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Foto de Léo Borges Cabo Frio – Março de 2012 – Ano V – Edição nº 23 – Distribuição Dirigida www.najogada.com.br É hora da reação Com boas atuações e mudança de postura depois da chegada de Dário Lourenço, Cabofriense vai atrás das vitórias no returno da série B. Objetivo é a classificação para a fase final Páginas 6 e 7 E MAIS: Cabo Frio Futsal vai bem no Carioca Na Jogada agora na Litoral News Arraial: futebol e taekwondo em destaque A Cabofriense foi a São João de Meriti e empatou em 2 a 2 com o Audax Rio

Jornal Na Jogada - Março/2012 - Edição 23

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Edição 23 do jornal Na Jogada. Março de 2012.

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Page 1: Jornal Na Jogada - Março/2012 - Edição 23

Foto de Léo Borges

Cabo Frio – Março de 2012 – Ano V – Edição nº 23 – Distribuição Dirigida – www.najogada.com.br

É hora da reação

Com boas atuações e mudança de postura depois da chegada de Dário Lourenço, Cabofriense vai atrás das vitórias no returno da

série B. Objetivo é a classificação para a fase finalPáginas 6 e 7

E MAIS:

Cabo Frio Futsal vai bem no CariocaNa Jogada agora na Litoral NewsArraial: futebol e taekwondo em destaque

A Cabofriense foi a São João de Meriti e empatou em 2 a 2 com o Audax Rio

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2 NA JOGADA - Março/2012

Apesar da Série B do Campeonato Carioca ter começado em fevereiro, apenas a partir de mar-ço que as demais competições do esporte ama-dor tiveram seu início para a minha alegria, pois amo o esporte da minha cidade e também da Região dos Lagos. Como temos o compromisso em levar a informação com qualidade para quem nos acompanha aqui no jornal, no site e na TV, não posso negar que estava ansioso por isso. E graças a Deus tivemos o início do Carioca de Fut-sal adulto e sub20 e vamos ter em abril, além da partida para a Super Liga Futsal Rio, uma série de modalidades com a abertura de seus calendários.

Cobertura do nosso esporte nas nossas três mídias

Para que possamos dar conta de cobrir todo o nosso esporte, estamos investindo cada vez mais na nossa equipe. Hoje, o Na Jogada é um grupo de comunicação esportivo que leva informações em três mídias distintas: o jornal que está em suas mãos; o programa de TV, que estreou este mês na Litoral News (www.redelitoral.tv.br), canal 11 da operadora Costa do Sol – com transmissão ao vivo às terças e quintas-feiras, às 13h20; e o site. Um dia, com a permissão de Deus, estaremos também no rádio. Um sonho futuro.

Em busca do crescimento e melhora, cria-mos um layout lindo para o site Na Jogada, com atualizações diárias sobre o noticiário esportivo da nossa cidade e região. Somos uma empresa legalmente constituída, com CNPJ, uma jorna-lista responsável, pessoas comprometidas em divulgar e melhorar nosso esporte. Não somos um blog feio, mal redigido, sem jornalista e feito apenas para interesses pessoais. Pelo contrário: se o site ainda não nos traz o retorno financeiro que gostaríamos, mesmo assim fazemos a causa com amor.

Jornal regionalNo mês passado deixamos de ser um jornal

esportivo exclusivamente cabofriense: agora va-mos acompanhar de perto também o esporte cabista. Serão sempre duas páginas reservadas para o que de melhor acontece em Arraial, com direito a uma tiragem maior para distribuição do jornal na cidade. Estamos nos organizando e es-truturando para dar voz não somente ao esporte cabofriense, mas de toda Região dos Lagos.

Programa de TV é um sucessoA grande audiência que tínhamos na Jovem

TV aumentou ainda mais na Litoral News. Fruto de muito trabalho da nossa equipe e da direção da emissora. Viemos pra somar e estamos feli-zes com a repercussão que vem dando. Nosso compromisso é sempre com o nosso esporte e com vocês leitores e telespectadores. Fiquem sempre ligadinhos, sempre as terças e quintas, das 13h20 às 14h30, ao vivo, e com reprises no mesmo dia às 23h.

Economia de luz?No dia 23 deste mês tivemos mais uma ro-

dada dupla de futsal no Ginásio Vivaldo Barreto, no Jardim Esperança. Na primeira partida, o Cabo Frio perdeu para o Imperial e depois a ADDP per-deu para o Botafogo, na categoria sub20. No en-tanto, por pouco essa partida não acontece. O secretário de Esportes, Eliseu Pombo, que estava presente no Ginásio, comunicou à Federação e à ADDP que iria apagar as luzes, impedindo a rea-lização da partida, pois ele não queria que a ro-dada dupla acontecesse, para que assim pudesse economizar a energia do Vivaldo Barreto. Ar-mando Mariosa, presidente da ADDP, conseguiu convencê-lo naquela oportunidade, mas já ficou a ordem de que não haverá mais rodadas duplas no Vivaldão. Se você estiver lendo esse jornal no dia 1º de abril, saiba que isso não é mentira ou piada. Piada foi a atitude do Secretário, que, como vem sendo comum em sua gestão, mais uma vez não demonstrou bom senso.

A rodada dupla é importantíssima, pois lota o ginásio, como ficou o Vivaldo Barreto. E a sexta--feira já se consagrou na cidade como “o dia do futsal”, com equipes cabofrienses mostrando todo o seu talento em disputa de competições de alcance estadual. Eliseu, a ADDP é um clube desta cidade e que honra a bandeira do municí-pio, colocando inclusive uma equipe na categoria sub20, coisa que você como secretário não fez com o Cabo Frio Futsal.

Tanto a Drogaria do Povo, empresa que ad-ministra a ADDP, tanto os jogadores que vestem aquela camisa, pagam impostos nessa cidade e merecem o mínimo de respeito. Portanto, tem todo o direito de jogar sim. Não venha com des-culpas de economia de luz e que os horários das partidas terminam tarde, pois ali não estão jo-gando crianças, mas sim adultos. Ou então, seja franco e assuma publicamente, como secretário, que não gosta do projeto da ADDP, como você já demonstrou diversas vezes, seja querendo desli-gar as luzes do ginásio, seja não arrumando ho-

rários para eles não treinarem, como aconteceu em 2011.

Alguns que há quatro anos criticavam a atua-ção do hoje vereador Zé Ricardo como secretário de Esportes, hoje devem pensar: “Como eu era feliz e não sabia”.

Ah, o conteúdo dessa coluna não é influen-ciada por ninguém. Nem por Armando Mariosa, nem por Zé Ricardo, muito menos por Guilherme Kroll. Tenho personalidade e não sou “influenci-ável”, como você já mencionou a algumas pes-soas.

Futsal do EstadoMuito feliz de ver o time do Cabo Frio Fut-

sal nas primeiras colocações após anos. O time é jovem, mas está mais maduro e com rodagem e acredito muito que vai fazer uma boa campa-nha nesse campeonato. Tem que continuar as-sim, com objetivo de crescimento e focado em chegar longe, pelo menos nas semifinais. Quero parabenizar meu amigo Rodrigão, que vem há anos trabalhando forte e com seriedade e mere-ce todo o sucesso que o time atingiu neste início de temporada.

Já a ADDP ainda não conseguiu engrenar na competição e espero que possa conquistar as vitórias necessárias para que se classifique sem riscos. O time não vem bem como no Carioca do ano passado, mas espero que com os reforços possam melhorar ainda mais. A equipe é muito boa e um ajuste aqui e ali acredito que vai voltar aos seus melhores dias. Torço por isso!

Por fim, quero falar também do glorioso Ta-moyo, que está garantido na Super Liga Futsal Rio, que terá início em abril. O time é jovem, mas promete muito para esta temporada. Estão trabalhando quietinhos, sem fazer estardalhaço, mas podem esperar surpresas dessa equipe nes-te ano. A briga no Municipal deste ano vai ser boa e importante para o crescimento do nosso futsal.

CabofrienseEspero sinceramente que o time melhore essa

situação que se encontra e que o trabalho do Dário encaixe. A situação não é confortável e o primeiro passo é se classificar. Na segunda fase é que o treinador vai ter que mostrar seu trabalho e tirar o melhor desses jogadores para que o clu-be possa subir para a primeira divisão. O ideal é o grupo crescer junto, unido, como foi em 2010. Se não, adeus Série A.

(*) Léo Borges começou sua carreira em 2006, com o site Na Jogada. Passou pelas rádios Costa do Sol e Sucesso, pelos jornais Lagos Jornal e Folha dos Lagos e pelas TVs Lagos (Canal 7), Cabo Frio TV (Canal 10) e Jovem TV (Canal 8). Escreveu matérias para sites como O Lance!, Jornal dos Sports, O Dia, Jornal do Brasil online, dentro outros sites e jornais esportivos.

Finalmente começou o ano esportivo

opINIão

Jornal Na JogadaUma publicação de NaJogada Comunicações Ltda.CNPJ: 13.429.272/0001-53Fundador e editor: Léo Borges email: [email protected]

Jornalista responsável: Roberta Costa - MTB: 30034-RJDiagramação: Eliana Lopes / Redação e Projeto Visual: Anderson LopesPublicidade: Henrique de Oliveira, Vladimir Rojas, Eliana Lopes e Anderson LopesColaboradores: Luana Macêdo, Dayanne Neves, Luis Soares e André SantosImpressão: Areté Editorial Jornal Lance - 3 mil exemplaresObs.: Os artigos e matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do jornal.

ExpEdIENtE

Olá amigos, gostaria primeiramente de deixar aqui na coluna os con-tatos do nosso jornal. Podem mandar emails para [email protected] ou [email protected]. Vamos interagir. Precisamos das críti-cas, das idéias, dos elogios, para que possamos continuar crescendo junto com vocês. Somos o único jornal esportivo do interior do estado e é im-portante essa comunicação.

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ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO 3NA JOGADA - Março/2012 NA tELINHA

A Litoral News, canal 11 da Costa do Sol TV a Cabo, vem se destacando na sua grade de programas

com uma linha esportiva na ampla pro-gramação que proporciona para os te-lespectadores. Há cerca de seis meses a TV passou por uma mudança em sua estrutura, principalmente com a chegada de Sidnei Marinho, renomado locutor e apresentador esportivo, para assumir a superintendência da emissora.

Desde então, o canal vem sendo refe-rência para o esporte da cidade. Primeiro com a retomada do programa “Agito Es-portivo”, comandado pelo próprio Sidnei Marinho, em que aborda o futebol cario-ca e nacional, além da Cabofriense. Em seguida, com a estreia do programa “Na Jogada”, que fala exclusivamente sobre o esporte cabofriense e de toda Região dos Lagos.

Paralelamente aos programas, a emis-sora transmite ao vivo os jogos da Cabo-friense pela Série B do Carioca. Um show de imagens com a maior cobertura já vis-ta do Tricolor Praiano. Seguindo nesse ca-minho, a direção da Litoral News planeja também fazer transmissões de jogos do esporte amador da cidade.

- A Litoral News tem se caracterizado pela transmissão dos grandes eventos da cidade. É assim com o Cabofolia e com o

Carnaval. Era um caminho natural inves-tir no esporte ao vivo, também. Quando o prefeito Marquinho Mendes sugeriu a cobertura dos jogos da Cabofriense, abraçamos a idéia e temos alcançado um resultado fantástico nessas transmis-sões. Nosso projeto, agora, é estender a cobertura para o futsal e para o futebol de praia, o que valorizará a linha de ação inspiradora do slogan da emissora, que é “Cabo Frio se vê aqui na Litoral News” – disse Sidnei Marinho.

Além do Agito Esportivo e do Na Jo-gada, a Litoral News exibe o Momento do Esporte, aos sábados; e brevemente es-treará outro programa esportivo, que será dedicado a entrevistas com os ídolos do esporte cabofriense. Idealizador do proje-to, o jornalista Léo Borges acredita que o programa será um sucesso, pois dará um destaque ídolos que a nova geração não teve a oportunidade de acompanhar.

- Esse novo programa que estaremos fazendo terá um formayo diferente de to-dos os outros que já existem na grade da emissora. Será apenas de entrevistas, com vários entrevistadores e um personagem de destaque do nosso esporte. A ideia é fazer algo parecido como o “Bola da Vez”, da ESPN Brasil. Nossos ídolos merecem reconhecimento e principalmente uma justa homenagem pelos serviços presta-dos ao nosso esporte. A princípio vamos

Litoral News, o canal do esporte em Cabo FrioCanal 11 ocupa lugar de destaque com programas e transmissões de eventos

Léo Borges

A equipe que comanda o programa Na Jogada, sempre às terças e quintas: da esquerda para a direita, William Von-Held, Priscila Teixeira, Léo Borges e Luana Macêdo

projeto 2016: pequenos ginastas cabofrienses

o estado do Rio de Janeiro res-pira esporte. Num momento muito promissor para a práti-

ca esportiva, Cabo Frio, cidade olímpica, vem se destacando com uma modalida-de que envolve crianças e adolescentes. Nada de futsal ou futebol, o esporte que vem movimentando e garimpando novos atletas é a Ginástica Artística.

O Projeto Novo cidadão desenvolvi-do na cidade vem reunindo no anexo do Ginásio Aracy Machado futuros atletas, e não somente apaixonados pela ginás-tica. Segundo Bruna Knauft, professora de educação física e que faz parte do projeto a aceitação da modalidade foi muito grande.

- Quando dizemos fora daqui entre profissionais que estamos batendo o número máximo de alunos nas turmas as pessoas se espantam. A cada dia nos procuram para poder entrar nas aulas. Alguns alunos chegam sem preparo nenhum, onde sabemos que vamos ter que lapidar desde o começo, mas tem o perfil para a modalidade, tem jeito mes-mo para aquilo – disse Bruna.

Apesar de o Brasil ter campeões nas modalidades, tanto no feminino quanto no masculino, a ginástica não é um es-porte do senso comum. Ainda assim a procura cresce na cidade, principalmen-te entre atletas de outras modalidades.

- São meninos e meninas que che-

gam para a gente vindos do balé, do Le Parkour, do street dance, do futebol e de várias outras, o que facilita o traba-lho. A ginástica é um esporte de força, e quando o corpo já chega preparado e condicionado o nosso trabalho é passar a parte técnica, pelo o fato de o físico do atleta já estar pronto – explicou Bru-na, que ainda destacou a presença mas-culina nas turmas.

- A ginástica é força e superação, e apesar de um esporte de maioria femi-nina aqui em Cabo Frio estamos tendo uma presença grande dos meninos, o que me deixa muito feliz. Nesse espor-te você compete antes de tudo contra você mesmo, tem que se superar para vencer. É bom para quebrar esse estig-ma de que é uma modalidade apenas de mulheres, o espaço e o esporte é de todos – afirmou.

E o trabalho não é apenas esportivo, a parte social é abordada e muito valo-rizada no dia- a- dia com as crianças. Muitos talentos podem ser revelados, evitando que sejam desperdiçados nas ruas.

- Estamos trabalhando e vendo a possibilidade de revelar atletas para a competição. A Olimpíada está perto e o momento é ótimo para nós. Algumas crianças já se destacam no trabalho, Cabo Frio com certeza vai revelar atletas para o cenário competitivo. São atletas que estão conosco, que precisam ser conhecidos aqui na cidade também. A parte social a gente não pode esquecer, assim como a psicológica. Estamos ensi-nando a competir antes de tudo, a não parar o trabalho, para mais na frente ser um atleta profissional – afirmou a pro-fessora.

convidar apenas esportistas do passado, pessoas que fizeram bastante pelo nos-so esporte e que o telespectador precisa conhecer. O nosso esporte tem uma infi-nidade de ídolos e vamos colocá-los em destaque – concluiu o apresentador do programa Na Jogada.

Fique sempre ligadinho na progra-mação esportiva da Litoral News. As se-

gundas, quartas e sextas, das 13h20 às 14h30, com Agito Esportivo, com apre-sentação de Sidnei Marinho e sua equipe. As terças e quintas, das 13h20 às 14h30, Programa Na Jogada, com Léo Borges, William Von-Held, Luana Macêdo e Prisci-la Teixeira. Também aos sábados, a partir das 12h30min. Litoral News, a imagem da nossa cidade.

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4 NA JOGADA - Março/2012

Há alguns anos o Cabo Frio não começava tão bem o Campe-

onato Carioca de Futsal adulto. Nesta temporada já foram três jogos, com duas vitórias (conta América e Vasco da Gama), uma derrota (para o Imperial) e a ter-ceira colocação na classificação geral da competição, com seis pontos conquistados.

Com reforços pontuais, como Leanderson (que estava no Imperial em 2011), Rodrigui-nho (Macaé) e Dawisson (Itape-va/SP e com o crescimento dos jogadores que permaneceram no projeto, o Cabo Frio tem a expectativa de voltar a frequen-tar a fase decisiva do campeo-nato novamente, algo que não ocorre desde 2009, quando o time foi vice-campeão estadual, perdendo a final para o PEC.

- Temos que melhorar algu-mas coisas. Tivemos uma evolu-ção muito grande em relação ao ano passado; com Rodriguinho e Leanderson, isso ficou níti-do nesses primeiros jogos do campeonato. Os outros atletas também subiram de produção, o que me deixa muito feliz. No jogo contra o Imperial/Flumi-nense, tivemos dificuldade em escalarmos jogadores por conta de muitos jogadores machuca-dos e quem entrou deu conta do recado. Crescemos juntos dentro do ano e se Deus quiser as coisas tendem a melhorar

FUtSAL

Cabo Frio de bem com a vida no Carioca

Com três boas atuações – e duas vitórias – time já sonha em chegar, pelo menos, às semifinais da competição, o que não acontece desde 2009

Léo Borges

Armando na bronca

O presidente da ADDP, o empresário Armando Mario-sa, não esconde a indignação e a chateação com o inciden-te ocorrido no dia 23 deste mês, quando da realização da rodada dupla entre Cabo Frio x Imperial/Fluminense e ADDP x Casa de España/Botafogo (este, no sub20).

Na ocasião, a partida sub20 entre o clube de Cabo Frio e o alvinegro carioca por pouco não é cancelada, já que o secretário de Esportes, Eliseu Pombo, comunicou ao vice-presidente técnico da Fe-deração, Alexandre Pacheco, que aquela rodada dupla não poderia ter acontecido e que o ginásio seria fechado.

Segundo Armando, o fato – que só foi contornado depois da intervenção dele junto ao secretário – levou a uma série de mudanças. Por exemplo: depois de jogar sempre às sex-tas-feiras as competições da Federação desde 2006, agora a ADDP só poderá utilizar o ho-rário reservado para a Liga de Futsal, às quintas-feiras.

“Estou muito chateado, indignado. Acho que é a hora do prefeito Marquinho Men-des, das demais autoridades e dos verdadeiros esportistas de Cabo Frio olharem com carinho para o projeto e para o trabalho desenvolvido pela ADDP, com recursos próprios e captados através de patrocina-dores, sempre levando o nome de Cabo Frio em competições da Federação. Não fizemos nada de errado ao longo de to-dos esses anos e não merece-mos este tipo de tratamento”, desabafou o dirigente.

O próximo jogo da ADDP em casa é contra o Flamen-go, no dia 3 de abril. O time joga ainda em casa no Cario-ca Adulto contra o Teresópolis (dia 13) e contra o Cabo Frio (dia 20).

bastante. Todos os jogos são fi-nais pra gente, temos que estar sempre focados nos três pon-tos. Nunca vamos pensar dife-rente – disse o treinador, Rodri-go Barreto.

As próximas três partidas se-rão fundamentais para o Cabo Frio na tabela de classificação, já que vai enfrentar equipes que brigam diretamente pela vaga. Dois desses jogos são fora de casa (Flamengo e USS/Piraí); em casa, o time recebe o Teresópo-lis. O objetivo é ousado: fazer nove pontos.

- Buscamos sempre vencer, isso é uma característica minha. No jogo contra o Imperial/Flu-minense, buscamos a vitória o tempo todo, mesmo sabendo da situação do jogo e da quali-dade deles. Não nos rendemos, batalhamos e independente de onde formos jogar vamos buscar sempre os pontos, prin-cipalmente contra adversários

diretos, como Flamengo, Tere-sópolis e USS. Se não conseguir-mos os nove pontos, vamos tra-zer pelo menos sete pontos, no mínimo – disse o treinador que vem conversando diariamente com os jogadores sobre a im-portância das vitórias.

- A conversa é diária, eles sabem que temos que pontuar, que temos que ficar em cima da tabela. A cobrança é grande e apesar do bom momento que vivemos, temos que apagar o que já conquistamos e pensar no próximo jogo.

A boa campanha já faz a equipe sonhar com voos maio-res na competição. Segundo Rodrigão, o primeiro objetivo é a classificação para a próxima fase. Daí em diante o sonho vai ficar mais próximo, até se tornar realidade.

- A gente sonha em reviver os bons momentos do Cabo Frio Futsal, mesmo com uma re-

alidade diferente, com uma es-trutura diferente. Treinador que não sonha alto não pode ser treinador, tem que trabalhar em outra área. Sonho passar dessa fase, depois quartas de finais, semifinais e quem sabe uma fi-nal. Jogamos contra o Imperial/Fluminense e sabemos que não é nada impossível. Respeitamos os adversários, mas dentro de quadra é cinco contra cinco e acredito muito nos meus atle-tas. Temos que procurar estar sempre trabalhando bastante, recuperar os lesionados, por-que não é fácil. Temos apenas 13 atletas, sendo dois goleiros e 11 de linha. Desde o come-ço sabíamos que seria assim e o que mais me deixa satisfeito é o empenho deles dentro de quadra. Fico muito feliz quando vejo a entrega de todos, tanto da comissão técnica quanto dos jogadores – concluiu o técnico, orgulhoso de seus atletas.

Rodrigo Barreto está satisfeito com a campanha do Cabo Frio

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5NA JOGADA - Março/2012

o C a b o F r i o

Futsal ganhou um bom refor-ço no começo deste ano para a disputa do

Campeonato Carioca de Futsal. O ala Victor, de 21 anos, estava no Grêmio Samburá e bri-lhou no Campeonato Municipal adulto do ano passado, vem cada vez mais conquistando seu espaço dentro do elenco cabofriense.

O jogador é natural de Teresópolis, onde começou sua carreira, logo aos 11 anos, no clube Comary. Um ano depois foi para o Vasco, onde não ficou muito tempo e acabou retor-nando para o Comary, que na época era treina-do por Fernando Malafaia, multicampeão pelo Petrópolis e que hoje está à frente do Botafo-go. Pela equipe serrana foi campeão sub15, e subiu para a categoria sub17 e também adulto.

No ano passado, acabou se transferindo para o Grêmio Sam-burá, onde foi bem na equipe s e m i f i n a l i s t a do Municipal adulto. O jo-gador guarda com carinho a passagem pelo clube, que tem um belo proje-to social.

- O Édson é um cara que gosta muito de ajudar as pessoas e eu vejo que o Grêmio Sam-burá vai crescer muito, principalmente com o trabalho que eles vêm fazendo com a categoria de base. Os garotos vão cada vez mais crescer, ficando mais maduros. Só tenho a agradecer ao Édson, pois me ajudou muito com alimen-tação, passagens e foi através do Grêmio Sam-burá que pude aparecer. Se não fosse a ajuda dele não estaria no Cabo Frio hoje – disse o jogador, grato ao tratamento que recebeu na equipe de Tamoios.

No Cabo Frio o jogador tem entrada no de-correr das partidas. No começo, sentiu

- Rodrigão é um treinador que cobra muito, no começo eu estranhei, mas conhecendo mais ele vejo que é o seu jeito. Uma das qualida-des dele é ser justo, ele não é paneleiro. Cada vez mais quero crescer pelo Cabo Frio e vejo que Rodrigão e meus companheiros podem me ajudar. Aos poucos vou conquistando meu es-paço.

FUtSAL

tamoyo preparado para a Super Liga Futsal Rio

Alviverde retorna às competições estaduais neste semestre

Há mais de um mês se preparando para a disputa da Super

Liga Futsal Rio, o Tamoyo já sabe seus adversários na com-petição estadual, que terá início dia 13 de abril. O alviverde terá a companhia de Magé Tênis Clu-be, Flash, Teresópolis, USS/Piraí, Paulo de Frontin, HB Futsal/Na Jogada e Vasco da Gama.

A tabela já foi enviada para todos os clubes, podendo haver modificações. Mas, até o fecha-mento desta edição, o Tamoyo estreia contra o Paulo de Fron-tin, em Cabo Frio. Em seguida faz dois jogos fora de casa, con-tra o Magé e o Teresópolis. Volta a jogar em casa nas duas parti-

das seguintes, contra o Flash e HB Futsal, fechando a primeira fase com dois jogos fora, contra USS/Piraí e Vasco da Gama, fora de casa.

Animado com aproximação da competição, o técnico Wag-ner Cabeça fez elogios à dedica-ção do time, demonstrada nos treinamentos e acredita que o campeonato será importante para dar rodagem e entrosa-mento a equipe.

- (O trabalho) Está sendo de uma maneira diferente de todas as equipes que já dirigi. É um time amador, mas comprome-tido com o ideal que a direção planejou para este ano, que é fazer o time jogar, dar rodagem ao grupo e ver se o clube tem condições de jogar um Estadual do segundo semestre. Quere-mos que a equipe ganhe entro-samento mais rápido para seu objetivo maior que é ser nova-mente ser uma potencia na ci-

dade – acredita Cabeça, que fez uma análise do elenco.

- Montamos uma equipe mesclada com juventude e ex-periência. Resgatamos alguns atletas que estavam parados para fazer um trabalho em prol

do clube, montamos uma co-missão técnica grande e com-petente para dar o máximo de condições aos atletas. Fizemos uma parceria com a Mais Saúde Fitness para dar ainda mais es-trutura para os jogadores e estar

conseguindo convencê-los a se empenharem e trabalhar muito para obter os resultados positi-vos – concluiu.

O treinador pretende marcar cerca de três amistosos até a es-treia do time na competição.

Victor: do Samburá para o Cabo Frio Futsal

Aos poucos, Victor vai se tornando uma opção no Cabo Frio

Fotos de Léo Borges

Com elenco reformado e nova mentalidade, Tamoyo

espera início da SLFR

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6 NA JOGADA - Março/2012

A Cabofriense mos-trou nos últimos dois jogos, contra

o Goytacaz (vitória no Correão por 4 a 2) e Audax (empate fora de casa por 2 a 2), pela Série B do Campeonato Carioca, uma postura diferente do que vinha mostrando no primeiro turno, quando terminou na última po-sição na tabela de classificação. Com a chega dos reforços, o iní-cio do segundo turno tem sido animador, com quatro pontos em dois jogos (até o fechamen-to desta edição), metade dos pontos que fez em todo o turno.

Satisfeito com a crescente da equipe na Série B do Cam-peonato Carioca, o treinador da equipe, Dário Lourenço, elogiou seus comandados e espera que o time evolua ainda mais duran-te a competição.

- Ah o time cresceu muito. A equipe desde o jogo contra o Goytacaz vem numa crescente, mesmo com a mudança tática, encorpou, está mais sério, com briga por posições, todo mundo querendo ser titular, com um ambiente ótimo. A gente con-seguiu trazer o grupo para uma situação melhor, o presidente está nos dando o maior apoio pra gente sair dessa situação. Estou indo pra casa mais tran-quilo, já tenho dormido e isso só acontece quando as coisas vão acontecendo da maneira que a gente gosta. Temos time para competir de igual pra igual com nossos adversários, não esta-mos mortos. Sabemos que nos-sa caminhada é dificílima, mas devagarzinho, de degrau em degrau, vamos conseguir obter a classificação para a segunda fase – disse o treinador.

O treinador tem variado o esquema tático. Contra o Goytacaz jogou no 4-4-2, já contra o Audax no 4-5-1, alter-nando para o 3-5-2 no interva-lo. Enquanto não acha a melhor formação tática, vai quebrando a cabeça para manter o time na

CABoFRIENSE

Mudança de postura anima

dárioTécnico fica feliz com

os recentes resultados positivos do Tricolor

Praiano e projeta classificação

boa fase.- Não sei se vou na mesma

formação tática. Vou pra casa para pensar no que eu vou fazer para surpreender o adversário, temos que tentar ser ousados pra isso. O que eu não gostei do empate contra o Audax foi que a Cabofriense merecia ter vencido, pela dedicação, pela entrega – comentou Dário, que quer sete pontos nos três jogos contra os líderes.

- Tínhamos planejado no mínimo sete pontos nos jogos contra o Audax, Portuguesa e São João da Barra. Já que em-patamos uma partida, temos que vencer os dois jogos para entrarmos logo no G5. Não po-demos deixar para conquistar-mos a vaga no final da tabela. Se conseguirmos antes, melhor ainda – analisou.

Apesar de ser um clube pe-queno do futebol carioca, a Ca-bofriense é bastante respeitada pelas suas boas campanhas fei-tas no Carioca da Série A, aon-

de chegou a semifinais e finais de turno. Considerado “grande entre os pequenos”, o tricolor praiano não teve o respeito ad-quirido pelos adversários. Para Dário, isso tem que existir, há começar pelos próprios jogado-res e pela postura da equipe em campo.

- Você conquista pelo que você fez, mais também pelo que você é. Não podemos di-zer que não somos fortes, de os jogadores não entenderem que são fortes. Se joga bem ou não, é outra coisa, mas temos que fazer prevalecer esse emblema, esse escudo que a gente usa no peito. A Cabofriense é que me contratou, que me paga, então aqui é o melhor clube do mun-do pra mim. Mas tem certas pessoas que não pensam assim e é preciso pensar dessa manei-ra. A nossa meta é ser grande, é se classificar para a próxima fase para depois se classificar para a Série A – concluiu o trei-nador. A Cabofriense empatou com o Audax fora de casa: 2 a 2

Fotos de Léo Borges

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ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO 7NA JOGADA - Março/2012 7

O zagueiro Rodrigo foi um dos sete jogadores contra-tados em meados de março para reforçar a Cabofriense para a continuação da Série B do Campeonato Carioca. For-mando nas divisões de base do tricolor praiano, o jogador estava há 12 anos fora do país, com passagens pelo futebol português, cipriota e iraniano.

Zagueiro de técnica e for-

ça, Rodrigo começou a carreira na escolinha 1º de Dezembro, se transferindo em seguida para a Cabofriense. No Trico-lor `Praiano fez parte de uma boa geração, que contava com Dirceu (ex-Santo André) e Têti. Em 2001, o jogador seguiu para Portugal: foi negociado com o Sporting Pombal, onde ficou três temporadas. Em se-guida ficou uma temporada no Barreirense, sendo contratado em seguida pelo Portimonen-se. Em 2005 acertou com o Vi-zela, onde atuou por três anos.

A experiência em Portu-gal terminou e o zagueiro se transferiu para o Chipre, onde

acertou com o Doxa Katako-pia. Após duas temporadas na equipe, foi contratado pelo Olympiakos Nicosia. Em segui-da, se aventurou pelo futebol iraniano, onde não ficou por muito tempo. Nos últimos meses vinha negociando sua transferência para o futebol iraquiano, o que acabou não acontecendo. A procura de um zagueiro, a Cabofriense soube da situação de Rodrigo e não demorou muito para lhe ofere-cer um contrato, prontamente aceito pelo jogador, que viu na oportunidade a chance de ficar mais próximo da família, já que sua esposa está grávida,

CABoFRIENSEFotos de Léo Borges

Zagueiro Rodrigo volta à Cabofriense depois de 12 anos atuando no exterior

o bom filho à casa torna

e também de atuar novamente pelo clube que o revelou.

- É um sonho né, porque comecei aqui em 2000 e tive a oportunidade de rodar o mun-do, pegar experiência. Mesmo assim sempre acompanhei a Cabofriense, sempre estava por dentro acompanhando pelo Na Jogada, informação espetacular que vocês estão passando e tive uma experi-ência muito boa fora do país. Tiver a oportunidade de voltar para ajudar o clube nessa situ-ação que se encontra. Chegou uma rapaziada boa e creio que vai dar tudo certo, com o ob-jetivo focado em subir para a primeira divisão, pois é lá que tem que estar. É um time de muita história e temos que fa-zer por onde – disse o jogador de 33 anos, não descartando no futuro um retorno ao Velho Continente.

- Não sei, o futebol é uma caixinha de surpresas. Já ad-quiri o passaporte português e isso dá uma facilidade enorme

lá fora. O futuro a Deus per-tence e enquanto estiver aqui vou dar o meu máximo para buscar meu espaço. Vim para ajudar e vou dar o máximo de mim.

Apesar do pouco tempo na Cabofriense – cerca de duas semanas -, o zagueiro elogiou o elenco de jogadores e acredi-ta que o clube em breve estará entre os primeiros colocados na tabela de classificação. Para ele, os atletas tem que se acos-tumar com uma competição diferente, no estilo de jogo.

- O grupo é espetacular, rapaziada jovem e experiente, de muita qualidade. É compli-cado com relação a segunda divisão, pois o clube tem histó-ria de primeira, então as vezes joga mais com a bola nos pés e a segunda (divisão) é mais pegada. Cheguei acompanhar alguns jogos pela internet e to-dos querem ganhar da Cabo-friense, há aquela motivação a mais. Mas acredito que vamos superar essa fase – concluiu.

O zagueiro Rodrigo já garantiu seu lugar como titular da Cabofriense. Na foto menor (à direita), o jogador em atuação no futebol do Chipre

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FUTSAL8 NA JOGADA - Março/2012CoLUNIStAS

Foi o tempo em que terminava o ano e a gente começava a pensar ansiosamente no campeonato es-tadual. Aqui no Rio essa aura de glamour e beleza se perdeu, parece que passou.

O Carioca tão temido se tornou uma continuida-de da pré-temporada vorazmente esmagada no ca-lendário do futebol. Na maioria das vezes os times entram desfalcados, desfigurados e desinteressantes sem dúvida nenhuma.

E vamos combinar: a fórmula de disputa também não ajuda. Que saudade de sentir saudade do Cam-peonato Carioca.

Especialmente em 2012 os grandes clubes do Rio passaram os papeis de protagonistas para os clubes de médio e pequeno porte. Viraram coadjuvantes de luxo nessa competição e parecem não se importar nada com isso.

Flamengo com um turbilhão de crises internas pra resolver (foram tantas!), troca de técnico, indisciplina do seu “craque”, baixíssima produtividade o do seu atacante camisa 9, inúmeras lesões, pré-libertadores, torcida desconfiada e tantas outras que não vou lem-brar , só resgatando nas manchetes dos jornais.

Fluminense focou na Libertadores, usou vários mistões, tropeçou muito, mas acabou levando o ca-neco na Taça Guanabara. Aquele que deu pro gasto.

O Vasco começou o ano extremamente desfalca-do de um elemento só, na minha opinião perdeu a cabeça mais importante na Nau Vascaína: Rodrigo Caetano. O clube da colina perdeu um dos principais responsáveis pela organização e reestruturação do Vasco da Gama. Uma pena.

Botafogo, ah o Botafogo… começou o ano ani-mando seus torcedores com discurso de disputar a Copa do Brasil para levar o caneco e chegar na Liber-tadores mais rapidamente. Queria também ganhar a Guanabara. Mas já furou com o primeiro turno do carioquinha, e quase foi eliminado pelo poderosís-simo Treze/PB. O que que há, Botafogo? Dane-se a promessa, mas está mais do que na hora de vestir de novo a roupa de clube grande, o torcedor não merece.

Resta agora esperar o fim da Taça Rio, nunca quis que o Estadual acabasse tão rápido. A Libertadores veio esvaziando o campeonato e sinceramente não vejo no olho do torcedor aquela ânsia. É uma pena.

Pelo menos, tomara que um carioca seja campeão da Libertadores. Porque no Estadual… o famoso Ca-riocão virou um pífio carioquinha tem tempo. E olha, aqueles cariocas com nenhuma malandragem e de-senvoltura. De deixar qualquer torcedor desanimado.

LuanaMacêdo

Cariocão virou carioquinha…

FAZENDO ACONTECER

(*) Luana Macêdo é jornalista e integrante do programa Na Jogada

Eu não sei se foi bom para mim, ou se foi muito ruim. O fato é que estava convencido que o atual secretário municipal de esportes de Cabo Frio, o menino Pombo, tinha algo contra mim, pessoalmente, ou contra o basquete local. Afinal, ele vinha através dos seus métodos des-personalizados, denegrindo a imagem da Liga de Basquetebol de Cabo Frio (LBCF). Mas, pude observar outras atitudes dele contra o esporte local.

Na sexta-feira (23/03), vivendo um momento mágico de reencontro com o mundo do futsal do nosso estado, tomei um grande susto. Após a derrota do Cabo Frio Futsal para o Imperial/Fluminense por 2 x 1, com uma grande direção de um dos melhores técnicos esportivos do país, Paulo Mussalém, eu assisti a mais um espetácu-lo digno de um Napoleão de hospício (daqueles que andam arrastando pelo chão uma caixinha de fósforo amarrada com um barbante).

Era uma rodada dupla. Após Cabo Frio x Im-perial jogariam ADDP x Botafogo F.R. (categoria sub-20). Não é que Napoleão Pombo invadiu a quadra e disse que não haveria jogo porque es-tava muito tarde.

Isso na frente da direção da Federação de Futsal do Rio de Janeiro, de todo o Botafogo, do Imperial, e de todo o público presente. Foi um vexame. Foi necessária a firme intervenção do brilhante dirigente Armando da ADDP para resolver a situação e mandar o menino Pombo para o seu bercinho.

Novo Cidadão para na Praia do Siqueira por “culpa do povo”

Desde que cheguei em Cabo Frio que eu ve-nho falando para o secretário que a KROLL po-deria fazer a divulgação e a manutenção gratui-ta dos pólos de basquete do Novo Cidadão. A empresa lucraria com a evolução do basquete na cidade.

Ele sempre desconversou e nunca me deixou consertar as tabelas (fico deprimido quando vejo

o estado das tabelas hidráulicas do Ginásio Vi-valdo Barreto, totalmente enferrujafas).

Ele sempre insistiu que não tinha orçamento para a manutenção dos pólos do Novo Cidadão. Entretanto, mensalmente, ele devolve aos co-fres públicos a verba que possui para pequenos empreendimentos. Isso se chama “Péssima Ges-tão”.

Nas edições de 24 e 25 de março, o diário ‘Folha dos Lagos’, numa excelente matéria do jornalista Felipe Rangel, foram publicadas diver-sos depoimentos de pais de alunos do pólo Praia do Siqueira lamentando o descaso do secretário. O próprio professor, que eu atesto a sua serie-dade, afirma que tenta dar aula de handebol no lugar do basquete, mas que a aceitação da tur-ma não é a mesma.

A última do Napoleão pombo

ADDP e Botafogo por pouco deixaram de se enfrentar na sexta-feira

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9NA JOGADA - Março/2012 gERAL

Um olhar profissionalKROLL Consultoria elabora projetos de captação de recursos através das

Leis de Incentivo ao Esporte. Clubes e entidades locais serão beneficiadas

Há quatro meses em Cabo Frio, a KROLL Consultoria vem

trabalhando bastante na capta-ção de recursos federais, como a Lei de Incentivo ao Esporte, em benefício de diversas enti-dades da cidade. O presidente da empresa, Guilherme Kroll, deu uma entrevista ao Jornal Na Jogada onde fala sobre o anda-mento dos projetos e sobre os clientes, que hoje estão espa-lhados por cinco regiões do in-terior do Estado. Em Cabo Frio, clubes como ADDP, Grêmio Samburá e a AMA Basquete Cabo Frio são alguns dos clien-tes. Confira a entrevista.

Na Jogada: Queria que você fizesse uma análise so-bre os três meses que a Kroll está em Cabo Frio.

Guilherme Kroll: O princi-pal foi conseguir divulgar um “projetão”, que vai desde a captação dos recursos, a ela-boração dos projetos até as prestações de contas, que vai desde o esporte de participa-ção, regimento e educacional. Envolve os esportes de rendi-mento, profissionais; as turmas de iniciação esportiva – e obri-gatoriamente esses workshops itinerantes para apresentar as modalidades esportivas; a cons-trução de ginásios, quadras co-bertas e descobertas… enfim, é um projeto imenso. O primeiro prognóstico era ver o que já ti-nha em Cabo Frio. Aquilo que já tivesse, ótimo para todo mundo. Nesse meio tempo já fizemos muitas coisas, como os workshops, divulgamos a mar-ca da empresa, que está tendo enorme aceitação em toda so-ciedade cabofriense e só não fizemos mais porque fomos embarreirados. Hoje, tudo que dependa da boa vontade do órgão público, seja para ceder um espaço na praça pública ou na praia, evidentemente que eu não confio mais. Acabou tra-vando um pouco nosso traba-lho na cidade. O resto está indo de vento em popa.

NJ: O que já existe de

concreto desses projetos jun-to ao Ministério do Esporte?

GK: Temos a “expertise” nas leis de renúncias fiscais, pois existem várias leis, várias formas de captar recursos. Mas estamos iniciando através das leis de re-nuncia fiscal. Com o escândalo do ano passado, que derrubou o Ministro do Esporte (Orlando Silva), as ONGs estão muito mal vistas, então precisamos captar proponentes. Vamos cadastrar umas 50 entidades em Cabo Frio e outras cidades para cadastrar no ministérios do Esporte e da Cultura, nos Correios, na Petro-brás, no Conselho Municipal da Criança, no Conselho Municipal do Esporte, da Cultura, em que trabalhamos também. Nossa área de atuação não é apenas esportiva, mas também cultu-ral. Cada entidade dessas vai ter de três a seis projetos, que vão desde construções de centro de treinamentos, de ginásios, estádios, até pequenos patro-cínios para turma de iniciação esportiva, com inclusão social. Em breve estaremos iniciando a elaboração de uns 250 projetos, todos formatados. Exatamente é nesse estágio que estamos e vamos procurar pessoas que queiram se tornar projetistas, nós vamos capacitar. Estaremos fechando uma parceria com a Universidade Veiga de Almeida para pegar alunos no último ano do curso, seja de educa-ção física, ou administração, para oferecer estágios, cursos gratuitos, pois nós precisamos de projetistas para que possam produzir os 250 projetos.

NJ: Com os projetos for-matados, qual será o próxi-mo passo?

GK: Depende do tamanho de cada projeto. O processo é: cadastrar o proponente, apre-sentação do projeto, conseguir o selo da renúncia fiscal e cadas-trar o patrocinador ou o doador, que inclusive temos uma série de empresas que já demons-traram interesse em participar desse projeto conosco, que tem uma história de patrocínio jun-to ao governo federal. Vamos buscar patrocinadores locais, regionais, que direcionem seus impostos para isso. Na verdade quem patrocina é o governo, mas tem que ser específico de determinada empresa. Depois é gerir e realizar o projeto. Após isso, tem a prestação de contas, que talvez seja o mais trabalho-so de todo esse processo, pois não é nada fácil e que nós sabe-mos fazer.

NJ: Você vem participan-do de palestras e cursos. Isso é importante para que a em-presa cresça ainda mais no segmento?

GK: Hoje mesmo estou ativo em duas MBAs à distância, eu não paro de estudar, até porque é tudo muito dinâmico, toda hora muda, é sempre uma exi-gência a mais. Se você quiser estar forte no mercado de tra-balho, você tem que estar se atualizando a cada dia.

NJ: A Kroll também está atuando em diversas regiões

uma pessoa muito séria. Uma coisa que me emo-

cionou foi que em Teresópolis nós fechamos com o Comary, com a Casa de Portugal, com as secretarias de Esportes e de Turismo, que inclusive ofereceu para a nossa empresa três salas, computador e funcionários para que a Kroll funcionasse dentro da secretaria. Esse carinho era o que eu esperava receber em Cabo Frio. Não estou cobrando e nem pedindo nada pra nin-guém. Hoje tenho motivação até para levar a matriz da em-presa pra lá.

NJ: Além de tudo que você falou, de que maneira essas iniciativas podem aju-dar o esporte do interior do Rio de Janeiro?

GK: O esporte no interior do Rio de Janeiro é praticamente incipiente. Se você for comparar com São Paulo, lá eles têm um grande ginásio em cada municí-pio. No Rio você vê Campos sem um ginásio municipal, Cabo Frio com um estádio acanhado. En-tão, isso gerou um certo deses-pero lá na galera do Ministério do Esporte. Então o esporte no Rio de Janeiro tem que repensa-do. O Ministério é muito sério, quem está hoje lá é recorde de seriedade, pois não pode mais cair ministros. O Aldo Rabelo e seus coordenadores, todos da área militar, onde tem vários ge-nerais, coronéis, comandando o esporte brasileiro com muita seriedade. A Kroll tem muito or-gulho de dizer que é uma porta, um meio de campo para trazer os projetos necessários para o desenvolvimento do esporte, quer seja de construção, ou de participação no Estado do Rio.

do Estado do Rio. Essas re-giões também estão inseri-das nesses projetos que ci-tou lá em cima?

GK: Essa pergunta tem duas coisas muito interessan-tes. Primeiro que o Governo Federal está querendo apor-tar dinheiro com grandes no-mes envolvidos. Eles acham, e estão certos, que quem tem nome, pensa duas vezes antes de fazer bobagem. Por exem-plo, no Serra Macaense eu fui direcionado para procurá-los, pela presença do Valdo (ex--jogador de Futebol, com pas-sagens pela Seleção Brasileira). Vamos criar o Instituto Valdo, assim como existe o “Gol de Letra”, do Raí e do Leonardo; o da Ana Moser; o do Bernar-dinho; dentre outros, e preci-samos de grandes nomes e o Valdo é considerado um gran-de ídolo. Tive a oportunidade de conhecê-lo e fez jus a tudo aquilo que haviam me falado. É

Fotos de Léo Borges

O projeto de minibasquete da AMA Basquete Cabo Frio tem a marca da KROLL

Guilherme Kroll

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10 NA JOGADA - Março/2012ARRAIAL do CABo

Nove entre dez jogadores sonham quando criança em ser jogador de futebol

profissional quando crescer. Alguns vão mais longe, e querem representar a sua cidade em competições, em busca de ser um campeão reconhecido como um atleta de sucesso. E dessa vez a história não foi diferente.

Rodrigo Velasco, o Peri (22 anos), Pietro Braga (23) e Alexandre Oliveira (23) estão cumprindo o sonho da maio-ria dos garotos, se profissionalizaram e hoje levam o nome de Arraial do Cabo no cenário carioca, na Série C do Rio de Janeiro. Os três disputam a competição pelo Tanguá EC, que está no grupo C, que conta também com a presença do Arraial do Cabo.

- Viemos para o Tanguá através do nosso atual treinador, que tinha traba-lhado conosco. Teve um amistoso em Arraial , eu joguei contra o Tanguá, pelo Apollo. Depois do jogo recebi o convite para vir para o Tanguá. Com o Alexan-dre e o Pietro foi a mesma coisa, eles vieram logo depois – contou Peri, que ainda se mostrou tranquilo com a recep-ção do elenco.

- A adaptação está tranquila, aqui no grupo tem alguns jogadores que já tinham jogado com a gente, então foi tranquilo. Na competição está tudo indo muito bem até agora, jogamos três jo-gos e ganhamos os três. O projeto aqui é para subir de divisão, então estamos caminhando bem – contou.

Para os jogadores, mesmo distante de Arraial do Cabo, o orgulho de levar o nome da cidade é enorme. É o que eles esperam e sempre quiseram.

- Isso é importante pra gente, parti-cularmente queríamos poder ter condi-ções de jogar pelo Arraial, lugar onde nascemos, mas é algo que não depende de nós três. Quando a gente volta pra casa, quando chegamos a Arraial, mui-tos amigos ficam felizes por podermos estar levando o nome da cidade para onde fomos – disse o meia-atacante Pietro.

Com passagens também pelo futsal, os jogadores não esquecem a importân-cia que o esporte cabista teve na vida profissional de cada um deles, desde a infância.

Fotos de Léo Borges

- O esporte de Arraial teve muita im-portância pra nós, pois desde pequenos que a gente joga pela cidade. Jogamos juntos desde os sete anos. Nós três jo-gamos muito, Arraial sempre esteve muito presente na nossa vida, então a parcela da cidade é muito grande – exal-tou Alexandre, de 23 anos.

Longe de casa, os três parecem não pensar nisso. Focados em conseguir vi-tórias para a nova equipe e para eles, a saudade de casa aperta, mas os jogado-

res tratam com naturalidade a distância geográfica.

- Bate uma saudade de casa, é nor-mal, ainda mais para o Pietro e o Alexan-dre que já tem filhos, é mais complicado. Mas é uma profissão que a gente esco-lheu e temos que passar por isso, por essas dificuldades. Mas não é a primeira vez que estamos fora de casa: o Alexan-dre , por exemplo, voltou recentemente da França. É difícil, mas estamos acos-tumados com isso – afirmou Peri, de 22

anos, que atua como zagueiro. Sendo usados como espelho e exem-

plo para as crianças que sonham em re-alizar o ideal de ser um profissional da bola, Pietro, Peri e Alexandre não pou-param afirmação para dar conselhos a quem quer seguir essa carreira.

- Não podem desistir nunca do so-nho, é complicado. A ideia é sempre essa, nunca desistir. Trabalhar muito que uma oportunidade sempre chega para cada um - finalizaram.

Made in ArraialExportados, Alexandre, Pietro e Peri levam o nome da cidade na Série C do Rio

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11NA JOGADA - Março/2012 ARRAIAL do CABo

Fotos de divulgação

A equipe de taekwondo de Arraial do Cabo, coordenada pelo professor Marcelo Diniz

taekwondo confirmado no EstadualCom apoio da Prefeitura, equipe da cidade competirá em Campos em abril

Desde que assumiu a prefeitura de Arraial do Cabo, Wanderson Cardoso de Brito, o Andinho, vem investindo bas-tante no esporte. Mas, engana-se que os investimentos se restringem apenas ao futebol, ao futsal e a eventos de grande porte como o Fast Triathlon. Pre-ocupado com o desenvolvimento geral da prática esportiva na cidade, Andinho apoia as equipes que representam a ci-dade em competições regionais e esta-duais. O taekwondo, por exemplo, vai disputar a primeira etapa do Campeona-to Estadual em Campos dos Goytacazes, no próximo dia 15 de abril.

Para Marcelo Diniz, que além de mestre da equipe é também diretor na Secretaria de Esportes, o apoio dado ao taekwondo vem sendo fundamen-tal para que a modalidade cresça na cidade. Ele ainda revelou que o proje-to “Bolsa Atleta”, que será implantado pela prefeitura, vai ajudar ainda mais no desenvolvimento do esporte na cidade.

- Esse apoio que é dado pela se-cretaria de Esportes é importante para todo atleta e todas as modalidades. Sem o apoio, os atletas não têm aonde chegar, não têm como crescer. Existe o projeto “Bolsa Atleta” que vai melhorar ainda mais para eles. Esse dinheiro será investido no próprio atleta, que pode-rá disputar mais competições e ter uma vida melhor para aquilo que faz – disse Marcelo.

Treinando forte desde janeiro para esta competição, a equipe do mestre Marcelo Diniz está preparada para esta competição. O time estará competin-do nas categorias sub21 e no adulto, nos pesos leves, meio-médio e pesado. Além da etapa inaugural em Campos, Marcelo confirmou que os lutadores vão competir na segunda etapa, que será re-alizado no Rio de Janeiro, em maio. O mestre acredita que seus atletas podem trazer bons resultados nesta primeira etapa.

- A equipe vem treinando forte desde janeiro, quatro vezes por semana, com treinos físicos, de competição mesmo, onde estão se desgastando e há pouco tempo para se recuperar. Agora, com a proximidade do campeonato, estamos intensificando ainda mais os treinamen-tos. Faltando três dias a gente dá uma relaxada para entrar com tudo – comen-tou Diniz, que comanda a equipe há dez anos.

A participação nas competições es-taduais é importante para que os atle-tas obtenham o índice para a disputa do Campeonato Brasileiro, que será re-alizado em julho, em Goiânia, nas cate-gorias juvenil e sub21. Já em setembro acontecerá o Brasileiro adulto e máster, em Porto Seguro/BA. A qualidade dos lutadores faz Marcelo sonhar com a ida deles para a competição.

- Eu vejo a equipe preparada sim para disputar competições de alto nível técnico. Estamos nos esforçando, de-dicando e eu creio que temos grandes chances de obter os índices e fazer bo-nito nos campeonatos nacionais – acre-dita.

O mestre elogiou o lutador Pedro Trindade, que com 17 anos já é faixa preta e não sabe o que é perder des-de que conquistou a faixa, há três anos.

Como o taekwondo é uma modalidade que faz parte do programa olímpico, há a esperança de vê-lo representar a cida-de nas Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Apesar de difícil, Marcelo Diniz acredita no seu comandado.

- Ele está há três anos sem perder, treinando direitinho, isso tudo com ape-nas 17 anos. Já teve a chance de en-trar na seleção carioca de taekwondo, foi classificado para o brasileiro juvenil e tem um índice muito bom de pontua-ção, de nocaute. Ele vem se preparando muito bem. Quem sabe não possa estar nas Olimpíadas? Sabemos que é difícil, mas não impossível. Para isso, precisa se classificar para o brasileiro, depois ter um bom índice para concorrer a uma vaga na Seleção e quando estiver lá conquistar a vaga lutando.

Empolgado com os últimos quatro anos, onde a Prefeitura tem investido bastante no esporte, Marcelo faz planos futuros para o taekwondo e espera que a modalidade possa ser ainda mais di-fundida na cidade.

- O taekwondo em Arraial vem cres-cendo muito. Foram formados mais de dez professores, todos faixas pretas, pela Confederação Brasileira de Ta-ekwondo, sob a coordenação do grão--mestre José Silva (que é graduado no 7º

dan) que é um respaldo muito grande e que vem dando um auxilio muito gran-de aos professores e instrutores aqui da nossa cidade. A tendência de Arraial do Cabo é fazer crescer e fortalecer o ta-ekwondo – concluiu.

Aos 17 anos, Pedro

Trindade é um dos

destaques da equipe

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ESPECIAL/VICTOR RIBAS12 NA JOGADA - Março/2012ESpECIAL

Everton gigante na trilha do UFC Lutador cabofriense se destaca e compõe o Team Nogueira no Rio de Janeiro

Cabo Frio sempre revelou atletas de ponta em diver-sas modalidades.

A cidade sempre foi berço de grandes esportistas. Com Ever-ton Gigante não é diferente. O professor de artes marciais e lu-tador cabofriense está levando o nome da cidade a voos mais altos. Gigante está integrando o Team Nogueira, junto com os irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro.

Lutando três vezes por se-mana com a equipe no Rio de Janeiro, Gigante ainda dá aulas em Cabo Frio e é policial, es-pecializado em defesa pessoal. A rotina de treinamentos não é fácil: o lutador sai de Cabo Frio 5h da manhã para estar no Recreio dos Bandeirantes antes de 11h. O treinamento vai até às 15h, quando Everton retor-na para a cidade.

O lutador não esquece como tudo começou, desde quando os filmes foram a ins-piração.

- Eu comecei a curtindo o esporte, assistia as lutas do (Jean Claude) Van Damme, fil-mes do Rocky Balboa, lutas do Mike Tyson com meu pai. Lu-tei pouco no amador, com 18 anos pisei no ringue profissio-nal – disse o lutador.

Vivendo um momento es-pecial para o MMA e para a

Fotos de arquivo pessoal

Everton Gigante, talento do MMA de Cabo Frio, posando ao lado do poster dos “mentores” Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro

carreira pessoal, Gigante acre-dita que esse é o momento para que o esporte cresça e se promova.

- Sabemos que no Brasil tudo é uma é questão de fase e agora é o momento. Pra mim é um sonho que estou realizan-do, treinando com os caras que até anos atrás eu via na tele-visão, acompanhava as lutas, e agora estar podendo treinar

juntos é uma alegria – explicou Gigante, que destacou ainda a família que é formada no Team.

- Lá todos tem um profissio-nalismo acima de tudo, foco. Eles têm um trabalho como fa-mília, de respeito e cobrança. Aqui em Cabo Frio as pessoas têm a cabeça muito fechada, fazem projetos e não valorizam quem é daqui. Se um atleta de fora vier vai receber uma di-

vulgação, atenção que muitas vezes quem nasceu em Cabo Frio não recebe, é anônimo na cidade e reconhecido fora – es-clareceu o faixa preta de Muay Thai.

Marcando história na cida-de, após consolidar o nome em Cabo Frio e chegar ao grupo de seletos lutadores que trei-nam com Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro, Everton não esquece a importância de representar a cidade.

- O MMA está em alta e é bom saber que Cabo Frio pode fazer parte disso. Daqui a um tempo vamos pensar que o Bra-sil marcou história no esporte e Cabo Frio acompanhou isso, é um marco pra mim e para a ci-dade toda. Eu consegui entrar na equipe por méritos, depois de treinar eu recebi as boas--vindas do Minotouro, me di-zendo que eu era bem-vindo a equipe – afirmou.

Com menos de duas sema-nas de Team Nogueira, Everton já fala de competições futuras, levando a marca Nogueira.

- Talvez eu já possa compe-tir em Junho, o treino lá é bem puxado, estou me preparando. Como vou três vezes por sema-na ao Rio eles entendem, já que aqui também sigo a preparação puxada. É ótimo receber o re-conhecimento de toda a equi-pe, saber que a cada dia posso melhorar meu rendimento com muito trabalho – comentou Gi-gante.

E a preparação para ser um atleta de ponta não é apenas dentro do ringue. Segundo Everton ele passa para seus alunos lemas que vão além das

lutas. - Respeito, trabalho, ho-

nestidade e cidadania, a gente forma não apenas atletas, mas cidadãos. Eu não quero saber se o aluno paga ou não men-salidade, eu as vezes afasto um aluno se ele não se ade-qua aos ideias, para que não comprometa os outros. Essas características nunca podem faltar para quem quer ser um atleta, além do trabalho sem-pre – reafirmou o lutador.

Em busca de levar cada vez mais o nome da cidade no âmbito estadual e nacional, Everton busca apoio para que possa estar evoluindo o traba-lho e galgar desafios cada vez maiores.

- Aqui em Cabo Frio é mui-to difícil pensar em patrocínios, em apoio. A gente percebe isso quando está no Rio, e de for-ma mais fácil busca esse apoio. Mas sempre costumo dizer que se eu pensasse nisso teria abandonado. Espero que as pessoas abram a cabeça, para isso, precisamos de apoio para não deixar de competir em lu-gar nenhum – finalizou Everton se referindo aos atletas cabo--frienses que não tem apoio.

A partir de agora Everton Gigante será mais um lutador cabofriense a levar o nome da cidade em grandes ringues. Com 29 anos e com uma car-reira iniciada aos 18 esse ta-lento local se depara com os maiores lutadores da atualida-de. E na trilha do sucesso do MMA Cabo Frio está presente, bem representado por Everton Gigante. Atleta, lutador, pro-fessor e cidadão.