq.

Uma regra que, apesar devárias adaptações que são feitaspara adequar as máquinas aouso “correto”, não poderá serdispensada é: as máquinas acombustão estão para ambientesexternos assim como as máqui-nas elétricas estão para ambien-tes internos. “Isto se deve ao

fato até de capacidades de car-gas disponíveis no mercado, ouseja, enquanto temos máquinaselétricas de 1.000 kg a 5.000 kgna média, para as máquinas acombustão temos uma capaci-dade de 1.800 kg a 15.000 kg namédia. Lógico que existemmáquinas com muito mais capa-cidades que isto, ou também atémenos, no entanto o que é ofer-tado pelo mercado gira em tor-no do exposto. Sendo assim,existem focos de clientes, ouseja, um terminal de contêineressempre priorizará mais máqui-nas a combustão – afinal, alémde operar em pátios de pisorudimentar, também irá querermanter o mesmo fornecimentode combustível para a frota, a

fim de ganhar escala. Já naindústria de alimentos, ondeexiste um grande consumo deenergia elétrica e por se trata-rem somente de ambientesinternos, a prioridade será paramáquinas elétricas. Poderemosestender este conceito paravárias áreas e segmentá-las daforma que desejarmos. Apesarde no mercado reinar o conceitode que, para máquinas elétricasexistam diferenças de aplicaçãoentre as máquinas de rodagemcushion e as de formato pneu-mático, isto não passa de umamero hábito, afinal ambos ostipos de máquinas precisam deum piso adequado para sua boaoperação”. A avaliação é deMartinez, da Yale.

Benefícios e limitações das empilhadeiras contrabalançadas elétricas

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Benefícios �� Boa ergonomia;�� Alta produtividade; �� São mais versáteis em formas, tamanhos, capacidades e alturas de elevação de cargas;�� Têm maior tempo de vida útil;�� Utilizam combustível (energia elétrica – fonte de energia renovável) que não promove emissão de gases nem

resíduos ao ambiente, além de proporcionarem menor custo da hora trabalhada;�� Apesar do investimento inicial ser de maior valor, principalmente em razão da aquisição de baterias e carregadores, quando analisado o

fluxo de caixa em cinco anos (tempo médio de vida de uma bateria), conclui-se que o valor economizado somente com combustível é muito alto; �� Têm menos itens de manutenção por apresentarem bem menos componentes mecânicos; a transmissão e o freio são elétricos, sem desgastes;�� Os intervalos de intervenção são maiores, o que barateia o custo de manutenção;�� Possibilitam a verticalização de 100% de um armazém devido à grande variedade de modelos;�� Máquinas preparadas com sistemas de blindagem operam em baixas temperaturas (câmaras frias) e em locais úmidos e molhados;�� Permitem o uso de recursos eletrônicos para performance, controle de operação, de manutenção e de adaptação, de acordo com o perfil do operador;�� Mastro inclinável;�� Estabilidade na movimentação de materiais em pisos menos favoráveis;�� Alta capacidade de carga;�� Simplicidade na operação;�� Motor AC utilizado em muitos modelos proporciona menor desgaste de peças e conseqüentemente redução de custos,

uma vez que não há escovas de carbono;�� Ganho no residual de carga que, no geral, é um pouco maior que as máquinas a GLP;�� Otimização do espaço físico devido ao raio de giro bem menor que o das máquinas a GLP;�� Menores e mais ágeis em áreas internas;�� Têm sua utilização permitida por órgãos fiscalizadores como ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

ou Secretaria de Meio Ambiente, para utilização em áreas restritas;�� Compatíveis com a norma ISO 14.000 (ambiente fechado);�� Operação em corredores mais estreitos, na ordem de 20% menores; �� Redução do custo de combustível: carregar uma bateria custa quase 6 vezes menos que um botijão de gás de 20 kg;�� Aumento da produtividade da operação: não é necessário pisar no acelerador para elevar os garfos e estas máquinas

não têm o pedal de aproximação das máquinas a combustão, que exigem cuidado e tempo adicionais do operador;�� Trabalham tanto com pneus pneumáticos como superelásticos, o que otimiza o uso;�� Índice de disponibilidade – demandam menos paradas preventivas e essas paradas são de menor duração;�� Econômicas – um motor a combustão tem rendimento inferior a 30%, enquanto motores elétricos têm rendimento superior a 90%.

Limitações

�� Baixa participação de mercado, gerando pouca flexibilidade na reposição de equipamentos e peças;�� Alto custo de manutenção corretiva, exigindo maior qualificação técnica do mecânico, devido à quantidade de componentes eletrônicos utilizados,

e cuidados especiais na manutenção da bateria – controle do ciclo de carga e descarga –, podendo gerar um reinvestimento ao longo da vida útil;�� Necessitam demanda de espaço físico para baterias e carregadores;�� Exigem um controle minucioso de frota;�� Para operação em locais úmidos, é necessária a blindagem de alguns componentes;�� Não suportam operações em rampas acima de 20%;�� Em áreas de operação cujo piso é muito irregular, que pode causar impactos no equipamento, não é recomendada

a utilização, pois há grande possibilidade de mau contato e posteriores problemas com seus controladores e parte elétrica em geral;�� Também não é recomendada a utilização em pátios abertos sujeitos a chuvas torrenciais e, devido ao sistema de ventilação,

é bom evitar ambientes com alto índice de partículas suspensas;�� Alturas de elevação são menores que as das máquinas retráteis e pantográficas, assim como os corredores para estas máquinas

são maiores que os para as pantográficas ou retráteis; �� Investimento inicial é maior, pois as baterias tracionárias custam o equivalente a 30% do valor do equipamento e, dependendo

do número de turnos, poderá dobrar ou triplicar o investimento em baterias;�� Tarifação muito alta.��

EDIÇÃO Nº68 - OUTUBRO - 200715

No dia 26 de agosto de 1957, aFord Brasil (Fone: 0800703.3673) produziu o seu pri-

meiro veículo nacional, um caminhãoF-600, com um índice de nacionaliza-ção de 40% em peso, que saiu da linhade montagem da antiga fábrica da Fordno bairro do Ipiranga, em São Paulo,SP. Até então, os veículos eram monta-dos no Brasil com peças importadas dosEstados Unidos.

Junto com esse marco histórico, aFord Caminhões tem hoje mais motivospara comemorar. No primeiro semestredeste ano, as vendas de caminhões Fordcresceram 38,9% em comparação como mesmo período de 2006. As 10.643unidades comercializadas no varejofizeram a sua participação no mercadoaumentar de 19,4% para 20,6%, segun-do dados do Renavam. “Temos hoje asegunda maior frota circulante do país”,diz Oswaldo Jardim, diretor de opera-ções da Ford Caminhões na América doSul.

F-600, O PIONEIRO

O pioneiro Ford F-600 nacionaltinha motor V8 de 4,5 litros a gasolina,com 161 CV de potência e capacidadede carga de 6,5 toneladas. Seu primeirodesafio foi uma viagem histórica atéCaruaru, em Pernambuco, enfrentandomais de 1.500 km de estradas, sendo1.100 km não pavimentados.

Hoje instalada na fábrica de SãoBernardo do Campo, SP, a Ford Cami-nhões oferece uma ampla gama demodelos. “Suas duas famílias de produ-tos, a Série F, com cabine convencional,e a linha Cargo, com cabine avançada,oferecem 17 modelos e inúmeras possi-bilidades de customização, com capaci-dade de carga de 3,5 a 50 toneladas,para diversos tipos de aplicações. Oscaminhões Ford são equipados commotores Cummins, eletrônicos ou

emissionados, de quatro ou seis cilin-dros”, explica Jardim.

ABRINDO ESTRADAS

O diretor de operações da FordCaminhões na América do Sul tambémdestaca que, em seus 50 anos de histó-ria no Brasil, a empresa registrou mui-tos marcos de pioneirismo e inovação.“Em 1959, lançou o caminhão médio F-350, como motor V8 e 2.670 kg decapacidade de carga. Em 1960, já havia30.000 caminhões Ford rodando portodo o Brasil. Em 1961, ano da inaugu-ração de Brasília, a Ford lançou o pri-meiro F-600 com motor a diesel e tor-nou-se líder de vendas no mercadointerno. Em 1968, a Ford já totalizava200.000 caminhões vendidos no Brasil.Nos anos 70, em virtude da crise dopetróleo, os motores a gasolina paraveículos comerciais perderam terrenopara os movidos a diesel e a marca saiuna frente apresentando o F-4000 equi-pado com motor MWM a diesel”, diz.

Ainda relembrando a caminhada daempresa, Jardim informa que, em 1977,a linha de produtos foi ampliada com olançamento dos modelos F-7000, FT-7000, F-8000 e FT-8500, o primeirocavalo-mecânico da Ford.

“Nos anos 80, outro grande marcofoi o lançamento da linha Cargo. Alémda cabine avançada, a linha trouxe umasérie de inovações, como os freios adisco, até então inéditos em cami-nhões”, destaca o diretor de operações.

Em 1991, a linha Cargo foi ampliadacom o lançamento dos modelos C-1622, C-2422 6x4 e o cavalo-mecânicoC-3530. Em 1993, a Série F ganhou osnovos F-4000, F-12000 e F-14000. Em1994, a Ford Caminhões atingiu a mar-ca de 1 milhão de veículos comerciaisproduzidos no Brasil. Em 1996, foramapresentados ao mercado os modelosCargo C-814 e C-4030, que ampliaram

a linha para praticamente todos os seg-mentos de carga, dos leves aos pesados.Em 1998, a Série F ganhou mais trêsmodelos: os leves F-250 e F-350 e omédio F-16000.

Em 2000, a linha Cargo foi reestili-zada em todos os modelos. Em 2001, aFord Caminhões inaugurou a novafábrica em São Bernardo do Campo,SP. No mesmo ano, transformou suaárea de caminhões em uma unidadeindependente de negócios, separada deautomóveis, com autonomia para odesenvolvimento de produtos e estraté-gias de mercado.

Em 2003, lançou o Cargo MaxTon4331, cavalo-mecânico de 43 tonela-das. Em 2004, foi a vez do F-350 Cabi-ne Dupla, aliando capacidade de carga eespaço para seis pessoas na cabine.

Em 2005, chegaram os Cargo commotor eletrônico. O leve C-815e e osmédios C-1317e, C-1517e e C-1717eforam os primeiros. Em seguida, vie-ram o médio C-1722e; os trucados C-2422e e C-2428e MaxTruck, 6x2; ostraçados C-2622e, C-2628e, C-2632e,C-2932e e C-5032e, com tração 6x4; eo cavalo-mecânico C-4432e. O F-4000e o F-350 também ganharam novomotor, mecânico, adequado à norma deemissões Euro III.

“Em 2006, foi inaugurado o ModCenter, o único centro de modificaçãode caminhões do Brasil a funcionardentro da fábrica, para a produção deveículos personalizados de acordo comas necessidades dos clientes. Em 2007,a área foi ampliada, em parceria com aRandon, e passou a oferecer mais de 20itens de customização”, destaca Jardim.

Também em 2007, a linha Cargo foiampliada com dois novos modelos: oleve C-712, com motor mecânico emis-sionado e capacidade de 7.700 kg, e ocavalo-mecânico C-4532e, com motoreletrônico e capacidade de tração de45.150 kg.�

ANIVERSÁRIO

Ford comemora 50 anos da produçãode seu primeiro caminhão brasileiro

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

ARMAZENAGEM

As tendências e as boasescolhas em estruturasporta-paletes

e a conjunção destes.Para Eduardo Strefezza,

diretor comercial da Agra Astro(Fone: 11 4748.6222), a grandetendência em porta-paletesenvolve os de acionamento porgravidade.

Já Robson Gonçalves Ribei-ro, gerente de negócios daÁguia Sistemas (Fone: 113721.4666), acredita que aprincipal tendência seja o por-ta-paletes dinâmico, “poistemos maior densidade armaze-nada, FIFO garantido e menornecessidade de movimentação(movimentação do percursofeita pela gravidade)”, destaca.

Na análise de Francisco LuisBertolini Neto, gerente comer-cial da Bertolini (Fone: 542102.4999), além de o porta-paletes ser utilizado para arma-zenagem convencional, vemcrescendo a utilização nas lojasde varejo de auto-atendimento,tomando o lugar das gôndolasconvencionais. “Outra tendên-cia é sua utilização sobre basesmóveis, ‘porta-paletes deslizan-te’, no segmento de câmarasfrias, otimizando a perda deespaço dos corredores de empi-

� Necessidade de compensação de diferentes capacidades das fases de produção;

� Equilíbrio sazonal;� Garantia da continuidade da produção;� Custos e especulação;� Redução dos custos de mão-de-obra;� Redução das perdas de material por

avarias;� Melhoria na organização e controle da

armazenagem;� Melhoria nas condições de segurança de

operação do depósito;� Aumento da velocidade na movimentação.

Fonte: Fiel

Entre as tendências do setor estão acionamento por gravidade e sistema autoportante. Já em como escolher bem, é importante atentar-se às dimensões dacarga, às condições operacionais e do espaço, ao fornecedor e ao custo-benefício.

Fatores básicos que determinam a necessidade de armazenagemAarmazenagem é uma

conveniência econômi-ca, em vez de uma

necessidade, no sistema logísti-co de uma empresa”. É o quediz Márcio Frugiuele, diretorda Fiel (Fone: 11 2198.4646).E quais são as tendências nosegmento?

Flávio Miranda, diretorcomercial da Altamira Indús-tria Metalúrgica (Fone: 116195.2855), cita como tendên-cias a evolução das matérias-primas empregadas, bem comoa utilização de perfis esbeltos emuito resistentes aos esforçosde compressão, flexão, torção

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lhadeira, ganhando, assim, maiorespaço para armazenamento (85%mais)”, opina.

Já Tânia Maria de Souza, coor-denadora comercial da Engesys-tems Sistemas de Armazenagens(Fone: 21 3252.1000), declara quea empresa tem observado ao longodos anos o aumento das dimen-sões e da capacidade das estrutu-ras, acompanhando as evoluçõesde capacidade das empilhadeiras.

De acordo com Flávio Piccinin,gerente de vendas da Isma (Fone:0800.554762), as grandes tendên-cias para as estruturas porta-paletessão a aplicação de equipamentosautomáticos na movimentação e ossistemas dinâmicos, “que são estru-

� Dimensão do palete (frente x fundo x altura);

� Peso do palete (kg);� Dimensão da carga (frente x

fundo x altura);� Peso da carga (kg);� Tipo de empilhadeira a ser utiliza

da (retrátil elétrica, trilateral, combustão, etc.);

� Dimensão do corredor em que a empilhadeira poderá operar, ou seja, com que corredor entre estantes a empilhadeira poderá girar para armazenar e retirar o palete do porta-paletes;

� Altura de elevação do último nívelda empilhadeira com o valor residual da mesma, ou seja, qual é a altura máxima que a empilhadeiraeleva e qual a carga máxima do palete nessa altura. Altura do

mastro da empilhadeira para dimensionamento do túnel de passagem;

� Área onde será montado o armazém, qual a área disponível para montar essas estruturas, de preferência com a altura útil. Quantidade de paletes desejada na armazenagem;

� Como será o arranjo dos níveis de armazenagem, a armazenagem do primeiro nível será com palete no piso ou sem palete no piso (sobre longarinas);

� Tipo de armazém, se será operada a temperatura ambiente, resfriado ou congelado;

� Particularidades da operação que o cliente ache relevante informar.

� Características do material: tipo, dimensões, peso, estabilidade, possibilidade de unitização em paletes ou não e grau de fragilidade;

� Condições do espaço: pé direito, condições do piso, layout do local da armazenagem;

� Condições operacionais: velocidade desejada no processo de estocagem, seletividade necessária na operação do produto, densidade de armazenagem que determina qual a quantidade de itens que o sistema irá comportar; se haverá fracionamento de carga, qual a quantidade de produtos a empilhar, qual o grau de rotatividade destes produtos, se são perecíveis, qual a quantidade de SKUs, verificar a posse, ou não, de empilhadeira, no caso positivo, saber qual é o modelo do equipamento, como é o corredor operacional, qual a altura máxima de elevação da carga, qual o tipo de palete utilizado, quais suas dimensões, e se há a necessidade de túneis;

� Qualidade do material ofertado: o aço deve ser estrutural, com certificação e o projeto deve ter sido elaborado de forma a atender a todos os pré-requisitos estabelecidos;

� Fornecedor: é muito importante para que a operação seja segura que a estrutura de armazenagem respeite as necessidades dos equipamentos de movimentação e do produto armazenado. Um bom fornecedor deve possuir responsável técnico e controle da matéria-prima empregada na construção da estrutura;

� Custo-benefício: não se fala num armazém vertical da noite para o dia, é necessário conhecer bem o tipo de operação e os equipamentos, bem como a carga a ser manipulada. A escolha do modelo deverá atender ao melhor custo-benefício, e o projetista deverá assumir o desafio de desenvolver o melhor projeto, atendendo ao maior número de objetivos possíveis.

No momento da escolha dos porta-paletes, deve-se atentar para:

Informações necessárias para desenvolvimento de um projeto de porta-paletes

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

Fonte: Esmena do Brasil (Fone: 19 3809.6870)

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� Armazenagem incorreta do material;� Mau posicionamento dos paletes sobre os pares de longarinas;� Excesso de carga;

turas de grande adensamento,média seletividade e grande velo-cidade de movimentação”, declara.

A mais nova tendência, segun-do Lúcio Giarolla, engenheiro desistemas e projetos da Junghein-rich Lift Truck (Fone: 114815.8200), é o sistema autopor-tante. “É de simples montagem emuito utilizado nos países euro-peus. Com ele, o armazém verticalganha seu volume com as própriasestruturas de armazenagem”, des-taca. Nesse tipo de construção –continua Giarolla – o projetistacalcula o efeito do carregamento

do porta-paletes e inclui um fecha-mento lateral e o telhado. “É umsistema ideal para o uso de transe-levadores, pois consegue vencerum grande pé direito (por exem-plo, 40 m)”, complementa.

Por último, Luis EduardoNeves, engenheiro e projetista daLonga (Fone: 15 3262.7200),salienta que as tendências são:grandes alturas alcançadas, apro-veitando o máximo do pé direito;módulos com três paletes, possibi-litando ganho de área (m2); eestrutura com dupla profundidadecom ganho de armazenagem.�

O que pode causar a queda dos porta-paletes?

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

� Arraste do palete nas longarinas;� Corrosão nas colunas e chumbadores;� Paletes inadequados para porta-paletes;� Dados fornecidos para elaboração do

projeto incompatíveis com a realidade;

� Negligência nas operações de carga e descarga ou corredor operacional incompatível, que podem provocar choques dos equipamentos de movimentação com montantes e longarinas da estrutura;

� Falta de manutenção do porta-paletes frente a batidas/impactos de empilhadeiras;

� Recalque do piso devido às cargas;� Má execução da montagem;� Falta de informação;� Palete de má qualidade, que pode provocar a deformação excessiva

das longarinas e, conseqüentemente, a queda da estrutura;� Estrutura subdimensionada, ou seja, que não havia sido projetada

para um determinado carregamento.

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Com o objetivo delevantar, acompanhare analisar periodica-

mente as informações logís-ticas do mercado, em espe-cial os valores de fretes pra-ticados nas principais rotasde distribuição de bebidasdas fábricas para os distri-buidores e revendedores, oGrupo de Pesquisa e Exten-são em Logística Agroin-dustrial – ESALQ-LOG(Fone: 19 3429.4580) lan-çou o Sistema de Informa-ções Logísticas de Bebidas– o SIL Bebidas –, disponi-bilizando informações so-bre o mercado de fretes debebidas no Brasil.

O novo sistema atualiza,mensalmente, as informa-ções de fretes para bebidaspara aproximadamente 115rotas rodoviárias, além deserem divulgadas análisesqualitativas do comporta-mento desse mercado defretes.

A partir de agora, paraque os interessados conti-nuem com acesso às infor-mações levantadas pelos

pesquisadores do GrupoESALQ-LOG a respeitodeste mercado, um serviçode assinaturas está sendodisponibilizado.

Para se tornar assinante,basta entrar em http://log.esalq.usp.br/bebidas, con-firmar os dados cadastrais edefinir o período de interes-se para a assinatura. O assi-nante terá acesso tanto àsinformações atualizadas defretes para bebidas referen-tes aos três últimos mesescomo à análise de mercado.

Segundo Augusto Hau-ber Gameiro, vice-coorde-nador do Grupo ESALQ-LOG, “provavelmente é nagestão do frete cobrado pelotransporte das fábricas paraos distribuidores que estãoos maiores desafios para ascompanhias de bebidas,uma vez que a concorrênciaé bastante acirrada nestaetapa. Além disso, há anecessidade de processosconstantes de negociação econtratação de transporta-doras para executá-lo deforma econômica”.

Ainda de acordo comGameiro, a logística de bebi-das e cervejas no Brasil apre-senta algumas característicascomo “intensa utilização de

apenas um modal de trans-porte; mercado de transportebastante pulverizado, inclu-sive com a presença signifi-cativa de transportadoresautônomos; baixo número decaminhões específicos apro-priados pa-ra o transporte decervejas; e grande número decaminhões com idade avan-çada para a realização dotransporte”. �

“A Fispal, principal promotora brasi-leira de feiras de negócios na AméricaLatina para o setor de alimentos ebebidas, tem a honra de comunicar aomercado a parceria fechada com o jor-nal LogWeb. A partir de agora, o LogWeb passa aser a Mídia Partner da Fispal Tecnolo-gia, Feira Internacional de Embalagense Processos para as Indústrias de Ali-mentos e Bebidas, dando, também,apoio na divulgação das feiras FispalFood Service, Feira Internacional deProdutos e Serviços para AlimentaçãoFora do Lar; e Fispal Nordeste, FeiraInternacional de Produtos, Equipa-mentos, Embalagens e Serviços paraAlimentação.Trata-se de uma parceria estratégicana promoção de mais e melhoresnegócios para as empresas de movi-mentação, logística e armazenagem,já que, além das ferramentas decomunicação oferecidas pela Fispal,os expositores e o mercado terão tam-bém acesso a informações de qualida-de apuradas pela equipe de jornalismodo LogWeb. Matérias e notícias diárias serão publi-cadas no hotsite, fruto desta parceria,disponível no site www.logweb. com.br e também no www.fispal.com. Aescolha para esta parceria não poderiaser outra, já que o LogWeb possuiampla credibilidade no mercado, sen-do reconhecida como fonte de refe-

“O jornal Logweb, juntamente comseu portal www.logweb.com.br,considerados dois dos principaisveículos de Logística, TransporteMultimodal, Movimentação eArmazenagem, Supply Chain,Automação e Embalagem do mer-cado nos últimos 5 anos, têm aimensa satisfação de comunicar aseus parceiros e leitores a parceriainédita com a Fispal, principal pro-motora brasileira de feiras denegócios na América Latina para osetor de alimentos e bebidas.O Logweb passa a ser a MídiaPartner especializada em logísti-ca da feira Fispal Tecnologia e aapoiar na divulgação das feirasFispal Food Service e Fispal Nor-deste. O principal motivo da parceria écreditado ao diferenciado know-how da Fispal, uma das pioneirasde feiras no segmento de alimen-tos e bebidas no Brasil. Com isso,o Logweb cria um “Caderno Espe-cial de Alimentos e Bebidas” men-sal dentro do jornal, com o objeti-vo de apresentar soluções logísti-cas de ponta para esse segmento,fazendo com que as informaçõessobre produtos, equipamentos eserviços de nossos parceiros eanunciantes cheguem com maisvelocidade a esse setor, a fim desuprir a demanda de soluções

logísticas do segmento de alimen-tos e bebidas, cujo potencial éimenso. Dessa forma, acreditamos auxiliare gerar melhores negócios para ossegmentos de logística, movimen-tação, armazenagem e embala-gem, tornando ainda mais preci-sas e objetivas as informaçõespara esses segmentos, agregandovalor ao negócio.Buscando iniciar essa parceria depé direito, já em nossa edição denovembro/07 publicaremos umEspecial de Logística Norte – Nor-deste, que será distribuído para osvisitantes da Fispal Nordeste, queacontece em Pernambuco, estadoque teve sua infra-estrutura revi-gorada e incentivos governamen-tais, tornando-se parada obrigató-ria para as cargas que circulam emdireção ao Norte e Nordeste.Garanta já seu anúncio na ediçãoEspecial de Novembro do Logweb,e fale com as principais empresasda região.Em breve mais detalhes dessa par-ceria de sucesso, e vejo vocês naFispal Nordeste.

Bons Negócios”

Deivid Roberto SantosDiretor Comercial do [email protected]

LogWeb e Fispal fazem parceria

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FRETES

ESALQ-LOG lança Sistema de Informações Logísticas de Bebidas

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rência para os profissionais de movi-mentação, logística e armazenagemse atualizarem e tomarem as melho-res decisões. Como o objetivo da Fispal é oferecersoluções ainda mais completas paraeste setor, as iniciativas não parampor aí. Na Fispal Tecnologia 2008vamos lançar uma área dedicadaexclusivamente a estas empresas, afim de suprir a demanda do segmen-to, cujo potencial é enorme. Além dereunir os principais players e promo-ver o encontro de profissionais, a Fis-pal Tecnologia também ofereceráconhecimento através da apresenta-ção de palestras organizadas pelaequipe do LogWeb. A feira, com data para acontecer de 3a 6 de junho de 2.008 no Anhembi,em São Paulo, passará a reunir deze-nas de fornecedores do setor demovimentação, logística e armazena-gem, além de promover negóciospara empresas dos tradicionais seto-res do evento: o de embalagens eprocessamento industrial. Entre em contato conosco e saibatodas as novidades que vêm pelafrente.

Ótimos negócios!”

Marco Antônio MastrandonakisDiretor da [email protected]

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&AStandard Logística e

Distribuição (Fone: 412118.2800) acaba de

lançar, na cidade de Cubatão,SP, sua mais nova unidade –Standard Santos –, na RodoviaDomenico Rangoni, antigaPiaçaguera-Guarujá. O iníciodas operações está previstopara 31 de outubro próximo.

Segundo o presidente daStandard, José Luis DemetercoNeto, estão sendo investidoscerca de R$ 35 milhões nanova unidade, que terá umaárea de 105.000 m2 e capaci-dade estática de 15.000 posi-ções paletes, o que representa-rá 40% do volume de paleteshoje disponíveis no Porto deSantos. “A localização tambémé estratégica. A Standard estána cidade de Cubatão, o quefacilitará o atendimento pelasmargens direita e esquerda doporto”, explica Demeterco.

Com esta nova unidade, aempresa disponibilizará aosclientes câmaras frigorifica-das operando em todos osregimes de temperatura e, ain-da, dois túneis de congela-mento com capacidade para100 toneladas/dia, terminal decontêineres com 300 tomadasreefers, depósito de contêine-res vazios de armadores e des-vio ferroviário em bitola mis-ta para 30 vagões.

“Mas, o grande diferencialpara as indústrias daquelaregião será a opção do trans-porte intermodal para seus pro-dutos, graças à iniciativa daStandard com o projeto do cor-redor intermodal ligando ascidades de Araraquara-SãoPaulo-Santos, integrando aintermodalidade rodoferroviá-ria, terminal de contêineres eestrutura de armazenagem fri-

gorificada em uma única solu-ção voltada às cargas de expor-tação”, diz o presidente.

Demeterco explica que, uti-lizando a malha norte da ALL,a Standard passa a atender asindústrias localizadas nasregiões de influência de Arara-quara, que compreendem todaa região noroeste de São Paulo,Mato Grosso, Mato Grosso doSul, Goiás e Minas Gerais,onde estão se instalando muitodos novos frigoríficos de bovi-nos, aves e suínos. “A vanta-gem deste investimento paraessas indústrias, além da opçãoferroviária, é a unificação naoperação logística. A economiade custos para as indústriaspode chegar a 30%, pois todo oprocesso de captação, transpor-te intermodal, armazenagem edistribuição será feito por umúnico operador”, esclarece.

Para a Standard, esse novo

FRIGORIFICADOS

Standard Logística implanta unidade em Cubatão, SP

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

Demeterco Neto: investimentos de cerca de R$ 35 milhões na nova unidade

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investimento proporcionaráuma grande abertura denegócios e mercado. Segun-do Demeterco, o Porto deSantos concentra 90% dasexportações de bovinosregistradas em todo o país, eessa nova unidade irá con-solidar ainda mais o posi-cionamento da Standard nomercado de exportação deproteína animal – bovinos,aves e suínos. “Para facilitarainda mais todo o processopara nossos clientes, tere-mos habilitação deREDEX, para que todo oserviço de despacho adua-neiro seja efetuado dentroda Standard e, além disso,vamos reativar os embar-ques de ‘breakbulk’ frigori-ficado, há muito tempodesativado no Porto de San-tos”, finaliza o presidenteda Standard.�

Fotos: Ricardo Saibun

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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Final de ano. Época deadequar a produção daempresa às exigências

do mercado. Afinal, este éconsiderado o melhor perío-do do ano em termos de ven-das. Porém, de nada adiantaadequar à produção às exi-gências do mercado se nãohá uma logística adequadaque permita colocar o produ-to nas mãos dos clientes atempo de fazer parte da ceiade Natal ou do Reveillon.

Nesta reportagem espe-cial, duas empresas da áreade alimentos e bebidas mos-tram como estão se prepa-rando para este período: a

Schincariol (Fone: 0800771.0123) e a Cepêra Ali-mentos (Fone: 08007703.480).

ATENDIMENTO

Com relação às medidasque a empresa costumatomar para atender ao merca-do de forma mais ágil, MaikFigueiredo Aires, gerentecorporativo de logística edistribuição do Grupo Schin-cariol, diz que, para esseperíodo, e/ou em qualqueroutro momento que envolvaagilidade na tomada de deci-são, o segredo do Grupo

Schincariol está na “gestãoem time”. “A sazonalidadedo período é discutida comantecedência e planejamos,junto às áreas do comercial ede logística, quais as açõesnecessárias para garantir amanutenção do nível de ser-viço acordado, como, por

exemplo, gestão de estoque,tarefas que podemos anteci-par e outras que podemosexecutar paralelamente. Essetime de gestão controla aevolução dos indicadoresdiariamente e age rapida-mente a qualquer variaçãodo mercado”, explica.

Já no caso da Cepêra,Décio Augusto da CostaFilho, diretor da empresa, dizque procuram antecipar aomáximo os pedidos dosclientes para evitar o aumen-to de pedidos de surpresa eatrasos nas entregas. “Traba-lhamos com os mesmos for-necedores de transporte oano todo e informamos quetemos aumento na demandana ordem de 30% no final doano. Assim, as empresas delogística que nos atendemtambém podem se prepararantecipadamente. Além dis-so, aumentamos nosso qua-dro de funcionários contra-tando mão-de-obra temporá-ria, abrindo um novo turnode serviço, até as 20 horas,para recebimento e expedi-ção. O resultado é que con-seguimos atender à crescentedemanda dentro do prazopara abastecer as lojas”, diz odiretor.

PROBLEMAS

Mas, como era de se espe-rar, os problemas também

acontecem neste período. Aires, da Schincariol,

diz que o maior desafio é,de fato, a sazonalidade que,em conjunto com os even-tos de final de ano, requeruma atenção especial com oplanejamento.

“Como exemplo disto,este ano teremos um repla-nejamento de visitas dosvendedores (antecipando asvisitas aos clientes), grandedemanda por contratação defretes, gestão de estoquesnos clientes e demais recur-sos de forma a atender ademanda. Toda a cadeia ficaoperando em sua capacidademáxima, e caso aconteçamfenômenos fora do planeja-do, temos que ser rápidos naresposta, pois se não dispo-nibilizarmos o nosso produ-to no cliente na hora certa,teremos vendas perdidas”,explana o gerente.

Referindo-se a como aSchincariol supera estesproblemas, Aires informaque são utilizados modelosalternativos de distribuição,que podem não ser os demenor custo no momento,porém no longo prazo sãomais vantajosos do que sus-tentar um custo fixo maior oano todo. “Negociamosantes com os operadoreslogísticos e acordamos umaquantidade de caminhõesdedicados a essa operação.”

LOGÍSTICA

Schincariol e Cepêra sepreparam para o finaldo ano

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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No caso da Cepêra, CostaFilho diz que a falta decaminhões é o maior proble-ma nessa época do ano.“Superamos este problematrabalhando com o mesmoconsumidor o ano todo einformando com antecedên-cia o aumento de carga parao final de ano – assim pode-mos minimizar os proble-mas”, relaciona, destacandoque a perspectiva de negó-cios é de 30% a mais do quenos outros meses do ano.

LOGÍSTICA

Sobre o fato de a logísticapoder ajudar, e também atra-palhar, para se atingir aosobjetivos citados anterior-mente, Aires, da Schincariol,diz que “devemos nos plane-jar para garantir o nível deserviço aos nossos clientes,apoiando a área comercialno sentido de alavancar ven-das nestes momentos depico, sendo proativos, e nãoreativos. O alinhamentoentre as áreas comercial e delogística é fundamental.Caso isto não ocorra, podemhaver complicações para onegócio”, afirma.

Ainda sobre a importân-cia da logística, Costa Filho,da Cepêra, diz que ela é fun-damental para atingir asmetas. “Cada dia que temosde ruptura no ponto de ven-da é uma venda perdida quenão retorna, sem falar nosreflexos que podem sergerados aos nossos clientesque, com a falta de merca-dorias, também não atin-gem suas metas, ocasionan-do um problema comercial”,finaliza.�

Costa Filho, da Cepêra: logística é fundamental para atingir as metas

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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Novos destaquesàs empresas dosetorRetomamos nesta edição o nosso já consagradocaderno Show Logistics, só que, agora, com um des-taque maior ao segmento de transportes. Afinal, asempresas enfocadas nesta edição estarão participan-do, como expositores, da Fenatran – 16º Salão Inter-nacional de Transporte, que vai ser realizada de 15 a19 de outubro, em São Paulo, SP. Também estãoincluídas as novidades das empresas que participamda Logística 2007 – Feira e Congresso de Logística eMovimentação de Carga, que acontece em Joinville,SC, de 23 a 26 de outubro.

ShowShowLogistics & Logistics & TTrransportesansportes

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

Caminhão com terceiro eixoAmpliando a sua atuação no segmento de médios, aAgrale (Fone: 54 3238.8000) está lançando o Agrale13.000 com terceiro eixo homologado pela fábrica, queaumenta a capacidade de carga para 20.700 kg. A novaversão possui motor MWM 6.10 TCA Euro III (6 cilindros) E – mec, com potência de 173 CV, a 2.400rpm, e torque de 610 Nm, a 1.800 rpm, caixa de câmbioEaton de seis marchas e direção hidráulica ZF, além dechassi em comprimento total de 10.605 mm e comprimento máximo de carroceria de 8.500 mm. Outranovidade da montadora é a linha Agrale Marruá 2008,com destaque para os lançamentos AM 200 e AM 200CD (cabine dupla), modelos com maior capacidade de carga, 2.000 kg e 1.650 kg, respectivamente. A linha Marruá foi projetada para atender à demanda de um nicho específico que necessita de veículospara aplicações severas.

Operadorlogístico

A Manchester (Fone: 472105. 8950) atua no transporte rodoviário e distribuição, com cargas fechadas e fracionadas acima de uma tonelada, realizando operaçõesde logística reversa, distribuição,abastecimento de fábrica,devoluções e retornostotais ou parciais. Em termos de recebimento eexpedição de produtos,executa planejamento eagendamento de entregados caminhões de fornecedores e de distribuição e gestão noprocesso de devolução demercadorias, entre outrasatividades. Também operana gestão de fretes, envolvendo serviços decontratação de transporte,entre outros, e no transporte multimodal,envolvendo o ferroviário,o fluvial e o marítimo.

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A Astro Tecnologia (Fone:51 3475.6199) produzdivisórias térmicas quetêm por função possibilitaro aproveitamento máximoda capacidade de cargaem um baú refrigerado.Dependendo de seu posicionamento, permitema criação de ambientessegregados com temperaturas controladas,permitindo ter, por exemplo, um terço do baúrefrigerado a -18ºC, umterço +5ºC e o terço final atemperatura ambiente. Anovidade da empresa é aAstro Fort-Flex, uma divisória com capacidadeflexível, revestida em fibrade vidro e com lateraisreforçadas por tecido dePVC. Também pode seraplicada para evitar a contaminação e a misturade odores de outros produtos.

Divisor térmico para baús

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Produtos e serviços para a área de transportes

A Flash (Fone: 11 5521.4871) oferece vários produtos e serviçospara a área de transportes. São eles: Kit Sider – kit completo para

instalação emmontadores outransportado-res; teto retrá-til, que possibi-lita o carrega-mento do veí-culo por meiode ponte rolan-te e empilha-deira ao mes-mo tempo; cor-tina antivanda-

lismo Steel-Flash, para uso em rotas onde pode haver tentativa deroubo da cortina ou cortes na lona para tentar subtração de carga;sider isotérmico Frigo-Flash, para transportes onde o controle de

temperatura é importante e a facilidade do carregamento lateral deum sider também; porta traseira em lona Roller-Flash, indicadapara carrocerias que precisam de rapidez na abertura e fechamen-to, sem perder a segurança, permitindo o enrolamento automáticoassim que as fivelas inferiores são soltas; Easy Sider, carrocerialonada para uso urbano que não utiliza fivelas e com fechaduras deabertura rápida; Kit Plataforma, conjunto montado sobre platafor-mas para transporte de veículos, em formato Sider ou Easy Slider,permitindo a entrega do veículo totalmente limpo; Flash Graphics,que utiliza lona impressa sobre carrocerias rígidas, presa por sis-tema especial, muito importante nos procedimentos de comunica-ção visual em veículos de carga; adesivação, usada principalmentepara carrocerias lisas, automóveis e vans ou carrocerias corruga-das novas; revestimento isotérmico, indicado para vans e baúspara transporte de alimentos; e divisória térmica Frigo Flash, paratransporte de cargas com temperatura controlada, possibilitandoque na mesma carroceria sejam transportadas cargas com até trêstemperaturas diferentes; congelada, resfriada e seca.

Contratação e pagamentode frete

A Repom Express (Fone: 114166.7530) é uma ferramentaque possibilita a contratação eo pagamento de fretes pormeio de um processo eletrôni-co diferenciado, eliminandométodos burocráticos comocarta-frete, cheques, dinheiroou similares. Trata-se de umaplataforma completa para agestão de fretes, permitindo,além da contratação e do paga-mento, gerar e acompanharindicadores como tarifas defrete e pedágio praticadas,transit time, performance deentrega, consumo de combus-tível e fidelização de caminho-neiros, entre outros. Com oRepom Express, as empresasusuárias são capazes de con-tratar qualquer tipo de fornece-dor de transporte rodoviário,ou seja, um caminhoneiro autô-nomo no mercado spot, umcaminhoneiro agregado, umapequena transportadora ou umgrande frotista. Além de utilizara Internet como plataforma deoperação, a solução pode serfacilmente integrada a outrossistemas como ERP (EnterpriseResource Planning) e TMS(Transportation ManagementSystem).

Empilhadeirasa combustão

A Linck (Fone: 47 3463.6060) comercializa a nova sérieGEN2 de empilhadeiras Clark.Possuem monitoramento ele-trônico e motor de baixa emis-são de poluentes que atendenormas rígidas, como a Tier2.“Este novo conceito permite àsérie GEN2 um menor custo demanutenção, menor consumode combustível e autoproteçãocontra erros de operação”, dizEdison Luiz Schuck da Rocha,gerente de filial da Linck.

Gestão de frete paraembarcadores

A GKO Informática (Fone: 21 2533.3503)está apresentando uma série de novidades.Com relação ao GKO Frete – sistema paragestão de fretes para embarcadores –, foirealizada parceria com a Cometa Soluçõesde modo que o sistema, antes voltado paraembarcadores de maior porte, também estásendo disponibilizado para aqueles que con-tratam volumes menores. Mais novidades:ampliando sua área de atuação, a GKO ofe-rece também serviços de consultoria espe-cializada na gestão de transportes e, ao tra-dicional curso “Contratação Eficiente de Fre-tes”, cujo foco maior era o modal rodoviário,a empresa somou três novos cursos volta-dos para os modais aéreo, marítimo e ferro-viário, que trazem como novidade visitastécnicas guiadas por profissionais de cadaum destes setores. Finalmente, a GKO estátrazendo para o Brasil um novo sistema quecria um ambiente de colaboração entre asempresas envolvidas no seguro de carga,que passarão a compartilhar dados sobreseguros, facilitando a visão dos embarquese sinistros, custos e regras de negócio. Osistema, chamado Genoa, foi criado pelaempresa canadense Oceanwide.Inc.

Estruturas de armazenagemA Agra (Fone: 11 4748.6222) está anunciando dois lança-

mentos: o drive-in dinâmico e o flow rack. O drive-in dinâmi-co permite que os materiais estocados se posicionem conti-nuamente em estado de prontidão, permitindo agilidade ope-racional e economia de espaço. Por sua vez, o flow rack écomposto de trilhos com roletes deslizantes, nos quais asembalagens são colocadas em seqüência de um lado e reti-radas do outro, com facilidade de deslocamento e seletivida-de dos itens embalados.

Poliguindastes A Planalto (Fone: 62 8117

.8728) é especializada na fabrica-ção de coletores/compactadoresde lixo, compactadores estacio-nários, caçambas basculantesrodoviárias, coletores de resí-duos infectantes, poliguindastessimples e duplos, contêinerespara lixo e outros.

A Linpac Pisani (Fone: 54 229.8700) está apresentandoas novas versões de contentores plásticos para transporte e armazenagem de componentes dentro da cadeia logística – a CN-2158 e CN-6408. Os primei-ros apresentam medidas externas de 198 x 148 x 80 cm e capacidade de 1,5 litros, sendo usados para o transporte de pequenas peças. Já os contentores modelo CN-6408 têm medidas externas de 600 x 400 x78 cm e capacidade de 13 litros. Ambos os modelos possuem fundo liso, propiciando um maior aproveitamento interno e facilitando a carga e descarga automatizada do seu conteúdo e movimentação em esteiras.

Contentores

ShowShowLogistics & Logistics & TTrransportesansportes

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

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Monitoramentode veículos

O software Rodosis Glo-bal (Fone: 43 3315.8523) éuma ferramenta apresentadaem dois formatos, para omonitoramento de até 50 veí-culos e, com plataforma emSQL, para o monitoramentoacima de 50 veículos. Permi-te comunicação real time porGPRS/GSM e acesso ao DataCenter, a criação de cercaseletrônicas e a integraçãocom qualquer sistema. Aempresa também fornece oRodosis Web, que permitecontrolar a frota através dainternet, e o Rodosis Mobile,que pode ser acessado dequalquer celular com Wap.

Equipamentosde refrigeraçãopara semi-reboques

As novidades da CarrierTransicold Brasil (Fone: 513477.9410) são os produtosda Série X2 – equipamentosde refrigeração destinados asemi-reboques convencio-nais ou paleteiros (até 28paletes), com nova dimen-são em rendimento. “NoBrasil, a Série X2 tem trêsmodelos: X1800 (51.000Btu/h a 0ºC/38ºC), X2100 eX2100A (64.000 Btu/h a0ºC/38ºC). O modelo X2-100A conta com o controla-dor Advance, que possibilitagravação de dados da via-gem e rastreamento viasatélite”, explica GilbertoFagundes, coordenador na-cional de vendas da Carrier.A empresa também ofereceprodutos destinados à linhade caminhões frigoríficosmédios (truck/toco) nosmodelos Supra 550, 750 e950 com capacidadesvariando desde 14.000 até32.000 Btu/h a 0ºC/38ºC.

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Softwares para gestão de transportes

A Transport & Associados (Fone: 19 3432.8101) está lançando anova versão do software Transport – Sistema Integrado para Gestãode Transporte. De acordo com Miguel Rodrigues Filho, sócio-diretorda empresa, a nova versão possui ícones para controles comercial eoperacional, administrativo, financeiro, contábil/fiscal e, principal-mente, todo domínio de gestão da frota de veículos do cliente. “Comele é possível controlar os custos, o abastecimento dos veículos, amanutenção, a utilização de pneus e outras ações”, afirma. O softwa-re já opera dentro das exigências fiscais quanto aos documentos ele-trônicos: SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) e a Nfe (NotaFiscal Eletrônica). “Futuramente iremos implementar o CTE (Conheci-mento de Transporte Eletrônico)”, afirma Rodrigues Filho. Outra novi-dade é a ferramenta T-Web. Com ela, todas as informações gerenciaisdo Transport são disponibilizadas no portal. Assim, o cliente que qui-ser acompanhar todo o processo de transporte da mercadoria pode-rá “visualizar” o trajeto por meio do sistema de rastreamento de veí-culos GPS ou GPRS (telefonia móvel).

Silo para transporte decimento e calA novidade da Kronorte (Fone: 81 3366.2266) é um silo apropria-do para o transporte de materiais como cimento, cinza e cal. Temconstrução em alumínio e possui tara reduzida, descarrego atra-vés de aeradores, em substituição às telas de poliéster, e tampasde carrego em inox. Possui, ainda, três eixos pneumáticos, sen-do o primeiro distanciado alto direcional (atendendo à nova legis-lação de trânsito) e um dispositivo que só permite a subida naescada depois que a varanda é montada. A empresa produz ecomercializa quatro linhas de implementos para transporte rodo-viário: tanques, canavieiros, basculantes e implementos espe-ciais.

Semi-reboques em vários tiposA Librelato (Fone: 48 3466.6000) produz diversos tipos de semi-reboques. Por exemplo, o semi-reboque

articulado carga aberta de quatro eixos com mecanismo de transferência de cargas. É indicado para o trans-porte de carga a granel (soja, milho e açúcar) e tem como função principal, em descargas efetuadas emtombadores, o acoplamento do primeiro ao segundo semi-reboque. Esta junção permite que 100% da car-ga transportada no primeiro semi-reboque escoe pelo segundo, fazendo o descarregamento. “Este é o pri-meiro equipamento deste tipo no Brasil”, diz Thayni da Silva Librelato, do departamento de marketing daempresa. Outro equipamento é o semi-reboque basculante de três eixos, para o transporte de carga a gra-nel (areia e brita). Possui dois eixos com suspensão mecânica (balancim) e um eixo com módulo pneumá-tico. Já a caçamba basculante modelo meia-cana é usada para melhorar o transporte de agregados em mine-radoras. Também está disponível o semi-reboque carrega tudo modelo lagartixa. “Trata-se de um implemen-to com altura de carga reduzida, podendo transportar cargas de altura e comprimentos elevados. Possuidois, três ou quatro eixos de seção retangular e capacidade de carga de 20, 30 e 40 toneladas”, completa arepresentante do departamento de marketing.

ShowShow

Sistemas de armazenagemOs sistemas de armazenagem Bertolini (Fone: 54 2102.4999)

incluem: estruturas autoportantes, cantilever, drive-in dinâmico, dri-ve-through, multiblock, flow-rack, porta-bobinas, porta-paletes, por-ta-paletes deslizantes e leves, divisórias industriais, mezaninos, racksmetálicos e Intainers.

Rastreador ecomputador de bordo

A MSI (Fone: 51 3365.9066)está apresentando um novo sis-tema, que reúne funções de ras-treador, computador de bordo(telemetria completa) e roteiriza-dor simplificado. “O sistemaMSI de rastreamento proporcio-na uma excelente alternativa emmonitoramento de frotas. Ofere-cemos disponibilidade total viaWeb, permitindo que o usuáriopossa localizar e atuar sobre oveículo sem complicações, aqualquer tempo e em qualquerlocal que tenha acesso a Inter-net”, diz Cesar Oliveira, repre-sentante da empresa.

Logistics & Logistics & TTrransportesansportes

Entre os produtos distribuídospela Pontes (Fone: 473481.8100) estão as empilhadei-ras a combustão Fortis, fabrica-das pela Hyster, além de empi-lhadeiras elétricas e reach sta-kers para operações portuárias.A empresa também oferece umaampla linha de peças de reposi-ção, bem como assistência téc-nica especializada.

EmpilhadeirasEntre os equipamentos fornecidos pela Niju(Fone: 49 3361.5173) estão semi-reboquesfrigoríficos em alumínio nos modelos paleteira ou paleteira/gancheira e com altatecnologia de isolamento térmico. Tambémestão disponíveis furgões frigoríficos plásticos nos modelos gancheira e paleteirae ideais para o transporte de produtos quenecessitam de temperatura controlada,como carnes,peixes, frangos, frutas, verduras, sorvetes e lácteos, bem como caixas furgão frigorífico também nos modelos gancheira e paleteira.

Semi-reboque frigorífico

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EDIÇÃO Nº68 - OUTUBRO - 200731

A Guberman (Fone: 273200.2662) está anunciandoo lançamento de duas tecno-logias: o Sistema de Coleta eo FrotaWEB, versão web doSistema de Gerenciamento deFrota. “O Sistema de Coleta éum software de aplicação iné-dita no país. A primeira ver-são atenderá a empresas decoleta de lixo, permitindo aosusuários que o gerenciamen-to da programação de coleta ea gestão de serviços sejamfeitos com o auxílio do celu-lar, do palm ou de outra tec-nologia móvel”, afirma o dire-tor comercial da empresa,Sérgio Guberman. Aindasegundo ele, em breve, o Sis-tema de Coleta também esta-rá disponível em outras ver-sões para outros tipos decoletas. Entre elas, destacam-se coletas de transporte dedocumentos, de concretos,de lixo hospitalar e de cargas.Já o FrotaWEB é – aindasegundo o diretor comercial –o único software de gestão defrotas do país pronto parafuncionamento na internet eintranets, utilizando platafor-ma de desenvolvimentoMicrosoft e bancos de dadosOracle e SQL Server. “O Frota-WEB consiste em uma evolu-ção da versão corporativa doSistema de Gerenciamento deFrota, software carro-chefe daGuberman, que abrange emuma única ferramenta todosos aspectos da frota de veícu-los.” A versão WEB do soft-ware permite que os usuáriosacessem os dados de qual-quer lugar do país.

Sistema decoleta demateriais

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Anuncie

www.logweb.com.br

EDIÇÃO Nº68 - OUTUBRO - 200732

ShowShowLogistics & Logistics & TTrransporanspor

A Bandag (Fone: 19 3725.4800) oferecevários tipos de bandas de rodagem, como aBDR-HT2, desenvolvida para eixos de tração eveículos de alta potência e alto torque, “e queproporciona 33% mais quilometragem que opneu novo”, diz Andresa Tozati, da área de mar-keting e inovação. A empresa também disponi-biliza o BTS – Bandag Truck Service, uma redede serviços para caminhões e ônibus com 140unidades que oferece, além dos serviços de bor-racharia, balanceamento e alinhamento depneus, produtos como rodocalibrador, amorte-cedores, climatizador, lonas, cordas, lubrifican-tes, acessórios e serviços como revisão e repa-ros no sistema de freios e de suspensão.

Bandas de rodagem

O novo Constellation VW 25.370 6X2, da Volkswagen(Fone: 11 5582.5335), é um cavalo mecânico de 367cavalos de potência desenvolvido para operar de acordocom a resolução 210 do Contran, tracionando semi-rebo-ques de até 57 toneladas de peso bruto total combinado eaté 60 toneladas de capacidade máxima de tração em car-retas especiais ou convencionais em curta, média e longa

distâncias. É ideal para operadores logísticos, transporta-dores de cargas fracionadas e paletizadas, cargas líquidas,alimentos e produtos industrializados. Outra novidade daempresa é o Constellation VW 31.370 6X4, veículo 6X4com 63 toneladas de peso bruto total combinado e 63toneladas de capacidade máxima de tração, criado paraoperações fora-de-estrada e transporte de cargas densas.

Cavalo mecânico

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EDIÇÃO Nº68 - OUTUBRO - 200733

Porta-paletesSistemas de armazena-

gem são a especialidade daIsma (Fone: 19 3806.2552).Envolvem porta-paletes, dri-ve-in, estantes com piso,cantilever e mezanino, entreoutros. A empresa investiumais de R$ 2 milhões em suaárea produtiva.

Empilhadeiras

A Brasif Rental (Fone:0800 709 8000) oferecegrande variedade de máqui-nas pesadas para aluguel,como: empilhadeiras, páscarregadeiras, escavadeiras,retroescavadeiras, motoni-veladoras e máquinas agrí-colas. É distribuidor exclusi-vo das marcas Hyster eCase. Com o aquecimentodo mercado de locação e aadoção da estratégia de terum equipamento semprenovo no cliente, a empresacomeçou a investir, a partirde 2003, no setor de vendade máquinas seminovas:máquinas da própria frotade locação com, no máximo,24 meses de uso.

rtesrtes

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

EDIÇÃO Nº68 - OUTUBRO - 200734

Agenda

Novembro 2007

Feiras

Outros Eventos

Embaplast – 2ª Feira de Equipamentos, Produtos e

Serviços para Embalagem (Curso)Período: 20 a 23 de novembro

Local: Porto Alegre – RSRealização: FCEM

Informações: www.feiraembaplast.com.br

[email protected] Fone: (51) 3338.0800

Agos’2007 – 6ª Feira Goiana deSupermercados

Período: 21 a 23 de novembroLocal: Goiânia – GORealização: AGOS

Informações: www.agos.com.br

[email protected] Fone: (62) 3215.2528

Previsão de Demanda de Produtos Sazonais (Curso)

Período: 1 de novembroLocal: São Paulo – SPRealização: Cebralog

Informações: www.cebralog.com/agenda.php

[email protected]: (19) 3289.4181

Técnicas e Métodos de Inventário de Materiais(Curso)

Período: 6 de novembroLocal: São Paulo – SP

Realização: IMAMInformações:

www.imam.com.br [email protected] Fone: (11) 5575.1400

Gestão Estratégica da Armazenagem (Curso)

Período: 6 e 7 de novembroLocal: São Paulo – SP

Realização: CEL - Coppead/RFRJ Informações:

www.centrodelogistica.com.br [email protected]

Fone: (21) 2598.9812

Fórum Regional – Logística & Supply Chain

Período: 8 de novembro Local: Porto Alegre - RS

Realização: Ciclo DesenvolvimentoInformações:

www.portalsupplychain.com.br [email protected]

Fone: (11) 6941.7072

Metodologia Prática para Dimensionamento de Estoques -

MPDE (Curso)Período: 9 e 10 de novembro

Local: São Paulo – SP Realização: IMAM

Informações: www.imam.com.br

[email protected] Fone: (11) 5575.1400

Gestão Estratégica dos Transportes (Curso)

Período: 20 e 21 de novembroLocal: São Paulo – SP

Realização: CEL - Coppead/RFRJInformações:

www.centrodelogistica.com.br [email protected]

Fone: (21) 2598.9812

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

EDIÇÃO Nº68 - OUTUBRO - 200735

Pesquisa de Mercado 2007: “Oportunidades no Mercado de

Prestação de Serviços LogísticosTransportes, Nichos de

Lucratividade e Tendências de Curto e Médio Prazos”(Curso) Período: 21 e 22 de novembro

Local: São Paulo – SP Realização: Tigerlog

Informações: www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

Embalagem Industrial e de Exportação (Curso)

Período: 22 e 23 de novembroLocal: São Paulo – SP

Realização: IMAMInformações:

www.imam.com.br [email protected] Fone: (11) 5575.1400

Gestão Competitiva de Suprimentos (Curso)Período: 23 de novembro

Local: São Paulo – SPRealização: Cebralog

Informações: www.cebralog.com/agenda.php

[email protected]: (19) 3289.4181

Pesquisa de Mercado 2007: “Oportunidades no Mercado dePrestação de Aspectos FiscaisRelacionados à Logística e ao

Transporte" (Curso) Período: 29 de novembro

Local: São Paulo – SPRealização: Tigerlog

Informações: www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1391

Planejamento Logístico Integrado (Curso)

Período: 29 de novembroLocal: Campinas – SPRealização: Cebralog

Informações: www.cebralog.com/agenda.php

[email protected]: (19) 3289.4181

Introdução ao Código de Barras e à Identificação

Período: 26 de novembro

EPC e a Identificação por Radiofreqüência – RFIDPeríodo: 27 de novembro

Identificação de Unidades Logísticas com Código de Barras

Período: 29 de novembro

Local: São Paulo Realização: GS1 Brasil

Informações: www.gs1brasil.org.br

[email protected]: (11) 3068.6229

Cursos Gratuitos

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

No Portalwww.logweb.com.br,

em Agenda estãoinformações completassobre diversos eventos

do setor a serem realizadosdurante o ano de 2007.

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Foi sobre “Custos Logísticosno Supply Chain” que tra-tou o 5º Encontro de Logís-

tica Têxtil, realizado no últimodia 19 de setembro, em São Pau-lo, SP, pelo Clube de LogísticaTêxtil (Fone: 0800 212887).

A primeira palestra foi apre-sentada por Maurício P. Lima,coordenador da área de cursos epesquisador associado do Centrode Estudos em Logística doCOPPEAD/RJ, que abordou otema “Keynote Speakers: CustosLogísticos no Brasil”. Em umaanálise macroeconômica, Limaexpôs que em 2006 a porcenta-gem dos custos logísticos dosEstados Unidos equivaleu a 9,3% do PIB do país, divididos em5,5% referentes a gastos emtransporte; 2,6% em estoque;0,8% em armazenagem; e 0,4%em administrativo. Já o Brasilteve 6,7% de gastos com trans-porte; 3,9% com estoque; 0,7%com armazenagem; e 0,4% comestoque, o que equivale a 11,7%do PIB nacional, ou seja, no anode 2006, o país gastou R$ 271 biem logística.

Dentro da indústria têxtil,98% da matriz de transporte érodoviária, apesar de ser ummodal que possui um alto grau defracionamento e entregas extre-mamente pulverizadas, além deatender apenas rotas de curtasdistâncias, conforme foi demons-trado por Lima. As empresas dosetor de confecções, têxteis e cal-çados gastam 2,5% de sua recei-ta em transporte rodoviário decarga, deste número, 35% sãoinbound e 65%, outbound.

O pesquisador também mos-trou que 57% das empresas dosetor assinam contrato formalcom transportadores. Outrográfico apresentado apontouque 100% do setor de confec-ções têxteis e calçados utilizamtransportadores/operadores

logísticos terceirizados.Dentro do tópico práticas de

melhoria de eficiência, Limaapontou aumento da produtivi-dade, análise de mercado, pla-nejamento de rede logística,emprego de sistemas de infor-mação, sinergia inbound/out-bound e transporte colaborati-vo, e coordenação das ativida-des internas da empresa.

Sobre planejamento, o gráficoapresentado mostrou que 71%das empresas do setor de confec-ções, têxteis e calçados preten-dem implementar alterações narede logística entre 2006 e 2009.As que não buscarão sinergiaentre transporte inbound e out-bound entre o mesmo períodocorrespondem a 86%. Outro grá-fico demonstrou que 86% dasempresas deste segmento dãoalto grau de prioridade à Tecno-logia da Informação.

CUSTO LOGÍSTICOTOTAL E CASESINTERNACIONAIS

Na palestra seguinte, MarceloPrado, gerente sênior da Accen-ture, apresentou o tema “CustoLogístico Total - CLT: Modelo deTomada de Decisões”. De acordo

com ele, comparação com outrasempresas e indústrias (bench-mark) é um dos motivos princi-pais para utilizar o CLT. “Tam-bém há uma relação entre nívelde serviço aos clientes, custo deservir e CLT que deve ser enten-dida a fundo e avaliada procuran-do oportunidades de criação devalor. Além disso, qualquer aná-lise de modelo operacional nacadeia de suprimentos passa pelacomparação do CLT por cená-rio”, disse.

Para mapear o CLT, Pradoinformou que é necessário definirescopo e interfaces; entenderdiferenças entre contábil e CLT,já que este último contém infor-mações sobre gastos com trans-porte inbound, armazenagem,custo sobre o capital imobilizadoem estoque, transporte outbound,preparação em loja e logísticareversa; levantar dados dos com-ponentes citados anteriormente;e modelar e analisar o CLT.

Como desafios e restriçõescaracterísticos referentes aotransporte inbound, Prado cita:estimativa do custo de frete CIF– estimativa de % do custo defrete sobre o valor da comprabaseada em amostragem denotas (família ou categoria deprodutos) e estimativa de % docusto de frete sobre o valor dacompra baseada em pesquisacom fornecedores e/ou áreacomercial; e produtos importa-dos – custo com transportemarítimo e custos adicionaiscom aduanas e despachantes.

Relacionado ao custo de opor-tunidade do estoque, citou comodesafios: estimativa do custo deestoque (CD e lojas), estoquemédio no CD e estoque médionas lojas (backroom e piso – semmostruário).

Já com relação aos desafios erestrições característicos referen-tes à preparação e manipulação

Custos logísticos foitema de seminário de logística têxtil

EVENTO

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REFERÊNCIA EM LOGÍSTICA

O evento apresentou palestras sobre modelo de tomada de decisões, EPC/RFID,visibilidade e outros, além de diversos cases, inclusive internacionais.A atração especial foi o debate sobre o mercado chinês.

EDIÇÃO Nº68 - OUTUBRO - 200737

em loja, Prado destacou: conceito deproduto pronto para exposição (Floor-Ready-Merchandise) – etiquetagem depreço, etiquetagem de segurança eencabidamento.

Em logística reversa, apontou: cus-tos com transporte entre lojas e CD –devoluções, produtos não aptos à ven-da, logística reversa de equipamentos(cabides, paletes e contenedores), alémde custos com manipulação, limpeza earmazenagem.

Já a terceira palestra foi “CasesInternacionais”, apresentada por Jan-Christian Phillip, diretor de vendas daprovedora logística Birkart Globistics.Phillip destacou os resultados quealgumas empresas da área de moda,como Hugo Boss, Douglas e Voegele,conseguiram após utilizarem soluçõeslogísticas desenvolvidas pela Birkart.

AMEAÇA CHINESA?

Para encerrar as apresentações doperíodo da manhã, foi realizado umdebate sobre o tema “China: Logistica-mente Viável? Qual o limite?”, media-do por Luis Vieira, Ph.D. em Engenha-ria Civil – MIT e professor de Progra-mas Executivos. Participaram do deba-te Rosemary França Vianna, diretorada SGS Systems & Services Certifica-tion e SGS Consumer Testing Servi-ces; Aloizio Donizete de Souza, geren-te de logística da Dudalina; José TadeuFernandes, diretor de logística e distri-buição da C&A Modas; FernandoPimentel, diretor superintendente daABIT – Associação Brasileira daIndústria Têxtil e de Confecção; eLuciano de Cia, diretor da ABEIM –Associação Brasileira do Varejo Têxtil.

Foi discutido que a China não deveser vista apenas como uma ameaça aosprodutos brasileiros, mas, também,como oportunidade, pois o dólar baixo,que favorece as importações da Ásia,também permite a modernização dasindústrias brasileiras com a aquisiçãode maquinários mais modernos, pro-porcionando mais competitividade. É oque falta ao Brasil, de acordo com os

palestrantes: modernização em tecno-logia e gestão. Pimentel, da ABIT, dis-se que o país “tem tudo para avançar”.

Por sua vez, Donizete, da Dudalina,levantou o problema da falta de mão-de-obra brasileira na confecção, ouseja, há carência de costureiras no mer-cado, o que prejudica o aumento daprodução.

VISIBILIDADE, EPC E RFID

Já no período da tarde, as apresenta-ções foram divididas em dois módulos.No módulo A, Darcio Centoducato,diretor de gerenciamento de risco daPamcary, apresentou o tema “Visibili-dade: A Chave para o Aumento da Efi-ciência”. Os principais benefícios davisibilidade apontados por ele foram:melhoria do nível de serviço, melhorintegração com a cadeia, redução doscustos de distribuição, redução do wor-king capital de estoques e redução doscustos de conversão.

Centoducato destacou que o papelda visibilidade é conhecer todo omovimento da mercadoria transporta-da e, como isso, fazer com que aempresa interaja nas não-conformida-des no momento em que acontecem.

Também foram apresentados casesde empresas que obtiveram reduçãoem custos em razão da visibilidade dosprocessos, como Unilever, CaraíbaMetais e Braskem.

Ainda no módulo A, Flavia Costa,assessora de soluções de negócios noCentro de Competência e Automaçãoda GS1 Brasil, falou sobre “Os Avan-ços do EPC/RFID na Cadeia Têxtil”.Ela explicou que EPC é a aplicaçãoempresarial da tecnologia RFID nacadeia de suprimentos, que serializaitem por item.

Flávia também apresentou casesinternacionais de empresas do segmen-to da moda que obtiveram ótimosresultados em testes com o sistemaEPC. A Throttleman, por exemplo,ganhou quatro dias de vendas em lojas.Outros cases apresentados foram da

Sumikin & Flandre Co e da LemmiFashion.

Segundo a assessora de soluções denegócios, a GS1 estima que leve seisanos para esta tecnologia chegar aosconsumidores brasileiros.

ACTIVITY BASED COSTING E CRIAÇÃO DE VALOR

Pelo Módulo B, Fernando Kneese,da Kneese Consultoria, apresentou otema “Gerencie Melhor seus Custos elucros com Activity Based Costing(ABC)”.

Ele iniciou com o fato de que alogística têxtil evolui muito em relaçãoà diversidade de serviços, isso paragarantir maior competitividade e lucro,além de reduzir custos e preocupações.

Para Fernando, o método tradicio-nal de custeio mostra-se incapaz demedir a real demanda de recursos e decustos para esta diversidade de servi-ços. Já o ABC é utilizado para melhorentender e calcular os custos específi-cos de serviços e clientes, fortalecendoa competitividade e o lucro de empre-sas em diversos ramos, destacou.

“O ABC tornou-se viável com ocrescente uso de sistemas de gestãoempresarial (ERP) – desenvolvidos apartir de bases de dados relacionais – eda Gestão de Processos, fornecendoum enorme potencial de análise deinformações. Mas a complexidade deprodutos, serviços e clientes em váriossetores empresariais pode inviabilizaro uso efetivo do ABC, apesar dos pro-gressos da Tecnologia da Informação.Portanto, é necessário manter um focoprático ao usar o ABC”, expôs.

A outra palestra do módulo B foi“Criação de Valor com o SupplyChain”, com Eduardo de Araujo San-tos, gerente de consultoria da Accentu-re. Ele expôs a importância da integra-ção no Supply Chain, a flexibilidade narede logística, a redução no capital detrabalho, o planejamento de operaçõese vendas e como obter redução decomplexidade.�

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TRANSPORTE RODOVIÁRIO

Produtos perigosos nasestradas: acidentes nãoacontecem, são causados

Legislação e Normas dotransporte terrestre deprodutos perigosos

versus meio ambiente. Estefoi o tema da palestra apre-sentada em São Paulo, SP,pela engenheira químicaGloria Santiago MarquesBenazzi, representante daAssociquim – AssociaçãoBrasileira de Comércio deProdutos Químicos (Fone: 113665.3214) e da NTC –Associação Nacional doTransporte de Cargas eLogística (Fone: 11 6632.1528), durante o 1º Seminá-rio Legislação de Transportede Produtos Perigosos, reali-zado pela IFT Transportes(Fone: 11 6856.5900) no dia30 de agosto último.

Logo no início, a enge-

nheira química expôs que osacidentes não acontecem,mas, sim, são causados, ecitou as principais causas:falta de treinamento dosmotoristas; má conservaçãodas estradas e rodovias; faltade vistoria da unidade detransporte, tanto pelo trans-portador quanto pelo expedi-dor; problemas com amarra-ção de embalagens e com aqualidade das embalagens;falta de profissionalismo e defiscalização. Segundo Nor-mas da AB NT – AssociaçãoBrasileira de Normas Técni-cas, os veículos que trafe-gam transportando produtosperigosos devem conter osrótulos de risco e os painéisde segurança apropriados deacordo com a carga, além de

equipamentos de emergên-cia. É proibido carregar jun-to com os produtos perigo-sos outros tipos de carga eaté mesmo outros produtosperigosos, a não ser quesejam compatíveis entre si.Além disso, o transportadordeve sempre inspecionar oveículo antes de mobilizá-lo, veículo este que só podetrafegar portando os seguin-tes documentos: certificadode capacitação para o trans-porte de produtos perigososa granel transmitido peloInmetro; documento fiscaldo produto transportado,com nome apropriado paraembarque, nº ONU, classe/subclasse do produto, decla-ração da qualidade da emba-lagem e grupo de embala-

gem; ficha de emergência eenvelope para transporte.

“Notamos que todos osenvolvidos têm as suas res-ponsabilidades bem defini-das, ou seja, o transportadordeverá fazer a inspeção antesde enviar o veículo para car-regamento, quem expede oproduto deverá também veri-ficar as condições do veículotransportado, o motoristadeve ser treinado para essetipo de transporte e se forparticipar do carregamento edescarregamento tem que sertreinado e autorizado peloexpedidor ou pelo destinatá-rio e com autorização porescrito do transportador deque pode carregar e descarre-gar produto químico”, expli-cou Gloria.

Ela também informou quecom a publicação da novaResolução 1644/06 da ANTT– Associação Nacional deTransporte Terrestre foramalterados alguns itens daResolução 420/04 quanto àsdisposições aplicáveis aotransporte de produtos peri-gosos fracionados em quanti-dades limitadas.

As principais Normas daABNT sobre transporte ter-restre de produtos perigososque sofreram alteração,apontadas por Gloria, foram:NBR 7500, sobre identifica-ção para transporte, manu-seio, movimentação e arma-zenamento de produtos;NBR 7503, a respeito deficha de emergência e enve-lope para o transporte de pro-duto; NBR 9735, que tratados equipamentos para emer-gências no transporte de pro-dutos perigosos; NBR13221, em relação ao trans-porte de resíduos; NBR14619, sobre incompatibili-dade química no transportede produtos perigosos; NBR10271, a respeito do conjun-to de equipamentos paraemergências no transporterodoviário de ácido fluorídri-co; NBR 12982, que trata dedesgaseificação de tanquerodoviário para transporte deproduto perigoso, classe derisco 3, líquidos inflamáveis;NBR 14064, em relação aoatendimento a emergência notransporte de produtos peri-gosos; e NBR 14095, sobreárea de estacionamento paraveículos rodoviários de trans-porte de produtos perigosos.

Além disso, a engenheiraquímica destacou que recen-temente foram elaboradosduas Normas: a NBR 15480,sobre Plano de Emergência,e a NBR 15481, que tratados requisitos mínimos desegurança para o transporterodoviário de produtos peri-gosos (check list).�

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AVivo, prestadora de ser-viços de telecomunica-ções controlada pelos

Grupos Portugal Telecom eTelefónica, renovou seu con-trato com a Exata Logística(Fone: 11 2133.8700), empresado Grupo Arex especializadaem serviços de transporte edistribuição, armazenagem esupply chain para entregas noCentro-Oeste e Norte do país.

Além de assumir o controleadministrativo/operacional dos12 centros de distribuição daVivo, a Exata também prestaos serviços de customizaçãodo aparelho celular, programa-ção, autenticação, gestão deestoque, montagem dos kits elogística reversa de aparelhos.

A infra-estrutura agoraadministrada pela Exata contacom 12 centros de distribui-ção, localizados nas cidades deGoiânia, Brasília, CampoGrande, Cuiabá, Manaus, Por-to Velho, Boa Vista, Rio Bran-co, Belém, São Luis e Macapá.São 14.000 m2 e 12.500 posi-ções paletes. Ao todo, 200colaboradores operam nos cen-tros. A distribuição é feita comcaminhões da Exata, mas emsua grande maioria são utiliza-dos caminhões do ExpressoAraçatuba. “Como somos ope-rador logístico, nossa frota éreduzida, contamos com oscaminhões e toda a infra-estru-tura do Expresso Araçatubanessa parceria”, comenta odiretor técnico da Exata, Car-los Tanaka.

A empresa trabalha comdois tipos de logística, comer-cial e de rede. A comercialenvolve a entrega do aparelhocelular propriamente dito.Neste caso está envolvido ogerenciamento de risco – ras-treamento, escolta, cuidadosespeciais, atendimento pessoafísica (entrega mais cuidadosacom controle de tentativas),save team (call center), atendi-mento para corporações emagazines. A logística de redetransporta os equipamentosmais pesados mas, ao mesmo

tempo, frágeis, como antenas.Para esse tipo de transporte sãoutilizados caminhões com pla-taforma.

Além de todo o processo dedistribuição, a Exata mantémcom a Vivo uma “parceria ana-lítica” para reduzir os insuces-sos. Todo o rastreamento é fei-to via web com tecnologiaWMS, TMS e WebLogistics.

“A gestão é feita por canalde distribuição, é uma visãovoltada para os negócios comanálise de performance e insa-tisfação. Essa análise permitetambém à Exata monitorarinformações para a Vivo comolocalidade, região, dificuldadede entrega, qual o melhormodal, tudo isso em conjuntocom a Vivo”, completa o dire-tor técnicoda Exata.�

DISTRIBUIÇÃO

Vivo e Exata Logística renovamcontrato de serviços

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Aprimeira abordagemdesta matéria especialdo jornal LogWeb

sobre o setor de eletroeletrô-nicos será pelo lado dasempresas do setor, usuáriasdos serviços do operadorlogístico. Por isso, Panasonic(Fone: 0800 0111033), res-ponsável pela produção ecomercialização de eletroele-trônicos, eletrodomésticos,pilhas, baterias, lanternas,telefones/sistemas de telefo-nia, soluções para emissorasde TV, câmeras de vigilância,projetores, equipamentos deautomação industrial e com-ponentes; Brasil SCM (Fone:11 5094.1449), consultoriaespecializada em Logística eSupply Chain Management,atualmente prestando servi-ços para a Gradiente Eletrô-nica; e Bosch Eletrodomésti-cos (Fone: 11 2126.1950),uma das marcas da fabrican-te BSH Continental Eletro-domésticos, revelam as exi-gências deste mercado comrelação aos operadores logís-ticos, os maiores desafios naárea e as tendências.

Afinal, o que as empresasde eletroeletrônicos exigemdo operador logístico? “Demaneira geral, espera-se queele proporcione reduções decustos e elevação dos níveisde serviço praticados, comoprazos, qualidade, informa-ção e atendimento, entreoutros, para isto é necessárioque o profissional comproveknow-how no segmento e,

principalmente, na realidadeda Zona Franca Manaus,onde se localiza a maioriadas indústrias do setor ele-troeletrônico”, declara CesarEnoki, gerente geral de Sup-ply Chain da Panasonic doBrasil.

Para Guilherme Severino,sócio-diretor da Brasil SCM,é exigida segurança, ou seja,a principal preocupação écom a capacidade de o ope-rador logístico gerir riscos,seguida pela capacidade deintegração sistêmica e a cor-reta execução dos processosfiscais pertinentes.

Já de acordo com ToniCassaro, gerente de logísti-ca da Bosch Eletrodomésti-cos, os fornecedores destesprodutos atendem basica-mente ao setor de varejo,desta forma, têm de ter altaflexibilidade para reagir àsoscilações deste segmento.“Os seus prestadores de ser-viços, incluindo os parcei-ros logísticos, precisam teresta mesma capacidade deadaptação e reagir com arapidez necessária”, decla-ra. Ainda segundo ele, outroaspecto importante a serconsiderado é que a grandecompetitividade do setorexige constantes ganhos deprodutividade e redução decustos, o que demandamelhorias contínuas de pro-cessos e busca de soluçõesinovadoras em toda a cadeiaprodutiva e de distribuiçãode produtos.

DESAFIOS E SUPERAÇÕES

Com relação aos maioresdesafios no segmento, Eno-ki, da Panasonic, cita: vencera barreira espaço-tempo deManaus e os custos inerentesa esta localização, situaçãoque pode ser superada commelhorias de eficiência naoperação e desenvolvimentode parcerias com os agentesdos canais de distribuição;complexidade tributária, su-perada se a empresa manterassessoria regular e monito-rar as mudanças mais impac-tantes; alta concorrência, quepode ser superada pela buscade diferenciações contínuasem produtos e operações; epadrões tecnológicos, desa-fio que pode ser superadopor parcerias estratégicas eparticipação ativa nos mar-cos regulatórios.

De acordo com Severino,da Brasil SCM, os maioresdesafios estão relacionadosà correta execução do pro-cesso fiscal que é muitocomplexo, principalmentepara as empresas que ope-ram com a ZFM.

Já para Cassaro, da BoschEletrodomésticos, os desa-fios estão relacionados àcapacidade de reação às osci-lações de demanda. Eledeclara que o mercado devarejo tem picos de consumopronunciados durante o ano(Natal e Dia das Mães) etambém durante o mês, com

concentração de pedidos naúltima semana.

De acordo com o gerentede logística, a capacidade dedimensionar os recursosvisando racionalizar os cus-tos e atender a estas deman-das é fundamental na compe-titividade dos fornecedoresde linha branca. “Se, por umlado, a logística de distribui-ção de produtos acabadostem de se adaptar a estassazonalidades, a logísticafabril tem o desafio de equi-librar os volumes produzidose toda a cadeia de forneci-mento de materiais, tornan-do-a o mais flexível possível,sem, contudo, onerar os cus-tos, principalmente de mão-de-obra e estoques”, expõe.

TENDÊNCIAS

De olho no que está porvir neste mercado, Enoki, daPanasonic, enumera comotendências: VMI – VendorManagement Inventory,CPFR – Collaborative Plan-ning, Forecasting and Reple-nishment, integração de pro-cessos e intermodalidade.

Aumentando a lista, Seve-rino, da Brasil SCM, cita:consolidação de operaçõespara a captura de sinergias,terceirização e investimentosno desenvolvimento dalogística reversa, que, deacordo com ele, é cada vezmais relevante na diferencia-ção das empresas frente aoconsumidor.

Cassaro, da Bosch, com-plementa, apontando quecada vez mais os clientesvarejistas demandam redu-ção de custos logísticos,principalmente de frete e deestoque. E enumera: cadavez mais técnicas de abaste-cimento conciliando redu-ção de estoques e consolida-ção de cargas vêm sendodiscutidas conjuntamente; alogística colaborativa comtransparência de informa-ções de consumo e estoquesvem se intensificando nosúltimos anos e tende a seconsolidar nos próximos;técnicas como ressuprimen-to automático de estoques,just-in-time, CPFR e VMIvêm se ampliando dia-a-diae a utilização de tecnologiaé fundamental para suportarestas técnicas. “Em resumo,a integração de todos os elosda cadeia de abastecimento,

O setor eletroeletrônico e os operadores logísticos

Empresas do segmento de eletroeletrônico esperam que o OL proporcione reduções de custos e elevação dos níveis de serviço praticados, tenha capacidade de adaptação e de reagir com rapidez, além de saber gerir riscos. No entanto, os operadores logísticos apontam algumas “injustiças” em certas cobranças.

LOGÍSTICA

Brito, da UPS SCS: o pós-venda é um serviço geralmente negligenciado

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desde fornecedores de matéria-prima,fabricantes e varejistas, e a competên-cia para administrar eficazmente estacadeia são e serão fatores diferenciaisneste segmento.”

OPERADOR LOGÍSTICO

Agora, é abordada a visão do opera-dor logístico dentro do mercado de ele-troeletrônicos. O que este profissionaldeve oferecer para as empresas do seg-mento?

Veracidade nas informações; versati-lidade, devido ao mercado extrema-mente dinâmico; agilidade; pontualida-de; capilaridade: e capacidade de fácillocomoção em torno da praça do clien-te. Esta é a lista de Gilberto Cardoso,diretor comercial da Sat Log (Fone: 124009.9400).

Já a de Wildson Di Luca, diretor daTrans World Logística (Fone: 413278.4023), inclui: segurança – seguro,equipamento rastreador e PGR - Planode Gerenciamento de Risco; integrida-de dos equipamentos – manuseio, acon-dicionamento no veículo e suspensão a

ar nos caminhões; e informação – dis-ponibilidade do status da entrega/devo-lução on-line de seus produtos.

Para Fernando P. Muller, gerentecomercial da Talog (Fone: 192101.7511), esta questão envolve o fatode o setor de eletroeletrônicos ser extre-mamente dinâmico, já que as linhas deprodutos mudam constantemente, commuitos lançamentos.

Ele e Wagner Brito, presidente daUPS SCS (Fone: 11 3218.1000),empresa da UPS no Brasil, concor-dam que os produtos deste segmentoexigem agilidade devido à concor-rência e ao prazo curto de vida, porexemplo os computadores, que ficamobsoletos em poucos meses.

Além disso, Brito expõe que ooperador logístico deve estar prepa-rado para disponibilizar todo o tipode serviço que compõe a cadeia desuprimentos.

“Trata-se de um segmento queexige uma extensa gama de serviçosadicionais ao trivial, como monta-gem de kits, embalagem e reembala-

gem, etiquetagem, logística reversapara assistência técnica, etc. Algunstipos de operação, em especial alogística inbound de peças para linhade produção de itens como computa-dores e celulares, exigem requisitossofisticados, como prédios climati-zados, com umidade e temperaturacontrolados. Outro aspecto impor-tante, em que o segmento de produ-tos eletroeletrônicos é extremamenteexigente, é o gerenciamento de risco.São produtos bastantes visados, emgeral”, declara, por sua vez, Muller,da Talog.

Brito, da UPS SCS, ainda nestaquestão, chama a atenção para o pós-venda, que é um serviço, segundo ele,geralmente negligenciado. “Mas asgrandes empresas do segmento de HighTech já vêm vislumbrando que este ser-viço, se bem feito, poderia agregar umgrande valor aos seus produtos, poisexige que os operadores logísticoscubram também esta etapa da cadeia desuprimentos. Especialmente no Brasil,a logística de pós-venda, que incluilogística reversa, reparo, destruição ereciclagem, é bastante complexa devidoaos entraves fiscais neste tipo de opera-ção”, ressalta.

Já Mauro Ribeiro, gerente da UPSAir Cargo (Fone: 11 5694.6600), quepresta serviços de logística e envio decarga área, ressalta que o OL deveoferecer confiabilidade, disponibili-zar todas as informações do fluxo damercadoria e possuir flexibilidadepara se ajustar diante da demanda,que não é regular. “A distribuição daprodução normalmente se dá nasegunda quinzena do mês e o agentede carga tem que encontrar espaçopara escoar toda a produção em umcurtíssimo período. Se a carga nãoestiver antes do dia 30 no destino,pode haver a suspensão do embarque.O que normalmente ocorre é que aprodução só é disponibilizada 2 ou 3dias antes do dia 30”, conta.

COBRANÇAS

Pode-se dizer que, em alguns casos,os operadores logísticos são cobrados“injustamente” pelas empresas do setorde eletroeletrônicos. Cardoso, da SatLog, considera que a injustiça ocorrequando são cobrados pela disponibili-dade de carregamento sem prévia soli-citação e planejamento, pois, de acordocom ele, trata-se de um mercado que semovimenta conforme as vendas dosetor e não por sua capacidade produti-va.

Na opinião de Ribeiro, da UPS AirCargo, os agentes são cobrados injusta-mente porque devem realizar um traba-lho que compense a falta de planeja-mento por parte do fabricante, que ten-ta recuperar essa perda através das com-panhias aéreas e outros modais.

Luca, da Trans World Logística,aponta como injustiça a questão dasavarias de carga. De acordo com ele,leves avarias, até mesmo na embala-gem, caracterizam perda total e, conse-qüentemente, indenização total do valordo produto.

Por sua vez, Muller, da Talog, falasobre as exigências dos contratos nasoperações neste segmento. Ele declaraque além dos elevados requisitos ine-rentes ao segmento, os contratos sãodesenhados de forma a punir desempe-nhos insuficientes. Mesmo assim, nãoclassifica este elevado grau de exigên-cia como injustiça. “O segmento é exi-gente e necessita de operadores logísti-cos de ponta, que cumpram as exigên-cias dos clientes e superem as suasexpectativas. Quando o operador cum-pre com suas obrigações e as supera, emantém o cliente satisfeito, não háespaço para cobranças”, opina.

DESAFIOS

Entre os maiores desafios enfrenta-dos pelos OL´s, Cardoso, da Sat Log,cita: investimentos constantes na aqui-

� Nível de serviço prestado;� Custos envolvidos;� Preço e condições comerciais;� Capacidade de adaptação e flexibilidade para atendimento das demandas,

especialmente em períodos de sazonalidade; � Potencial de desenvolvimento de melhorias contínuas;� Experiência no segmento e nos serviços a serem contratados

(referências e cases de sucesso);� Capacidade de desenvolver projetos customizados (conhecimento técnico);� Estrutura profissionalizada e capacidade financeira para investimentos

em ativos, se necessário;� Modelo de precificação ad exitum e conforme SLA (Acordo

de Nível de Serviço);� Alinhamento estratégico com a empresa contratante;� Segurança/Processo de gerenciamento de riscos;� Capacidade de integração sistêmica;� Desenho fiscal da operação;� Sistema de qualidade e capacidade de gestão de processos.

Fonte: Panasonic, Brasil SCM e Bosch Eletrodomésticos

O que considerar na escolha do operador logístico?

Enoki, da Panasonic: um dos maioresdesafios é vencer a barreira espaço-tempo de Manaus

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sição de novas áreas paraarmazenagem, veículos eequipamentos para conseguiracompanhar o crescimentodo setor; altos investimentosem segurança embarcada dosveículos, além da necessida-de de utilização de escoltaarmada, a fim de tentar inibiros altos índices de sinistrali-dade; e busca constante deinovações tecnológicas evelocidade na informação.

Luca, da Trans WorldLogística, avalia como desa-fios: entregar ou retirar equi-pamentos eletrônicos pesa-dos (caixas eletrônicos,cofres de dados eletrônicos,equipamentos de revelação eoutros) em locais de difíceisacessos; a criação de equipa-

mentos de remoção; e o trei-namento de colaboradores.

“Os grandes desafiosestão sempre atrelados à agi-lidade desta indústria, ouseja, os lead times são extre-mamente agressivos emtodos os pontos da cadeia desuprimentos. E atrelado aolead time agressivo está ogerenciamento das informa-ções, que exige um sistemarobusto e completo que aten-da às legislações tributárias efiscais de todos os países”,opina Brito, da UPS SCS.

Já Ribeiro, da UPS AirCargo, conta que o maiordesafio é poder oferecer egarantir um espaço paraembarque de uma carga quepoderá ou não sair conformeprevisto, “uma vez que não éraro o fabricante mudar odestino final da carga no últi-mo momento”, salienta. “Asolução da UPS foi desen-volver um sistema contínuode informação que permite àempresa saber se iremos terou não a carga e, de possedessa informação, realizar osajustes necessários (outrascargas, remanejamento dereservas, etc.)”.

Para a Talog, um dosmaiores desafios foi montaruma operação logísticainbound para peças de com-

putadores. Muller explicaque se trata de uma operaçãobastante complexa e exigen-te de abastecimento de linhade produção, onde a margempara erro é próxima de zero.A operação consiste de rece-ber as peças diretamente deseus fabricantes, em suamaioria sediados no exterior.Para tanto, as instalaçõestiveram que ser certificadaspara o regime RECOF, quepermite que o cliente recolhaos impostos apenas nomomento da venda do com-putador pronto. “A armaze-nagem das peças é feita emambiente com umidade etemperatura controladas,com muita tecnologia aplica-da no gerenciamento doarmazém. As entregas sãofeitas respeitando as janelaspré-estabelecidas, com tem-pos bastante apertados, comemergências sendo atendidasem paralelo”, detalha.

TENDÊNCIASPARA OS OL’s

Para Cardoso, da Sat Log,as tendências podem serdivididas por pontos: natransferência, é a utilizaçãodos equipamentos Rodo-trem, com capacidade paraaté 182 m³, “pois a grande

maioria dos fabricantes estáinstalada na Zona Franca deManaus, e este tipo de equi-pamento oferece vantagens aambas as partes”; na distri-buição, a maior tendência dosegmento, de acordo comele, é o fracionamento nasentregas e a propensão dasgrandes redes em reduzir osgrandes volumes de estoque,“o que leva o setor a pensarcada vez mais na descentrali-zação e mudança no perfil dafrota utilizada, com uma ten-dência cada vez maior na uti-lização de veículos menorespara os serviços de entrega,obtendo, assim, maior agili-dade e redução na concentra-ção de risco”, diz.

A resposta de Brito, daUPS SCS, para esta questão,envolve a logística reversa.

“Cada vez mais as empresasdeste setor estarão focandona otimização do SupplyChain como um todo, masum setor que está despertan-do a atenção das empresas éjustamente a logística rever-sa, no qual o tratamento doque é chamado lixo tecnoló-gico terá grande evidência”,aposta.

A tendência, para Ribeiro,da UPS Air Cargo, é que oagente de carga seja parteintegrante do processo docliente, oferecendo ganhosatravés de uma aliança denegócios. De acordo comele, o agente não será maisresponsável por manusear acarga, ele poderá negociarcom os seus provedores e,assim, os ganhos obtidosserão compartilhados paraque ambos sejam beneficia-dos em longo prazo. “Com oagente sendo parte integran-te, conhecerá a cultura orga-nizacional e poderá, atravésdesse conhecimento, adaptarsua operação de modo quenão apenas atenda às neces-sidades do seu cliente, mastambém antecipe as necessi-dades e seus respectivosdesafios”, pondera.

Muller, da Talog, resumeas tendências em uma pala-vra: especialização. Para ele,os requisitos específicos dosegmento têm se cristalizadocada vez mais, tornando suaoperação cada vez maiscomplexa e distinta das ope-rações de outros segmentos.“Assim, será necessário queo operador se torne especiali-zado através de investimentoem tecnologia, em processose em pessoas. O mercado éexigente e realiza uma verda-deira ‘seleção natural’, ape-nas os mais competentessobreviverão”, ressalta.

Luca, da Trans WorldLogística, por sua, vez, citacomo tendências a eficiênciana informação e a qualifica-ção de pessoas.�

Ribeiro, da UPS Air Cargo: OL deve ter flexibilidade para se ajustar diante da demanda

Muller, da Talog: setor de eletroeletrônicos é extremamente dinâmicoM

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Notíciasr á p i d a s

Os Flexitanks, comercia-lizados pela Krest (Fone: 212493.1915), são usados parao transporte e a armazena-gem temporária de produtoslíquidos, alimentícios, petro-químicos e químicos nãoclassificados.

Na versão para transpor-te, podem ser fabricados emPVC e PVC + PE e em PP +PE, nos tamanhos padrão de16, 20, 24 m3, ou em tama-nhos maiores, sob consulta.Na versão estacionária, sãoconstruídos em tecido depoliéster revestido emambos os lados com PVC edisponíveis em capacidadesde até 200 m3.

Transporte earmazenagemtemporária

A Randon Veículos(Fone: 54 209.2400) fabricao caminhão RK 430M, paraaplicação em áreas de mine-ração, obras civis e constru-ção pesada. Possui motoreletrônico Scania e trans-missão automática Allisoncom freio retardador hidráu-lico integrado. Se-gundo aempresa, o equipamentooferece excelente relaçãocusto x tonelada transporta-da, aliada a uma cabine er-gonômica, maior conforto esegurança.

Caminhão fora-de-estrada

A Travema (Fone: 113831. 8911) está apresentan-do um novo modelo de dila-cerador de pneus tipo fosso,onde a peça fica niveladacom o piso, não oferecendoqualquer obstáculo ao veícu-lo. Segundo a empresa, apre-senta características inéditas,pois o acionamento das facasé feito por motor de correntecontínua interligado a uminversor de freqüência, alémde ter bateria autônoma quepermite aproximadamente100 ciclos de acionamento nocaso de falta de energia.

Dilaceradorde pneus