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Jornal mensal da Igreja Metodista Março de 2009 Ano 123 número 3 Palavra Episcopal Oficial Pela Seara Missões Reflexão Entrevista Alimento do espírito Cerimônia instituída como um memorial da paixão e morte de Jesus, a Ceia do Senhor é um momen- to de reverência e humildade, precedido por arrependimento e confissão de pecados. É, também, co- munhão, sinal do amor de Cristo por nós e do amor que os cristãos e cristãs têm uns pelos outros. Saiba o que a Igreja Metodista ensina sobre este sacramento. Páginas 8 e 9 As quaresmeiras estão floridas Você já reparou? A natureza anuncia a Quaresma, um período de meditação, avaliação pessoal, purificação, reconsagração, abstinência, oferta de si mesmo. Leia em Reflexões. Página 13 Reforma e construção de templo. Veja como fazer. Página 5 Páscoa Tempo de lombos cin- gidos, sandálias nos pés e cajado na mão Página 3 Rede Metodista de Educação Prof. Márcio de Moraes é escolhido Diretor Geral. Página 4 Notícias de Angola Inaugurado o maior templo metodista do país, em Luanda Página 7 Pastoral Carcerária Assistência às mu- lheres encarceradas é novo desafio. Página 10 Dia Internacional da Mulher Memórias de lutas e conquistas Página 12 João Alexandre Uma entrevista com o músico cristão que não teme pensar Página 14 Mauro_Guanandi_Creative_Commons

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Jornal mensal da Igreja Metodista • Março de 2009 • Ano 123 • número 3

Palavra Episcopal

Oficial

Pela Seara

Missões

Reflexão

Entrevista

Alimento do espírito

Cerimônia instituída como um memorial da paixão e morte de Jesus, a Ceia do Senhor é um momen-to de reverência e humildade, precedido por arrependimento e confissão de pecados. É, também, co-munhão, sinal do amor de Cristo por nós e do amor que os cristãos e cristãs têm uns pelos outros. Saibao que a Igreja Metodista ensina sobre este sacramento. Páginas 8 e 9

As quaresmeirasestão floridas

Você já reparou? A natureza anuncia a Quaresma, umperíodo de meditação, avaliação pessoal, purificação,reconsagração, abstinência, oferta de si mesmo. Leia emReflexões. Página 13

Reforma e construção de templo. Veja como fazer.Página 5

Páscoa

Tempo de lombos cin-gidos, sandálias nospés e cajado namão

Página 3

Rede Metodista deEducação

Prof. Márcio deMoraes é escolhidoDiretor Geral.

Página 4

Notícias de Angola

Inaugurado o maiortemplo metodista dopaís, em Luanda Página 7

Pastoral Carcerária

Assistência às mu-lheres encarceradasé novo desafio.

Página 10

Dia Internacionalda Mulher

Memórias de lutas econquistas Página 12

João Alexandre

Uma entrevista como músico cristão quenão teme pensar Página 14

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Março 20092 Palavra do leitor

Presidente do Colégio Episcopal: Bispo João Carlos LopesConselho Editorial: Magali Cunha, José Aparecido, Elias Colpini, Paulo Roberto SallesGarcia e Zacarias Gonçalves de Oliveira Júnior.Jornalista Responsável: Suzel Tunes (MTb 19311 SP)Estagiário de comunicação: José Geraldo Magalhães JúniorCorrespondência: Avenida Piassanguaba nº 3031 Planalto Paulista - São Paulo - SPCEP 04060-004 - Tel.: (11) 2813-8600 Fax: (11) 2813-8632home: www.metodista.org.br e-mail: [email protected]

A redação é responsável, de acordo com a lei, por toda matéria publicada e, sendoassim, reserva a si a escolha de colaborações para a publicação. As publicações assinadassão responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opiniãodo jornal. Propriedade da Associação da Igreja Metodista.

Órgão oficial da Igreja Metodista, editado mensalmente sob a responsabilidade do Colégio EpiscopalFundado em 1º de janeiro de 1886 pelo missionário Rev. John James Ransom

A produção do Jornal Expositor Cristão é realizada em convênio com oInstituto Metodista de Ensino Superior, que cuida da diagramação edistribuição do periódico. O conteúdo editorial é definido pela Sede Nacionalda Igreja Metodista.Editoração eletrônica: Maria Zélia Firmino de SáProjeto Gráfico: Alexander Libonatto FernandezImpressão: Gráfica e Editora RudcolorAssinaturas e RenovaçõesFone: (11) 4366-5537e-mail: [email protected] do Sacramento n. 230 Rudge Ramos - São Bernardo do Campo - SPCEP 09640-000 www.metodista.br/editora

Editorial

Mesa posta, seguimos emdireção ao altar em silêncio. Éum momento de reverência;estamos nos lembrando da últimarefeição de Jesus com seus ami-gos. É, também, um momentode reflexão pessoal. Mas não éum momento de tristeza: segui-mos em direção à Ceia do Se-nhor porque sua misericórdia nospermite, pela fé todos(as) pode-mos nos aproximar, seu perdãonos alcança a todos(as). Não hábarreiras de idade, de sexo, for-mação, religião: a mesa é doSenhor e é Ele quem convida!

A matéria de capa deste mêstraz como tema a Ceia do Senhore eu me surpreendi com a quan-tidade de informações, o textoficou muito grande! Por realizar-mos o sacramento muitas vezes,corremos o risco de acharmosque não há mais nada a apren-der. Pior: corremos o risco de nãopensarmos mais no profundo sig-nificado do sacramento, fazendo-o automaticamente.

Quaresma é bom momentopara resgatarmos o significadoda Ceia. É, de fato, o momentoem que nos preparamos para aPáscoa, celebração judaica que,para nós, cristãos, ganhou osignificado da nova aliança pelaressurreição de Jesus. Comonos lembra o pastor Fernando,autor da reflexão sobre a Qua-resma, é um momento de avali-ação pessoal, reconsagração,oferta pessoal.

Quando falamos em oferta,certamente não estamos nos re-ferindo apenas ao fruto de nos-so trabalho, do qual reservamosuma parcela para a realização damissão. Ofertar a si mesmo po-de significar dedicação de tempo(sempre precioso), talento, pa-ciência... mas não podemos es-quecer que também são as ofer-tas financeiras que sustentam otrabalho metodista, apoio funda-mental nas regiões missionáriasdo Amazonas e do Nordeste.

Mesa de todas as gentesA má conduta de muitas

pessoas que se dizem evangéli-cas tende a nos tornarreceosos(as) em falar sobre di-nheiro na Igreja. Nada mais na-tural e, de fato, é preciso muitotemor a Deus e respeito aopróximo na gestão dos recursosmateriais. Mas agora é mo-mento de lançarmos a OfertaMissionária 2009 e o fazemospedindo também as oraçõesdos irmãos e irmãs pelas regi-ões que serão beneficiadas epelas pessoas que nelas resi-dem; que o metodismo no nor-te e nordeste do país possa tra-zer uma nova vida e esperançaa essas pessoas.

As regiões norte e nordestesão regiões riquíssimas: emrecursos naturais, em beleza,em cultura, em talentos pesso-ais, em resistência, em fé,em simpatia... mas são, tam-bém, regiões exploradas,sacrificadas por um sistemaeconômico que visa a lucrosimediatos. Sofrem os sereshumanos e sofre o meio ambi-ente do qual fazem parte. Porisso, as igrejas são chamadasao papel profético da denúnciae a serem, também, porta-vo-zes de esperança e colaborado-ras na busca de novas soluçõespara o desenvolvimento sus-tentável desses lugares. Estesforam temas tratados pelo IIIFórum Mundial de Teologia eLibertação, realizado emBelém, Pará, entre os dias 21e 25 de janeiro desse ano. Opastor Helmut Renders, profes-sor da Faculdade de Teologiada Universidade Metodista, es-teve lá e conta como foi esseevento, aberto a pessoas demuitos lugares e pensamentosdiferentes. Seja você tam-bém, criança, mulher ou ho-mem, bem-vindo(a)!

Suzel [email protected]

BatismoGostaria de elogiar a matéria

publicada sobre o sacramento dobatismo, já que é um assunto al-gumas vezes controverso em nos-so meio. Muitos pais metodistasainda não batizaram seus filhos,por receio que o batismo nãotenha validade e muitos adultosfazem questão de seremimergidos, crendo que, assim, estão sendo “melhor batizados”.Gostei muito da abordagem clarae direta dessa matéria que serámuito proveitosa para uso emclasses de catecúmenos ediscipulado, onde geralmenteessas dúvidas vem à tona.

Francisco Belvedere NetoRancho Alegre - PR

E-mail paraJohn Wesley

Amado irmão João, permita-me tratá-lo assim, pois sou brasi-leiro. Também não sei se o cha-mo de reverendo, bispo, ououtro título. Hoje se dá muitaimportância aos pronomes de tra-tamento, que colocam as pessoasnum patamar mais elevado que ossimples e comuns mortais e diga-se, fazem questão que sejam tra-tados de uma forma diferenciada,como se com isso auferissem umgalardão especial, claro que nãosão todos. Imagino que pronomede tratamento (merecidos) darí-amos a Paulo, ao próprio irmãoJoão Wesley, entre outros. (...)

Venho de uma família demetodistas que não media esfor-ços para comparecer a Igreja,mesmo que ficasse a quilômetrosde distância, e isso era feito apé. Hoje, salvo raras exceções,se faltar um carro, passa a serdesculpa para o não compareci-mento de alguns irmãos e tambémde alguns pastores. Lembro-meque nessa mesma época, algunspastores e seminaristas viajavamhoras de trem ou ônibus, vinham

com alegria e satisfação, trazen-do a palavra de Deus. Talvez nãoconhecessem homilética,hermenêutica, exórdio, exegese,porém traziam uma mensagemprofunda onde se podia sentir apresença do Espírito Santo, esaíamos com nossas “bateriasrecarregadas”. Digo, amado ir-mão, que não sou contra os co-nhecimentos citados, porém nãosão condições sine qua non paraser um bom pregador da palavrade Deus, ou como preferem al-guns, um bom reverendo. (...) Aoinvés do homem se adaptar aIgreja, a Igreja está tendo que seadaptar ao homem. Exemplos:“evangelizashow”, mudança dehorários de trabalhos, etc. Aquicabe um adendo. Na Igreja quecongrego, por ter um compare-cimento inexpressivo na EscolaDominical, a escola passou para ohorário vespertino, com o com-prometimento de fazer uma reu-nião depois de um mês para seavaliar o resultado da mudança.Não houve a tal reunião, e ocomparecimento continuou pífio.Talvez agora tentemos o horáriodessa atividade tão importantepara após o culto. (...)

É, irmão Wesley, tudo mudou!Existem membros da nossa Igrejaque não têm conhecimento sobreo fundador do metodismo, nãotêm o mínimo conhecimento decidadania, conhecimento bíblico,são poucos os afeitos a leitura, oque não condiz com os preceitosa nós deixado. Não sou saudosistae não vou ficar tecendo loas aosirmãos do passado não tão remo-to, mas as qualidades de ontemdevem ser exaltadas, e acredito etenho fé que os líderes da nossaquerida Igreja estão atentos. Ter-mino por aqui, não me tomecomo bisbilhoteiro, pois pior queser omisso, é ser conivente, equero voltar a ter alegria em fre-qüentar a casa de Deus.

Waldemar V. Pinto Jr.,membro da Igreja

Metodista de Barueri, SP

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Março 2009 3Palavra Episcopal

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Geoval Jacinto da Silva,Bispo Honorário

Cristãos em todas as partesdo mundo estão celebrando operíodo litúrgico conhecidocomo o “ciclo pascal”. Esteperíodo do calendário cristãotem início na quarta-feira decinzas e vai até o domingo dePentecostes (50 dias após odomingo da Ressurreição). Nes-te período estão inclusos: aquarta-feira de cinzas, o do-mingo de ramos, a paixão, aressurreição e o pentecostes.Cada etapa tem um sentidolitúrgico e deve ser celebradacom sua ênfase própria.

Nesta pastoral destaco o pe-ríodo que vai da quarta-feira decinzas até a paixão, isto é: aprisão, o julgamento e a crucifi-cação do Senhor Jesus Cristo.Vamos resgatar elementos litúr-gicos e pastorais para uma Igre-ja que busca sua revitalização eapresenta-se ao mundo comouma comunidade de serviço para“Testemunhar a Graça e fazerDiscípulos e Discípulas”.

O ciclo da páscoa resgata amemória de sua origem queestá ligada às “festas do povode Israel”. Suas lembrançasabrem caminho para a celebra-ção na Igreja Cristã de eventosdecisivos que um dia se cum-priram por intermédio da vin-da, ministério, morte e ressur-reição do Senhor Jesus Cristo.Entre tantas outras festas cele-bradas, ganha destaque porseu significado de lembrançasque marcam de esperança afesta da Páscoa. O termo Pás-coa, que no hebraico épassach, etimologicamente in-dica o nome da festa.

A celebração dava aos parti-cipantes a lembrança inesquecí-vel da saída do Egito. Saídamarcada por diversas situaçõesde dificuldades, incluindo sacri-fícios das crianças primo-

Páscoa: tempo de lombos cingidos,sandálias nos pés e cajado na mão

gênitas. Esta saída, marcadapela morte dos primogênitos,por certo, era uma lembrançaque jamais poderia calar namente e no coração do povo (Ex13.11). A celebração deveria sermarcada de forma que os parti-cipantes guardassem na memó-ria que sempre continuariam emprocesso de caminhada e com aesperança de que cada dia eraum novo dia a ser conquistadodebaixo da graça e da miseri-córdia de Deus. Portanto, por setratar de um tempo de lembran-ça de um passado não muitodistante, a refeição deveria sertomada como se o povo estives-se em prontidão e em processode expectativa: a refeiçãopascal devia ser tomada à pres-sa, com “lombos cingidos, san-dálias nos pés e cajado namão” (Ex 12.11). Embora a fes-ta estivesse boa não era paranunca esquecer os acontecimen-tos históricos que marcaram avida do povo e nem a promessadada um dia a Abraão de queseria o “pai de uma grande na-ção”. Ser uma grande naçãoimplicava no compromisso deser motivo de bênção para ou-tros povos. “Sê tu uma bênção”(Gn 12. 2 e Gl 3.8).

Qual é o sentido das festasdo povo de Israel para a Igrejahoje? Mantê-las vivas seria ne-gar a presença do CordeiroReal na vida da Igreja. Depoisde sua ressurreição e efusão doEspírito Santo na vida dos dis-cípulos e na vida da Igreja, asfestas ganham um novo sentidoteológico e pastoral possibili-tando assim à Igreja cumprirsua tarefa missionária semprecom alegria, como afirma osalmista: “servi ao Senhor comalegria” (Sl 100).

Qual o sentido do “lombocingido, sandálias nos pés ecajado na mão” para a Igrejaquando celebramos o tempo dePáscoa?

A história da Igreja temmostrado que em muitos mo-mentos ela se distanciou do seusentido de peregrina e esca-tológica e se envolveu em di-versas questões que não contri-buem para o fortalecimento dapresença do amor, da paz e da

misericórdia na vida do serhumano como valores do Reinode Deus para o qual a Igrejafoi constituída como promotoradestes valores tão importantespara a vida do ser humano, emespecial nos dias em que es-tamos vivendo. Assumir o sen-tido do “lombo cingido, sandá-lias nos pés e cajado na mão”é assumir a atitude de estarsempre em marcha em direçãoao Reino. Caminhar nesta formade expectativa e esperançatambém nos leva a entenderque Páscoa é a grande oportu-nidade que Deus nos concedepara recordarmos que estamosneste mundo de passagem.

A Páscoa surge como umtempo de atos de piedade e mi-sericórdia, leitura e reflexão naPalavra de Deus, orações, arre-pendimento e prontidão paraouvirmos o Espírito de Deus ehumildemente e com esperançacelebrarmos a Ressurreição doSenhor Jesus. Ressurreição queacontece a cada dia na vida dehomens e mulheres que estãocom o desejo de viver em novi-dade de vida. A Igreja que estácom o “lombo cingido, sandáliasnos pés e cajado na mão,” ecom os olhos voltados para Je-sus como afirma o livro deHebreus: “olhando firmementepara o Autor e Consumador dafé, Jesus, o qual em troca daalegria que lhe estava propostasuportou a cruz, não fazendocaso dos maus tratos, e estáassentado à destra do trono deDeus” (Hb 12.2), será portanto,uma Igreja pronta e disposta a“Testemunhar a Graça e fazerdiscípulos e Discípulas”,

Entendo discipulado comodefine a Igreja Metodista:discipulado é o modo de vida,o estilo que caracteriza a vidadaqueles que estão comprome-tidos com o Reino de Deus,que fazem da Nova Justiça, ouseja, dos valores éticos e dajustiça do Reino uma priorida-de na sua vida e que se dedi-cam integralmente ao serviçocristão, ao evangelismo e aotestemunho, em cumprimentoà vontade de Deus Pai.

Esse modo de vida é descri-to, principalmente, no Sermãoda Montanha (cf. Mt 5, 6 e 7).

Discipulado é uma maneirade ser em que as pessoas serelacionam, entram em comu-nhão, acolhem umas as outras,compartilham o que são, sen-tem e carecem; oram umaspelas outras, louvam e adoramao Senhor juntas, estudam aPalavra à luz da Graça, da ex-periência e da razão da comu-nidade da fé.

Nesse sentido, vivem e cum-prem o que a Palavra nos diz:

– Levar os fardos uns dosoutros – Gálatas 6. 1-2;

– Acolher-se mutuamenteconforme Cristo nos acolheu –Romanos 15.7;

– Apoiar, ser o suporte unsdos outros – Colossenses 3.13;

- Perdoar-se mutuamente –Efésios 4.32;

- Expressar o amor mutua-mente – Efésios 5. 1-2;

- O mais forte é convidadoa suportar e ser o suporte domais frágil – Romanos 15.1;

Cristo e sua comunidadeapostólica experimentaramesse estilo de vida. Wesleyvivenciou essa mesma reali-dade da vida cristã em suascomunidades primitivas. Dessaforma, o processo de santi-ficação tornou-se de alcancepessoal e social. É navivência da comunidade que adinâmica do Discipulado é de-senvolvida. Ele não é algo iso-lado, mas integrado aos pro-pósitos básicos missionáriosda Igreja, comunidade viva doCorpo de Cristo.

Páscoa é tempo de con-trição, de comprometer-se coma Palavra de Deus, de tornar-see fazer discípulos e discípulas,de preparação para possibilitarum tempo de ressurreição queenvolva a totalidade de nossasações no cotidiano e renove aesperança de uma nova vidaque não sinalize o mundo pre-sente, mas aponte sempre paraum futuro promissor. Com ora-ções desejamos a todos os ir-mãos e irmãs que este tempode Páscoa aponte sempre paraum tempo de ressurreição. Quesejamos as testemunhas davida nova que “jorra dos bra-ços da cruz”.

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Março 20094 Oficial

Rede Metodistade Educaçãoelege DiretorA Assembléia Geral do Cogeime elegeu

e o Colégio Episcopal da Igreja Metodistanomeou o professor Márcio de Moraes paraa função de Diretor Superintendente doCogeime e Diretor Geral da RedeMetodista de Educação. A cerimônia deposse ocorreu na Capela da Sede Nacionalda Igreja Metodista no dia 6 de março.

A educação teológica na IgrejaMetodista tem uma história e uma tradi-ção que se reportam à cidade de Juiz deFora, MG, no ano de 1889, quando tiveraminício as primeiras instruções para os queaspiravam ao ministério pastoral. Em se-tembro de 1890, o Seminário d’O Granberyfoi oficializado.

No Rio Grande do Sul, outra instituiçãotambém ofereceu educação teológica: oPorto Alegre College (criado em 1919 e efe-tivamente iniciada em 1923). A unidadetinha um colégio, um ginásio e uma escolabíblica. No início da década de 1930, aescola bíblica de Porto Alegre, RS, passoua se chamar Faculdade de Teologia do Con-cílio Regional Sul.

Em 1937, foi aprovada a transferênciadessa faculdade para Passo Fundo. Entretan-to, o projeto não foi bem sucedido, e, em1938, o III Concílio Geral da Igreja (Juiz deFora, 28 de fevereiro) aprovou a unificaçãodas duas instituições teológicas, decidindoque haveria uma única Faculdade de Teolo-gia, com sede em São Paulo.

Durante o ano de 1939, a faculdaderesultante do processo unificador funcionouem Juiz de Fora e, no final do ano, veiopara a capital paulista. De 1940 até junhode 1942, instalou-se, em Vila Mariana,numa residência alugada, à Rua Cubatãonº. 948, até que uma propriedade comárea de 67.924 m2, situada entre as duasestradas que ligavam a capital ao litoral,no município de São Bernardo do Campo,foi adquirida do Laboratório Paulista deBiologia S/A, em 28 de setembro de 1940.A Faculdade se transferiu para o seu localdefinitivo no final de junho de 1942.

Em 2000, a Faculdade de Teologia daUniversidade Metodista de São Paulo soli-citou ao MEC o reconhecimento de seu

Educação teológica metodistacompleta 120 anosE FaTeo lança selo comemorativo

curso superior. Visitada pela Comissão deAvaliação, obteve conceito máximo emtodos os quesitos (nota “A”). O curso foireconhecido efetivamente no dia 18 dejulho de 2001 (Portaria 1558/01). Em 2003,ocorreu a colação de grau da primeira tur-ma com o diploma reconhecido.

Em meio aos prédios que hoje abrigamos cursos da Universidade, com aproxima-damente 25 mil alunos, destaca-se o Edifí-cio Alfa, representado no selo comemorati-vo dos 120 Anos junto com o Edifício atualdo Instituto Granbery, onde se iniciou aeducação teológica na Igreja Metodista.

Imponente, o edifício Alfa permanececomo o marco da raiz da UniversidadeMetodista de São Paulo. Tombado comoPatrimônio Histórico pelo Município e peloEstado (lei 2927, de 9 de setembro de1987), o Alfa foi o primeiro a ser cons-truído no município com a finalidade deatender a um curso superior.

Nesta caminhada de 120 anos, a Facul-dade de Teologia tem procurado ser fielaos princípios traçados pela Igreja ao lon-go destes anos, tendo como parceiro destacaminhada o Colégio Episcopal da IgrejaMetodista, que é responsável pelo acompa-nhamento e pelas diretrizes do ensino te-ológico, visando à formação de liderançapara Igreja Metodista e para outras igrejasevangélicas do Brasil e do exterior.

Extraído da revista Mosaico ApoioPastoral, outubro/dezembro de 2008

Elas estão em vigor desde 1º de feve-reiro de 2009

INSTITUTO EDUCACIONAL PIRACICABANO• Jesus de Souza Tavernard Junior, presbí-tero ativo, tempo integral, com ônus, ce-dido pela REMA – Região Missionária doAmazonas, Agente de Pastoral.• Luciano José de Lima, presbítero ativo,tempo integral, com ônus, cedido pela 3ªRegião Eclesiástica, Agente de Pastoral.

INSTITUTO METODISTA IZABELA HENDRIX• Edésio de Oliveira Rosa, presbítero ativo,tempo integral, cedido pela 4ª Região Ecle-siástica, para Coordenação do Curso deTeologia.• Levy da Costa Bastos, Presbítero Ativo,tempo integral, cedido pela 1ª Região Ecle-siástica, para Curso de Teologia.

INSTITUTO METODISTA DE ENSINO SUPERIOR• Ana Carolina Chizzolini Alves, aspiranteao presbiterado, tempo integral, com

Veja as nomeações pastoraispara a Área Geral

ônus, cedida pela 3ª Região Eclesiástica,Agente de Pastoral

SEDE NACIONAL• Renilda Martins Garcia, presbítera ativa,tempo integral, com ônus, cedido pela 1a

Região Eclesiástica, para Coordenação Na-cional de Educação Cristã.• Rute Bertoldo Vieira Moraes, presbíteraativa, tempo integral, com ônus, cedidopela 3a Região Eclesiástica, para Coordena-ção do Departamento Nacional de EscolasDominicais.

RETORNO PARA REGIÃO DE ORIGEM• Marcio Gropo Toledo, Presbítero Ativo,retorno para 4ª Região Eclesiástica, decedência para a Igreja Evangélica Metodistano Uruguai.

São Paulo, 1º de janeiro de 2009.

Bispo João Carlos LopesPresidente do Colégio Episcopal

O selo comemorativo dos 120 anos é uma criaçãode Luiz Carlos Ramos e Marcos Brescovici. Na par-te superior, o Instituto Granbery, onde começoua educação teológica metodista. Na parte inferi-or, o edifício Alfa, da Umesp, patrimônio históricodo município e do estado.

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Março 2009 5Pela Seara

Oração e Canção

O desabamento doteto da Igreja Renascer,em São Paulo, no dia 18de janeiro deste ano, re-sultou em 9 mortos, maisde 100 feridos e um sé-rio alerta: construções ereformas de templos pre-cisam ser regulamentadasjunto à prefeitura e exe-cutadas por profissionaisespecializados, capacita-dos para a função.

O advogado Alexan-dre Rocha Maia, Secretário Executivo da AIM, Associação da IgrejaMetodista, explica que todos os todos os bens imóveis da IgrejaMetodista, ou seja, terrenos ou edificações, pertencem à AIM edevem ser registrados sob o CNPJ da Área Nacional. Assim, a AIM“Área Geral” é a proprietária dos imóveis; as AIM Regionais (atra-vés das Igrejas locais) e as Instituições de Ensino, são as possui-doras dos imóveis. “O Capítulo III dos Cânones 2007 trata dasnormas de administração patrimonial e prevê expressamente ashipóteses de aquisição (art. 198 e 199), alienação (art. 200) e

Reforma: um assunto que deve preocupar as igrejasE não estamos falando de Lutero ou Calvino: mas de pedra, tijolo e cal...

construções (art. 203), entre outras”, destaca o Dr. Maia. Ele lem-bra, ainda, que em qualquer dos processos mencionados há par-ticipação efetiva do Concílio Regional ou Geral (conforme o caso)– e nos intervalos dos concílios, da respectiva COREAM ou daCOGEAM e do/a Secretário/a Executivo/a correspondente. “Sen-do possuidoras através das Igrejas locais, as AIM Regionais devemser informadas acerca de reformas e construções, sendo impres-cindível o parecer do/a Secretário/a Executivo/a”.

Outra providência deve ser a regulamentação da reforma jun-to ao poder público. Qualquer empresa ou autônomo que venhaa ser contratado para a prestação dos serviços de construção oureforma deve ser especializado e ter o devido cadastramento jun-to à Prefeitura. Reformas que impliquem em alteração da estru-tura da edificação exigem ainda alvará municipal. E essa regravale para até reformas pequenas (como a construção de umarampa para cadeirantes, por exemplo), sempre que houver im-plicação estrutural, mesmo que seja para adequação a determi-nações legais. Já uma pintura interna não precisa ser notificadaà prefeitura. Vale ressaltar que, apesar do registro do imóvel sersob o CNPJ da Área Nacional, reformas simples devem serregistradas junto ao INSS em nome da respectiva AIM Regional,lembra o advogado. Em, na dúvida, consultar a Sede Regionalantes de pôr a mão na massa.

Uma Oração.

Senhor, Tua Palavra diz que a Igreja é a grande Família de Deus.Assim penso que, em todas as denominações existem filhos TeusEntão como irmãos nós cristãos não deveríamos viver;perseverantes na graça, vivendo como sal e luz,para louvor de Teu Nome e testemunho de Jesus?Olhando tantas divisões no Corpo de Cristo,eu vos peço a graça de ser instrumento de unidade;Porém, na verdade e não na falsidade.

Uma Canção.

Meu irmão também cristão, eu contigo quero dialogar.Pois, O Espírito me animou a falar de unidade.Unidade de Espírito e não uniformidade.Sabemos que na Igreja, existem múltiplas compreensões,sobre assuntos mui diversos que às vezes gera divisões.Cheio de graça e temor, pela força que do alto me anima,Quero falar de unidade nas letras desta rima.

Abra seu coração para as coisas que vou rimar,reflitamos friamente e juntos vamos pensar,se em Cristo somos predestinados à eternidade,chegaremos a este destino, pré, meso ou pós- tribulação,independente de nossa crença a respeito destas questões.Pois, perseverantes, os eleitos em Cristo estão seguros em suas mãos.

Pensas tu diferente, não me faças acepção,se, és tu servo de Cristo dai-me a destra da comunhão.E o diálogo levemos em frente em verso, poesia e canção.Em primeiro plano demonstremos, espírito de abertura.Para que nosso diálogo não descambe para ofensa e ruptura.

Deixemos em segundo plano os “ismos”, “istas” e os “anos”;Diferenças denominacionalistas com os quais nos identificamos.Olhemos para o que nos é comum, sem perdermos a identidade.Sabendo que é o Espírito Santo, o promotor da unidade.Que opera fazendo uso de cristãos de boa vontade.Os quais respeitam suas diferenças que lhes dão singularidade.Buscando caminhar juntos mesmo na diversidade.

Presbiterianos, Metodistas,Assembleianos ou Batistas,Luteranos, Anglicanos,Ortodoxos ou Católicos Romanos.Históricos ou evangelicais,tradicionais, carismáticos ou pentecostais,Dentre todos estes grupos, existem salvos e perdidos.Pois é pela Graça manifesta em Cristo que o cristão é remido.

Jerônimo, Agostinho, Calvino e Arminius;Grandes homens de Deus e pensadores exímiosSuas obras são sem dúvidas dignas de respeito, estudo e reflexão;Pois em muitos de seus conceitos se firmam nossa “Tradição”Porém, existe uma verdade maior, da qual devemos sempre lembrar;Não é pelas obras deles que, alguém possa se salvar.Mas, pela fé no humilde carpinteiro que da cruz fez seu altar.

Ele humilhou-se a si mesmo, no madeiro foi imolado.Ressuscitou ao 3º dia, sendo por Deus exaltado;Assentando-se a destra do Pai, fez-se Luz para povos, tribos e nações.De seu Nome sobre todos os nomes nos vem à salvação.Refletindo em seu Evangelho, o homem reconhece sua mortalidade.E tocado pela Graça, se abre de verdade.

Todas as denominações irmão meu, são santas e pecadoras,possuindo joio e trigo juntos na mesma lavoura.A separação vem de Deus, não adianta o homem tentar;pois, por não ter discernimento poderá se equivocar.E no afã de purificar a Igreja o Trigo por engano tentar arrancar.

A todas as denominações, Jesus fez um apelo comum,a fim de que o mundo creia, orou ao Pai para sermos um.Portanto meu irmão, sua comunhão eu aceito,espero que um crente na “Livre Graça” tenha de você amor e respeito.Ninguém jamais entrará nos céus por carimbo de denominação.Mas sim pelo penhor do Espírito que sela aquele que crê.E este selo divino esta em mim e em você.

Eu creio que a salvação, não depende da reta doutrina,de entendermos a predestinação, mas sim da Graça que até o fim nos anima.Pelo Espírito que em nós habita, nos fazendo perseverar,a salvação é dom de Deus, a qual ninguém pode comprar.E a graça manifesta em Cristo nos faz em boas obras andar.

Que nossa comunhão, seja algo firme, sincero e profundo;Pois fomos aspergidos pelo sangue de Jesus Cristo;Cordeiro morto antes da fundação do mundo.Não importa ser membro dessa ou daquela igreja, Deus não faz acepção,antes convoca todos os remidos a viver em comunhão.

Desculpa aí irmão, se errei na escrita ou na pontuação.É que ainda não acordei direito e nem fiz minha oração.Por aqui vou me despedindo, desejando te reencontrar.Pois te conhecer foi algo belo, dialogar contigo um espetáculo,fique na graça e paz de Cristo que eu vou ler o meu No Cenáculo.Vou abrir a minha Bíblia e fazer minha devocional,e pedir a Deus do céu que nos una na verdade,movidos por Seu Espírito promovamos a comunhão.Mas, sem destruir a beleza, presente na diversidade.Vivendo no essencial, unidade, no não essencial, a liberdade e em tudo,caridade.E cada um em sua denominação adorando em Espírito e verdade.

Pr. José do Egito.Igreja Metodista de Fátima do Sul-MS.

Este é o “rap” criado pelo pastor José. E ele já está convidado a gravá-lo e compartilhá-lo com os(as) ouvintes da Web Rádio Metodista. Estamosesperando agora a sua contribuição! Envie seus artigos, estudos bíblicose poemas para [email protected]. E mande suas músicas [email protected].

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Março 20096 Pela Seara

A comemoração dos 300 anos de nascimento de CharlesWesley, realizada na 56ª Semana Wesleyana, em 2007, continuaproduzindo bons frutos. Uma das palestrantes da Semana, SimeiMonteiro, musicista e liturgista assessora do Conselho Mundial deIgrejas, dará continuidade às pesquisas sobre a hinódia wesleyanacom vistas à publicação de uma grande coletânea de hinos tradu-zidos para o português.

O Projeto Mil Vozes (nome de um dos hinos mais populares deCharles Wesley) é financiado pela Fundação Patt Green, da Ingla-terra, e desenvolvido em parceria com a Faculdade de Teologia daIgreja Metodista. Pela Faculdade de Teologia, participam do pro-jeto os professores Helmut Renders e José Carlos de Souza, doCentro de Estudos Wesleyanos, e Luiz Carlos Ramos, especialistaem liturgia. Três anos é a duração prevista para a execução doprojeto, que prevê as seguintes ações:

• Registrar todas as canções até hoje traduzidas para o por-tuguês e baseadas em textos de Charles Wesley, a partir de umapesquisa realizadas nas igrejas Anglicana, Metodista, Igreja doNazareno e em outras tradições;

• Elaborar uma nova tradução desses textos para um portu-guês contemporâneo, respeitando-se o sentido do texto original;

• Traduzir canções chaves da tradição wesleyana e compornovas melodias;

• Editar um hinário com estas canções para o uso nas comu-nidades do Brasil;

• Compor cânticos para crianças baseados em poemas dosirmãos Wesley.

• Traduzir uma biografia de Charles Wesley e editar um livrocom artigos sobre a hinódia wesleyana (junto com a FaTeo);

Projeto Mil VozesO povo metodista brasileiro ganhará uma edição

contemporânea de canções de Charles Wesley até 2011

• Oferecer oficinas aos responsáveis pela música sacra e lou-vor nas comunidades, com o objetivo da sua formação e inte-gração no processo da criação da nova hinódia wesleyana.

• Criar o acervo de referência sobre Charles Wesley e ahinódia wesleyana na biblioteca da Faculdade de Teologia parafacilitar futuras pesquisas.

Para os/as cristãos/ãs de tradição wesleyana, a pesquisa desua rica herança musical, ainda pouco divulgada no Brasil, serárecebida como um desejado presente – e certamente conquistarátambém todas aqueles/as que enxergam, na beleza da música eda poesia, uma privilegiada via de união do humano com o divino.

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Luiz Carlos Ramos, Simei Monteiro, Helmut Henders e José Carlos de Souza.

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Março 2009 7Pela Seara

Luanda, 29 de Janeiro de 2009

Foi com grande júbilo e emoção que o povo metodista de Luanda testemu-nhou no último domingo, 25 de Janeiro de 2009, a inauguração do seu maiortemplo a nível nacional. O novo templo da Igreja Metodista Unida de Icolo eBengo situa-se no bairro Popular, município do Kilamba Kiaxi, um dos municípiosde maior densidade populacional da capital.

A cerimónia foi presi-dida por Sua Revma. BispoGaspar João Domingos, napresença do Bispo EméritoEmílio de Carvalho e con-vidados dentre eles a Go-vernadora da Província deLuanda Francisca do Espí-rito Santo, líderes de vári-as Igrejas irmãs, repre-sentantes de OrganismosEcuménicos e do GovernoCentral.

O novo templo temcapacidade para três (3)mil assistentes e ficou or-çado em cerca de

150.000.000,00 AKZ (aproximadamente 2.000.000,00 USD) fruto da contribuiçãodos fieis que ao longo dos 13 anos que durou a construção não pouparam es-forços para a sua conclusão. O templo comporta uma ala principal, uma galeriano 1º piso, púlpito, pré-púlpito, dois wc´s, dois gabinetes para pastores, se-cretaria, casa para a segurança, um pátio vasto e uma sala de reuniões. Estaobra representa a 1ª fase do centro paroquial que contará após conclusão comum centro médico e uma escola.

Na sua mensagem o Bispo Gaspar Domingos exortou aos crentes paraque a mesma dedicação e empenho empregue na edificação do templo ter-restre seja aplicada para a edificação do templo interior afim de se alcançaro templo celestial.

A Igreja Metodista Unida de Icolo e Bengo foi elevada à categoria de Igrejaa 18 de Janeiro de 1962, sendo antes uma classe da Igreja Metodista Unida deLuanda Sul. Actualmente é pastoreada pelos Reverendos Jaime Neto e DomingosCazombo, possui aproximadamente dois mil membros distribuídos em 17 classes,4 organismos leigos (jovens, jovens adultos, homens e mulheres) e várias co-

missões de trabalho.

Notícias de AngolaIrmão angolano conta como foi a inauguração do maior templo metodista de seu país

Saiba mais sobre o metodismo em Angola* A Igreja Metodista Unida de Angola foi criada a 18de Março de 1885 pelo bispo Willian Taylor e estádividida em duas conferências anuais: Leste e Oestede Angola. A conferência do oeste é presidida pelobispo Gaspar João Domingos, é composta por 13distritos eclesiásticos, 283 igrejas, 272 pastores e152 mil fiéis, enquanto que a do leste é presididapelo bispo José Quipungo com mais de 50 mil fiéis.* O templo de Icolo e Bengo perderá o título demaior templo metodista de Angola quando for inau-gurado o novo templo da Igreja Metodista Unida deCarlos Quitongo no município da Samba que seprevê com capacidade para cinco (5) mil lugares.* Não há estatísticas recentes sobre o metodismoem Angola, mas todos os anos são elevadas a igre-jas muitas classes e agora já se sente a escassezde pastores para o número crescente de igrejas, etambém nas igrejas antigas o número de membrostem crescido. Cá também não são muitas as igrejasque contam com 2 a 3 mil membros. Em Luanda,onde temos a maior concentração de metodistas,apenas três ou quatro igrejas possuem acima de1500 membros. * A Igreja Metodista tem há 2 anos tem um espaçode uma hora aos sábados de manhã no canal 1 daTV pública, onde são transmitidos os cultos dedomingo da Igreja Metodista Central de Luanda eaos domingos na rádio nacional (tambem pública) li-dera o programa “Ecos do Evangelho“ da responsa-bilidade do Conselho de Igrejas Cristãs de Angola.

Nguienguie Vasco LuisLuanda – Angola

Nota da redação: O irmão Nguienguie entrou emcontato com a Igreja Metodista por meio do sitewww.metodista.org.br e, gentilmente, se dispôs amandar notícias sobre o seu país, pela qual agrade-cemos, esperando tê-lo como colaborador mais ve-zes. Como o Expositor Cristão ainda não adotou anova nomenclatura da Língua Portuguesa, que uni-ficará a escrita em todos os países que tem o por-tuguês como idioma oficial, mantivemos a grafia ori-ginal de nosso irmão de Angola.

Neste mês de março haveráfesta no bairro do Tucuruvi, SãoPaulo, capital. E música da me-lhor qualidade não faltará. Afi-nal, quem faz aniversário deum ano é a Escola de ArteCristã, conservatório que jáconta com 40 alunos e alunasem cursos de bateria, baixo,guitarra, violão, canto e piano.O coordenador da escola, o ma-estro Jonas Paulo da Silva,membro da Igreja Metodista doTucuruvi e regente do Coral da

Faculdade de Teologia da Universidade Metodista de São Paulo,explica que a escola busca atender às demandas trazidas pelospróprios estudantes. “Se aparecer alguém interessado em tocaroboé, procuraremos um professor que possa ensiná-lo”, brinca ele.Embora atualmente a escola seja voltada à formação musical,Jonas pretende, no futuro, oferecer também aulas de artes cêni-cas e expressão corporal. Os cursos da Escola de Arte Cristã têm

Festa musicalEscola de Arte Cristã comemora um ano de atividades

mensalidade de 130 reais; as aulas ocorrem uma vez por semana,com um currículo organizado em módulos semestrais. A duração docurso depende do nível de aperfeiçoamento que o próprio alunopretende chegar.

A Escola de Arte Cristã é uma escola confessional metodista;ocupa um prédio cedido pela Amas (Associação da IgrejaMetodista) da igreja do Tucuruvi. Graças a essa parceria, a escoladá suporte aos projetos sociais da Amas. A maioria dos alunos écomposta por jovens evangélicos que buscam capacitação paratocar nas igrejas, mas as aulas não se limitam ao repertório demúsicas evangélicas contemporâneas. Como em outros conserva-tórios musicais, os alunos estudam de peças clássicas da Renas-cença a música popular brasileira, além das aulas teóricas que in-cluem História da Música. “Uso tudo o que é pedagogicamenteinteressante na aula. A informação musical elimina o preconceito.Tenho visto, por exemplo, jovens que estão se interessando pelosnossos hinos a partir das aulas. A hinódia mais tradicional estásendo esquecida porque é mal tocada”, afirma Jonas.

Com capacidade para atender até 100 alunos, as matrículas daEscola de Arte Cristã ainda estão abertas; quem se interessar podeentrar em contato pelo telefone (11) 2261-3255 e pelo e-mail [email protected]

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Março 20098 Capa

Foi assim que Jesus nos convidou para um banquete que co-meçou há mais de dois mil anos e continuará a ser celebrado atéo dia em que só compete a Ele saber. Cerimônia instituída comoum memorial de sua paixão e morte, a Ceia do Senhor é ummomento de reverência e humildade, precedido por arrependi-mento e confissão de pecados. É, portanto, uma cerimônia sole-ne, que a Igreja participa em atitude de oração. Mas não é umacerimônia triste, pelo contrário! A Ceia do Senhor é também co-munhão, sinal do amor de Cristo por nós e do amor que os cris-tãos e cristãs têm uns pelos outros.

Conheça um pouco mais sobre este sacramento, com base noRitual da Igreja Metodista, na Carta Pastoral sobre os Sacramentose na consultoria do pastorRonan Boechat, coordenador doConselho Editorial do JornalAvante e do Ministério Regionalde Missões e Evangelização daPrimeira Região Eclesiástica daIgreja Metodista.

Sei que devo ir à Mesa doSenhor apenas quando estoucom minha consciência tran-qüila diante de Deus. Mas estouenfrentando uma fase difícilcom meu filho. Muitas vezesdurante a semana eu brigocom ele e, quando o pastorfaz o convite não me sinto nodireito de tomar a Ceia.

De fato, a Ceia deve ser to-mada apenas após arrependimento e confissão de pecados. Oapóstolo Paulo já dizia: “... aquele que comer o pão ou beber ocálice do Senhor, indignamente, será réu do corpo e do sangue doSenhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma dopão e beba do cálice; pois o que come e bebe, sem discernir ocorpo, come e bebe juízo para si” (1 Co 11.27-29).

Contudo, é necessário ressaltar um importante aspecto: a ceianão exclui os pecadores arrependidos. Somos seres humanos ecometemos falhas mesmo quando não desejamos, uma experiên-cia que o apóstolo Paulo também vivenciou: “Porque não faço obem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço” (Romanos7.19). Por isso é que um importante momento da liturgia da Ceiado Senhor é a confissão dos pecados e a proclamação do perdão.Se o pecado nos acusa, o sangue de Jesus nos regenera: “Filhinhosmeus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia,alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;ele é a propiciação pelos nossos pecados...” (1 Jo 2.1-2). Assim,antes de ir à Mesa da comunhão, busque a reconciliação com fa-miliares, amigos (as), irmãos(as) da Igreja. Se isso não for pos-sível naquele momento, presencialmente, faça as pazes, em ora-ção, com os seus irmãos(ãs) e consigo mesmo(a) perante oSenhor. Afinal, se você, por seus próprios méritos, esperasse tero “direito” de se aproximar da Mesa do Senhor, você jamais ofaria, pois nunca seríamos capazes de chegar a Deus completa-mente isentos(as) de pecado; só o fazemos pela misericórdiadivina. Por isso, a Ceia do Senhor não é um “direito” nosso: elaé tão somente um sinal da graça de Deus e ação de graças da

Alimento do Espírito... o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e

disse: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Porsemelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a

nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória demim. Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte

do Senhor, até que ele venha. (1 Coríntios 11.23-26)

Igreja pela morte e ressurreição de Jesus. Aceite essa dádiva comgratidão e humildade.

Não sou metodista, mas quando visito parentes metodistasem outra cidade costumo freqüentar os cultos. Eu posso tomara Ceia na Igreja Metodista?

Nós metodistas entendemos que a Ceia é do Senhor Jesus enão da Igreja Metodista. Assim sendo, todas as pessoas batizadasem qualquer comunidade cristã em nome do Pai, Filho e EspíritoSanto, que estejam em comunhão com suas igrejas e que a cons-ciência não lhe acusar a existência de pecado não confessado, sãobem vindas a participar da Ceia do Senhor na Igreja Metodista.

Assim, em nenhuma hipótesea celebração da Ceia do Senhordeve ser feita a portas fecha-das, tampouco negada a qual-quer visitante, seja qual for aorigem cristã dele ou dela. Nós,metodistas, afirmamos que aMesa é do Senhor da Igreja.Sendo assim, todos aqueles(as)que crerem em Jesus e estive-rem arrependidos(a) de seus pe-cados estarão aptos(as) a parti-cipar da Mesa do Senhor.

A Carta Pastoral sobre os Sa-cramentos nos lembra que a Ceiado Senhor é um memorial da ce-lebração da ceia da Páscoa queJesus realizou com os discípulos(Lc 22.14-23). Na celebração da

Páscoa judaica, o que iniciava o ritual era uma pergunta feita poruma criança: “... que ritual é este?” (Êxodo 12.25-27). Assim, eracelebrada a Páscoa, família por família, recordando a libertaçãodo jugo do Faraó. Ninguém era excluído, pelo contrário, se afamília era pequena, devia convidar os vizinhos (Êx. 12.3-5). Aexperiência da Ceia do Senhor é, portanto, o momento em queobedecemos a ordem de Jesus de repetirmos a refeição da últimaCeia de Páscoa num encontro de comunhão, amizade e inclusão.

Uma irmã de nossa Igreja está em pecado mas continua par-ticipando da celebração da Ceia. Está correto isto?

A Palavra de Deus afirma: “todo homem e mulher são peca-dores e carecem da glória de Deus” (Rm 3:23; Rm 6:12). Ela nosaponta o caminho: “Se confessarmos os nossos pecados, ele éfiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de todainjustiça (1Jo 1:9).

Participamos da Ceia não porque sejamos bons, mas confiadosna multidão das misericórdias e no mérito exclusivo do nome doSenhor Jesus. Por isso a necessidade da confissão e quebran-tamento antes da participação: “sou pecador(a)”. Mas se não háarrependimento e mudança de atitude verdadeiros, não há perdãodivino, pois o perdão é conseqüência da confissão. E o texto bí-blico alerta: “aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor,indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, e bebado cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come ebebe juízo para si (2Co 5:27-29). O texto bíblico não diz que nós

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devemos ficar examinando uns aos outros, mas cada um deveexaminar a si mesmo.

O livro do Ritual da Igreja Metodista é bem claro: o pastor oupastora metodista não poderá negar a ceia do Senhor a qualquerpessoa que se aproximar da Mesa da Comunhão. A mesa é doSenhor, é Ele quem convida. Por isso, o pastor ou a pastorametodista, ou qualquer órgão da Igreja, também não poderá sus-pender da Ceia do Senhor qualquer membro da Igreja, a não seratravés de processo disciplinar, como orientam os Cânones.

Mas, e se sabemos que há um irmão ou irmã vivendo delibe-radamente em pecado? Então, devemos seguir o procedimentoque Jesus nos ensinou em Mateus 18:15-17: “se teu irmão pecarcontra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhastea teu irmão. Se ele não te ouvir, diz o texto bíblico, volte abuscar o diálogo levando um ou duas testemunhas e, se ainda,assim, o conflito não se resolver, busque a ajuda da congregação.

Não acho certo que crianças tomem a Ceia. Elas ainda nãoentendem o sacrifício de Jesus, nem o significado dos símbolose não têm reverência.

A Ceia do Senhor é uma refeição comunitária que celebra umaaliança com Deus. Você deixaria seu filho sem comer até que elepudesse compreender a importância do alimento para a sua vida?Não, você o alimenta. Ele não sabe distinguir carboidrato de pro-teína, mas intui que o alimento é vital para sua sobrevivência e,mais ainda: ele pode sentir que este alimento está sendo oferecidocom amor. Com o passar do tempo, ele aprenderá sobre a impor-tância de cada nutriente. Contudo, a primeira lição ele já aprendeu:o filho sabe que é alimentado porque seus pais o amam. Ao redorda Mesa do Senhor, a criança também se sente acolhida pela comu-nidade de fé. No exemplo de Cristo que deu sua vida, e no exemploda comunidade com quem ela partilha o pão, a criança aprende osignificado do amor. Antes que compreendam o significado, ascrianças aprendem pela vivência. Aprendem a falar ouvindo os paisfalando. Aprendem gestos, vendo como os adultos gesticulam.Aprendem o que é comunhão pelo testemunho da Igreja.

O pastor metodista norte-americano Zachary C. Beasly, notexto Preparando as crianças para a comunhão (publicado no ca-derno Nós e a Criança, produzido pelo Departamento de Criançasda I Região Eclesiástica) diz o seguinte: “Por menor que seja acriança, e por menor que seja sua capacidade de compreensão, opastor/a ou responsáveis devem afirmar à criança quando ela forparticipar da Mesa do Senhor que “você está participando da Ceiado Senhor porque Deus ama muito a você e sua família”.

A reverência é algo que adultos precisam praticar e que ascrianças precisam aprender. Como na prática da circuncisão noAntigo Testamento, eram os pais (responsáveis legais e espiritu-ais da criança) que deviam ter a fé em Deus, optar por participarda Aliança com Deus e buscar entender Sua vontade. A Bíblia diz:“educa a criança no caminho em que deve andar” (Pv 22:6). Ouseja: nós “lançamos a semente” e a regamos, mas quem dá ocrescimento é Deus (1 Co 3:6-7).

No caso de crianças cujas famílias não participam da Igreja e/ou não são famílias cristãs o Pr. Zachary C. Beasly sugere quealgumas famílias da Igreja sejam orientadas a “adotar” estascrianças durante a celebração da Ceia do Senhor “para irem juntosaté ao altar e participar deste meio de graça tão importante”.Afinal, a Igreja tem de assumir a responsabilidade pelo cuidadodas crianças que fazem parte da comunidade da fé. Se Deus co-loca as crianças no meio do povo de Deus, da família da fé, dorebanho do Senhor, a Igreja tem de amar, acolher, cuidar, educar.

Meu marido está de cama e não está participando dos cul-tos de Santa Ceia. Posso levar a Ceia para ele tomar em casa?

Peça ao pastor ou pastora que leve à Ceia até o seu marido. Aministração da Ceia do Senhor nos lares só poderá ser realizadacom a presença do pastor, ou pastora, a quem cabe consagrar oselementos para a celebração. Além da presença do pastor(a) quevai visitar e cuidar da ovelha ferida em casa ou num hospital, éimportante comer o pão e beber do cálice da Ceia do Senhor numambiente de culto, ou seja a leitura bíblica, as orações e tambéma confissão de pecados. Segundo a Pastoral sobre os Sacramentos,

escrita pelos nossos Bispos, em casos excepcionais, quando não forpossível ao pastor ou pastora, leigos e leigas podem levar a SantaCeia aos doentes e idosos que não possam ir ao templo, desde queos elementos da Ceia sejam consagrados pelo(a) ministro.

Já participei de celebração que usava outros elementos alémde pão e vinho, como leite e frutas. Há algum problema nisso?A própria Igreja Metodista não usa vinho, mas suco de uva.

A ceia do Senhor instituída por Jesus tem dois elementosconstitutivos: pão e vinho. São o trigo e a uva pisados e moídos,tal como aconteceu com o Senhor Jesus ao ser pisado e moído(assassinado) na Cruz do Calvário. Não devemos mudar essessímbolos biblicamente definidos e universalmente reconhecidos.

Eventualmente pastores(as) e igrejas celebram a ceia judaica,muito particularmente no período próximo da celebração da Pás-coa, com todos aqueles elementos, entre os quais as plantasamargas, o mel, etc... Não há pecado em celebrar a ceia judaica,mas é preciso discernimento e bom senso, não substituir a ceiainstituída por Jesus pela celebração da ceia da antiga Aliança enem inventar moda de ficar adicionando outros elementos à Ceiaque tire a sua mensagem simples, clara e espiritual.

É verdade que os cristãos num momento da história substitu-íram o vinho pelo suco de uva, eliminando o álcool da Ceia. Nãopodiam combater o vício e cuidar solidariamente dos dependentesquímicos (alcoólicos) oferecendo bebida alcoólica no altar o Senhor,ainda que em pequenas doses. Para quem não sofre essa depen-dência talvez não faça diferença nem sentido, mas para o alcoó-lico faz toda diferença: evitar o primeiro gole. E no mais, o sucode uva, que ainda chamamos de vinho, continua sendo o produtoda uva amassada e pisada. O pão também não é o mesmo: algunsusam pão caseiro, outros pão industrializado, outros pão semfermento... mas o trigo e a uva estão na Ceia do Senhor.

Com que freqüência a Igreja deve celebrar a Santa Ceia?A Ceia do Senhor no princípio era celebrada todos os domingos

como uma espécie de “aniversário” da morte e ressurreição deJesus. O nosso culto dominical como o conhecemos hoje nasceu apartir da celebração da Ceia do Senhor. Por isso na maior partedas igrejas há a mesa da comunhão bem no meio do altar. É comose toda a congregação estivesse reunida ao redor da mesa daCeia, do Senhor Jesus. E pela fé Jesus está na cabeceira dessaMesa, como anfitrião supremo.

Mas houve uma época em que não havia pastores e missionáriospara atender dominicalmente a todas as igrejas e congregações, demodo que os pastores tornaram-se itinerantes, viajando continua-mente de um lugar ao outro para atender as muitas e longínquascongregações. A Ceia era celebrada só quandoo pastor estava pre-sente na Congregação, e não mais dominicalmente. Via de regra aCeia ficou sendo celebrada uma vez por mês, mas há igrejas que acelebração é quinzenal e em outras poucas a celebração é dominical.Os Cânones, o livro com as leis, orientações e principais documentosda Igreja Metodista, dizem que a Ceia pode ser ministrada, “a juízodo pastor e do Concílio Local, com a freqüência que, em conjunto,determinarem, visando sempre à edificação espiritual da Igreja”(p.64). A Carta Pastoral sobre Sacramentos orienta que a Ceia doSenhor seja realizada pelo menos uma vez por mês. “Em nenhumahipótese a comunidade de fé abandonará a experiência profunda daparticipação da Mesa do Senhor”.

Já vi leigos e até crianças distribuindo os elementos da Ceia.Este trabalho não caberia a um ministro?

Cabe ao ministro o ritual da consagração dos elementos daCeia. Mas, no contexto de Dons e Ministérios, o pastor ou pastoradeverá convidar membros leigos e leigas para ajudar naministração dos elementos, ou seja, na distribuição do pão sucode uva. Tais convites devem ser feitos com antecedência, tendo-se o cuidado de escolher entre os membros de comprovada idonei-dade cristã, preferencialmente de ambos os sexos.

E você, tem mais alguma dúvida sobre a Ceia do Senhor? Ousobre alguma outra questão doutrinária ou teológica? Escrevapara [email protected]

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Março 200910 Missões

Prestar assistência à mulher encarcerada, o grupo maisfragilizado e relegado em meio à população carcerária, é a atualmeta da Pastoral Carcerária da Primeira Região Eclesiástica, pormeio do Projeto Esperança.

Nos últimos três anos, o total de mulheres encarceradas noBrasil saltou de 3% para 7%, ou seja, um aumento de 100% em umcurto espaço de tempo. Inversamente ao que acontece com oshomens, apenas um pequeno número delas recebe visitas de seuscompanheiros e familiares, que são quem efetivamente as supremde material de higiene pessoal e outros haveres.

Dando continuidade às ações que antecedem a implantaçãodeste projeto, o Coordenador da Pastoral Carcerária na Região,Pastor Edvandro Machado Cavalcante, esteve reunido com o Sub-secretário de Tratamento Prisional do Estado do Rio de janeiro,Marcos Vinícius S. Lips, juntamente com a Coordenadora daReinserção Social da Secretaria de Administração penitenciária,Adriana Martins, em janeiro, quando gentilmente foidisponibilizado um carro da Secretaria de Administração Peniten-ciária para que o Pastor Edvandro pudesse visitar as UnidadesPrisionais do Complexo Penitenciário de Bangu e decidir a unidademais propícia a implantação do projeto.

Ficou decidido que a primeira etapa deste projeto consistiráem cursos de artesanato e trabalhos manuais no Presídio FemininoJoaquim Ferreira de Souza, localizado no Complexo Penitenciáriode Bangu. Um curso de Corte e Costura e outro para formaçãoprofissional de cabeleireira também estão planejados e começarãoo mais breve possível nesta mesma unidade prisional

Projeto EsperançaAssistência às mulheres encarceradas é a nova meta da Pastoral Carcerária

A Pastoral Car-cerária da IgrejaMetodista entendeque dar qualifica-ção profissional àmulher encarceradaé dar novamenteesperança de reco-meçar a vida apóso cumprimento dapena e ajudar a di-minuir as altas ta-xas de reincidênciapenal, que no Brasilchegam a 85%.

A implantaçãodo Projeto Esperan-ça na realidade pri-sional brasileira,marcada pela exclusão e negação da vida e dignidade humanas,visa dar à Pastoral Carcerária um modelo de evangelização maispróximo ao de Cristo e de nossa vocação histórica comometodistas.

Pastor Edvandro Machado CavalcanteCoordenador da Pastoral Carcerária na Região

Os membros de sua igreja sonham em abrir uma creche paraas crianças de sua comunidade? Este é um sonho possível! Veja aseguir dois exemplos, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro,de igrejas que têm feito um trabalho exemplar na área social. Orepor essas igrejas e, se puder, contribua financeiramente ou comseu trabalho voluntário, sempre necessário!

A AMAS Tucuruvi foi criada em 1983 e, o primeiro passo foi arealização de uma pesquisa junto à população carente do bairropara saber que necessidades deveriam ser atendidas. A pesquisaresultou na abertura da Creche AMAS, que atende crianças na faixaetária de 02 a 07 anos nos módulos Maternal I, Jardim e Pré-Escola.

Com a IV unidade inaugurada em julho de 2008, a AmasTucuruvi passou a empregar 70 funcionários(as), dentre eles(as),professoras, diretoras, coordenadoras, cozinheiras, auxiliares,além do apoio pastoral dos pastores acadêmicos: José Carlos Hotte Bruno Herculano, assessorados pelo Pastor José Carlos Perez.Para obter mais informações ligue para (11) 6244-0626 oupara Jairma Guello (Secretária Regional de Ação Social da 3ª RE)(11) 5904-3000 ou acesse: http://3retucuruvi.metodista.org.br/

Em Niterói, RJ, também não foi diferente! A preocupação doBispo Davi Ponciano Dias, pastor na época, com as crianças caren-tes de sua comunidade levou à criação da AMAS Niterói na década

O trabalho das AMASde 80. Hoje são quatro abrigos: A Casa Lar dos Meninos, Casa Lardas Meninas, o Centro de Convivência e a Casa da Família. Aotodo a Amas tem a capacidade para atender 60 crianças, além dosatendimentos múltiplos e acompanhamentos à comunidade emvárias áreas da saúde durante o ano.

As crianças e adolescentes recebem atendimento psicológicoindividual e em grupos durante todo o ano, além de inclusão di-gital de 10 a 80 anos, reforço escolar, jogos, contadores de his-tória e outras atividades, além de oficinas profissionalizantescomo: cabeleireiro, manicure, silk-screen, música, teatro, arte-sanato... O testemunho da Diretora Geral da Amas Niterói,Cleonice Queiroz Henriques Nery, mostra que a Amas Niterói temvivenciado o versículo: “Acolhei-vos uns aos outros como tambémCristo nos acolheu para a Glória de Deus”.

Para conhecer mais sobre este trabalho e ajudar entre emcontato pelo telefone (21) 2626-2274 ou pelo [email protected] ou acesse www.amasniteroi.com.br.

Quer abrir uma AMAS ou saber como funciona? Entre emcontato com a Secretaria Regional de Ação Social de sua região.

José Geraldo Magalhães Jr.

Autoridades presentes à inauguração de nova unidade da Amas Tucuruvi,entre elas o bispo Adriel de Souza Maia (primeiro, da direita para a esquer-da) e prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (o quarto, na seqüência).

Crianças da Amas Niterói: uma herança do Bispo Davi Ponciano.D

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Da esquerda para a direita: Marcos Vinícius S.Lips , subsecretário de Tratamento Penitenciáriodo Estado do Rio de Janeiro; pastor Edvandro Ma-chado Cavalcante, coordenador da PastoralCarcerária da Igreja Metodista na 1ª Região Ecle-siástica; Adriana Martins, coordenadora daReinserção Social da Secretaria de AdministraçãoPenitenciária do Estado do Rio de Janeiro.

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Março 2009 11Missões

Um congresso é como uma feira: nes-te mercado de idéias, cada um/a apre-senta algo em sua banca. A gente passalá não para comprar tudo, mas disposto afazer descobertas. Atrás de cada banca hápessoas com as suas experiências, suasalegrias, seus clamores, seu envolvimentocom o tema. Um congresso não é um con-cílio: ninguém representa uma institui-ção, somos observadores/as e, às vezes,interlocutores/as.

O tema central era a questão da águae da terra, no sentido ecológico, político,teológico – eco-teológico. As teses apre-sentadas reafirmaram avanços recentes:precisa-se superar o antropocentrismo ecriar uma forma sustentável de viver na ter-ra, pelo mero fato que os recursos ecológi-cos estão limitados e muitos não sãorenováveis. O estilo de vida atual ameaça aqualidade de vida de todas as gerações fu-turas de todos os seres vivos e já ameaçaa vida de muitas pessoas no momento pre-sente, especialmente, nos países emergen-tes e pobres. As igrejas, então, sãovocacionadas para, no mínimo, colaborarcom a busca de sustentabilidade. Com issoconcordamos plenamente.

Gostaria de destacar duas contribuiçõese um testemunho. Steve de Gruchy, da Áfri-ca do Sul, sugeriu o “paradigma do Jordão”

III Fórum Mundial de Teologia e Libertação:“Água, terra e teologia”

Em dezembro último, três colaboradoresdo Projeto Sombra e Água Fresca – AnaClara Oliveira, Cleber Lizardo de Assis(Kebel) e Rosicler Ribeiro – fizeram umavisita à Região Missionária da Amazônia,REMA, acompanhados do Rev. DeonísioAgnelo, pastor da Igreja Metodista Centralde Manaus e SD do Distrito. Essa comitivateve como missão conhecer a realidade daregião, conversar com lideranças locais,visitar alguns dos nossos Projetos emManaus e identificar, tanto em Manauscomo em Boa Vista, Roraima, outras comu-nidades onde a Igreja Metodista se fazpresente e que necessitam de apoio para aimplantação de novos Projetos Sombra eÁgua Fresca.

Na tribo indígena Maruwai, emRoraima, nos dias 15 e 16 de dezembro ogrupo participou de um “Encontro comDeus”. A tribo dos Maruwai está localiza-da em região de difícil acesso. Gasta-se umdia de viagem em transporte de ônibus,canoa e moto, sucessivamente, para che-gar ao local. A aldeia conta com a presençade um pastor metodista indígena, CiziManduca, que lidera a Igreja onde são re-alizados os cultos. Hoje cerca de 90% dos200 membros da tribo são metodistas.

Na oportunidade nossos emissários pu-deram interagir com a tribo, trabalhar com

Mais Sombra e Água Fresca para a REMA

como modelo para a compreensão do atualmomento das igrejas. Situado entre o“êxodo” e a “posse da terra” Gruchy quersuperar os paradgimas clássicos tanto demuitas teologias da libertação (e seus pro-gramas de superação de situações inadequa-das), como de muitas teologias conservado-ras da conquista e da posse excludente.Concordamos que, para chegar numa formasustentável de convivência nessa terra,precisamos assumir uma postura mais dinâ-mica que procura se relacionar sem dominare reformar sem abandonar.

Rudolf von Sinner, da Escola Superior deTeologia, EST, apresentou sua proposta deuma teologia pública brasileira com ênfasena promoção da cidadania (“Da TDL para

uma teologia da cidadania como uma teolo-gia pública”) com ampla referência ao teó-logo metodista Clovis Pinto de Castro. Es-peramos muito, muito mesmo, que asnossas igrejas escutem os dois.

Quanto ao testemunho, refiro-me àfala da Senadora Marina Silva. “Olhar parao mundo a partir da Amazônia e do mundopara a Amazônia” era seu tema. A sua falacontemplava os anseios de ribeirinhos, se-ringueiros, indígenas e os/as habitantesdas grande cidades da região, inspiradatanto por textos bíblicos, como pelos pen-samentos de Edgar Morin. A promoção deum desenvolvimento sustentável foi descri-ta como uma caminhada que começa com“pequenos desvios” que ao longo do tempoacabam fazendo uma grande diferença.

O congresso não era eclesiástico. Masnada impede que as igrejas discutam e as-sumam mais a questão da água e da escas-sez dos recursos da terra. Perguntei-me:Será que depois dos paradigmas da missãode catequizar (até 1500), civilizar (1500-1945) e desenvolver (1945-1980) não pre-cisaríamos adotar o “desenvolvimento sus-tentável” como novo paradigma ou partede um novo paradigma da missão para oséculo XXI?

Helmut Renders

as crianças e adolescentes locais e aindaconversar com as lideranças sobre a possí-vel implantação também, de um ProjetoSombra e Água Fresca na aldeia . Ali exis-tem cerca de 90 crianças entre 0 e 14 anosque passam grande parte do dia ociosas esem muitas opções de lazer.

No decorrer de toda a visita foram fei-tos registros em vídeo para posterior pro-dução de um relatório áudio-visual. O pró-ximo passo é a elaboração de um plano de

ação que contemple a realização de en-contros de capacitação, implantação denovos projetos e fortalecimento daquelesjá existentes na REMA. Assim fazendovivenciaremos, mais uma vez, o que nosensinou o Senhor Jesus quando disse:

“Deixai vir a mim as crianças, não asimpeçais, porque delas é o reino deDeus”. Mateus 19.14

Rosicler Ribeiro

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Março 200912 Missões

o dia 8 de março é comemorado, em quase todos ospaíses, o Dia Internacional da Mulher. A ênfase é sempresobre o histórico da luta feminina em defesa de seusdireitos, contra os preconceitos de todas as formas, e,principalmente o seu heróico enfrentamento, com sacri-

fício de vidas, aos inescrupulosos exploradores de seu trabalho,em Nova York, no ano de 1857.

Neste artigo queremos homenagear a mulher de forma dife-rente. A nossa esperança e ardente desejo é de que esta iniciativatenha boa acolhida por parte de todas quantas lerem estas linhas.

Apresentamos as diferenças existentes entre o homem e amulher, mas, pela exiguidade do espaço, o fazemos de forma sin-tética.

Diferentes, porém, complementares

“Criou Deus, pois, o ho-mem à sua imagem e seme-lhança; homem e mulher oscriou” (Gn 1.27). “Dissemais o Senhor Deus: Não ébom que o homem estejasó; far-lhe-ei umaauxiliadora que lhe seja idô-nea” (Gn 2.18).

Na sua divina onisciênciaviu Deus que o homem nãopoderia viver só, por isso,criou a mulher. Ambos,obras-primas do Criador, vi-vendo em consonância comos postulados de Sua Pala-vra, detêm tudo o que é ne-cessário para alcançarem amais completa felicidade.

São seres complementa-res. Um necessita do ou-tro, pois cada um vê omundo sob uma perspectivapeculiar à sua sexualidade,para juntos refletirem aglória de Deus na partilhae na comunhão de suasperspectivas parciais da re-alidade.

Diferenças cerebrais

O cérebro humano possui 100 bilhões de neurônios, célulasnervosas que executam suas atividades por meio de admiráveisconexões entre si. No cérebro feminino, sutilmente menos volu-moso, as conexões entre os neurônios são maiores em ambos oshemisférios e comunicam-se mais efetivamente. O cérebro da mu-lher processa a linguagem verbal simultaneamente nos dois lados(ou hemisférios) do cérebro frontal, enquanto o do homem tendea processá-la apenas no hemisfério esquerdo.

Há grandes diferenças neurofisiológicas e anatômicas entre oscérebros do homem e da mulher.

Durante muito tempo pensou-se que a arquitetura cerebralera a mesma para ambos os sexos e que as diferenças de com-portamento e atitudes deviam-se às diferenças hormonais e porsuposto às pressões sociais; contudo, os cientistas descobriramque os cérebros do homem e da mulher se formam a partir dediferentes “programações” genéticas e que existem diferençasentre alguns circuitos neurológicos e concentração deneurotransmissores.

Dia Internacional da Mulher“O valor da mulher virtuosa é maior do que o de muitas jóias” (Pv 3l.10)

Diferenças físicas

A mulher é fisicamente mais fraca o que a faz alvo de fre-quentes grosserias e violências por parte de homens covardesque, às escondidas, a agride, geralmente dentro da família e norecesso do lar conjugal, acobertados pela invisibilidade das quatroparedes São valentes diante da fragilidade física feminina!! Nestarelação vigora sempre a lei do mais forte. A cada três minutosuma mulher é agredida na cidade de São Paulo. Entre outras for-mas de arbitrariedades e agressões enumera-se o assédio, aten-tado ao pudor, violência sexual, física e psicológica.

O número de denúncias e relatos de violência que chegam àCentral de Atendimento à Mulher na cidade de São Paulo aumen-tou de 204 mil para 270 mil entre os anos de 2007 e 2008.

Fica aqui um lembrete para os “valentes” contra as mulhe-res, frágeis e indefesas: Onosso ordenamento jurídicopenal possui dispositivospara trancafiá-los na prisãomais próxima de seus ende-reços.

Diferença nos senti-dos, previdência,

memória

Dos cinco sentidos, algunsatuam com mais eficácia namulher. O olfato e a audição,especialmente, são mais de-senvolvidos desde o alvorecerda vida. A finalidade é preve-nir os filhos da ingestão dealimentos com más condiçõesde consumo e ouvir sons quesignifiquem ameaça para a se-gurança da prole. É dotada deum “sexto” sentido o queaperfeiçoa a sua previsão dosacontecimentos. Percebe commais nitidez situações perigo-sas; é mais ansiosa pararesolvê-las. A mulher em geral,de todas as idades, tende a ter

preocupações mais intensas que o homem o que a torna mais pre-vidente. Tem maior habilidade para memorizar fatos, números e de-talhes. Possui maior resistência ao sofrimento e à dor. Em idadeprecoce já está preparada para as responsabilidades da vida impul-sionada pelas transformações fisiológicas que nela são mais eviden-tes do que no sexo oposto.

Conclusão

Homem e mulher são diferentes, como preestabeleceu o desíg-nio divino; por isto se completam de forma tão maravilhosa. Asdiferenças não induzem a conotação hierárquica e não represen-tam superioridade de um sobre o outro É a forma como Deusdispõe e revela para ambos o caminho da felicidade.

Milhões de pessoas, neste dia, param para reverenciar e pres-tar tão merecida homenagem à pessoa da mulher. Ao ensejo dascomemorações desta memorável data expressamos sinceras con-gratulações às amáveis leitoras, e nossos calorosos parabéns àsmulheres de todo o Brasil e do mundo inteiro.

Rev. Ivam Pereira BarbosaEditor do IR - Informativo Regional /5ªRE

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Março 2009 13Reflexão

enho até vergonha de contar, mas o fato é que foi nosEstados Unidos, há alguns anos, numa celebração deinício da Quaresma, que me dei conta (eu, nascido ecriado na Igreja, freqüentador assíduo da Escola Domi-nical!) de que a quarta-feira de cinzas não tem nada a

ver com o dia em que termina o Carnaval. Isso aconteceu quando,no culto, o pastor da Igreja Metodista em que me encontrava fezuma cruz na minha testa usando o seu polegar manchado comcinzas. Então entendi que as cinzas não são, como sempre pensei,o que restou de tantos dias de folia de Momo. São, isso sim, umrico símbolo usado pelos antigos israelitas: o ser humano, ao sereconhecer pequeno (pobre e necessitado) diante do grandiosoDeus Criador do Universo, confessava não passar de pó e cinza epara simbolizar, entre outras coisas, essa consciência e desejo deconsagração, sentava-se na cinza ou cobria com ela sua cabeçavestindo-se com panos de saco.

Celebrar a quaresma? Por quê?

Conheço um sujeito que não gosta de comemorar nada. Nemmesmo o próprio aniversário. Gosta, sim, dos feriados, que sãodatas cívicas (ou religiosas) instituídas pelo Estado pararememorar, comemorar, homenagear, celebrar; mas não porque fazqualquer coisa parecida com isso. Ao contrário, já na véspera doque se anuncia como um final de semana prolongado, meu amigose manda para o seu rancho à beira de um lago.

Nada contra o rancho, claro. Mas lembrar, trazer à memória,faz parte de nossa natureza humana. Animais não fazem isso. Eé por isso, segundo o rev. Tércio Siqueira, que tiramos fotografias:para, mais tarde, gastarmos algum tempo olhando as fotos sen-tindo no peito um misto de saudade e alegria. Quem é que já nãose pegou rindo sozinho (ou enxugando uma lágrima) ao rever fotosantigas? As fotos nos ajudam a lembrar, de novo, fatos esqueci-dos; trazem à memória pessoas queridas e podem, muitas vezes,motivar uma ação concreta como, por exemplo, dar um telefone-ma para aquele ou aquela de quem nos lembramos.

As quaresmeiras estão floridas!... E daí?

Em se tratando da Igreja, as datas e celebrações especiais queacontecem ao longo do ano têm essa função: proporcionar umaoportunidade de lembrar de novo, comemorar, celebrar. Não sei seme sentiria bem freqüentando aquela igreja em que o culto dessedomingo será igual ao de domingo passado que por sua vez foiigualzinho ao do domingo anterior assim como o serão todos ospróximos. Basta levantar os braços, fechar os olhos, fazer umascaretas, cantar bastante e pronto... É sempre tudo tão igual!

Sim, é verdade que Jesus deve nascer todos os dias em nos-sos corações. Mas gosto de, uma vez por ano, reservar um tempoespecial para me lembrar de seu nascimento, para reler os textosque relatam os acontecimentos daqueles dias e as profecias aesse respeito. Faço isso com alegria ainda que a maioria dosestudiosos afirme que muito provavelmente Jesus NÃO nasceu napassagem do dia 24 para o dia 25 de dezembro.

Gosto da Páscoa e das celebrações que a antecedem. Sinto queminha fé é fortalecida e minha esperança é renovada quandoparticipo, por exemplo, do tradicional culto realizado no alvorecerdo Domingo da Ressurreição.

Gosto também da Quaresma. Período em que a Igreja, ao lem-brar os 40 dias da tentação de Jesus no deserto, convida os(as)fiéis para assumirem uma postura de meditação, avaliação pessoal,purificação, reconsagração, abstinência, oferta de si mesmos.

Chegamos ao ponto. No dia 25 de fevereiro iniciamos, nocalendário litúrgico da Igreja, o período chamado de Quaresma ea Igreja Metodista no bairro do Ipiranga, onde sirvo como pastor,lembrou a data realizando um culto na Quarta-feira de Cinzas.

Meu desejo é que, participando ou não de um Culto da Quarta-feira de Cinzas, o Senhor nos oriente a viver de forma rica esignificativa o período litúrgico que se nos apresenta.

Você já reparou? As quaresmeiras, que têm esse nome não poracaso, estão floridas. Perto de casa tem uma, linda, coberta deflorzinhas roxas...

Rev. Fernando Cezar Moreira MarquesPastor da Igreja Metodista no Ipiranga, São Paulo

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Março 200914 Entrevista

A Universidade Metodista de São Paulorealizou, nos dias 5 e 6 de fevereiro, agravação ao vivo do primeiro DVD do músi-co cristão João Alexandre. O evento foiuma iniciativa do Núcleo de Artes, em par-ceria com a Diretoria de Comunicação, Es-túdio de Rádio e TV e apoio da Faculdade deTeologia da Umesp.

João Alexandre é músico, intérprete,compositor e arranjador. Com 12 CDs gra-vados, é um dos artistas mais conhecidos dachamada “música popular cristã”. Em1983, participou da 39ª formação do grupoVencedores por Cristo, que inovou a músicacristã com a introdução de ritmos da músi-ca popular brasileira. A musicalidade brasi-leira e letras baseadas em reflexões teoló-gicas e sociais são características desteartista, que se tornou ainda mais conhecidodepois que um “internauta” publicou noYoutube (site de compartilhamento devídeos) um audiovisual com a canção Éproibido pensar.

A gravação do primeiro DVD de JoãoAlexandre ocorreu no auditório do Anfitea-tro Sigma, campus Rudge Ramos daMetodista, com “casa cheia” nas duas noi-tes. A gravação de quinta-feira, dia 5, foireservada aos(as) convidados(as), dentre osquais parentes, amigos(as) e muitos artis-tas da música cristã, como Glauber Plaça eintegrantes do grupo Vencedores por Cristo.A noite de sexta foi aberta ao público emgeral. O ingresso foi uma lata de leite empó, que será doada ao Projeto Agente Socialda Associação dos Funcionários Técnico-Administrativos do IMS – AFTAIMS.

A gravação começou às 19h30 e, nasduas noites, estendeu-se para além das 23horas. Perfeccionista, João Alexandre pediupara refazer várias músicas. Nem por issoo público se cansou e, animado, cantoujunto com o músico várias músicas.

Veja a seguir uma breve entrevista como artista, concedida minutos antes do showdo dia 6:

Qual será o conteúdo do DVD?Nós apresentaremos as músicas mais

conhecidas. Como este é meu primeiro DVD,estamos fazendo uma seleção mais “crono-lógica”, que apresente um pouco da minhacarreira. O DVD vai mostrar também o tra-balho de estúdio, como funciona a grava-ção, o que é bem interessante.

Por que você escolheu fazer seu primeiroDVD na Universidade Metodista?

Foram eles que me escolheram! Um diao Roy (Roy Oliveira, pastor metodista emúsico do Núcleo de Artes da Umesp) meperguntou: “Você não gostaria de fazer umDVD?”. Era um sonho antigo, mas o inves-timento é muito alto. Então ele levou meumaterial à Universidade, que o analisou eresolveu patrocinar a gravação. Sou eterna-mente grato. Foi o maior apoio incondicio-nal que já recebi na vida.

Com o espírito e a menteUm bate papo com o cantor João Alexandre

Qual é o vínculo que você tem com aIgreja Metodista?

Só o sangue de Jesus na cruz docalvário. Tenho um enorme respeito pelaIgreja Metodista, por John Wesley, portudo o que os líderes metodistas já fize-ram e pela preocupação metodista com ateologia bíblica. Parece até estranho falarem “teologia bíblica”, parece uma redun-dância, mas o que mais se vê hoje é“ideologia bíblica”... Acho que a IgrejaMetodista é responsável por parte da boaconduta cristã que ainda se preserva noBrasil. Sempre fui muito bem recebidopela Igreja Metodista, onde também tenhograndes amigos músicos, como o QuicoFagundes e o Glauber Plaça.

Que igreja você freqüenta (quando nãoestá viajando e visitando outras igrejas)?

De fato, hoje vivo mais na igreja comoCorpo de Cristo... Mas sou um “membrovirtual” da Igreja Presbiteriana no bairroda Saúde, São Paulo. É bom divulgar isso,para acabar essa história de que sou um“revoltado”....

Essa história veio por causa da repercus-são da música “É proibido pensar” noyoutube?

É anterior. Eu já havia feito outrascanções com letras bastante críticas, comoCoração de Pedra e Tudo é Vaidade, quetraziam versos como “Falsos chamadosapostolados do lado oposto da fé”. Só quena época não havia youtube e elas nãotiveram tanta repercussão. Creio que, in-felizmente, o brasileiro é fácil de levar naconversa e a simplicidade tem sido explo-rada. Vemos, hoje, o que Jesus via aodizer que o povo era como “ovelhas quenão têm pastor”. Temos uma cópia daque-les dias. O povo é oprimido. E opressãogera opressão. Eu costumo dizer que “anoiva anda pulando a cerca...” Jesus éfiel, mas a Igreja, noiva de Cristo, nãotem sido. E a infidelidade da Igreja gera,entre outras coisas, canções de má quali-dade, com erros teológicos. Por exemplo:existe uma música muito cantada nas

igrejas que diz “Porque tudo o que há den-tro de mim precisa ser mudado”. E sãocrentes que cantam; então eles não seconverteram? Jesus não mudou em nada assuas vidas? Paulo dizia: “cantarei com oespírito, mas cantarei também a mente”.(I Coríntios 14:15).

Já vi algumas reportagens referirem-seao seu trabalho como “profético”. E agente sabe que profetas não costumamagradar... Você sofre reação contrária?

Bem, quem gostava de mim continuagostando. Quem não gostava passou a de-testar! Saí do orkut (site de relacionamen-tos da Internet) porque começaram a ofen-der. Diziam: ele está cuspindo no prato quecomeu. Sem falar nos palavrões.... escri-tos por evangélicos!

Você estaria cuspindo no prato que co-meu porque vende CDs a evangélicos?Você vive da venda de seus CDs?

Tenho um home studio caseiro. Souarranjador e presto serviço produzindo CDsde outros músicos. Meus CDs são indepen-dentes (ou seja, não os faço em gravado-ra) e eu mesmo os vendo nos shows queapresento. Também recebo direitos auto-rais pela veiculação de minhas músicas,participo em CDs de outros músicos, apre-sento-me em teatros, toco em casamen-to... É o que faço para viver e pagar asminhas contas. Sou músico profissional. AIgreja tem dificuldade em entender isso.Muitos acham que não se pode tocar forada igreja, fazem distinção entre música“santa” e “profana”. Para mim, o queexiste é música boa e música ruim.

A quem você pretende atingir com oDVD?

A gravação deste DVD foi um presente.Me senti num lugar abençoado na gravaçãode ontem. Gostaria muito que este DVDatingisse pessoas que têm uma imagemerrada de Jesus; que relacionam igrejaevangélica com “picaretagem”. É necessá-rio “desguetizar” a música evangélica. Épreciso acabar a barreira entre evangélicose não evangélicos. O que existe é a raçahumana, que precisa de Deus.

Quando sai o DVD?Ainda vai demorar uns quatro meses na

produção. Mas a distribuidora Vencedorespor Cristo deve fazer as vendas. As infor-mações estarão no site

“Deus não será jamais acorrentado às pa-redes de uma ReligiãoDeus não habita mais em templos feitospor mãos de HomensDeus não será jamais enclausurado na es-curidão de quemAinda tem um coração de pedra”

Coração de Pedra

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Março 2009 15Cultura

Agenda

Tudo tem o seu tempoO caso de Benjamin Button

Um homem nasce velho e começa a rejuvenescer. Este é otema do filme “O curioso caso de Benjamin Button”, baseado noconto homônimo de F. Scott Fitzgerald. Com os atores Brad Pitt eCate Blanchett nos papéis principais, o filme sob direção de DavidFincher nos lembra que “Há tempo para tudo” (Eclesiastes 3.1) enão há vida “normal” – apenas aquela que Deus nos dá. O ciclo devida de Benjamin foge completamente aos padrões. Como dizQueenie, sua mãe adotiva, “você nunca sabe o que virá”. Assim,dada a imprevisibilidade de sua vida, Benjamin aprende a apreciá-la como uma série de valiosos momentos, como se cada dia fosseo último, cada novo dia como um presente.

A passagem do tempo e a impermanência das coisas são asquestões dominantes neste filme. Por que Benjamin se torna maisjovem enquanto aqueles a quem ele ama tornam-se mais velhos,os relacionamentos são sempre mais passageiros para ele. Mesmoo amor a Daisy, amor de sua vida, é marcado pelaimpermanência. Como dois trens que se cruzam em sentidos opos-tos, eles se encontram na meia idade e vivem a vida juntos porum curto período de tempo.

Talvez o mais pungente no filme seja a maneira como eledescreve a vida como um fenômeno circular: nós chegamos aomundo como pequenos, frágeis e dependentes dos outros e fre-quentemente é assim que terminamos. Em Benjamin Button nóstambém percebemos como estamos todos conectados, quão fre-quentemente dependemos dos outros e outros dependem de nós.

Assista ao filme com sua igreja e aproveite para fazer umainteressante reflexão, baseada nas perguntas abaixo:

1. Você gostaria de ficar mais novo a cada dia? Trocaria de lugar comBenjamin?2. Por que você acha que os pais o abandonaram? Você seria capazde perdoá-los como Benjamin fez?3. A mãe adotiva de Benjamin, Queenie, costuma lhe dizer: “Vocênunca sabe o que vem pela frente”. Você concorda? Acha que issoajuda a preparar Benjamin para sua vida incomum?4. Você acha que a fé ajudou Benjamin a dar os seus primeiros passos?5. O filme o ajudou a apreciar os momentos únicos de sua vida? Quemomentos do passado significam mais para você?6. Leia Eclesiastes 1.1-11. Como você pode relacionar o texto ao filme?7. Leia Eclesiastes 3.1-8. Como essa passagem se relaciona com ofilme? Qual é a diferença em relação ao texto anterior?8. Benjamin tem várias figuras paternas no filme. Quantas você con-segue identificar? Como cada uma o ajudou em sua formação?9. Qual é o simbolismo do beija-flor? Que outros símbolos o filmecontêm?

Baseado na resenha de Gregg Tubbs, extraída do site da IgrejaMetodista Unida, EUA (www.umc.org)

O lingüista Edson de FariaFrancisco, professor de LínguasBíblicas (hebraico e grego) naFaculdade de Teologia acaba defazer o lançamento da terceiraedição de sua obra Manual daBíblia Hebraica - Introdução aoTexto Massorético, pela editoraVida Nova.

Esta nova edição foi inteira-mente revisada e ampliada, tendo760 páginas ao todo. Além de seruma obra dedicada primordialmen-te à Biblia Hebraica Stuttgartensia(BHS), o livro também traz váriasinformações sobre a Biblia He-braica Quinta (BHQ), a futura edi-ção acadêmica do texto bíblicohebraico que sucederá a BHS.

O lançamento ocorreu no dia 18 de fevereiro, no auditório doEdifício Ômega da Faculdade de Teologia, em duas sessões de au-tógrafos aos/às alunos/as dos períodos matutino e noturno.

O novo Manual da BíbliaHebraica pode ser adquirido nosite da Editora Vida Nova: www.vidanova.com.br.

O pastor Azoil Zerbinato, pas-tor da Igreja de Taquara, Jaca-repaguá, RJ, também está lançan-do um livro que conta a história decada igreja metodista de Jacare-paguá e possui estudos bíblicospara 12 meses. O livro Os gruposfamiliares e o crescimento daIgreja pode ser adquirido do pró-prio autor pelos telefones 21/2423-3674 ou 2435-3026 ee-mails: [email protected] ;[email protected]

Dia 15 de março é Dia da Mocidade Metodista. Vamos celebrar!“... como o orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens’.Salmo 110.3b

O dia 12 de abril, Domingo de Páscoa, é também o Dia do Pas-tor e da Pastora Metodista. Dia em que agradecemos ao Deus daVida pela nova vida em Cristo e pelo trabalho de pastores, pas-toras, bispos e bispa de nossa Igreja, que se dedicam a anunciaressa Boa Nova, cuidando com zelo da Igreja de Cristo.

De 13 a 19 de Abril é a Semana dos Povos Indígenas 2009. Umasemana de reflexão e orações pelos povos indígenas de nosso país,com o apoio do GTME, Grupo de Trabalho Missionário Evangélico.O caderno de estudos tem como tema “O Modo de Ser Guarani”.O objetivo desse material é proporcionar informações sobre a vidade povos indígenas que vivem em território brasileiro.Informações complementares encontram-se no sitewww.comin.org.brPedidos de cartaz e caderno podem ser feitos pelo e-mail:[email protected] ou pelo fone/fax: (51) 3590-1440. Ou aindaatravés da Editora Sinodal: [email protected] ou pelofone/fax: (51) 3037.2366.

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