34
Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected].br pág. 0 Diretor: Rubens Saraceni Jornalista Responsável: Wagner V. Costa Editoração e Arte: Alan Levasseur Mais uma vez se repete uma festa religiosa que é tradicional e leva milhões de pessoas às praias brasileiras onde Yemanjá é cultuada e seus adoradores montam à beira mar milhares de tendas onde são realizados os ritos em seu louvor. Mesmo tendo muitos empecilhos para a realização desta que provavelmente é a maior festa religiosa brasileira, os seguidores dos cultos afro-brasileiros não esmorecem e os superam, numa demonstração impressionante de fidelidade àquela que é tida como A Mãe da Vida e padroeira dos navegantes. Yemanjá ou yemojá em Yorubá representa o principio feminino da vida e seu elemento é a água, mais especificamente a dos oceanos, fato esse que leva seus adoradores a oferendá-la à beira mar pelo menos uma vez por ano depositando velas, flores, frutas e bebidas adocicadas em seu louvor, momento esse de profunda concentração, pois é o momento de agradecê-la, de renovar a fé e de enviar-lhe novos pedidos para o ano seguinte. Para os seguidores dos cultos afros, em especial os umbandista, a ida ao mar é um ato de fé e seu ponto máximo é quando, por volta das 20 horas começam os toques de atabaques, dando inicio aos trabalhos espirituais dentro das tendas, montadas e enfeitadas com zelo e carinho pelos seus adoradores. Para quem não é umbandista e vai por simples curiosidade, a festa em louvor a Yemanjá é um espetáculo impressionante e que envolve a todos numa vibração sonora de respeito e religiosidade. Neste ano a festa acontecerá nos dois primeiros finais de semana, nos dias 4 e 11. Mas até o final do ano os umbandistas continuam a realizar seus cultos e oferendas a ela, culminando com uma verdadeira apoteose na passagem do ano, quando, aí sim, as praias brasileiras, desde o norte até o sul são tomadas de pessoas vestidas de branco com todos vibrando intensa alegria e felicidade se congratula e, trocando abraços calorosos, desejam que todos tenham um feliz ano novo sob as bênçãos de Yemanjá. JORNAL DE UMBANDA.COM.BR LEVANDO CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO A TODOS FESTA EM HOMENAGEM A MÃE YEMANJÁ Caro Amigo Leitor Quinzenalmente estaremos com uma nova edição. E sempre nas mesmas condições que vem sendo feito, ou seja, o Jornal de Umbanda na integra através do link na barra de menus para leitura on-lie, na forma de PDF para Download ou apenas as matérias em nosso arquivo de edições, localizado no menu esquerdo. PEDIMOS QUE NOS AJUDE A LEVAR O JORNAL DE UMBANDA AO MAIOR NÚMERO DE LEITORES, REENVIANDO O JORNAL DE UMBANDA OU INDICANDO LINK DE ACESSO AO SITE PARA TODOS OS SEUS AMIGOS E CONHECIDOS.

Jornal Nacional da Umbanda 02

Embed Size (px)

DESCRIPTION

jornal da Umbanda

Citation preview

Page 1: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 0

Diretor: Rubens Saraceni Jornalista Responsável: Wagner V. Costa Editoração e Arte: Alan Levasseur

Mais uma vez se repete uma festa religiosa que é tradicional e leva milhões de pessoas às praias brasileiras onde Yemanjá é cultuada e seus adoradores montam à beira mar milhares de tendas onde são realizados os ritos em seu louvor. Mesmo tendo muitos empecilhos para a realização desta que provavelmente é a maior festa religiosa brasileira, os seguidores dos cultos afro-brasileiros não esmorecem e os superam, numa demonstração impressionante de fidelidade àquela que é tida como A Mãe da Vida e padroeira dos navegantes.

Yemanjá ou yemojá em Yorubá representa o principio feminino da vida e seu elemento é a água, mais especificamente a dos oceanos, fato esse que leva seus adoradores a oferendá-la à beira mar pelo menos uma vez por ano depositando velas, flores, frutas e bebidas adocicadas em seu louvor, momento esse de profunda concentração, pois é o momento de agradecê-la, de renovar a fé e de enviar-lhe novos pedidos para o ano seguinte.

Para os seguidores dos cultos afros, em especial os umbandista, a ida ao mar é um ato de fé e seu ponto máximo é quando, por volta das 20 horas começam os toques de atabaques, dando inicio aos trabalhos espirituais dentro das tendas, montadas e enfeitadas com zelo e carinho pelos seus adoradores.

Para quem não é umbandista e vai por simples curiosidade, a festa em louvor a Yemanjá é um espetáculo impressionante e que envolve a todos numa vibração sonora de respeito e religiosidade.

Neste ano a festa acontecerá nos dois primeiros finais de semana, nos dias 4 e 11. Mas até o final do ano os umbandistas continuam a realizar seus cultos e oferendas a ela, culminando com uma verdadeira apoteose na passagem do ano, quando, aí sim, as praias brasileiras, desde o norte até o sul são tomadas de pessoas vestidas de branco com todos vibrando intensa alegria e felicidade se congratula e, trocando abraços calorosos, desejam que todos tenham um feliz ano novo sob as bênçãos de Yemanjá.

JORNAL DE UMBANDA.COM.BR LEVANDO CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO A TODOS

FESTA EM HOMENAGEM A MÃE YEMANJÁ

Caro Amigo Leitor

Quinzenalmente estaremos com uma nova edição. E sempre nas mesmas condições que vem sendo feito, ou seja, o Jornal de Umbanda na integra através do link na barra de menus para leitura on-lie, na forma de PDF para Download ou apenas as matérias em nosso arquivo de edições, localizado no menu esquerdo.

PEDIMOS QUE NOS AJUDE A LEVAR O JORNAL DE UMBANDA AO MAIOR NÚMERO DE LEITORES, REENVIANDO O JORNAL DE UMBANDA OU INDICANDO

LINK DE ACESSO AO SITE PARA TODOS OS SEUS AMIGOS E CONHECIDOS.

Page 2: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 1

EDITORIAL

RELIGIÃO E POLÍTICA

Em todas as épocas e em todos os países política e religião têm travado uma luta incessante para imporem-se na mente das populações, e com isso doutriná-los segundo cada um acha ser melhor para todos.

Essa luta, ora silenciosa e ora barulhenta, nós vimos acontecer recentemente durante a campanha eleitoral para a presidência do Brasil e no segundo turno a polemica em torno do aborto levou ambos os candidatos a assumirem posições públicas e claras sobre esse tema controvertido.

De um lado vimos a Igreja Católica reafirmar sua oposição ao aborto e pressionar os candidatos com tal veemência que os obrigou a assumirem que não mudariam as leis já existentes. E por outro lado vimos lideres de Igrejas Evangélicas ostentarem uma força inimaginada e constrangerem a candidata Dilma Roussef, que havia feito declarações favoráveis ao aborto recuar e assumir diante deles que não mexeria nas leis já existentes durante o seu mandato.

Isso faz parte do jogo do poder e não surpreende a ninguém e não temos nada a acrescentar além de que os umbandistas também são contrários à pratica do aborto livre, cerrando fileira com as outras religiões nesse tema.

O tema desse editorial é abordar a inapetência dos seguidores dos cultos afros e espiritualistas para a política e a dificuldade de elegerem candidatos comprometidos com os anseios mais profundos dos seus seguidores.

Pelo expressivo numero de seguidores e que alcança a casa dos milhões, os candidatos eleitos e que se comprometeram com os nossos pleitos é muito pequeno.

No entanto o trabalho que vimos o vereador Quito Formiga realizar com um projeto de lei que criou a semana da Umbanda na cidade de São Paulo e que deixou orgulhosos todos os umbandista deve ser motivo de reflexão para os seus seguidores, muitos dos quais contrários a qualquer envolvimento durante as campanhas eleitorais porque acreditam que não se mistura política com religião.

Infelizmente essa crença esta arraigada na nossa comunidade religiosa e não vimos nenhum dos candidatos genuinamente umbandistas serem eleito deputado estadual ou federal, ainda que tenhamos ajudado na eleição daqueles que têm demonstrado respeito e interesse pelos nossos pleitos mesmo não tendo a Umbanda como sua religião.

Acreditamos que já é hora dos umbandistas se conscientizarem de que política e religião são inseparáveis e são as duas faces de uma mesma coisa porque o político tem sua religião e o seguidor de uma religião quer exercer de forma livre o seu pensamento e sua crença, sem ser perseguido por políticos seguidores de outra.

Por: Pai Rubens Saraceni.

Anuncie Conosco

Anuncie conosco e alcance um público diferenciado. Maiores informações pelo e-mail: [email protected]

Page 3: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 2

DROGAS, PAIS E FILHOS

Amados irmãos, iniciamos

nessa edição uma coluna sobre prevenção ao uso de drogas, com o intuito de esclarecer e orientar os pais e educadores sobre os perigos

das drogas. Queridos pais e mães, precisamos nos

atualizar sempre. Muito se fala sobre a maconha, inclusive quanto a sua legalização no país.

Pessoas ilustres, de certa credibilidade perante a população e alguns artistas, cujo nossos filhos os têm como ídolos, falam em legalizar o uso da maconha. Cuidado, muito cuidado quando os senhores e senhoras se depararem com esse tipo de assunto. A maconha trás muitos títulos, e por isso devemos ter o máximo de cuidado com eles.

A chamam de “droga leve”, “droga natural e não faz mal”, “que a maconha faz menos mal que a nicotina”, em fim, muito se fala, e de uma forma ou de outra, essas frases induzem nossos filhos a pensarem erroneamente.

Não preciso falar que o uso da maconha é prejudicial a nossa saúde.

Existe nessa planta, uma substância chamada tetra-hidro-canabinol, o THC e é essa substância que age no Sistema Nervoso Central do usuário, fazendo com que ele sinta os efeitos da droga e por conseqüência sofra dos seus malefícios. E se faz mal, não pode ter seu uso e comércio legalizado.

Outro ponto que eu quero falar (por isso disse no início que precisamos nos atualizar), é que a maconha comercializada nos dias de hoje, é bem diferente da maconha dos anos 60, na época do movimento de libertação dos jovens. O índice de THC na maconha dos anos 60 era de 8% e hoje, através dos avanços tecnológicos e da hidro-cultura, já temos “maconha turbinada” que o índice de THC chega a 32%. A maconha evoluiu, esta potencializada e não é mais uma “droga

leve”, como a maioria dos pais ainda pensam que seja.

Assim, quando falamos em drogas para os nossos filhos, devemos ter o máximo de cuidado, pois cigarro e bebida alcoólica também são drogas e quando vemos as propagandas geniais e muito bem produzidas na televisão, devemos explicar aos jovens que aquela cena ou situação é apenas propaganda, e que na vida real a coisa é bem diferente.

E nos ater aos exemplos que damos dentro de casa. Hoje, o consumo de bebida alcoólica entre os jovens de 14 a 18 anos é muito alto, principalmente para as meninas, que por um fator genético, suporta mais quantidade de álcool que os meninos, mas quando se dão conta, já é tarde e estão completamente embriagadas.

Hoje, os jovens vão para as “baladas” de segunda a segunda e cabe a nós pais, decidirmos se isso é certo ou errado, se isso faz parte do princípio da educação que damos aos nossos filhos ou não. Será que foi essa educação que tivemos dos nossos pais? Será que os pais jovens, por terem tido uma educação rígida, não abriram mão do “não” só para

agradarem seus filhos? Tenho a impressão que em algumas

centenas de famílias são os filhos que ditam as regras da casa e os pais são meros passivos espectadores. Muito se fala que os professores não educam nossos filhos, que o Governo não faz nada para combater o tráfico, que os padres, pastores e babalaôs não aconselham direito nossas crianças, e cadê a responsabilidade dos pais nessa história? É muito fácil transferir a responsabilidade de educar e formar os filhos para a sociedade, mas esse fardo é de exclusividade dos pais, sendo que estes devem ter as “rédeas” nas mãos, mesmo aqueles onde o pai e a mãe trabalham ou ainda aqueles que são separados, porque para educar os filhos não é necessário estar

Page 4: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 3

presente, ao lado deles 24 horas por dia e sim cultivar a confiança, o respeito, o carinho, a fé e o amor em seus corações. Não digam simplesmente que amam seus filhos, pratiquem esse amor diariamente com diálogo, compreensão e ensinamentos. Cuidado, DROGA faz mal, não importa qual! Até mais. Palestras e Treinamentos motivacionais

A Umbanda não tem Nação! Esta afirmação pode parecer estranha, mas vou explicar. Dentro da realidade que vivo na Umbanda, recebo muitas vezes a pergunta: qual a nação do seu terreiro/casa/templo/Ilê/etc.? E eu respondo sempre: portuguesa. Pois foi aqui, em Portugal, que ele nasceu. Claro que eu entendo a pergunta. Respondo assim para ver qual a reação das pessoas e para depois poder explicar. E, normalmente, a reação não é nem um pouco favorável. É do gênero: “Você deve estar a brincar!”, “Estou vendo que você não entende nada de Umbanda!” e por aí fora. Não é segredo para ninguém que a Umbanda é de nacionalidade brasileira, como também não o é que o espiritismo é francês, a igreja apostólica é italiana, ou melhor, romana, o budismo indiano, etc. Mas o que eu explico é que a Umbanda não é culto de nação, por isso ela não tem nação. Claro que tem, respondem-me uns até um tanto ofendidos. E eu volto a dizer que não. E isso não quer dizer que tenho algo contra o culto de nação, pelo contrário, respeito-os muito. O que eu quero é apenas esclarecer um pouco da confusão existente. A Umbanda pode ter, e até tem, influências de vários cultos de raízes afros, mas não tem e não é culto de nação. Esta confusão é bastante comum, e eu entendo bem isso, mas quando eu pergunto: você sabe quem fundou a

Umbanda? Você conhece a sua história? A resposta é sempre afirmativa. Então eu pergunto: E qual é, ou era a nação de Pai Zélio

de Morais? Ou da Tenda N. S. da Piedade? A resposta é um silêncio. É um silêncio, porque não tem! Umbanda é Umbanda, culto de

nação é culto de nação e ponto. Um Terreiro de Umbanda pode ou não ter uma ação mais africanista do que outro e isso não quer dizer que estão escurecendo ou branqueando a Umbanda. Estão-se utilizando de métodos, de outras influências que, dentro do cosmos universalista da Umbanda, se adaptam e até se encaixam. Porém, se a Umbanda recebeu influências de cultos afros, ela também recebeu de cultos europeus e americanos.

Essas influências não podem ser consideradas como uma qualificação do culto, porque senão teríamos Umbanda de Angola, Umbanda de Kêto, Umbanda de Gêge, Umbanda da França, da Itália, do Brasil, de Portugal, indígena, etc.

A Umbanda tem uma nacionalidade, brasileira, porque nasceu ou foi fundada em solo brasileiro, mas tal como outras religiões e filosofias, popularizou-se, difundiu-se, espalhou-se e hoje está no mundo, é universal e, como tal, adapta-se ao meio e condições onde se manifesta, sem profanar ou distorcer as suas raízes.

Assim, afirmo e repito: a nação do meu terreiro é portuguesa, porque nasceu aqui, em Portugal, tal como existem terreiros franceses, americanos, suíços, brasileiros, etc. E continuo afirmando, sem a intenção de querer ofender ninguém, mas esclarecer e desabafar: a Umbanda não tem Nação! Da mesma maneira que não tem linha ou cor. Porque é que eu digo isto? Porque as pessoas me perguntam: a sua Umbanda é de linha branca?

Por: Babalaô Milton Mussini

Site: www.miltronmussini.com.br E-mail: [email protected]

LEIA O LIVRO “DROGAS, PAIS E FILHOS”

Page 5: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 4

Tal como a pergunta da nação, eu entendo o que querem dizer. Estão perguntando se a minha Umbanda só faz o bem. A Umbanda não pratica nem pode praticar o mal, senão deixa de ser Umbanda para ser outra coisa qualquer. A Umbanda está para nos auxiliar nas nossas aflições, está para nos ensinar, nos mostrar um caminho, nos fazer crescer, melhorar, nos conhecer. A Umbanda não é de linha branca, preta ou vermelha, a mais pesada de todas, segundo algumas pessoas!

Bom, deve ser porque a cor vermelha está associada à Justiça e à Lei Maior e, quando ela cobra as nossas faltas, deve ser um bocado “pesado”. A Umbanda tem sete linhas, tem sete luzes, tem cores; a Umbanda tem muito amor, muita paz, alegria, muita felicidade.

Por isso, volto a afirmar: a Umbanda não é de linha branca, preta, verde ou vermelha; a Umbanda não é de Angola, não é de Kêto, não é de Nagô, não é de Gêge. A Umbanda é de todas as cores, de todas as raças, de todos os povos.

A Umbanda só é Umbanda quando está no coração, essa sim, a verdadeira nação umbandista.

Por: Heldney Cals País: Portugal

www.amadeus.pt.to www.portais-pt.com

Um pouco das linhas de trabalho

Olá irmãos e irmãs, vou falar um pouco da Umbanda no Ceará. Falo do Ceará, devido a Umbanda ter variações de casa pra casa, e também nos Estados. Mais o que eu vou contar geralmente acontece

em 99% dos terreiros. Aqui trabalhamos com as entidades de Pretos Velhos, Crianças, Caboclos e Exus, todos nas suas linhas ou falanges de origem ou em outras linhas ou falanges. Como vocês sabem, a entidade qualquer que seja, passa em qualquer linha ou falange.

Na Linha do Mar Falange de Marinheiro.

Falange de Maresia Falange de Santa Bárbara

Falange de São José de Ribamar Falange de Princesa Falange de Príncipe

Falange de Rei. Falange de Sereia. E algumas mais.

Na linha da Mata Falange de Folha

Falange dos Tupinambás Falange dos Aimorés

Falange dos Caramurus Falange dos Tapinarés

Falange dos Espinheiros Falange dos Guaranis

Falange de coral. E algumas mais.

Vejo que, em outros Estados, trabalham muito com Baianos, aqui trabalhamos com as linhas (Bahia, Pará, Ciganos, Légua, Mineiros, Maranhão e Codó) Falanges de Junco e Mourão. Linha de Mineiro – eram pessoas que garimpavam ouro. Pra não confundir com Tambor de Mina. Mas, existem entidades que nos seus pontos cantados falam em tambor de mina, de certa forma tem alguma ligação entre as duas religiões. Como existe a ligação da Umbanda com outros cultos. Umbanda também é União das Bandas.

A Umbanda é um mundo encantado pra nós aqui. Como sabemos também, os Índios Americanos acreditavam As Sete Linhas de Umbanda - Rubens

Saraceni - Ed. Madras

Page 6: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 5

que existia espíritos de alguns índios que depois de falecidos, se tornavam animais. Aqui trabalhamos com um mundo encantado, onde existem entidades que tem o nome de animais e entidades que são encantadas como animais. Por exemplo: Cumurupim entidade de ronda Boto vermelho, entidade de ronda Boto roxo, príncipe da linha do mar. Baleia entidade da linha do mar. Urubu passo Rei, entidade de curar (pra afastar obsessor) Janaina Sereia Maria galega Sereia E outras que não os nomes nos pontos cantados. Zaíra, rainha das cobras. Rosalinda encantada com cobra entidade da linha de Oxossi Cobra Preta Cobra Verde Rei Tubarão da linha do mar Rei Dragão do mar Tamanduá entidade de ronda Saci Criança da falange de légua (Légua é mais uma falange de Oxossi) Ponta de Ouro, entidade da linha de Légua encantada como Touro. Boi Preto, entidade da linha de Légua encantado como Boi. Carrota Malhada. Mestre Calango verde, Preto velho encantado como Calango. Rosinha Criança (curupira) da linha da mata Irá criança (passarinho) da linha da mata Rei Puraquê (Peixe elétrico) Falange do Pará, pertencente a Oxossi. Pombo Roxo falange do Pará. (pertence também à linha da Torre de Pombal) Safira, (pombo) da linha de pombal Jaspe (pombo) Chefe da linha de pombal e outros Jacaré da linha de Junco (falange pertencente a Xangô) Sapo Boi na linha de Exu Guia preta na linha de Exu Cururu na linha de Exu.

Coloquei apenas alguns que são encantados com animais. Obs.: O nome do fórum é só pra chamar atenção dos Membros dessa rede, pois temos sim, bem definido os nossos valores e nossos fundamentos. Apenas mostrando como é aqui. Fiquem a vontade pra escrever algum comentário.

Por: Guerreiro.

Neste texto foi mantido o dialeto e didática local

Anuncie Conosco

Anuncie conosco e alcance um público diferenciado. Maiores informações pelo e-mail: [email protected]

Page 7: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 6

Laços que a

Umbanda aperta

Por: Douglas Fersan

Você, brasileiro, que está em Trás-os-

Montes, em Tóquio, em Los Angeles... Você brasileiro que está fora do Brasil,

que sente saudade do nosso clima tropical, da nossa gente abençoada, da caipirinha, da feijoada, da roda de samba, da moda de viola, da diversidade cultural quase incompreensível que só existe aqui, deve sentir falta também da nossa religiosidade tão típica e abrangente.

Quem freqüenta um terreiro de Umbanda e está acostumado a ouvir os conselhos do preto-velho, a gargalhada do exu e o brado do caboclo, a sentir o aroma aconchegante da defumação, o toque visceral dos atabaques e a presença amiga dos orixás, certamente sente um vazio ao viajar para outro país, onde a presença desses elementos não é tão comum. Imagine então quem passa a viver em outro país.

Sabemos que a Umbanda é praticada em várias regiões do mundo, no entanto o Brasil é a sua morada principal. É aqui que ela encontra todos os elementos étnicos, físicos, naturais, culturais e espirituais para plantar a semente da paz, da fé e da caridade nos corações. É no solo brasileiro que o preto-velho pisou com seus pés calejados e cansados, mas sempre dispostos a caminhar em direção à luz de Oxalá. Foi pelas matas de Oxossi que o caboclo bradou e lutou para manter viva a sua cultura milenar, a sua sabedoria nativa. Foi pelos campos

brasileiros que as crianças brincaram, espalhando sua inocência sábia e curiosamente pueril.

A espiritualidade não é privilégio do Brasil. Em qualquer canto do mundo haverá espíritos empenhados em praticar o bem, em prestar a caridade e auxiliar o homem na sua caminhada em direção ao progresso. Mas no Brasil temos toda uma aura mágica que faz as coisas acontecerem de uma forma mais intensa, que transcende os limites geográficos, que certamente não existem na espiritualidade e que cada povo emana à sua maneira, segundo seus costumes e crenças, mas que paira radiante sobre o espaço brasileiro.

A Umbanda não deixa seus filhos, por mais longe que estejam. Mesmo que em um país distante, onde seja praticamente impossível encontrar um terreiro, uma vela vermelha e preta e jogar flores a Iemanjá, os filhos de Umbanda estarão ligados a ela por laços espirituais bem atados, bem como aos seus irmãos-de-fé, que daqui das terras tupiniquins torcem pelo sucesso dos que se aventuraram por outras terras.

Laços que a Umbanda aperta não se desfazem facilmente. Nem o tempo e nem a distância são capazes de separar irmãos que se uniram pelos laços sagrados e fraternos que unem cada filho-de-fé que leva ao mundo inteiro a Bandeira de Oxalá.

Daqui de nossa terra tão sofrida, mas tão abençoada, vibramos amor fraterno e saudade a todos os irmãos que se encontram distantes e saudosos do clamor poderoso dos atabaques. Que Oxalá ilumine seus passos por esse mundo tão longínquo.

Que Ogum abra seus caminhos que Exu afaste todos os perigos.

Escrevi esse pequeno texto em homenagem a todos os irmãos-de-fé que estão em outros países, com saudade da nossa querida Umbanda, pois notei que diariamente o blog é visitado por pessoas de outros países.

E em especial para você, Bia (Fabiana Rondon), que está com o coração apertadinho aí em Portugal.

Blog: http://umbandaemdebate.blogspot.com

E-mail: [email protected]

Page 8: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 7

Yemanjá, a Mãe da Vida

Amada Mãe Yemanjá a saudamos com todo nosso amor e respeito.

Toda religião tem uma data marcante, uma celebração que é esperada o ano todo por seus adeptos, desde os tempos mais remotos a humanidade utiliza certas datas para agradecer pelo ano que acaba e pedir bênçãos para o novo ano, pois um ciclo se fecha (morre) e outro novo se abre (nasce), e com a Umbanda Sagrada não seria diferente.

Como religião legitima que é também tem uma época do ano em que terreiros de toda parte do país e até do exterior dirigem-se ao mar para louvar a Mãe da Vida.

Em Dezembro vamos ao litoral para louvar o nascimento de um novo ciclo e agradecer aquele que

passou. Eis a Sagrada Linha da Geração manifestada nesse momento, onde um ano morre (Pai Omolu) e o outro ano nasce (Mãe Yemanjá), na comemoração com os pés na areia sagrada do santuário natural do mar, louvamos, levamos flores e as mais diversas oferendas, mas oferenda maior é nosso amor à vida, a criatividade, à celebração do novo, pois não há morte, apenas transformações, onde algo já existente dá lugar a um novo.

Onde banhamos nossas

esperanças na água do Mar Sagrado e deixamos todo o peso do que se finda lá na água cristalina do mar, e banhamos nossa alma, com esperança e fé que no ano que se inicia tudo ira melhorar, tudo será mais repleto de paz e plenitude, e

trabalhemos para isso, teremos mais coragem, mais firmeza, mais vontade de viver, de aprender, de reconhecer os nossos semelhantes como iguais, e de mudar o que for necessário para harmonizar os meios por onde passarmos.

Por isso, aqueles que vão ao mar, levem todo seu amor à Mãe Yemanjá, e louvem a vida, pois estamos num tempo agressivo no planeta, e nós umbandistas precisamos vibrar amor, paz e alegria pela VIDA e mesmo aos irmãos e irmãs que não vão à praia, elevem seus pensamentos a nossa Mãe.

Que com certeza serão banhados em suas águas, mas dê sua maior oferenda a Ela, o amor filial. Segue uma oração à nossa Mãe da Vida:

Divina Mãe Yemanjá, Caminhamos no branco da areia de vossa praia sagrada; Agradecendo-lhe pela Vida que vibra em nosso ser imortal; Que vosso poder Criativo, inunde nosso intimo, lavando-nos; De todas as impurezas criadas por nós, purifique nossa criatividade; Que as sombras que criamos na ausência de vida sejam dissipadas;

Leve nos da vossa areia para vossas ondas oh Mãe Yemanjá, envolvendo-nos; E de vossas ondas para vossas Águas Sagradas e banhe-nos; Que vosso banhar vivificador nos inunde de vida nos sete sentidos Dela; E crie em nós o que possamos ser de melhor para a Criação; Que na fé, sejamos vivas centelhas vibrantes e em pureza louvores para o Criador; Que no amor, sejamos unidores dos semelhantes, e nunca causadores de discórdias; Que no conhecimento, sejamos criadores de novos pensamentos para o raciocínio; Que na Justiça, sejamos racionais e equilibradores dos meios e dos seres; Que na Ordem, sejamos retos e direcionadores daqueles que ainda perdidos estão; Que na Evolução, possamos ser estáveis e constantes em nossas ações positivas;

Ondinas – Imagem livre (BII)

Page 9: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 8

Que na Geração, sejamos VIDA e transbordemos criações sempre a favor da Vida; Amada Mãe nos acolha em vossos braços e ilumine nosso ser; Purificando-nos da cegueira da carne e nos aproximando da sublimação do vosso amor, hoje e sempre; Amém.

Salve a Divina Mãe da Vida, Salve nossa Amada Mãe Yemanjá. Por: Rafael Martins Marcondes

Odoyá!

Você que hoje está na

paria, diga à mãe Yemanjá. Que não moro perto do mar, mas o sal de suas águas está nas minhas lágrimas de saudade. E aqui de longe, do alto deste prédio onde trabalho e de onde vejo mais carros do que árvores, eu me lembro de suas águas a ir e vir, num suave balançar. Sinto a falta da música das ondas quebrando na areia branca e do sol dourando as águas, formando um espelho onde mamãe reflete sua beleza e sabedoria e brinca de fazer espuma e de nos encantar.

Recordo cada momento em que meus pés tocaram suas areias e meus olhos se perderam na imensidão de

suas águas e nesse olhar eu entreguei à minha mãe tantas vezes o meu coração, ora cansado, ora saltitante, ora entristecido, ora vibrando de alegria, mas sempre dela, minha mãezinha do mar.

E nesses momentos de contemplação eu soube que felicidade é estar perto de minha mãe Yemanjá. O mar é minha casa, minha morada, meu aconchego. Diga à mãe que sinto sua falta. E que daqui de longe lhe envio o meu amor, o meu respeito e a minha saudação: Odoyá, minha mãe!

Mãezinha cubra com seu manto azul nossos sentimentos e banhe com as suas águas as nossas dores, leve embora tudo aquilo que

nos machuca e alegra o nosso coração para que possamos ser filhos dignos da sua bondade, compreensão e carinho.

Por onde eu andar quero levar a luz de mamãe Yemanjá.

Brilha minha mãe, brilha sua estrela através dos meus olhos para que eu possa ser um pouco de sua vibração aqui na terra, transmitindo aos meus irmãos parte do que recebo de vós todos os dias, confortando quem precisa, alegrando quem estiver triste, amparando quem precisar de ajuda e gerando o bem por meio de minhas ações para construir um mundo melhor.

Por: Vânia Rodrigues Silva

Não levem vidro e evitem deixar talos das rosas com espinhos na areia.

Page 10: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 9

LUZ E SOMBRA

Por: Alex de Oxóssi

Compara-se muito a Luz e a Escuridão, e sabe-se que a Escuridão é uma condição onde a Luz ainda não alcançou.

Se formos refletir no plano Espiritual, para alguém ser um espírito de Luz não significa andar somente na Luz. Pelo contrário, sua nobreza é ressaltada quando ele escolhe andar na escuridão, onde se desloca sem dificuldade, cumprindo seu caminho, que junto com

todos os espíritos despertos age como a Flor de lótus, que é capaz de florir mesmo nos pântanos mais densos e poluídos.

A escuridão representa o limite extremo de um longo trajeto que a Luz faz em elipse até se esgotar. Quem estaciona nas regiões escuras sem ter alcançado livre acesso a outros planos, em algum momento perceberá quando uma pequena Luz o guia para caminhar. O espírito era simples ao ser criado. À medida que sofre provas e experiências, vai evoluindo ou estaciona e vai marcando seu trajeto de Luz ou Escuridão.

Cada aspecto vai conquistando seu status luminoso, quanto mais luz, mais facilmente pode transitar em qualquer lugar, inclusive na escuridão, aonde certamente irá para resgatar e ensinar

Já a Sombra, trata-se de outra coisa, cada um carrega sua sombra, independentemente de suas conquistas na Luz. Basta prestar um pouco de atenção e se constatará que toda pessoa está acompanhada de sua sombra.

A sombra percorre silenciosa e pelo chão, rastejante, todo o trajeto de seu “proprietário”. Mental e emocionalmente, sabemos quem não somos sempre brilhantes e perfeitos, embora nossos esforços. A sombra é a contrapartida, é o lado obscuro que pode tomar conta de nossas atitudes. Todos devem lembrar-se da história de Peter Pan, que perdeu sua sombra, mas fez de tudo para obtê-la de volta. Para haver autoconhecimento, é necessário assumir a sombra que cada um tem em si.

Há um termo que fala da “noite escura da alma”, quando alguém é colocado frente a frente com seus resgates e a sombra assim é ressaltada, a pessoa é colocada a prova, na verdade é o momento onde a sombra de cada um se descortina. E é o momento que aquele buscador deve decidir qual parte de si comandará seu destino: a Luz ou a Sombra.

Essas vivências não ocorrem com qualquer um. Somente com aqueles que sabem que a trajetória terrena é uma oportunidade de aprendizagem única, de experiências que não se repetirá, tal como a água nunca banha duas vezes o mesmo leito, nem que o sol se levantará da mesma forma a cada madrugada.

Não são melhores ou piores, mas quem assim compreende pode ser considerado um iniciado. Na magia cósmica que transmuta incessantemente, movimento perpétuo aonde Luz e Sombra, em infinitas gradações vão permeando e impedindo que a escuridão prevaleça.

Parece história, romance ficcional, série de TV de sucesso, mas faz parte da realidade que quem sabe que o homem é dual, espírito e matéria, contracenando com Tempo, Espaço e Energia.

Estado: Rio de Janeiro / Cidade: Rio Bonito

http://povodearuanda.wordpress.com

Page 11: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 10

Rua Irmã Carolina n° 272 - Belenzinho São Paulo - SP

03058-040

E-mail: contato@colégiodemagia.com.br

Fone: (11) 2796-9059

MENSAGEM DO MESTRE ZARTUR

Meus filhos recebam a Luz de Oxalá em vossos lares.

O ensinamento não pode esperar a eventos ou engiras. E os eventos têm um objetivo definido e não deve mudar se podemos pedi-lhes e ensinar-lhes por outros canais, não é verdade?

Vocês, seres humanos que são, criam entre si laços de amizades fortes e, nesta amizade, deixam de respeitar algumas regras básicas e criam certa confiança entre vocês.

Nesta situação, por vezes, se utilizam de palavras ou frases comumente usadas para ofender-se em tom de brincadeira e encaram isso com alegria, não se importando pela quebra de protocolo. E deixam de se respeitarem mutuamente, por vezes usando palavras que não me atrevo a sequer ouvir, pois conheço o significado.

É importante dizer que uma palavra é um verbo, e verbo é ação, portando uma ordem a ser cumprida. Tenham em mente, que seja por simpatia ou que seja por antipatia, sempre tem alguém no plano espiritual pronto a obedecer as suas ordens e uma ordem dada é uma ordem cumprida.

Cuidado com suas palavras, mesmo em brincadeiras entre você e aqueles que chamam de amigos.

O que torna esta postura mais perigosa é que depois de algum tempo, trabalhando com a espiritualidade é comum tentarem esta

quebra de protocolo com a espiritualidade, por ser normal na vida de vocês e se sentirem no direito de tratar à espiritualidade da mesma forma e com os mesmos modos.

Para quem age desta forma, dirigir-se a uma entidade passa a ser um simples ato ou uma simples palavra. Mas para nós, as entidades, que desconhecemos seus modos, soam como ofensa, e para um Xangô a ofensa é mais grave ainda.

Assim sendo, meus filhos, vos peço para mudarem vosso comportamento na carne, refletindo a cada dia, sobre o seu dia, o que fez de certo e o que fez de errado e se

não for possível, por estes modos estarem mudem este comportamento no terreiro e nos locais sagrados, como o campo

santo, uma igreja, uma cachoeira e demais pontos de forças conhecidos por vocês.

Desculpem pela aspereza das palavras, mas acontece que preciso falar em tom de ordem e como tal deve ser cumprida. Não admitimos de forma alguma desrespeito com qualquer uma das linhas em terra e as punições, tenham certeza que serão muito severas. Afinal, estamos aqui para provocar mudanças e buscamos sempre o melhor para todos, não é verdade?

Que nosso Pai Xangô os equilibre sobre a terra.

[Mestre Zartur] Por: João Barbosa Júnior

Cuidado com suas palavras, mesmo em brincadeiras entre você e

aqueles que chamam de amigos!

Page 12: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 11

UM CASAMENTO UMBANDISTA

Prezados Leitores:

Segue abaixo fotos e pontos cantados em meu casamento (realizado dia 09/10/2010), devida à

dificuldade que tive em meu casamento para encontrar pontos de união.

VAMOS LOUVAR A UMBANDA (Rosana Pinheiro)

Vamos louvar a Umbanda,

Umbanda vamos louvar,

Casamento na umbanda

É festa em nosso congá. {Refrão}

Laços de amor, e espiritualidade

Que Oxalá lhes cubra de felicidade

{Refrão}

Orixás e entidades iluminem essa ninhada

Espíritos de fé, unidos nesta casa

Axé, axé, axé

Axé por toda vida

Bendita seja essa união

Em nossa Umbanda querida (2X)

Com licença de Pai Oxalá

Pela luz que vibra no congá

Com amor da Virgem da Conceição

O povo de Aruanda, vem firmar essa união

Os filhos que Oxalá unir

O mundo não vai separar (2X)

Encruza esses filhos na Umbanda

Pelo poder de Zambi

Pela força da Lei (2X)

Por: Tatiane S. Silva

E-mail: [email protected]

Page 13: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 12

Atendimento Magístico e Religioso com a prática da Fé

Desde que tive a honra e o privilégio de me iniciar na Magia Divina, pude atender muitas pessoas, e como Médium Umbandista pude ceder minha Matéria para que os Pais espirituais atendam muitas Pessoas, mas existe uma coisa que sempre me intriga na postura de muitos irmãos, que agora descreverei.

Em geral vemos irmãos ou consulentes quando se queixam sobre dores corpóreas, ou dificuldades em empreitadas, dizerem, “sabe, isso é da matéria, e não é necessária uma atuação no campo espiritual”, porém, quando vitimados por atuações trevosas, admitem que as mesmas lhes privem de bens e lhes inoculam doenças que lhes debilitam. Nem tudo na vida é causado por atuações trevosas, mas quando são, por que é mais simples admitir que uma atuação possa gerar a doença, do que uma atuação gerar a cura, ou que uma atuação gere a miséria, mas outra não gere as soluções de prosperidade?

Uma Magia Negativa pode trazer miséria na vida de uma pessoa ou doença, mas uma positiva, sendo Divina e atuando dentro do merecimento da pessoa, pode trazer a cura, pode trazer o alivio, ou pode pelo menos atuar no íntimo da pessoa começando um auxilio de transmutação, para que a mesma venha a atingir merecimento e maturidade, resignação e força, para levar um problema cármico até seu fim ou sua conclusão.

Há muito irmão de Magia que se ausentam de ao menos tentar as ferramentas de cura necessárias para auxilio em problemas de ordem material, esquecendo-se que se as forças trevosas não se eximem desses recursos e com algum êxito sombrio, então aqueles que o são e o fazem pela Lei, não devem se ausentar da responsabilidade que lhes aparecer, se o balsamo puderem ser, sempre dentro dos limites que a nós são impostos em nossas ações. Se não pudermos mudar uma situação e nem ao menos amenizá-la, não teremos em nosso intimo a incerteza da falta de tentativa, e com certeza aprenderemos mais sobre a natureza dos problemas, avaliando-os sobre o prisma da Fé, que move o nosso intimo no desejo de servir Deus servindo aos nossos semelhantes, através do pouco que sabemos e do muito que podemos aprender fazendo.

Em muitos anos de Mago tenho uma certeza de que todo irmão que também esta em nosso meio é um abençoado servo de Deus, pois todo aquele que dedica parte do tempo a essa missão esta em senda luminosa. Só que muitas vezes falta a certeza ou a determinação de uma ação necessária, ou a Fé de seu resultado, mas estas ações são sempre parte do aprendizado de que tudo que é Divino é mais realizador do que podemos sequer conceber em uma avaliação simples. Não recuem diante dos problemas de saúde ou da matéria, tenham fé na Magia que praticam e nos mistérios que os assistem, só assim pondo fim aos temores e grilhões que lhe travam as ações maiores diante das responsabilidades que lhes são atribuídas irmãos Magos...

Por: Nelson Junior

E-mail: [email protected]

AVISO AOS UMBANDISTAS DE TODOS OS ESTADOS

O jornaldeumbanda.com é originalmente em São Paulo/SP, no entanto queremos ter contato com umbandistas de todo o território nacional para trocarmos nossos conhecimentos e costumes, como fez um de nossos correspondentes desta edição, o Guerreiro do estado do Ceará (página 04).

Nossa intenção é mostrar a todos como a Umbanda é praticada nos quatro cantos do país. Dessa forma estaremos acumulando conhecimento e descobrindo diferentes formas de se cultuar os Orixás, também estaremos estreitando as distâncias e disponibilizando a todos as belezas e riquezas da Umbanda. Além de criarmos um canal de correspondência e informação estaremos unindo leitores e escritores de todos estados, criando uma verdadeira comunidade aberta umbandista. Participe, escreva, comente, mande-nos seus relatos, vamos correr gira!

Envie para: [email protected]

Page 14: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 13

A MEDIUNIDADE NOS CENTROS DE UMBANDA

Sempre nos deparamos com

consulentes que se apresentam nos Centros de Umbanda e que após a consulta com os Guias Espirituais se deparam com uma resposta: “você é médium e precisa trabalhar!”

Nesta hora, vamos entender o que se passa na cabeça da pessoa, que muitas, se não todas as vezes que vai ao centro, está perturbada, com inúmeros problemas e muitas vezes como sendo a última alternativa para ver seus problemas resolvidos. Sabemos que raramente aquela pessoa foi motivada pela necessidade religiosa. Ela não está procurando uma religião porque já tem a dela e quer somente ver seus problemas resolvidos.

Retóricas a parte, o que enfoco é como deve ser a nossa abordagem junto a esta pessoa, tendo em vista tudo o que descrevi acima!

Nossa abordagem deve ser, em primeiro lugar e acima de tudo, no sentido de explicar para a pessoa e para quem esta a acompanhando o que é mediunidade, quais são os tipos de mediunidade, se possível, explicar exatamente a mediunidade que a pessoa possui e quais são os aspectos negativos e positivos sobre esta condição, esclarecer sobre o “dom” mediúnico, que é atributo nosso e que tem em contra partida nossa aceitação e compromisso antes de encarnar.

Feito isso, tudo com muito tato, carinho, respeito, conhecimento e embasamento, vem à segunda fase que é despertar na pessoa os aspectos religiosos da Umbanda e como nós tratamos a mediunidade para só então convidá-la para freqüentar as aulas doutrinárias e as giras de desenvolvimento ainda como consulente. Só aos poucos essa pessoa assimilará os ensinamentos, entenderá os aspectos doutrinários e conceituais,

entenderá que umbanda é religião, que está bem embasada e possui sim os seus fundamentos.

Isto, além do atendimento imediato que a pessoa teve no dia da consulta com os Guias, com a freqüência e vivência dentro do Centro os seus problemas começam a ter respostas. É neste momento que a Umbanda começa a acolher os seus filhos e estes a entendem como Religião. E aqueles seus problemas, se ainda não foram totalmente resolvidos, no entanto tem explicações lógicas.

Assim crescerão dentro da religião não só os seus adeptos, mas também os freqüentadores esporádicos das sessões de atendimento, mas já como participantes efetivos e atuantes, assim perpetuando a Umbanda como uma religião muito bem Fundamentada.

Por: Marcelo Cordeiro E-mail: [email protected]

Visite: www.tvumbanda.tv.br

Page 15: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 14

A IMPORTÂNCIA DA RESPONSABILIDADE MEDIÚNICA

Hoje a Umbanda já completou um século de existência e muito já foi feito, pela Umbanda e pelos Umbandistas, mas tem muito a se fazer. No meu ponto de vista entendo que um das principais coisas a ter uma atenção especial é a responsabilidade mediúnica, por quê? O que seria responsabilidade mediúnica?

O médium deve entender que ele deve ser o exemplo de tudo que ensina a religião em

todos os sentidos como de respeito, reverência, humildade, humanidade, paciência, fé, amor, caráter, garra, perseverança, honestidade, enfim o que podemos colocar como virtudes, porque o médium é a primeira impressão do terreiro é também o principal elo entre o plano material com o espiritual. E um médium responsável, é a certeza que este canal estará límpido e com isso passa para as

pessoas que vierem se consultar a confiança em permitir que o Guia espiritual possam auxiliá-la em suas necessidades de acordo com o merecimento delas. Com essa atitude cada médium estará fazendo um trabalho extremamente importante não só para ele como para a religião, porque auxiliará a desmistificar a confusão que à hoje.

Onde muitos Terreiros trabalham incessantemente para mostrar a verdadeira pura e simples Religião Umbandista como ela foi aberta e fundada no plano material através do Pai Zélio Fernandino de Moraes onde O caboclo das Sete Encruzilhadas nos passou a base que iria sustentar a religião “Com os mais evoluídos aprenderemos e os mais atrasados ensinaremos e a ninguém renegaremos” esta é a umbanda caridade, amor, fé, conhecimento e fundamento e para que ela seja conhecida desta forma é necessário o auxílio de todos e mostrar que se ela foi pensada por espíritos de altíssima elevação não seria de maneira alguma com o propósito de “fazer macumba para os seus semelhantes “de maneira alguma e sim de acolher e confortar milhares de pessoas que necessitam de ajuda e conforto espiritual, além disso, para desmistificar essa idéia de que após a morte nada acontece ou que tudo muda e não verdade nada muda apenas

continua se você é feliz você vai continuar sendo se você é infeliz vai continuar sendo, isso é real não esperem sejam felizes agora.

E com tantas pessoas em sofrimento de diversas naturezas cada vez se torna fundamental que os médiuns estejam bem preparados para que eles e através deles pelos Guias Espirituais estes corações sejam confortados e amparados para que possam continuar sua caminhada de aprendizado de

forma confiante e honrosa. Então eu

agradeço a atenção de todos

aqueles que dispuseram de seu tempo para ler essa minha opinião e clamor a todo o meu irmão para aqueles que já se esforçam se esforcem mais para benefício próprio no caso de sua própria lapidação auxiliando com responsabilidade o seu semelhante

E pensem sempre como se fossem vocês as pessoas que iram se consultar, se você se consultaria com você mesmo, se sim, você está no caminho certo. Que os Orixás os abençoem

Por: Thiago Sabino Bertozzi

A ESCRAVIDÃO EM NOVA FRIBURGO

Meu nome é Paulo, e lendo a proposta

do Jornal de Umbanda.com (ótima, por sinal),

de repente me lembrei de um fato que

ocorreu há uns 10 anos atrás, quando eu

freqüentava, mas ainda não era médium, um

centro de Umbanda em Nova Friburgo (RJ).

Na época eu fazia a Faculdade de

História, no primeiro ano. E nós tínhamos que

fazer um trabalho de pesquisa sobre a

cidade.

Meu grupo estava com muitas dúvidas

a respeito do tema a escolher e um belo dia,

Com os mais evoluídos aprenderemos e os mais

atrasados ensinaremos e a

ninguém renegaremos.

Page 16: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 15

ou melhor, numa bela noite de sono eu

sonhei com um local lá em Friburgo que hoje

é um Clube, o Country Clube. Ele tem uma

belíssima entrada com um bambuzal.

Vi-me, no sonho, sendo convidado por dois

espíritos, dois guias (pareciam da linha de

"Preto-velho"), a acompanhá-los por

essa entrada que se "transportara" a uma

imagem sua do passado: com chão de terra

batida, outra sensação de tempo.

Enfim, passeamos um pouco e eles me

levaram para outro local (que conhecia em

vigília) onde eles me mostravam um lugar

específico onde muitos escravos estavam

enterrados!

Dias depois comentei com um dos integrantes do grupo sobre o sonho e da possibilidade de estudarmos a escravidão em Nova Friburgo, algo totalmente inédito, pois todos "sabiam" (no caso eram mal informados) que a cidade fora uma colônia de Suíços e Alemães, e era o "paraíso do desenvolvimento capitalista" (segundo a história "oficial" da cidade). É claro que ele estranhou.

Arrisquei perguntar para o professor sobre o tal "Barão de Nova Friburgo", antigo proprietário do atual clube - lá era uma de suas casas de passeio (freqüentada por muitos dos "nobres descendentes dos louros suíços", como pelo menos ele acham que são), e para nossa grande surpresa, felicidade minha e espanto do rapaz para quem eu tinha contado o sonho, o professor disse que Nova Friburgo

tinha sido sim uma cidade movida pelos braços de escravos, não os vindos da Suíça (pois estes também sofreram muito), mas os vindos da África.

Pesquisando os documentos da cidade, no "Pró-Memória" (local que contém documentos oficiais da história da cidade), descobrimos que o Barão de Nova Friburgo nada mais era que o segundo maior escravocrata do país em seu período! Lemos a listagem dos inúmeros escravos que eram comprados, aqueles que eram aptos para esse ou aquele ofício, e também seus óbitos, além de alguns relatos de conflitos. E também a fabulosa e triunfal descoberta do livro de autoria da historiadora Gioconda Losada - pioneira na desmistificação da história de Friburgo e da presença negra na região, chamado: "Presença Negra - uma nova abordagem da história de Nova Friburgo" nos deu muitíssimos argumentos e provas para que defendêssemos a idéia de que o desenvolvimento da nossa cidade contou e muito com os esforços, suor e até com as vidas dos escravos negros vindos da África. E com muito orgulho o fizemos (pelo menos eu).

Bom, é claro que a escrita nunca é como a vida anímica, interior, de cada um, porém, que essa pequena estória possa servir como um exemplo para todos os leitores sejam umbandistas ou espiritualistas de que, se seguirmos o nosso coração e intuição, sempre voltados para as boas intenções, podem mudar, mesmo que por uma "pequena variável", o rumo da nossa história!

Por: Paulo Thiago A. Q. de Moura.

QUEM SÃO OS CONSULENTES NO TERREIRO

Quando olhamos para a assistência no terreiro, o que vemos? Muitas vezes um número muito maior de pessoas do que o corpo mediúnico presente, correto? Isto mostra que nossa religião não deve e não pode estar focada e direcionada somente aos médiuns. E como deveríamos proceder então com estas pessoas?

Vejamos sob o aspecto da consulta: “o meio que justifica o fim”

Os guias espirituais de umbanda fazem uma interação, uma conversa, a chamada consulta e é claro quebram demandas, anulam negativismos, trabalham os sete campos e sete corpos do consulente, seu mental, seus campos vibracionais e mediúnicos, irradiam axé, dão baforadas de cigarros, charutos, passam guias e colares no corpo deles, ascendem velas, riscam pontos e passam as pessoas dentro, em fim um check-up no espírito corpo e mente.

Page 17: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 16

Com isto estão cumprindo a missão confiada a eles como guias espirituais de umbanda, com a finalidade de também evoluírem, amparar e contribuir com a evolução dos filhos encarnados. Então os beneficiados da assistência são consulentes de umbanda!

Sob a interação médium, entidade e consulente: “o médium incorporante também é consulente”. Será que o médium que está incorporado durante a consulta, deve ficar alheio a tudo?

Vejamos: Quantas vezes a consulta parece que

está direcionada a nós mesmos, quantas vezes aquela consulta do Preto Velho, Baiano, Zé Pelintra, e de tantos mais, parece ter sido direcionada para as nossas próprias vidas? Quantas vezes as palavras do Exu, duras e realistas, parecem nos atingir no peito e no âmago? Quantas lições podem ser uteis também para nossas próprias vidas, quantas mudanças de postura e entendimento da realidade Humana podem ser tiradas daquele momento? Sim e por que não, somos seres Humanos com nossas virtudes e nossas falhas, nossa necessidade de evolução e como tal caminha à medida que também contribuímos para a evolução de nosso irmão encarnado.

Então nós também somos beneficiados com a consulta, também aprendemos, corrigimos nossa postura, nossas ações e nosso modo de encarar o semelhante. Somos sim beneficiados com o tratamento de nossas angustias, nossas aflições, incertezas, descontentamentos então devemos permanecer atentos e vigilantes para que também possamos receber na integralidade os ensinamentos e que eles também possam nos servir.

Vamos lançar mão deste riquíssimo e poderosíssimo beneficio. Até porque aquele momento é único é como uma consulta silenciosa entre você Olorum e suas Forças espirituais!

Então os médiuns de incorporação também são consulentes de umbanda!

Mas isto não é tudo, também podemos lançar mão deste mesmo momento de trabalho espiritual de assistência e, antecipadamente,

nos prepararmos para sermos “consulentes de nossos próprios Guias e Exus” bastando dias antes aos trabalhos solicitarmos ajuda para nossos problemas, aflições, angustias, descontentamentos, anseios, dúvidas, etc. Isto de forma a não atrapalhar os trabalhos e a incorporação, por isso mesmo dever ser antecipadamente! Mas temos o velho ditado “o médium deve deixar seus problemas do lado de fora do terreiro para poder incorporar corretamente e não interferir nos trabalhos!”. Certo?

Então como fazer isto? Basta pensar todos os problemas

antecipadamente e, como relatei, propiciar naquela caixinha de “acessórios” das entidades espirituais o que eles precisarão para um bom trabalho em nosso benefício! Vamos disponibilizar ao Exu moedas de nossa propriedade, Currículo, Carteira de Trabalho, Cópia de Processos Judiciais, e quantas e tantas mais “ferramentas” para trabalho. Vamos disponibilizar ao Preto Velho uma receita médica, um medicamento, em resultado de Exame para que ele também possa trabalhar em nosso benefício, como faz para tantos consulentes, ou será que não precisamos disso?

Esta questão bem desenvolvida e bem praticada elimina sim a possibilidade de que durante um trabalho ou uma consulta o médium fique aflito com seus problemas e suas dificuldades, fique desatento e impaciente; pois saberá que terá o seu momento de ser atendido!

É claro que tudo isso com muita disciplina, respeito, reverência e discrição, inclusive e principalmente para que não haja interferências no trabalho de incorporação e atendimento, vamos escolher a melhor ocasião

para fazer isto, quer seja em giras abertas ou fechadas, quando a casa possui esta possibilidade.

Ser for possível e tanto melhor será se pudermos ter as giras de desenvolvimento e consulta para os próprios médiuns do terreiro, isto possibilitará não somente esta questão, mas também o fortalecimento da conduta e disciplina, com o exercício, para que novos médiuns possam encarar estes fatos naturalmente e, bem

Anuncie Conosco

Anuncie conosco e alcance um público diferenciado. Maiores informações pelo e-mail: [email protected]

Page 18: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 17

preparados poderão propiciar trabalhos mais focados e com menos interferência externa!

Com isto poderemos ter a certeza de um bom trabalho para nós mesmos, conduzidos por nossos amparadores espirituais, Orixás, Guias Protetores e Guardiões!

PS: De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa o vocábulo consulente significa:

1. Que ou pessoa que pede consulta. 2. Que ou pessoa que consulta alguma coisa (ex.: consulente de um dicionário). Sinônimos de consulente: consultador, consultante. Consulente é um adjetivo de dois gêneros e um substantivo também de dois gêneros.

Exú: O Mistério além da Religião

Não é nossa pretensão, seja pela incapacidade humana ou pelo nosso desconhecimento,

nos apresentar como donos da verdade neste mistério tão oculto, porém dotado de poder e

importância para a religião de Umbanda e para a Criação, mas sim contribuir como tantos outros

autores fizeram discorrendo sobre ele, tentando assim minimizar alguns mitos, preconceitos e

principalmente medos que possam existir sobre Exú.

Na história a palavra Exú ou Èsù como escrita originariamente na língua Yorubá (língua

nigero-congolesa do grupo linguístico benue-congo, falada pelos iorubás) significa Esfera, e foi

denominado como um Orixá, o da comunicação, além de ser o responsável por guardar aldeias,

casas, cidades e até o axé. Importante ressaltar que existe uma diferença entre a denominação

Orixá para entidade ou guia espiritual Exú.

De forma bem sucinta, vamos lembrar e concordar com o que é

pregado por todas as religiões desde os primórdios: Deus é o

Onipresente, Onisciente e Onipotente e tudo criou com a máxima

perfeição, tudo com sua finalidade e utilidade e, respeitando este

conceito, cabe a nós acreditar que o mistério Exú também foi criado por

Ele que, além disso, atribuiu-lhe grandes responsabilidades para com o

Universo.

Vejamos que o mundo também é composto por energias, e muitas

são oriundas de ações e pensamentos negativos promovidos pelos seres

humanos que ao serem emanadas acabam gerando um acumulo de

energias baixas e pesadas para o Mundo que o torna muito mais

propenso a guerras, desastres, violências, pestes, catástrofes, além das

já existentes na atualidade.

Nesta mesma linha podemos entender que o Orixá Exú é o grande responsável por

condensar e transformar estas energias a fim de que não haja tanta interferência na vida dos

seres vivos e principalmente na Criação. Trazendo tudo isso para o campo religioso, a esfera de

Exú seria a tronqueira da Criação.

Entrando no aspecto mais “terra” dos centros, terreiros ou tendas de Umbanda classificam-

se como Exús os espíritos desencarnados que são de extrema e fundamental importância para a

religião, sendo também eles os condensadores e os transformadores das energias, vibrações e

cargas espirituais negativas que são trazidas pela assistência, pela corrente mediúnica e até por

espíritos que almejam adentrar aos trabalhos carregados de intenções prejudiciais.

Page 19: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 18

Se não, vejamos: Por que o ponto diz: ``Sem Exú não se faz

nada!´´? Por que ele é o primeiro a ser oferendado? A ser saudado? A

receber pedidos para guardar a porta? Exú, neste caso tem como principal

atribuição, proteger os trabalhos da ação de espíritos do baixo astral,

denominados zombeteiros e kiumbas que possam por em risco a corrente

mediúnica bem como o bom andamento dos trabalhos. Mas não para por aí,

pois se entende que Exú é neutro, ele não é do bem nem do mal,

relembrando que sua hora é a meia noite, esta hora pertence ao dia que se

finda ou ao novo que começa? Encruzilhada é a oportunidade de ir para

direita, esquerda, atrás ou para frente, sua cor preta é a mais neutra

possível e por isso concluí-se que a ação de Exú está totalmente subordinada à vontade de seu

médium ou de quem venha a se servir do mistério.

É comum nas giras ou se preferirem nos trabalhos de esquerda ver-se Exú com seu jeito

irreverente dando suas gargalhadas, bebendo sua aguardente, risos sarcásticos, mexendo com

suas velas, punhais e tridente trabalhando de forma caritativa, paciente, assertiva e

principalmente sendo o grande responsável por arrancar espíritos do baixo astral, perturbações,

cortando e desfazendo trabalhos e aflições da existência daqueles que o vem procurar, de seus

médiuns ou do próprio centro. Quantas vezes podemos ver Exú recomendando banhos,

oferendas, trabalhos para melhorar a vida dos que dele se socorrem. Para os que não sabem,

Exú também abre caminhos e protege contra inimigos encarnados e espirituais.

Será que mesmo praticando tanta caridade ele quer o mal?

Por outro lado vemos constantemente, seja em jornais, revistas, postes de luz, etc.,

propagandas oferecendo serviços de amarração para amor, resolução de problemas impossíveis,

todos se utilizando do mistério Exú. Para compreender esta situação é necessário voltar algumas

linhas acima e reler o que foi escrito: Exú é neutro, atua a partir da vontade e da evolução de seu

médium, ou daquele que vai se socorrer do seu mistério para auxiliá-lo na sua existência.

Importante ser dito que estes prestadores de serviço estão se utilizando do mistério, não de

forma religiosa, más sim de forma independente, visando interesses próprios. E o fazem de

forma pessoal porque o mistério não pertence a esta ou a aquela religião, o mistério pertence à

Olorum. Porém se faz necessário ressaltar que a Umbanda é caridade, e religião é o caminho de

se religar a Olorum, que torna incoerente religar-se a Deus e praticar a caridade com interesses

próprios.

Por isso valorize e respeite este mistério tão valioso para Criação e principalmente para a

Umbanda, pois somente desta forma eles também serão respeitados por outras religiões e,

principalmente, quem sabe um dia deixarão de culpar o Mistério Exú por todas as desgraças

acontecidas na vida de alguém ou no Mundo e até deixemos de ver em canais de televisão

depoimentos de pessoas denegrindo, interpretando e aceitando Exú como diabo ou aquele que

vai te prejudicar na primeira oportunidade que tiver.

Larôye (O bem falante, comunicador)! - Esta é a sua saudação. Autor: R. Faccas (T.C.E.P.J.A.C. 7. P)

São Paulo-SP

Anuncie Conosco

Anuncie conosco e alcance um público diferenciado. Maiores informações pelo e-mail: [email protected]

Page 20: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 19

Transformação

Intima

Por: Enéas Cardoso.

A humanidade está passando por varias tragédia e o caos está tomando conta da dimensão humana, porém os espíritos luz responsáveis pela evolução humana estão se desdobrando para nos amparar nestes momentos difíceis que nós mesmos atraímos para nossas vidas por causa do desrespeito com o planeta e com os nossos semelhantes. A humanidade, na era presente, esta esquecendo que o mesmo erro que cometeu no passado, voltou a cometer novamente. Quando deixamos de lados os valores divinos, esquecemos os ensinamentos de espíritos luminosos que passaram por esta terra para nós ajudar. Ninguém está em plena segurança dentro desse caos:

Guerras de todos os tipos e formas espalhadas por todo o planeta;

Desrespeito com a natureza e o planeta, que já está dando sinal de esgotamento;

O individualismo material;

A falta de respeito com as diferenças;

Para identificarmos outros acontecimentos negativos basta lermos as notícias policiais e as tragédias diárias.

Todos esses acontecimentos negativos acabam desequilibrando e desarmonizando os seres humanos e quanto mais ficarmos em desequilibro mais atraímos companhias espirituais negativas, que com nossos olhos humanos não podemos vê-los, mas eles existem, nos vêem e nos influencia o tempo todo.

Apesar de toda a dor, medo e insegurança nunca devemos questionar os desígnios divinos, pois todos os problemas que estamos vivenciando foram causados por nós mesmo. Porém nem tudo está perdido, basta interpretamos os sinais e o envio de auxilio divino à dimensão terrena.

Ex: preste atenção nesta reportagem abaixo:

Resgate de mineiros no Chile vai ser antecipado, diz imprensa local Os mineiros estão presos desde cinco de agosto após um deslizamento de terra na mina. Operação de retirada dos 33 mineiros soterrados pode começar às 20h. Clima é de expectativa e tensão no acampamento na mina no norte do país.

O resgate dos 33 mineiros (32 chilenos e um boliviano) presos em uma mina no Chile desde cinco de agosto deve ser iniciado às 20h desta terça-feira (12), segundo a imprensa local. A informação não foi confirmada oficialmente e indica que o início da operação deve ocorrer quatro horas antes do que era previsto anteriormente. Os mineiros estão presos desde cinco de agosto após um deslizamento de terra na mina. Toda a reportagem está no endereço eletrônico abaixo;

Continuação dessa reportagem pesquisa (http;// G1globo.com).

Usei este exemplo porque estas pessoas tinham muitas diferenças: (costume, idioma, temperamento etc.). E, soterrados a mais de 700 metros de profundidade tiveram de deixar as diferenças de lado e lutar por um único objetivo A SOBREVIVENCIA DE SUAS VIDAS. Devido à união, todos sobreviveram a este trágico acidente, também unindo várias culturas de todo mundo que ficaram aproximadamente três meses acompanhando o noticiário. Claro que devido o estado atual da humanidade a mudança de mentalidade vai levar algum tempo. Porém não podemos perder a esperança no humanismo. E temos que perceber que, para lutarmos para um mundo melhor, temos de preparar as pessoas melhores, que são as nossas pequenas crianças.

A você que leu esta mensagem, não podemos desistir de melhorar nosso íntimo; Transformação íntima. Fazer este exercício durante 49 dias, todos os dias.

Tire 40 minutos para você; (Fique em silêncio e tente esvaziar sua mente);

Escolha uma prece ou oração de sua preferência e oferte ao Divino Criador, pedindo para que Ele envie auxilio através de seus mensageiros divinos.

Identifique seus piores defeitos e tente transformar os mesmos em pontos

Page 21: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 20

positivos e, se não for possível, não vivencie os pontos negativos.

Faça uma avaliação médica para ver se o seu corpo biológico não está sofrendo nenhum tipo de deficiência devido ao estresse mental gerado pelas diversas dificuldades materiais.

Tente evitar as brigas e discussões, pois estas situações geram energias perturbadoras e confusas.

Verifique o tempo que se sentiu bem durante o dia.

Tente desejar boas coisas para as pessoas com as quais convive.

Se você conseguir fazer estes exercícios

sem quebrar a corrente, pode ter certeza que alguma coisa já melhorou no seu íntimo, pois você se deu a chance de melhorar e o desejo de melhorar já é um mistério de Deus que vibrou dentro dele..............................................

VELAS E OFERENDAS PARA OBALUAIÊ

Muitas pessoas ficam em dúvida sobre como proceder quando os Guias Espirituais mandam que façam alguma firmeza ou oferenda para serem ajudadas e muitas delas deixam de fazer porque, na dúvida, é melhor não arriscar, não é mesmo?

Pois bem! Pensando na resposta que eu havia dado a uma pessoa que

pediu orientação sobre como fazer algo na força do orixá Obaluaê,

resolvi estender-me um pouco mais nesse tema para que mais

pessoas possam fazer suas firmezas ou oferendas com mais

segurança e confiança e a cada nova edição do jornal de umbanda.

Com escreverei sobre os procedimentos de um orixá porque acredito

que muitos serão beneficiados com esses pequenos detalhes.

Em casa as velas para o orixá Obaluaiê podem se acesas

dessas formas:

1-Diante da imagem Dele em um altar para pedidos de proteção

e auxilio e amparo divino no nosso dia a dia.

2-No quintal, acesa junto com um copo com água, faz-se uma

oração com palavras próprias e pede-lhe para cortar alguma

perturbação espiritual dentro da casa ou com algum dos seus moradores.

No cemitério é preciso adotar alguns procedimentos para fazer da melhor forma possível:

1- Na entrada ou porteira, antes de entrar pede-se licença aos guardiões da porteira para

entrar e trabalhar dentro do Campo Santo.

2-A seguir a pessoa entra e vai direto ao cruzeiro das almas ou ao velário e, de joelho,

pede licença para firmar velas ou uma oferenda à força com a qual trabalhará. Depois firmará a

oferenda conforme lhe foi orientado e só então fará seus pedidos de ajuda.

3-No cemitério faz uma oferenda para trabalhos de cura, de descarrego, para cortar

trabalhos de magia negativa, para afastamento de espíritos obsessores ou vampirizadores, etc.

4- As cores das velas podem ser brancas ou violetas.

Por: Pai Rubens Saraceni.

Page 22: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 21

AO RUFAR DOS TAMBORES

Silêncio. Os trabalhos vão começar. O Ogan anuncia a abertura dos trabalhos e começa a cantar: Eu vou abrir meu arerê Meu arerê meus Orixás Eu vou pedir licença à Deus Pros meus trabalhos começar. E como num passe de mágica o ambiente do terreiro começa a se transformar. O Ogan responsável pela corimba puxa um ponto para a defumação e mais dois Ogans o acompanham no canto e no toque dos atabaques, cada um fazendo um repique, um contra tempo diferente, enfeitando e deixando o ponto ainda mais bonito. Defuma com as ervas da Jurema Defuma com arruda e guiné Benjoim alecrim e alfazema Vamos defumar filhos de fé Como por encanto, essa energia que sai do toque dos atabaques vai se espalhando e contagiando a todos. A assistência que estava em silêncio, agora também canta, os mais tímidos acompanham batendo palmas e as pessoas que ali vêm pela primeira vez, se surpreendem e ficam admiradas com tanta devoção e naturalidade. E essa energia que sai da canção e das batidas dos tambores, invade o terreiro por completo, transformando os sentimentos, elevando os pensamentos e purificando o coração. Todos agora cantam e batem palmas, louvando e saldando os Orixás. Rei das demandas é Ogum Megê Quem rola as pedras é Xangô, Kaô Flecha de Oxóssi é certeira é é é Oxalá é meu senhor ô ô ô Sete linhas de Umbanda Sete linhas pra vencer Dentro das leis de Oxalá Ninguém pode perecer Salve Oxum nas cachoeiras Iemanjá, Deusa do mar Iansã pra defender Pai Ogum pra demandar Nesse momento, ali, naquele terreiro, todos ali presentes, Ogans, médiuns, cambones e assistência, sentem-se como se fossem irmãos, irmãos de fé, pois se sentem participantes ativos daquela religião que tanto gostam, a nossa querida Umbanda. A música tem esse poder, poder de unir, de transformar, de purificar os sentimentos. E o Ogan é o estopim dessa explosão de energia

musical, a ele é dado à responsabilidade de ir buscar essa energia que vibra com tanta força, que é capaz de alcançar até o mundo espiritual, abrindo um portal de luz, facilitando a comunicação com o outro lado e essa energia envolve e alcança a todos, ecoando no fundo da alma. No dia 4 de Dezembro festejaremos o dia de nossa Mãe Iemanjá. Desejo a todos que Mamãe Iemanjá nos cubra com seu manto sagrado e nos presenteie com os cantos mais lindos de nossa Mãe Iemanjá, que cantos mais lindos no mundo não há. Oh dá-me licença ê Oh dá-me licença Alodê Iemanjá ê Dá-me licença. E com licença de Mamãe Iemanjá, o Ogan rufa os tambores e canta para a Mãe da Vida, a Rainha do Mar:

Page 23: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 22

Sai pro mar para pescar Quando ouvi um canto Que vinha de lá Que canto mais lindo Que vinha do mar Era o canto da minha Mãe Iemanjá Saravá minha Mãe Saravá Iemanjá O seu canto é tão lindo

Rainha do Mar. Odoyá, minha mãe. Obs.: Se for tocar não beba, se beber não toque.

Ogan Anderson R. Faria Praia Grande - SP

Axé- Mirim: Umbanda e o futuro.

A Umbanda é uma religião relativamente nova se comparada a outras religiões e sofreu e

ainda sofre muito preconceito. Mas o que é o preconceito? A palavra preconceito tem como

definição “Conceito ou opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou

conhecimento dos fatos; idéia preconcebida”. Eis a questão “Como mudar o preconceito em

relação à Umbanda?

Trazendo o conhecimento para dentro de nossos Terreiros teremos argumentos para falar

sobre Umbanda e nos defender do preconceito.

Refletindo e observando isso em nosso espaço temos cursos de teologia para os adultos. Mas e

Mas crianças? Sabemos que algumas crianças vão aos Terreiros com os pais, mas

ensinamos o que a essas crianças? Nós Umbandistas fazemos o que? Nós não temos uma

doutrina para essas crianças. Existia uma grande lacuna

nessa questão. Vocês já pensaram que existe o

catecismo na religião católica, existe grupo de estudo de

jovens evangélicos e nós Umbandistas? Como nos

organizamos para ensinar nossas crianças?

Como respostas a estas e outras perguntas, nos

organizamos e aceitamos o desafio de ensinar Umbanda

para crianças em nosso espaço. E muito grande foi nossa

felicidade quando as crianças entraram em nosso espaço e

nos deram a oportunidade de semear a Umbanda. Desse

grande desafio nasceu o projeto Axé-Mirim que são atividades

lúdicas que tem como objetivo ensinar e Doutrinar nossas

crianças, sim Doutrinar de forma esclarecedora para no futuro

quando alguém perguntar ”Qual sua religião, ninguém mais seja

discriminado ou tenha vergonha de dizer que é Umbandista.” O

livro Doutrina Umbandista para crianças – Axé- Mirim surgiu assim. É uma tentativa de

organizarmos o ensino de nossa religião às crianças, trazendo atividades lúdicas falando numa

linguagem simples e objetiva. As crianças são o futuro do planeta e o futuro da Umbanda! Pense

nisso... Francine Pierangeli

Médium no Núcleo Umbandista e de Magia Caboclo Flecha Certeira e Pai Manuel de Arruda

Page 24: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 23

VISITA E PALESTRA DE PAI SILVIO

NO COLÉGIO DE UMBANDA

Pai Silvio Costa Mattos, esteve neste último dia

24 de Novembro, no Colégio de Umbanda Pai Benedito

de Aruanda, no bairro do Belenzinho autografando seu

mais novo lançamento pela Editora Madras. Trata-se do

livro A Trajetória de um Guardião Viking.

Além de falar um pouco sobre o livro e dar alguns

detalhes sobre como foi escrevê-lo, contou um pouco

de sua trajetória na Umbanda. Sobre como conheceu a

Umbanda,

estudos e

experiências que passou no decorrer dos anos.

Momentos de aprendizado, dificuldades para conseguir

um pouco mais de conhecimento, a adolescência cercada

de dúvidas e descobertas.

Enfim, não faltaram palavras ao Pai Silvio para explicar

um pouco de sua Trajetória que, para quem o vê hoje,

não imagina os rumos que sua vida tomou.

Momentos de descontração e informação, e claro, a visita de mais um irmão umbandista

noColégio de Umbanda Pai Benedito de Aruanda.

Anuncie Conosco

Anuncie conosco e alcance um público diferenciado. Maiores informações pelo e-mail: [email protected]

Page 25: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 24

SEMANA DA UMBANDA DA CIDADE DE SÃO PAULO

Por: Sandra Santos

Com o apoio do vereador Quito Formiga (que não está em campanha política e é médium),

a família umbandista conseguiu o tão esperado Dia da Umbanda e do Umbandista na cidade de São Paulo, visto que diversos municípios e outros estados, já tinham essa data em seus calendários.

Segundo nossos decanos pais Jamil Rachid e Ronaldo Linares, na década de 70, o então vereador Naylor de Oliveira, figura freqüente em todos os eventos e reuniões umbandistas, cogitou algumas vezes colocar em votação o projeto, mas sem prosseguimento.

Em maio deste ano, nosso irmão Pai Engels de Xangô, presidente da Escola de Corimba Aldeia de Caboclos, propôs ao vereador o projeto e em apenas seis (seis) meses a lei foi aprovada!

Com menos de 15 dias para organizar um evento, pensamos por onde começar e foi decidido que uma semana de atividades poderia alcançar vários públicos, iniciando então com um belíssimo evento no Clube Parque da Mooca, no dia 15 de novembro, com show das Escolas de Corimba Aldeia de Caboclos, Tambor de Orixá, do ogã Severino Sena e da Escola Nilton Fernandes, com o ogã Zezinho de Oxalá e Conceição da Jurema.

Os presidentes de federações presentes foram convidados a dar seus depoimentos sobre essa religião genuinamente brasileira, e fizeram suas colocações: pai Ronaldo Linares, da Federação Umbandista do Grande ABC, pai Edson dos Anjos, da Associação Paulista de Umbanda, Sandra Santos, da Associação Umbandista e Espiritualista do Est. de SP - AUEESP, e pai Rubens Saraceni, do Colégio de Umbanda Sagrada. A seguir pai Ronaldo produziu e apresentou um dos espetáculos mais bonitos que a Umbanda tem: o Congá ao Vivo, que como sempre, emociona a quem assiste.

Congá vivo apresentado por Pai Ronaldo Linares

Page 26: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 25

No dia 16 de novembro, no Clube de Regatas Tietê aconteceu um workshop de tambor, toques e canto.

Dia 17/11, na Câmara Municipal de São Paulo, a sessão solene com a oficialização da Semana da Umbanda e do Dia Municipal da Umbanda e do Umbandista, sob o comando do vereador Quito Formiga, que mais uma vez reafirmou seu compromisso com os umbandistas, informando que na medida do possível, irá elaborar leis que favoreçam ao bem-estar da comunidade. Presentes ao evento os vereadores Jamil Murad e Netinho de Paula, que se colocaram à disposição do vereador Quito para também defender essa bandeira em plenário e nas ações que forem necessárias.

.................... As principais federações e associações de Umbanda se fizeram presentes também nesse Ato Solene, sempre enfatizando os laços que nos ligam e fizeram com que fôssemos atores de momentos decisivos para a Umbanda paulista, e dispostos a ouvir e estudar projetos oferecidos, e que venham beneficiar a Umbanda.

Dia 18/11, cerca de 300 pessoas assistiram um encontro de corimbas,

entre os quais estavam Aldeia de Caboclos, Filhos de Umbanda, Razão para Viver, APEU. Dia 19/11, show com Lyz Hermann, ogã Élcio de Oxalá, entre outros. Dia 20/11, sob a coordenação de Edson Rocha, presidente do Clube Tietê, e com a

apresentação do ogã Juvenal e da Iyá Ekedji Ogunlade, aconteceu o “Tributo a Zumbi dos Palmares”, onde medalhas comemorativas foram entregues ao Obá José Mendes (tataraneto de Zumbi dos Palmares), Príncipe Otunba Adekunle Aderomu, Mãe Maria Aparecida Naléssio, presidente do Primado do Brasil, Sandra Santos, presidente da AUEESP, Pai Edson, em nome de seu pai espiritual José Valdivino (In Memoriam), fundador da Escola de Corimba Umbanda e Ecologia, os deputados federais Arnaldo Faria de Sá, Penna do PV e Vicentinho do PT, vereador Quito Formiga, Mestre Tucano Preto, capoeirista e representando o carnaval paulista: Robson de Oliveira, Angelina Basílio, presidente da Sociedade Rosas de Ouro e Betinho em nome de seu pai, Senhor Nenê (In Memoriam), fundador da Escola de Samba Nenê da Vila Matilde. Encerrando o domingo 21/11, o fórum Cidadão Umbandista trouxe palestras com Alexandre Cumino falando sobre a História da Umbanda, Rodrigo Queiroz com a Internet e a Umbanda, Nélson Alves com Projetos Sociais e a Dra Nanci comentando sobre a intolerância sofrida pela sua casa. Praticamente em todos os eventos os nomes dos nossos queridos decanos foram lembrados e saudados, com suas histórias de luta e perseguição. Os que já partiram para Aruanda também foram reverenciados com muito carinho e saudades.

Sessão Solene com a Oficialização da Semana da Umbanda e do Dia Municipal da Umbanda e do Umbandista, sob o comando do vereador Quito Formiga.

Page 27: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 26

Numa semana muito atribulada, mas de intensa alegria para a família umbandista, cabe ressaltar que as principais federações e associações co-irmãs, e os umbandistas que realmente vestem a camisa desta religião centenária, estiveram presentes em todos os dias, unidos e irmanados, numa verdadeira corrente de religiosidade e solidariedade (entidades sociais foram beneficiadas com os alimentos arrecadados). Pessoas realmente sérias, éticas e compromissadas com a religião, e que resgatam diariamente o “Orgulho de Ser Umbandista”.

A comunidade umbandista parabeniza

pai Engels de Xangô pelo empenho e dedicação, nessa tarefa de juntar todos os nossos irmãos para essa importante comemoração. Agradecemos também a UDU, na pessoa do jornalista Marques Rebelo, por todo o trabalho realizado, ao Nelson Alves pelo apoio e incentivo, à família Aldeia de Caboclo pela organização brilhante desta semana, e de forma especial ao Vereador Quito Formiga, pela Lei número 15323/2010, que institui o Dia da Umbanda e do Umbandista na cidade de São Paulo.

Parabéns UMBANDA!

DEPOIMENTO:

UMA PROVA DE FÉ

Quero repartir com meus irmãos de fé uma experiência que vivi uma prova viva dos vórtices de luz, um túnel ligado a outra dimensão, formado a partir da ativação de um espaço mágico.

Eu praticamente fui levada pelo plano espiritual aos cursos de Magia do Colégio de Umbanda e, como quem leva um susto, pensando que ia aprender como rezar ascendendo velas, descobri outro Universo, cheio de novos conhecimentos. E daí para frente foi um curso de magia atrás do outro.

Quando eu estava freqüentando o curso de Magia das Pedras, ocorreu uma experiência através da clarividência. Eu sei que meus irmãos clarividentes devem ter histórias melhores e mais ricas em detalhes, mas como em minha vida a clarividência sempre foi rara e ocasional e eu nunca sei quando vai acontecer, essa experiência me deu uma nova visão do Misterioso Universo de Deus. Durante uma aula em que a professora abriu um espaço mágico e mandou que os alunos fossem um por vez ajoelhar-se diante do espaço e que fizessem seus pedidos, foi quando, chegando a minha vez de ajoelhar-me e mentalizar Deus, fui invadida intensamente por uma luz dourada clara, que não há, na Terra, nada igual para comparar, pois ela não ofusca os olhos, e traz em si como um estado d’alma, uma energia intensamente divina e que se expande em movimentos ascendentes transpassando todo nosso íntimo de tal forma que senti como se estivesse sendo ativados em mim sentimentos suaves e harmoniosos de candura, bondade e amor, como que testemunhando que o céu nos espera, e eu, atônita que estava, pensava comigo mesma, “será que estou vendo isso mesmo?” e nesse momento como uma resposta, essa energia

Pai Léo Del Pezzo, Mestre Rubens Saraceni, Pai Balan de Ogum, Vereador Quito Formiga, Pai Engels de Xango.

Page 28: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 27

fez-se sentir como se fosse um vento forte, mas diferentemente do vento que nos agride, ela empurrou-me para traz de forma delicada, macia e sedosa. Encantada em todos os sentidos com o que estava vivendo só conseguia sentir uma grande emoção de agradecimento por estar ali e por terem se tornado visível a mim, como que a me

dizerem que as Divindades aí estão para nos ajudar, esperando que tenhamos fé e merecimento.

Por: Estela.

A Umbanda e o Social!

Quando pisei pela primeira vez num

terreiro de Umbanda, nada me foi perguntado apenas ouvi de Vovó Maria Conga:

Filho você esta voltando pra sua Casa! Após 17 anos de dependência química

ouvia: Filho não se preocupe pai Ogum vai

cuidar de você! Comecei então freqüentar os trabalhos

espirituais e após algumas semanas decidi falar com o Pai da casa que me disse: Você pode vir participar da gira de desenvolvimento.

Comecei então a participar das giras e logo apareceu a oportunidade vir ajudar na portaria do terreiro onde a cada trabalho espiritual recebia muitos abraços de agradecimentos dos consulentes, pessoas que há instantes atrás haviam entrado carrancudas, desiludidas saiam sorrindo de felicidade. Como aquilo me alegrava, eu que há pouco tempo atrás estava desiludido da vida, agora recebia abraços carinhosos de agradecimento dos freqüentadores do terreiro. Aquele amor foi tomando conta do meu coração e os vícios se foram como num passe de mágica. Hoje posso observar quantos milhares de pessoas adentram nossas casas e recebem o

acalanto dos Orixás, através de nossos médiuns Umbandistas. Médiuns estes que sem medir esforços levam adiante a bandeira de Oxalá, sem perguntar de onde ou como aquela pessoa chegou até ali o que importa é a caridade.

Este nosso trabalho tem um grande peso em nossa sociedade e devemos cantar aos quatro cantos em verso e prosa que a UMBANDA faz sim um grande trabalho social, e que deve ser respeitada como tal - lembrando-nos sempre que nossa religião é 100% brasileira. Nós médiuns Umbandistas temos que no orgulhar de nossa religião e de seu trabalho caritativo, sabedores que milhares de pessoas têm sua fé na vida renovada através de nossas casas e terreiros que cada dia mais brotam de forma horizontal, pois na Umbanda doamos apenas nossa matéria.

Hoje após três anos de terreiro vejo que nada me foi pedido em troca destas benesses, eu somente abri meu coração e deixei fluir as bênçãos dos Orixás. Sinto-me muito orgulhoso deste trabalho e agradeço ao meu Pai Rubens que me honrou com a oportunidade de intermediar esta entrega de calçados na comunidade de Heliópolis.

Saravá Umbanda. A benção meu Pai amado.

Por: Um filho de Umbanda

Page 29: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 28

CURIOSIDADE

EXERCÍCIOS PARA CÉREBROS ENFERRUJADOS

De aorcdo com uma peqsiusa

de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne

é que a piremria e útmlia Lteras etejasm

no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea.

Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.

Sohw de bloa. Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia corretamente o que está

escrito.

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO

QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M

ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!

Page 30: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 29

Consegue encontrar 2 letras B abaixo?

RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRBRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRBRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR

Uma vez que encontrares os B encontre o 1

IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIII1IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII

Uma vez o 1 encontrado, encontre o 6

9999999999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999999999 9999699999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999999999 9999999999999999999999999999999999

Uma vez o 6 encontrado encontra o N

MMMMMMMMMMMMM MMMMMMMMMMMMM MMMMMMMMMMMMM MMMMMMMNMMMMM MMMMMMMMMMMMM MMMMMMMMMMMMM MMMMMMMMMMMMM MMMMMMMMMMMMM MMMMMMMMMMMMM MMMMMMMMMMMMM

Uma vez o N encontrado, encontra o Q

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOQOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

Fonte: Internet

AVISOS:

Prezado amigo, companheiro de caminhada espiritual; venho por meio desta pedir o sua colaboração para divulgarmos cada dia mais o conhecimento e os esclarecimentos diante da incansável luta que estamos fazendo pelo respeito às diferenças.

Estou necessitando informar e divulgar cada dia mais os eventos que acontecem em Pernambuco, facilitando assim que a sociedade tenha mais oportunidades de participar, interagir e compreender; para conseqüentemente o respeito partir a desabrochar de cada um naturalmente. O respeito se dá quando se têm conhecimento.

Desta forma peço encarecidamente que qualquer que seja o evento realizado por religiões seja espírita ou espiritualista, que os senhores irmãos de caminhada compartilhem se possível mande-me um e-mail [email protected] ou para o e-mail do CEDEESPE [email protected]; onde as informações serão reunidas e divulgadas no blog do mesmo, por panfletos, como se fosse uma agenda cultural ou programação.

Agradeço desde já atenção e a colaboração de todos os que poderem ajudar ou que pelo menos abriram este e-mail. QUE A PAZ DE DEUS SE FAÇA PRESENTE NA VIDA DE TODOS* Certa da atenção de todos,

por: Mary Anne LIMA

Page 31: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 30

SUJEIRA NA PRAIA

Este ano a prefeitura de praia grande lançou um alerta, quando fomos pagar a taxa e pegar a autorização (fazemos parte dos não filiados por opção) fomos alertados sobre o rigor da fiscalização quanto a sujeira e da responsabilidade daquele que está solicitando esta autorização.

Estamos falando sobre um tabu, entre os umbandistas. O barquinho de isopor, o pudim, os espelhinhos, pentes de plástico e os perfumes, os laços de tecido. Para onde vai tudo isto, para o colo de IEMANJÁ? Ou para outra dimensão da vida? CREIO QUE NÃO! Vai para a barriga de peixes e mamíferos.

Contaminar recifes e corais; frágeis vidas de um equilíbrio cada vez mais fora de eixo, causar acidentes e alimentar

preconceitos pela sujeira deixada a orla marítima. Existem opções! SIM. Flores sem espinhos, jangadas de fibras naturais, essências naturais, ou simplesmente a evocação do verbo, na mente e no coração vibrando junto ao campo de força da natureza.

É só refletir e se dispor ao novo pensamento, as novas e necessárias atitudes, de uma UMBANDA que faz parte da sociedade; respeita e honra a sua cota nesta mesma sociedade.

Por: Antonio Bispo dos Santos

CADERNO CULTURAL

Leitura Recomendada

Por Arlete Genari (MTB 32.855)

Título: A Saga de João Tatá Caveira Subtítulo: Um Mergulho nas Trevas Autor: Marcio Martins, ditado pelo Guardião João Tatá Caveira Gênero: Romance Mediúnico Páginas: 160 – 14 x 21 cm Editora: Madras Editora LANÇAMENTO! Esse livro apresenta a saga de João Tatá Caveira, a princípio como simplesmente João, um jovem comerciante bem-sucedido dos anos 1870. Ele vivia com seu irmão mais velho, Jonas, que ficou cuidando dos negócios da família em São Paulo, quando João, sua mãe (Joana) e seu irmão mais novo

(Paulo) mudaram para o Rio de Janeiro, onde sua irmã Patrícia morava na companhia de sua tia Lucinda. João não entendia por que, mas sentia grande repulsa por Marcos, o noivo de Patrícia, embora este sempre fizesse de tudo para ajudá-lo, tanto na vida particular quanto nos negócios. Uma ida a São Paulo para visitar Jonas marca o início da mudança de comportamento de João, que se casa com Ana, a filha do Comendador. Jonas é assassinado, e João jura vingar a morte do irmão. A partir daí, comete crimes e outras atrocidades que o levaram, finalmente, a uma morte solitária e sofrida. Então, tem início a sua senda no mundo espiritual, onde se torna um escravo da falange de Tatá Caveira, o Senhor da Morte e dos Cemitérios. Saiba como foi essa trajetória, até que o outrora comerciante se tornasse o Guardião João Tatá Caveira.

Page 32: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 31

Título: O Guardião das 7 Cruzes

Subtítulo:Um Livro Mistério Autor: Rubens Saraceni Gênero: Romance Mediúnico Páginas: 176 – 16 x 23 cm Editora: Madras Editora R$ 26,90

O Guardião das 7 Cruzes é um romance mediúnico no qual o autor espiritual, Pai Benedito de Aruanda, se serve da “Biografia” de um espírito para revelar uma pequena parte dos mistérios da criação, conduzindo o leitor ao interior deles por meio dos diálogos que trama entre os seus principais personagens, que são os espíritos guardiões dos mistérios e as divindades manifestadoras deles.

O autor espiritual também se serve da “Biografia” do Guardião das Sete Cruzes para recolocar no seu devido lugar o mistério Exu e devolvê-lo à sua real função na criação e de auxiliar dos sagrados Orixás, que são mistérios em si mesmos.

Fertilidade e concepção são funções perpetuadoras das espécies e atributos de uma vasta classe de divindades, todas elas sustentadoras desses mistérios de Deus.

O Guardião das Sete Cruzes trabalha o tempo todo com estes dois aspectos sagrados e com seus contrapontos ou funções opostas.

Título: Os Ciganos na Umbanda Autor: Alberto Marsicano e Lurdes de Campos Vieira Gênero: Umbanda/Tradições Páginas: 256 – 16x23 cm Editora: Madras Editora R$ 44,90

Assim como ocorre nas demais linhas, legiões e

falanges que atuam na Umbanda, também os espíritos ciganos estão a serviço do

mundo astral, sustentados por seus hierarcas, que são espíritos antigos e

evoluídos de seu povo.

Essa linha ou corrente cigana é ampliada com o acolhimento de espíritos ciganos ou

de espíritos não ciganos, mas que possuem afinidade com esse povo e são

merecedores de trabalhar no contexto espiritual.

Embora não tenham tido seu alicerce espiritual na Umbanda, são detentores de uma

riquíssima tradição magística, conhecem os mistérios da Mãe Natureza e manifestam-

se na incorporação há bastante tempo, em rituais próprios. Eles sempre reverenciam

e atendem aos Sagrados Orixás.

Conheça a tradição cigana e a atuação desse povo na Umbanda, que vem para

trabalhar, com seus cantos alegres, danças e rituais mágicos, em uma belíssima

missão de luz e caridade. O livro vem acompanhado de um CD com músicas.

Page 33: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 32

Título: Zé Pelintra Subtítulo:Sêo Dotô, Sêo Dotô! Bravo Sinhô! Autor: José Porfírio Santiago, psicografado por Mizael Vaz Gênero: Romance Mediúnico Páginas: 144 – 14x21 cm Editora: Madras Editora R$ 22,90

Com a chegada dos grileiros de terras no Estado de Pernambuco, surge o coronel Silva, um militar respeitado por ter lutado na última fase da Guerra do Paraguai, no ataque em 1º de março de 1870 a

Francisco Solano Lopes, o ditador paraguaio em seu último reduto: Cerro Corá. O obstinado abolicionista passou a ocupar uma imensa fazenda próxima à vila de Garanhuns, onde, em 1886, surge a história de José Porfírio Santiago, que posteriormente – com o seu desencarne e passando por várias etapas da sua vida espiritual – ganhou ascensão e hoje, no mundo espiritual, é um mestre do catimbó. Em consideração a tantos admiradores, fãs, filhos e afilhados, Sêo Zé Pelintra nos conta detalhes da sua história, tanto no plano físico quanto na espiritualidade. Na parte final do livro, o autor inseriu algumas simpatias e “receitas” de Sêo Zé Pelintra, também chamado de “Sêo Dotô” – pelo fato de ele ter sido considerado um grande curandeiro de sua época. Conheça a história de uma das entidades mais tradicionais do mundo dos terreiros.

Título: Marabô Subtítulo:O Guardião das Matas Autor: José Augusto Barboza Gênero: Romance Mediúnico Páginas: 144 – 14x21 cm Editora: Madras Editora R$ 22,90

Essa obra apresenta as peregrinações do Exu

Marabô, relatadas em suas diversas existências, desde sua queda até sua

ascensão e, finalmente, sua consagração como Guardião das Matas.

Quando os homens terrestres estavam começando a caminhar em suas

jornadas evolutivas reencarnatórias, Marabô começou a sua trajetória a

caminho de sua evolução. No entanto, ele e seu companheiro desde a

infância, Luci-yê-fer-yê, cederam aos sentimentos baixos: paixões vãs, ódio,

rancor, raiva, vingança, sensualidade desenfreada, enfim, a todos os tipos de

vício que cercam os espíritos encarnados, provocando revoltas e conflitos.

Quando percebeu que seus atos vis eram a causa de seu sofrimento, passou a se

redimir de seus erros e, tendo uma nova oportunidade, tornou-se uma fonte de renovação capaz

de fazer o ser humano expandir seus próprios conhecimentos de forma a difundi-los.

Page 34: Jornal Nacional da Umbanda 02

Jornal de Umbanda São Paulo, 01 de Dezembro de 2010. Edição: 02 [email protected] pág. 33

ÚLTIMA PÁGINA

Mais uma vez estou escrevendo a ultima pagina. Agora da edição numero dois do Jornal de

Umbanda, feliz devido o sucesso da edição anterior, lida e guardada por milhares de pessoas que

acessaram o nosso site.

Temos grandes expectativas para o futuro, acreditando que será possível fazer com que ele

chegue a um altíssimo numero de leitores e de colaboradores que nos enviarão seus textos de

muitos lugares do Brasil, permitindo-nos tornar esse jornal em um informativo umbandista de

alcance nacional e até mesmo internacional graças à colaboração de irmãos e irmãs que

dominam outros idiomas e se propuseram traduzi-lo para o Inglês, o Frances e o Espanhol,

iniciativa essa que possibilitará sua leitura por pessoas que não tem muito material sobre a

Umbanda em seus países.

Temos a esperança de ver mais adiante esse jornal virtual tornar-se um expressivo meio de

divulgação da Umbanda, fato esse que obrigará uma releitura dela por muitos que hoje ainda a

discriminam e a tratam como se fosse uma seita qualquer, seguida por um minúsculo grupo de

pessoas.

Isso não é verdade. O numero de umbandistas é muito grande e os seus adeptos estão

espalhados por todo o Brasil e muitos outros países, onde dedicados missionários dela estão

implantando-a junto a outros povos que também possuem pessoas com mediunidade de

incorporação e muitos estão se desenvolvendo nos moldes da Umbanda praticada no Brasil.

É certo que temos que fazer uma grande divulgação desse Jornal Virtual para que

cheguemos ao maior numero de umbandistas possíveis. Mas, para isso, contamos com a sua

colaboração, amigo leitor.

Nessa 2ª edição estamos pedindo a todos que a repassem através dos seus mailings para

todos os seus amigos e conhecidos, assim como, pedimos para quem temo site do seu terreiro na

internet, que o disponibilize nele para que seus visitantes possam ler ou baixá-lo e imprimi-lo para

guardá-lo.

Esperamos contar com o auxilio de todos ou do maior numero de nossos leitores, criando

uma grande corrente de divulgação via web para o jornal de umbanda.com.

Oxalá permita-nos torná-lo em breve Jornal Nacional da Umbanda, onde todas as correntes

doutrinárias possam se expressar livremente e levar a todos sua mensagem de fé, amor e

fraternidade sob a luz dos Orixás e dos Guias Espirituais umbandistas.

Sonhar alto é bom quando compartilhamos o sonho de muitos outros irmãos de fé que vivem

isolados devido a falta de um meio de comunicação de grande alcance.

Esse é um sonho positivo e vamos nos esforçar para torná-lo real. Mas, para tanto,

precisamos do seu auxilio, irmão de fé e amigo leitor.

Ajude-nos, por favor!

Cordialmente,

Pai Rubens Saraceni