20
Ceará em Brasília Ceará em Brasília CORREIOS DEVOLUÇÃO GARANTIDA Impresso Especial 9912205638/DR/BSB Casa do Ceará em Brasília CORREIOS Jornal da Casa do Ceará Ano XXIV - 249 - Março de 2013 www.casadoceará.org.br Editorial, pág. 2 Expediente, pág. 2 Espaço Luciano Barreira, pág. 2 Conversando com o Leitor, pág. 2 Samburá - Avenida Beira Mar, notícias do Ceará e dos cearenses pág. 3 Ceará sobe dez posições no ranking de participação do Enem, pág.4 Secretário esclarece dúvidas sobre a reforma da previdência do Estado, pág. 4 Anúncio do José Lírio de Aguiar, pág. 4 50 anos da Sociedade Cearense de Oftalmologia é comemorado na AL, pag. 5 AL celebra 74 anos da Congregação Salesiana Dom Bosco em Fortaleza, pág. 5 Livro que conta história de Viçosa do Ceará foi lançado na AL, pág.5 Anúncio da Marquise, pág. 5 Leituras 1 - artigo de José Jezer de Oliveira, A Casa do Ceará e os políticos cearenses, pág. 6 Lula Moraes quer 25 de março como data magna do Ceará, pág. 6 Banco do Nordeste inaugura agência em Pacajus pág. 6 Leituras II - artigo de José Wilson Ibiapina, A cidade de Ibiapina está sendo tombada, pág. 7 Projeto de Pimentel propõe anistia a policiais e bombeiros do Ceará, pág. 7 Anúncio do Uniceub, pág. 7 Leituras III - artigo de João Soares Neto, Faculdade de Direito – 110 anos, pág. 8 Governo do Ceará triplica investimentos nas universidades estaduais, UVA, URCA E UECE entre 2007/2012, pág. 8 Mauro Benevides lembrou os 110 anos da Faculdade de Direito da UFC na Câmara dos Deputados, pág. 8 Maciço de Baturité: Unilab terá em Redenção novo hospital regional, pág. 8 Leituras IV - artigo Teresa Aragão Serra, uma lenda quase esquecida em Tauá, de JB Serra e Gurgel, pág. 9 Presença feminina cresce no Parlamento Cearense, pág. 9 Leituras V - artigo de Marcelo Gurgel Carlos da Silva, Primórdios do Serviço Social em Fortaleza, pág. 11 Memória - J. Ciro Saraiva, o repórter da Gistória, pág. 11 Leituras VI - artigo de Edmilson Caminha, Com Raposão, perdidos em Jerusalém. Pág.12 CCJ do Senado aprova PEC de Eunício que cria novo TRF com sede em Fortaleza, pág. 12 Crescimento da produção industrial do Ceará é destaque no mês de janeiro, pág. 12 Leituras VII - artigo de José Pimentel, Micro e pequena empresa Um Brasil maior e empreendedor, pág. 13 Leituras VIII - artigo de Geraldo Ananias, A ratazana do tio Aloísio, pág. 15 Estudo do IPECE mostra que maioria dos municípios cearenses depende do FPM, pág. 15 O centenário de um cearense determinado José Colombo de Souza (Itapipoca), pág. 15 Juíza Maria Gladys Veira Lima é eleita desembargadora do TJCE, pág. 16 Cid Gomes destaca ação do Ceará na produção de energia renovável, pág. 16 Deputados recebem reivindicações de mulheres do Cariri sobre violência, pág 16 Anúncio da Nacional Gás, pág. 16 Mesa da AL vai tratar da decisão do TSE que vetou a criação de 30 municípios no CE, pág. 17 Cearenses Adirson Vasconcelos e Edmilson Caminha na Academia Brasiliense de Letras, pág. 17 Anúncio de Aguiar de Vasconcelos, pág. 17 Página da Mulher - artigo de Regina Stela, Estórias de sertão, estórias de cangaço, pág. 18 Roteiro da Culinária Cearense em Brasília, pág 18 A longevidade é necessariamente uma coisa boa?, pág. 18 Leituras IX - Humor Negro & Branco Humor, pág.19 Memória - O bonito mundo que Aldemir Martins exaltou, sua obra continua mais viva do que nunca, por Gonçalo Junior, pág. 19 Assembleia Geral da Casa do Ceará aprova Relatório de Atividades de 2012 e o Plano de Trabalho para 2013, nas comemorações dos seus 50 anos, pág. 20 Anúncio do Beach Park, pag. 20 Leia nesta edição Presidente Dilma anunciou em Fortaleza mais recursos para combater a seca, inaugurou escola de formação profissional e assistiu a doação do terreno para a construção da Refinaria da Petrobrás . Leia mais na pág. 13 Casa do Ceará entregou títulos de Cearense Paidégua, Sócio Honorário e Sócio Benemérito iniciando as comemorações dos seus 50 anos. Leia mais na pág. 14 O PIB do Ceará em 2012 cresceu quatro vezes mais que o do Brasil e chegou aos 3,65%. O do Brasil parou em 0,9%. Leia mais na pág. 12 Yolanda Queiroz, Ivens Dias Branco, Adisia Sá e Chico Anysio homenageados com a Medalha da Abolição, a maior condecoração do Ceará. Leia mais na pág. 10 Casa do Ceará reuniu cearenses na missa para festejar São José. Leia mais na pág. 06 Administração de Brasília entrega alvará para a construção do projeto Fausto Nilo da nova Casa do Ceará

Jornal Março 2013

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal da Casa do Cerá

Citation preview

Page 1: Jornal Março 2013

Ceará em BrasíliaCeará em BrasíliaCORREIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

ImpressoEspecial

9912205638/DR/BSBCasa do Ceará em Brasília

CORREIOS

Jornal da Casa do Ceará Ano XXIV - 249 - Março de 2013www.casadoceará.org.br

Editorial, pág. 2Expediente, pág. 2Espaço Luciano Barreira, pág. 2Conversando com o Leitor, pág. 2Samburá - Avenida Beira Mar, notícias do Ceará e dos cearenses pág. 3Ceará sobe dez posições no ranking de participação do Enem, pág.4Secretário esclarece dúvidas sobre a reforma da previdência do Estado, pág. 4Anúncio do José Lírio de Aguiar, pág. 450 anos da Sociedade Cearense de Oftalmologia é comemorado na AL, pag. 5AL celebra 74 anos da Congregação Salesiana Dom Bosco em Fortaleza, pág. 5Livro que conta história de Viçosa do Ceará foi lançado na AL, pág.5Anúncio da Marquise, pág. 5Leituras 1 - artigo de José Jezer de Oliveira, A Casa do Ceará e os políticos cearenses, pág. 6Lula Moraes quer 25 de março como data magna do Ceará, pág. 6Banco do Nordeste inaugura agência em Pacajus pág. 6Leituras II - artigo de José Wilson Ibiapina, A cidade de Ibiapina está sendo tombada, pág. 7Projeto de Pimentel propõe anistia a policiais e bombeiros do Ceará, pág. 7 Anúncio do Uniceub, pág. 7Leituras III - artigo de João Soares Neto, Faculdade de Direito – 110 anos, pág. 8Governo do Ceará triplica investimentos nas universidades estaduais, UVA, URCA E UECE entre

2007/2012, pág. 8Mauro Benevides lembrou os 110 anos da Faculdade de Direito da UFC na Câmara dos Deputados,

pág. 8Maciço de Baturité: Unilab terá em Redenção novo hospital regional, pág. 8Leituras IV - artigo Teresa Aragão Serra, uma lenda quase esquecida em Tauá, de JB Serra e

Gurgel, pág. 9Presença feminina cresce no Parlamento Cearense, pág. 9Leituras V - artigo de Marcelo Gurgel Carlos da Silva, Primórdios do Serviço Social em Fortaleza,

pág. 11Memória - J. Ciro Saraiva, o repórter da Gistória, pág. 11Leituras VI - artigo de Edmilson Caminha, Com Raposão, perdidos em Jerusalém. Pág.12CCJ do Senado aprova PEC de Eunício que cria novo TRF com sede em Fortaleza, pág. 12Crescimento da produção industrial do Ceará é destaque no mês de janeiro, pág. 12Leituras VII - artigo de José Pimentel, Micro e pequena empresa Um Brasil maior e empreendedor,

pág. 13Leituras VIII - artigo de Geraldo Ananias, A ratazana do tio Aloísio, pág. 15Estudo do IPECE mostra que maioria dos municípios cearenses depende do FPM, pág. 15O centenário de um cearense determinado José Colombo de Souza (Itapipoca), pág. 15Juíza Maria Gladys Veira Lima é eleita desembargadora do TJCE, pág. 16Cid Gomes destaca ação do Ceará na produção de energia renovável, pág. 16Deputados recebem reivindicações de mulheres do Cariri sobre violência, pág 16Anúncio da Nacional Gás, pág. 16Mesa da AL vai tratar da decisão do TSE que vetou a criação de 30 municípios no CE, pág. 17Cearenses Adirson Vasconcelos e Edmilson Caminha na Academia Brasiliense de Letras, pág. 17Anúncio de Aguiar de Vasconcelos, pág. 17Página da Mulher - artigo de Regina Stela, Estórias de sertão, estórias de cangaço, pág. 18Roteiro da Culinária Cearense em Brasília, pág 18A longevidade é necessariamente uma coisa boa?, pág. 18Leituras IX - Humor Negro & Branco Humor, pág.19Memória - O bonito mundo que Aldemir Martins exaltou, sua obra continua mais viva do que

nunca, por Gonçalo Junior, pág. 19Assembleia Geral da Casa do Ceará aprova Relatório de Atividades de 2012 e o Plano de Trabalho

para 2013, nas comemorações dos seus 50 anos, pág. 20Anúncio do Beach Park, pag. 20

Leia nesta edição

Presidente Dilma anunciou em Fortaleza mais recursos para combater a seca, inaugurou escola de formação profissional e assistiu a doação do terreno para a construção da Refinaria da Petrobrás. Leia mais na pág. 13

Casa do Ceará entregou títulos de Cearense Paidégua, Sócio Honorário e Sócio Benemérito iniciando as comemorações dos seus 50 anos. Leia mais na pág. 14

O PIB do Ceará em 2012 cresceu quatro vezes mais que o do Brasil e chegou aos 3,65%. O do Brasil parou em 0,9%. Leia mais na pág. 12

Yolanda Queiroz, Ivens Dias Branco, Adisia Sá e Chico Anysio homenageados com a Medalha da Abolição, a maior condecoração

do Ceará. Leia mais na pág. 10

Casa do Ceará reuniu cearenses na missa para festejar São José. Leia mais na pág. 06

Administração de Brasília entrega alvará para a construção

do projeto Fausto Nilo da nova Casa do Ceará

Page 2: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília2Março/13

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

Edit

oria

l

Causou-nos uma certa surpresa que uma autoridade em Brasília tenha questionado a capacitação técnica e profissional de Fausto Nilo na elaboração do novo Projeto de refundação da Casa do Ceará em Brasília.

Para tal autoridade, Fausto Nilo seria apenas um letrista, compositor, intérprete, músico.

Mas Fausto Nilo, entretanto, é também arqui-teto, urbanista, paisagista. Se esta faceta de sua obra é desconhecida pelas terras de Brasília, mais precisamente por pessoas que deveriam ter o viés de serem bem informadas, isto não ocorre em sua terra natal, onde seu talento extraordinário tem reconhecimento por parte de autoridades e pelo povão, como artista da MPB e arquiteto.

Em Fortaleza, todos sabem que Fausto Nilo é autor do último projeto de requalificação da Praça do Ferreira, tradicional ponto da cidade.

Da mesma forma, que o seu projeto do Centro Cultural Dragão do Mar tornou-se refe-rência não apenas no Ceará mas fora dele, como um dos mais importantes complexos culturais do país, envolvendo nos seus arredores todo o conjunto urbanístico. É um dos melhores equipamentos turís-ticos, por sua função multiuso. Foi este projeto que acabou por consagrar o arquiteto Fausto Nilo como urbanista e paisagista.

Mais recentemente, Fausto Nilo voltou à cena como autor do projeto urbanístico e paisagístico da Avenida Beira Mar que começou a ser implantado que vai dar as Praias de Iracema e do Meirelles, com seus hotéis e imponentes edifícios, um novo enquadramento turístico que impactará Fortaleza.

Se a autoridade de Brasília precisar de mais in-formações sobre o Arquiteto, urbanista e paisagista Fausto Nilo, coloco-me à sua disposição.

Inacio de Almeida (Baturité), Diretor

Expediente

Conversando com o Leitor +No mês de fevereiro, tivemos 4.882 acessos

ao nosso site www.casadoceara.org.br. Estamos caminhando para os 180 mil acessos. Pasasmos dos 163.114.

+ Também estamos no facebook, pilotado pelo diretor cultural da Casa, Fernando Gurgel Filho, que já apresentou no Ministério da Cultura o projeto das comemorações dos 50 anos da Casa do Ceará. Temos patrocínio para tocar o livro que homanageará 150 cearenses.

+ Do total de visitas ao nosso site, pelo menos 4.579 se deram por cearenses aqui no Brasil. Outras 303 visitas se deram por cearenses no exterior. De fato, o site é uma ligação do Ceará com o mundo. Recomende nosso site aos cearenses seus amigos que estejam pelo Brasil ou no exterior.

+ No exterior, foram visitados por gente que estava no Estados Unidos, Suiça, Itália e Argentina, Cana-dá, Espanha Finlândia, França, Irlanda e Holanda, Noruega, Peru e Portugal, Romênia, Servia e Suécia.

+ No Brasil, além da multidão de brasilienses que nos visitaram, fomos acessados em São Paulo, mais do que em Fortaleza, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Goiânia, Sorocaba, Esteio e Anápolis, Juazeiro do

Norte, Manaus, Cristalina, Osasco, Maceió, Curitiba, Aguas Lindas de Lindóia, Rio Branco, Cuiabá, Belém, Icó, Campina Grande, Recife, Campinas e Açailândia.

+ Outro site da Casa do Ceará é o Brasilia50anos de Ceará, em que homenageamos os 50 anos de Brasília, projeto patrocinado por M. Dias Branco, e que man-temos na Web e que tem registrado 26.858 acessos.

+ No nosso site está postado o vídeo sobre a nova Avenida Beira Mar, de Fortaleza, projeto de Fausto Nilo, também autor do complexo Cultural Dragão do Mar. O projeto está saindo do papel e vai mudar a cara de Fortaleza.

+ O juiz Marcos Mairton, de Quixadá, lançando seu novo livro “Contos, Crônicas e Cordeis”Foi na Livraria Cultura de Fortaleza. Mais informações no Facebook da Casa, postadas por Fernando Gurgel Filho.

+ Os jornais já não mandam jornalistas cobrir grandes eventos. A vez agora é dos blogs e sites. A cobertura do Terra deu de 10 a zero na da Globo, na eleição do novo Papa. A cobertura de Macario Batista foi disparada a melhor feita pelos blogueiros, a maio-ria ainda com o ranço anterior ao muro de Berlim. Macario derrubou o muro e não ficou enquadrando o papa da estreiteza de direita e de esquerda!

Espaço Luciano BarreiraEnquete de São Pedro

São Pedro, na triagem celeste, perguntou ao americano:- O que é mole, mas na mão das mulheres fica duro?O americano pensou e disse:- Esmalte.- Muito bem, pode entrar - disse São Pedro.Perguntou ao italiano:- Onde as mulheres têm o cabelo mais enrolado?O italiano respondeu:- Na África.- Certo. Pode entrar.Para o alemão:- O que as mulheres têm, com 6 letras, começa por B,

termina com A, e não sai da cabeça dos homens?O alemão respondeu:- A Beleza.- Certo. Pode entrar.Para o francês:- O que as mulheres têm no meio das pernas?O francês respondeu:- O Joelho.- Muito Bem. Pode entrar também.E perguntou ao inglês:- O que é que a mulher casada tem mais larga que a

solteira?O inglês respondeu:- A cama.- Ótimo. Pode entrar.E ao espanhol:- O que é redondo, tem duas letras, um furo no meio,

começa com C, quem dá fica feliz, e quem ganha fica mais mais feliz ainda?

O espanhol respondeu:- CD.- Certo! Entre também.O brasileiro virou-se e foi saindo de fininho... São Pedro

o chamou:- Você não vai querer responder a sua pergunta?

O brasileiro respondeu:- Sem chance! Errei todas... Para que lado fica o inferno???

Se preparem....Querido Deus, Até agora o meu dia foi bom: - Não fiz fofoca; - Não perdi a paciência; - Não fui sarcástica, rabugenta, chata nem irónica; - Não reclamei; - Não praguejei; - Não gritei; - Não tive ataques de ciúmes; - Não comi chocolate; - Também não fiz débitos no meu cartão de crédito; Mas peço a sua proteção, Senhor, pois estou para me

levantar da cama a qualquer momento!Amem!!

O que pode obrigar um homem a usar brinco? Um dia, no escritório de advocacia, um dos

advogados reparou que um seu colega, homem muito conservador, reconhecidamente muito sério, usava um brinco.

- Não sabia que você gostava desse tipo de coisas - comentou.

- Não é nada de especial, é só um brinco.- Há quanto tempo você o usa?- Desde que a minha mulher o encontrou, no meu

carro, e eu disse que era meu... Fundada em 15 de outubro de 1963

Fundadores – Chrysantho Moreira da Rocha (Fortaleza) e Álvaro Lins Cavalcante (Pedra Branca)

Diretoria Presidente - Osmar Alves de Melo (Iguatu): Fernando Cesar Moreira

Mesquista (Fortaleza), 1º vice; José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza), 2º vice; Evandro Pedro Pinto (Fortaleza), Administração e Finança; Luiz Gonzaga de Assis (Limoeiro do Norte), Planejamento e Orçamento; Fer-nando Gurgel Filho (Fortaleza), Educação e Cultura; Francisco Machado

da Silva (Pedra Branca), Saúde; JB Serra e Gurgel (Acopiara), Comunicação Social, Angela Maria Barbosa Parente (Fortaleza), Obras, Maria Áurea Assunção Magalhães (Fortaleza), Promoção Social, e João Rodrigues Neto (Independência), Jurídico.

Conselho Fiscal Membros efetivos: José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), José

Colombo de Souza Filho (Fortaleza) e José Carlos Carvalho ( Itapipoca); Membros suplentes: Antônio Florêncio da Silva (Fortaleza), Edivaldo

Ximenes Ferreira (Fortaleza) e José Aldemir Holanda (Baixio). Jornal da Casa do Ceará

Fundador e Editor Emérito - Luciano Barreira (Quixadá)Conselho Editorial

Ary Cunha (Fortaleza), Carlos Pontes (Nova Russas), Edmilson Caminha (Fortaleza), Egidio Serpa (Fortaleza), Frota Neto (Ipueiras),

Geraldo Vasconcelos (Tianguá), Gervásio de Paula (Fortaleza), Haroldo Hollanda (Fortaleza), Jorge Cartaxo (Crato), J. Alcides

(Juazeiro do Norte), José Jézer de Oliveira (Crato), Lustosa da Costa (Sobral), Marcondes Sampaio (Uruburetama), Milano Lopes (Fortaleza),

Narcélio Lima Verde (Fortaleza), Orlando Mota (Fortaleza), Paulo Cabral Jr. (Fortaleza), Raimunda Ceará Serra Azul (Uruburetama),

Roberto Aurélio Lustosa da Costa (Sobral) e Tarcisio Hollanda (Fortaleza).Diretor

Inacio de Almeida (Baturité) Editores

JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Wilson Ibiapina (Ibiapina)[email protected] / [email protected]

Editoração EletrônicaCasa do CearáDistribuição

Antonia Lúcia GuimarãesCirculação

O jornal não se responsabiliza por textos assinados.Banco de dados com apoio da ANASPS - Brasília – DF SGAN Quadra 910 Conjunto F - Asa Norte | Brasília-DF

CEP 70.790-100 | Fone: 3533 3800casadoCeará@casadoCeará.org.br / www.casadoCeará.org.br

Page 3: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br3 Março/13

Sergio Braga, ami-go dos seus amigos, um dos maiores ani-madores culturais de Fortaleza, na posse do ministro Ubiratan Aguiar na Academia Cearense de Letras.

M. Dias BrancoFoi excepcional o ano de 2012 para o Grupo M. Dias

Branco, controlado pelo empresário Ivens Dias Branco.O lucro líquido do exercício alcançou o recorde de

R$ 470,5 milhões (28,4% maior do que o de 2011), para uma receita líquida de R$ 3,545 bilhões (21,8% acima do faturamento do exercício anterior de 2011).

Informa a companhia que “deverá continuar com os esforços para a expansão de suas margens”.

E revela, com base em dados da A. C. Nielsen referen-tes a novembro e dezembro de 2012, que M. Dias Branco segue na liderança do mercado nacional de biscoitos e massas, em volume de vendas, com 26,9%, e market--share, com 26,0%.

O grupo fez, em 2012, investimentos de R$ 117,2 milhões na modernização do seu parque industrial.

Um terreno para 20 indústrias químicasDonos de 20 indústrias químicas cearenses estão em

negociação com várias prefeituras da Região Metro-politana de Fortaleza, onde querem implantar-se em forma de condomínio, repartindo os custos de serviços de refeitório, vigilância armada, controle de qualidade e sistema de tratamento de efluentes industriais.

Elas prometem aos prefeitos a criação de 1 mil empre-gos diretos e investimento de R$ 50 milhões.

Em contrapartida pedem a cessão do terreno.Os prefeitos de Aquiraz, Horizonte e Pacajus já ana-

lisam a proposta.Os de Maracanaú, Maranguape e Caucaia estão

silentes.As indústrias são das áreas de cosmético, produtos de

limpeza, perfumaria, embalagens, fios de sutura e colas.É o Sindicato da Indústria Química do Ceará (Sind-

química) que coordena os contato

Grendene fabricará móveis de plásticoAlém de uma nova unidade no seu parque indus-

trial em Sobral, na região Norte do Ceará – a Gren-dene vai também fabricar móveis de plástico.

Em Sobral, onde tem sete unidades de produção, a Grendene dá emprego direto a mais de 20 mil pessoas.

Pague Menos caminha para 1000 lojasIncentivado pelos bons resultados do exercício de 2012

– quando obteve um faturamento de R$ 3,25 bilhões – Deusmar Queirós, controlador do Grupo Pague Menos, informou a Egidio Serpa algumas de suas metas.

Para este 2013, ele aposta em uma receita perto de R$ 4 bilhões.

Sua rede de farmácias Pague Menos, que hoje tem quase 600 lojas em 217 municípios de todos os estados do País, terá, em 2017, um milhar de pontos de venda, o que a transformará na maior da América Latina.

A organização de Deusmar Queirós dá emprego direto a 16 mil pessoas.

SAMBURÁ - Avenida Beira Mar TiriricaO deputado federal Tiriri-

ca (PR-SP) (Itapipoica) está lançando um novo CD com 13 músicas de composição própria, três delas em par-ceria, e a aposta como hit é a música “Estou no Poder”, que fala da chegada dele ao Congresso. O título do CD é “Direto de Brasília” e a foto da capa é do artista dentro de uma brasília amarela. Ele afirma que algumas das composições foram feitas no plenário da Câmara durante as sessões. Diz que não pretende fazer piada dos colegas, mas reafirma que abandonará a política ao final de seu mandato, em fevereiro de 2015. “Faço mais pelo povo fazendo comédia, palhaçada e fazendo o povo rir”, diz. Tiririca admite, porém, que o salário de R$ 26,7 mil dos parlamentares é baixo perto do rendimento que tem como artista. “Um show meu é mais do que eu tiro aqui por mês”.

Cearenses no ExércitoNeste momento, o Ceará tem 10 generais na ativa:

1. General-de-Divisão Marcelo Flávio Oliveira Aguiar (Cariré) deixa o Comando da 7ª Região Militar (Reci-fe) passando para a reserva, em 31.03.2013. É de Infan-taria. 2. General-de-Divisão Carlos César Araújo Lima (Fortaleza) assume o Comando da 10ª Região Militar em Fortaleza a partir de 31.03.2013. É de Infantaria. Passa a ser o cearense de mais alto posto na ativa do Exército. (“decano”) 3. General-de-Brigada Francisco Mamede de Brito Filho (Fortaleza) será promovido em 31.03.2013 da Arma de Infantaria e comandará a 4ª Brigada de Infantaria em Juiz de Fora. Generais Cearenses, naturais de Fortaleza na ativa: 4.Gen Bda Antonio Maxwell de Oliveira Eufrásio Cmdo 9ª RM Campo Grande - MS 5.Gen Bda Elias Rodrigues Mar-tins Filho Cmdo CMO Campo Grande - MS 6.Gen Bda Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira Cmdo 23ª Bda Inf Sl Marabá - PA 7.Gen Bda José Luiz Jaboran-dy Junior Cmdo CMA Manaus - AM 8.Gen Bda José Luiz Jaborandy Rodrigues Cmdo 1ª Bda Inf Sl Boa Vista - RR 9.Gen Bda Ubiratan Poty Cmdo 17ª Bda Inf Sl Porto Velho - RO Nascido no interior do Ceará: natural do Iguatu - 10.Gen Bda Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira Cmdo 16ª Bda Inf Sl Tefé - AM.

Rabelo, com 97 lojas, vai expandir-seMaior rede do comércio varejista cearense, a Ra-

belo – com 97 unidades espalhadas por sete estados do Nordeste – vai expandir-se ao longo deste ano de 2013. Seu sócio majoritário e presidente João Rabelo disse a Egidio Serpa que serão abertas lojas em Arapiraca (AL) e Araripina (PE). “Mas vamos focar também no Interior do Ceará”, avisa ele com um argumento muito forte: “Abriremos lojas em cidades cujo consumo tem aumentado em progressão geométrica – como Aracati”. A Rabelo tem um gigantesco centro de distribuição instalado em Maracanaú, na Região Metropolitana de Forta-leza, o que garante a entrega, em até 48 horas, do que vendem suas unidades de Fortaleza.

Brasil-República Dominicana

O embaixador do Brasil na República Dominica-na, José M.Vinicius de Sousa (Fortaleza), entregou ao conjun-to Botucada instru-mentos musicais, tais como, agogô, recu recu e caixa. O Con-junto vem se apresen-tando em atividades culturais na Embaixada e tocando música brasileira.

Tom CavalcanteO humorista cearense Tom Cavalcante fará espe-

cialização em Hollywood, após decidir abandonar a carreira de apresentador de programa de televisão. O cearense está de malas prontas para morar nos Estados Unidos, onde estudará cinema por um período de um ano. Para Tom Cavalcante, há um “vácuo” no cinema brasileiro de um “homem-show”, assim como o comediante americano Jim Carrey. O humorista também pretende arriscar uma carreira nos Estados Unidos. Tom teve passagem medíocre pela Record, depois de estourar na Globo. A Record sacaneou ao colocar seu programa de madrugada, depois do Jô Soares.

Reforma da Avenida Beira MarIniciadas as obras de reforma da Avenida Beira

Mar, que serão executadas pela Construtora Camargo Correia. O projeto da nova Beira Mar, assinado pelo arquiteto Fausto Nilo, foi encomendado na gestão da ex--prefeita Luizianne Lins. Seu sucessor, Roberto Cláudio, achou-o muito bom e decidiu executa-lo. Serão investidos R$ 250 milhões, que virão quase totalmente do Ministério do Turismo. Só uma parte dele ficará pronto para a Copa do Mundo de 2014.

MarquiseO Centurion Business Center, empreendimento do

Grupo Marquise, deve em breve gerar uma movimen-tação diferente no entorno da Praça Portugal. O prédio, entregue no final do ano passado, aos poucos está sendo ocupado pelos seus condôminos. São 215 unidades que foram vendidas em apenas oito dias, atingindo um valor geral de venda de R$ 77 milhões. A Marquise prepara para este ano o lançamento de outro prédio comercial, em uma área de mais de 2 mil m², localizada na esquina da Av. Dom Luís com Frei Mansueto.

Português na RomêniaO diplomata Augusto César Teixeira Leite que

serve em Bucareste informando que 400 romenos participaram do curso de português promovido pela embaixada. Um sucesso tão grande quanto os sucessi-vos festivais de cinema brasileiro que tanto agradam os romenos que lotam a sala de cinema da embaixada.

60 anos de Evaldo GouveaEvaldo Gouvea (Iguatu), 60 anos de carreira, abriu

o ciclo de comemorações em Sobral. No seu repertó-rio clássico, “Alguém me Disse”, “Brigas”, “Senti-mental Demais”, “O Trovador”, “Que Queres Tu de Mim”,“Bloco da Solidão”, “O Conde”, que embalaram gerações de enamorados.

Foto

: Orla

ndo

Brit

o

Page 4: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília4Março/13 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Há 41 anos

O secretário do Planejamento e Ges-tão do Estado, Eduar-do Diogo, participou de esteve na Assem-bleia Legislativa, para esclarecer a mensa-gem do Governo n° 7.460/2013 propondo reforma no regime de previdência do funcionalismo estadual e instituindo o regime de previdência complementar.

Eduardo Diogo explicou que o texto dispõe sobre o equacionamento do déficit atuarial do Sistema Único de Previdência Social dos Servidores Públicos Civis e Militares, dos Agentes Públicos e dos Membros de Poder do Estado do Ceará e institui o regime de previdência complementar.

O novo modelo de previdência não irá afetar os 134.380 servidores efetivos civis ativos, inativos e pensionistas e os novos servidores que ingressarem no funcionalismo público estadual até 31 de dezembro de 2013. “É importante salientar que a previdência complementar só irá afetar os servidores civis efetivados a partir de 1º de janeiro de 2014 com re-muneração acima do teto do Regime Geral da Previdência Social (R$ 4.157,05)”, frisou Eduardo Diogo.

Os servidores foram representados pela coordenadora do Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos, Jerusa Matos, que questionou o novo modelo de previdência. “Como os servidores terão estímulo para realizar concurso público se eles não sabem se terão a aposentadoria garantida? O que o Governo quer é privatizar a previdência” debateu.

O secretário do Planejamento e Gestão afirmou ainda que atualmente dois estados seguem o modelo de previdência complementar - São Paulo e Rio de Janeiro.

Secretário esclarece dúvidas sobre a reforma da previdência do Estado

Ceará sobe dez posições no ranking de participação do EnemA nota média dos estudantes das

escolas públicas estaduais do Ceará no Exame Nacional do Ensino Mé-dio (Enem) cresceu de 448,8 para 449,5 em apenas dois anos (0,16%), apesar do aumento de 219,78 % de participação de alunos no “provão” em 2011 (razão entre o número de estudantes de escolas públicas do Ceará em relação ao total), quando passou de 2,78% em 2009 para 8,89% em 2011. Em termos de participação, o resultado foi o terceiro maior verificado no período, o que levou o Ceará do 14º do ranking (2009) nacional para a quarta posição (2011).

Outro expressivo resultado também ocorreu com relação à nota obtida pelos estudantes das escolas profissionalizantes estaduais do Ceará no Enem, que em 2011 foi de 480,8, maior que a média geral brasileira, que ficou em 477,3. Também em 2009, o Estado superou a média brasileira, de 481,3, ao apresentar nota média de 514,9%. Os dados estão no Ipece/Informe (nº 54) “Análise da Participação das Escolas Estaduais Cearenses no Exame Nacional do Ensino Médio: 2009/2011”, divulgado em 26.03.

O diretor Geral do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado, professor Flávio Ataliba, chama a atenção para o aumento na participação dos estudantes de escolas publica estaduais no Enem, em especial de ensino profissionalizante. Nesse segmento, apenas 244 estudantes realizaram, em 2009, o exa-me, representando apenas 2,6% do total de alunos de escolas estaduais no Enem. Em 2011 foram registradas 50 escolas profissionalizantes, com taxa de participação acima de 50%, que, juntas, somavam 4.846 estudantes, significando 15,8% de alunos de escolas públicas do Ceará na prova.

O professor Flávio Ataliba lembrou que estados como

Mato Grosso, Amazonas, Santa Ca-tarina e Sergipe, que reduziram suas participações no total de estudantes que realizaram o Enem, obtiveram ganhos no desempenho médio. Mas já Goiás, Amapá, Paraíba, São Paulo e Pará, que incrementaram suas participações no exame, verificaram queda no desempe-nho médio entre 2009 e 2011. “Enquan-to isso, Roraima, Alagoas, Acre e Ceará

apresentaram ganho de desempenho apesar do substancial incremento na participação, sugerindo que houve uma par-ticipação maior de estudantes de alto desempenho, como é o caso específico das escolas profissionalizantes do Ceará.”

Dez MelhoresAs dez melhores escolas públicas estaduais do Ceará são,

por ordem: Colégio da Polícia Militar do Ceará; Colégio Militar do Corpo de Bombeiros e Colégio Estadual Justiniano de Serpa, todos em Fortaleza; EEEP Maria Dolores Alcântara e Silva Horizonte); EEEP Adriano Nobre (Itapajé); EEEP Professor Walquer Cavalcante Maia (Russas); EEEP Alfre-do Nunes de Melo (Acopiara); EEEP Juarez Távora; EEEP Professor Onélio Porto e EEEP Mário Alencar, em Fortaleza.

O trabalho do Ipece teve como base os dados obtidos diretamente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)/Ministério da Educação. A média da nota geral de cada unidade da federação foi calcu-lada a partir da nota das escolas cuja taxa de participação dos estudantes foi igual ou superiora 50%, como determinado pelo MEC. Evidentemente, a nota média do estado do Ceará, bem como das outras Unidades da Federação, pode ser modificada se caso seja feita pela inclusão de qualquer escola com ao menos um estudante participante do Enem. A nota do Enem é calculada a partir das provas objetivas de quatro áreas de conhecimento: Linguagens e Códigos, Ciências Humanas, Ciências da Natureza, e Matemática.

Foto

: Dár

io G

abri

el

Page 5: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br 5 Março/13

Livro que conta história de Viçosa do Ceará foi lançado na AL

Historiador e Escri-tor Êonio Fontenele.

A Assembleia Le-gislativa realizou em 05.03 o lançamento do livro “Viçosa do Ceará: Política e Po-der”, de autoria do historiador e escritor Êonio Fontenele. A obra aborda a traje-tória e a evolução política do municí-pio, desde a chega-da dos franceses à Ibiapaba até os dias atuais. A publicação é marcada por curiosidades, trazendo inclusive quase todos os resultados eleitorais verificados naquela cidade, desde a redemocratização de 1945 até a eleição de 2012. Destaca-se ainda a lista dos prefeitos muni-cipais, vice-prefeitos e dos vereadores de Viçosa ao longo dos anos.

Como resultado de anos de pesquisa, o autor abor-da os acirramentos políticos que marcaram a vida da cidade onde nasceu Clóvis Beviláqua, como a Tragédia da Tabatinga, em 1878; a atuação do mon-senhor José Carneiro da Cunha; as lutas pelo poder verificadas entre PSD e UDN; o memorável comício de Juscelino Kubitschek na campanha eleitoral de 1955; além da existência de duas bandas de música, a “Democrata” e a “Marreta”, cada uma associada a uma facção política.

50 anos da Sociedade Cearense de Oftalmologia é comemorado na AL

A Assembleia Legisla-tiva comemorou, na noite em 28/02, os 50 anos de fundação da Sociedade Cearense de Oftalmologia (SCO), com sessão solene realizada no Plenário 13 de Maio. A iniciativa par-tiu do deputado Hermínio Resende (PSL).

O Presidente da Sociedade Cearense de Oftalmo-logia, Dácio Carvalho Costa, agradeceu em nome da instituição. O médico disse que a Sociedade hoje está fortalecida, e a união do grupo é responsável por esse sucesso. O homenageado ainda lembrou ex-presidentes da instituição e afirmou que desafios ainda estão por vir. “Se a Sociedade está aqui de-fendendo a saúde da população, foi porque nós nos apoiamos em ombros de gigantes, ombros de grandes homens”, disse.

A Sociedade Cearense de Oftalmologia (SCO) foi criada no dia primeiro de março de 1963, por iniciativa de um grupo de oftalmologista liderado pelo doutor Leiria de Andrade Júnior.

Na cerimônia, foram homenageados com placas comemorativas os médicos oftalmologistas Leiria de Andrade Júnior, sócio fundador da Sociedade; Roberto Juaçaba, sócio mais antigo em atividade; Valter Justa, fundador do Jornal Ceará Oftalmologia; Dácio Carvalho Costa, presidente da Sociedade Cearense de Oftalmo-logia, além dos doutores Fernando Monte e Francisco Waldo Pessoa de Almeida (in memorian).

AL celebra 74 anos da Congregação Salesiana Dom Bosco em Fortaleza

Homenagem Con-gregação Salesiana Dom Bosco em For-taleza. A Assembleia Legislativa comemo-rou, na tarde de 26.02, os 74 anos de presença da Congregação Sa-lesiana Dom Bosco em Fortaleza, com sessão solene realizada no Plenário 13 de Maio. A iniciativa partiu do deputado Delegado Cavalcante (PDT).

O parlamentar parabenizou a Congregação, em nome da presidência da Casa, e destacou os importantes serviços prestados à população cearense, desde 1939.

Na cerimônia, foram homenageados o Vigário Epis-copal da Região Metropolitana São José, padre Luis Fernando Martins Cabral, e o diretor geral do Colégio Salesiano e também diretor presidente da Rádio FM Educativa Dom Bosco, Padre Gilberto Silva.

O padre Luis Fernando agradeceu em nome de toda Congregação. Ele elogiou a Assembleia Legislativa, por saber prestar homenagem àquelas instituições que se preocupam em ajudar as pessoas. O homenageado falou também da satisfação em participar da família salesiana e das ações em prol da educação e transformação de crianças em cristãos.

O vereador de Fortaleza Ronivaldo Maia (PT) falou sobre o orgulho de ter no Ceará uma congregação como a Salesiana Dom Bosco. “É muito bom ver uma insti-tuição como esta crescendo, pois não é fácil o trabalho de evangelização. A Câmara Municipal de Fortaleza se coloca à serviço desta instituição”, disse.

Foto

: Dár

io G

abri

el

Page 6: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília6Março/13

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

Leituras IA Casa do Ceará e os políticos cearenses

José Jézer de Oliveira (*) Houve tempo em que a Casa do Ceará era ponto de

encontro dos políticos cearenses com mandato parlamentar no Congresso Nacional. De hábito, marcavam presença em todos os eventos promovidos pela Diretoria, inclusive os almoços mensais, cuja finalidade era reunir num gesto de confraternização os nossos representantes e os membros da comunidade cabeça chata, que também batiam ponto na instituição.

O fato de os deputados e os senadores manterem, à época, residência em Brasília muito contribuía para que se dessem esses encontros, como também o fato de a “visita às bases” ocorrer, quando muito, uma vez por mês, visto que as pas-sagens aéreas eram custeadas pelos próprios parlamentares. Diante disso, os políticos permaneciam mais tempo na Ca-pital, inclusive participando mais efetivamente, juntos com seus familiares, da vida da jovem cidade, no começo insípida e monótona, uma vez que Brasília, em matéria de diversão e entretenimento, pouco tinha a oferecer, além de dois cinemas – Cine Cultura e Cine Brasília, acrescidos, posteriormente, do Cine Bruni – e da apresentação esporádica de peças teatrais no palco auditório da Escola Parque. Outra opção era a fluência aos clubes à beira do Lago, nos fins de semana.

Todavia, com o advento da franquia aos parlamentares de passagem aérea semanal, de ida e volta, aos respectivos estados, à custa do erário, o relacionamento dos políticos com a Capital sofreu radical alteração. Brasília, a partir daí, passou a ser para eles mera cidade dormitório, da qual a grande maioria atualmente conhece apenas o trajeto entre o aeroporto, o edifício sede do Congresso e o hotel onde se hospeda nos três dias em que aqui permanece.

Essa situação repercutiu na vida da Casa do Ceará que deixou de contar com a prestigiosa e assídua presença dos nossos parlamentares nas suas promoções, inclusive nos almoços de fim de mês, aos sábados, com a participação de numerosos membros da comunidade cearense da Capital do País, na ocasião em que eram servidos pratos típicos da culinária cearense.

É bom lembrar que, sob inspiração do deputado Crhysan-tho Moreira da Rocha, a Casa do Ceará nasceu praticamente no seio da bancada cearense no Congresso Nacional. Se observarmos que dos 28 que assinaram o livro de presença na reunião de fundação da Casa, 19 exerciam mandato parlamentar. Desses, três participaram mais efetivamente, juntos com Chrysantho, da execução do projeto, cuidando da elaboração do estatuto e traçando os objetivos da insti-tuição. Eram eles Álvaro Lins Cavalcanti, Ozires Pontes e Ernesto Gurgel Valente, deputados que participaram da primeira Diretoria.

Desde os primeiros momentos em que estiveram à frente da Casa, Chrysantho e seus companheiros adotaram uma bem sucedida política de aproximação da instituição não só com os representantes cearenses no Congresso, como também com os governantes do Estado. Adauto Bezerra, César Cals, Virgílio Távora e Lúcio Alcântara foram os governadores que mais prestigiaram com sua presença a Casa do Ceará. As esposas dos dois últimos, Eloisa Távora e Beatriz Alcântara estiveram à frente, respectivamente, da Ala Feminina e do Departamento de Cultura, ao tempo em que os maridos exerciam mandato parlamentar em Brasília. Essa salutar política de convivência com a Casa por parte dos nossos representantes foi mantida por Álvaro Lins, sucessor de Chrysantho, de quem, inclusive, partiu a iniciativa de conferir aos nossos legisladores federais o título de Sócio Honorário, independentemente do grau de relacionamento de cada qual com a Casa. Esse simpático gesto continha um simbolismo muito especial. Era a maneira muito particular de a Casa do Ceará, e através dela a comunidade cearense da Capital da República, recepcionar os conterrâneos que aqui desembarcavam pela primeira vez para o exercício do man-dato parlamentar. Sucessora de Álvaro, Mary Porto manteve esse nobre gesto de conterraneidade durante todo o tempo – 18 anos – em que esteve no comando da instituição. No último ano de sua gestão – 1999 – a não justificada ausência dos agraciados ao festivo almoço durante o qual ser-lhes-ia entregue o título, Mary, decepcionada e ao mesmo tempo

triste, deu por encerrado o capítulo de outorga do título de Sócio Honorário a parlamentares. Os títulos, já emitidos, foram enviados por via postal aos destinatários.

Em nossa primeira gestão, ao término do mandato de Mary, a Casa instituiu o título de Sócio Benemérito, cujo propósito era homenagear aqueles cearenses que efetiva e reconhecidamente prestaram relevantes serviços à ins-tituição. O ex-senador e atual deputado federal Mauro Benevides, a quem muito deve a Casa do Ceará, foi o único político agraciado com o título. Os demais, não políticos, distinguidos com a honraria foram, em ordem cronológica, os jornalistas Mário Garófalo, Ari Cunha e Paulo Cabral de Araujo, cardeal José Freire Falcão, o engenheiro agrônomo Osanan Coelho e, por último, o jornalista e escritor Luciano Barreira. A outorga do título era feita a cada ano por ocasião do aniversário da Casa, 15 de outubro. Registre-se também que, em duas ocasiões, por iniciativa dos deputados distritais cearenses Chico Leite, Chico Floresta e Erika Kokay, a Câ-mara Legislativa do Distrito Federal se deslocou até a sede da instituição, para, em sessão extraordinária, homenagear a Casa na data do seu aniversário de fundação.

Outro fato merece citado, ligando políticos à Casa: em 1986, ano da primeira eleição em Brasília para a Câmara dos Deputados e Senado, o empresário cearense Antônio Venâncio da Silva, candidato ao Senado, solicitou a Mary permitisse afixar faixa de sua campanha no espaço interno da Casa. Ela autorizaria desde que os demais candidatos cearenses desejassem utilizar o espaço para propaganda eleitoral. À época, assessorando a Presidência do TRE, for-neci a Mary a relação e o endereço dos candidatos que eu sabia cearenses: Antonio Venâncio, Edísio Gomes de Matos e Roberto Pompeu de Sousa Brasil, para o Senado. Para a Câmara, Valmir Campelo, Esaú de Carvalho, Francisco Aguiar Carneiro, José Cosmo Antunes, Geraldo Aguiar de Vasconcelos, Maria Laura Pinheiro, nomes extraídos de um universo de 68 candidatos ao Senado e 169 à Câmara dos Deputados.

(*) Jornalista e ex-presidente da Casa do Ceará

Lula Moraes quer 25 de marçocomo data magna do Ceará

O Ceará comemora este ano, pela primeira vez, o dia 25 de março como Data Magna do Ceará, através da Emenda Constitucional apresentada pelo deputado Lula Morais (PCdoB), aprovada e sancionada pela Assem-bleia Legislativa do Estado. Em 25 de março de 1884, quatro anos antes da assinatura da Lei Aurea, foi abolida a escravidão em toda a província do Ceará. “Nosso Es-tado foi palco de relevantes movimentos abolicionistas, que denunciavam, pela imprensa, os abusos cometidos pelos senhores de escravos e combatiam o comércio negreiro entre estados”, ressalta o parlamentar.

Segundo Lula Morais, o Ceará é muito mais do que a terra do Luz, sendo protagonista e denominado de berço da liberdade, pelo abolicionista José do Patrocínio. De acordo com ele, no dia 1º de janeiro de 1883, a Vila do Acarape, atual Redenção, emancipou seus escravos há menos de um ano antes da província do Ceará. Assim, Redenção é conhecida como Rosal da Liberdade.

NE: Durante muito tempo os governadores do Ceará assumiam seus mandatos em 25 de março, que era con-siderado a data magna do Estado, como o 2 de julho na Bahia, 1 de março no Rio de Janeiro, 25 de janeiro em São Paulo... O nosso 25 de março nos legou o Palácio da Luz, que foi sede do governo do Ceará que é conhecido como!” Terra da Luz” e o Palácio da Abolição, hoje sede do Governo.

Banco do Nordeste inaugura agência em Pacajus

– O Banco do Nordeste inaugurou em 11.03 agência bancária no município de Pacajus, localizado na região metropolitana de Fortaleza. A cerimônia ocorrerá na rua Cônego Eduardo Araripe, 1202, Centro. Estarão presentes o presidente da instituição, Ary Joel Lanzarin, o superintendente do estadual do Banco do Nordeste no Ceará, João Robério Pereira de Messias, além de autoridades e empreendedores da região.

A agência Pacajus nasce com objetivo de estimular, de modo especial, o segmento de micro e pequenas em-presas, considerando a vocação do município. Pacajus integra zona de intensa atividade industrial no Estado e possui setor de comércio e serviços em expansão.

No Ceará, O Banco do Nordeste já dispõe de 30 agências em funcionamento. Duas delas foram inau-guradas no ano passado, como parte da estratégia de expansão da rede de agências da empresa, contem-plando os municípios de Barbalha e Cascavel. Até dezembro, a rede de agências no Estado será composta por 45 unidades.

O superintendente João Robério Pereira de Messias afirma que a instalação da agência Pacajus para atender a sede do município e, ainda, as cidades vizinhas de Chorozinho, Barreira e Acarape representa o compro-misso do Banco do Nordeste com o desenvolvimento local.

Casa do Ceará reuniu cearenses na missa para festejar São José

Foi uma comemoração simples para marcar o dia do Padroeiro do Ceará, São José, em 19.03, dia em que foi igual-mente lembrado pelo papa Francisco, na festa de iniciação de seu papado, em Roma, e que no Ceará foi marcado pela chuva em 110 municipios dos 184 que há meses não viam um pingo de chuva. Apesar da chuva, o Ceará e o Nordeste enfrentam uma das maiores secas dos ultimos 40 anos.

A missa de São José foi celebrada pelo padre José De-bortoli, catarinense, vigário da Paróquia de Nossa Senhora das Graças. Entre os presentes, os diretores Osmar Alves de Melo (Iguatu), com sua esposa, Ivete, José Sampaio de Lacerda Junior (Fortaleza), Francisco Machado (Pedra Branca), JB Serra e Gurgel (Acopiara) e Evandro Pedro Pin-to (Fortaleza) e Áurea Magalhães (Fortaleza), e os membros do Conselho Fiscal José Madeira (Itapipoca), José Aldemir Holanda (Baixio) com esposa, Edivaldo Ximenes (Fortale-za), Antonio Florêncio (Fortaleza) com esposa e filha, José Colombo de Souza Filho (Fortaleza) com filha No final da missa, antes da benção do padre José, Osmar Alves de Melo agradeceu as presenças de todos, ressaltou a grande dificul-dade enfrentada pelo Ceará e pelo Nordeste com a falta de chuvas que já teria dizimando milhares de cabeças de gado, lembrou que emoutras secas levas de retirantes deixavam o sertão e que ,pelo menos esta situação,não está ocorrendo face os programas assistenciais do Governo Federal que seguram os nordestinos nas suas cidades.

Page 7: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br7 Março/13

Leituras IIA cidade de Ibiapina está sendo tombada

Wilson Ibiapina (*)

Ibiapina, uma velha cidade da Serra da Ibia-paba, que devia estar sendo tombada, quer dizer preservada, sob a guarda da prefeitura, do estado, para conservação de seu imóveis, praças, está na verdade sendo tombada, no sentido de derrubada.

O advogado Galba Aragão me liga de lá para lamentar a ação predadora de alguns moradores da cidade. Estão fazendo ruir prédios mais antigos da praça do Mercado Municipal para levantar no local alguma edificação de arquitetura duvidosa. Falta uma lei municipal para salvar da especulação imobiliária áreas como as praça de São Francisco, do mercado, da matriz de São Pedro, a pracinha que fica em frente a casa de seu Janjão, de Àlvaro Soares.

São casas residenciais e comerciais que pintadas darão um colorido especial à cidade e vão virar atração turística. Mas lá ninguém parece pensar assim.

A cidade com menos de 24 mil habitantes é do-minada, hoje, por comerciantes e agricultores que chegaram de fora e não têm nenhum compromisso com o passado do município. Nem sabem que, onde está a sede ficava a aldeia dos tabajara.

A região era ocupada por mais de 70 aldeias de índios tupinambá, tapuia, todos da raça tupi.

O cacique tabajara Jarupariaçu (Diabo Grande), ficava em Ibiapina e o irmão dele, Irapuã (Mel Redondo) comandava a tribo de Viçosa. No século XVII os índios já negociavam com os franceses que ocupavam São Luís do Maranhão. Os portugueses chegaram em 1603. Em seguida vieram os jesuítas que fundaram a igreja de São Pedro onde hoje está erguida a matriz com o mesmo patrono. Ibiapina era maior. Vários de seus distritos como Ubajara e Mocambo se emanciparam.

A cidade não acompanhou o progresso de seus vizinhos Tianguá, São Benedito e Ubajara. Estag-nou no tempo. Falta um administrador inteligente que saiba explorar o potencial turístico do municí-pio, que respeite a velha arquitetura que promova eventos capazes de atrair empreendedores e visitan-tes. Não pode ser especuladores menores, de visão rasteira que destrói o que deveria ser exibido como troféu deixado pelos antepassados.

As construções devem ser levadas para áreas novas, expandindo a cidade sem destruir seu cen-tro histórico. A população, através de vereadores e do prefeito precisam ter como tarefa prioritária a adequada e criteriosa preservação dos bens e monumentos da cidade. Vamos olhar para o futuro sem esquecer a preservação do passado.

(*) Wilson Ibiapina (Ibiapina), jornalista

TENHA OS ATRIBUTOS

QUE O MERCADO PROCURA.

Pós-Graduação

I N S C R I ÇÕ E S

ABERTAS www.un i ceub .b r

Jornal Casa do Ceará25x14cm

Referência de sucesso

Projeto de Pimentel propõe anistia a policiais e bombeiros do Ceará

Foto

: Vic

tor S

oare

s

O senador José Pimentel (PT/CE) a p r e s e n t o u e m 12.03 projeto de lei que concede anistia aos policiais mili-tares e bombeiros do Ceará. O texto propõe a suspensão das penalidades impostas aos militares que participaram de mobiliza-ções da categoria por melhores salários e condições de trabalho, a partir de dezembro de 2011.

Ao apresentar o projeto, Pimentel atendeu a soli-citação da Associação de Profissionais de Segurança Pública do Estado do Ceará (Aprospec). Na de 12.03, o presidente da entidade, vereador Capitão Wagner, tratou do assunto e da tramitação da proposta em audiência com o senador, em Brasília. Os deputados federais Eudes Xavier (PT/CE) e Chico Lopes (PCdoB/CE) também participaram do encontro e manifestaram apoio ao projeto.

Na justificativa da proposta de anistia aos policiais militares e bombeiros cearenses, o senador afirma que o instituto da anistia é de competência exclusiva da União, assim como a prerrogativa para criar leis sobre garantias asseguradas aos policiais e bombeiros militares. Pimen-tel também cita matérias semelhantes já aprovadas pelo Congresso Nacional, como a Lei 12.191, de janeiro de 2010, originada do Projeto de Lei do Senado (PLS 122/2007), concedendo anistia a PMs e bombeiros de nove estados, entre eles o Ceará. O grupo foi igualmente punido por participar de movimentos reivindicatórios.

Page 8: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília8Março/13

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

Faculdade de Direito -110 anosJoão Soares Neto (*)A história da Faculdade de Direito do Ceará, fun-

dada em 21 de fevereiro de 1903, tem o dobro de vida da Universidade Federal do Ceará. Sua primeira sede foi no prédio do atual Museu do Ceará, na rua São Paulo, e o seu primeiro ano letivo foi aberto exato em um 1º. de março, como hoje, pelo seu primeiro diretor Nogueira Acioli.

Hoje, sexta, 1º. de março de 2013, o Prof. Cân-dido Albuquerque, ex-aluno, advogado referência, ex-presidente da OAB-Ce e seu atual diretor, abre as comemorações dos 110 anos da nossa velha, mas sempre renovada, escola de direito. Berço maior das ciências sociais e jurídicas do Ceará. Igualmente, foi a semeadora da cultura e da política cearense no último século tendo produzido o maior número de governadores do Estado.

Ao me inscrever para o vestibular de 1961 tive a impressão de ser a escadaria do prédio velho bem mais alta. Na minha imaginação, eram muitos degraus a subir. A importância do passo a dar deu-me essa percepção. As provas eram escritas e orais. Lembro da banca de Português. Perguntaram-me sobre um “que” em determinado texto.Cioso, respondi ser um pronome relativo. Os três examinadores olharam para mim e um deles disse: tem certeza? Com nervos à flor da pele, redargui. Tenho, sim. Riram e o professor Miramar da Ponte olhou para mim e disse: você está certo. Aliviei.

Havia Latim no vestibular e tínhamos de estudar as “Catilinárias”, de Cícero. O professor Agerson Tabosa foi cavalheiro, como o constatei depois, e pediu para recitar o seu início. E o fiz: “Quosque tandem, Catilina, abutere patientia nostra. Quandium etiam furor iste tuus nos eludet”. Era só o decorado e, ele, felizmente não pediu mais. Após o exame de inglês, vi-me aprovado. Foi a glória. No primeiro ano tive a honra de ser aluno do Professor Heribaldo Costa, em Introdução à Ciência do Direito, um dos mais brilhantes entre os excelentes Paulo Bonavides, Olavo Oliveira, Fran Martins, Magdaleno Girão Barroso, Roberto Martins Rodrigues, Aderbal Freire, Clodoaldo Ponto, Wagner Barreira, Amorim Sobreira, Luiz Cruz de Vasconcelos e tantos outros.

Participei do Centro Acadêmico Clóvis Beviláqua. Em face do regime parlamentarista brasileiro adotado em 1962,o CACB resolveu eleger deputados. Éramos muitos candidatos e fui eleito no 2º. Lugar. O primeiro foi para Tarcísio Leitão, já a cursar o quinto ano.

Colamos grau, de forma solene, na Concha Acús-tica da Reitoria da Universidade Federal do Ceará, então sob o reitorado de Antônio Martins Filho, na noite de 16 de dezembro de 1965.

Nossa turma teve durante mais de 40 anos, uma reunião anual, sempre em torno do dia 16 de dezem-bro, no Náutico Atlético Cearense, organizada pelo brilhante advogado Stênio Rocha Carvalho Lima – a nos enviar correspondências e fazia contatos por telefone - a quem, na última reunião acontecida, conferimos um diploma de Mérito. O colega Ernani Porto e eu, o saudamos.

Éramos mais de cem na turma. Muitos deles gal-garam postos públicos, na magistratura, no ensino superior, no ministério público, na política e, a grande maioria, ralou os seus cintos nas secretarias de varas em nossos tribunais. Seria injustiça citar alguns e a memória deslembrar de outros.

(Publicadoem 01.03.2013 – Jornal O Estado, (*) João Soares Neto (Fortaleza), empresário e

acadêmico

Leituras III

Mauro Benevides lembrou os 110 anos da Faculdade de Direito da UFC na Câmara dos Deputados

Integra de seu pronunciamento feito em 28.03.2013: “As 19 horas de amanhã, com a presença, dentre

outros, do Magnífico Reitor, Jesualdo Farias, será comemorado o transcurso dos 110 anos de existência da Faculdade de Direito do Ceará, na qual me graduei, em décadas passadas, em Ciências Jurídicas e Sociais.

Não poderia, por isso, deixar de registrar, neste Ple-nário, o magno evento, que representa algo de extraor-dinária repercussão em nossos fastos historiográficos.

Por aquela Escola Superior passaram personalidades eminentes, com projeção no cenário político-administra-tivo e em outros setores de atividade na nossa Unidade Federada e no próprio País.

Menciono, por oportuno, vultos exponenciais, como o

Os investimentos do Governo do Ceará nas universidades estaduais triplicaram durante a gestão do gover-nador Cid Gomes. De 2007 a 2012 os recursos aplicados na Universidade Estadual do Ceará (UECE), Univer-sidade Regional do Cariri (Urca) e Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), cresceram todos os anos.

Em 2012, foram investidos R$ 294,6 milhões nas três universidades. O valor é quase três vezes maior que o aplicado em 2006, último ano da gestão anterior. Os recursos foram destinados à ampliação, à manutenção e à folha de pagamentos, segundo dados da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará (Secitece).

No ano passado os recursos destinados à Uece foram de R$ 174 milhões. O montante, sozinho, é superior ao somatório das três universidades em

Governo do Ceará triplica investimentos nas universidades estaduais, UVA, URCA E UECE entre 2007/2012

A Região de Baturité ganhará um hospital regional universitário. O anúncio foi feito, em Redenção, pelo governador Cid Gomes durante entrega do título Doutor Honoris Causa da Universidade da Inte-gração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O futuro hospital dará suporte ao curso de Medicina que será instituído na Unilab e que foi anunciado também durante a cerimônia pelo reitor da Unilab, Paulo Speller.

“Com o anúncio do curso de Medicina, já passo agora para o secretário da Saúde (Arruda Bastos) que encomen-de o projeto de engenharia para instalarmos o hospital no Maciço de Baturité”, disse o Governador. Esse hospital se somará ao Hospital Regional do Cariri, só Hospital Regional Norte (os dois já concluídos), ao Hospital Re-gional do Sertão Central (em construção) e ao Hospital Regional Metropolitano.

Doutor Honoris CausaLuiz Inácio Lula da Silva foi a primeira pessoa a rece-

ber o título Doutor Honoris Causa pela Unilab. Em seu discurso, o ex-presidente destacou que criação de uma universidade que integrasse os povos brasileiro e africano foi um dos momentos mais marcantes de seu mandato. “Conheci as pessoas mais importantes do mundo, conheci

Maciço de Baturité: Unilab terá em Redenção novo hospital regional

2006. Os valores repassados pelo Governo à Urca, por sua vez, mais que triplicaram, passando de pouco mais de R$ 21 milhões em 2006 para mais de R$ 69 milhões em 2012. O montante destinado à UVA também triplicou no período apresentado, passando de R$ 16 milhões para R$ 51 milhões. Os valores apresentados

correspondem aos recursos oriundos diretamente do Tesouro Estadual.

Recursos empenhados nas Universidades Estaduais:2006 R$ 99.331.020,89 2007 R$ 106.463.022,07 2008 R$ 140.639.888,73 2009 R$ 166.553.238,072010 R$ 223.063.594,252011 R$ 246.916.896,552012 R$ 294.676.160,57

Senador Menezes Pimentel, os governadores Raul Bar-bosa, Paulo Sarasate, Parsifal Barroso, Plácido Aderaldo Castelo, o líder Flávio Portela Marcílio, ex-presidente desta Casa Legislativa e muitas outras figuras de relevo na vida pública brasileira.

Não poderia, assim, deixar de realçar o expressivo e auspicioso fato histórico, de que compartilho com imenso orgulho, por haver sido dali que me projetei para alçar-me à condição de membro do Congresso Nacional, à cuja chefia ascendi em 91-92.

Saúdo, pois, a velha Salamanca cearense, formadora de sucessivas gerações que engrandeceram o nosso Estado e o País.

Mauro Benevides, Deputado Federal

54 países, sendo 34 do continente afri-cano, e vi que tínhamos essa obrigação de integrar esses dois povos”, disse o homenageado, sendo aplaudido por centenas de estudantes da Unilab.

Ele ressaltou ainda que a criação de uma universidade desses moldes

deveria acontecer no Nordeste e em uma cidade que re-presentasse a abolição da escravatura, daí a sua instalação no município de Redenção, que libertou os escravos em 1883, cinco anos antes da Lei Áurea.

O governador Cid Gomes elogiou a ação de Lula na Presidência em expandir universidades federais. “Foi pre-ciso que um homem forjado na indústria, na luta sindical e com a coragem de nordestino, assumisse a Presidência e desse uma guinada no ensino superior. Nada menos que 14 instituições e 100 campi foram instituídos. Lula, sozinho, criou 280 centros tecnológicos”, exemplificou o Governador.

O ministro da Educação, Aloísio Mercadante, ressaltou que a criação da Unilab faz parte da dívida do Brasil com os países africanos. “É Uma reparação de direitos e aber-tura de novas oportunidades para os dois povos”, disse.

Após a solenidade, o Governador e o ex-presidente visitaram a Colônia. convivência Antônio Diogo, também em Redenção. A estrutura pertence ao Governo do Estado e foi um local de tratamento para hansenianos.

Page 9: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br9 Março/13

Leituras IVTereza Aragão Serra, uma lenda quase esquecida em Tauá

Por JB Serra e Gurgel (*)

A população atual de Tauá não sabe quem foi Tereza Aragão Serra, a Tetê, minha avó nome de escola no bairro da Aldeota, nas terras de seu cunhado, Capitão da Guarda Nacional Mariano Marques de Oliveira e depois de seu sobrinho José Aragão. Pobre, mas alfabetizada, simples, austera, humilde, ali morou 54 anos, mais da metade de sua vida longa de 98 anos (1881-1979) vividos com amor, alegria, desprendimento, humildade, discrição, sem vaidades. “Fui a mais pobre de minhas irmãs, mas certamente a mais feliz”, dizia. Repousa em paz em Tauá ao lado de meu avô, Nelson.

A roda da história é implacável e nada sobra. A memó-ria coletiva não dura duas gerações. Depois vira história e matéria de pesquisa. De qualquer forma, a escola é uma baita homenagem para quem dedicou sua vida à leitura, ao teatro, escrevendo e montando peças, à música, compondo modinhas e tocando piano desde os nove anos à poesia, rabiscando sonetos, aos saraus literários, bem como às festividades religiosas, batizados, casamentos, populares, folclóricas e às campanhas eleitorais de Tauá.

Vovó Tereza fez da vida um exemplo de alegria. Antecipou-se à figura do animador cultural, espalhando alegria, enlevo, encanto, diversão, contentamento não só em Tauá, mas em Acopiara e Fortaleza. Meu pai foi ator de suas peças minhas irmãs e primos foram rotagonistas e figurantes, intérpretes de suas modinhas em dramas e operetas.

Escrevia, dirigia, ensaiava, confeccionava figurinos, Cuidava da decoração, iluminação e exigia uma quase perfeição no desempenho para que se produzisse emoções e lágrimas.

Sempre quis escrever sobre ela, nascida em Baturité, em 3 março de 1881, filha de Licinio Aragão e Francisca

Rosa Marques de Oliveira. Nos apontamentos que deixou, com seu filho Olber e com meu irmão, Nelson, contava ela que os Aragão chegaram a Jaguaribe, Icó e Iguatu, de ascendência espanhola. Já não sabia a origem dos Ale-xandrino Teixeira, que estiveram no mesmo território. Dos Serra, resgatou o que pode desde o 1º. Vicente Nunes Serra que veio de Lisboa para o Recife, no século XVIII. Um dos Alexandrino, Belisário Cícero, foi prefeito de Telha, hoje Iguatu e governador da Provincia, depois de Noueira Aciolly. Outro, João André, pintou e bordou em Icó. Licinio e Francisca Rita tiveram filhas: Tereza, Maria (Maroca), Emilia (Melica), Luzia e Maria de Lourdes.

Indo a Jaguaribe,- berço dos Serra e dos Marques - três irmãos casaram-se com três irmãos. Vovó casou-se com meu avô, Nelson Nunes Serra, seu primo, em 1911, indo morar em Tauá em 1915.

Vovô Nelson trabalhou IFOCS (depois DNOCS) na construção do açude Banabuiú, levado por seu primo Geraldo Marques, de Acopiara. Não sei se participou da construção do açude Várzea do Boi, em Tauá, onde foi escrivão de rendas da Coletoria até sua morte, em 1946, indicado por seu primo, Joel Marques.

Tetê rascunhou a história dos Marques e dos Serra, em Jaguaribe, com muita precisão, montando os grandes ramos da árvore genealógica, mas incompleta. Sobre o seu passado, por Baturité, Quixadá e Tauá deixou boa matéria de memória.

Quando criança fui a Tauá para sua casa e estive na Flo-resta, sitio de tia Maroca, casada com o capitão da Guarda Nacional José Mariano.

Por volta de 1956 ela se mudou de mala e cuia para Acopiara, indo morar com conosco com quem ficou por 23 anos. Éramos sete filhos e papai lutava com dificuldades para sobreviver. Mais tarde, chegamos aos 10. Vovó era pensionista do meu avô, seus filhos Walter morava em

Fortaleza, Licinio em Tauá e Carmelinda em São Paulo. Depois nos acompanhou em Fortaleza morando conosco onde o dinheiro dava para o aluguel nas Ruas João Tomé, (Monte Castelo), José Bastos (Otavio Bonfim), Barão da Ibiapaba (Parque Araxá)e José de Pontes Medeiros (Monte Castelo), acomodando-se num dos quartos com minhas irmãs .

Convivi com ela apenas por cinco anos, de 1958 a 1963, o bastante para entender sua dimensão humana, sua ética, seu caráter, sua religiosidade, sua simplicidade, sua austeridade, seu exemplo, sua paixão pela novela via rádio, sua imposição de rezarmos o terço e de irmos à missa aos domingos, sua afeição pelo Chico, meu irmão, sua dedicação a minha mãe, Maria, seu respeito ao meu pai, Nertan. Passava horas conversando com tio Walter que visitava aos sábados em suas lustrosas motos. Fi-cavam à sós desfiando o tempo. Suas sobrinhas “ricas”, filhas de tia Luzia Moreira, lá iam bater papo, tomar café com bolachas, e lhe deixavam sabonetes. Vez por outra seu sobrinho, padre Luiz Moreira, aparecia. Nunca vi os demais Moreira que tinham luz própria no “grand monde” de Fortaleza, como bem sucedidos empresários. Ao anoitecer, sentava-se nua cadeira de balanço na porta de nossa casa.

Entre uma reza e outra. escrachava as mulheres que para ela se vestiam de modo provocativo e sensual. Quando gritava, Maria venha ver...já tinha despejado uma saraivada de descompostura em voz baixa. Ainda bem.

Não acompanhei de perto o sofrimento dos últimos que foram dolorosos, principalmene pela cegueira.

Homenageio minha Vó pelo legado de sua vida com dignidade, sem invejas e Conformada.

(*) JB Serra e Gurgel (Acopiara), jornalista e escritor. Neto de Tereza Aragão Serra.

Presença feminina cresce no Parlamento CearenseAs mulheres conquistam cada

dia mais espaço na sociedade. Seja no mercado de trabalho, na política, na economia e em vários outros setores da vida nacional, a presença feminina vem crescendo de forma marcante. A luta pela igualdade de cargos e salários com os homens e uma dupla jornada de trabalho ainda fazem parte do seu dia a dia. Mesmo assim, as con-quistas são muitas para celebrar o Dia Internacional da Mulher, em 08 de março.

Na Assembleia Legislativa do Ceará a presença feminina vem sendo ampliada ano a ano, quer nos debates políticos, quer na administração da Casa. O Legislativo iniciou seus trabalhos em 2013 com um marco: tem a maior representação feminina de sua história.

O número de deputadas estaduais passou de sete, em 2012, para nove neste ano. O reforço se deu com a entrada das parlamentares suplentes Ana Paula Cruz (PRB), Dra.Silvana (PMDB) e Inês Arruda (PMDB). Elas se somam às deputadas Rachel Marques (PT), Patrícia Saboya (PDT), Eliane Novais (PSB), Bethrose (PRP), Fernanda Pessoa (PR) e Mirian Sobreira (PSB).

Entre as iniciativas dessas parlamentares, destacam--se a criação da Procuradoria Especial da Mulher, instituída por iniciativa da deputada Rachel Marques

(PT), e a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Mulher, idealizada pela deputada Eliane Novais (PSB).

A presença feminina também é marcante nos cargos de direção e assessoramento da Casa e no corpo fun-cional. Das 17 diretorias e coordenadorias da estrutura administrativa da AL, seis são comandadas por mulhe-res: Sávia Magalhães, Diretoria Geral; Gorete Macedo, Departamento de Recursos Humanos; Fátima Abreu, FM Assembleia; Luana Ponte, Coordenadoria de Pla-nejamento e Informática; Tereza Borges, Cerimonial, e Lise Novais, Departamento Administrativo.

Na presidência da Universidade do Parlamento Ce-arense, a AL conta com uma deputada, Patrícia Saboya (PDT), e as três principais diretorias da instituição

também são chefiadas por mulheres: diretora de Gestão e Ensino, Lindo-mar Soares; diretora Técnica, Silva-na Figueiredo e diretora de Educação a Distância, Ana Célia Freire.

A presença feminina no Parla-mento Cearense se estende a outros setores, como a Biblioteca, chefiada por Tereza Raupp; a Divisão de Treinamento, que tem à frente Vânia Ferreira Gomes, e o Procon, coorde-nado por Valéria Soares Cavalcante Colares, Telma Valéria Pimentel Moreira e Josemara Ponte.

Para a deputada Rachel Marques, é de suma importância que as mulhe-

res ocupem cargos de poder, principalmente na política. “Trazemos questões específicas, como o enfrentamento da violência contra a mulher, por exemplo.” A petista acredita, porém, que a mulher “só terá o espaço que lhe é de direito com a reforma política”.

Já a deputada Dra.Silvana salienta que a mulher tem mostrado cada vez mais seu valor “e que a sociedade já reconhece isso”. “A bancada feminina na Assembleia cresceu e elegemos uma presidente pela primeira vez no nosso País”, lembrou. Para ela, é necessário, principalmente no meio político, “trabalhar mais para mostrar a que veio. Temos que correr para recuperar to-dos esses anos que ficamos em segundo plano”, frisou.

Com Macário Batista.

Bancada Feminina da AL-CEFoto: Georgia Santiago

Page 10: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília10Março/13 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Yolanda Queiroz, Ivens Dias Branco, Adisia Sá e Chico Anysio homenageadoscom a Medalha da Abolição, a maior condecoração do Ceará

O Governo do Estado concedeu em 25.03 a “Medalha da Abolição” aos empresários Yolanda Vidal Queiroz e Francisco Ivens de Sá Dias Branco, à jornalista Maria Adí-sia Barros de Sá e ao artista Francisco Anysio de Oliveira Paulo Filho (in memoriam). A outorga da comenda, que é a maior do Estado, para os quatro cearenses foi publicada no Diário Oficial de 15.03 e está conforme o decreto nº 16.477, de 06 de abril de 1984. A entrega da comenda foi feita pelo governador Cid Gomes durante cerimônia no Palácio da Abolição.

A concessão da “Medalha da Abolição” tem duas caracte-rísticas especiais. A entrega será realizada no aniversário de 129 anos da libertação dos escravos no Ceará e acontecerá na sede do Governo do Estado que tem como homenagem a abolição da escravatura. O Ceará foi a primeira província brasileira a extinguir o sistema escravista em seu território, em 1884 - quatro anos antes da Lei Áurea de 1888 - fato que originou o título de “Terra da Luz”, dado por José do Patrocínio, um dos maiores jornalistas do abolicionismo brasileiro. Até mesmo Victor Hugo, celebrado poeta fran-cês, enviou da França as suas saudações aos cearenses pelo pioneirismo na abolição dos escravos.

Sobre os homenageados:Yolanda Vidal Queiroz - Nas-

cida em Fortaleza, filha de Maria Pontes Vidal e Luis Vidal. Casou aos 16 anos com Edson Queiroz, de cuja união teve seis filhos: Airton, Mayra, Edson Filho, Re-nata, Lenise e Paula, que já lhe deram 15 netos e 21 bisnetos. Companheira 24 horas da vida e empreendimentos do marido ao longo de 37 anos, Dona Yolanda participou de todas as etapas de fundação e crescimento do Grupo Edson Queiroz. Assim preparada, depois da morte precoce do fundador em junho de 1982, ela assumiu a presidência das empresas e imprimiu nelas excepcional ritmo de consolidação e expansão, de modo a incluir o Grupo Edson Queiroz entre os 100 maiores do Brasil, com 16 empresas atuando em setores diversificados, como educação superior, distribuição de gás, água mineral, fabricação de refrigerantes e sucos, metalurgia, comunica-ção, agropecuária, agroindústria e imobiliária.

Essas empresas dão emprego direto a 16 mil pessoas, gerando benefícios sociais em vários Estados, sobretudo, no Ceará, onde tem sua sede, e movimentam cerca de R$ 350 milhões. O grupo investe R$ 25 milhões por ano em meio ambiente, assistência médica e odontológica, creche, capacitação e desenvolvimento profissional. Seus negócios geram cerca de R$ 300 milhões por ano em tributos, os quais revertem em benefícios para toda a sociedade brasileira.

Na área de educação superior, Dona Yolanda é vice--presidente da Fundação Edson Queiroz, entidade sem fins lucrativos, mantenedora da Universidade de Fortaleza, completando neste ano quatro décadas de funcionamento. Com amplo alcance social, desde 1982, a Escola de Apli-cação Yolanda Queiroz, no campus da Universidade de Fortaleza, atende, gratuitamente, mais de 600 crianças, na faixa etária de 4 a 10 anos, moradoras da comunidade circunvizinha e filhos de funcionários, oferecendo-lhes desde a educação infantil até o 3º ano do Ensino Fundamental. Essas crianças recebem, além da educação formal, aulas de inglês, artes plásticas, informática, atividades recreativas, dança, sala de leitura, além do acesso ao Núcleo de Atenção Médica Integrada, onde dispõem de assistência integral à saúde. Ao longo de 30 anos, a Escola de Aplicação Yolanda Queiroz já alfabetizou mais de nove mil crianças.

No setor de Comunicações, Dona Yolanda dirige os veículos do Sistema Verdes Mares que, pela credibilidade

e empatia com a opinião pública, são líderes de audiência e circulação no Ceará, além de referência de jornalismo ético e independente no Brasil. Yolanda Vidal Queiroz, por sua trajetória de intenso trabalho e dedicação aos projetos sociais, recebeu muitas condecorações e prêmios, mencionando-se entre outros:

Grande-Colar do Mérito, outorgado pelo Tribunal de Contas da União, Medalha do Pacificador, do Exército Brasileiro; Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho – Grau de Comendador – do Tribunal Superior do Trabalho; Ordem do Mérito Industrial, da Confederação Nacional da Indústria; Prêmio Personalidade do Ano 2008, da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, sendo a primeira mulher no Brasil a receber essa distinção. Em mensagem pessoal, enviada por ocasião dessa solenidade em Nova York, o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, expressou: “A respeitada e conceituada senhora Yolanda Queiroz é plenamente merecedora da importante honraria por sua fibra, coragem, dinamismo e pelo incansável traba-lho à frente do grupo Edson Queiroz, que ajudou a formar e a desenvolver”.

Francisco Ivens de Sá Dias Branco - Nascido na cidade do Ce-dro, em 03 de agosto de 1934, é filho de Manuel Dias Branco e Maria Vi-dal de Sá Dias. É casado com Maria Cosuelo Saraiva Leão Dias Branco e tem cinco filho: Francisco Ivens de Sá Dias Branco Jr, Francisco Marcos Saraiva Leão Dias Branco, Francisco Cláudio Saraiva Leão Dias Branco, Maria regina Saraiva Leão Dias Branco e Maria das Graças Saraiva Leão Dias Branco.

Iniciou as suas atividades em 1953, em sociedade com o pai, Manuel Dias Branco, fundado r do Grupo. Ocupando o cargo de diretor industrial, foi responsável pelas principais inovações tecnológicas da empresa, confirmando a sua vo-cação para o setor. Em 1972, assumiu o cargo de presidente. Com a aquisição da Grupo Adria, em 2003, o Grupo M. Dias Branco passou a liderar o segmento de massas e biscoitos no Brasil. A compra daVitarella, em 2008, consolidou ainda mais essa liderança. Já no ano de 2011, outras duas aquisi-ções: NPAP Alimentos LTDA – PILAR e Pelágio Partici-pações S/A e J. Brandão Comércio e Indústria, detendtoras das marcas Estrela, Pelágio e Salsito. Em 2012, comprou o Moinho Santa Lúcia.

Atualmente, o Grupo é líder na fabricação de massas e biscoitos na América Latina, atuando, ainda, nos ramos de moagem de trigo (CE, RN, BA e PB), refinaria de óleos, gorduras e indústria de margarina, além do setor imobiliário e de hotelaria, tendo, também um porto privado. Em sua trajetória empresarial, Ivens Dias Branco recebeu diversas premiações, destacando-se dentre elas o Troféu Sereia de Ouro; Medalha Edson Queiroz, concedida pela Assembleia Legislativa; Medalha Mérito Industrial, outorgada pela Fiec; e Títulos de Cidadão da Cidade de Salvador e do Recife.

Maria Adísia Barros de Sá - Nascida na cidade de Cariré, em 1929, é filha de José Escolástico de Sá e Hermínia (Mimosa) Barros de Sá. Professora Titular (aposentada), da Universidade Federal do Ceará (UFC), e professora aposentada da Universidade Estadual do Ceará (Uece). Bacharela e Licenciada em Filosofia, pela Faculdade Católica de Filosofia do Ceará. Livre Docen-te, com grau de Doutor, em “Fundamentos de Filosofia e Comunicação”, pela Universidade Federal Rural de Per-nambuco. Lecionou nos Colégios Rui Barbosa, Santa Lúcia, Farias Brito e Justiniano de Serpa – da qual foi Diretora

Geral. É do grupo fundador do Curso de Comunicação Social da UFC e do grupo fundador e primeira presidente da Associação Brasileira de Ouvidores, seção do Ceará.

Adísia trabalhou nos jornais Gazeta de Notícias (1955/1970), O Estado (Articulista, Diretora); AM O Povo CBN (Foi Diretora Executiva: atualmente é comentarista diária. Ombudsman do O Povo (1994) (1995)(1997) – foi a primeira no Ceará. Foi comentarista da TV União e da TV Jangadeiro. É sócia da Associação Cearense de Imprensa (ACI), do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará e integra a Comissão de Ética da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). É membro do Conselho Editorial do O Povo e comentarista diária da Rádio AM OPOVO/CBN.

Entre as obras publicadas estão: Metafísica, para quê?; Fenômeno Metafísico; Ensino de Filosofia no Ceará (Co-ordenadora e autora de capítulo); Ensino de Jornalismo no Ceará; Biografia de um Sindicato (História do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará ; O jornalista brasileiro; Clube dos ingênuos; Traços de União (Biografias de Demó-crito Rocha – fundador do O Povo e de membros da família que dirige a empresa desde 1928); Introdução à Filosofia; Fundamentos Científicos da Comunicação (coordenadora e autora de capítulo); Ombudsman/Ouvidores (coordenadora e coautora ); Capitu conta Capitu (romance); Três mulheres no divã de Freud (romance); Em busca de Iracema (romance). É cidadã honorária de Fortaleza; Maranguape; Mossoró (RN).

Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho (in memoriam) - Nas-cido em Maranguape em 12 de abril de 1931 e falecido em 23 de março de 2012, no Rio de Janeiro. Filho de Francisco Anysio de Oliveira Paula e de Haidée Viana de Oliveira Paula. Foi humorista, ator, dublador, escritor, compositor e pintor, Chico se destacou em todas as atividades que se dedicou, mas foi com o humor sofisticado e popular ao mesmo tempo que ganhou espaço no coração dos brasileiros.

Chico Anysio mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro quando tinha seis anos de idade. Decidiu tentar fazer um teste para locutor de rádio quando a sua irmã também faria. Saiu-se excepcionalmente bem no teste, ficando em segundo lugar, somente atrás de outro jovem iniciante, Sílvio Santos. Na rádio na qual trabalhava, a Rádio Guanabara, exercia várias funções: radioator, comentarista de futebol, etc. Participou do programa Papel carbono de Renato Murce. Na década de 1950, trabalhou nas rádios “Mayrink Veiga”, “Clube de Pernambuco e Clube do Brasil. Nas chanchadas da década de 1950, Chico passou a escrever diálogos e, eventualmente, atuava como ator em filmes da Atlântida Cinematográfica.

Na TV Rio estreou em 1957 o Noite de Gala. Em 1959, estreou o programa Só Tem Tantã, lançado por Joaquim Silvério de Castro Barbosa, mais tarde chamado de Chico Total. Além de escrever e interpretar seus próprios textos no rádio, televisão e cinema, sempre com humor fino e inteligente, Chico se aventurou com relativo destaque pelo jornalismo esportivo, teatro, literatura e pintura, além de ter composto e gravado algumas canções.

Chico Anysio foi um dos responsáveis pela intermediação referente ao exílio de Caetano Veloso em Londres. Quando completou dois anos de exílio, Chico enviou uma carta para Veloso, para que este retornasse ao Brasil. Caetano e Gilberto Gil haviam sido presos em São Paulo, duas semanas depois da decretação do AI-5, o ato que dava poderes absolutos ao regime militar. Trazidos ao Rio de carro, os dois passaram por três quartéis, até viajarem para Salvador, onde passaram seis meses sob regime de prisão domiciliar. Em seguida, em mea-dos de 1969, receberam autorização para sair do Brasil, com destino a Londres, onde só retornariam no início de 1972.

Page 11: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br 11 Março/13

Leituras VPrimórdios do Serviço Social

em FortalezaMarcelo Gurgel Carlos da Silva (*)A Associação de Educação Familiar e Social,

mantedora ao Instituto Social de Fortaleza, teve a sua primeira reunião formal em 15 de outubro de 1949, presidida por Dom Antônio de Almeida Lustosa, oportunidade em que foi declarada oficialmente fundada a Associação de Educação Familiar e Social de Fortaleza.

A sessão coincidiu com a chegada, a esta capital, das mademoiselles Maria Cumenge e Germaine Marsaud, do Instituto Social do Rio de Janeiro, convidadas pelo Arcebispo para dar início aos trabalhos de organização de uma instituição semelhante, em Fortaleza.

Na ocasião foi constituída uma Diretora local, tendo à frente, como Diretora, Melle. Jacinta Pietromarchi e como vice-diretora Noêmia Cabral. Foram designadas Secretária e Tesoureira, respectivamente, Maria Áurea Bessa e Nair Studart. Como Assistente Ecle-siástico, ficou o Padre Vicente Araújo.

Nessa mesma oportunidade, Dom Antônio Lustosa nomeou o Conselho Constitutivo da entidade recém-criada, sendo seus integrantes: Manoel Antônio de Andrade Furtado, Antônio Carolino, Audífax Mendes, Francisco de Assis Ferreira, José Bonifácio de Sousa, José Fernan-des, José Parsifal Barroso, José Valdivino de Carvalho e Lincoln Mourão Matos.

Feitas as devidas nomeações, tratou-se, então, de elaborar o estatuto da Associação Jurídica, com sua aprovação e posterior publi-cação no Diário Oficial do Estado.

As funções da Diretoria constaram das dis-posições estatutárias, inclusive as referentes às decisões tomadas, em caráter de urgência, e as que obrigam a realização de reunião or-dinária, uma vez por ano, e/ou extraordinária, por necessidade.

Assinaram a ata da 1ª Reunião da Associação de Educação Familiar e Social, lavrada pela Secretária Maria Áurea Bessa, os fundadores do Instituto Social de Fortaleza: Dom Antônio de Almeida Lustosa, Padre Vicente Araújo, Noêmia Cabral, Antônio Carolino, Manoel Antônio de Andrade de Furtado, José Bonifácio de Sousa, José Fernandes, Francisco de Assis Ferreira, Lincoln Mourão Matos, José Valdivi-no de Carvalho, e mais outro, cuja assinatura não foi identificada, no documento original. Este, por sinal, foi registrado em cartório, no dia 13 de maio de 1965, quase 16 anos após realização da dita reunião, tomando o nº de ordem 40.142, Livro 68, folhas 206-207, de Títulos e Documentos.

Vencidas seis décadas da fundação do Ins-tituto Social de Fortaleza, a entidade por seu desdobramento, o Curso de Serviço Social, permanece, sob guarda da UECE, cumprindo sua missão de formar profissionais para atuar em defesa da sociedade.

(*) Prof. Dr. Marcelo Gurgel Carlos da Silva (Fortaleza),Da Academia Cearense de Medicina e da Academia Brasileira de Médi-cos Escritores

Ciro Saraiva, o repórter da históriaO olhar atento do jornalista e es-

critor cearense J. Ciro Saraiva, que inicia sua trajetória profissional, no início da década de 1960, no então “Correio do Ceará”, tem um foco preciso: analisar a história política do Ceará, a partir de sua vivência. Essa é a impressão que se tem ao ler seu úl-timo livro “Antes dos coronéis”, cujo lançamento aconteceu no Plenário 13 de Maio, da Assembleia Legislativa do Ceará. Nas 352 páginas da obra, Ciro Saraiva fala sobre temas que marcaram a história política e social cearense, no período que vai de 1947 a 1962, recorte histórico que serve de base a sua narrativa.

Em novo livro, Ciro Saraiva passa a limpo a história do Ceará entre a última metade dos 1940 e início dos 1960

Com riqueza de detalhes, o autor fala do tempo em que o Estado foi governado pelos “coronéis de anel”, fazendo referência aos políticos formados em Direito. São eles: Faustino de Albuquerque, Raul Barbosa e Parsifal Bar-roso. Conforme texto de apresentação do livro, “em nada se diferenciaram dos demais que os sucederam”. Aliás, os sucessores foram os personagens do último livro, “No tempo dos coronéis”, representados pelos os governadores Virgílio Távora, Adauto Bezerra e César Cals. Para fechar a trilogia promete lançar “Depois dos coronéis”.

Com a obra, o autor passa a limpo a história do Ceará entre a última metade dos 1940 e início dos 1960. Ciro Saraiva descreve a vida social, política e econômica do Estado naquela época. “Eram tempos de poucos carros e até de bicicletas nas ruas”, como relata no livro. Era uma época de pouca informação. “Os jornais raramente chegavam ao interior, antes, chamado sertão, e não davam muita atenção aos acontecimentos policiais”. O rádio era a grande novi-dade naquele tempo em que a inflação ganhava o nome de custo de vida, descreve. Quanto ao aspecto político, predo-minava o voto de cabresto, e não existia pesquisa eleitoral, muito menos os marqueteiros de hoje. O dia das eleições era de abundância, porque os candidatos ofereciam comida. O Estado era governado por homens de pouco conversa, como define no livro o desembargador Faustino de Albu-querque. O livro trata, ainda, de outros problemas, como: a indústria da seca, a exploração dos donos de armazéns com os “cassacos”, homens que trabalhavam nas frentes de serviço, criadas pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) que inscreveu 100 mil sertanejos em abril daquela ano. A instituição das frentes de serviço aconteceu durante a seca de 1958. As secas transformavam o homem do campo virava “flagelado”.

Como numa reportagem, o autor divide o livro por temas. No primeiro, “Antes dos coronéis”, explica: “o pe-ríodo que vai da queda do Estado Novo (1945) até o regime militar de 1964, nunca foi suficientemente contado com relação ao Ceará”, afirmando ser esse um tempo que trouxe à tona por muitos acontecimentos políticos, econômicos e sociais, marcados pela ocorrência de quatro governos, todos eles exercidos por bacharéis em Direito, citando o desembargador Faustino de Albuquerque e os advogados Raul Barbosa, Paulo Sarasate e Parsifal Barroso. Mesmo assim o Estado “mergulhou em sucessivas crises e fre-quentes terremotos políticos”, analisa o autor, que revela ter começado sua pesquisa há mais de 20 anos. “Comecei a juntar recortes, frases e pequenas histórias dos políticos que iam surgindo. Com o tempo, fiquei sabendo de muita coisa que acontecia no Palácio da Luz, que naquele tempo era a sede do governo”.

AcervoDono de farto material de pesquisa, além de acompa-

nhar in loco alguns episódios, faltava tempo para escrever. “Quando deixei de trabalhar em redação, comecei a escrever”, diz o jornalista que disse ter ouvido uma voz vinda dele mesmo: “conte a historia dos coronéis, que o pessoal vai gostar”. Os coronéis eram pessoas poderosas, tanto é verdade que “costumavam ser governadores mais de uma vez”. Afirma que os coronéis tornaram-se poderosos por duas razões: primeiro, porque já eram do Exército que lhes dava poder. Segundo, ao serem nomeados governadores - só Virgílio foi eleito, uma vez, embora tenha sido candidato em duas oportunidades - eles

somavam mais poder, diz. Eles tinham poder e muitos votos. “Naquele tempo, e ainda hoje é assim, quem tem voto tem poder”.

O jornalista conta os fatos políticos da época com muita desenvoltura. Lembra que e m 1964, o coronel Virgílio Tá-vora era governador, o coronel Adauto, deputado estadual e o coronel César Cals devia estar no IV Exercito, não sei, ao certo, observa. “De repente, quiseram cassar o Virgílio, o Adauto ajudou a não deixar que isso acontecesse: os dois ficaram amigos e um fortaleceu o outro”. Ciro Saraiva re-corda que, quando o coronel César Cals chegou ao Ceará, indicado pelo presidente Médici, em 1970, vinha fumando numa quenga: ele queria acabar com os dois”. Processou deputados e perseguiu vereadores: está no livro”, reforça. Mas como sempre acontece com os políticos, decidiram os três dividirem as posições entre eles, cada um ficou com uma sub-legenda da Arena, o jeito que o governo deu para, dividindo suas forças, fortalecer suas lideranças. Assim, César Cals, apesar de brigado com Virgílio, se entendeu com Adauto.

No ano de 1947, o Ceará era muito atrasado. A economia girava em torno da plantação e beneficiamento do algodão, além da pecuária de leite e da cera de carnaúba, descreve Ciro Saraiva, completando que, dos 70 municípios exis-tentes, apenas 40 podiam ser consideradas cidades. “Não havia saúde publica, um ou outro grupo escolar. No sertão, dormia-se muito cedo, porque a luz, quando havia, apagava às 22horas, a partir daí só ficava acordado quem tivesse uma lamparina”. As campanhas eleitorais eram feitas com o uso dos trens: os candidatos falavam da plataforma do último vagão, em cada cidade que a composição parasse, recorda. Os partidos União Democrática Nacional (UDN) e Partido Social Democrático ( PSD) disputavam as eleições. Quem perdia, ficava “de baixo”; quem ganhasse, ficava “de cima”. Mas ficar “debaixo” tinha um significado: “perder os empregos do Estado”. Ciro Saraiva conta que o governo Parsifal Barroso (1959 e 1963) foi marcado por assaltos à redação de jornais, em Fortaleza.

O jornalista conta que o Diário do Povo, de Jader de Carvalho, teve que equipar sua redação de rifles, para en-frentar a polícia e os pistoleiros. “Por causa disso, quase morre um jornalista, Francisco Fortaleza, depois prefeito de Campos Sales”. O próprio diretor do jornal foi atacado ao chegar em sua casa, na Rua Agapito dos Santos. “Soube--se depois que os pistoleiros haviam sido contratados por Armando Feitosa, de Saboeiro. Era um tempo difícil, de muito contrabando, de muita seca e de muita morte no interior”. Em 1958, quem ganhou a eleição foi a UDN. Sempre que isso ocorria, os derrotados davam um jeito de assegurar empregos para os seus, diz. “Foi assim que a Assembleia criou quase 400 cargos. A isso se chamava inventário”. Nos anos 1980, o governador Manoel de Castro fez 15 mil nomeações para assegurar a vitória de seu candidato a governador.

Iracema Sales. Diário do Nordeste

Memória

Foto

: Ale

x C

osta

Page 12: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília12Março/13

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

Com Raposão, perdidos em Jerusalém

Edmílson Caminha (*)Como ouro incrustado na pedra, o Domo da Rocha

brilha no coração de Jerusalém. É um dos mais famosos símbolos da cidade, que Ana Maria e eu deixaremos, dias depois, com o sentimento de hadjis, muçulmanos que fazem a peregrinação a Meca. Pelo ceticismo que o caracterizava, assim não foi com Eça de Queirós, que por lá esteve em 1869, quando foi ao Egito para a inauguração do Canal de Suez. A viagem inspirou-lhe o romance A relíquia, lançado em 1887, história das aventuras do português Teodorico Raposo – o Raposão, para os amigos –, que compra na Palestina um verdadeiro tesouro cristão para a tia Patrocí-nio, velha carola de quem espera herdar o rico patrimônio.

Em uma tenda armada na planície de Canaã, o persona-gem adormece e sonha que, com o amigo alemão Topsius, está na Jerusalém de Pôncio Pilatos, onde assiste ao julga-mento, crucificação e morte de Jesus. Depois, impressiona-do com o que acontecera, toma o cavalo, chega de volta à barraca e dorme, para imediatamente despertar do sonho... em 1875, corte narrativo com que Eça faz correr quase dois mil anos em um segundo. A passagem, grandiosa, antecipa o que Stanley Kubrick faria, em 1968, no filme 2001, uma odisseia no espaço, quando o osso que o macaco joga para cima se transforma em uma nave espacial.

Diferentemente do que achou o protagonista, Jerusalém não me pareceu “uma vila turca, com vielas andrajosas, acaçapadas entre muralhas cor de lodo, e fedendo ao sol sob o badalar de sinos tristes”. Mais do que para contemplar monumentos, cruzei-lhe os portões em busca de mim, pois como escreveu John Reed, o autor de Dez dias que abala-ram o mundo, a fé é apenas outra palavra para o encontro consigo mesmo. Por entre sinagogas, mesquitas e igrejas, o guia Sérgio Rushansky nos contava de rabinos, imãs e sacerdotes quando, frente a uma estátua de Davi, perdemo--nos do grupo: Ana Maria, eu e Joaquim Silva, não somente português como Eça de Queiroz, mas natural, também, da Póvoa de Varzim! Com esse Raposão ressurecto, começa-mos a pedir informações aqui e ali, andar por ruelas, subir e descer escadas, dobrar à esquerda e à direita, à procura de vencer o labirinto para alcançar o Muro das Lamentações, ponto final do roteiro naquela manhã.

Enfim demos com ele, o Muro Ocidental, como também se chama o que restou do Templo de Herodes, posto abaixo por Tito no ano de 70. Sagrado para os judeus, transcende hoje as fronteiras da religião para se fazer visitado por católicos, evangélicos e ateus, reunidos em um ato de solidariedade humana e comunhão com o próximo. Era sábado, o shabat, dia que se reserva à oração e ao descanso, em que aos ortodoxos não se permite nenhuma atividade, sequer dirigir, preparar comida ou apertar botões: entre o pôr do sol na sexta e o pôr do sol no sábado, o hotel em que ficamos programou um elevador que parava em cada andar, sem que se tivesse de chamá-lo...

Enquanto não nos reunimos à turma, o compatriota de Eça conta das viagens pelo Brasil, do papagaio que comprou no Acre e levou, sabe-se lá como, na bagagem de mão para a terrinha, onde viveu quatro anos e agora jaz empalhado, em silencioso colóquio com o amigo lusitano...

Ao pé do Muro, separados por divisórias metálicas, homens e mulheres oram, cantam, movimentam o corpo para frente e para trás, põem pedacinhos de papel com pedidos e louvores nos interstícios dos grandes blocos de pedra. Também levei-os, a me lembrar da fotografia em que um judeu ortodoxo fala ao celular diante do Muro das Lamentações, em vez de pôr os papeizinhos. Faz sentido: a comunicação com o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó será direta, com a vantagem de que, em Jerusalém, a ligação deve ser local...

(*) Edmilson Caminha (Fortaleza) , escritor e servidor público

Leituras VI O PIB do Ceará em 2012 cresceu quatro vezes mais que o do Brasil e chegou aos 3,65%. O do Brasil parou em 0,9%

CCJ do Senado aprova PEC de Eunício que cria novo TRF com sede em Fortaleza

Ampliar o acesso à Justiça Federal. Foi com esse obje-tivo que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 61/12), de autoria do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que cria o Tribunal Regional Federal (TRF), com sede em Fortaleza, e jurisdição nos Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. A iniciativa foi aprovada após discussão acirrada entre alguns senadores que ques-tionavam a constitucionalidade da matéria por fixar prazo de 180 dias para que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) encaminhe Projeto de Lei ao Congresso dispondo sobre a organização, estruturação e funcionamento do TRF.

O relator da proposta, senador Jorge Viana (PT-AC) informou que desde 1989, quando foram instalados os cinco Tribunais Regionais Federais que cobrem todas as regiões do País até 2011, o número de processos trami-tando nos referidos órgãos cresceu mais de 1000%. Sen-

O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará de 2012 cresceu 3,65% em relação ao ano anterior. Esse percentual é quatro vezes maior que o PIB do Brasil de 2012, que foi de 0,9%. Os números foram anunciados em 05.03, pelo presi-dente do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Flavio Ataliba, durante a abertura da reunião de Monitoramento de Ações e Programas Prioritários (Mapp). O percentual do PIB do Ceará representa R$ 94,6 bilhões.

Acordo com o Ipece, o setor que obteve melhor desempenho foi o de serviços, que responde por 70% da economia cearense e cresceu o equivalente a 5,8% - sendo 7,65% no comércio, 7,99% em transporte e 6,65% em alojamento e alimentação. A indústria teve um acréscimo de 2,63% e a agropecuária teve diminuição de 20,11%, devido a escassez de chuva.

O acumulado de crescimento do PIB do Estado no

período de 2007-2012, desde o início do mandato de Cid Gomes, é de 31,4%, maior que o do PIB brasileiro, que foi de 23,6%. Nes-se mesmo intervalo, a expansão do ICMS, que contribui para o incremento do PIB foi de 105,3%.

Na avaliação do governador Cid Gomes, o bom desempenho do PIB cearense é resultado direto

o volume de investimentos públicos que alcançou uma média anual de 2007 a 2012 de R$ 2,14 bilhões. Esse volume é bem maior que a média do período de 2001 a 2006, que foi de R$ 1,25 bilhão em valores atualizados.

Ele ressalta que a expectativa de crescimento do produto interno bruto para este ano também é posi-tiva. “O crescimento do PIB do Ceará tem relação direta com os investimentos público e posso garantir que neste ano vamos aumentar esses investimentos”, assegurou Cid Gomes.

do que nesse período, o número de magistrados nesses Tribunais passou de 74 para 139, o que não chega a ser nem o dobro. “Em face dessa inexplicável e insustentá-vel extensão territorial, o TRF da 1ª Região demora mais de 30 anos para decidir os processos aos seus cuidados. É uma situação insustentável”, argumentou.

Como existiam outras propostas mais antigas em tramitação no Senado com a mesma finalidade de criar mais duas sedes do TRF em outras capitais, o relator apresentou um substitutivo. Com isso, além do TRF com sede em Fortaleza, também foi aprovada a criação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região, com sede em Manaus e jurisdição nos Estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima e do Tribunal Regional Federal da 6ª Região, com sede em Belém e jurisdição nos Estados do Pará, Amapá, Maranhão e Tocantins. A matéria segue agora para análise do Plenário do Senado

Crescimento da produção industrial do Ceará é destaque no mês de janeiro

A produção industrial do Ceará em janeiro de 2013, comparando com janeiro de 2012, cresceu 15,4%. Esse foi o maior percentual alcançado entre as 14 localida-des pesquisadas e maior que o desempenho nacional, que ficou com índice de 5,7% e foi seguido pelo Rio de Janeiro (13,0%) e Minas Gerais (10,1%). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda de acordo com o IBGE, na passagem de dezem-bro de 2012 para janeiro de 2013, a indústria cearense também obteve grande crescimento, alcançando 9,3% e obtendo o segundo maior aumento entre os locais pes-quisados (menor apenas que o do Paraná, com 11,3%) e maior que o percentual nacional, que ficou com índice de 5,7%. Conforme o estudo, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria assinalou variação positiva de 0,4% no trimestre encerrado em ja-neiro de 2013 frente ao nível do mês anterior, acelerando o ritmo frente aos resultados de novembro (-0,4%) e de dezembro (-0,1%).

Esse movimento também foi observado em ter-mos regionais, já que dez locais apontaram taxas positivas nesse mês. Mais uma vez o Ceará aponta o maior crescimento nacional (4,8%). Em seguida vem a Região Nordeste (2,6%), Pernambuco (2,3%), Rio Grande do Sul (2,1%), Bahia (1,8%), Rio de Janeiro (1,4%), Amazonas (1,3%), Santa Catarina (1,0%), Paraná (0,4%) e São Paulo (0,1%). Por outro lado, Goiás (-3,4%) e Espírito Santo (-3,1%) registraram as quedas mais elevadas, seguidos por Pará (-1,9%) e Minas Gerais (-0,4%).

Os sinais de aumento no ritmo produtivo também ficaram evidentes no confronto do último trimestre de 2012 com o resultado do primeiro mês de 2013. Nesse mesmo tipo de confronto, Ceará (de -1,5% para 15,4%), Rio de Janeiro (de -0,6% para 13,0%), Paraná (de -15,8% para -3,9%) e Rio Grande do Sul (de -8,5% para 1,9%) apontaram os maiores ganhos, enquanto Goiás (de 4,4% para -4,0%) assinalou a maior perda de ritmo entre os dois períodos.

Page 13: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br13 Março/13

Micro e pequena empresaUm Brasil maior e empreendedor

Senador José Pimentel (*)

O fortalecimento das micro e pequenas em-presas foi um dos principais acertos do governo federal e sua base aliada, durante os mandatos presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. A série de medidas adotadas desde 2006, com a criação da Lei Geral e o Simples Nacional, é responsável pelo bom desempenho do Brasil na geração de empregos com carteira assinada. Mesmo diante da crise econômica global, o país continua firme mantendo seus postos de trabalho, realizando bons negócios e empreendendo cada vez mais.

Estudo realizado pelo SEBRAE/Dieese de-monstra que as micro e pequenas empresas foram responsáveis pela criação de 45% dos empregos com carteira assinada, no período de 2000 a 2011. Dos 15,6 milhões de postos de trabalho registra-dos, sete milhões vieram justamente das micro e pequenas empresas, especialmente após a criação do Simples Nacional. Os salários desses traba-lhadores também melhoraram. Cresceram 18% acima da inflação – ganho real que representa o dobro registrado nas médias e grandes empresas que foi de 8,9%.

O fortalecimento das MPEs integra um con-junto de ações governamentais impulsionadoras. Alguns exemplos são as políticas de valorização do salário-mínimo, de incentivos para criação de um mercado interno de massas e de investimentos públicos, com destaque para as obras de infraestru-tura e do programa minha casa minha vida.

É por isso que temos cada vez mais empresas aderindo ao Simples Nacional. Em fevereiro deste ano, eram mais de 7,1 milhões de micro e pequenas empresas nesse sistema. E há outro grupo pessoas, agora reconhecidas pelos agentes públicos. São os empreendedores individuais. Pela primeira vez, o Estado passou a dedicar políticas efetivas de inclusão para os cidadãos que trabalhavam na informalidade, sem qualquer proteção. Funcionan-do desde 2009, o Brasil já formalizou mais de 2,7 milhões de pequenos negócios que faturam até R$ 60 mil/ano. Com isso, novas oportunidades foram abertas aos ambulantes, pipoqueiros, cabeleireiros, feirantes, comerciantes e mais 450 atividades que funcionavam ocultas, à margem da sociedade.

É muito importante continuar essa caminhada. Por isso, no dia 7/3, aprovamos a criação da Secre-taria da Micro e Pequena Empresa, com poderes de ministério – proposta que seguiu para sanção presi-dencial. Será um órgão especializado, responsável pela formulação, coordenação e implantação das políticas de desenvolvimento e expansão do setor.

*José Pimentel (Picos-PI) é Senador da Repú-blica (PT-CE). É líder do governo no Congresso Nacional e vice-presidente da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresa. Foi Ministro da Previdência Social (2008/2010).

Leituras VII Presidente Dilma anunciou em Fortaleza mais recursos para combater a seca, inaugurou escola de formação profissional e assistiu a doação do

terreno para a construção da Refinaria da PetrobrásOs investimentos do Governo Federal para reduzir os

impactos da seca no Nordeste vão chegar a R$ 9 bilhões, anunciou a presidente Dilma Rousseff em 02.04, durante a 17ª Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel). A chefe do Executivo Nacional anunciou mais R$ 1,4 bilhão, que se juntará a outros R$ 7,63 bilhões que já vinham sendo executados pela federação. Dilma também quer simplificar o repasse desses recursos aos estados. As ações de combate à estiagem devem atingir um total de 1.145 municípios nordestinos.

O Governo Federal vai aumentar em 30% a quantidade de carros-pipas que atendem a municípios impactados pela seca; também será ampliado o número de cisternas em 130 mil, as quais devem ser entregues em julho, e serão construídas outras 240 mil ainda neste ano. Até 2014, serão 750 mil cisternas de consumo humano e 64 mil cisternas de produção, para os rebanhos. Os estados terão ainda mais R$ 60 milhões para perfuração e recuperação de poços. Serão feitos 20 novos poços profundos de grande vazão e 1.100 poços, além da recuperação de outros 1.400.

“Assumimos o compromisso de construir 27 mil cisternas de produção e agora acrescentamos mais 40 mil. Porque considera-mos que as cisternas de produção são estratégicas no momento de iniciar dois processos, que é salvar os rebanhos existentes e nos preparar para ter de fato uma estrutura mais robusta para não ter uma perda de rebanhos a cada seca”, afirmou.

Dilma afirmou também que o Garantia Safra e o Bolsa Estiagem serão prorrogados enquanto houver estiagem.

A venda de milho vai ser aumentada. Serão disponibi-lizadas 340 mil toneladas de milho subsidiado nos meses de abril e maio, e o governo quer ajudar os estados a facili-tar a distribuição da semente, através da cabotagem, que ampliará a logística com o transporte ferroviário, o qual não está sendo suficiente, no momento, para levar o milho aos agricultores nordestinos.

“Ações estruturantes relativas à oferta de água, seja bar-ragens, adutoras e estações elevatórias, todas as formas de construir aqui na região um nível de segurança hídrica mais efetivo e de grande durabilidade”, disse Dilma.

A presidente anunciou ainda a ampliação da linha de crédito emergencial, em R$ 350 milhões, totalizando R$ 2,75 bilhões.

As dívidas dos agricultores serão renegociadas, e o prazo para pagamento será ampliado por 10 anos. O início do pagamento do montante pelos agricultores empresariais foi postergado para 2015, e dos familiares, para 2016.

O montante dos R$ 9 bilhões também financiou a compra das 31 retroescavadeiras e 30 motoniveladoras que serão en-tregues a 59 prefeitos cearenses, nesta terça. Outras unidades serão adquiridas até o fim de abril.

RefinariaO terreno para a construção da refinaria Premium II, no

Pecém, foi entregue oficialmente em 02.04 A presidente da Petrobrás, Graça Foster, participou de momento solene com a presidente Dilma Rousseff e o governador do Estado do Ceará, Cid Gomes, , no Centro de Eventos do Ceará, onde Cid entregará oficialmente o terreno.

O terreno a ser entregue possui cerca de 2000 hectares e fica no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).

O que atrasou a entrega foi a pendência envolvendo a Fun-dação Nacional do Índio (Funai), que recusava-se a emitir a anuência ao empreendimento, que libera a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) a expedir a licença

ambiental para a usina. O documento foi assinado somente no último dia 19.03. Representantes do Ministério Público Federal (MPF), Governo do Estado do Ceará, Petrobrás e Fu-nai se em Brasília para assinarem um termo de compromisso que garante a realocação das tribos indígenas que moram no local onde a refinaria será construída.

Inicialmente, o terreno deveria ter sido passado à Petrobrás em 21.03. Anteriormente, falou-se que a Presidente Dilma viria em 21.03 a Fortaleza e que na oportunidade seria tam-bém assinado o convênio entre Estado e União para as obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza. O valor total da obra é de R$ 3,3 bilhões e será o maior investimento em obra da história do Ceará. Dessa total, R$ 1,1 bilhão é oriundo do Orçamento Geral da União, R$ 1 bilhão em financiamento do FGTS e o restante, R$ 1,2 bilhão do Estado por meio de PPP ou consórcio por um período de 15 a 20 anos.

A Linha Leste compreende 13 quilômetros de extensão e será todo subterrâneo. Ela sairá do Centro de Fortaleza, inte-grando com a Linha Oeste (vem de Caucaia e do Conjunto Ceará) e com a Linha Sul (vem de Pacatuba,Maracanaú e Pa-rangaba) e integrará ainda com o VLT Parangaba-Mucuripe, seguindo até o Bairro Edson Queiroz. Serão 11 estações.

Educação ProfissionalA população de Fortaleza ganhou mais uma Escola Estadu-

al de Educação Profissional (EEEP). A inauguração aconteceu em 02.04 com as presenças da presidenta Dilma Rousseff e

do governador Cid Gomes. Esta é a 91ª unidade em todo o Estado e recebeu o nome de Jaime Alencar de Oliveira, profissional do magistério durante 50 anos que também se dedicou à atividade sindi-cal. Agora, a Capital passa a contar com 18 EEEPs. Para construir, mobiliar e equipar a Escola foram investidos R$ 7,6 milhões, provenientes dos Governos Federal e Estadual.

A unidade de ensino tem capacidade para receber até 540 alunos, em tempo integral, nos cursos técnicos de Produção de Áudio e Vídeo, Desenho de Construção Civil, Eletromecânica e Informática. Em 2013, dará início ao ano letivo com 180 estudantes matriculados no 1º ano. A Escola ficará sob a abrangência da Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor).

Nestas escolas, os cursos ofertados têm duração de três anos e o estudante também tem acesso ao estágio curricular obrigatório e remunerado. O aluno permanece das 7 horas às 17 horas, com aulas das disciplinas do currículo do Ensino Médio e do curso que escolheu. Lá fazem três refeições diárias, recebem livros didáticos e técnicos, além do apoio permanente à aprendizagem e à formação.

Com 12 salas de aulas, a estrutura de 5.577,39 metros quadrados é constituída de auditório para 200 lugares, bi-blioteca e dependências administrativas. Os estudantes terão ainda Laboratórios Tecnológicos, de Línguas, Informática, Química, Física, Biologia e Matemática. Para fortalecer o esporte e a cultura locais, o espaço vai dispor de um ginásio poliesportivo e um teatro de arena. A obra foi supervisionada pelo Departamento de Arquitetura e Engenharia(DAE), órgão vinculado à Secretaria da Infraestrutura (Seinfra

As Escolas Estaduais de Educação Profissional começaram a ser implementadas, em 2008, pelo Governo do Estado, com o compromisso de promover a articulação do ensino médio com a formação para o mundo do trabalho. Assim, o jovem ce-arense recebe a aprendizagem que o habilitará numa profissão técnica, além de uma vivência de cidadania e de protagonismo juvenil. A matrícula atual reúne 30 mil estudantes.

Page 14: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília14Março/13

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

Casa do Ceará entregou títulos de Cearense Paidégua, Sócio Honorário e Sócio Benemérito iniciando as comemorações dos seus 50 anos.

A Casa do Ceará de Brasília homenageou em 08.03 cerca de 11 personalidades naturais ou não do Ceará por relevantes serviços prestados à Casa. A homenagem foi oferecida em nome dos mais de 200 mil cearenses radica-dos em Brasília e pelas centenas de milhares de pessoas que são favorecidas pelos serviços filantrópicos oferecidos pela Entidade nas mais diversas áreas sociais, assistência médica e odontológica e cursos de profissionalização. Participou da solenidade o presidente da Confraria dos Cearenses, Geraldo Vasconcelos.

Na sua saudação, o presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo, destacou a importância das homenagens como retribuição a tudo que as pessoas selecionadas fizeram e continuam fazendo pela Casa do Ceará em Bra-sília. Aproveitou a oportunidade para saudar as mulheres presentes à solenidade que aconteceu justamente no Dia Internacional da Mulher.

Dos homenageados, apenas quatro não puderam compare-cer e justificaram suas ausências, respectivamente o Secretário de Turismo do Ceará, Bismarck Maia, e os senadores Gim Argello (PTB-DF) e José Pimentel, (PT_CE), que se fizeram representar por Franzé Ribeiro e Romulo Costa, e o coman-dante José Odon Sobrinho, do Hospital Naval de Brasília.

Foram três as distinções oferecidas: Sócios Honorá-rios e de Sócios Beneméritos e o Diploma “Cearense Pai D’égua”, esta última homenagem oferecida ao administra-dor de Brasília, José Messias de Souza. “É uma honra, uma grande emoção receber esta homenagem. A Casa do Ceará é um patrimônio de Brasília”, afirmou Messias.

Formado em Direito, Messias de Souza veio de Alagoas para Brasília em 1985. Contabiliza no currículo cargos como chefe de gabinete do Ministro da Coordenação Política do governo Lula. Segundo o presidente da Casa do Ceará, Osmar Alves de Melo, Messias contribuiu de-cisivamente para que todas as pendências da Casa fossem solucionadas, seja em relação aos equipamentos existentes seja para a aprovação final do Projeto Fausto Nilo, há mais de dois anos submetido à aprovação de sua unidade.

“Recebo essa homenagem com muita honra. A Casa do Ceará é um porto seguro para os cearenses que chegam a Brasília, motivados pelo trabalho e a esperança de dias melhores. Seja de Fortaleza ou de qualquer município do nosso Estado, todos são bem acolhidos pela Casa do Ceará. Sou muito grato por isso e estarei sempre à disposição para contribuir com este pedacinho do nosso Ceará na capital federal”, afirmou o senador José Pimentel (PT-CE), que foi homenageado com a distinção de sócio honorário, re-presentado no ato por seu assessor Franzé Ribeiro.

Receberam os seus diplomas Diploma de Cearense Pai D´Égua

José Messias de Souza, Administrador Regional de Brasília, pelo presidente Osmar Alves de Melo,

Sócio HonorárioCapitão-de-Mar e Guerra Álvaro Acatauassú Camelier Diretor do Hospital Naval de Brasília, pela diretora

Maria Aurea Magalhães Creuzamar Matos Costa Encarregada do Arquivo do Banco BIDDaniele Ximenes Aguiar, pelo membro do Conselho

Fiscal, Edivaldo Ximenes Ferreira Especialista em Administração do Banco BIDGim Argello Senador da República, entregue a seu representante Ro-

mulo Barbosa, pela diretora Angela Maria Barbosa Parente Hezir Espíndola Gomes Moreira Assessor Especial do Tribunal de Justiça do Distrito

Federal, pelo diretor José Sampaio de Lacerda Junior.Ibaneis Rocha Barros Junior, pelo presidente Osmar

Alves de Melo, Presidente da OAB/DFJoão Alves de Melo Controlador Geral do Estado do Ceará, pelo presidente

Osmar Ales de MeloDesembargador João de Assis Mariosi

Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, pelo diretor Evandro Pedro Pinto

José Barroso Pimentel Senador da República, entregue a seu representante,

Franzé Ribeiro pelo diretor Fernando Gurgel Filho, Dom José Freire Falcão, pelo diretor Francisco Ma-

chado da Silva. Arcebispo Emérito de Brasília José Odon Sobrinho Chefe de Departamento de Administração do Hospital

NavalSócio Benemérito

Bismarck Maia Secretário de Turismo do CearáJosé Wilson Ibiapina Diretor da sucursal do Sistema Verdes Mares de Comu-

nicação, pelo diretor JB Serra e GurgelSaudaçãoCoube a João Alves de Melo, Secretario de Estado da

Controladoria Geral do Estado do Ceará, falar em nome dos homenageados.

Começou citando Sêneca – “Quem acolhe um benefício com gratidão, paga a primeira prestação da sua dívida” e relembrou os 27 fundadores da Casa, l iderados pelo forta-lezense Chrysantho Moreira da Rocha, ao lado do deputado Alvaro Lins Cavalcante, de Pedra Branca, do jornalista Fernando César Mesquita, de Fortaleza, ex-presidentes da Casa, como também o foram, Mary Porto e de José Jezer de Oliveira, e mencionou os iguatuenses, Adahil Barreto Cavalcante, Edilson de Melo Távora e Esaú de Carvalho.

“Encarnando o pensamento de Miguel de Cervantes dom Quixote que diz: “Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. Quando se sonha juntos é o começo da realidade”, os pioneiros transformaram aqueles ideais em realidades palpáveis que já produziram bons e muitos frutos”.

“Logo mais, em 15 de outubro de 2013, esta institui-ção completará 50 anos de existência – Bodas de Ouro – marca incomum para instituições do gênero, e o que é mais importante, até aqui chegando com um continuado crescimento na diversificação e na quantidade dos seus atendimentos sociais”.

“Aproveito o ensino para confidenciar aos presentes que o dr. Osmar de Melo, meu irmão, primogênito de uma família de 12 filhos de um mesmo casal (Delfno Alves da Silva e Maria Laura de Melo, coincidentemente, no mesmo de fundação desta Casa, deu inicio a epopeia de transferên-cia para Brasilia de 10 de seus irmãos, culminando com a vinda, também dos nossos pais”, finalizou.

CMG Acatauassú Camelier Danielle Ximenes Aguiar dom José Freire Falcão Hezir Espíndola Ibaneis Rocha João Alves de Melo Desm João de Assis Mariosi José Messias de Souza

Page 15: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br15 Março/13

Geraldo Ananias (*)Ainda quando era menino, certa noite encontrava-me con-

versando com um tio, em sua bodega, na zona rural de Crato, Ceará. Nesse dia, cheguei a tomar, pela primeira vez, Coca--Cola “gelada”, isto é, quente, mas com pastilha de hortelã, que, mastigada, dava a sensação de gelada, pois ainda não havia geladeira lá.

O tio sondou-me sobre a possibilidade de eu fazer um tra-balho especial para ele. Topei na hora, antes mesmo de saber qual era a empreitada e que valor iria auferir. Sabia que ele era muito generoso nos pagamentos de serviços encomendados. Além do mais, ele gostava muito de mim e ria muito das tra-quinagens que eu aprontava. Portanto, não havia que combinar preço de nada. Seria até indelicadeza. Ademais, sabia eu que ele certamente pagaria melhor as tarefas, se nada fosse ajustado antes. Ele era muito correto e preocupado com os negócios.

A tarefa consistia em eu arrumar um jeito de matar duas ratazanas enormes —era um casal e sabia-se que a fêmea estava prenha, e que estavam destruindo a bodega dele. Os bichos indesejáveis mexiam em tudo, bolacha, açúcar, queijos, mas não comiam nada que contivesse veneno, tampouco punham a boca em ratoeiras convencionais. Eram sabidos. Por isso estava difícil pegá-los ou eliminá-los. Daí ele me ofereceu uma quantia grande para eu cumprir essa tarefa. Colocou-se à minha disposição para comprar o equipamento que fosse necessário para o atingimento da meta estabelecida.

Logo na segunda-feira seguinte, cedinho, desci ao Crato e comprei uma moderna gaiola-alçapão (ratoeira moderna), bem sofisticada, própria para pegar rato velhaco (vivo). Colocamos um tira-gosto especial, enfeitamos o interior da “gaiola” e a deixamos em lugar estrategicamente escolhido.

Dia seguinte, cedinho, o bichão macho estava dentro. Meu tio então se irradiava de alegria.

Passo seguinte, passamos a tratar o modus operandi para matar o desgraçado do rato. Ele pediu-me que sugerisse a forma de eliminar aquele bicho nojento. Queria uma maneira bem cruel, mas adiantou que não queria sangue na ratoeira. Pensei um pouco e falei: “Vamos jogar álcool no rato. Vamos amarrar um pau na tampa da ratoeira. Daí é só riscar um fósforo, jogar na “gaiola”, abrir a porta dela e pronto. O rato certamente sairá a toda velocidade envolvido numa só bola de fogo. Coisa ruim tem que morrer assim.” Concluí.

Meu tio gostou da ideia. Só que ninguém avaliou possíveis riscos e consequências desse plano macabro: álcool e fogo juntos, isso tudo dá uma combinação terrível, extremamente perigosa, principalmente em mãos de crianças e adolescentes.

Banhamos, então, o rato e toda a gaiola de álcool. Por ser um rato de bodega, até parecia que esse animal não estava se inco-modando muito com o líquido, o qual parecia até deste gostar. Daí meu tio jogou mais o restinho desse perigoso combustível . “Esse é para o santo”, disse. Passo seguinte, tomamos distância prudente, ele mesmo acendeu o fósforo e gritou:

— É agora, seu porra! Ato contínuo, jogou o fósforo aceso no rato, e eu, num piscar de olhos, abri a porta da ratoeira, com um pau. A ratazana saiu de lá feito a besta-fera, era uma bola de fogo só. E só ouvia era os gritos de euforia do meu tio. Eita porra, eita porra...

O rato começou a correr em círculos e parecia uma roda de fogo giratória e, em seguida, tomou exatamente o rumo da casa dele. Só ouvi o grito desesperado:

Valei-me meu Deus do Céu, pega o rato, gente! Sabe o porquê do desespero? Logo na entrada da casa dele

havia centenas de quilos de algodão bruto. E o rato entabocou exatamente debaixo do algodão. Daí tudo virou uma bola de fogo imensa. Gritaria de todos os lados:

— Pega água, pega água. Cuidado para não incendiar a casa toda...

Desespero total. Nós, e todos os que presenciavam a insólita cena, começamos a pegar água para jogar no algodão. Alguns rezando para que não acontecesse o pior. E o algodão estocado logo se transformou num montão de cinzas.

Ao final ouvi o desabafo dele: — O cabra que confia em menino é mais do que doido! (*) Geraldo Ananias (Santana do Cariri), escritor Sor-

rateiramente.

Leituras VIII Estudo do IPECE mostra que maioria dos municípios cearenses depende do FPM

A maior parte dos municípios cearenses, em 2010 e 2000, encontrava-se com um valor abaixo de 0,5, indicando que, para cada R$ 1 oriundo da base econômica do município, ele recebia mais de R$ 2 do Fundo de Participação dos Municí-pios (FPM), de acordo com o Indicador de Desenvolvimento Tributário e Econômico (IDTE). Desses, a grande maioria é composta de municípios com uma população abaixo de 100 mil habitantes, revelando que tal resultado é causado pela baixa atividade econômica e, por consequência, pela pouca capacidade para gerar receitas tributárias.

A constatação está no Ipece/Informe nº 53, que tem como título Situação Fiscal dos Municípios Cearenses em 2000 e 2010, que vai ser divulgado nesta terça-feira (19), às 9 horas, pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planeja-mento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado. O trabalho, elaborado por Paulo Araújo Pontes e Nicolino Trompieri, ambos do Ipece, mostra também que houve uma sensível redução no número de municípios com IDTE abaixo de 0,50, já que o número foi reduzido de 146 em 2000 para 124 em 2010. O estudo vai disponibilizado, a partir das 10 horas, na página www.ipece.ce.gov.br.

Considerações Finais do documento do IPECE.“Os resultados do Indicador de Desenvolvimento Tri-

butário e Econômico (IDTE) mostraram que a maior parte dos municípios cearenses, em 2010 e 2000, encontrava-se com um valor abaixo de 0,5 indicando que para cada R$ 1 oriundo da base econômica do município, ele recebia mais de R$ 2 do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Desses, a grande maioria é composta de municípios com uma população abaixo de 100.000 habitantes indicando que esse resultado deve-se a baixa atividade econômica e, por con-seqüência, pouca capacidade para gerar receitas tributárias.

Entretanto verificou-se que houve uma sensível redu-ção no número de municípios com IDTE abaixo de 0,50,

dado que o número foi reduzido de 146 em 2000 para 124 em 2010. Por outro lado houve um incremento de 16 municípios na classe que vai de 0,50 a IPECE INFORME 53: Situação Fiscal dos Municípios Cearenses 23 0,75 e de 3 entre os que apresentavam um indicador superior a 1. É possível explicar este desempenho por dois fatores distintos, o primeiro deles seria o crescimento econômico dos municípios, que permitiriam um incremento em sua base tributária, e, o segundo fator, um maior esforço na arrecadação tributária local.

Os municípios que apresentaram um IDTE maior do que 1,0 são os mais populosos e em sua maioria encontram--se na região metropolitana de Fortaleza, com exceção de Sobral e Iguatu, sendo este padrão mantido na comparação entre os dois anos em análise.

Na análise da Receita Corrente Líquida per capita observou-se que esta receita é decrescente com o tamanho da população para os dois anos de análise. De fato, em 2000, a maioria dos municípios apresentava receitas entre R$ 500 e R$ 1.000 e, em 2010, entre R$ 1.000 e R$ 1.500.

Em relação aos gastos dos municípios cearenses analisou-se um indicador de Resultado Orçamentário e um indicador de investimento per capita. Para o indicador de Resultado Orçamentário verificou-se que houve um aumento do número de municípios em situação de déficit orçamentário, passando de 71 municípios em 2000 para 114 em 2010, apresentando assim um indício de que os municípios cearenses não estão conseguindo manter seus gastos dentro de seus limites orçamentários.

O indicador de investimento per capita apresentou cres-cimento médio real de 21,5%, passando em termos reais de uma média em 2000 de R$ 121,4 para R$ 147,6 em 2010.

Os municípios de menor população registraram maiores valores investidos por habitante do que os mais populosos, em 2000 e2010.

A ratazana do tio Aloísio

O centenário de um cearense determinadoJosé Colombo de Souza (Itapipoca)

Neste mês de março, foi comemorado o centenário de José Colombo de Sou-za (Itapipoca), nascido em 02.03.1913, Advogado, Jor-nalista, Professor Universitá-rio e Professor Secundário, tendo estudado no Grupo Escolar de Itapipoca, Colé-gio Cearense, Faculdade de Direito do Ceará, 1937; fez a Escola superior de Guerra, em 1957, foi prefeito do Crato (1933) e de Quixadá (1933-1935), deputado fede-ral nas legislaturas de 1955 a 1959 e de 1960 a 1964, renunciando em 1960 para assumir as funções de desembargador do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

Na Câmara, presidiu várias comissões permanentes inclusive a CPI para apurar fatos de discriminação de nordestinos que emigram para o sul do país, Presidente, 1956 e participou da CPI sobre Energia atômica.

Foi professor da Guarda-Civil da Escola de Comércio da Fênix Caixeiral e da Escola Regimental do 23º BC; Funcionário público, Departamento de Secas, Departa-mento Municipal e Tribunal de Contas; Diretor de Jornal; Advogado no Foro de Fortaleza; Professor, Faculdade de Centros Econômicos do Ceará; Catedrático da Escola Pre-paratória de Fortaleza; Professor, Faculdade Católica de

Filosofia do Ceará; Ministro do Tribunal Regional de Bra-sília, 1960-1972; Presidente do Instituto do Nordeste; Mordomo da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza e seu procurador judicial; Presidente, Centro de Cultura Católica Dom Vital; Membro, Comissão Técnica de Estu-dos Financeiros do Estado do Ceará; Membro, Comis-são Nacional de Estudos para a criação da Fundação dos Municípios; Membro do Diretório Regional de Geografia; Desembargador e Vice-Presidente do TJDF,

1960-1973; Corregedor da Justiça do DF e Territórios; Ministro do TSE; Presidente da Comissão de Abasteci-mento do Nordeste e do Instituto do Nordeste.

Desempenhou as seguintes missões oficiais: integrante da delegação da Conferência do General Agreement on Trade and Tariff, GATT, Suiça, 26 de abril de 1958; In-tegrante da delegação do Brasil à Conferência das Altas Partes Contratantes do Acordo Geral de Tarifas Adua-neiras e Comércio, Genebra, 10 de fevereiro de 1958; Integrante da delegação de parlamentares à Conferência Internacional de Turismo, em Istambul, 1959.

Escreveu dezenas de publicações. Parte de sua biblio-teca encontra-se na Casa do Ceará.

Page 16: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília16Março/13 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Energia que faz parte da nossa vida.

Foto

s: H

erm

ínio

Oliv

eira

Juíza Maria Gladys Veira Lima é eleita desembargadora do TJCEO P l e n o d o

Tribunal de Jus-t i ç a d o C e a r á (TJCE) elegeu, em 07.03 a juí-za Maria Gladys Lima Vieira para o cargo de de-sembargador. A escolha ocorreu pelo critério de antiguidade, du-rante sessão conduzida pelo presidente da Corte, desembargador Luiz Gerardo de Pontes Brígido.“. A magistrada ocupará a vaga da desembargadora Edite Bringel Olinda Alencar, aposentada no último dia 30 de janeiro.

Em 14.03, no Palácio da Justiça, bairro Cambeba, ela foi empossada, sendo saudada a pelo desembargador Francisco José Martins Câmara.

Com a posse da magistrada, o Tribunal passará a contar com 42 desembargadores, restando apenas o pre-enchimento da vaga destinada à Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Ceará (OAB-CE).

Natural de Fortaleza, Maria Gladys Lima Vieira nasceu em 19 de agosto de 1948. É filha de Gerardo Cardoso da Silva e Zenaide Lima e Silva.

O ingresso na magistratura cearense ocorreu em 24 de outubro de 1986. Ela assumiu inicialmente as fun-ções de juíza substituta na Vara Única da Comarca de Parambu. Depois passou pelas comarcas de Camocim, Acopiara e Quixadá.

Cid Gomes destaca ação do Ceará na produção de energia renovável

O governador Cid Gomes parti-cipou da abertura da 7ª Edição do All About Energy, no Centro de Eventos do Ceará, e desta-cou o potencial de produção de energia alternativa no Es-tado. “É fundamental que a humanidade pense em outros modelos de energia e o Ceará tem sido referência nisso.

Nós temos um grande volume de investimentos em energia eólica. Graças a esses investimentos, a energia eólica está em um patamar de preço em igual-dade com a energia elétrica, ou seja, não é mais algo que tenha que ser subsidiado. Há ainda um potencial muito grande pra ser explorado, aqui no Ceará por exemplo, nós temos 540 MW funcionando, mais uns 500, 600 MW em implantação, o que daria pratica-mente a demanda inteira do Estado. Mas nós temos uma capacidade de 25 mil MW, isso é equivalente a duas usinas de Itaipu a ser explorada só em conti-nente”, exemplificou Cid.

A 7ª edição do All About Energy é o maior evento deste segmento da América Latina. O Governo do Es-tado do Ceará foi co-realizador do evento, através da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), com o intuito de incentivar ações voltadas para a produção de energias renováveis, subsidiando empresas com projetos no setor.

Deputados recebem reivindicações de mulheres do Cariri sobre violência

Em 22.03 foi en-tregue à Comissão de Direitos Huma-nos e Cidadania da Assembleia Legis-lativa e ao Tribunal de Justiça do Esta-do um documento com reivindicações do Movimento de Mulheres da Região do Cariri. A en-trega aconteceu durante audiência pública realizada na Universidade Regional do Cariri (Urca), no município do Crato, na qual foi discutida a questão da violência contra a mulher.

De acordo com o propositor do debate, deputado Anto-nio Carlos (PT), o texto aponta 23 propostas, dentre elas, a implantação de outras delegacias da mulher, de centros de referências especializados para atender as vítimas de violência, além de abrigos especializados para receber essas vítimas, cursos de profissionalização e atenção à mu-lher negra. Ainda conforme Antonio Carlos, o número de denúncias de mulheres violentadas por seus companheiros aumentou. “Os homens têm papel fundamental nesse processo. Nenhum homem é dono de sua companheira”, destacou o parlamentar.

A deputada Eliane Novais (PSB) lamentou o índice nacional, que retrata a quantidade de denúncias envol-vendo a violência contra a mulher. “O Disque Denúncia Nacional recebeu 392 mil ligações somente em 2012”, informou Eliane.

Page 17: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br 17 Março/13

www.aguiardevasconcelos.com.br • [email protected]

T E L . : 3 2 4 8 - 4 8 0 0 • P L A N T Ã O : 9 9 9 4 - 7 9 4 1

A MELHOR ADEGA PARA OS SEUS VINHOS,

NÓS ENCONTRAMOS PARA VOCÊ.

Mesa da AL vai tratar da decisão do TSEque vetou a criação de 30 municípios no CE

O presidente da As-sembleia Legislativa do Estado do Ceará, José Al-buquerque (PSB), disse, em 20.03 que vai reunir a Mesa Diretora da Casa para avaliar e deliberar qual será a posição da AL sobre a decisão da minis-tra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Nancy Andrighi que negou o recurso especial da Assembleia contra o acórdão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que indeferiu o pedido de realização de plebiscito para a criação de 30 municí-pios no Ceará. A sentença foi publicada em 18.03, no Diário Oficial Eletrônico do TSE.

No recurso que apresentou ao TSE, a Assembleia afirma que no acórdão recorrido não foi apreciado o entendimento jurispru-dencial que autorizou não apenas a realiza-ção de plebiscito, mas também a criação de novos municípios após a emenda constitu-cional 15/96. No texto do recurso é citada ainda a decisão monocrática do ministro Ricardo Lewandowski de que, comprovada a regularidade do processo legislativo não competia à Justiça Eleitoral aprovar ou não o ato legislativo convocatório, cabendo--lhe tão somente a sua operacionalização. A ministra Nancy Andrighi ressaltou que a criação de novos municípios somente será

possível após a edição da Lei Complementar Federal de que trata o art. 18, § 4º, da Constituição Federal.

Os deputados We-lington Landim e Sérgio Aguiar, ambos do PSB, entendem que a Casa deve recorrer da decisão da ministra. Para Weling-ton, a Assembleia tem

que fazer um trabalho jurídico no sentido de ver qual é a peça para se contrapor a essa decisão monocrática, para levar isso ao ple-no. Ele defende ainda maior pressão junto ao Congresso Nacional para votação da Lei Complementar que disciplina o assunto.

O deputado Sérgio Aguiar também criticou a ação da ministra e afirmou, em entrevista à imprensa local, que a Casa deve se movimentar para combater a deci-são apresentada de forma monocrática pelo TSE. “Eu acho essa decisão lamentável, tendo em vista que é um anseio de muitos cearenses que moram nos distritos e a lei cearense contempla bastante, com os índi-ces representativos, aquilo que é decidido para ser município. Lamentavelmente o Congresso não legislou sobre o tema e ficamos com esse vácuo, o que leva a não suprir de imediato as necessidades desses municípios”, afirmou

Pres. Dep. José Albuquerque (PSB) Foto: Paulo Rocha

Cearenses Adirson Vasconcelos e Edmilson Caminhana Academia Brasiliense de Letras

Em 15.03, os cearenses Adirson Vas-concelos (Santana do Acaraú) e Edmilson Cainha (Fortaleza) foram eleitos para a Academia Brasiliense de Letras. - Adirson Vasconcelos, historiador e jornalista, para a Cadeira XII, cujo patrono é Vicente de Car-valho, anteriormente ocupada por Cascudo Rodrigues; Edmílson Caminha, jornalista e escritor, para a Cadeira XXIV, que temco-mo patrono José Veríssimo, anteriormente ocupada pelo cearense Lustosa da Costa;

Na oportunidade, foram também eleitos: Alberto Bresciani, poeta e jurista, ministro do Tribunal Superior do Trabalho, para a Cadeira IV, que tem como patrono Eduardo Prado, antes ocupada por Luiz Cernicchia-ro;- Carlos Henrique Cardim, diplomata, atualmente assessor para assuntos inter-nacionais do Ministério do Esporte, para a Cadeira XI, cujo patrono é o filósofo cearense Farias Brito, vaga em decorrência da morte de José Carlos Azevedo;- José Jeronymo Rivera, poeta e tradutor, para a Cadeira XXVIII, cujo patrono é Olavo Bilac, antes ocupada por Clóvis Sena;- Luiz

Gutemberg, jornalista e escritor, para a Ca-deira VIII, que tem por patrono José Lins do Rego, vaga em decorrência da morte de Humberto Gomesde Barros; - Marco Maciel, ex-senador e ex-vice-presidente da República, para a Cadeira XX, cujo patrono é Sílvio Romero, anteriormente ocupada por Mozart Victor Russomano, jurista e professor, ex-ministro do Tribunal Superior doTrabalho.

Após a eleição, eleitores, eleitos e ami-gos confraternizaram no Restaurante Car-pe Diem da 104 Sul, presentes os diretores da Academia:Presidente: Carlos Fernando Mathias de Souza; Vice-presidente: Ro-berto Rosas; Secretário Geral: Padre José Carlos Brandi Aleixo; Primeiro Secretário: Anderson Braga Horta.

Entre os presentes, jornalistas cearenses Fernando Cesar Mesquita, Wilson Ibiapina, Rangel Cavalcante,Marcondes Sampaio, Jorge Cartaxo, Inácio de Almeida com Te-reza e JB Serra e Gurgel, o piuiense Paulo José Cunha, o bahiano Carlos Henrique Santos e a filha de Lustosa Costa, Raquel.

Page 18: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília18Março/13

veja os sites do projeto Brasília 50 anos do Ceará: www.brasilia50anosdeceara.com.br e no facebook www.facebook.com/casadoceara

Página da Mulher

Coco Bambu – Frutos do MarGerente Geral Eilson Studart (Fortaleza)SCES Trecho 02, Ícone Parque/ 3224 5585Bela CintraMaitre Luciano Rodrigues (São Benedito) Chefe deCozinha - Francisco Alves (Acaraú)SHCS Quadra 105, Bloco D Conjunto 35 0 AsaSul/32424005Beirute SulProprietário Francisco Martins (Ipu)SCLS109 Bloco”A” Loja 2/4 – Asa Sul /3244 1717Beirute NorteMaitre Bartolomeu Martins (Brasilia)SCLN 107 Bloco”D” Loja 19/29 - Asa Norte/ 3272

0123

A longevidade é necessariamente uma coisa boa?Alguns afirmam que obsessão com vida longa está

levando a ‘incapacidade prolongada’Todos os anos, aumenta o número de pessoas idosas

tanto nos países desenvolvidos como nas nações em desenvolvimento graças às descobertas da medicina moderna para atrasar as fronteiras da morte, mas a lon-gevidade é necessariamente uma coisa boa?

Na Califórnia, a forma física é levada ao extremo. Há lojas em Beverly Hills, local conhecido por sua obsessão com a imagem, apinhadas de comprimidos e fórmulas que visam prolongar a vida. Em Santa Monica, há tantos programas de treinamento ‘‘boot camp’’ e tantas sessões de ioga em parques públicos que autoridades locais já pensam em impor um limite.

‘‘Na Califórnia, você vê pessoas se exercitando às 5h15 e isso ou faz bem a elas ou faz parte de uma psicose neurótica séria, ligada à infelicidade pelo fato de estarem ficando mais velhas’’, afirma Ed Saxon, que produziu o filme Fast Food Nation, em 2006.

‘‘Uma pessoa de 55 anos que imagina que deva se parecer com alguém de 25 se submetendo a cirurgias e se exercitando fanaticamente para que isso aconteça, tudo isso me parece uma má ideia. A obsessão em parecer

mais jovem do que você real-mente é.”

Além da ob-sessão em torno da forma física, existem os con-selhos incessan-tes em torno do que se deve comer para permanecer jovem. Eu deveria tomar mirtilo, couve batida ou comer torrada sem glúten? E vinho tinto, faz bem para mim ou não? E quanto ao chocolate?

Pode ser desconcertante, mas o objetivo é claro. A morte tem de ser adiada o máximo possível.

Incapacidade prolongada‘‘Nos Estados Unidos, se assume como fato que a

longevidade é algo bom’’, afirma Susan Jacoby, autora do livro Never Say Die (Nunca Diga Morrer, em tra-dução literal).

‘‘Muito dessa crença irracional de que há coisas que você pode fazer para se assegurar contra a velhice e a doença tem a ver com o fato de que nós, nos Estados Unidos, realmente não gostamos de envelhecer’’, co-

menta a escritora.Jacoby, de 67 anos, faz duras críticas ao que chama

de ‘‘lixo de estilo de vida’’ e ‘’lixo de suplementos alimentares’’.

‘‘Se você for olhar com mais atenção para essas pessoas que te dizem que você pode ser uma pessoa saudável aos 120, existe um homem ou uma mulher vendendo alguma coisa’’, comenta.

A verdade, diz a autora, é que a maior parte das pessoas que vivem além dos 90 irão morrer após passar ‘‘um período prolongado de incapacidade’’.

‘‘Nós estamos acreditando nesse mito de que, como estamos atualmente mais saudáveis do que nunca aos 67 anos, estaremos assim também aos 87 ou aos 97. Mas a verdade é que graças a alguns avanços duvidosos da medicina moderna, que mantém pessoas vivas não importa o quê, é que será preciso refletir mais sobre como cuidar dessas pessoas.’’

“Se você for olhar com mais atenção para essas pessoas que te dizem que você pode ser uma pessoa saudável aos 120, existe um homem ou uma mulher vendendo alguma coisa.”

Com Peter Bowes, da BBC News, Los Angeles

Estórias de sertão, estórias de cangaçoRegina Stella (*)Com o olhar perdido, evocando reminiscências, ela

contava, sob o olhar fascinado dos netos, que era tempo de férias quando se juntaram no pátio da Casa Grande mais de vinte cavaleiros, rapazes e moças, para uma viagem de léguas. Grande o alvoroço nos preparativos da aventura, com ansiedade aguardavam o instante da partida, insegu-ros os iniciantes na arte de cavalgar, a pedir explicações aos veteranos, habituados nas andanças pelas poeirentas estradas do Nordeste. Aos mais tensos e medrosos foram designados os animais mais lentos e mansos, enquanto os mais excitados e ariscos foram dados aos cavaleiros acos-tumados a longas galopadas. Treinados uns, desajeitados outros, foram um a um montando o seu cavalo, e ela ficou de fora, desapontada! Faltava um animal, e ela, tristemente, já se preparava para assistir a debandada festiva, quando um amigo da família, em visita, ofereceu-lhe belo animal, com uma condição. Tinha que montar muito bem. O ani-mal, arisco em demasia, ele dizia, era um puro sangue, acostumado a disputar nas pistas os primeiros lugares! Não poderia o cavaleiro, em passeio, dar tréguas no manejo das rédeas.Firmeza no pulso, segurando-as sem favorecer o animal, não deixando-o avançar, livremente. Convencida de que cavalgava com mestria, era a melhor de todos, não hesitou, rapidamente se sentou à sela e pôs-se a caminho, se juntando aos demais. Boa amazona, habituada a montar, logo esqueceu das recomendações, afrouxou as rédeas, deixou o animal um pouco mais solto, e de leve no galope.

Foi quando dois lhe passaram à frente, e mais velozes, se distanciaram. Num segundo, sem que pudesse conter as rédeas e puxar o freio, ela se viu à mercê do animal, em desabalada carreira ultrapassando os outros, e galopando a toda, sem parar! Tomara o freio nos dentes!

Costume dos velhos tempos, montada de lado, tentou a custo se manter no silhão, sentindo que já não tinha o coman-do e nem dominava o animal. Julgou-se perdida, deixando para trás, amigos, árvores, cercas, estrada!

De repente irrompe, nem sabe de onde, um vulto, e ela vê que do alto da ribanceira, num salto se joga à frente, tentando segurar as rédeas e o freio do animal que recua, corcoveia e empina! A custo, vencido e dominado!

Trêmula, quase sem poder falar, ela vê, se refazendo do susto, que ele traz à altura do peito, do pescoço à cintura, larga cartucheira, e pelo aspecto reconhece, de imediato, o famoso personagem pertencente ao bando do Lampião! Em visita aos parentes, andava pelas redondezas da Serra de Guaramiranga! Não podia, ali, deixar transparecer o seu pavor, e desejo de fugir! Restava-lhe disfarçar o medo e espe-rar pelos outros. Demora de uma eternidade, tanta a agonia.

Grande foi o constrangimento do dono das terras, chama-do para atender a emergência, ao reconhecer no cangaceiro, filho do seu caseiro, o salvador da sobrinha mais querida. Um agradecimento formal foi – lhe feito, com promessa de gratificação, que ele, cheio de brio, recusou. E a viagem prosseguiu, plena de excitação, e sem mais sobressaltos, que já bastava a intervenção de um homem do cangaço.

De certo modo, verdade, devo-lhe muito. Salvou a vida de minha mãe, ainda adolescente. E, certamente, favoreceu também a minha vida. Mas, longe a idéia de lhe levantar em praça pública uma estátua, como pretenderam, há tem-pos, os moradores de Serra Talhada, pequeno município onde nasceu Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião! Em sua homenagem pretendiam alguns erguer uma estátua de quarenta metros, sob o pretexto de que Lampião é história e cultura, e merece homenagens, além de levar turistas e visitantes à cidade.Protestando, o prefeito alardeava a sua pretensão de investir em áreas mais prioritárias, educação, saneamento, sob o aplauso dos mais jovens que divulgavam as perversidades do Lampião e seus asseclas. Divididas as opiniões em Serra Talhada, a alguns quilômetros do Reci-fe, o cangaceiro foi figura de destaque, polêmica cerrada entre a população. Das divergências, quem ganhou quem perdeu, nada sei.

Houve um tempo em que as homenagens eram feitas aos heróis, aos cientistas, aos poetas, homens que acres-centavam ao mundo com o seu talento e a sua capacidade, abnegação e desprendimento. Nos tempos que correm, numa cidade do interior se faz um plebiscito para se aprovar a construção de uma estátua a um cangaceiro, bandoleiro do sertão que passava incendiando, pilhando, destroçando fazendas, plantações, suscitando pavor! Uma estátua a um homem do cangaço!

Triste sinal dos tempos!(*) Regina Stella (Fortaleza), jornalista e escritora

Roteiro da Culinária Cearense em BrasíliaLibanusProprietário Narciso Martins (Ipu)SCLS 206, Bloco “C”,loja 36 – Asa Sul / 3244 9795MoranguinhoChefe de Cozinha Francisco da Silva (Icó)SHIN QI2, Área Especial, Quiosque 14., Lago Norte/21947641 Em frente a loja do Pão de Açucar.Pensão da GraçaMaitre – Carlos Veras (Viçosa do Ceará)Vila PlanaltoVerde PertoProprietário Carlos Pontes (Nova Russas)EPTG Chácara 56 sentido Taguatinga-Guará (ao ladodo Posto de Polícia) 3567 8217

FredSCLS 405 Bloco “B” Loja 10 – Asa Sul/ 3443 1450Galeteria Beira LagoProprietário João Miranda Lima (Ipueiras)SCES Trecho. 02 conjunto 33, ao lado do PIER 213223 7700Carneiro e PicanhaMaitre Antonio Ordonez (Reriutaba)SCLN 216 bloco “D”, lojas 34/46 - Asa Norte3340 9900Ki FiléMaitre – Roberto Cavalcante, Chefe de Cozinha, Rai-

mundo Cavalcante (Sobral)SCLN 405, bloco “A”, lojas 55/65 - Asa Norte/ 3274

6363

Page 19: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília veja o site da Casa do Ceará em Brasília: www.casadoceara.org.br19 Março/13

Leituras IXHumor Negro e Branco Humor

O bêbado e a FerrariMulher: Você bebe?Homem: SimMulher: Quanto por dia?Homem: 3 uísquesMulher: Quanto paga p/ uísque?Homem: Cerca de R$ 10,00Mulher: Há quanto tempo você bebe?Homem: 20 anosMulher: Um uísque custa R$ 10,00 e você. bebe 3 por dia, R$

900,00 por mês e R$ 10.800,00 por ano, certo?Homem: CorretoMulher: Se em um ano você gasta R$ 10.800,00 sem contar a

inflação em 20 anos você gastou R$ 216.000,00, correto?Homem: CorretoMulher: Você sabia que esse dinheiro aplicado e corrigido com

juros compostos durante 20 anos você poderia comprar uma Ferrari?Homem: Você bebe?Mulher: NãoHomem: Então, cadê a porra da sua Ferrari???..

O que escrever em seu túmulo se você é...EspíritaVolto já.AgrônomoFavor regar o solo com Neguvon. Evita Vermes.Alcoólatra Enfim, sóbrio.ArqueólogoEnfim, fóssil.Assistente SocialAlguém aí, me ajude!BrotherFui.CartunistaPartiu sem deixar traços.DelegadoTá olhando o quê? Circulando, circulando...EcologistaEntrei em extinção.ArquitetoA casa caiuLulaEu não sabia...EnólogoCadáver envelhecido em caixão de carvalho, aroma Formol e after

tasting que denota presença de Microorganismos diversos.Funcionário PúblicoÉ no túmulo ao lado.MirandãoRígido, como sempre.LadrãoSó roubei ladrãoDelegadoRecolham as câmaras da ruaMédico“Casa de ferreiro, espeto de pau”GayVirei purpurina.HeróiCorri para o lado errado.HipocondríacoEu não disse que estava doente?!?!HumoristaIsto não tem a menor graça.Jangadeiro DiabéticoFoi doce morrer no mar.JudeuO que vocês estão fazendo aqui? Quem está tomando Conta do

lojinha?Pessimista Aposto que está fazendo o maior frio no inferno.Psicanalista A eternidade não passa de um complexo de superioridade mal

resolvido.SanitaristaSujou!!!Sex Symbol Agora, só a terra vai comer.Viciado Enfim, pó!E,para fechar com chave de ouro, afinal de contas...ele não poderia

faltar:O AdvogadoDisseram que morri... Mas vou recorrer!!!

Memória O bonito mundo que Aldemir Martins exaltousua obra continua mais viva do que nunca.

Por Gonçalo Junior (*)Pouco antes de morrer, aos 84 anos de ida de, o artista

plástico, ilustrados; pintor e escultor autodidata cearense Aldemir Martins (1922-2006) escutou de um jornalista a insólita pergunta sobre o que quis dizer com uma vida inteira dedicada à arte. Seria capazde resumirem tão poucas palavras? Aresposta não demorou: “Eu quis dizer que o mundo é boni-to”. De fato, o mundo que um dos mais importantes artistas plásticos brasileiros apresentou aqui e lá fora é de beleza inquestionável. Em cores vivas e ângulos inusitados, sua obra - que se pode reconhecer imediatamente pela originalidade e singularidade - mostra uma vida brasileira admirável por meio de gatos - uma de suas paixões -, galos, peixes, frutas e paisagens, cangaceiros e rendeiras em pinturas, cerâmicas, gravuras, desenhos e esculturas, e até na joalheria, território onde também imprimiu sua marca.

Aldemir Martins nunca deixou de inovarem uma carreira que atravessou boa parte do sé-culo 20. Aberto à experimen-tação, não limitou sua obra a conceitos, materiais etc: chegou a usar suportes pouco convencionais como pa-péis de carta, telas de linho, de juta e tecidos variados, copos de requeijão, caixas de charu-to, embalagens de sabonete, de sorvete e de pizza. O que sempre se manteve foi seu traço forte e incon-fundível, o uso de tons vibrantes.

Por mais de meio século, esteve presente em individuais e coletivas no Brasil e no exterior, acumulando prêmios nacionais e internacionais e integrando coleções privadas e públicas. E também esteve presente no dia-a-dia, em formas visuais ao alcance de todos, fora dos grandes circuitos de arte: dedicou-se à ilustração de livros, à cenografia teatral e a dese-nhos para marcas comerciais, além de selos para os Cor reios. Encontrá-lo é possível até nas ruas: no bar O Cangaceiro, no Rio de Janeiro, por exemplo, há um painel de sua autoria. Sua história começa em Ingazeiras, no Vale do Cariri, interior do Ceará. Ali Aldemir nasceu em 1922, o ano da Semana de Arte Moderna. Em 8 de novembro completaria, portanto, 90 anos. A sua origem era das mais modestas: o pai, encarregado da construção de estradas de ferro, a mãe, uma dona de casa que descendia dos índios tapuis e se didicava exclusivamente a cuidar dos filhos e do lar. O ofício itinerante do pai levou a família a se mudar várias vezes, onde sua especialidade era exigida. Pôr fim, os Martins se estabeleceram em Pacatuba, próximo a For-taleza, quando o garoto Aldemir tinha onze anos. O talento do menino que viraria artista do mundo-o primeiro brasileiro a ganhara Bienal de Veneza-se revelou desde os tempos de colégio, em que foi escolhidocomo orientadorartistico da classe, mesmo com tão pouca idade.

A carreira no Exército parecia à única pos-sibilidade para Aldemir sair da pobreza. No quartel, seu talento não demorou a ser notado, claro. Nos tempos do serviço militar, de 1941 a 1945, ele foi promovido a Cabo Pintor, prêmio concedido ao vencedor de um concurso de pintura de viaturas da cor-poração promovido pela Oficina de Material Bélico da loa Região Militar. Em 1942, expôs pela primeira vez no II Salão de Pintura do Ceará. Ocupou-se como ilustrador de jornais, revistas e livros publicados na capital do seu Estado.

Quando deixou o serviço militar, ele já fre-qüentava a cena das artes plásticas de Forta-leza: por ali, ajudou a criar o Grupo ARTYS e a Sociedade Cearense de Artistas Plásticos, ao lado de artistas que se tomariam importantes como Mário Barata, Antônio Bandeira e João Siqueira. Em 1945, mudou-se para o Rio de Ja-neiro. Sua trajetória estava apenas começando. Ali, integrou uma coletiva na Galeria Escanais e no Salão Nacional de Belas-Artes.

Não demoraria para Aldemir vir a se fixar em São Paulo, já no ano seguinte. Foi quando realizou sua primeira indivi-dual, na seção pau-lista do Instituto de Arquitetos do Brasil, e intensificou suas atividades como ilustradorem diversos jornais. Na capital paulista, também passou a estudar com Poty, que já era impor tante artista brasileiro, ilustrados notório de livros; e de Pietro Maria Bardi, criador do Mu¬seu de Arte de São Paulo-Masp.

Uma viagem entre o Ceará e São Paulo, de caminhão pau-de-arara, para rever os pais e os irmãos marcou sua obra a partir de 1951: com essa experiência, iniciou a série de desenhos de temática nordestina. Seu primeiro trabalho ce¬nográfico foi realizado em 1954, para a peça Lampião, de Raquel de Queiroz, em São Paulo. Aldemir, então, lançou por essa época o álbum de xilogravuras Cinco Carreiras de Curu-ru, tex¬to de Paulo Vanzolini, com tiragem de 150 volumes pela editora Grafix. Em 1955, o artista recebeu o prêmio de melhor desenhista da Bi¬enal de São Paulo, láurea dividida com o colega argentino-brasileiro Carybé.

A descoberta das cores...Em 1956, a trajetória internacional de AI¬demir teve me-

recido reconhecimento. Ele foi considerado um dos melhores desenhistas do mundo na Bienal de Veneza. Dois anos depois, realizou uma série de exposições nos Estados Unidos. Acabou convidado a permanecer no país, por três meses, pelo Depar-tamento de Es¬tado Americano. Visitou, então, o Estado da Filadélfia e as cidades de Chicago, Detroit, Boston e Nova York, entre outras.

Nessa época, publicou o álbum Silk Screem, que teve a apresentação do mestre Pietro Maria Bardi, com tiragem de 100 exemplares, em edição bilingue, pela Galeria Bonina, de Buenos Aires, Argentina. Decidiu então residir em Roma, cidade onde ficou de 1960 a 1961. Os dois anos que viveu na Itália foram de muitas aquisições intelectuais e contatos com diferentes escolas. Numa visita à Inglaterra, conheceu o uso das tintas acrílicas, novidade no mercado da arte da época que incorporou a seu trabalho para sempre. Em 1966, começou a criar esculturas e jóias em ouro e prata.

Na década de 1970, Aldemir Martins es-treou na televisão brasileira em grande estilo: foi dele a abertura da primeira ver-são da novela Gabriela, em 1975, adaptação do livro homóni-mo do baiano Jorge Amado para a Rede Globo. Ele descobriu a telinha logo depois da chamada arte aplicada: passou a fazer arte com rótulos de vinhos, cardápios de restaurantes, brindes de fim de ano, entre outros suportes não convencionais que a tv ábsorveu em comerciais. Na década de 1990, prosseguiu o mergulho na arte aplicada: chegou a pintar um automóvel Ford Ka como parte da campanha promocional da montados.

Fascinado porgatos, sobretudo na cor ver-melha, também desenhou e pintou pássaros com recorrência. Nos últimosanos devida, entre mostras individuais e coletivas, não deixou de fazer xilogravuras e de explorar a faceta de designer - o artista teve suas obras lançadas pela empresa que ele mesmo criou, a Aldemir Martins licenciamentos -MBA (Marcas Brasileiras Administradas) em copos de requeijão Nestlé, tapetes Taba-cow e jogos da Grow.

Aldernir foi condecorado pelo Governo brasileiro com a Ordem de Rio Brancos em grau de Cavaleiro. Suas obras estão expostas em museus e coleções privadas na França, Suíça, Itália, Alemanha, Polónia, México, Argentina, Uruguai, Peru, Estados Unidos, Chile. Em 1998, ao buscar novos espaços para que sua arte saísse dos museus e galerias, o inquieto artista, então com 76 anos, entrou no universo redondo e aromático das embalagens de pizzas, outra de suas paixões. Em 2005, uma grande mostra no Masp celebrou sua obra. Sucesso de público, teve sua duração esticada para dar conta de tantas visitas. Só a morte interrompeu sua arte: em 4 de fevereiro de 2006, no Hospital São Luís, após sofrer um infarto em sua casa, na Zona Sul de São Paulo. Seu corpo foi velado na Assembléia Legislativa do Estado. Casado duas vezes, primeiro com Amélia Bauerfeld, depois com Cora Pabst, teve na primeira união o filho Pedro, nascido em 1950. Cora foi sua companheira de toda vida de Adelmir Martins para administrar todo o seu legado.Entre suas atividades, o EAM fornece certifica¬dos de autenticidade de obras, libera direitos de imagem, comercializa gravuras, desenhos e pinturas, peças de cerâmica e esculturas assi¬nadas por ele. A instituição também organiza eventos, mostras e exposições de suas obras.

(*) Publicado no Jornal da Associação Brasileira de Imprensa-ABI ,384, Novembro de 2012

Page 20: Jornal Março 2013

Ceará em Brasília20Março/13 acesse o site da Casa do Ceará em Brasília na Web: www.casadoceara.org.br

Assembleia Geral da Casa do Ceará aprova Relatório de Atividades de 2012 e o Plano de Trabalho para 2013, nas comemorações dos seus 50 anos.

A Assembleia Geral da Casa do Ceará em Brasília, reuniu-se em 23.03 para aprovar as contas da entidade referentes a 2012 e aprovar o Plano de Trabalho para 2013.

Na oportunidade, o presidente da Casa do Ceará informou aos participantes da Assembleia que a Administração de Brasília concedera, após três anos de solicitação, o alvará para a implantação do Projeto Fausto Nilo.

Participaram da Assembleia, os diretores Osmar Alves de Melo (Iguatu), presidente, Fernando Cesar Mesquita,1°. Vice, (Fortaleza) Fernando Gurgel Filho, (Fortaleza) Diretor de Educação e Cultura, João Rodrigues Neto (Independên-cia), diretor de Assuntos Jurídicos e Maria Áurea Assunção Magalhães, (Fortaleza) diretora de Promoção Social.

Também presentes à Assembleia o presidente da Confraria dos Cearenses em Brasília, Geraldo Vasconcelos (Tianguá) e o ex-presidente da Casa, José Jézer de Oliveira (Crato).

Recursos FinanceirosOs recursos financeiros gerados na instituição asseguram

os atendimentos gratuitos da assistência social e da cultura, todos custeados pela casa.

O Conselho Fiscal da Casa do Ceará, integrado pelos conselheiros titulares José Carlos de Carvalho, (Itapipoca), José Colombo de Souza Filho (Fortaleza), José Ribamar Oliveira Madeira (Uruburetama), e os suplentes, Antonio Florêncio da Silva (Fortaleza) e Edivaldo Ximenes Ferreira (Fortaleza) apresentou os dados finais do exercício:

“Com base nos registros e acompanhamento das ações, formulamos os seguintes indicadores de desempenho que revelam o impacto das ações sociais realizadas pela Casa:

Doações por Resultado Financeiro Receita Operacional Bruta R$ 2.078.794,62Doações R$ 276.721,00

Gratuidades R$ 115.612,04Doações a crianças e adolescentes (Projeto Formando

Campeões) R$ 39.670,00 Total das Doações/Gratuidades R$ 432.003,04Percentual de Doações/Gratuidades X Receita Operacio-

nal Bruta 20,75%Os usuários da assistência social têm isenção total dos

serviços prestados pela instituição, como determina a legis-lação pertinente às instituições assistenciais. Assim, foram feitos donativos a pessoas necessitadas da ordem de 20,75% da Receita Operacional Bruta.

Somadas às despesas filantrópicas (gratuidades – anexo, consultas médicas, tratamento odontológico, auxílio finan-ceiro, medicamentos, exames laboratoriais) da ordem de R$ 115.612,04, as doações foram feitas através de encaminha-mentos do serviço social da casa aos parceiros que atuam na

instituição (cortes de cabelo, bolsas de estudo, óculos de grau e residentes no Abrigo), no valor de R$ 276.721,00, doações à crianças e adolescentes (Projeto Formando Campeões) na ordem de R$ 39.670,00.

O total de doações e gratuidades referentes ao exercício de 2012 soma o valor R$ 432.003,04, cujos documentos compro-batórios são arquivados no Departamento de Serviço Social”.

Participaram ainda da assembléia: Aldanilse Pereira de Lima, Carlos Ananias Barboza, Ivete Magalhães Alves de Melo, João Jacob Gonçalves, José Alves de Melo, José Cosmo Antunes, José Maria Bezerra de Paiva, Maria Cleide Holanda Lopes, Nazareno Alves Sobrinho.

Projetos de 2013O Plano de Trabalho da Casa para 2013 está centrado em

três grandes linhas:- execução do Projeto Fausto Nilo e- realização de eventos que marquem os 50 anos da Casa

do Ceará.- elaboração de um livro com a participação de 150

cearenses que contribuição para a implantação e desen-volvimento da Casa ou que marcaram suas presenças em realizações com importantes realizações.

O presidente da Casa, Osmar Alves de Melo, deverá convocar o Grupo de Trabalho que é presidido pelo 2° vice presidente, José Sampaio de Lacerda Jr., que está definindo a modelagem de implantação do Projeto Fausto Nilo, numa das áreas de 15 mil metros quadrados. A outra área também de 15 mil quadrados será cedida, permutada ou vendida para financiar a nova Casa.

Em Brasília, a Casa fará a festa junina e um festival de Cultura com autores cearenses. O programa definitivo está sendo elaborado.