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empregos semana de 10 a 16 de julho de 2011 | 05 E MPREGOS JORNAL MAIS www maisempregos .com.br CADASTRE SEU CURRICULO COLUNA ASSINADA P P P rescrição rescrição rescrição rescrição rescrição da ação da ação da ação da ação da ação por erro por erro por erro por erro por erro médico médico médico médico médico Advogada em Curitiba, fundadora do escritório Lima Lopes Advogados Associa- dos e pós-graduada em Direito Empresarial Lucyanna Lima Lopes www.lucyannalopes.com.br [email protected] Por Jorge Suñe Grillo Neto O prazo para prescrição do pe- dido de indenização por erro médico se inicia na data em que o paciente toma conhecimento da lesão, e não da data em que o profissional liberal comete o ato ilícito. Esse é o enten- dimento da Quarta Turma do Supe- rior Tribunal de Justiça (STJ), no qual concedeu a uma vítima de erro mé- dico, de São Paulo, a possibilidade de pleitear indenização por uma ci- rurgia realizada em 1979. A pacien- te teve ciência da falha profissional passados 15 (quinze) anos. A paciente se submeteu a uma cesariana em janeiro de 1979 e, em 1995, foi informada de que havia uma agulha cirúrgica em seu abdô- men. A descoberta fo i feita a partir da solicitação de exames radiográ- ficos para avaliar o deslocamento dos rins em decorrência de uma que- da sofrida. Até então, a paciente afirma que nada sentia. Porém, em meados do ano 2000, em razão de dores no corpo, teve a recomenda- ção de extrair a agulha. O juízo de primeira instância considerou que o prazo para pres- crição do pedido de indenização passou a contar da data que ocor- reu o ato ilícito, em 10 de janeiro de 1979, extinguindo a ação com base na prescrição. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo manteve o mesmo entendimento, sendo modi- ficado pelo STJ, ao reconhecer que o prazo para intentar ação judicial deve-se contar a partir do conheci- mento da lesão pelo paciente. A decisão é importante ao de- monstrar o entendimento do Poder Judiciário quanto à matéria, princi- palmente com relaç ão ao prazo para intentar ação judicial, devendo to- das as instituições privadas, como clínicas e hospitais, além dos própri- os médicos, ficarem atentos a essa realidade, eis que em muitas situa- ções as mesmas são condenadas so- lidariamente com o profissional da área médica. Fonte: Conjur

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pagina 05 - edição 317

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empregos

semana de 10 a 16 de julho de 2011 | 05

EMPREGOS

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Advogada em Curitiba,fundadora do escritório LimaLopes Advogados Associa-

dos e pós-graduada emDireito Empresarial

Lucyanna LimaLopes

www.lucyannalopes.com.br

[email protected]

Por Jorge Suñe Grillo Neto

O prazo para prescrição do pe-dido de indenização por erro médicose inicia na data em que o pacientetoma conhecimento da lesão, e nãoda data em que o profissional liberalcomete o ato ilícito. Esse é o enten-dimento da Quarta Turma do Supe-rior Tribunal de Justiça (STJ), no qualconcedeu a uma vítima de erro mé-dico, de São Paulo, a possibilidadede pleitear indenização por uma ci-rurgia realizada em 1979. A pacien-te teve ciência da falha profissionalpassados 15 (quinze) anos.

A paciente se submeteu a umacesariana em janeiro de 1979 e, em1995, foi informada de que haviauma agulha cirúrgica em seu abdô-men. A descoberta fo i feita a partirda solicitação de exames radiográ-ficos para avaliar o deslocamentodos rins em decorrência de uma que-da sofrida. Até então, a pacienteafirma que nada sentia. Porém, emmeados do ano 2000, em razão dedores no corpo, teve a recomenda-ção de extrair a agulha.

O juízo de primeira instânciaconsiderou que o prazo para pres-crição do pedido de indenizaçãopassou a contar da data que ocor-reu o ato ilícito, em 10 de janeiro de1979, extinguindo a ação com basena prescrição. O Tribunal de Justiçado Estado de São Paulo manteve omesmo entendimento, sendo modi-ficado pelo STJ, ao reconhecer queo prazo para intentar ação judicialdeve-se contar a partir do conheci-mento da lesão pelo paciente.

A decisão é importante ao de-monstrar o entendimento do PoderJudiciário quanto à matéria, princi-palmente com relaç ão ao prazo paraintentar ação judicial, devendo to-das as instituições privadas, comoclínicas e hospitais, além dos própri-os médicos, ficarem atentos a essarealidade, eis que em muitas situa-ções as mesmas são condenadas so-lidariamente com o profissional daárea médica.

Fonte: Conjur